Um pacato e tranquilo fim de semana em julho de 2010, me deu a chance de pegar a estrada e (re)visitar o lado oeste do estado e escrever um pouco sobre o futebol em algumas cidades da região.
Começamos pela cidade de Santa Cruz do Rio Pardo.
A cidade conta com um time bastante tradicional, a Esportiva Santacruzense, que vem bem na série B do Campeonato Paulista.

Com a ajuda do nosso GPS, chegamos rapidamente ao Estádio Leônidas Camarinha, com sua entrada estreita, tão comum nos campos do interior antigamente.

A capacidade do Estádio é de mais de 10.000 torcedores.
Até conseguimos falar com algumas pessoas ligadas ao time, na busca por uma camisa, mas voltamos de mãos vazias, ao menos pudemos adentrar ao campo…
O estádio foi inaugurado em 1950, com o nome de Estádio Municipal de Santa Cruz o Rio Pardo.

O jogo inaugural foi entre o Santos e a Santacruzense. O placar é daqueles manuais, bem tradicionais…
Após entrar no campo e pisar na grama local, era hora de seguir viagem, afinal, não tínhamos muito tempo, para tantos planos.
Nossa próxima parada era a cidade de Ourinhos, para a visita do CAO (Clube Atlético Ourinhense).

O CA Ourinhense foi fundado em 5 de junho de 1919 e disputou uma edição da série A2, em 1952 e seis da série A3, de 1961 a 1966.
O Estádio fica dentro do próprio clube, bem próximo da Raposo Tavares e da linha do trem.
Aqui, a entrada do clube social que abriga o estádio:
O distintivo do CAO é daqueles antigos, que trazem consigo tradição e história.
O campo mantém também a essência de uma época áurea que infelizmente não deve voltar.
Eu e a Mari fizemos questão de marcar nossa presença em mais um estádio antológico do futebol paulista.
Ao fundo, um primeiro prédio mostra o que pode ser o futuro da cidade: a verticalização.
Por ficar numa área abaixo da cidade, o Estádio ficou conhecido como “Estádio da baixada“.
Ourinhos já teve outros times jogando o profissional, como o EC Gazeta:

O Esporte Clube Gazeta foi fundado em 7 de setembro de 1948, com o fim do CA Ourinhense.
O Gazeta ficou conhecido como “O Líder das Excursões” e levou a cidade de volta ao futebol profissional ao disputar a 5a divisão de 1979 e depois a série A3 de 1980 a 82.
O time voltou a jogar o profissionalismo a partir de 2000, quando jogou a série B2 em 2000, caindo pra B3 onde jogou até 2002. Aqui, o time de 2001, foto do Site “O curioso do futebol“:

Outro time que disputou o profissional foi o Esporte Clube Operário.

O site História do Futebol produziu os antigos distintivos do time:

O EC Operário foi fundado em 16 de junho de 1920 e disputou 2 edições da série A3, em 1954 e 1958. Esse foi o time de 1949:

O quarto clube a disputar o profissionalismo pela cidade foi o EC União Barra Funda.

O Esporte Clube União Barra Funda foi fundado em 23 de Março de 1972 e entrou pra história ao disputar o Campeonato Paulista da Quinta Divisão de 1978, com o time abaixo:

Veja maiores informações sobre o futebol em Ourinhos clicando neste link.
Saindo de Ourinhos, nossa parada agora era Palmital, cidade do extinto Palmital Atlético Clube.
O Estádio visitado foi o Manoel Leão Rego, onde o Palmital Atlético Clube mandou a maior parte de de seus jogos.

O Pamital Atlético Clube nasceu em substituição do Operário Futebol Clube:

O Operário FC foi fundado em 1929 e fez história no futebol local.
Vale conferir a página sobre o time: https://www.facebook.com/palmitalac
Aqui, o time do Operário FC de 1946:

Mas o grande sonho viria a ser realizado a partir de 1964 com a disputa do Campeonato Paulista Profissional, jogando a quarta divisão (na época chamada de “Terceira Divisão), quando sagrou-se campeão de seu grupo, com o time abaixo:

Em 1966, o time foi vice campeão da quarta divisão, conquistando o acesso à divisão equivalente à atual A3 do Campeonato Paulista.
E para conquistar maior empatia com o torcedor local, decidiu-se mudar o nome do time para Palmital Futebol Clube, mantendo as cores do Operário FC.
O Palmital FC mandou seus jogos no “Estádio dos Eucaliptos“, que viria a mudar de nome para Estádio “Manoel Leão Rego”, e depois no Estádio Municipal Miguel Assad Taraia . Fomos até o Estádio “Manoel Leão Rego” registrá-lo!
O Palmital FC disputaria diversas edições do Campeonato Paulista entre a terceira e quinta divisão, com destaque para a incrível conquista da série A3 de 1987.


E pensar que esse campo viu toda essa história acontecer!
Imagino as arquibancadas lotadas a empurrar o time!

Atualmente, o Estádio “Manoel Leão Rego” tem atendido ao futebol amador local.
Vamos dar uma olhada:
Ao fundo, pode se ver que a cidade está cada vez mais perto.
As arquibancadas já tem o telhado deteriorado… Para mim, estes estádios deveriam ser tombados como patrimônio histórico da cidade…
Em 1991 o Palmital AC voltou a disputar a série A3, jogando até 93.
Depois, em 97, jogou a quinta divisão do Campeonato Paulista (chamada na época de série B1-B), fazendo uma campanha bastante irregular e marcando, ao menos temporariamente o fim do futebol profissional do Palmital FC, e seu o belo estádio só é usado nas partidas amadoras.
Bom, mas já era hora de ir embora… A estrada chama por nós!
Deixamos a cidade e rumamos à Assis, nossa base nessa viagem, já que minha família por parte de pai mora lá.
A cidade acabara de fazer aniversário e haviam várias festas em comemoração, por isso o palco ali atrás.
Aliás, nosso guia na cidade foi meu tio Zé, o “Alemão” que não apenas torce como já jogou por quase todos os times da cidade. Abaixo meu pai, o tio Zé, eu e a Mari.
O supermercado Amigão possui uma série de fotos históricas nos caixas, e dentre delas, uma da Ferroviária, com o Alemão (o 4º agachado da esquerda para direita):
Assis ainda mantém várias casas feitas em madeira, o que dá um ar muito diferente à cidade, principalmente para quem está acostumado a realidade cinza das grandes cidades (a maioria dessas casas foi construída em sistema de cooperação pelos funcionários da Estrada de Ferro Sorocabana).
Mas, falando de futebol, nosso primeira estádio na cidade foi o Estádio Dr. Adhemar de Barros, onde a Vermelhinha da Rua Brasil (apelido da Ferroviária) mandava seus jogos.
A arquibancada vermelha sobrevive, como as histórias do time que ali jogou e que até hoje são contadas pela região. Muitas dessas histórias meu pai conta até hoje na época em que ele e meu avô (funcionário da Ferrovia) acompanhavam a vermelhinha!
Mais uma vez, eu e a Mari registramos nossa passagem por um estádio clássico!
E uma foto com meu pai, que também jogou e torceu bastante pelos times de Assis. Ele e meu avô eram presença fiel no estádio, para ver a Ferroviária.
Sem dúvida um belo estádio…
As arquibancadas começam a sofrer com a ação do tempo, assim como a iluminação do campo que foi levada embora.
Ainda assim, os detalhes do estádio e das bancadas são únicos!

Por coincidência, ao irmos embora, encontrei o atual gestor do time do VOCEM (na verdade, uma academia que disputa campeonatos infantis). Olha que linda camisa…
Ele não conseguiu me arruma nenhuma, mas felizmente o craque Bolão (outro que jogou em diversos times da região) conseguiu uma para mim:
Ainda conseguimos bater umas fotos do time sub-15 do VOCEM disputando a final do municipal.

Um sentimento bastante nostálgico ao ver as arquibancadas repletas de torcedores do VOCEM!

Nossa próxima visita foi no campo do DERAC de Assis, o Estádio Aristeu Rocha de Carvalho.
O DERAC teve um grandes times e marcou época no futebol amador da cidade! A foto abaixo também está no Supermercado Amigão.

O campo segue em boas condições de uso, e o distintivo materializado é de fazer inveja a vários grandes times…

O Estádio do DERAC chama-se Aristeu de Carvalho, e fica próximo da fábrica da Malta, cervejaria que por anos patrocinou o Assisense.

O dia estava bonito e decidimos ir para Cândido Mota, cidade vizinha, conhecer e fotografar o Estádio Municipal Benedito Pires.

Era aí que o CAC (Clube Atlético Candidomotense) mandava seus jogos..

Tudo isso com o tio Zé contando histórias sobre o futebol da região nos anos 60, 70 e 80.

Mais um estádio que sofre com a “modernização” do futebol, que a cada dia mata mais os pequenos clubes do interior.
Olha como era um jogo no campo em 1987:
Só pra lembrar, o CAC foi fundado em 10 de Junho de 1957, sendo o primeiro time da cidade a disputar uma competição oficial da Federação Paulista, em 1963. Depois dessa, o time ainda disputou mais 11 campeonatos.
Outro time da cidade que disputou o profissional foi a União Atlética Ferroviaria Candidomotense fundada em 15 de novembro de 1949 por operários da Estrada de Ferro Sorocabana. O distintivo do time é bem curioso (e por isso o time era chamado de canarinho), encontrei esse no site História do Futebol:

Time de 1961:

Aqui, o time de 1962:

Mas também existe esse outro distintivo:


Por dois anos -1964 e 1965- o CAC e a Ferroviária se enfrentaram até as duas equipes desistirem do profissionalismo.
Em 1980, o CAC ainda viria disputar a Terceira Divisão, subindo para a segunda divisão até 1988, quando retorna à Terceira Divisão e em 1989, desativa seu departamento profissional.
Ou seja, falamos de um estádio com muita história.
Quer dar uma olhada no estádio? Veja:
E eu e a Mari oficializamos a presença em mais um campo!
O que é mais legal nos campos do interior é a quantidade de árvores em volta. Mais parecem parques!

Voltamos para Assis e já era tarde. Após comer na 10ª Festa do Milho, fomos dormir.
No dia seguinte, logo de manhã fomos à Paraguaçu Paulista, reencontrar o tradicionalíssimo Estádio Municipal Carlos Affini, campo do Paraguaçuense. (Disntintivos do site Escudos Gino)


Aqui, para quem como nós é torcedor do Santo André é um lugar pra se guardar na memória, graças aos confrontos emocionantes entre Paraguaçuense e o Ramalhão.

O Paraguaçuense subiu de divisões rapidamente, mesmo tendo, segundo os torcedores, a administração da Federação da época (Farah) como adversário maior.

A Federação tentou proibir o acesso à série A2 devido às arquibanadas não comportarem 15 mil lugares, como manda a regra. O resultado? Uma campanha entre torcedores da cidade e da região construiu o que foi preciso num tempo recorde!

A cidade na época não tinha sequer 40 mil habitantes e um estádio onde cabiam 15 mil pessoas!

Quer conhecer mais? Veja nosso tradicional vídeo!
E que fique eternizado nosso respeito a história de um time que fez tremer grandes potências do interior!

Torço para que um dia esse estádio volte a receber clássicos contra as equipes da região!

Uma última olhada do lado oposto, enquanto nos preparamos para ire embora para a última parte de nosso rolê boleiro…

Saímos de Paraguaçú Paulista e voltamos à Assis a tempo de assistir o jogo entre o Assisense e Ilha Solteira, no Estádio Antonio Viana da Silva, o Tonicão.

Já escrevi sobre a camisa do Assisense, mas esta é a primeira partida do time, que vejo pessoalmente e por isso nem me importei com o preço do ingresso.
O Estádio fica perto do parque Buracão (nome dado devido à erosão típica do local, que gerou um buraco que engoliu de casas à arvores antes de ser transformado em parque), e pode se dizer que o Estádio também é um buracão, já que você entra pela parte alta e o campo fica lá embaixo.
Tudo estava perfeito! Dois times que nunca vi jogar, um estádio incrível…
Mas aí, veio a notícia que abalaria os 10 torcedores presentes…
Nem toda beleza e grandiosidade do Estádio foram suficientes para convencer o time adversário a sair de Ilha Solteira e vir pra Assis…
Estávamos presenciando um W.O….
Demorei pra acreditar, mas… Infelizmente meu passeio durou pouco mais de meia hora, tempo suficiente pra se dar o jogo como encerrado…
Desci até o campo para tirar umas fotos de ângulos diferentes…
Se não teria jogo, ao menos fotografar os jogadores do Assisense em campo…
Os próprios atletas ficaram surpresos (embora esse fosse o segundo W.O. seguido do time do Ilha Solteira).
Aproveitei que estava lá embaixo e fotografei um dos jogadores de perto pra mostrar a nova camisa, num tom azul mais claro.
Também aproveitei e tirei uma foto com um dos diretores do time, o Vilela:
Uma última olhada no estádio, antes de irmos embora. Acabei não ficando tão triste em perder o jogo, já que pelo menos pude visitar vários estádios e cidades.
Ufa… Sei que o post foi longo, mas achei melhor publicar tudo de uma vez, do que ficar dividindo em várias partes, que parecem nunca ter fim.
O que ficou para nós após tantos estádios, é o mesmo que temos repetido no blog e nas ruas…
APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!
Rolê pelas Cidades Históricas de Minas Gerais – Parte 2
Sexta Feira, “emenda” de feriado. 6 horas da manhã, faz frio.
E lá vamos nós, num ônibus saindo de Belo Horizonte, para enfim conhecer a cidade homônima da Mari… Mariana.
Antes de chegar lá, passamos por Itabirito, cidade natal do mestre Telê Santana.
Pra nós, a cidade tem uma graça a parte, porque está repleta de lugares com o nome da Mari hehehe
E, claro, está repleta de história, igrejas, ruas de pedras e arquitetura dos séculos passados.
Aqui, o principal concorrente do Mc Donalds…
E lááááááá em cima… Mais uma igreja. Está pronto para queimar uns quilinhos e seus pecados??
Mas, até chegar lá, dá pra conhecermos uma pequena parte da história do futebol local, a começar pelo Estádio Emílio Ibrahim, do Guarani local.
O Guarany Futebol Clube foi fundado na data de 14 de julho de 1925.

Mariana, assim como as demais cidades históricas, é um local onde futebol e religião são partes complementares da mesma terra, da mesma história, ainda que a cultura religiosa fale mais alto…
O campo é pequeno, mas muito charmoso!
Na hora que visitamos, apenas um pessoal batendo bola…
Pudemos ao menos ver uma camisa do time local, muito bonita, por sinal!
O Estádio foi reinaugurado em 2008, como indica a placa:
O cenário é muito legal, com um horizonte formado por bonitas montanhas e muita natureza.
O Guarany Futebol Clube é uma equipe com bastante tradição local, repleta de conquistas esportivas e entre seus títulos, destaca-se o campeonato local de 1944, onde enfrentou outros 5 times (Marianense, Esporte Clube, União Passagense, Olimpic e o Bandeirantes), sagrando-se campeão de modo invicto, com uma vitória sobre o Marianense, por 4×1.
O time tem uma comunidade no orkut: www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=66067289
Mas assim como Mariana tem outras igrejas, a cidade também tem outros times.
O município de cerca de 55 mil habitantes, primeira capital de Minas Gerais, no século XVII foi uma das maiores produtoras de ouro para a coroa Portuguesa. Vale a pena passear por suas ruas e ladeiras em busca de histórias…
E caminhando pela cidade você pode se deparar com mais uma bela igreja… Aliás, conta-se que em uma das igrejas, existe um sacristão, famoso por ter sido grande goleiro do Guarany, chamado Pacheco.
Um dia, em mais uma de suas brilhantes exibições, contra o Marianense, Paxeco acabara de defender um pênalti, já com o tempo regulamentar esgotado, o que garantia o título ao Guarany.
O que ninguém esperava é que o goleirão fosse ao fundo do gol pegar a sua boina, que havia tirado para pegar a penalidade. Festa na torcida marianense, e raiva na torcida do Guarany, que com o 1×0, perdia o título.
E o Marianense Futebol Clube foi o outro time que pudemos conhecer um pouco na viagem. O site História do Futebol fala do time e foi lá que encontrei eu distintivo:

Sua sede fica bem próxima da praça Minas Gerais, onde encontram-se duas das igrejas mais visitadas da cidade.
O Marianense foi fundado em 1910 e possui raras camisas a venda pela internet, essa é de 1961:

Essa é mais recente:
Infelizmente o Supermercado Farid comprou o estádio, destruiu tudo o que ali existia e agora o povo de Mariana pode fazer suas compras em mais um excelente ponto!
É isso, aí!
APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!
]]>Camisa 80- XV de Caraguatatuba
A 80ª Camisa da coleção vem da praia. E de uma praia paulista, Caraguatatuba, destino comum a quem mora no interior ou mesmo na capital do estado.
O time dono da camisa é o Esporte Clube XV de Novembro de Caraguatatuba, que infelizmente está licenciado do Campeonato Paulista (ao menos quando escrevo este post, em 2010).
O detalhe é o número da camisa… “16”, relembrando o meu irmão Murilo, que jogava com esse número.
Consegui a camisa no próprio Estádio e parecia ser uma das últimas!
O XV de Caraguatatuba foi fundado em 18 de fevereiro de 1934, pelo espanhol Prudêncio Baeta, para disputar jogos do futebol amador, na cidade.
De 1940 a 1947 as atividades do XV ficam suspensas devido à II Guerra Mundial.
Em 1947, começa a segunda fase do XV.
O clube é reformado, ganha uma nova sede social, no local onde atualmente está a Galeria Santa Cruz.
O uniforme passa a ter as cores verde e branco, em homenagem ao Palmeiras.
Em 1953, o E.C. XV de Novembro passa a funcionar no bairro do Tatu, onde está até hoje.
O primeiro campo do time localizava-se onde é hoje o Banco do Brasil, no centro, em seguida mudaram para o local onde fica o Polo Cultural Adaly Coelho Passos, na Praça Cândido Motta.
Em 1967 ocorre a “catástrofe” em Caraguatatuba.
A cidade foi destruída por uma forte chuva que causou avalanche de pedras, árvores e lama dos morros Cruzeiro. Jaraguá, Jaraguazinho, próximos a cidade, sepultando vários habitantes.
O belo cenário da região se transformou em um grande cemitério. Falou-se em 500 mortos, oficialmente, mas as pessoas dizem que foram muitos mais…
Muitos corpos jamais foram encontrados, principalmente aqueles que foram arratados para o mar e impelidos pelas ondas para pontos bem distantes.
O Rio Santo Antônio, que corta a cidade alargou-se de 40 para 200 metros.
O campo do XV foi totalmente destruído…
Somente vinte anos depois, em 1987, o então presidente do clube, Irineu Mendes de Souza, reestruturou e profissionalizou o XV, levando o a disputar a quarta divisão do Paulista.
Aqui, o time de 1991, com o goleiro Negaça:

A partir daí, começou a disputar as divisões de acesso até que em 1993, devido a uma crise financeira, o clube deixou de disputar o Estadual.
Em 1994, o clube voltou a disputar o Campeonato Paulista da Série B-2 (na época a sexta divisão) e conquistou o acesso para a série B-1B.
No ano seguinte, mais um acesso, desta vez à série B1-A, vencendo o Palmeiras, de São João da Boa Vista, por 1 a 0.
Em 1996, o time surpreendeu ao perder a vaga para a Série A-3 nos minutos finais do jogo contra o Garça.
No ano seguinte, o XV de Caraguatatuba realizou uma grande campanha e chegou ao quadrangular final. Conquistou o vice-campeonato, subindo assim para a série A3 (terceira divisão).
Porém, o clube não conseguiu ampliar a capacidade de seu estádio para 10 mil lugares (como exige a Federação Paulista) e teve que voltar a disputar a Série B1-A.

Em 2005, o time ainda estava na sérieB1-A, e disputava os jogos com o elenco abaixo (retirado de um post do pessoal dos Jogos Perdidos):
Em 2006, a diretoria do XV mais uma vez licenciou o clube devido às dificuldades financeiras, fato que infelizmente persiste até os dias atuais.
Entretanto, a diretoria vem trabalhando em prol do clube, a começar pelas categorias menores, conforme conversamos na nossa visita ao Estádio, também conhecido como “Toca do Leão“.
Mesmo com tantas conquistas vimos poucos troféus, a explicação é que a sede do clube foi furtada 4 vezes, perdendo se troféus e arquivos .
Infelizmente, o time, assim como muitos outros times do interior paulista passa por uma situação bastante difícil e só conseguirá reabrir as portas para o profissionalismo com alguma parceria.
A população também promete se unir em prol do time, ao menos é o que comentam na comunidade do clube: www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=1241460
Uma pena, que o estádio dificilmente será usado profissionalmente outra vez…
A esperança pode estar também nas categorias menores… Quem sabe um desses garotos não pode ser um futuro craque.?
A parte interna do campo apresenta um bom gramado, e uma arquibancada um pouco esquecida…
Mas sem dúvida, num visual único, incrustado no morro.
E se tem estádio perdido, registremos nossa presença!
E a presença da molecada que prometeu defender a camisa do XV!


























































































































































































































































