
Se tem um pessoal que leva a sério seu papel como torcedor, são os argentinos. Assim que a Conmebol divulgou os grupos, o amigo Adrian me ligou perguntando como chegar a Cuiabá… O Adrian é um amigo de longa data que já esteve aqui no Brasil e que sempre nos recebe em Buenos Aires.

E mesmo ao descobrir que se tratava de mais de 2700 km, ele não só confirmou que iria como ainda me perguntou se eu não queria ir…

Infelizmente por problemas de tempo e grana, não pude o acompanhar nessa aventura pela Copa Sul Americana. Mas o Adrian topou fazer as fotos e registrar esse feito incrível! E lá vamos nós conhecer um pouco dessa desse rolê!

Pra quem não sabe, o Racing Club de Avellaneda é um dos times mais tradicionais da Argentina com uma das maiores torcidas do país e em março completou nada menos do que 119 anos (o time é de 1903!). Estivemos em Avellaneda em 2010 para conhecer o Estádio do Racing (veja aqui como foi):

Além disso, sua torcida já deu provas incríveis de amor, como em 1999, quando o clube abriu falência e se recuperou graças ao apoio dos hinchas. Veja aqui uma incrível reportagem do site Futebol Portenho sobre esse tema.

A viagem até Cuiabá, embora longa, rolou sem grandes problemas, assim como a chegada na cidade. Não houve nenhum tipo de provocação ou situação problemática entre as torcidas. E, ao fim da tarde, finalmente Adrian chegou à Arena Pantanal!

A Arena Pantanal é uma arena multiuso construída (por cerca de R$ 600 milhões…) para sediar a Copa do Mundo, no mesmo lugar do antigo Estádio Governador José Fragelli, o “Estádio Verdão”, que acabou demolido (fonte da foto: Site da Globo):

E aí vem os torcedores do Racing para conhecer esse novo templo do futebol moderno!


Confesso que só conheço a Arena Pantanal pelas fotos oficiais, e olhando essas feitas por torcedores mesmo, deu pra ter uma ideia de como é uma partida por lá!

O Adrian, assim como a gente faz aqui no Brasil, gosta de misturar futebol com música e literatura, para quem quiser conhecer mais, acesse a Fanpage da Fulbito Records.

A torcida do Racing ficou no setor de visitantes, a “Norte Superior“.

E essa é a vista do jogo que tiveram como visitantes.

Como puderam chegar cedo, deu tempo para conhecer bem o estádio e até acompanhar o aquecimento do time local.


O lado que deixou o espetáculo um pouco menor foi a baixa presença da torcida local. O pessoal da Argentina ainda não entende como os times e torcidas brasileiros não levam a sério a Copa Sul Americana.

Que tal ouvir o pessoal cantando?
Aqui, o pessoal da Raça Cuiabana, com quem eu cheguei a conversar, mas que não deu tempo de tentar uma aproximação entre as torcidas, mesmo assim eles foram super solícitos e a torcida visitante não teve nenhum problema por lá!

Trapos, cantos, faixas… Aí estão los hinchas de Racing, que já resgataram o time da falência, já passaram mais de 30 anos sem um título e nunca pensaram em abandonar o time… O que seriam meros 2.600 km entre eles e seu amor?

É realmente incrível que estejamos falando de uma organização coletiva entre os torcedores com muita ajuda mútua, colocando na hora do jogo quase 100 pessoas para apoiar seu time.

E o apoio deu resultado! Mesmo saindo perdendo (com um gol de Marllon Borges aos 29 do primeiro tempo), o Racing foi guerreiro e buscou a virada com gols de Anibal Moreno e Copetti no segundo tempo.

Após o jogo, a polícia fez com que a torcida esperasse mais 40 minutos até que a região do estádio estivesse vazia. Mais tempo para curtir a aventura e observar um pouco mais a Arena Pantanal.



Hora de ir embora…
Obrigado ao amigo Adrian, que em 2014 esteve aqui no Brasil para acompanhar a Copa do Mundo e andava sempre muito bem vestido com sua camisa do Ramalhão!





















A linda foto acima é do show no coletivo “
Assim, nem bem descemos do avião e começamos a pensar em como escapar e dar um rolê pela cidade, pra não termos que ficar “encarcerados” naquela sala, onde logo, já não havia mais nenhum passageiro além de nós.
Não foi preciso muito esforço. Enquanto eu acabava de fazer um xixi, um senhor me abordou e perguntou se a gente não gostaria de conhecer a cidade. Logo, estávamos do lado de fora do aeroporto!
O desafio agora era enfiar 6 punx futeboleiros (eu, Mari, Jão, Núbia, Gui e Edú!!!) dentro de um carro em que coubéssemos todos para rodar pelas ruas de Assunção!
Eu ainda preciso voltar pra Assunção porque confesso que não deu pra entender a cidade… Talvez influenciado pelas demais capitais latinas, minha expectativa era diferente.
Olha que legal esse grafite:
E umas pixações interessantes também…
Passamos pela Catedral Metropolitana de Nossa Senhora da Assunção, ela fica em frente a Plaza Independência, bem no centro da cidade.
E olha os ônibus locais, que diferentes…
A cidade ainda é pouco verticalizada, talvez seja isso que tenha causado certa estranheza e outra coisa que eu percebi e que li sobre a cidade, é que boa parte da cidade foi demolida e reconstruída para ter uma planta urbana quadriculada.
As ruas lembram muito as cidades do interior de São Paulo, olha até a cadeira pra sentar na calçada, tem!
Além disso, era um domingo e não sei se isso influenciou nas ruas estarem mais vazias que de comum, ou se sempre é assim…
Só pra encerrar esse papo sobre a cidade e o país em si, vale ressaltar o momento pesado da história paraguaia que foi a Guerra da Tríplice Aliança, quando Assunção foi destruída, mais de 70% da população foi morta e depois ocupada por tropas brasileiras e aliadas e que daria uma looooonga conversa.
A reconstrução da cidade contou com a chegada de muitos imigrantes que ajudaram a tornar a cidade novamente próspera, como antes da guerra. Mas ainda há construções que mantiveram a arquitetura mais antiga, dando um charme bem bacana.
“Asunción” é a capital e maior cidade do Paraguai, e fica à margem esquerda do rio Paraguai, como vimos lá de cima.
E claro que fomos até o porto do Rio Paraguai, mas ainda não entendi se o local que a gente foi é o “porto oficial” mesmo, já que não lembro de ter visto a Avenida Costanera.
Olha o Jão e a Núbia aí!
Confesso que minha referência de porto é o de Santos, então acabei achando um pouco menor do que eu tinha em mente.
E seja lá o que a Mari estava comendo ali na beira do rio…
E aí, a turma toda!
Pra quem torce pro Santo André, esse ponto não pegou bem na cidade…
Sentimos falta de um mercado de rua bacana, só encontramos algumas indígenas vendendo artesanatos nas calçadas.
E sim, tem um comércio bacana também. Perceba que ali no lado direito tem um daqueles quadros de palhaço que tem toda uma história de terror … kkkk
Falando um pouco do futebol local, o nosso rolê começou passando pela sede da Conmebol, a Confederação Sul-Americana de Futebol.
Mas o primeiro lugar que eu tinha em mente era conhecer o Defensores del Chaco, o estádio onde o Santo André enfrentou o Cerro Portenho pela Copa Libertadores de 2005.
Algumas imagens para relembrar aquele jogo em que a equipe local venceu o Ramalhão por 1×0.
O Estádio começou a ser construído em 1917, e a ideia é que chamasse Estádio de La Liga.
Mais uma bilheteria (no caso, uma boleteria!) para a nossa coleção!
Aliás, vale lembrar que ele não pertence ao Cerro Porteno, mas à Associação Paraguaia de Futebol.
Em 1956, foi rebatizado para Estadio de Puerto Sajonia (já que fica lozalizado no bairro Sajonia).
Em 1974, mais uma mudança de nome, dessa vez para o atual “Estádio Defensores del Chaco” como uma forma de não esquecer os que lutaram na Guerra do Chaco (entre o Paraguai e Bolívia).
Esse é o Jão!
Não conseguimos entrar no Estádio, mas deu pra registrar o lado externo das arquibancadas.
Mas no jornal
O principal patocinador do estádio é a Tigo, que estampa sua marca em diversos locais.
Sua atual capacidade é de 50 mil torcedores e segue abrigando os jogos da Seleção Paraguaia de Futebol e também os jogos internacionais das equipes locais na Copa Libertadores da América e Copa Sul-Americana.
Hora de seguir o rolê por Assunção…
A bola da vez agora é o Estádio Manuel Ferreira.
O Estádio é a casa do
Única equipe paraguaia campeã do mundo!
O estádio foi inaugurado em maio de 1964, em um amistoso contra o Santos (com Pelé no time) e que terminou empatado em 2 a 2. E aqui estamos nós, em mais um solo sagrado para o futebol.
Vamos dar uma olhada geral com o vídeo incrível kkk
A estrutura lembra um pouco a do Inamar, em Diadema, quem já esteve lá, pode confirmar…
Tem capacidade para 20.000 torcedores e é usado pelo Club Olímpia nos jogos do Campeonato Paraguaio e alguns pela Taça Libertadores da América.
Aí o amigo Edu Parlamento!
A arquibancada atrás do gol é linda, pode ser ler “El Decano”, em relação ao expressivo número de títulos que conquistou!
Seria lindo acompanhar um jogo dessas arquibncadas!
Assim, mais um estádio registrado em Assunção!
Pra terminar, apenas gostaria de citar que a cidade de Assunção ainda possui um outro estádio importante, o Estádio General Pablo Rojas, que é onde o Cerro Porteno manda seus jogos.
O Estádio General Pablo Rojas também é conhecido como La Olla e tem capacidade para 45 mil torcedores, tendo sido inaugurado em 1970, e passado por reformas nos 51 anos de vida.
Hora de voltar ao aeroporto e aos céus da América Latina…
























































































