
No carnaval de 2024, tivemos a oportunidade de fazer mais um rolê misturando futebol, natureza, cultura e estrada.
Nossa primeira parada foi a cidade de Itobi, passamos também por Casa Branca, Mococa, Arceburgo (MG), Guaranésia (MG), Guaxupé, Tapiratiba e agora chegamos a Caconde!

Se você tem acompanhado os últimos posts, já percebeu que uma das características dessas cidades que visitamos é a riqueza de seus recursos hídricos, e isso se deve principalmente pelo rio Pardo, que tem sua nascente em Ipiúna-MG, desemboca no Rio Grande e no meio desse rolê de mais de 500 km, passa por Caconde, onde foi construída uma represa com um lindo visual.

E, claro que essa beleza toda que faz a gente ficar babando é algo artificial que só existe por conta do represamento do rio, mas é óbvio que os povos que vivam ali antes da chegada dos europeus também se aproveitavam dos benefícios da água. Então, permita-se por um minuto imaginar como essa região devia ser repleta de vida há milhares de anos atrás…

Logo, os diferentes povos que viviam ali perceberam que as coisas estavam mudando… Homens brancos passando pela região, capturando e escravizando os que ali viviam até uma verdadeira guerra intercultural ser travada e expulsar os que moraram por tanto tempo nestas terras, como retratou o holandês Rugendas:

A partir do século XVIII, a notícia de que havia ouro na região trouxe diversas pessoas à região, mas a procura não se converteu em riqueza fazendo os mineradores abandonarem o local, só ficando por ali, os agricultores.
Atualmente, cerca de 20 mil vivem na cidade, que teve toda essa natureza, potencializada pela cafeicultura que gerou grande movimentação econômica.

Nos anos 50, inaugura-se a Usina Hidrelétrica Caconde:

Com ela, surge o lago da Graminha do Rio Pardo reforçou o potencial turístico da cidade, com a criação do Parque Prainha e Praça Esotérica e panorâmica do Mirante. Olha aí uma parte da prainha:


Outro rolê que eu recomendo é a trilha pra cachoeira do Moinho Velho:

E a cachoeira em si…



Pra terminar… um licor de jabuticaba pra aquecer a alma!

Mas o nosso rolê até Caconde também tinha como missão visitar um dos Estádios da cidade, o Estádio do Cacondense FC:


Este é o distintivo do time:

E ele está espalhado pelos muros do estádio:


A data “oficial” de fundação do Cacondense Futebol Clube é de 8 de dezembro de 1943, entretanto, existem registros prévios dessa data, na verdade desde 1925. Algumas dessas fotos:




Infelizmente não há uma placa que indique a data de inauguração do Estádio, apenas essa que mostra a inauguração do conjunto poliesportivo.

E olha que lindo o campo:

Aqui, o gol da esquerda:

E aqui, o meio campo:

Aqui, o gol da direita:

Existe até um vestiário ali atrás do campo.

Também existe um bar ali na arquibancada:

Um pequeno banco de reservas, ao lado de uma placa que deixa claro que com racismo não tem jogo!

O cuidado de ter o tricolor do time na arquibancada dá um charme especial ao estádio!

Aqui, olhando do outro lado do campo, o gol da esquerda:

O meio campo, com a arquibancada:

O da direita:

Mais uma conquista! Um estádio incrível registrado para o nosso site.


E que linda a natureza se fazendo presente no campo…

Vale lembrar que o Cacondense FC em 1942, disputou a 7ª região do Campeonato do Interior:

Em 1947, surge o União Esporte Clube de Caconde:

A visita ao Estádio do União fica para uma próxima vez em Caconde!

Em 1949 disputa amistoso com a Sociedade Esportiva Liberdade de Guaxupé:

Em 1950, ambos os times da cidade disputam o Campeonato do Interior:

Em 61, o pau fechou em Casa Branca:

Aqui, uma foto de 1963 do Cacondense FC:

E aqui, o time nos anos 70:

Pra terminar, um registro de quando Garrincha esteve em Caconde para uma partida defendendo a camisa do Milionários contra o Cacondense FC:


















































Pra chegar lá, é necessário atravessar a Serra da Mantiqueira, um lugar mágico e cheio de energia!
A cidade fica há pouco mais de 3 horas daqui de Santo André e lá, vivem cerca de 17 mil pessoas.
Antes da chegada dos europeus, o teritório era disputado por vários povos indígenas, entre eles caingangues, tupiniquins, tupinambás e os puris. Mas, a partir do século XVII, as bandeiras passaram a dizimar as populaçõs de nativos.
O nome da cidade vem de um afluente do Rio Verde, chamado Passaquatro, que viria a se tornar o nome do município quando se emancipou. Esse é o atual prédio da Prefeitura:
A cidade possui várias lojinhas de artesanato, bebidas, doces…
Lá no centro da cidade está a Igreja de Santa Rita de Cássia:
Ao seu lado uma praça bonita e bastante arborizada.
O grande charme da cidade é o passeio de Maria Fumaça, ali pela Mantiqueira até o túnel que faz divisa entre São Paulo e Minas Gerais.
No caminho, várias cenas repletas de natureza…
Ela faz duas paradas que permitem fotos incríveis.
A Mari pareceu voltar no tempo… Quando a ferrovia era um importante sistema de transporte.
E assim a Maria Fumaça segue seu caminho…
Essa é a segunda parada, na divisa:
Do outro lado do tunel já é SP!
A cidade também possui várias cachoeiras há poucos quilometros do centro da cidade.
Qualquer dúvida, sempre tem alguém ali pra responder pra você…
Outro lugar muito legal é o angazeiro gigante, que alguns dizem ser centenário, enquanto outros dizem que possuiria até mais tempo de vida…
Nem todo mundo sabe, mas além do futebol e da história, as árvores são outra grande paixão desse blog!
Um lugar de enorme energia!
Ficamos numa pousada bem bacana (
Pro jantar, a sugestão é a
Diferente das nossas tradicionais viagens, não fomos pra Passa Quatro por causa do futebol, até porque a cidade nunca teve uma equipe disputando o Campeonato Mineiro de Futebol, mas… Já que estávamos ali, que tal uma passada no Estádio Municipal?
Como o portão está aberto, vamos lá dar uma conferida!










































































