Igarapava significa “Porto de canoas”, e era um dos locais onde os bandeirantes faziam suas paradas rumo às minas dos índios goiazes.
Atualmente, cerca de 32 mil pessoas vivem nestas terras, onde outrora viveram os bandeirantes Bartolomeu Bueno da Silva (o Anhanguera), João Leite da Silva Ortiz e o capitão Anselmo Ferreira de Barcelos, entre outras figuras da sangrenta história paulista.
Outrora chamada de Comarca de Santa Rita do Paraíso, em 1906, foi elevada à categoria de município e em 1907 teve seu nome mudado para Igarapava.
A cidade tem o orgulho de possuir a Usina Hidrelétrica de Igarapava, no Rio Grande, na divisa entre SP e MG.
Olha ali onde ficam a cidade e a própria usina:
Fomos até Igarapava conhecer o Estádio Garibaldi Pereira, casa do Igarapava EC!
A fachada do estádio não possui mais nenhuma identificação
Uma pena… A casa do alvi rubro Igarapava Esporte Clube merecia maior reconhecimento já que recebeu vários times do estado de São Paulo, desde a fundação do time em 21 de agosto de 1919.
Assim como muitos times do interior, o IgarapavaEC encontra-se afastado das competições oficiais.
Como todo time do futebol paulista, o Igarapava EC começou no amador, principalmente no Campeonato do Interior. Aqui, matéria de 1948:
Mas sua história é muito rica; participou em 11 edições das divisões de acesso do Campeonato Paulista, pela 3ª divisão (de 1961 a 1964, 1976, 1980 e 1986), pela 4ª divisão (de 1977 a 1979) e pela 5ª divisão em 1994.
Aqui, o Diário da Noite de 1962, declarava que o Igarapava EC faria parte da Segunda Divisão, o terceiro nível do futebol àquela época:
Este era o time de 1962:
Olha aí o esquadrão já nos anos 90:
E cá estamos nós, rodeando o estádio em busca de um lugar para fotografá-lo, mas os muros parecem inimigos…
A menos que… Sim, a famosa escada do seo Osvaldo nos salvou mais uma vez e garantiu o nosso registro!
O Estádio Garibaldi Pereira perdeu mais do que a presença dos torcedores em disputas profissionais… Sua arquibancada coberta já não está assim tãããão coberta…
A arquibancada ao fundo do gol de entrada lembra um pouco o eco estádio em Curitiba.
Mas o campo está bem cuidado, mesmo enfrentando um longo período sem chuvas.
A arquibancada lateral é o bom e velho cimentão, dando ao estádio a capacidade para 4 mil torcedores.
Aqui, o outro gol, ao fundo, onde não há arquibancada.
Enfim, mais uma missão cumprida!
Hora de voltar para a estrada, mas antes, um rápido passeio por dentro da cidade…
A cidade serve de residência par acerca de 50 mil pessoas atualmente e nos surpreendeu com a infraestrutura que pudemos ver!
Desde ruas largas e arborizadas, até o comércio local, forte e ativo!
Mesmo tão desenvolvida, a cidade ainda guarda a calma das tradicionais cidades do interior.
O motivo da nossa visita à cidade é o São Joaquim Futebol Clube!
O São Joaquim FC foi fundado em 20 de abril de 1920, sendo assim um clube centenário (na época de nossa visita já existiam algumas homenagens aparecendo por lá)!
O time desafiou a distância da capital e disputou 5 edições do Campeonato Paulista: 1949 e 1950 na A2, 1993 na A3 e 1994 e 1995 na atualmente extinta quinta divisão. Esse era o time de 1948 no dia em que o São Paulo FC foi até São Joaquim disputar um amistoso com o “Espigão” (apelido do time local) para inaugurar um novo espaço do Estádio:
Segundo a Gazeta Esportiva, em 1955, o Espigão contratou o zagueiro Blanco, do River Plate!
Mais notícias de 1955:
O time despediu-se do profissionalismo com o título da Quinta divisão de 1995.
Esse era o time campeão:
Um fato curioso é que o time foi abandonado pelo patrocinador no meio do campeonato e os jogadores decidiram seguir, tendo como única fonte de renda a bilheteria e patrocínios pontuais:
Aqui, o time presente em Aparecida contra o Aparecida EC: Aqui a camisa de recordação do título!
Em 2011, foi realizado um jogo beneficente entre o São Joaquim Futebol Clube (com os jogadores campeões em 1995) contra a equipe Master do Corinthians Paulista.
O clube tem uma série de brindes e materiais comemorativos, como essa caneca:
O futebol nasceu na cidade no início do século XX (em 1915), e em 1920, o futebol da cidade se uniu para fundar o São Joaquim Futebol Club (S.J.F.C.). Em 1961, o time muda de endereço deixando o campo na esquina da Rua Voluntário Geraldo com a Rua Goiás. Essa era a fachada da época:
E assim, começava a surgir o atual Estádio Dr. José Ribeiro Fortes!
Essa é a entrada do estádio atualmente:
E mais uma vez estamos aí pra registrar parte desta linda história!
E o clube social possui uma entrada própria também.
Entrando por lá, existem distintivos do time por toda a parte.
E também no muro que margeia o clube.
Lá dentro, nota-se um trabalho de marketing que nem os grandes clubes da capital conseguem fazer.
Mas, viemos para ver o estádio, que tal uma volta por lá?
E assim, finalmente conhecemos mais um templo do futebol paulista!
O estádio Dr. José Ribeiro Fortes é quase impensável! Ou inacreditável… Um estádio tão bacana e tão grande… Merecia ter um time de volta ao campeonato!
O banco de reservas segue ali! Mesmo antigo, provavelmente atenderia às expectativas do futebol.
Com tantas arquibancadas ao seu redor, o estádio possui capacidade para cerca de 12 mil pessoas.
São arquibancadas de cimento, no melhor estilo old school, com uns 12 degraus.
Ali ao fundo, fica o clube.
Aqui, uma visão do meio campo para quem está na arquibancada.
Aqui, o gol do lado direito:
E aqui, o lado esquerdo:
Aqui ficava a identificação do estádio, bem no centro do campo.
Olha como era esse lugar em 1995, no ano do título de campeão paulista da série B:
E olha como a torcida lotava as arquibancadas do estádio:
Uma curiosidade é que não existem lugares cobertos no estádio.
Importante citar o outro time da cidade, a Associação Atlética Joaquinense (AAJ).
Fundada em 3 de fevereiro de 1942, a AA Joaquinense não chegou a disputar competições profissionais mas manteve seu time em atividade por décadas e ainda possui sua sede e ginásio na cidade:
A AA Joaquinense era chamada de o “time da baixada”.
Mesmo tanto tempo depois dessa incrível aventura misturando geografia, história e futebol, ainda não estamos nem na metade do nosso rolê.
Depois de fotografar os estádios de Pirassununga, Descalvado, Santa Rita do Passa Quatro, Tambaú, Santa Rosa de Viterbo,Santa Cruz das Palmeiras,Vargem Grande do Sul, São José do Rio Pardo e Cajuru, agora é a hora de conhecer a incrível cidade de Batatais, onde vivem cerca de 63 mil pessoas!
E demos sorte, porque chegamos no dia da tradicional festa italiana DI SAN GENNARO!
Adivinha se não demos um rolê por lá a noite!
Dormimos em Batatais, o que nos permitiu até pegar uma piscina no hotel, na manhã seguinte… Ainda que estivéssemos meio com cara de sono kkkk
Mas, pra quem quer pegar a estrada, 7 da manhã já é tarde, sendo assim, booooooommmmm diaaaaaaa Vietnãããã!!!!!!
Deu pra passear um pouco, conhecer um pouco do dia-a-dia local e ver a cara da cidade.
Batatais resguarda parte de sua arquitetura do início do século que tenta relembrar suas história aos atuais moradores, pedindo que não esqueçam suas origens!
Belos prédios, casas históricas e cuidados exibidos a cada pequeno detalhe…
Mas, pulemos a cerca que limita nossa liberdade e vamos conhecer o motivo da nossa visita à cidade…
… O Estádio Dr. Oswaldo Scatena!
O Estádio Dr. Oswalvdo Scatena é a casa do Batatais FC.
Outrora, já falamos do time do Batatais FC por meio de sua camisa, veja aqui como foi que mostramos alguns quadros do “Fantasma da Mogiana”.
Esse foi o time que disputou a A2 deste ano (2018):
O Estádio foi inaugurado em 1954, e teve como primeira partida “Batatais 2×4 Palmeiras”, encontrei essas imagens referentes a esta partida:
E aí estamos nós! Em mais um templo sagrado do futebol paulista!
Deu pra fazer nossa tradicional foto na bilheteria!!
O Batatais completa no ano que vem seu centenário! Tomara que programem algo para marca o ano!
E nós, aqui, literalmente visitando a cancha local!
Como não sabemos por onde ir… sigamos o proibido! kkkkk Brincadeira hein? Entramos por aí com o consentimento dos funcionários locais.
E que tal uma olhada na parte interna do estádio?
O estádio é incrível! Tem arquibancadas ao redor de todo o campo. Olhando da arquibancada coberta, esse é o gol esquerdo:
O meio campo:
O gol do lado direito:
Com tanta arquibancada, o Estádio Doutor Oswaldo Scatena (também chamado de Scatenão) possui atualmente capacidade para 15.000 pessoas.
Uma coisa que eu acho muito legal em alguns estádios do interior é a homenagem que prestam ali mesmo aos ex atletas, veja que da hora:
As bandeiras tremulando ao vento, ao fundo do gol.
E aí estamos nós!
E lá no campo, o time treinava para mais uma partida da Copa Paulista!
Destaque para o ótimo zagueiro Luiz Matheus que jogou no nosso Santo André (fez o gol do título da Copa Paulista 2016).
Mais um estádio que merece estar eternamente em funcionamento! Parabéns à população de Batatais por manter um time tão simpático em atividade, mesmo com tantas dificuldades que sabemos existir atualmente para isso…
E que arquitetura maluca hehehehe E ainda assim genial!
Hora de dizer até um dia ao fantasma da mogiana! Tomara que voltemos um dia para acompanhar uma partida!
A cidade nasceu da doação de um terreno (feita por dona Maria Pires de Araújo) para a construção de uma capela, com o tempo, o povoado que surgiu em torno dela começou a ser chamado de São Bento do Cajuru (nome que os povos originários que habitavam o lugar o chamavam à época da chegada dos tropeiros: ka’îuru, que significa “boca do mato”).
A chegada da estrada de ferro acelerou o desenvolvimento da cidade…
18 de agosto de 1866 é considerada a data de fundação definitiva de Cajuru, onde encontram-se cachoeiras e quedas d’água, criando um amplo potencial turístico. Mas… Cá estamos para conhecer o Estádio Municipal Dr Guião.
O Estádio Municipal Dr Guião foi a casa do Clube Recreativo Cajuruense na disputa da terceira divisão em 1986, em sua única participação em campeonatos oficiais organizados pela Federação Paulista.
Oficialmente, o C.R. Cajuruense foi fundado em 1950, mas suas origens vêm da década de 30, e esta matéria da Gazeta de 1931 comprova a tese, anunciando naquele ano partida entre a então Associação Atlética Cajuruense o União Mogyana FC.
O time já contou em sua linha com um jogador que ficaria famoso como diretor de um grande clube: trata-se de Juvenal Juvêncio!
Em 1949 fez história disputando o Amador do Interior:
A cidade que no passado foi uma região das mais produtivas do café, com dezenas de fazendas faturando com a produção do chamado “ouro verde”, graças ao uso da mão de obra escravizada no século XIX teve que se reinventar com o passar do tempo. Primeiro substituindo os escravizados pela mão de obra imigrante (principalmente italiana) e pela própria presença dos estrangeiros como proprietários de novas terras. Aqui a cidade em 1910:
A religião se mostra presenta na cidade por meio de várias igrejas, conseguimos fotografar a Igreja Matriz de São Roque (estilo romano,segundo a Mari) e inaugurada em 1942. Atualmente abriga os monges da ordem Cistercienses e fica na praça Monsenhor Arnold:
Foi em São José do Rio Pardo que Euclides da Cunha escreveu “Os Sertões“, uma das obras mais importantes sobre a história do nosso país: a sangrenta e trágica Guerra dos Canudos. Mate sua saudade sobre a história de Antonio Conselheiro e seu povo autogerido:
A cidade foi servida por ferrovia entre 1884 e 1989, quando os trilhos foram retirados e no local foi construído uma avenida, fizemos uma foto de um local em que provavelmente serviu de estação:
Mas, nosso foco futeboleiro era conhecer as casas de dois times da cidade, comecemos pela Associação Atlética Riopardense!
A AA Rioperdense foi fundada em 1º de janeiro de 1930, e a partir de 1948 passou a disputar as competições oficiais da Federação Paulista jogando a segunda divisão até 1951, quando se licenciou.
Aqui, o time de 1943:
Em 1982, o time voltou ao profissionalismo para uma única disputa da terceira divisão. Desde então, dedica-se ao futebol amador.
Muitas pessoas tratam o estádio apenas de “Estádio da AA Riopardense“. Mesmo se você buscar pela Internet é difícil achar o nome verdadeiro do Estádio. Até porque como o estádio fica dentro do clube, as coisas se misturam.
Mas, logo dentro do clube, existe uma placa que esclarece os mistérios e mostra o real nome do local: Estádio Moacyr de Ávila Ribeiro.
O pessoal do clube foi bem bacana em permitir que a gente entrasse pra fazer umas fotos!
A essa altura do campeonato estávamos na estrada há várias horas e o calor era absurdo… Então imagina como ficamos ao ver esse visual…
Mas, há que se manter o foco. O nosso desafio era registrar o Estádio, que agora sabíamos, se chamar “Moacyr de Ávila Ribeiro“, e pra chegar lá, era necessário atravessar a quadra!
Atravessou? Então vamos lá! É hora de conhecer mais um campo histórico do futebol de São Paulo!
É impossível olhar para esse visual e não sentir uma mágica volta ao tempo… Olha que lindo essa arquibancada coberta!
E olha como tudo começou…
Naquela época, a entrada do estádio era pela rua Mossoró.
Ao fundo, o crescimento da cidade começa a aparecer, com direito até a arranha-céu…
Aqui o time rival da cidade, o Rio Pardo FC, em 1948, posando no campo da Associação:
Olha o “arquitetônico” banco de reservas.
O Estádio possui um sistema de iluminação que permite partidas noturnas (coisa que o meu Ramalhão até 2017 estava sem).
Detalhe para o setor das “cadeiras cobertas” no estádio, denominado “Camarote Tricolor”.
Mas o estádio tem também a ala do rock! Olha só essa parte atrás do gol com menções aos Stones, Marcelo D2, Pink Floyd e até uma foto/grafite do Chorão…
Dá vontade de não ir embora né? Mas a cidade é grande o suficiente para ter um segundo time, então é hora de nos despedimos do Estádio Moacyr de Ávila Ribeiro, a Associação Atlética Riopardense!
Assim, andamos um pouco e logo estávamos em frente ao Rio Pardo Futebol Clube!
O Rio Pardo Futebol Clube foi fundando em 2 de abril de 1909 e entrou pra história ao disputar quatro edições do campeonato paulista da segunda divisão (de 1948 a 51).
Aqui o time de 1951:
Pra quem gosta dessas fotos históricas, tem aí outras imagens de fases diferentes:
Mas o Rio Pardo FC também disputou três edições da quarta divisão (1963, 1964 e 1967) e mandavam seus jogos aqui! Na sede do clube:
Mas assim como no caso da Riopardense, as pessoas constumavam se referir a ele como o “Estádio do Rio Pardo FC”, mas… existe um nome! E ele é… Estádio Lupércio Torres.
No lugar em que esta placa está, parece que existia um tipo de pórtico de entrada:
E aí estamos nós!
Um pouco depois há um outro possível pórtico!
O clube é cercado por um muro e em várias partes dele existe o distintivo pintado na parede.
Aqui é a entrada do clube atualmente:
Vamos dar uma olhada na parte interna pra ficar triste?
É… Chegamos tarde…. As necessidades práticas do clube falaram mais alto que a memória histórica (e é claro que essa é uma decisão válida, uma vez que o clube segue vivo).
Pelo que entendi era aqui que ficava o campo:
Curiosamente, veja essa foto do time rival (Associação Atlética Riopardense) no próprio campo do Rio Pardo FC:
Bom, deu pra conhecer um pouco do estádio. Valeu a pena!
Assim como vale a pena ler a descrição encontrada no site www.cidadelivredoriopardo.com.br a descrição sobre o dia de um derbi: “O campo da Associação está repleto. Arquibancadas e gerais são redutos discriminatórios. Dois grandes grupos antagônicos se formam. As torcidas não se misturam. Nas arquibancadas e gerais daquele lado espremem-se os apaixonados da Associação, os “estegomias”. Na metade oposta, nos barrancos e laterais, os “bexigas-pretas”, torcedores do Rio Pardo. Gritos ofensivos cruzam o campo vazio. Mulheres, com roupas de festa, são sopranos e contraltos dos coros gritantes das torcidas, com urras, piquepiques, quadrinhas, “slogans”, hinos dos clubes, insultos, vaias… Guarda-chuvas, sombrinhas e muitos eucaliptos sombreiam o contorno do campo.” E por aí vai a história, leia lá no http://cidadelivredoriopardo.com.br.
Ah, antes de ir embora ainda deu pra cruzar com o Estádio do time local do Vasco da Gama (limitado ao futebol amador).
O time, embora se limite ao futebol amador, é bastante tradicional!
No caminho para a nossa próxima parada (a cidade de Cajuru) ainda pudemos pirar com o visual do Rio Pardo (eu nem sabia da existência da barragem lá…).
A sétima parte do nosso rolê nos levou à bela cidade de Vargem Grande do Sul, terra do amigo Felipe Oliveira, que trabalha comigo na RINO COM.
Mas se você gostaria de saber como foi que chegamos até aqui, confira os demais posts em que registramos os estádios de Pirassununga, Descalvado, Santa Rita do Passa Quatro, Tambaú, Santa Rosa de Viterbo e Santa Cruz das Palmeiras.
Atualmente, cerca de 42 mil pessoas vivem em Vargem Grande do Sul, mas isso não significa que a população local tenha aberto mão de velhos hábitos como o dominó na rua…
E se o medo afugenta as pessoas da rua nas grandes cidades, em Vargem Grande do Sul as pessoas se sentem protegidas por saber que lá no alto da cidade, o tradicional “Cristo Redentor” tá de olho em tudo que acontece.
A cidade nasceu de um antigo povoado, surgido às margens da antiga estrada Boiadeira percorrida pelos Bandeirantes no século XVII, em busca das minas de ouro de Goiás.
No fim do século XIX e início do século XX começaram a chegar os imigrantes que iriam formar a sua população.
O nome de Vargem Grande do Sul foi dado ao município em 1944. “Vargem” é o nome português que se dá à várzea dos rios e a cidade é cortada pelos rios Jaguari Mirim, Fartura e Verde.
Nosso objetivo nessa visita era registrar o Estádio Municipal Dr. Gabriel Mesquita.
O Estádio foi a casa da Associação Atlética Vargeana.
O time foi fundado em 26 de fevereiro de 1945.
Essa é a entrada do estádio.
Acho muito legal quando os estádios usam o portão pra valorizar o time, normalmente com as iniciais do time. No caso do EstádioDr. Gabriel Mesquita, acredito que as iniciais sejam referências a “Estádio Municipal”.
O Estádio está muito bem cuidado, mas infelizmente estava fechado… Mesmo assim, a salvadora escada que meu pai emprestou e colocou no porta malas do carro me permitiu fazer algumas fotos de dentro do campo.
Achei uma foto na Internet que mostra mais detalhes desse lado do gol:
Achei esse belo registro do time dos anos 40:
Depois de muito disputar os campeonatos amadores, a Vargeana decidiu encarar o profissional e em 1986 disputou sua única edição de um Campeonato Paulista jogando a terceira divisão daquele ano.
Esse é o time que disputou a terceirona de 86 (a foto foi gentilmente enviada pela Emily da Secreteria de Esportes de Vargem Grande do Sul):
Repare que no gol, temos a presença de um jovem que futuramente seria conhecido por outra profissão, falamos de Cléber Abade:
Ele parou em 2011, relembre como foi seu último jogo:
Recebemos da Emily uma outra foto, mas infelizmente a resolução está muito baixa:
Vamos conhecer o estádio por dentro? (ou melhor por cima…)
O estádio possui uma arquibancada coberta e uma descoberta na lateral do campo.
Aqui o gol da direita (pra quem olha de dentro da arquibancada coberta):
Olha que lindo o banco de reservas (dá pra ver como o gramado está bem cuidado):
Aqui uma visão do campo com a cidade ao fundo.
Esse é o time atual da AA Vargeana, que disputa os campeonatos amadores:
Assim, nos despedimos da cidade de Vargem Grande do Sul e voltamos à estrada para a próxima fase!
Caso você tenha interesse em ter uma camisa retrô, o site Só futebol oferece dois modelos das camisas da Vargeana. (clique aqui e confira).
E sim, a cidade tem esse nome porque a primeira capela erguida na região era cercada de frondosas palmeiras. E não é que elas ainda estão pela cidade? Essa é a rodoviária, de imponente arquitetura!
A cidade prosperou graças às propriedades agrícolas que aproveitaram a terra roxa da região para o cultivo de cafezais, que chegaram a somar mais de quatro milhões de pés. Para saber mais sobre a história da cidade, recomendo um romance policial interessante que se passa por lá e foi escrito baseado na vida (e morte) de Manezinho, filho de escravos que viveu por lá (compre aqui por menos de R$ 20):
Nossa visita à cidade se deu pelo desejo de conhecer o tal “Estádio do Coronel“, campo do Esporte Clube Palmeirense.
O EC Palmeirense é um dos clubes mais antigos do estado de São Paulo. Foi fundado 7 de setembro de 1908, após uma partida entre os moradores locais contra o Pirassununguense (que jogou em comemoração ao seu primeiro ano de vida). Esse é o time da época:
O clube é conhecido como “Leão da Coronel“, porque fica localizado na Rua Coronel Penteado e por isso seu estádio é chamado de “Estádio da Coronel“, ou simplesmente o “Campo do Palmeirense“.
Atualmente, embora não dispute as competições oficiais da Federação Paulista, o EC Palmeirense mantém um ótimo patrimônio: seu clube social.
Mas o EC Palmeirense fez história disputando torneios amadores organizados pela Federação Paulista de Futebol nos anos 1940, 1950 e 1960, recebendo também times de diversas cidades para amistosos.
Aqui, um belo empate com o time do União de “Piraçununga”, em 1956 pelo Campeonato Amador:
Olha o destaque no portão, que lindo!
Que tal um rolê por dentro do campo?
Como deu pra ver, também ia rolar um show no feriado de 7 de setembro (até porque é também o aniversário do clube). Quanto mais festa, mais alegria, menos ódio. Então, boa festa!
Bom, mas o Palmeirense não se contentou com o amadorismo e decidiu se profissionalizar para respirar ares ainda mais competitivos e assim, 1976 estreou pela terceira divisão, perdendo de virada, em casa para o Descalvadense, por 3×1, nesse mesmo chão que hoje, com todo o respeito, pisamos!
Mas a derrota na estreia não desanimou e o EC Palmeirense viria a disputar doze Campeonatos Paulistas, de 1976 a 1989, entre a terceira e a quarta divisão, fazendo a alegria das arquibancadas de seu singelo estádio!
Esse foi o time que disputou a Quarta Divisão em 1989, agradecemos ao Tostão (lá do Palmeirense mesmo) pela disponibilização da foto:
Aparentemente a foto é desta área do estádio:
Da história vão ficando as memórias e as pessoas, como um dos colaboradores do clube que cuida com o mesmo amor de sempre do campo, e mostra com orgulho sua medalha conquistada na São Silvestre de um passado inesquecível.
A verdade é que olhando assim, dá pra sonhar com uma partida pela série B do Paulista sendo jogada aí no Coronel, não dá?
Aqui o gol da direita…
O meio campo…
E o gol da esquerda…
Em 1978, o “Leão da Coronel” chegou à fase final da quarta divisão, mas acabou perdendo a chance de ser campeão ao ser derrotado pelo.
Nos anos 90, o time volta ao amadorismo, tendo seu estádio voltado aos torneios amadores e amistosos, além do uso pelos sócios do clube.
Mas segue na memória (e n
O campo possui uma série de árvores ao seu redor, dando um clima bem tranquilo.
E as palmeiras também!!
O placar segue 0x0…
As arquibancadas também estão ali na saudade de receber a torcida!
Os vestiários muito bem cuidados.
Bom, mais uma etapa completa e com louvor! O EC Palmeirense mostrou uma incrível estrutura, justificando a nossa visita, por hora… Voltemos à estrada! Pois ainda há muito a conhecer!
A 5ª parte do nosso rolê em busca de estádios é sem dúvida um momento especial. Após registrarmos os estádios de Pirassununga, Descalvado, Santa Rita do Passa Quatro e Tambaú, agora é a vez de falar sobre nossa passagem por Santa Rosa de Viterbo.
A região era habitada por tribos de índios caiapós, até se tornar “Capitania Hereditária de São Tomé” e a partir de 1883 começou a receber um maior volume de pessoas, com a chegada da estrada de ferro Mogiana e com a Capela de Rosa de Viterbo, que viria a dar nome à cidade. Atualmente, sua população está em torno de 26 mil pessoas.
Nosso foco nessa visita era conhecer a Fazenda Amália, que surgiu quando Henrique Dumont (pai de Santos Dumont e um dos “reis do café”) comprou suas primeiras terras na região. Nascia ali um grande complexo agroindustrial, batizado de Fazenda Amália em homenagem à sua esposa. Dizem que pagou barato por estas terras que no seu apogeu chegaram a possuir 96 km de ferrovias por onde passavam 7 locomotivas para escoar sua produção.
A fazenda Amália se transformaria em uma potência ainda maior, com su compra feita pela família Matarazzo. O conde Francisco Matarazzo Júnior reforçou a produção de cana-de-açúcar e também ampliou seu complexo industrial com uma grande fábrica de papel e ácido cítrico.
Santa Rosa de Viterbo acabou se desenvolvendo graças aos empregos gerados e serviços demandados pela Fazenda Amália. Na década de 1940, seriam inaugurados o Hospital Santo André (o primeiro da cidade), o cinema Don Juanico (ainda está lá o salão), a Igreja São Francisco e o Estádio de Futebol Ermelino Matarazzo, foco da nossa visita à cidade. Ah, aqui a foto de uma das estações de trem presentes na fazenda.
O “Grande Império Industrial” da Família Matarazzo duraria quatro década sendo durante muito tempo o maior complexo industrial da América Latina, porém… como já diria o SKA-P… Todo império cairá um dia!
Assim, no início dos anos 1980, o Império dos Matarazzo ruiu nas mão da filha do conde, Maria Pia Matarazzo com dívidas absurdas, levando a usina a ser arrendada. Após 113 anos em funcionamento, a Usina Amália parou diante um impasse no arrendamento entre família Matarazzo e Biagi. Na nossa visita fomos informados que a parte onde fica o Estádio tornou-se um condomínio particular. Enfim… É muita história. Vale a pena assistir o vídeo abaixo pra conhecer um pouco ou, ler o vasto material disponibilizado na Internet. Basta usar o Google como partida.
Voltemos então ao foco futebolistico de nossa viagem, o Estádio Ermelino Matarazzo, onde o time da fazenda, a Associação Amália de Desportos Atléticos (AADA) mandava seus jogos.
A AADA foi “oficialmente” fundada em 1o de janeiro de 1940, embora muitos colaboradores da Fazenda tenham confirmado que desde o início dos anos 30 já existia o time.
Era um jeito de reunir empregados e empregadores da Sociedade Agrícola Fazenda Amália, promovendo a prática esportiva, principalmente o futebol.
Aqui, o time nos anos 40:
O time era subordinado ao Departamento de Serviço Social da empresa.
Dá uma sensação curiosa ver o distintivo com um “A” em um círculo, parecendo muito um time de anarquistas hehehehe.
A AADA participou da quarta divisão em 1966 e da terceira em 1967 e 68.
Seria o mesmo time retratado pela Gazeta Esportiva de 1958 em dois amistosos contra equipes de Ribeirão Preto?
O AADA ainda teve um segundo distintivo, aproximando-se da marca da Fazenda (retirado do Almanaque do Futebol Paulista):
Mas, voltemos a falar do Estádio Dr Ermelino Matarazzo.
Ele começou como um campo cercado de folhas de zinco e acabou reformado graças aos esforços de Ermelino Matarazzo, um apaixonado pelo futebol, que chegou a ser goleiro da AADA (e depois do Palmeiras e do Botafogo). Suas arquibancadas eram na verdade a varanda do casarão que ficava ao lado do campo.
Olha esse mesmo local algumas décadas atrás…
Vamos dar uma olhada?
O casarão ao lado abriga (ou abrigava) o Cinema Dom Juanico.
Infelizmente fomos super mal recebidos pelos seguranças locais, que a todo instante repetiam para irmos embora que aquela área era particular e que ninguém nos daria permissão para adentrar ao campo. (perceba que as fotos foram feitas do lado externo).
Pudemos assim fazer algumas fotos do campo por cima do muro:
Olha o casarão, que coisa linda!
Antes de disputar a terceira e a quarta divisão, a Associação teve o direito de disputar o Campeonato Amador do Interior, e assim o fez.
Em 1957, a AADA venceu o Campeonato do Interior, garantindo convite para jogar a Terceira Divisão.
O tempo passou. O império caiu. O ambiente é inóspito a visitantes. Mas o campo ainda está ali. Este é o gol da direita:
Aqui o gol da esquerda:
Até os bancos de reserva seguem ali!
Mas mesmo com o campo ainda existindo, sabemos que é praticamente impossível a volta de um time como a AADA…
Vale o registro do outro time, que defende as cores da cidade no futebol amador até os dias atuais: o Santa Rosa FC!
Em 1955 sagrou-se campeã de seu grupo no Campeonato do Interior (o setor 22):
E em 1957 recebeu o Palmeiras em um amistoso.
Enfim, longa vida ao futebol de Santa Rosa de Viterbo!
Hora de voltar à estrada e dar sequência à viagem e aos sonhos.
Seguindo o nosso rolê em busca de estádios, chegamos à cidade de Tambaú!
Antes de Tambaú, já havíamos passado por Pirassununga, Descalvado e Santa Rita do Passa Quatro para registrar seus estádios. Mas agora é a vez de falar sobre a cidade cujo nome significa “rio das conchas”.
Tambaú foi fundada em 1886, ainda como um povoado. Somente em 1898 seria levada à condição de município. Colaboraram para a formação da cidade diversos imigrantes italianos, portugueses, espanhóis e sírio-libaneses, ajudando a desenvolver a indústria da cerâmica na cidade. A estação de trem de Tambaú foi aberta em 1887 e funcionou até 1959, quando a variante Lagoa-Tambaú ficou pronta. A nova estação foi construída fora da área urbana.
É impossível falar de Tambaú sem falar de um de seus personagens mais curiosos: o padre Donizete. O padre ficou muito conhecido graças a diversos milagres de curas atribuídos a ele (até um jogador de futebol foi curado, segundo ouvi em um programa do Milton Neves, um domingo desses). Donizetti era também advogado e ajudava os trabalhadores em processos contra os empresários e políticos que abusavam de seus poderes. Dizem que por essa intromissão, tentaram matá-lo por 2 vezes. Em 1992, foi aberto o processo de beatificação de Padre Donizetti.
Mas, voltemos às ruas e praças de Tambaú nos dias atuais…
Na cidade, vivem mais de 23 mil pessoas, aproveitando-se de suas arborizadas ruas…
E durante nossa visita, ainda pudemos ver o lindo florescer dos ipês amarelos.
Mas, mais do que natureza, a cidade possui uma outra riqueza…
E o futebol fez de Tambaú, a “Avellaneda” brasileira. Explico: é que na cidade convivem 2 times na mesma rua, mais ou menos como no bairro argentino onde Racing e Independiente possuem seus estádios há uma quadra, um do outro. Veja no mapa a proximidade dos dois estádios em Tambaú:
Vamos começar falando do Estádio Carlos de Almeida, a casa do Esporte Clube Operário.
O estádio tem um singelo apelido: “A jaula da Alfredo Guedes“. Alfredo Guedes é o nome da rua em que está não só o campo do Operário como do União, que veremos a seguir.
A sede do time fica ao lado do Estádio!
O Esporte Clube Operário foi fundado em 30 de junho de 1921 e entrou pra história disputando a Terceira e a Quarta divisão do Campeonato Paulista, entre 1986 e 1991. Aqui, o time de 1989:
E lá vamos nós conhecer mais um estádio!
O time é conhecido como o “leão” de Tambaú. E é o leão que recebe os visitantes do estádio (pena que o vidro deu uma estragada na foto …).
Dizem que o Operário é o time com maior torcida da cidade, e por isso acabou recebendo o título de “O mais querido”. Aqui é o time de 1966, quando disputou um amistoso contra a Ponte Preta:
Que tal dar uma olhada no estádio?
O Estádio Carlos de Almeida encontra-se em excelente estado!
Gramado bem cuidado, alambrados preparados e… as arquibancadas!
Tem até um espaço para a rádio local!
Vale uma olhada especial na arquibancada coberta! Simples, mas dá uma outra cara ao estádio!
Ao lado dela, uma arquibancada descoberta, que parecia ser apenas o início de um possível sonho de expansão do estádio!
Olhando da arquibancada coberta, esse é o lado direito:
O centro do campo:
E o lado esquerdo!
Antes de ir embora, uma foto olhando de traz do gol de entrada:
Grata surpresa, hein? Hora de dizer adeus e atravessar a rua…
Do outro lado da rua, temos o não menos importante Estádio João Meirelles.
Trata-se da casa do Esporte Clube União.
Vale lembrar que o distintivo do EC União já teve outras versões, como essa:
O Esporte Clube União foi fundado em 25 de setembro de 1910 (faça as contas e verá que eles são 11 anos mais velhos que o Operário).
Contamos com a ajuda de um amigo local pra visitar o estádio!
Po, e não é que ele lembra o Augusto, ex jogador que fez história na Caldense e também no futebol local de Tambaú! Alguém sabe dizer se é ele mesmo?
O União teve 13 participações no Campeonato Paulista de Futebol entre a terceira (1976 e depois de 1980 a 88) e a quarta divisão (de 1977 a 1979). O Estádio João Meirelles estampa em suas paredes as fotos e nomes de alguns de seus craques nesses anos todos. Homenagem mais que válida.
Aqui, é o time de 69, ainda disputando apenas o amador:
Mais algumas fotos que encontrei:
Aliás, que tal uma volta pra conhecer o campo?
A arquibancada coberta imponente é um destaque que chama a atenção no estádio.
O clube social fica nessa parte atrás do gol (olha a Mari ali!).
Uma coisa engraçada são os grafites desenhados nos muros ao redor do campo! Acaba dando um efeito de que sempre tem alguém torcendo.
O União é um dos mais antigos times do estado de São Paulo, mas segue fora do profissionalismo, para a tristeza das arquibancadas que seguem ali…
Pra nós, é um grande orgulho poder conhecer mais um monumento do futebol do interior paulista!
Vale relembrar um trecho de uma matéria da Placar de 1986 sobre a terceira divisão daquele ano:
Mais uma cidade visitada, mais dois estádios para nossa conta. Pena que foi tão rápido… Mas, é tempo de voltar à estrada!
Dando sequência ao nosso rolê, após termos registrado os estádios de Pirassununga, chegou a hora de conhecermos a cidade de Descalvado, onde meu avô Antonio Gimenez Penessor nasceu.
Descalvado possui uma população de cerca de 32 mil pessoas. É uma região que tem somado às tradicionais atividades agrícolas (principalmente a cultura de cana de açúcar e laranja) as indústrias, destaque para os produtos “Pet” e para a tradicional Usina Ipiranga, na foto abaixo.
A história de Descalvado também tem a ver com os bandeirantes que abriam caminho para fazendeiros plantarem milho, cana e café, entre outras culturas. E assim como na maior parte do Brasil, também existiu a mão de obra escravizada na produção de café (em 1878, Descalvado era o terceiro maior produtor de café do país). Veja o anúncio de 1867 da Gazeta
Para manchar ainda mais a história, havia um mercado de escravos, a Fazenda Babilônia, na região limite entre Descalvado e São Carlos. Em tempos atuais, parece que as pessoas querem esquecer esse fato e acho essencial relembrar que o Brasil teve (ou tem?) o trabalho escravo levantando as bases do país.
Logo, Descalvado recebeu os trilhos da Companhia Paulista de Estradas de Ferro o que colaborou para o desenvolvimento da região (a foto abaixo é do site www.estacoesferroviarias.com.br que reúne fotos históricas de estações de trem).
Pra quem lê isso hoje, talvez não entenda, mas costumo dizer que a chegada da estação de trem era como a chegada da Internet. Ela abria possibilidades, trazia produtos, permitia interação entre pessoas etc. Provavelmente, foi o trem quem trouxe as primeiras bolas de futebol para a cidade. E daí, surge nosso interesse: conhecer o Estádio Felisberto Bortoletto casa do CERD (Clube Esportivo e Recreativo Descalvadense).
O time foi fundado em 03 de dezembro de 1940 e começou jogando as competições amadoras. Esse é o time dos anos 60:
Em 1975, o time passou a disputar as competições profissionais da Federação Paulista de Futebol. Foram 6 passagens pelo campeonato da 3ª Divisão (1975, 1976, 1981, 1982, 1985 e 1986). E o grande momento do CERD foi o título da terceira divisão em 1986, deixando pra traz várias equipes tradicionais, com o time abaixo:
Porém, o título acabou se transformando em problema, uma vez que por falta de um estádio com capacidade mínima exigida pela Federação Paulista de Futebol, acabou tirando o Descalvadense da A-2 de 1987 e dessa forma fez com que desistisse para sempre do profissionalismo.
Mas, enfim… Senhoras e senhores, bem vindos ao Estádio Felisberto Bortoletto!
É sempre emocionante poder se ver em um lugar que marcou a história no futebol de tantas pessoas que vivem em Descalvado…
Tempo para nossa tradicional foto na bilheteria que 30 ano atrás recebia filas e mais filas para ver a final da terceirona!
Atualmente, o CERD possui um fantástico clube social recreativo!
O distintivo está espalhado pelo clube…
Mas manteve lá, o campo de futebol que assistiu a tantas glórias e conquistas!
Que tal uma olhada lá dentro?
Pois é…. Dessa vez quase não dá pra ver o campo direito, com tantos aparelhos sendo preparados para o show do Raimundos!
Quer dar uma volta pelo campo? Gire com a Mari!
O gramado está muito bonito!
Fico me perguntando há quanto tempo aquelas árvores estejam ali… Acompanhando o andamento de cada momento do clube…
Quantas histórias e lembranças devem estar guardados em cada degrau, cada lugar dessa arquibancada…
Quem sabe um dia acordaremos com a notícia da volta do CERD ao profissionalismo?
Por hora, dá tempo de um último olhar, antes de seguirmos viagem…