Estádios do Oeste Paulista: 9- Osvaldo Cruz FC

A estrada parece não ter fim e sempre reserva coisas inusitadas.
O bar acima a gente achou no meio do caminho e me lembrou o “Empório de Secos e Molhados do Peruca”, o armazém do meu avô.
Até o senhor que atendia lá lembrava ele.
A estrada nos levou até a cidade de Osvaldo Cruz.

O nosso foco era o Estádio Municipal Breno Ribeiro do Val.

É lá que o Osvaldo Cruz Futebol Clube manda seus jogos.

Infelizmente, chegamos lá já no início da noite, o que prejudicou nossas fotos…

Pra nós, esse estádio é muito especial, pois foi onde nosso grande amigo Mário Jara encerrou sua carreira como jogador de futebol.

O Estádio Municipal Breno Ribeiro do Val é popularmente conhecido como “Brenão”, e tem capacidade para mais de 11 mil torcedores.

O estádio começou a ser construído em 1954, e naquela época, o servia aos times locais: “Bandeirantes Futebol Clube” e o “Califórnia Futebol Clube”, que iriam se fundir para a criação da “Associação Atlética Osvaldo Cruz”. Olha um pouco da parte interna do estádio:

Aliás, uma rápida olhada pra conhecer o campo!

Quem inaugurou o campo, contra a Associação Atlética Osvaldo Cruz foi o Palmeiras, que saiu vencedor por 8×1. O estádio passou a década de 80 praticamente abandonado, até 2004, quando foi fundado o Osvaldo Cruz Futebol Clube.

O estádio tem capacidade de 15.000 torcedores.

Ali, além do cartaz indicando o banheiro tem uma arquibancada, no escurinho do cinema…

Ao menos deu pra ver a bilheteria!

Com a noite dominando, decidimos parar um pouco e confesso que íamos embora um pouco desanimado, afinal, visitar o estádio a noite não é assim tão divertido…

Mesmo sentindo a mesma emoção que tivemos nos demais estádios, confesso que não estava satisfeito, já que não deu nem pra ver direito as arquibancadas…

E eis que o “algo mais” aparece. Quase indo embora, tivemos a oportunidade de conhecer alguns dos atletas do time deste ano! Tem até um mexicano no elenco!

Pô, agora sim, podemos ir pra casa, ou melhor pro hotel, lá em Presidente Prudente…

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Estádios do Oeste Paulista: 8- Piacatu

Este é um post rápido.

Ele fala sobre um estádio, o oitavo da nossa viagem, localizado na singela cidade de Piacatu, onde vivem cerca de 5 mil pessoas que mantém a simpatia e simplicidade das cidades do interior paulista.

Onde fica? Fica ali, literalmente no meio da estrada que liga Araçatuba a Presidente Prudente. Perto de Rinópolis (onde há um estádio super bacana, mas que infelizmente não visitamos… MENSAGEM VINDA DE 2018: CLIQUE AQUI E VEJA COMO ENFIM FOI NOSSA VISITA À RINÓPOLIS).

É lá que encontramos o Estádio Municipal José Sebastião Martins, o “Zico”, campo onde vive o futebol amador da cidade.

O Estádio possui um belo gramado e uma estrutura bem bacana.

Uma pena a cidade não ter conseguido levar nenhum time ao profissionalismo, mas… quem sabe o que o futuro aguarda?

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Estádios do Oeste Paulista: 6- Araçatuba

E vamos para a próxima cidade! Depois de visitar Birigui e conhecer os estádios locais, fomos à cidade vizinha: Araçatuba e suas belas avenidas!

Fomos conhecer o Estádio Dr. Adhemar de Barros, o “Adhemarzão”!

Como a entrada principal estava fechada, fomos pelo acesso lateral.

O Adhemarzão é um estádio de grande porte. Tem capacidade para mais de 15.000 torcedores, mas é proibido bater bola no gramado…

Vamos dar uma olhada geral em mais este belo campo do oeste paulista:

  O estádio foi inaugurado em julho de 1939, e tem uma localização privilegiada.

É nele que a Associação Esportiva Araçatuba, a tradicional AEA manda seus jogos!

distintivo da AEA Araçatuba

Além de uma grande arquibancada descoberta, conta com uma parte coberta, na região central do campo.

Tivemos a sorte de poder acompanhar um pouco do treino da AEA.

Dá pra ver a cidade ao fundo, e percebe-se que Araçatuba não para de crescer, hein?

Um detalhe curioso é que ao invés de vermos os tradicionais “Quero-Queros” no campo, encontramos várias famílias de gatos descansando sob o sol…

Mais uma foto histórica, registrando um estádio maravilhoso!

O estádio é todo bem identificado, indicando inclusive a capacidade de cada arquibancada.

Olha aí o setor que homenageia o famoso Dr Farah!

E esse é o Dr. Ademar:

Mais uma bilheteria para a lista da Mari!

Olha que bacana as arquibancadas vistas do lado de fora!

Mais uma vez, ficamos contentes, estando numa cidade tão longe da nossa, mas ao mesmo tempo com tantas coisas em comum, e principalmente o respeito ao futebol…

Espero que tenha dado pra conhecer um pouco sobre o estádio!

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Estádios do Oeste Paulista: 4 e 5- Birigui

Saímos de Penápolis (veja aqui como foi) e rumamos à Birigui, uma cidade muito bacana, desenvolvida e que tem na indústria do calçado sua maior riqueza!

Demos um role pela cidade pra conhecer um pouco do lugar.
Aqui é a antiga rodoviária, atual concentração de comércios:

Outra tradição das cidades do interior são as igrejas, normalmente muito bem cuidadas:

A cidade possui uma larga história na indústria de calçados, tanto que até um museu (veja aqui) ao tema eles tem!

Para aqueles que gostam de esportes, a cidade de Birigui estava participando do “Dia do Desafio”, contra a cidade de Pococi, de Costa Rica, e venceu a disputa com ampla vantagem.

Falando de futebol, nosso destino era conhecer a casa do Bandeirante (já escrevemos sobre o time, clique aqui e veja o post), o Estádio Municipal Pedro Marin Berbel, o “Pedrão”.

O estádio fica numa região um pouco distante do centro, mas de fácil acesso.

Eu gosto de ver os distintivos dos donos do Estádio (ou mandantes) espalhados pelos portões e muros.

O Estádio Municipal Pedro Marin Berbel é bastante imponente e mais uma grata surpresa. Tudo muito bem cuidado e muito bonito. Taí a Mari na bilheteria!

Vamos dar uma olhada lá dentro!

O “Pedrão” tem capacidade para mais de 10 mil pessoas.

O Estádio tem uma vasta arquibancada.

O campo foi inaugurado em 3 de junho de 1983, em uma partida entre o Bandeirante e o Botafogo de Ribeirão Preto. O time visitante venceu por 2 a 1.

O terreno foi doado pela prefeitura e originalmente, se chamaria “Estádio Municipal de Birigui”, porém, em 1981 o prefeito Pedro Marin Berbel, que estava no poder na épóca da sua construção, ganhou sua homenagem.

Sem dúvida, ficamos com muita vontade de voltar para assistir um jogo no “Pedrão”!

Outra grata surpresa foi ter encontrado nada menos do que o próprio presidente do clube, Celso Luiz Aguiar, que estava por ali, andando pelas arquibancadas, fazendo planos e sonhando com o melhor futuro do time.

Ali acima, as cabines para as equipes de jornalismo.

Olha o banco de reservas ali!

Outra coisa que tem ganho importância e tem sido cada vez mais respeitado nos estádios: a área para cadeirantes. Bacana a iniciativa!

Olha que legal essa vista que mostra o arco das arquibancadas. Dá pra ver como é grande o estádio!

Fiz uma foto panorâmica também, olha só:

O que deu tristeza foi ter que ir embora sabendo que no dia seguinte, teríamos um jogão entre o BEC e o Tanabi, ali no Pedrão…

Hora de ir embora. Mas antes de deixar a cidade, temos mais uma missão. Como dissemos, o “Pedrão” foi construído na década de 80, então, onde o Bandeirante mandava seus jogos antes?

No Estádio Roberto Clark! E aí está ele!

A boa notícia é que o campo continua lá…

A má é que o clube não tem verba para conseguir fazer a manutenção adequada.

Olha a bilheteria aí:

Vamos tentar entrar e dar uma olhada? Hmmm… Problemas, o portão está trancado com cadeado…

Mari, mas e aquele buraco na grade? Vamos tentar?

Ok… Imagens tristes para quem ama o futebol e sua história. Tem uma cerca “fechando” o acesso à arquibancada.

O gramado até está bem cuidado.

Mas a arquibancada, que já recebeu tantos torcedores…

Fizemos um vídeo lá dentro, mas acabou não dando certo, então fizemos um novo, numa versão “em movimento”, olha aí:

Não vamos ser levianos de criticar a gestão do clube pelo atual estado do Estádio Roberto Clark, sabemos que não é fácil, nem barato cuidar de um campo, mas que seria legal alguma acão, de repente até com o envolvimento da torcida, nem que seja pra dar uma capinada no mato…

Fomos embora, admirando o bonito horizonte da cidade (a foto abaixo mostra o horizonte de Araçatuba), felizes por conhecermos mais dois estádios, tão importantes para a história do futebol no Brasil.

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Não faça como o Ricardo, lá de Birigui, fez com seu amor…

Estádios do Oeste Paulista: 1- Marília

Nossa primeira parada foi a cidade de Marília, onde passamos a noite após várias horas de viagem.
A dica de um lugar legal pra comer é a pizzaria Buga, onde jantamos um belo rodízio de pizza e massa. O endereço é Rua Bandeirantes, 284 e o telefone é (14) 3413-7333…

Aproveitamos a visita para reencontrar uma família muito especial, amigos há mais de 15 anos.

Abraços à Fernanda, Benê e Nilda, e parabéns por terem guardado tantas recordações da história do Marília Atlético Clube, e menção especial ao Benê que defendeu as cores do MAC no fim dos anos 70.

Olha só um dos materiais históricos que o Benê guarda do MAC:

Outro detalhe bacana da cidade é a vocação para indústria alimentícia.
Além da conhecida Marilan, os tradicionais salgadinhos Dori tem sua fábrica na cidade.

Eu não sabia, mas Marília é um foco de estudos de Paleontologia.
Tem até um museu na cidade dedicado aos dinossauros.

Assim como boa parte das cidades da região, Marília é cortada pela ferrovia, mas infelizmente o transporte sobre trilhos não tem sido utilizado mais…

Após passear um pouco pela cidade, fomos finalmente conhecer o Estádio Municipal Bento de Abreu Sampaio Vidal, o “Abreuzão”.

O estádio fica bem no centro da cidade, na Avenida Vicente Ferreira.

O nome do estádio é uma homenagem a um dos fundadores da cidade.

O Abreuzão foi inaugurado em 1967 e foi palco de grandes momentos da história do futebol local. Vamos conhecer a casa do MAC:

Como dá pra ver, o estádio tem uma diferença muito bacana, ele possui não apenas um, mas dois setores cobertos, além de outros dois lances de arquibancadas descobertas, que circulam o campo todo.

Aqui dá pra ver os dois lados cobertos e a Mari ali no meio hehehehe!

Sua capacidade máxima é de 19.800 pessoas.

A inauguração do estádio foi em 1967, e já no ano seguinte, ganhou seu sistema de iluminação.
O engraçado é que ninguém sabe dizer qual foi a primeira partida disputada no estádio…
Alguém arrisca um palpite?

Pra fechar o passeio com chave de ouro, uma rápida passagem na loja oficial do time!

A entrada da loja está repleta de fotos de times históricos!

Aliás, por que ninguém mais faz fotos de times assim, em ângulos diferentes e bacanas?

Esse é o time de 1984:

Hora de um último olhar ao estádio e seguir caminho.

Última foto, em frente à bilheteria…

E vamos para Lins, enquanto tentamos entender a arquitetura das arquibancadas do MAC!

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Em busca do Estádio Perdido em Joinville

E numa dessas idas e vindas até Florianópolis, para visitar meu irmão, a gente passou pela bonita Joinville para conhecer o estádio do Joinville Esporte Clube (clique aqui para conhecer a história do time) e, claro, conhecer a cidade!

Como já deu pra perceber pelas fotos acima, Joinville possui forte influência da cultura alemã.

E, assim como os alemães, o povo de Joinville também ama futebol. E lá fomos nós para o estádio, mas… Antes de adentrarmos o campo, demos uma passada na “Toca do Coelho”.

A Toca do Coelho é a loja oficial do Joinville, onde estão expostos vários produtos a venda , e também algumas raridades, funcionando quase como um museu do time.

Muitas fotos históricas decoram a loja, vale a pena prestar atenção.

A fachada da loja não podia ser outra… um gol!

Mas, deixemos a loja do Joinville pra lá e vamos adentrar à Arena Joinville!

A Arena Joinville é uma arena multiuso e é atualmente o maior estádio de futebol de Santa Catarina. O Estádio está localizado no bairro Bucarein, com um design inspirado em arenas européias, como a Amsterdam Arena.

O estádio foi inaugurado em 2004, na partida entre Joinville e Seleção Masters, com a capacidade para cerca de 15 mil torcedores.

Em 2007, a capacidade foi ampliada para 23 mil pessoas.

Mas a Mari teve até que sentar ao saber que o Estádio ainda vai receber nova ampliação, até poder receber 30 mil torcedores, contando ainda com lojas, praça de alimentação, estacionamento e demais setores característicos de uma arena.

Nesses quase 10 anos de história, o público recorde do estádio foi de 20.000 pessoas, em 2011, na partida Joinville 4 x 0 CRB. Até achei que no jogo contra o Santos, pela Copa do Brasil 2013.

Tem uma boa parte do estádio coberta!

Pudemos adentrar no campo e sentir um pouco do clima do Estádio. Aliás, não havia viva alma no campo.

Olhar as arquibancadas de dentro do campo é sempre uma sensação única!

Fora que ser fotografado dentro do campo acaba mexendo com meus sonhos e a imagem de disputar uma partida oficial, em um estádio lindo como esse.

Mas nem só de amor vive a relação entre time e torcida. Naquele ano, o Joinville estava numa fase ruim, principalmente no estadual, por isso, a série C era obrigação… Vale lembrar que atualmente o time disputa a série A do Brasileirão.

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157- Camisa do Pouso Alegre F.C.

E lá vamos nós para mais uma camisa e mais uma história! Chegamos à 157ª camisa e infelizmente, falamos de mais um clube que não disputa os campeonatos profissionais: o Pouso Alegre Futebol Clube.

Consegui a camisa em uma visita que fiz à cidade de Pouso Alegre, em Minas Gerais. Clique aqui e veja como foi!

E em 2018, estivemos em uma partida do Pouso Alegre contra o Araxá. Veja aqui como foi.

A cidade de Pouso Alegre fica ao sul de Minas Gerais, bem próxima da divisa com o estado de São Paulo.

É uma cidade muito bacana, que mistura os aspectos do interior com o de uma cidade em pleno desenvolvimento!

O time foi fundado em 1913, como “Pouso Alegre Football Club“. Mas, as dificuldades naquela época eram grandes, e só em 1928, o rubro-negro se firmou com estabilidade. Em 1928, foi construído o estádio do Pouso Alegre Futebol Clube, o “Estádio da Comendador José Garcia“, permitindo a visita de muitos times paulistas e mineiros para desafiar o PAFC, como Guarani, Ponte Preta e o extinto Ypiranga, da capital. A Liga Esportiva Municipal de Amadores (LEMA) ficou responsável por administrar o Estádio, por isso, muitos o chamam de “Estádio da LEMA”.

O início do time foi marcado pela disputa de torneios municipais e intermunicipais. Outros times foram criados e o Pouso Alegre FC acabou sendo deixado de lado durante a década de 1950.

A década de 60 foi mais feliz para o time e a torcida do Pouso Alegre, e em 1967, o time não só voltou a ativa como decidiu participar pela primeira vez da Segunda Divisão do Campeonato Mineiro. Nessa época, a torcida comparecia em peso aos jogos do time!

E pra satisfazer sua torcida, o rubro negro foi o campeão da Chave Sul, classificando-se para a fase final, porém, a inscrição irregular de um jogador eliminou o time da sequência do campeonato.

Um fato curioso, é que em 1968, o Pouso Alegre FC disputou um amistoso com o Grêmio Recreativo Beta, de São Paulo e venceu por 38 a 0. A partida é considerada como a maior goleada do futebol mundial. Mas mesmo tantos gols não impediram o clube de  fechar suas portas no ano seguinte, após um mal campeonato.

Dessa forma, a década de 70 passou em silêncio para o time e até para a cidade, com o final da LEMA. O futebol só daria sinais de vida nos anos 80, com a reativação da Liga Municipal, e em 1983, com o retorno do Pouso Alegre F.C. à ativa.

No mesmo ano, o time sagrou-se campeão da Copa Sul Mineira, jogando apenas com atletas da cidade. Mas o ânimo que faltava ao time viria ainda no mesmo ano, com a conquista do Campeonato Amador do Estado de Minas Gerais. Essa conquista reacendeu time e torcida e em 1984, o time voltou a disputar a Segunda Divisão do Campeonato Mineiro.

Em 1988, o grande momento: o rubro negro de Pouso Alegre chega a Primeira Divisão do Campeonato Mineiro, após uma verdadeira batalha contra o Atlético de Três Corações, que teve final no tapetão e somente no ano seguinte, já com a primeira divisão em andamento. Resultado, o time de Pouso Alegre estreou com o campeonato já em andamento, chegando a jogar 3 vezes por semana para “alcançar” os demais clubes.

Em seu ano de estreia na primeirona, 1989, o time conseguiu se segurar na elite do futebol mineiro.

1990 é considerado o ano de ouro do Pouso Alegre Futebol Clube, terminando o campeonato na quinta colocação. Aquele time tinha no gol PC Gusmão, hoje técnico de futebol.

Aqui, um vídeo com os gols do time, em 1991:

Assim como acontece sempre, no final do ano o time foi desmontado e em 1992, o time voltou à segunda divisão. Em 1996, o então prefeito, João Batista Rosa, inaugura o Estádio Manduzão, com capacidade para 30 mil pessoas, considerado o 3º maior estádio de futebol de Minas Gerais. Estádio Manduzão Essa, a gente fez na nossa visita, em 2012:

O “dragão” permaneceu no chamado Módulo II do Campeonato Mineiro até 1998, quando novamente se afastou das disputas até 2009.

Em 2009, o time voltou a disputar a Segunda Divisão, terminando em quinto lugar. Aqui uma foto do pessoal do  Jogos Perdidos:

Depois de sua volta em 2009, o Dragão do Mandú, novamente se desligou do futebol profissional e mais uma vez deixou órfãos seus torcedores.

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O adeus a Albertinho

final-de-semana-071 Olha, não deixe para amanhã o que pode fazer hoje. Há pouco mais de 3 anos, em uma das minhas visitas à Paranapiacaba entrei em uma lanchonete para comprar um tic-tac pra Mari e reparei que as paredes do lugar estavam cheias de imagens do time do Santo André FC. Para minha surpresa, o dono da lanchonete era o “Albertinho“, jogador revelado no futebol amador de Santo André, com passagem pelo histórico time do Serrano, de Paranapiacaba e que acabaria jogando também pela Portuguesa. O site www.ramalhonautas.com.br traz a informação de que ele foi um dos primeiros jogadores do Santo André, estando presente no primeiro treino da equipe, em 14/01/1968. Participou do primeiro amistoso não oficial do Santo André (Santo André 3X1 Saad, 13/03/1968), da primeira partida oficial (Santo André 2X1 Santos, 08/04/1968), do primeiro amistoso internacional (Santo André 1×0 Seleção do Congo, 01/05/1968) e da partida inaugural do Estádio Bruno José Daniel (Santo André 0X4 Palmeiras, 14/12/1969), entre outras. De coração humilde e muito gente boa, Albertinho nunca se cansou de me contar histórias e aguentar a minha curiosidade de torcedor nas várias vezes que voltei à Vila de Paranapiacaba e à sua lanchonete. Sempre que eu saia de lá, me lembro de comentar: “Uma hora preciso voltar com mais calma e fazer uma entrevista legal com ele”. Neste feriado de primeiro de Maio, de 2013, voltei à Vila, ao campo do Clube Serrano e consequentemente à lanchonete, mas desta vez, fui recebido por dona Cida, a esposa de Albertinho, ou “Betinho”, como ela o trata. Betinho já não está entre nós… Passou dessa pra melhor. Joga no time dos sonhos, com tantos outros craques. Foi-se sem grandes homenagens, sem barulho, em dezembro de 2012. Deixa família e muitos amigos. Deixa ainda uma legião de fãs e admiradores de sua história, que sequer tiveram a chance de conhecê-lo… Vai em paz, Alberto e obrigado por tudo o que você fez pelo futebol e em especial pelo Santo André… Você fez parte de uma geração de lendas do futebol, cujos nomes, o tempo jamais apagará da história.

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Primeiro jogo do ano: Rayo Vallecano x Getafe

Então, começa 2013… Que seja um ótimo ano para todos nós! E para ajudar a torná-lo inesquecível, o nosso primeiro jogo tem grandes chances de ser o melhor do ano! Em nossa última noite por Madrid, fomos até o bairro de Vallecas para enfim conhecer o time e a torcida do Rayo Vallecano!

Esse ano, o time até lançou um livro sobre sua história: “Vallecas y el Rayo Vallecano“.

Infelizmente, o valor do Euro não me permitiu trazer a camisa do time, mas trouxe um cachecol, comprado ali, na porta do Estádio “Vallecas Campo de Futbol”, antigo Teresa Rivero que aliás, fica literalmente em frente à estação “Portazgo”, do Metrô.

Vallecas é um lugar único. É um bairro que já foi cidade, cheio de histórias e tem até brasão. Para completar o cenário, a população local tem seu próprio time e seu próprio Estádio…

Como eu disse, o metro para em frente das bilheterias laterais, porém, não tinha nenhuma aberta, tivemos que ir até a bilheteria central comprar nossos ingressos.

O preço mais barato é 18 Euros, junto da galera do Los Bukaneros, mas estavam “agotadas”…

O jeito foi ir a um lugar nas laterais, que nos custaram 30 Euros, cada, ou seja, é caro torcer em Madrid…

Passeando pelo entorno do estádio pudemos ver a polícia local, não tão a paisana como imaginávamos.

Algumas inteferências nos muros, mostram que Los Bukaneros estão na ativa há 20 anos, desde 1992 (21, agora). O site deles é www.bukaneros.org

Ainda antes de entrar, deu pra tirar uma foto do ônibus do GETAFE, pro Anderson, lá de Curitiba. A qualidade tá ruim porque tava bem escuro…

E enfim, chega o momento de conhecermos pessoalmente esse estádio, seu time e principalmente sua torcida…

A cena chega a ser engraçada. Eu e a Mari parados ali, em frente ao campo, por 5, 6 minutos, até que um cara da administração diz que não podemos ficar ali em pé… Mas o momento era mágico, merecia dedicação. Os Deuses do futebol capricharam em Vallecas!

Incrível como as fotos e os vídeos trazem tão pouco daquela atmosfera. Ok, sei que não sou um fotógrafo de primeira linha, mas mesmo assim. As imagens não traduzirão nunca o que as pessoas construiram em Vallecas.

Ficamos na segunda fileira de cadeiras bem perto do campo, como costumamos fazer, em Santo André. Nos sentíamos em casa e ali, ao nosso lado esquerdo, estava a torcida “Los Bukaneros” com seus cantos, faixas, bandeiras e animação.

E o jogo rolava ali, bem pertinho da gente.

Aliás, o time do Rayo está bom nesta temporada, e em especial nessa noite, eles jogaram muito, com muitas jogadas de linha de fundo, o que fez a gente estar bem perto da ação.

O melhor da ação é o momento do gol… O vídeo está bem realista com o que a gente estava vivendo… Estávamos em êxtase, sem saber pra onde olhar hehehe.

Nessa foto, dá pra ver o momento em que o estádio inteiro levanta seus cachecóis! Como é muito frio (ao menos nessa época), você quase não vê pessoas na arquibancada com a camisa do time, afinal estão com um monte de blusas por cima, mas os cachecóis estão sempre a mão. Essa noite estava uns 4 graus quando saímos para ir pro jogo.

Os cantos da torcida são sempre de apoio ao time criticando racismo, xenofobia e as atitudes da polícia.

Recentemente um jovem ativista de Vallecas, chamado Alfon Fernandes foi preso a caminho de uma manifestação e acabou se tornando o ícone da crítica à ação policial, tendo seu nome cantado pelas ruas e estádios. E quando a torcida manda mensagem, é assim:

Participamos de uma manifestação nas ruas centrais de Madrid e pudemos ver seu nome em várias faixas e nos adesivos que eram distribuídos.

Tirei muitas fotos da torcida, pois sei que não voltarei tão cedo para lá e quero muito guardar essa imagem na mente, principalmente das bandeiras com mastros, ainda permitidas por lá e que geram um espetáculo visual!

Dê uma olhada nas bandeiras em movimento:

Em campo, o time mandava bem e fazia 3×0. E a gente ali, acompanhando tudo… A emoção era tanta que nem demos muita bola para um capítulo normalmente essencial: As comidas de estádio. Lembro que no bar, vendiam os tradicionais salgadinhos (destaque para semente de girassol que lá é vendida como amendoim), água, refrigerante (não reparei se tinha cerveja), mas flagramos uma galera que levou uma torta!! Dando uma olhada para outros ângulos do Estádio, aqui, a galera que estava do mesmo lado nosso,mas lááá na outro lado, perto da linha de fundo.

Outro grupo tradicional presente no estádio são os “Pena Rayista Ultramarinos“, que eu não conheço, mas vi várias faixas. Se alguém souber, pode postar comentando…

A animação era tanta que nem vimos o GETAFE diminuir para 3×1. E mais mensagens contra o capitalismo! E mais festa…

Ahhhhhhh, 2013, futebol, rock e revolução em nossas mentes… A torcida do GETAFE não compareceu. É um time de uma cidade próxima de Madrid, mas que não tem muitos torcedores.

O Rayo Vallecano conta ainda com um brasileiro no time, Leo Baptista, que na semana seguinte a este jogo acabou se lesionando. Já no final do jogo, percebemos que o negócio era mesmo ter ficado lá no meio de Los Bukaneros, porque como em todo estádio, tem horas que a torcida dá uma “descansada” e ali no meio, a galera assistia sentada mais comportada… Do outro lado, também vinham alguns gritos animados!

Para terminar, que tal cantar a tradicional música imortalizada pelo SKA-P, junto da torcida local?

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O Estádio Municipal da Vila Famosa em Porto Ferreira – 2012

Ah, a estrada… Incrível como existem opções de fugir, de viver, de viajar…

Dessa vez, a tal estrada nos levou à cidade de Porto Ferreira, para enfim conhecermos o belo Estádio Municipal, conhecido como Vila Famosa.

É lá que a Sociedade Esportiva Palmeirinha manda seus jogos.

O Estádio pertence à prefeitura municipal e já teve capacidade para mais de 8 mil pessoas, atualmente esse número foi reduzido para 5 mil torcedores.

O estádio pode ser pequeno, mas faz questão de ressaltar o time em todos os espaços possíveis, coisa que é difícil de se ver em muitos estádios.

Assim como toda a cidade de Porto Ferreira, a região do Estádio é bastante arborizada.

Infelizmente, não encontramos ninguém pra conversar sobre o campo ou sobre o time, mas pesquisando, descobrimos uma história bem bacana. Mas antes, sente o clima do role:

Em 1991, o Palmeirinha convidou o Corinthians, para um amistoso. O jogo serviria de inauguração da iluminação do estádio.

O time do Corinthians vinha com o goleiro Ronaldo, o volante Ezequiel e o meia Neto e demais jogadores, mas não é que o Palmeirinha honrou a rivalidade e venceu por 1 a 0?

O sistema de iluminação segue por lá…

As arquibancadas totalmente old school também seguem firmes. Quase firmes… A espera de novos desafios e torcedores.

E como esse mundo do futebol é cheio de coincidências, além do time ter o nome do principal rival do Corinthians, ainda é sede do Centro de Formação Chelsea, time que possivelmente enfrentará o alvinegro paulistano no mundial de clubes.

A bilheteria também parece ter saudades dos dias em que disputavam-se os ingressos…

Para maiores informações sobre o time, visite: www.sepalmeirinha.com.br.

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