Estádios do Oeste Paulista: 2- Lins

Dando sequência ao nosso rolê boleiro pelo oeste paulista de junho de 2013, saímos de Marília e fomos conhecer a cidade de Lins e um pouco da história do futebol local, e registrar o Estádio Gilberto Siqueira Lopes, o “Gilbertão“.

E lá vai a Mari conhecer outra bilheteria!

Demos a sorte de conseguir pegar o final do jogo, válido pelo sub 17 entre o C.A. Linense e o Santacruzense (3×0), e assim conhecer o lado de dentro do estádio.

Se você nunca esteve no Gilbertão e quer ter uma ideia geral dele, veja o vídeo abaixo, lembrando que ele é de 2013 e o Estádio deve ter passado por transformações até o momento em que você está lendo isso, possivelmente 10 anos ou mais depois…

Dividindo um pouco da história deste Estádio, sua inauguração ocorreu em 1962, com o jogo Linense 2×4 Botafogo.
A iluminação foi “presente” do então governador Dr. Adhemar de Barros, bastante influente na região.

Inicialmente, o estádio tinha capacidade para 11.000 torcedores.

Em 2009, aumentou sua capacidade para 15.000 torcedores e com o acesso do time à primeira divisão foi ampliada temporariamente a mais de 20 mil torcedores, graças a estas arquibancadas tubulares:

Como dissemos, deu até pra fotografar um pouco do jogo entre os jovens do Linense!

E como sempre, a torcida do Linense estava lá, presente!
A estimativa é de que existam mais de 50 mil torcedores e/ou simpatizantes do Linense, na cidade.

O “Gilbertão” chegou a receber mais de 13 mil torcedores no Paulistão de 2013, contra o Corinthians, lotando as dependências do estádio!

Confesso que tenho muita simpatia pelo time do Linense!

O Linense não tem do que reclamar da fase atual.
E pelo visto, o segredo vem de dentro de casa!

Que as arquibancadas sigam cheias, elas merecem!

Da nossa parte, fica um sentimento de orgulho de não só ter conhecido o tradicional estádio do interior, mas também ter visto um pouco de uma partida oficial do Linense, ainda que da equipe sub-17.

Porém, a história do futebol em Lins vai além (ou ao menos ia) do que o Estádio Gilberto Siqueira Lopes.
Antes dele, vieram o Estádio Municipal dos Eucaliptos, o primeiro lugar onde o Linense jogou, até 1952 quando o time sagra-se campeão da 2ª divisão e a Federação faz uma série de exigências para a disputa da 1ª divisão do ano seguinte.

Assim, em apenas 60 dias, é construído um novo estádio, o “Estádio Roberto Gomes Pedrosa“, também chamado de “Gigantão de Madeira“, pelo fato de suas arquibancadas serem todas feitas de madeira.

O Gigantão de Madeira foi utilizado até 1959, quando foi demolido e seu terreno loteado. Atualmente, em seu lugar foi construído uma unidade do Amigão Supermercados. E se não podemos voltar no tempo para conhecer o Gigantão, ao menos pisamos no mesmo solo…

Pra quem quer conhecer o lugar, o endereço está na placa:

É triste, mas é real… Cada vez mais supermercados e igrejas tomam conta de áreas antes ocupadas pelos Estádios…

Conseguimos ouvir um depoimento de um senhor que participou dessa história, olha que bacana:

Aproveitei para comprar umas coisas e tenho uma ótima dica gastronômica: a melhor água de coco “industrializada” que já tomamos!
Normalmente água de coco em garrafa ou lata são horríveis, mas essa da Amambi parece que saiu do coco, mesmo!

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antes que ele vire mais um supermercado…

O Estádio Benedito Teixeira, o “Teixeirão”, em São José do Rio Preto!

Em 2010, fomos conhecer São José do Rio Preto, uma cidade gigante do interior de SP. E esse desenvolvimento social e econômico, no futebol pode ser visto pelo fato da cidade ter dois times!
Assim, aproveitamos nossa viagem para conhecer os estádios destes times que fomos até lá!
O primeiro estádio é o Benedito Teixeira, o “Teixeirão”, onde o América FC manda seus jogos.

O Estádio é bastante recente, foi inaugurado em 1996 e nós demos o azar de pegar um dia em que ele estava sendo reformado…

Mesmo em reformas, deu pra ver a grandeza do Estádio, que chegou a receber vários clássicos do futebol paulista, graças ao seu porte.

O jogo de inauguração foi entre o América e o São Paulo e o time da capital venceu por 3×2. A capacidade atual do estádio é de quase 33 mil torcedores. Olhando de fora, dá pra ver o espaço que ele ocupa.

Ah, achei um novo mascote pro time hehehe:

O Estádio leva as cores do time (vermelho e branco) em diversos muros…

O estádio nasceu graças ao idealismo do Prefeito Dr. Wilson Romano Calil que via o time como a maior propaganda da cidade. A ideia foi apresentada à cidade no período da visita do então presidente Benedito Teixeira e por isso leva o seu nome. A prefeitura cedeu o terreno e ainda conseguiu a doação de 11.500 sacos de cimento, ao América ficou a responsabilidade das obras, o que obrigou a venda de jogadores importantes.
Uma coisa que eu aprendi a gostar são os ônibus dos times, olha o do América aí:

Na despedida, fiz mais uma lembrança de um estádio importante.

Em 2022, voltamos ao Estádio Benedito Teixeira e fiz esse vídeo:

E renovamos as fotos do campo:

São José do Rio Preto

Ou você prefere uma chuva concentrada?

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O Estádio Martins Pereira, em São José dos Campos

O Estádio leva esse nome em homenagem aos irmãos Nelson e Mário, fundadores do São José (aqui vale lembrar que ainda não tenho a camisa do time, assim que conseguir eu posto por aqui). Quem vê de fora não consegue ter a idéia certa sobre o Estádio, até porque ele merecia uma nova mão de tinta…

Mas por dentro, mesmo nas escadarias já começa a ter mais vida, mais cor…

A estratégia de divulgação dos jogos é simples, barata e eficaz, e já mostra quem é o dono do Estádio.

Vale dizer que o Martins Pereira é daqueles estádios grandes, que ocupa todo o quarteirão.

O estádio tem capacidade para 15.317 pessoas. Abaixo, dá pra ter uma idéia de como cabe gente por ali…

Lá dentro, um outdoor muito bem planejado pela equipe que cuida da Comunicação da Sabesp… É difícil ver gente utilizando o espaço do futebol com uma temática própria e criativa.

Como sempre, não perco a chance de materializar a minha presença em mais um glorioso Estádio de futebol.

Aliás, eu e Mari não perdemos a chance…

Curiosamente os dois maiores momentos do estádio envolveram as equipes do São José e do São Paulo.

Em 1989, deveria ter sido disputada nele uma das finais do Paulistão, mas o time do Vale foi roubado na cara dura e os dois jogos foram no Morumbi

O segundo detalhe envolvendo o São Paulo é quanto ao recorde de público, oficialmente num jogo de 1987 (19 mil pessoas), e não oficialmente num jogo de 1997, quando 25 mil pessoas estiveram ali (embora 6 mil tenham entrado de graça). Bom, deu pra ter uma ideia do estádio, certo?
Na sequência falarei de outros dois estádios da região.

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