Camisa 80- XV de Caraguatatuba

A 80ª Camisa da coleção vem da praia. E de uma praia paulista, Caraguatatuba, destino comum a quem mora no interior ou mesmo na capital do estado.

O time dono da camisa é o Esporte Clube XV de Novembro de Caraguatatuba, que infelizmente está licenciado do Campeonato Paulista (ao menos quando escrevo este post, em 2010).

O detalhe é o número da camisa… “16”, relembrando o meu irmão Murilo, que jogava com esse número.

Consegui a camisa no próprio Estádio e parecia ser uma das últimas!

O XV de Caraguatatuba foi fundado em 18 de fevereiro de 1934, pelo espanhol Prudêncio Baeta, para disputar jogos do futebol amador, na cidade.

De 1940 a 1947 as atividades do XV ficam suspensas devido à II Guerra Mundial.

Em 1947,  começa a segunda fase do XV.

O clube é reformado, ganha uma nova sede social, no local onde atualmente está a Galeria Santa Cruz.

O uniforme passa a ter as cores verde e branco, em homenagem ao Palmeiras.

Em 1953, o E.C. XV de Novembro passa a funcionar no bairro do Tatu, onde está até hoje.

O primeiro campo do time localizava-se onde é hoje o Banco do Brasil, no centro, em seguida mudaram para o local onde fica o Polo Cultural Adaly Coelho Passos, na Praça Cândido Motta.

Em 1967 ocorre a “catástrofe” em Caraguatatuba.

A cidade foi destruída por uma forte chuva que causou avalanche de pedras, árvores e lama dos morros Cruzeiro. Jaraguá, Jaraguazinho, próximos a cidade, sepultando vários habitantes.

O belo cenário da região se transformou em um grande cemitério. Falou-se em 500 mortos, oficialmente, mas as pessoas dizem que foram muitos mais…

Muitos corpos jamais foram encontrados, principalmente aqueles  que foram arratados para o mar e impelidos pelas ondas para pontos bem distantes.

O Rio Santo Antônio, que corta a cidade alargou-se de 40 para 200 metros.

O campo do XV foi totalmente destruído…

Somente vinte anos depois, em 1987, o então presidente do clube, Irineu Mendes de Souza, reestruturou e profissionalizou o XV, levando o a disputar a quarta divisão do Paulista.

Aqui, o time de 1991, com o goleiro Negaça:

XV de Caraguatatuba 1991

A partir daí, começou a disputar as divisões de acesso até que em 1993, devido a uma crise financeira, o clube deixou de disputar o Estadual.

Em 1994, o clube voltou a disputar o Campeonato Paulista da Série B-2 (na época a sexta divisão) e conquistou o acesso para a série B-1B.

No ano seguinte, mais um acesso, desta vez à série B1-A, vencendo o Palmeiras, de São João da Boa Vista, por 1 a 0.

Em 1996, o time surpreendeu ao perder a vaga para a Série A-3 nos minutos finais do jogo contra o Garça.

No ano seguinte, o XV de Caraguatatuba realizou uma grande campanha e chegou ao quadrangular final. Conquistou o vice-campeonato, subindo assim para a série A3 (terceira divisão).

Porém, o clube não conseguiu ampliar a capacidade de seu estádio para 10 mil lugares (como exige a Federação Paulista) e teve que voltar a disputar a Série B1-A.

Em 2005, o time ainda estava na sérieB1-A, e disputava os jogos com o elenco abaixo (retirado de um post do pessoal dos Jogos Perdidos):

Em 2006, a diretoria do XV mais uma vez licenciou o clube devido às dificuldades financeiras, fato que infelizmente persiste até os dias atuais.

Entretanto, a diretoria vem trabalhando em prol do clube, a começar pelas categorias menores, conforme conversamos na nossa visita ao Estádio, também conhecido como “Toca do Leão“.

Mesmo com tantas conquistas vimos poucos troféus, a explicação é que a sede do clube foi furtada 4 vezes, perdendo se troféus e arquivos .

Infelizmente, o time, assim como muitos outros times do interior paulista passa por uma situação bastante difícil e só conseguirá reabrir as portas para o profissionalismo com alguma parceria.

A população também promete se unir em prol do time, ao menos é o que comentam na comunidade do clube: www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=1241460

Uma pena, que o estádio dificilmente será usado profissionalmente outra vez…

A esperança pode estar também nas categorias menores… Quem sabe um desses garotos não pode ser um futuro craque.?

A parte interna do campo apresenta um bom gramado, e uma arquibancada um pouco esquecida…

Mas sem dúvida, num visual único, incrustado no morro.

E se tem estádio perdido, registremos nossa presença!

E a presença da molecada que prometeu defender a camisa do XV!

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Sem você, não há cultura local…

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E.C. São Bernardo x Jabaquara: Tradição em campo!

Domingo de manhã tem gosto de sono, de preguiça. A cidade em um de seus únicos momentos  de vazio. É uma boa hora pra ir a feira, caminhar pelo bairro, ou… Assistir um jogo da Segunda Divisão do Campeonato Paulista, e no nosso caso um jogo de duas equipes mais do que tradicionais: E.C. São Bernardo x Jabaquara, de Santos. Para quem não sabe, o Palhinha, ex atleta do São Paulo coordena o futebol do E.C. São Bernardo, e pelo que ele gritou durante o jogo, está levando bem a sério o trabalho… palhinha - ec sao bernardo fúria rubro amarela A torcida do “Jabuca” subiu a serra e veio prestigiar o belo jogo, no Estádio do Baetão, em São Bernardo do Campo. O pessoal da Fúria Rubro-Amarela não parou de cantar um minuto, mesmo embaixo de chuva: No velho estilo “poucos, mas loucos”, lá estavam pra apoiar o time do Jabaquara! Além deles, o pessoal da Torcida Jovem Jabuca também esteve no ABC, levando suas faixas e seu incentivo ao time! Ah, e claro que a torcida local também compareceu! O pessoal da Comando e da Inferno Jovem estiveram presentes com faixas, tirantes e também cantaram e apoiaram o tempo todo. Consegui bater um papo com o pessoal da Comando e fiquei contente em ver o ânimo deles em relação ao time! Abraço pro pessoal! Nas numeradas podiam ser vistos torcedores de ambos os times, ali, lado a lado, sem maiores problemas, aliás, com algumas exceções, a tranquilidade nos jogos é marca registrada da Segunda Divisão Paulista. Como me disse um torcedor do São Bernardo, “Lembra os Campeonatos de antigamente”. Mas a festa das cores estava mesmo nas arquibancadas! Faixar, tirantes, bandeiras… Diferentes meios de se mostrar o sentimento por um time… Cores, cantos, movimentos, sentimentos… Nas arquibancadas desse mundo cabe tudo isso… Sob todos os ângulos, sem dúvida a torcida é o maior espetáculo do futebol! Seja ela dos visitantes… Ou dos locais… E em campo, uma partida de excelente nível! Pra quem está acostumado a ver jogos marcados pelos chutões, o que se viu foram dois times que ao menos tentavam sair jogando, com meias e atacantes bastante habilidosos. E foi numa jogada de habilidade do ataque local que saiu o gol do São Bernardo! Vale lembrar, para quem não conhece o Estádio do Baetão, que o gramado é artificial, o que complica um pouco o domínio da bola, mas o que compensa é a proximidade do campo que ele oferece aos torcedores! Não achou que está perto o suficiente? Que tal acompanhar um pouco do trabalho do treinador do Jabuca, ali, praticamente do lado dele… Se preferir, pode dar umas dicas pro lateral, onde ele deve lançar a bola? Ah, o Baetão também é bom porque tem arquibancadas bem altas e dá pra fazer umas fotos com a vista geral do campo: O 1×0 fez com que o jogo ficasse ainda mais quente, afinal, o time que saísse vencedor assumiria a liderança do grupo, ou seja… Ninguém queria perder… Mas… Acabou-se o jogo e o Jabaquara perdeu. 1×0 para o E.C. São Bernardo, que inicia sua volta ao futebol profissional com o pé direito. É o líder do grupo! Ah, e até que enfim, pude encontrar o pessoal do “Jogos Perdidos”  e fazer pessoalmente minhas referências aos caras como alguns dos maiores fomentadores do futebol em sua essência. Abraço pra eles!!! Abraço também a rapaziada da Fúria, que cantou e pulou sem parar… Terminado o jogo, percebemos que não fizemos uma única foto nossa, no Estádio, por isso, antes de voltarmos pra casa, uma foto em plena padaria, onde encaramos alguns quitutes… Enquanto isso, na Rede Vida, o RedBull sagrava-se campeão da série A3, contra a tradicional Ferroviária de Araraquara Como a tarde, encontraríamos a família da Mari, em São Paulo, assim terminava mais um final de semana boleiro…

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78- Camisa do Olimpia do Paraguai

A 78a Camisa da coleção vem da capital do Paraguai, Assunção, onde fica localizado, o belo Palácio Presidencial. É sem dúvida um dos muitos lugares onde ainda estaremos para conhecer a cultura futebolística local! O time dono da camisa é o Club Olimpia, uma das primeiras agremiações de futebol do país,  fundado em 25 de julho de 1902, por um grupo de jovens. Na hora de decidir o nome, alguns queiram “Paraguay”, outros “Esparta”, mas a idéia vencedora foi sugestão do holandês William Paats, considerado o Charles Miller do futebol paraguaio. A primeira camisa do time era toda negra, com o nome “Olimpia” em branco, no peito. O clube já conquistou 38 títulos nacionais, além de vários títulos internacionais, que lhe renderam o apelido de “Rei de Copas“. Entretanto, atualmente não levanta um caneco nacional desde o ano 2000. O time foi um dos fundadores da “Liga Paraguaya de fuútbol”, em 1906. Seis anos depois, em 1912 conquistou seu primeiro título nacional. A partir da década de 50, o time conquistou grande domínio no futebol paraguaio. Foi nessa década que se construiu o Estádio onde o time manda seus jogos, o Estádio Manuel Ferreira, nome do presidente da época. Também conhecido como “El Bosque de Para Uno”, o estádio tem capacidade para cerca de 15 mil pessoas. O Olimpia conseguiu um recorde ao vencer cinco campeonatos nacionais, entre 1956 e 1960, sendo que o de 1959, de maneira invicta. Em 1960, o Olímpia disputou a final da primeira Libertadores de América, contra o Peñarol, conquistando o vice campeonato, com o time abaixo:

A década de 70 e 80 trouxeram os “anos dourados” do clube, graças às surpreendentes conquistas internacionais, e também por um novo recorde em campeonatos nacionais, com um hexacampeonato (de 1978 a 1983). A primeira conquista de Libertadores veio em 1979, quando também conquistou o título intercontinental.   No fim dos anos 80, mais uma final de Libertadores,desta vez contra o Atlético Nacional, da Colombia, que acabou derrotando a equipe paraguaia nos penaltys. Coincidentemente, no ano seguint, os dois times se enfrentaram na semifinal, mas desta vez o vitorioso foi o Olimpia, que pela segunda vez sagrou-se campeão da Libertadores, dando lhe o direito de disputar com o Milan o título mundial, conquistado pelos italianos. Enquanto isso, mais um tetracampeonato nacional, entre 1997 e 2000. Em 2002, no ano do seu centenário, mais uma glória internacional, a terceira Libertadores, vencida contra o São Caetano, nos penaltys: Seu maior rival é o Cerro Porteño. Outro detalhe fantástico, é que atualmente o Makanaki (ex jogador do Ramalhão) joga por lá e é um grande ídolo da torcida! Se liga nele marcando um gol: Para conhecer um pouco de sua torcida, recomendo o site www.labarradelao.com.py da sua principal barra. Mas só pelo vídeo abaixo da para se perceber que estamos falando de mais uma hinchada apaixonada! O site do Olimpia é www.olimpia.com.py/ Por hora é isso! Abraços!

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77- Camisa do Universitário (Perú)

A 77ª camisa da coleção é uma homenagem a um dos dois clubes Peruanos que se classificaram para as oitavas de final na Libertadores de América 2010, o Club Universitário de Desportes, também chamado de “La U” (o outro clube a se classificar foi o Club Alianza Limaclique aqui para ver o post sobre sua camisa) Após 2 empates em 0x0, o Universitário foi desclassificado pela São Paulo, nos penaltys:

Universitário é um dos mais tradicionais times peruanos. É o time que mais conquistou títulos nacionais, no Perú. Foram 24 até o ano de 2010.

Tem sua sede na bela capital Lima.

Foi fundado em 1924 e conseguiu o seu primeiro título profissional em 1929, com o time abaixo:

O ponto mais alto do time foi em 1972, quando conseguiu chegar à final da Taça Libertadores da América, jogando as finais contra o Independiente da Argentina.

Além desse resultado impressionante, também chegou em 4o lugar nas edições de 1967, 1971 e 1975. Sues maiores rivais são Sporting Cristal, Alianza Lima, e o Cienciano. Seu mascote é Garrita, um tigre que anima a torcida!

Desde o ano 2000, manda seus jogos no Estádio Monumental, que possui capacidade para 80 mil torcedores.

Antes do ano 2000, utilizava o modesto e aconchegante Estádio Lolo Fernández, atualmente utilizado como campo de treinamento:

O ídolo que dá nome ao estádio é Teodóro Fernandez, ou simplesmente “Lolo” Fernández, que jogou por vinte e dois anos no Universitario. Além de ser um grande jogador, Lolo Fernandez conquistava a torcida com sua personalidade. Chegou a rejeitar várias propostas internacionais, pelo amor ao time. Jogou de 1931 até 1953, conquistando seis títulos nacionais, sendo artilheiro do Campeonato Peruano em sete vezes.

O ídolo tem até uma música em sua homenagem, que acabou virando um clip com várias imagens sobre o jogador:

O estádio possui uma série de grafites, contando pelos muros um puco da história do clube, e homenageando Lolo…

Interessante ver que a cultura do grafite e do desenho permeou pela torcida. Navegando pelo blog: http://quintavocal.blogspot.com encontrei uma série de desenhos que lembram os grafites do estádio:

A própria torcida foi estilizada em traços de artistas que admiram o time:

Falando sobre torcidas, o Universitario tem duas principais barras. Uma é a Torcida popular “Trinchera Norte“:

Outra, é a sua torcida mais antiga, a Barra Oriente:

O clube também é chamado de La U, ou Los Cremas (devido a cor do uniforme).

O site oficial do time é www.universitario.com.pe Mas vale a pena visitar outros blogs sobre o clube, dos quais eu destaco: www.labandadesanjuan.com/lolo/ sector-u-crema.blogspot.com/ Pra terminar, a bela canção de Ruben Techera, em homenagem ao time. Atenção, aviso que ela é grudenta e ficará soando no seu ouvido por alguns dias “E dá le U, e dá le Ú…).

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76- Camisa do Figueirense

A 76ª camisa da coleção novamente nos remete à Santa Catarina, mais especificamente à Florianópolis… A camisa pertence a um dos mais tradicionais times do estado, o Figueirense! O time foi fundado em 12 de junho de 1921 por Jorge Albino Ramos  e um grupo de amigos apaixonados por remo e pelo futebol, num momento em que o futebol passava por um momento de declínio em Florianópolis. O nome Figueirense Futebol Clube foi uma homenagem ao local onde se reuniam para planejar a criação do clube,  a localidade da Figueira, onde por muito tempo havia uma enorme figueira . Uma dos primeiros times que se tem registro iconográfico é o de 1924:

A década de 30 foi a década em que o maior número de títulos foram conquistados. Um jogador que marcou a época foi Carlos Moritz, conhecido como Calico. Foi o jogador que por mais tempo vestiu a camisa do Figueirense. Abaixo, Calico em foto no fim da década de 90. Ele viria afalecer no ano 2000. A Década de 1940 também foi marcante na história do alvinegro, com novos títulos estaduais e Campeonato da Cidade. Em 1945 o empresário e desportista Orlando Scarpelli, durante seu mandato como presidente do clube, doôu ao Figueirense a área onde seria construído o Estádio que leva seu nome, e se o Estádio é bem conhecido, que tal conhecer o Orlando original? Aí está…

Os anos 50 foram marcados pelas obras de construção do Estádio e consequentemente, houve  uma seca nos títulos. A década seguinte truxe logo de cara a inauguração parcial do Estádio do Figueirense, em 1960 com o jogo: Figueirense 1 a 1 Clube Atlético Catarinense. Nos anos 70, o Figueirense conquistou a vaga para disputar o brasileirão, tornando-se o primeiro clube catarinense a fazê-lo. Torcida e jogadores não podiam acreditar! Assim, em 1973, o Figueira disputou o brasileirão com o time abaixo: Além disso, nos anos 70, conquistou dois estaduais. O de 1972, tendo a taça levantada pelo capitão Casagrande:

E o de 1974, com o time abaixo:

A década de 80 levou o Figueirense à Taça de Prata, em 1985 e à Segunda Divisão do Campeonato Catarinense, em 1987. Já os anos 90 trouxeram mais um título estadual, em 1994 e no ano seguinte o título do Torneio Mercosul, disputado por clubes catarinenses, paranaenses, uruguaios e paraguaios. Em 1999, chega ao clube um modelo de gestão, focado na reorganização e modernidade administrativa, como presente, o clube conquista o Campeonato Catarinense, fazendo a final contra o seu maior rival Avaí. O time que venceu foi este aí abaixo: A primeira década do século XXI trouxe logo de cara mais três estaduais (2002, 2003 e 2004), além do Vice-Campeonato da Série B de 2001, que garantiu o time de volta ao brasileirão do ano seguinte.

 

Daí em diante, parecia que o Figueirense havia acertado o pé!. Passariam pelo time o atacante Evair, os meias Fernandes e Sergio Manoel, além do sempre polêmico Edmundo, o Animal. Em 2006, veio mais um Campeonato Catarinense . Mas o grande momento ainda estava por chegar. Em 2007 o time chegou à final da Copa do Brasil, contra o Fluminense. No primeiro jogo, um 0x0 em pleno Maracanã…

Mas… no jogo de volta, uma derrota em casa fez o sonho de disputar a libertadores ir por água abaixo… Em 2008, outro título estadual, enfrentando na final, o Criciúma.

Entretanto, para a surpresa de todos, no final do ano o clube foi rebaixado à Série B do Campeonato brasileiro, onde ficou até 2010, quando novamente conquisdtou o direito de disputar a série A.

Já que falamos sobre o Estádio Orlando Scarpelli, achei algumas fotos do estádio pela net, veja que bela cancha:

O Estádio está localizado no bairro Estreito, na parte continental da cidade de Florianópolis.

Sua capacidade é de 19.069 pessoas, mas já chegou a receber 26.660 pessoas em 1975, no jogo Figueirense 0x1 Vasco/RJ.

E por fim, uma mostra do fanatismo e dedicação de sua torcida:

E uma foto do “animal” Edmundo, que teve sua carreira reerguida, pelo clube:

O site oficial do clube é: www.figueirense.com.br

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Na série A, B, C ou D…

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75- Camisa do Club Alianza Lima

A 75ª Camisa é mais uma das minhas camisas que veio do Perú, mais especificamente de Lima, capital do país.

E é incrível perceber como a cultura do “brasileiro padrão” sobre o futebol é tão limitada… Os times peruanos são praticamente desconhecidos pela maioria dos hinchas brasileiros. Bom, é pra isso que eu escrevo esse blog… Então vamos à história do Club Alianza Lima.

O time foi fundado em 15 de fevereiro de 1901, com o nome de Sport Alianza, o nome Alianza Lima seria adotado posteriormente, por uma decisão popular. É um dos clubes mais populares do Perú, mantendo acesa nos seus mais de 109 anos, a chama do amor no coração dos seus torcedores que o chamam carinhosamente de “Alianza Lima Corazón“…

No início de sua existência, a diversão era disputar partidas contra times como Atlético Chalacom, Independência, entre outros. A primeira partida oficial, em 1929, foi contra o Jorge Chávez, no primeiro torneio organizado pela Liga Peruana de Futebol, numa década marcada pelas atuações do inesquecíveis jogador, “el maestro” Alejandro Villanueva, que junto de seus companheiros marcou a época como os “Negros Diablos“. O sucesso internacional veio na década de 30, com um rolê feito pelo Chile, onde o clube teve ótimos resutados. Os anos 40 apresentaram performances irregulares, somente em 1948 levantou uma taça. Já os anos 50, marcariam o início do futebol profissional no Perú, destaque para a formação do time, de 1950:

Profissionalmente, a estréia do Alianza, em 1951 se deu numa vitória contra o Atlético Chalaco, por 2×1. Os anos 60 trouxeram bons ventos ao time, já em 1962 trouxe um novo título nacional ao time, assim como seria em 1963 e 1965. Em 1966, disputou a Copa Libertadores de América com o time abaixo:

Os anos 70 trariam uma nova geração de jogadores que conquistariam os campeonatos de 1975, 77 e 78. O time de 1973:

O time de 1978:

Em 1976 disputou a Libertadores com o time abaixo:

A década de 80 foi marcada pelo triste acidente aéreo de 1987, onde faleceram todos os jogadores e comissão técnica, além de alguns torcedores. O time seguia bem para a conquista do título daquele ano.

Dez anos depois, em 1997, veio um novo campeonato. O ano 2000 traz novamente a tristeza da morte ao clube, o volante Sandro Baylónes, também capitão da seleção Peruana sub 23 faleceu num acidente automobilístico. 2001 era o ano do Centenário, e além de vários reforços, o clube levou o brasileiro Paulo Autori para ser técnico do time, sem contar a presença do meio campo Palhinha. O time conquistou mais um Campeonato Nacional. Em 2002, disputou a Libertadores no mesmo grupo de Cerro Porteño, Cobreloa e São Caetano, mas terminou em último, além disso foi convidado para disputar a primeira edição da Copa Sulamericana, sendo eliminado na terceira fase pelo Nacional, de Montevidéu. Depois de 2002, ainda disputou a Copa Libertadores de América em 2003, 2004, 2005, 2007 e 2010, onde vem fazendo boa campanha, na liderança de seu grupo até o momento. Destaque para a torcida Comando Sur, fundada ainda na década de 70:

Manda seus jogos no Estádio Alejandro Villanueva (já estivemos lá, clique aqui e veja como foi!), com capacidade para 35.000 pessoas: Estádio Alejandro Villanueva - Lima

https://www.asmilcamisas.com.br/2011/12/01/futebol-em-lima/

O site oficial do clube é www.clubalianzalima.com

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74- Camisa da UE Funilense: o futebol em Cosmópolis – parte 1

A 74ª camisa do site pertence ao time da União Esportiva Funilense, da cidade de Cosmópolis, onde a Mari morava antes de vir pro ABC.
Esse post se complementa com o post que escrevemos sobre o Cosmopolitano (veja aqui):

Foto do site da prefeitura

O time foi fundado em 1º de novembro (mesmo dia do meu aniversário) de 1933, sob o nome de o nome de União Funilense de Esportes e foi originado de três outros times que costumavam se enfrentar na Usina, entre eles o da colônia Botafogo.

esportiva_funilense_1

Recentemente, ganhamos do Gabriel Uchida, uma segunda camisa:

O time passou a disputar os torneios amadores da chamada “Zona Funilense“, do qual sagrou-se campeã, em 1952, com o time abaixo:

E também em 1960:

Anos depois, o nome do time pasou a ser União Esportiva Funilense.

esportiva_funilense_1

Jogou profissionalmente de 1978 até 1987, desde então, nunca mais voltou ao profissionalismo, atuando somente em partidas e torneios amadores da região.

Em 1978 fez sua  estreia na Quinta Divisão Paulista, com o time:

Funilense 1978

Em 1979 montou um bom elenco, com o time abaixo:

funilense 1979

Em 1980, o futebol paulista passou por uma reformulação e assim o clube começou a disputar a Terceira Divisão. A foto abaixo é do time que enfrentaria a A.A. Santarritense, pelo campeonato daquele ano.

Chegou a ser vice campeã da terceirona, em 1982, disputando o quadrangular final com Barra Bonita (Campeã), José Bonifácio e Palmeirinha. Naquele ano, somente o campeão tinha direito ao acesso para a série A2. O time vice campeão é este aqui:

Time de 1983:

Em 1985 fez uma boa campanha pela Terceirona. Na primeira fase teve os seguintes resultados:

[16 / Jun] Guarani Saltense 0x4 Funilense
[29 / Jun ] Funilense 1×1 Itapira
[7 / Jul ] Paulistano 2×2 Funilense
[Jul /14] Funilense 1×0 Guapira
[21 / Jul ] Serra Negra 1×0 Funilense
[28 / Jul ] Funilense 2×0 Monte Negro
[4 / Ago] Funilense 5×0 Guarani Saltense
[18 / Ago ] Itapira 1×0 Funilense
[25 /Ago] Funilense 1×0 Paulistano
[1/ Set ] Guapira 3×0 Funilense
[8/Set] Funilense 1×1 Serra Negra
[15/Set] Monte Negro 0x4 Funilense

Assim, o clube se classificou para a 2a fase, em terceiro lugar, junto do Itapira, Serra Negra e Guapira. Na segunda fase, ficou em último, com a campanha:

[22/Set] Guapira 1×0 Funilense
[29/Set] Funilense 1×1 Serra Negra
[6/Out] Funilense 1×3 Itapira
[13/Out] Itapira 3×1 Funilense
[20/Out] Serra Negra 3×0 Funilense
[27/Out] Funilense 3×1 Guapira

Em 1986, fez razoável campanha, tendo ficado em terceiro, mas só os dois primeiros se classificavam:

[27/Jul] Comercial (Tietê)  1×0 Funilense
[3/Ago] Funilense 2×0 Estrela
[10/Ago] Guarani Saltense 1×1 Funilense
[24/Ago] Funilense 2×1 Itapira
[31/Ago] União Bom Retiro 1×1 Funilense
[7/Set] Funilense 2×0 Ararense
[14/Set] Gazeta 1×0 Funilense
[21/Set] Funilense 3×1 Iracemopolense
[28/Set] Funilense 2×2 Comercial
[5/Out] Estrela 2×0 Funilense
[12/Out] Funilense 0x0 Guarani Saltense
[26/Out] Itapira 0x0 Funilense
[2/Nov] Funilense 5×1 União Bom Retiro
[9/Nov] Ararense 1×2 Funilense
[23/Nov] Funilense 2×1 Gazeta
[26/Nov] Iracemopolense 1×1 FunilenseOs classificados foram o Gazeta (de Campinas) e o Comercial (de Tietê).

Em 1987, disputou seu último ano no Campeonato Paulista.

A Funilense mandou seus jogos no, já finado, Estádio Dr. Sergio Luís Coutinho Nogueira, fundado em 1978, e com capacidade para cerca de 500 torcedores.
Estamos falando de um estádio único, acredite.

Estive por lá no começo do ano de 2010 para fazer umas fotos e é impressionante…

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Pra começar, o estádio fica dentro da Usina Ester, fundada em nada mais, nada menos que… 1898!!

E ela funciona até hoje, aliás, da modesta arquibancada do estádio se vê a fumaça saindo pela chaminé…

No dia em que estivemos lá, a Funilense enfrentava um adversário de Campinas, em seu tradicional campo!

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Dá um pouco de tristeza em ver as arquibancadas vazias e deixadas de lado, num local onde outrora tantos torcedores já devem ter estado…

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O clima chega a ser sombrio, principalmente se você for lá de manhãzinha, e pegar a neblina que não deixa você ver nada a mais de alguns metros a sua frente…

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Mas ao mesmo tempo assistir um jogo no Estádio da Funilense tem um aspecto nostálgico, de um tempo que infelizmente parece não voltar mais.

O Estádio é muito parecido com os tradicionais campos de várzea, onde praticamente não há espaço entre torcida e atletas.

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Além disso, o campo fica numa localização única, entre a usina e muito verde.

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Fica nosso agradecimento ao pessoal do time, ao Duzão e ao pessoal da The Wall, a confecção que me arrumou a camisa!

Só pra reforçar que ainda visitamos muitas outras vezes o Estádio da Funilense, como quando levamos os amigos Javi & Jose, torcedores da La U, do Chile para conhecer o local…

Infelizmente o estádio foi totalmente demolido em 2019….

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Participe, interaja. O futebol da sua cidade é do tamanho do seu esforço…

73- Camisa do Desportivo Cruz Azul

A 73ª camisa de futebol da coleção do blog As mil Camisas vem lá do México, de um daqueles times cuja história se mistura à do próprio povo. Foi presente do amigo Guga (que agora tem se transformado no maior seguidor do basquete do Clube Pinheiros)

Trata-se do Desportivo Cruz Azul.

O Cruz Azul está sediado em “Ciudad de México“.

Mas a história do clube é bastante confusa, porque se parece com o que tem começado a acontecer com alguns clubes brasileiros, que nascem em uma cidade e mudam-se para outra (casos de Grêmio Barueri, Campinas e Votoraty).

O time foi fundado em 22 de maio de 1927, pelos trabalhadores da fabrica Cemento Cruz Azul, da cidade de Jasso, que viria a ser chamada de Ciudad Coopertiva Cruz Azul, tamanha a influência da indústria de cimento na região.

No início disputou torneios amadores e algumas vezes, jogava contra equipes reservas dos times profissionais.

Com os bons resultados da equipe, a empresa de cimento decide construir um Estádio para o time, em Jasso.

Começava a nascer o Estádio 10 de diciembre, permitindo ao clube a disputa da 2a divisão do futebol Mexicano.

Quatro anos mais tarde, na temporada 1963/64 conquistou o ascesso à primeira divisão.

O time que disputou o primeiro ano na primeira divisão:

Quatro anos depois de estreiar, o Cruz Azul sagrou-se campeão da primeira divisão, na temporada 1968/69, com o time:

No início dos anos 70, a diretoria fechou um acordo para mandar seus jogos no Estádio Azteca, por 25 anos, mudando-se assim para a capital Mexicana.

O Cruz Azul se tornou a equipe mais bem sucedida do México de 1970, vencendo o torneio da liga seis vezes entre 1970 e 1980, valendo lhe o apelido de La Máquina Celeste, o time de 1972:

A temporada 1978/79 trouxe a 6a estrela pro distintivo do Cruz Azul com o time:

Em 1979, veio o último título da época, com a equipe:

Daí em diante, vieram longos anos “ressaca”, talvez pelos inúmeros títulos conquistados nos anos 70.

A década de 80 passou magra, abaixo, a equipe de 1987/1988:

Os anos 90 também demoraram pra “esquentar”.

Em 1996, o time passou a mandar seus jogos no Estádio Azul.

Apenas em 1997, veio o oitavo campeonato nacional:

Nos anos 2000, o clube chegou a disputar várias finais, mas não levou nenhum título.

Destaque para a participação do time na Copa Libertadores de América, de 2001, quando chegou à final contra o Boca Juniores, decidida nos penaltys.

Em 2003, também se classificou para a Libertadores, sendo eliminado nas quartas de final, pelo Santos.

Atualmente, o clube mexicano possui 8 Campeonatos da Liga, 8 vice campeonatos, 5 Campeonatos da CONCACAF, além do vice campeonato da Copa Libertadores de 2001.

No torneio Clausura 2009, o Cruz Azul terminou pela primeira vez em sua história no último lugar.

Ainda assim, pode se considerar o Cruz Azul como um dos três times mais populares do México junto do Chivas Guadalajara e do América.

E a torcida dos caras? Interessante ver como tem uma onda “anti racista” nas bancadas mexicanas…

O site oficial do clube é o www.cruz-azul.com.mx

Uma coisa interessante é que o time possui outros afiliados (Cruz Azul Hidalgo, Cruz Azul Jasso, Cruz Azul Dublan, Cruz Azul Xochimilco e Cruz Azul Lagunas).

APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!

E lute para que ele não seja comprado por empresários que um dia podem ter a brilhante ideia de se mudar para outra cidade.

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72- Camisa do CSA

A 72ª Camisa de Futebol pertence ao tradicional CSA, o Centro Sportivo Alagoano. Essa camisa eu trouxe, na minha viagem de fim de ano para a magnífica Maceió (veja aqui como foi).

O CSA foi fundado em 7 de setembro de 1913, na Sociedade Perseverança e Auxiliar dos Empregados no Comércio, por um grupo de desportistas e devido à data, o primeiro nomeadotado foi Centro Sportivo Sete de Setembro. O primeiro jogo do time azulino foi uma vitória de 3×0 contra uma equipe formada por alagoanos que estudavam em Recife. Antes de se tornar definitivamente “CSA” (em 1918), ainda viria a se chamar “Centro Sportivo Floriano Peixoto“.

Existe um excelente site sobre a história do futebol alagoano, o Museu dos esportes, onde se pode encontrar imagens históricas, como a do time de 1923:

O time possui desde seu início, enorme rivalidade com o outro time da cidade, o CRB, mas houve um jogo em que essa rivalidade foi vencida, em 1931, quando 2 jogadores do CRB foram convidados pelo treinador e jogador Tininho para reforçar o time do CSA num amistoso contra o América de Recife. Zequito Porto e Fonseca eram os convidados. Diretores do CSA chegaram a dizer que não concordavam com a presença dos jogadores do CRB, mas  Tininho peitou a diretoria e escalou os dois na partida em que venceram o América por 4×2 (Dois dos gols marcado por Fonseca). Coisa rara pra se existir entre dois rivais, não?

O time coleciona uma série de eventos memoráveis, por exemplo, achei uma foto de um dia em que o Garrincha disputou uma partida com a camisa do próprio CSA.

Outro grande momento foi o vice campeonato da Taça de Prata de 1980. De 1975 a 1979 disputou o Brasileirão (que chegou a ser jogado por 94 times), até então organizado pela CBD (Conferderação Brasileira de Desportos), com a criação da CBF, o time teve de disputar a Taça de Prata (equivalente à segunda divisão, ou série B, atual).

Mesmo perdendo a final para o Londrina, o CSA conquistou o acesso à divisão de elite do futebol brasileiro, do ano seguinte, com o time :

Em 1981, no seu retorno à elite… o time foi rebaixado, com o plantel abaixo:

Em 1982, o jeito foi disputar novamente a Taça de prata, e mais um vice campeonato, desta vez contra o Campo Grande, do Rio de Janeiro.

A final foi em 3 jogos, e o primeiro deles, o CSA venceu por 4 x 3, numa partida que ficou conhecida como o “jogo da virada”, mas perdeu os dois seguintes, no Rio de Janeiro, com o time:

No Brasileiro de 1983 teve grandes momentos, como nas vitórias por 4×0 diante do Tiradentes e os 2×1 contra o Fluminense, em pleno Rio de Janeiro, com o time:

O time conquistou o campeonto estadual 37 vezes, mas também chegou a ser rebaixado para a segunda divisão do alagoano duas vezes, em 2003 e a mais recente, em 2009.

O auge do time veio em 1999, na disputa da Copa Conmebol, quando pela primeira vez, um clube de Alagoas participou de uma competição internacional.

Logo na estréia, eliminou o Vila Nova de Goiás nos pênaltis.

O segundo adversário foi o venezuelano Estudiantes de Mérida, eliminado com um empate sem gols, na Venezuela e uma vitória do CSA, por 3 x 1, em Maceió, num jogo que teve seis jogadores expulsos.

Na semifinal, embate histórico contra o São Raimundo, também vencida na disputa por penaltys. O CSA era agora o primeiro clube do Nordeste a disputar uma decisão de competição sul-americana, contra o Talleres, da Argentina.

Na primeira partida o CSA fez 4 x 2, em casa, o título parecia certo, mas na Argentina, a catimba falou mais alto e o título foi perdido numa derrota por 3×0.

Existem muitos vídeos sobre toda a campanha, mas sobre a final, só achei o vídeo do gol, do título do Talleres. De qualquer forma, foi um momento inesquecível para o time do CSA.

O CSA costumava mandar seus jogos no Estádio Gustavo Paiva, o Mutange. Sua capacidade chegou a ser de 9.000 pessoas.  E tem como destaque ter sediado o jogo CSA 1 x 1 Velez Sársfield, em 1951.

Atualmente, o CSA disputa suas partidas no Estádio Rei Pelé, o Trapichão (do governo estadual), utilizando o Mutange apenas para treinamentos.

O mascote do CSA é o Azulão:

Ouça o hino no link abaixo:

Não encontrei o site site oficial do clube, mas há o www.azulcrinante.com feito por torcedores e também o blog www.csa-azulao.blogspot.com/

Estive recentemente em Maceió e um dos amigos que fiz no hotel era torcedor do CSA, esse post vai pra ele!

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Ainda que sua cidade tenha uma praia linda, é no Estádio que cantamos juntos!

70- Camisa da Ferroviária de Araraquara

A 70a camisa tem o peso de uma das equipes mais tradicionais do interior paulista. Trata-se da Associação Ferroviária de Esportes, a Ferrinha!

Distintivo da ferroviária

E a camisa, não é uma qualquer, é a comemorativa à inauguração do Estádio Fonte Luminosa, após as reformas. Fundada em 1950, por um grupo de trabalhadores da Estrada de Ferro Araraquara (EFA), o distintivo do time é o mesmo da EFA, com as letras ao contrário. A cor Grená, segundo historiadores, foi adotada por ser a cor que distinguia as locomotivas da EFA. Logo, foi iniciada a construção do estádio de futebol, que mais tarde levaria o nome “Dr. Adhemar Pereira de Barros“, conhecido como “Fonte Luminosa”. Há inclusive um livro sobre o Estádio (compre-o aqui! se quiser) Em 1951, no ano seguinte à sua fundação, a Ferroviária disputou sua primeira competição oficial, o Campeonato Paulista da Série A2 não conseguindo a vaga para a próxima fase. [caption id="attachment_4586" align="aligncenter" width="330"] Time de 1951[/caption] Em 1952, perdeu o acesso para o Linense, que goleou a ferrinha por 3 a 0 na final disputada no Pacaembu. (aliás, fomos ver o Linense semana passada, confira aqui!). Em 1953, terminou em 2° lugar no hexagonal final conquistado pelo Noroeste. Em 1954 o time de Araraquara sequer passa da 1ª Fase. Somente em 1955, o sonho se torna realidade. Num campeonato que só foi terminar em abril do ano seguinte, a Ferroviária goleou seu maior rival, o Botafogo por 6 a 3, na Fonte Luminosa lotada e assim, garantiu o acesso à Série A1 do Paulista conquistando seu primeiro título na história.

Em 1959, a Ferroviária fez sua melhor campanha num Campeonato Paulista da Primeira Divisão, alcançando o terceiro lugar. No início dos anos 60, a Ferroviária consquitou destaque no cenário esportivo do país.

Foi a época de ouro do time, quando sua torcida criou raízes e suas cores começaram a ser temidas pelos adversários. Em 1960, vencera o famoso time do Santos de Dorval, Zito, Pagão, Pelé e Tite. Tomaram de quatro a zero com Pelé e tudo. Ainda em 1960, excursionou pela África e Europa e em 1963 e 1968, pelas Américas Central e do Sul. Nos anos 70 o time manteve as boas atuações pelo paulista, oscilando grandes times, como o de 1971, 77 e 78 e times fracos como o de 1972. [caption id="attachment_4598" align="aligncenter" width="356"] Time de 1971[/caption] Os anos 80 começam com tudo, e logo em 1980, na disputa da Taça de Prata (a série B da época), o time realizou uma boa campanha chegando às disputas de uma das semifinais contra o CSA. Disputou essa competição também em 81. Em 1983, o time disputou a série Ouro (o brasileirão), e ficou em 12o lugar, entre 40 equipes.

Os anos 90 trouxeram a realidade do futebol moderno para Araraquara. Enquanto o sistema de transporte extinguia as linhas ferroviárias, os custos do futebol quase acabaram com o time. Em 1994 foi vice campeã da série C, disputando a série B em 1995 e 1996, quando desistiu de disputar a série B. Ainda em 96, a Ferroviária venceu apenas uma partida np paulistão e foi rebaixada para a Série A2. Achei um vídeo de uma derota para o Palmeiras: [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=ZBF3pqd1MEI] Na Série A2, em 1997, a Ferrinha continuou em queda livre e foi rebaixada para a Série A3 em 1998, com o time: [caption id="attachment_4608" align="aligncenter" width="470"] Time de 1997[/caption] A pane na locomotiva não parou por aí, e por mais dificil que fosse acreditar, a Ferroviária alcançou a série B1 (quarta divisão). A virada  começou em 2001, com o acesso à A3. Mas empacou em 2003, com o retorno à B1. Os anos 2000 pareciam fulminar o futebol em Araraquara, e como resposta, em 2004, o clube se tornou empresa, denominada Ferroviária S.A. A primeira campanha sob a nova direção foi marcada por goleadas e assim, o time garantiu o acesso à Série A3. Em 2006 conquistou o título da Copa Federação Paulista, com acesso à Copa do Brasil no ano seguinte. [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=dpRno1O0G4I] Em 2007, conseguiu deixar a Série A3 do Campeonato Paulista e depois de 10 anos, voltou para a Série A2. Em 2009 foi novamente rebaixado, disputando a Série A3 atualmente (2010), com o time abaixo: O mascote da Ferroviária, como não poderia deixar de ser, é uma locomotiva:

O tradicional Hino da Ferroviária pode ser ouvido no vídeo abaixo: [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=g4HLQTOxXSQ&feature=related] O estádio Fonte Luminosa, onde a Ferroviária manda seus jogos agora é municipal. Recentemente passou por grandes reformas transformando-se numa arena multiuso. A nova capacidade é de mais de 20.000 torcedores, todos os lugares com cadeiras. Vale a pena ver a torcida apoiando o time: [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=oDHHnhHTsBU] [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=tepZu4HxYMQ] [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=lYO4NU9VwAo&feature=related]

Apóie o time da sua cidade

Antes que alguma grande rede de supermercados o compre!

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