
Você já teve algum momento na vida em que pensou: “Ah, que bom seria se o tempo parasse…”?
Pois é, descendo do ônibus da Flixbus , no dia 23 de dezembro de 2016, tive exatamente esta sensação…

O Santo André havia subido de divisão, eu estava de férias e como num sonho, acabava de descer em Liubliana, a capital da Eslovênia… Não tem aquele papo de “Eu era feliz e não sabia”, eu sabia que um rolê desses talvez não se repetisse tão cedo e eu tinha que aproveitar cada segundo!

A Eslovênia é um pequeno país do Leste Europeu, limitado a norte pela Áustria, a leste pela Hungria, a leste e a sul pela Croácia e a oeste pela Itália e pelo mar Adriático.
Durante o inverno chega a nevar, mas ainda que o tempo estivesse no nível “frio congelante”, passamos dias incríveis caminhando pelas ruas da cidade.

A cidade foi (e ainda é) muito influenciada pelo punk. Dos adesivos espalhados pela rua até os diversos Squats espalhados pela cidade.

É mais uma dessas oportunidades de se conhecer um lugar em que passado e presente se misturam.

Comemos tanta coisa gostosa e diferente que só de lembrar me dá água na boca! A começar por esse restaurante “Meditarea”.

E tinha uma doceria que ficava às margens do rio, que só de lembrar me dá vontade de voltar e gastar tudo o que tenho em tortas de amora…

A língua é fácil. Parece muito com o português, só que não….

Uma coisa que chama a atenção na cidade é o seu “mascote”, o dragão verde que, segundo a lenda aterrorizava a cidade, em 1144, cuspindo fogo em todos que se aproximavam dele. Tal comportamento o levou a uma vida de solidão, até que se apaixonou por uma dragão fêmea e desse amor nasceu um dragão que não queria mais atacar as pessoas e sim divertir o pessoal.
As outras as criaturas mágicas da cidade acharam aquilo tão lindo que o levaram para dormir no fundo do rio, onde ele descansa até os dias de hoje.

O rio que a lenda cita é o Liublianica que tem um visual lindo e divide a cidade!


De um lado da margem fica o Castelo de Liubliana, no estilo medieval e localizado no topo da colina, do outro lado está a parte comercial, as residências e a cidade em si. Aqui duas fotos feitas na gélida tarde em que subimos até o castelo:

Aliás, pra quem nunca viajou pra lugares frios assim, vale frisar que, embora seja bonito, acaba estragando um pouco o passeio, já que escurece cedo e é sempre mais difícil lidar com tanto frio.

Como disse, lá no início, Liubliana é uma cidade bem punk. Okupas, vários exemplos de coletivos e espaços autogeridos… Tudo isso faz parte da sua realidade, e pudemos comprovar visitando alguns locais como a antiga fábrica de bicicletas Rog, um Squat ocupado desde 2006. O prédio estava abandonado desde 1991.

A fábrica de Rog foi inaugurada em 1953 e ocupava uma área de 7 mil metros quadrados, e agora dá lugar a vários coletivos e espaços relacionados à arte, skate, além de um centro para apoio aos refugiados, vários locais para shows e uma oficina de bicicletas.
Vale a pena conferir o documentário sobre a ROG:

A cidade guarda ainda uma mostra permanente sobre o início do movimento punk na Eslovênia, no Museu de Arte Contemporânea.



Mesmo com seu valor, o pessoal punk local reclama que a arte (principalmente a punk) não deveria estar “trancada”…


Pra fechar o lado punk da cidade, um rolê pelo Centro Cultural Autônomo da Cidade de Metelkova, bem no centro de Ljubljana, onde antes ficava o quartel-general militar do Exército Nacional Iugoslavo.

Todos os quartéis militares foram convertidos em pubs, estúdios de música ou tatuagem, tão logo os militares desocuparam a cidade, em 1991, com o fim da República Federal Socialista da Jugoslávia.

Liubliana ainda não sabe bem como lidar com este espaço, e chegou a tentar demolí-lo para criação de uma área residencial, o que foi impedido pelos punks locais.

E em Ljubliana, a cerveja que dá as cartas é a Laško!

Hoje em dia, muitos artistas têm seus ateliês em Metelkova, assim como os escritórios de algumas ONGs e associações LGBT, e exposições de arte, performances, shows e atividades.
Graças a estas e outras iniciativas, em 1997, Ljubljana foi designada como Capital Europeia da Cultura.


No centro, a praça do poeta nacional, France Prešeren (1800-1849) estava decorada por conta do natal.



Atualmente, em Liubliana vivem cerca de 270 mil pessoas. A história local não é tão simples e tranquila: o país fez parte de diversos impérios: Romano, Bizantino, República de Veneza, Ducado de Carantânia, Sacro Império Romano-Germânico, da Monarquia de Habsburgo, Império Austríaco, do Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos (depois Reino da Iugoslávia) e da República Socialista Federativa da Iugoslávia de 1945 a 1991, quando finalmente conquistaram sua independência, de maneira tranquila, sem guerras, diferente do que houve com outros países da Iugoslávia.
Tantas influências diferentes fazem a cultura local fervilhar, com livrarias oferecendo livros de diversos idiomas.


E um monte de lojas de disco vendendo os clássicos rocks da Yuguslávia e colares estranhos que a Mari adora!


Falando um pouco do futebol na cidade, a época de natal deixou tudo mais desanimado, mas o time mais importante da cidade é o Olimpija Ljubljana.

O nome oficial do time é Nogometni Klub Olimpija Ljubljana e ele foi fundado em 2005 com o nome de NK Bežigrad.
O time acabou sendo “entendido” localmente como o sucessor do Olimpija Ljubljana, extinto em 2004, embora na realidade não o seja, apenas possuem o mesmo nome.

O NKOlimpija mandou seus jogos no ŽŠD Stadion até 2010, quando o estádio foi remodelado e entregue ao futebol local como Estádio Športni Park Stožice.


Demos um pulo pra ver como é a cara dele, pelo menos do lado de fora

O nome do estádio vem do local em que está localizado, mas eles estão em busca de um naming rights para o quanto antes.

Ele foi construído em 14 meses, inaugurado em 11 2010 no amistoso da Eslovênia com a Austrália (2×0), e tem capacidade para quase 17 mil torcedores.


Também fomos conhecer o incrível Bežigrad Stadium, o antigo estádio do NK Olimpija original.

Também era chamado de Bežigrad Central Stadium e é o mais antigo de Ljubljana.


A construção do Estádio Bežigrad começou em 1925, tendo sido projetado pelo arquiteto Jože Plečnik.
Seu nome vem do distrito de Bežigrad, em Ljubljana, onde está localizado.

O Estádio Bežigrad era predominantemente usado para jogos locais e foi a casa do NK Olimpija Ljubljana até a dissolução do clube em 2005.
O então recém-criado, NK Bežigrad jogou no estádio entre 2005 e 2007.
Desde 2008 ele está fechado.

Não pudemos entrar…

Mas conseguimos fazer algumas fotos pelas “entranhas” do muro:

Olha aí a bilheteria agora estilizada por algum artista de rua::


Bonito ver os detalhes arquitetônicos!


Aqui, um olhar pela parte de traz do estádio e láááá no fundo pode se ver a entrada do estádio.

Aqui, uma foto dessa entrada, da wikipedia (crédito na legenda):

E assim, depois dessa singela visita, seguimos para um rolê pelas ruas e pontes encantadas desta fria cidade!

APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!
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A surpresa foi positiva! Um bom painel histórico sobre o fim do século XIX, e como o futebol surge, ainda amador, no dia a dia das pessoas, sejam elas aristocratas burgueses, donos das indústrias ou operários da periferia inglesa, que viam no esporte uma das poucas alegrias da sua vida.
São apenas 6 episódios que contam muito mais do que a história do jogo… O “heroi” local é o escocês Fergus Suter, que se transfere para jogar na Inglaterra, pelo time operário do Darwen.
O Darwen é o primeiro clube de operários a chegar nas quartas de final e acaba desclassificado num jogo bem desleal. Mas… o futuro de Fergus guarda surpresas…
Mas mais do que jogar a Copa da Inglaterra ele se envolve no dia a dia dos operários, nas greves e dificuldades enfrentadas… E como os times do norte passaram a se unir e a se identificar para vencer os times dos “almofadinhas”.
Enfim, sei que nem todo mundo tem acesso à Netflix, mas aquele que por acaso o tenha, não faça como eu, não postergue, comece a assistir hoje mesmo!
Veja aí o trailer:
Hoje vamos finalizar falando da nossa estadia em Carvalhal da Azoia, Sintra e Estoril!
O nosso rolê começou com um fato inusitado… O Rio Mondego teve uma grande cheia, impedindo sua travessia em alguns pontos. E não é que ao chegarmos ao povoado de Montemor o velho, já quase em Carvalhal da Azoia encontramos tudo parado?
Mas, para nossa alegria, o trânsio só estava suspenso momentaneamente por conta de uma visita especial…
Dessa vez, como ele estava visitando os pais, em Carvalhal da Azoia, fizemos questão de conhecer a sua aldeia, que fica no concelho de Soure. O lugar é mágico e essencial pra quem quer tirar do coração toda a tristeza urbana das grandes capitais!
Embora seja um povoado bem pequeno, quem disse que não tem uma igreja histórica por lá? Essa é a Capela da Nossa Sr.ª dos Aflitos:
E desde já fica aí nosso agradecimento à família dele pela recepção 🙂
Passear por Carvalhal da Azoia significa um rolê de poucos minutos, até se caminhar por todas as ruas, como se você tivesse voltado ao século passado, quase sem carros, sem barulho, o ser humano interagindo diretamente com a natureza …
Só que o passeio acabou ficando muito mais longo porque, mesmo sendo poucas pessoas, todos (sim, todos) os moradores conhecem o Vasco e não o viam há muito tempo. A consequência foram taças e mais taças de vinho, em casas de pessoas que nunca tínhamos visto antes…
O fim do dia foi um verdadeiro espetáculo da natureza!
No dia seguinte, antes de irmos embora, o Vasco nos levou a Montemor-o-Velho para conhecer o Castelo que tem referências documentais desde o século IX.
Tempos depois, o Rei Fernando Magno de Leão entregou o castelo ao Conde Sesnando.
Não há futebol em Carvalhal da Azoia, mas tudo bem. A amizade e a natureza foram mais do que suficiente para que a felicidade enchesse nossos corações e nos levasse à próxima parada: a cidade de Sintra!
Lá, vale a pena destacar o rolê por dois lugares, o primeiro deles, o Palácio Nacional da Pena, construído no estilo romântico, já no século XIX.
Desde 1995, o Castelo é Património Mundial da UNESCO.
O Palácio da Pena é bem diferente dos castelos que acostumamos a ver. É colorido, multicultural, parece ter sido reconstruído várias vezes (e foi). Pode ser dividido em quatro partes: as muralhas, o castelo em si, o Pátio dos Arcos frente à capela, com a sua parede de arcos mouriscos e a a zona palaciana.
Se você olhar a foto acima, perceberá um detalhe meio sinistro… Trata-se de Tritão, monstro mitológico meio homem, meio peixe, sinistro hein?
Levei a bandeira do Ramalhão para mostrar que esteja onde estiver, sempre nos lembraremos de quem somos!
O outro lugar mágico de Sintra é o Castelo dos Mouros.
Na verdade, é um castelo em ruínas que fica no alto da Serra de Sintra, no meio da floresta.
O castelo foi contruído a partir do século VIII, época da invasão de Portugal pelos Mouros Muçulmanos do Norte da África, mas acabou abandonado com a reconquista cristã e restaurado no século XIX pelo Rei Fernando II.
Crónicas árabes dizem que Sintra era uma região muito rica em campos de cultivo e o Castelo dos Mouros foi um dos castelos mais importantes nesta região.
Quem recuperou o castlo foi o rei Afonso VI de Castela, em 1093 mas os muçulmanos o recuperaram nos anos seguinte. Depois, a segunda cruzada, em 1147 finalmente colocou o castelo nas mãos dos cristãos portugueses.
O Castelo dos Mouros estava destinado a ser esquecido até que o Rei Fernando II, um apaixonado pela Idade Média ordenou sua reconstrução.
E pra chegar lá é só subir a montanha, numa caminhada cansativa, mas prazeirosa.
Mas… Além dos castelos, Sintra também tem muito futebol. A começar pelo Sintra Football.
A história do time é muito louca!
O Club Sintra Football foi fundado por um jogador de futebol (Dinis Delgado, atual presidente do clube) e dois amigos, em 27 de agosto de 2007.
E mesmo sendo um time novo, já coleciona vitórias, sendo atualmente um dos clubes com mais acessos na última década e em Portugal, e por hora, sem nunca ter sido rebaixado!
Claro que o time enfrentou (e ainda enfrenta) mil e uma dificuldades de estrutura e financeira, como por exemplo, não ter seu Estádio.
Por enquanto, o Sintra joga no campo da AD Oeiras, o Estádio Municipal de Oreiras, mas já jogou também no Estádio 1º de Dezembro, e no Estádio do Real SC.
Normalmente o time joga para uma média de 300 torcedores, que é um ótimo público para as competições de acesso (eles já subiram do dsitrital para o Campeonato de Portugal), incluindo o Ultras 2007.
Outro time da cidade é o Sport União Sintrense.
Fundado em 7 de Outubro de 1911, o Sintrense também disputa as categorias de acesso do futebol português e manda seus jogos no seu próprio estádio (eles chamam de
Veja algumas fotos do excelente site
Mais informações, você pode acessar o site deles:
A Sociedade União 1º Dezembro foi fundada em 1 de Dezembro de 1880!!!!!! Um time do século XIX, é mole?
Já disputou a 3ª Divisão do nacional e atingiu a quarta eliminatória da Taça de Portugal contra o Sporting Clube de Portugal.
Mandam seus jogos Estádio Conde Sucena. Dá pra ver as fotos do Estádio novamente no site
E asssim, chegamos à última cidade do nosso rolê: Estoril
Na verdade estivemos em Estoril e CasCais, que é a cidade vizinha, colada mesmo à Estoril e que também possui uma linda praia.
A gente só tem o fim de ano pra conseguir viajar, isso significa que só conhecemos o inverno europeu, por isso, ver o sol na praia é algo animador!
É interessante essa mistura entre castelos e o litoral!
Em Estoril, uma das razões da cidade ser bem visitada é o “Casino Estoril“:
O litoral é bem diferente do Brasil, mas é muito bonito!
Essa é a piscina oceânica… Uma piscina formada pela água do mar. Pena que não tava tããão quente…
Deu até pra curtir um rolê romântico e pegar um por do sol…
Falando sobre o futebol e Estoril, a cidade é representada no profissionalismo pelo Grupo Desportivo Estoril Praia.
O Grupo Desportivo Estoril Praia foi fundado em 17 de Maio de 1939. Desde 2000, constituiu uma SAD (empresa de direito privado), tema que gera miuta polêmica entre os torcedores portugueses.
O time manda seus jogos no Estádio António Coibra da Mota.
E fizemos questão de visitá-lo num dia normal, sem partida. Mais uma bilheteria pra nossa coleção:
Olha que legal a pixação ao lado do estádio: “Apoia a tua equipa local”.
No dia da nossa visita encontramos alguns torcedores locais acompanhando o treino.
Aliás, graças a nossa visita ficamos sabendo que dias depois teria uma partida (a que a gente foi assistir).
O Estádio António Coimbra da Mota foi inaugurado em 1 de Janeiro de 1939 e tem capacidade para 8 mil torcedores.
O time do Grupo Desportivo Estoril Praia é chamado de “Canarinhos”, uma referência ao seu uniforme e homenagem à selecção brasileira.
O Estoril Praia já chegou a jogar a 1.ª divisão, a primeira vez, na temporada 1944/45, quando meteu um 8×1 no F.C. Porto, mas atualmente, após acessos e descensos, o clube vem jogando a segunda divisão de Portugal, para a alegria dos seus Ultras.
Mas o Estoril Praia chegou a jogar a Liga Europa da UEFA de 2013–14, jogando a fase de grupos ao lado do FC Slovan Liberec, o SC Freiburg e o Sevilla Fútbol Club. E na temporada seguinte , defrontando PSV Eindhoven, Panathinaikos e Dínamo de Moscovo.
Olha um dos adesivos deles lá no estádio, pra quem acha que tem espaço no futebol pra xenofobia…
Esse é o gol do lado direito.
Este o do lado esquerdo:
E o meio campo:
O estádio possui uma área central coberta e um grande anel descoberto em torno do campo.
Que golaço, essa visita!
Assim, prometemos que voltaríamos pro jogo e… dito e feito!
Pudemos conhecer ao vivo os Ultras do Estoril!
E tem punk aê?
O amigo Calhal diz que sim!
Além do GD Estoril Praia, a cidade ainda conta com o União Recreativa e Desportiva de Tires (URD Tires).
O URD Tires foi fundado a 8 de Dezembro de 1962 e disputa o Distrital, quarto escalão da região de Lisboa. Manda seus jogos no Estádio Dr. A. F. Santos Neves, com capacidade para 600 torcedores.
Bom, pessoal, aqui chegamos ao fim do nosso rolê por Portugal.
Muitas experiências incríveis, estádios, natureza, um doce melhor que o outro, várias pessoas incríveis…
E agora seguimos no dia de hoje, 8 de Maio de 2020, em plena quarentena, sem previsão de quando poderemos fazer um role desses de novo.
Primeiro por conta do Coronavirus que nos obriga ao isolamento social (necessário para o controle da pandemia) e segundo porque sabe-se lá quando conseguiremos juntar o dinheiro necessário pra uma viagem dessas.
Assim, se por acaso você estiver lendo isso já no futuro, quando escaparmos dessa situação, faça aí o seu comentário sobre o que mudou e se já podemos viajar pra ver um jogo, nem que seja pra uma cidade pertinho…
Abraços a todos e em especial ao bom povo português!
Tivemos pouco tempo para essas cidades, e acredite o rolê por lá é muito legal… Então, confesso que dei muito pouca atenção e tempo ao futebol, mas nada que um pouco de pesquisa não nos ajude…
Começamos falando de Nazaré, a cidade conhecida como paraíso dos surfistas de ondas gigantes!
Mas nem só de ondas gigantes vive Nazaré, a cidade também tem um monte de coisas legais pra serem visitadas, como o Mercado Municipal.
O nuestro hermano Checho, de Buenos Aires iria quedar loco con essa Vespa:
Basciamente a praia de Nazaré é dividida em duas partes pelo
Dá pra subir lá de carrro, ou pelo elevador turístico.
Uma vez lá em cima… Aproveite a vista!
Olha a praia de Nazaré, lá do outro lado…
Aqui dá pra ver como o mar é dividido em duas praias:
Lá em cima, tem ainda um museu do surfe (vários brazucas são lembrados ali).
Um visual único! Aqui dá pra ter ideia do tamanho delas comparadas a um surfista:
É um paredão d’ água….
E um paredão rochoso também…
Um lugar pra ficar na memória!
Mas Nazaré, também tem futebol! Conheça o Grupo Desportivo Nazareno!
Fundado em 03 de setembro de 1924, o Grupo Desportivo Nazareno manda seus jogos no Estádio Municipal da Nazaré.
Atualmente, o time disputa o Campeonato distrital da Associação de Futebol de Leiria.
Este é o time que jogou a temporada de 2017/18:
O Estádio Municipal de Nazaré tem capacidade para quase 5 mil torcedores.
Vamos dar uma olhada no entorno do estádio, antes de irmos embora…
Nossa próxima parada (onde passamos a noite) foi a misteriosa cidade murada de Óbidos.
Na verdade, Óbidos é uma vila portuguesa, do distrito de Leiria e é um lugar mágico. A princípio a gente só ia passar por lá, mas decidimos dormir na cidade uma noite pra sentir o clima, e o hotel já ajudou a gente a entrar no clima:
Além dos apetrechos tinha um modelo de soldado das cruzadas.
Desde 2007, o Castelo de Óbidos é considerado um dos monumentos mais relevantes do património arquitetónico português. E não é por menos, se liga no visual:
O nome Óbidos não tem nada a ver com “óbitos”, mas sim “ópido”, que significa “cidadela”, ou “cidade fortificada”. E os muros não a deixam mentir…
O lugar esteve nas mãos dos Mouros até 1148, quando passou para as mãos dos cristãos e se tranformou, séculos depois nesse lugar turístico, praticamente adormecido no tempo.
Nosso hotel ficava fora da muralha (bem mais barato), mas da área externa podiamos ver o castelo.
Mas ainda restam lembranças dessa história…
Aqui, a diversão é andar pelas ruelas dentro das muralhas e tomar ginja (um licor
Óbidos tem um monte de doces gostosos!
Em 2015, a UNESCO considerou Óbidos como cidade literária, e o resultado foram várias livrarias nos lugares mais doidos possíveis.
Assim, rolou a reabilitação de espaços degradados transformados em livrarias. Até a Igreja de Santiago se transformou em uma livraria!
Olha ela por fora:
Também passamos pela Igreja Santa Maria, a Matriz de Óbidos, cuja história se inicia láááá no período visigótico, sendo sido convertida em mesquita durante a época muçulmana e reconvertida para o cristianismo após D. Afonso Henriques ter conquistado a vila, em 1148.
Não deu tempo pra conhecer o estádio local, a casa do Óbidos Sport Clube.
O time foi fundado em 1925, este é o elenco de 2019:
Achei no Face deles mais umas imagens do time:
O Óbidos Sport Clube manda seus jogos no Estádio Municipal de Óbidos.
O estádio tem capacidade para 3 mil pessoas.
E fica numa área mais distante de onde estávamos:
Nossa próxima parada foi a cidade de Queluz, para conhecer o Palácio de Queluz:
Foi neste palácio, mais precisamente neste quarto (o quarto é chamado D Quixote) onde nasceu e morreu D Pedro I:
O Palácio é um verdadeiro museu, com diversos materiais e decorações do século XIX.
E fica numa área que é um verdadeiro parque.
O ambiente interno é realmente uma volta ao passado!
E as estátuas do lado de fora são no mínimo…. curiosas!
Eu estava lendo a biografia de D. Pedro I e por isso o passeio foi bem esclarecedor.
Por falar em D. Pedro I, olha ele aí!
E aqui, o pai dele, D João:
Também não tivemos como conhecer o futebol local e o time do Real Sport Clube, cujo nome é uma homenagem ao Palácio Real de Queluz, mas fica aí nossa homenagem a mais um time das divisões de acesso de Portugal.
O Real Sport Clube nasceu da fusão de dois times, em 1995: o Grupo Desportivo de Queluz (este fundado em 1951) e o Clube Desportivo e Recreativo de Massamá e manda seus jogos no Complexo Desportivo do Real Sport Clube, com capacidade para 3.600 torcedores, quem sabe numa próxima vez possamos conhecê-lo ao vivo!
A cidade nos pareceu bastante completa, muitas opções de comércio, serviço, além de contar com várias indústrias e até uma boa oferta para o turismo, por conta do Castelo de Leiria (spoiler do estádio na foto abaixo).
O mais legal dos castelos de Portugal é que eles sempre tiveram papel importante com a história de muitos século atrás. O castelo de Leiria foi construído pelo primeiro Rei de Portugal: D. Afonso Henriques, no séc. XII!!! Durante os séculos XVIII e XIX esteve abandonado, mas foi restaurado e virou atração da cidade.
Porém… durante nossa visita ele se encontrava interidtado para novas reformas…
O jeito foi dar um rolê pelo centro da cidade…
Bem próximo de Leiria está o Mosteiro de Alcobaça, (fica na cidade “quase vizinha” de Alcobaça), a primeira obra plenamente gótica erguida em solo português, iniciado em 1178 pelos monges da Ordem de Cister.
O Mosteiro de Alcobaça é constituído por uma igreja (inaugurada em 1252) e três claustros (uma espécie de jardim interno) com edifícios de dois andares ao redor e sua arquitetura interna é bastante original.
Dentro da igreja encontram-se os túmulos dos reis D. Afonso II (1185-1223) e D. Afonso III (1210-1279), D. Pedro I (1320-1367), (não confunda, quem nós brasileiros chamamos de D. Pedro I é para os portugueses D. Pedro III) e o de D. Inês de Castro (1320-1355), sentenciada à morte pelo pai de D. Pedro I, D. Afonso IV que não concordava com o relacionamento.
Durante a Invasão Francesa em 1810, os dois túmulos foram profanados pelos soldados: o corpo de D. Pedro foi retirado do caixão e a cabeça de D. Inês, atirada para a sala ao lado. Os monges reuniram posteriormente os elementos dos túmulos e voltaram a selá-los.
Em frente ao mosteiro, uma feirinha de antiguidades e mercado de pulgas…
Alcobaça possui seu time, o Ginásio Clube de Alcobaça:
O time foi fundado em 1 de Junho de 1946 e que atualmente joga o campeonato Distrital de Leiria.
Este é o time de 1981/82, campeão da segunda divisão:
Time de 1982/83 que jogou a primeira divisão:
O Ginásio Clube de Alcobaça manda seus jogos no Estádio Municipal de Alcobaça, com capacidade para 5 mil pessoas.
Não passamos por lá, mas o site
Outra vila mais ou menos próxima é a de Batalha, que também possui um mosteiro (o Mosteiro da Batalha).
Foi contruído a mando do rei D. João I como agradecimento à Virgem Maria pela vitória contra os rivais castelhanos na batalha de Aljubarrota. Até por isso, o nome oficial é “Santa Maria da Vitória“.
As obras iniciaram no séc XIV. Também foi uma obra de arquitectura gótica tardia portuguesa, ou estilo manuelino. É considerado património mundial pela UNESCO.
O Mosteiro da Batalha foi restaurado no século XIX e sofreu transformações como a destruição de dois claustros.
No Mosteiro da Batalha estão sepultados D. João I, D. Filipa de Lencastre, o infante D. Henrique, o infante D. João, D. Isabel, D. Fernando, D. Afonso V, D. João II, D. Duarte e também o Soldado Desconhecido.
Lá em Batalha, também existe futebol, o União Desportiva de Batalha.
É um time super novo, de 29 de Junho de 2006 que surgiu para promover e desenvolver a prática desportiva nas camadas mais jovens. Eles utilizam o Estádio Municipal como casa.
Voltando a falar de Leiria, a cidade foi escolhida para fazer parte do Euro 2004, e com isso o Estádio Municipal Dr. Magalhães Pessoa sofreu uma grande remodelação, que acabou gerando um custo absurdo que ainda hoje está sendo pago pelo município e o endividou profundamente.
A União Desportiva de Leiria, UDL é quem faz uso do estádio atualmente.
A UD Leiria disputa a terceira divisão, conhecida como “Campeonato de Portugal” 2019/20.
O time foi fundado em 6 de Junho de 1966 e surgiu da fusão do Sporting Clube Leiriense e o Colipolense Clube Desportivo.
A sua sede social e campo de atividades fica no prórpio Estádio.
Olha aí o escritório e a bela coleção de imagens e troféus:


Dá uma olhada no entorno:
Um super estádio, cheio de cores e detalhes… Não é a toa que custou tanta grana para os cofres públicos…
É um estádio dentro da concepção moderna de arena, coberto e que deveria se pagar por meio de shows e outros eventos, além do futebol.
Mais uma bilheteria internacional pra nossa coleção!
A capacidade de suas arquibancadas é de 23.164 torcedores e quando eu achava que não ia consgeuir mostrar as bancadas com essa capacidade… abre-se um portal…
Pra quem achava que a parte externa era colorida, olha só o interior dele:
Não há fosso entre a bancada e o campo!
Muito espaço para a torcida local!
Mas nem só de alegrias vive o Estádio de Leiria. Ele acumulou dívidas por anos e a União Desportiva de Leiria deixou de realizar jogos no estádio, deslocando-se para o estádio da Marinha Grande.
Chegou a se considerar a hipótese de demolição do estádio e substituí-lo por um centro comercial, mas não houve quem se interessasse pela compra (ufa….).
Hora de irmos embora, já que nossas aventuras por Portugal apenas haviam começado (
Já que é pra pegar o caminho de casa, que tal irmos no ônibus do time local?
Um último olhar para o estádio colorido que ficará pra sempre na memória…
E olha só que da hora essa foto de 1977/78 com o castelo ao fundo:
Portugal é um país pequeno, mas mesmo assim é impossível conhecer tudo em uma única viagem, por isso, focamos nas cidades que sempre sonhamos e em seus estádios. Enfim… coloque suas asas e acompanhe nos em mais essa aventura futebolística e cultural.
Nossa viagem começou em Lisboa, a capital do país, onde agora vivem os amigos Tuca, Andra e família, e claro que aproveitamos para revê-los…
Também encontramos outra parte da família: Marcel, Fran e Lucas.
Encontrei ainda a “Calçada de Santo André”, ali em Lisboa.
Lisboa que deve ter me engordado alguns quilos (não, Lisboa não é só feita pelos pasteis de Belém…).
Pra quem curte história, andar por Lisboa significa trombar com estátuas e lembranças das grandes navegações, como é o caso do nosso amigo Pedro álvares Cabral…
O “Libertador da América” Simón Bolivar também está ali, de rolê como estátua…
E pra falar de mais estátuas, taí uma de D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, que fica lá no alto do Castelo de São Jorge, logo na entrada.
Como agora estudo história oficialmente, demos um pulinho na Torre do Tombo, onde estão armazenados os principais documentos históricos de Portugal.
Portugal guarda muito da nossa história e por isso, olhar o futebol português é um pouco como olhar pro nosso futebol mesmo.
Vale lembrar que já estivemos por aqui anos atrás… Naquela vez, tivemos a oportunidade de conhecer o





E antes de chegar ao estádio, um adesivo com referências ao disco dos Sex Pistols (Nevermind the Bollocks, here’s the Sex Pistols) e ao lampião (sim, ele mesmo, nosso cangueceiro é o apelido dado pela torcida do Sporting aos rivais do Benfica).
O Estádio fica numa região bem movimentada da cidade.
E lá vamos nós pra mais um templo do futebol!
O estádio foi inaugurado em 1956, numa partida contra o Vasco da Gama (que venceu por 3×2)! Dê uma olhada no visual:
Suas bancadas chegaram a ter capacidade para 75.000 pessoas. Porém, em 2003 foi demolido para dar lugar ao novo Estádio Alvalade XXI (oficialmente continua a chamar-se José Alvalade por imposição estatutária). Era o fim de um estádio mítico com quase 50 anos de funcionamento.
Várias bandas de rock tocaram aí, como The Cure, Faith No More, Depeche Mode, REM, U2, David Bowie, Metallica, entre outros. Aqui, uma vista do gol do lado esquerdo:
Aqui, o meio campo:
E o gol da direita:
O Sporting é um grande clube e tem relevância em todo o continente europeu.
Antes de irmos embora ainda demos uma volta pra conhecer o entorno desse belo estádio português.
O Estádio José Alvalade foi o primeiro de Portugal a receber classificação de 5 estrelas pela UEFA. Por fora, ele é todo cheio de azulejos, dando um visual bem ímpar.
Aqui, a entrada “social” que dá acesso a escritórios e outros departamentos.
O símbolo do time, o “lião” na parede.
Na parte de dentro, vários cuidados também como o belo mural com a imagem dos jogadores históricos do time.
E a lembrança de quando foi sede da Euro 2004:


O estádio da luz é a casa do Sport Lisboa Benfica!
O estádio é chamado pelos sesu torcedores de “A Catedral“.
O atual Estádio da Luz foi inaugurado em 2003, já que o antigo estádio (que ficava quase no mesmo lugar) foi demolido.
O estádio é chamado de “Estádio da Luz” por se localizar na paróquia histórica da “Luz”, junto da Igreja de Nossa Senhora da Luz.
A atual capacidade do Estádio da Luz é de 65.647 torcedores. A foto abaixo é do próprio
Dava pra fazer a visita guiada, mas é muita grana pra um bolso brasileiro…

O espaço reúne ainda área para diversos esportes, do volley, basquete atéa natação…
Uma pena que não abriram as portas para este humilde brazuca em busca de novos estádios…



O jogo aconteceu no Estádio António Coimbra da Mota, a casa do GD Estoril Praia.
Já o Feirense, foi fundado em 18/3/1918 e você pode saber mais sobre o time nesse vídeo celebrativo dos 100 anos do time:
Nem bem entramos no estádio e já nos sentimos em casa…
Deu até pra trombar o mascote do Estoril, o canarinho, que é uma homenagem ao…. Brasil sil sil!
Chamam a atenção as bandeiras de mastro, coisa que a gente aqui de São Paulo, não vê assim no meio da bancada há muitos anos…
Vamos sentir um pouco o clima do jogo:
Ah, o pessoal responsável pela festa na arquibancada local é o “Gruppo Estoril Supporters”.
Vamos ouví-los um pouco mais!
Ah, a torcida visitante também se fez presente por meio do pessoal do Civitas Fortíssima 1514.
Em campo, um jogo duro, como é o futebol das divisões de acesso de qualquer país.
Muitos lances de bola aérea e bola parada.
O time do GD Estoril tentava criar, mas a zaga do Feirense esteve bastante sólida e com jogadores mais fortes fisicamente.
Assim, o primeiro tempo entrava na sua fase final e o placar seguia inalterado.
Mas após um início mais disputado, a equipe visitante passou a se tornar mais ofensiva, levando grande perigo ao gol do GD Estoril.
Chegaram a perder um penalty…
Pelo que eu ouvi dos torcedores locais, ter muitos jogadores brasileiros na equipe já é uma tradição para o Estoril, mas confesso que não consegui reconhecer nenhum rosto entre os atletas da canarinho.

Do outro lado do campo, onde estão os visitantes, há mais um grande lance de arquibancada descoberta.
Ao fundo do gol esquerdo, também mais um lance de arquibancada.
Já no outro gol, existe uma estrutura de apoio do clube.
E com o fim do primeiro tempo, vale conhecer a lanchonete e a loja do time do Estoril Praia:
O segundo tempo começou com o torcedor local um pouco mais preocupado.
O treinador local tentou mexer no jogo trocando alguns jogadores (e olha que beleza os bancos de reserva…):
A torcida seguiu no apoio e no incentivo…
Mas, o empate não veio, e já nos acréscimos o Feirense fez 2×0 com Fábio Fonseca, para a tristeza do público local.
Pra nós, a possibilidade de começar o ano com um jogo na gringa foi sensacional! Valeu cada centavo economizado durante o ano! Que tenhamos todos um ótimo 2020, com muito futebol, justiça social e melhores dias do que os do ano passado.








































































