Em cada cidade há uma história viva que pulsa nas veias e na memória de seus habitantes. É notório que a formação da sociedade brasileira deixou um legado de dor e de muita injustiça que precisa ser sempre lembrado, principalmente pelo que foi feito com os povos originários e com os povos africanos. Mas, somos resultado dessa mistura, de toda essa dor e injustiça e de certa forma, o futebol carrega essa história consigo. Em Votuporanga, temos uma nova obra que conta, através de suas páginas um pouco de como o futebol se envolveu com a cidade.
Para adquirir, fale com o Augusto pelo WhatsApp: 041 99280‑1953
O livro se chama “Associação Atlética Votuporanguense: a paixão de uma cidade“, e é uma obra que mergulha fundo na alma do futebol local e revela os segredos por trás da equipe que uniu uma comunidade, trazendo de volta momentos inesquecíveis como a conquista da 3ª Divisão de 1960.
O responsável pela obra é o Grupo Memorial Votuporanguense (GMV), fundado em 6 de março de 2021 com o objetivo de preservar e divulgar a memória do futebol de Votuporanga, incluindo o Memorial Franciso Santana (Fifi), que será o museu de imagem e som das equipes votuporanguenses, como a equipe de 1967, campeã sem vencer.
A leitura dessa obra é uma verdadeira celebração da comunidade, do esporte e da história!
Então se você ama futebol e gosta de saber as origens dessa cultura em uma cidade como Votuporanga, junte-se a esta jornada que atravessa décadas de glória, mostrando como um time de futebol pode transcender o campo e se tornar o verdadeiro símbolo de uma cidade, como o time campeão em 1978 da 2ª Divisão:
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A 211ª camisa de futebol do blog pertence ao Clube Atlético Nevense, time fundado em 30 de novembro de 1957. Foi presente do amigo Rodrigo, o “Jacaré”, um grande entusiasta não só do time do Nevense, mas do futebol da região.
Foi o Rodrigão que me arrumou essa camisa linda, então esse post é em homenagem a ele e a sua família, da qual nos sentimos parte também!
Neves Paulista fica na região de São José do Rio Preto em uma região que foi muito ocupada antes da chegada dos europeus. Ali viveram povos Tekohá, M’bya (ambos da família dos Guarani) e bem provavelmente Kaingangs.
O atual município homenageia o Capitão Neves, um dos que, em 1921, ergueram um cruzeiro entre os córregos da Água Limpa, o de Jacutingá e o Ribeirão do Jacaré, em homenagem a Nossa Senhora Aparecida. A região foi crescendo e tornou-se uma vila. As terras férteis trouxeram mais gente para inicialmente explorar suas madeiras e depois produzir café nas terras abertas e assim atraindo muitos imigrantes. Em 1927, torna-se distrito de Monte Aprazível com o nome de Neves. Em 1937, o distrito de Neves foi transferido para Mirassol e, em 30 de novembro de 1944, transformado em município com o nome de Iboti. O nome atual foi adotado em 24 de dezembro de 1948 para diferenciar de cidades homônimas de outros estados. Logo, surge o primeiro time de futebol da cidade: o São Paulo FC. Mas em 1957 a cidade vê surgir o time que seria o mais representativo: Clube Atlético Nevense!
Já no primeiro ano em que o time se aventurou a disputar o profissional, 1958, foi campeão da Terceira Divisão, numa incrível final contra o Estrela de Piquete!
Aqui, Antonio Romildo Rosa, que além de atleta seria prefeito da cidade:
E que linda a campanha, liderando a primeira fase… Repare nos demais times que participavam do grupo.
Na fase semifinal, o CA Nevense terminou empatado com o Glória e o Municipal e por isso teve que disputar um mini torneio desempate do qual saiu vencedor:
Na final, o Nevense teve que enfrentar o Estrela de Piquete e após um empate no primeiro jogo, uma goleada por 4×0 dá o título ao time de Neves Paulista!
Interessante que naquele ano o time também disputou o Campeonato do Interior, no Setor 65:
Em 1959, disputou pela primeira e única vez uma edição da Segunda Divisão (que teria o Corinthians de Presidente Prudente como campeão), jogando a Série Geraldo Starling Soares acabando na penúltima colocação deste grupo (fonte: História da 2a divisão do Futebol Paulista – Julio Bovi Diogo e Rodolfo Pedro Stella Jr).
Assim, o Nevense volta ao terceiro nível do Campeonato Paulista, disputando as edições de 1960 e 61, terminando a 1ª fase em 4º lugar. Encontrei o registro de um amistoso interestadual de 1960, contra o Bonsucesso:
Em 1962, é o campeão da Série Senador Lino de Mattos, a primeira fase do Campeonato:
Mas na segunda fase apenas o campeão classificava-se e o Nevense terminou em segundo!
De 1963 a 66, apenas campanhas medianas, e em 1967, se licenciou.
O Nevense retornou em 1969 no terceiro nível do futebol paulista, chamada, na época de “Segunda Divisão dos Profissionais”, terminando a primeira fase em penúltimo lugar. Aqui, outras fotos que não consegui identificar o ano, mas que são registros históricos:
Em 1970, termina em 3ª a primeira fase:
Em 1971, termina a 1ª fase na liderança:
E na fase final, um honroso 4º lugar:
Aqui, o time de 1971:
O Nevense faz campanhas medianas em 1972 (do time abaixo) e 73.
Mas em 1974, novamente liderou seu grupo na primeira fase:
Na segunda fase, foi eliminado terminando em 3º no seu grupo.
O Nevense faz uma campanha ruim em 1975, terminando a primeira fase em 8º (penúltimo) do seu grupo, no ano em que não houve campeão por irregularidades no campeonato. Em 1976, termina em 4º na primeira fase. Em 1977 a reorganização do futebol paulista leva o Nevense para o Quarto nível (chamado de Segunda Divisão Profissional) e o Nevense volta a terminar a primeira fase na liderança do seu grupo.
Na segunda fase, terminou em 4º:
Em 1978, termina em 8º, com o time abaixo (foto do Acervo do Fernando Mendes):
Neste ano, iniciou-se a montagem das categorias de base do Nevense, que daria frutos anos depois… Esse é o time de juniores de 1978:
Legal ver que a população esteve envolvida até com a arrecadação dos uniformes!
Em 1979, o time termina a primeira fase em 9º. Veja algumas breves matérias sobre partidas deste ano:
Em 1980, mais uma reorganização do futebol e o Nevense volta ao Terceiro nível do Campeonato Paulista (chamado de Terceira Divisão), disputando o Grupo Azul na primeira fase e terminando na 11ª posição. Em 1981, termina em 10º. Em 1982, acaba em 5º, em um grupo de 8 times, mas a grande notícia deste ano é que o time sagrou-se campeão sub-20:
Em 1983, fica em 3º do seu grupo no turno e depois em 6º no returno, não se classificando para a segunda fase. Foto do Jornal A Tribuna, gentilmente envida pelo amigo Rodrigo:
Em 1984, termina a primeira fase em 5º. Em 1985, classifica-se para a segunda fase terminando o seu grupo em 4º, mas não chega às finais.
Entretanto, em 1985, o time sub 20 é vice campeão da Terceira Divisão!
Em 1986, o Nevense fica em 8º no Grupo Marrom, na primeira fase e não se classifica. Em 1987, termina a primeira fase em 7º no Grupo D e novamente não se classifica. Em 1988, volta a se classificar, mas termina a segunda fase em 3º, sendo assim eliminado da competição.
Em 1989, termina a primeira fase em 4º e não se classifica. Em 1990, tem sua última participação no Campeonato Paulista e acaba sofrendo uma punição pela Federação pela falta de segurança no estádio, o que acabou desanimando ainda mais os diretores e lavando-os a abandonar o futebol profissional… Ainda assim, mais uma vez classificou-se para a segunda fase.
A equipe ficou inativa entre 1990 e 2015. Em 2016, o Lobo da Araraquarense foi reativado, quando se filiou à Liga de Futebol Paulista e disputou a 1ª Taça Paulista, com o time abaixo:
Na atualidade, os apaixonados por futebol, como o amigo Rodrigo, tem acompanhado os times da região (Mirassol, América, Rio Preto, Novorizontino), mas sem dúvida que a Prefeitura precisa dar uma força e trazer de volta o CA Nevense, patrimônio do futebol paulista!!! Um último destaque para o livro “Neves Paulista e uma geração de meninos bons de bola“, de João Alfredo Cardoso Pinotti e Francisco Simão Rodrigues Filho:
Recentemente escrevemos sobre o Estádio Municipal Quintino de Lima, a casa do CA Paulistano e do futebol amador da cidade de São Roque, foi a parte 1 desse post (veja aqui)!
Hoje vamos falar sobre outro importante campo da cidade: o Estádio Benedito Godinho, vulgo “Zito Godinho“!
Confesso que encontrei o Estádio um pouco sem querer passando os olhos pelo mapa da cidade, e quando o encontrei, acabei bastante surpreso pela estrutura e importância do Estádio, que chegou a receber partidas oficiais da Federação Paulista em sua inauguração.
Olha aí a bilheteria do Estádio!
O Estádio Zito Godinho pertence ao Canguera Futebol Clube:
O Estádio Zito Godinho inaugurado em 21 de agosto de 1988, com a presença e apoio do Laudo Natel, presidente do São Paulo, na época.
No dia da estreia, o CA Paulistano (de São Roque) jogou pelo Campeonato Paulista e o São Paulo venceu o São Bento por 4×2 pelo Torneio Eduardo José Farah, Além dessas partidas, os veteranos do Canguera FC enfrentaram os Veteranos do Grêmio-RS.
Venha conhecer mais um Estádio incrível desse interior de São Paulo tão rico em futebol!
E olha que visual linda tem o Estádio com a natureza como moldura. Aqui, o gol da direita:
Aqui, a arquibancada da esquerda:
Olha que arquibancada linda encravada no morro!!!
A estrutura do time local, com vestiários e área VIP:
Pode marcar mais um estádio pras contas do As Mil Camisas… Será que o site deveria ter outro nome? Tipo… “Os mil estádios”? kkk Acredito que a ideia das diferentes camisas, escudos, times, torcidas e estádios seja no fundo parte de uma mesma multicultura envolvida com o futebol…
Sábado, 23 de março de 2024. O rolê de hoje é uma rodada dupla pelas quartas de final da série A2, que começou às 15hs, registrando EC Noroeste 1×1 EC São Bento (veja aqui) e continuou já no início da noite em Rio Claro no Estádio Benito Agnelo Castellano no jogo entre o Velo Clube e o São José!
O jogo é de suma importância, afinal, o time visitante teve a 2ª melhor campanha da primeira fase e se o o Velo Clube pensa em se classificar é essencial vencer a partida em casa.
Por isso, a torcida compareceu em um bom número ao Estádio Benito Agnelo Castellano!
Pelo que escutei durante a partida, o lado onde tradicionalmente ficam as organizadas do Velo Clube estava mais vazio por conta de um enfrentamento entre as torcidas que teve como consequência a proibição da entrada pela polícia de ambas as organizadas.
Pelo mesmo motivo, o espaço para os visitantes acabou muito mais vazio do que se esperava.
Mesmo em um número reduzido, dentro do que se esperava, a torcida do Velo Clube apoiou o time o jogo todo!
Mas, vamos ao jogo!
Algo parece ter ocorrido com o time do São José que estava voando no início do Campeonato e há alguns jogos simplesmente parou de jogar…
Para se ter ideia, o time estava fazendo cera com 15 minutos do primeiro tempo, tentando amarrar a partida ao invés de propor jogo como vinha fazendo.
Tudo isso para desespero do técnico Guilherme, que armou um time pra vencer o jogo ainda na etapa inicial…
O time do Velo Clube contava com uma noite inspirada e dedicada de Caio Mancha, que correu literalmente o tempo todo, acreditando em cada jogada…
O time seguiu criando boas chances no 1º tempo:
Depois de tantos dias (e noites) de calor, o outono trouxe uma frente fria durante o final de semana que acabou estragando um pouco do que seria uma festa ainda maior, concentrando o público no lado coberto.
Aliás, eu havia comprado ingresso de arquibancada e acabei, não me pergunte como, entrando por engano na parte coberta kkk. Uma pena porque tinha levado minha blusa vermelha pronta pra voltar ensopada.
E olha a galera local dando uma secada no ataque do rival São José:
O legal de assistir no lado coberto é que a proximidade com o banco de reserva e com o bandeira é incrível…
Essa galera que assistiu o jogo ali encostada no “para peito” do estádio praticamente estava de pé em cima do bandeirinha kkk
O gol não saia e a cada nova chance a torcida seguia apoiando e incentivando:
O primeiro tempo terminou, com um domínio maior do time local, e mesmo com o 0x0, o Velo Clube saiu aplaudido pela sua torcida.
Aproveitei o intervalo pra dar um rolê pelo Estádio. Existe um espaço embaixo das arquibancadas com várias placas, fotos e homenagens bem interessantes.
Sei que não deve ser fácil resolver, mas a verdade é que a estrutura interna (banheiros e bares principalmente) precisavam de uma melhoria para jogos importantes como este e, principalmente, com o Velo lutando para disputar a série A1 de 2025.
Hora de voltar para o segundo tempo…
Entre os reservas que aquecem está Guilherme Garré, ídolo do Santo André!
O jogo volta um pouco mais truncado e menos explosivo do que foi o primeiro tempo, e junto do frio e da chuva que aumentou os torcedores que ficam nas cadeiras cobertas parecem ter desanimado um pouco…
Sentindo que o clima poderia baixar, o pessoal do outro lado das arquibancadas começam a cantar ainda mais alto e acabam incentivando o pessoal das cobertas a seguir incentivando o time, afinal, o jogo estava parelho e a vitória era essencial!
O time sentiu o apoio e passou a atacar!
Sem dúvida o pessoal das organizadas do Velo fez falta nas arquibancadas, mas… Torcer para o time da sua cidade é realmente algo inexplicável, na minha opinião, muito diferente de ser torcedor dos chamados “grandes times”… Acredite ou não, mas parte dos que não entraram para o jogo começaram a tremular as bandeiras e cantar lá de fora…
Isso acabou me chamando tanto a atenção que comecei a registrar esse apoio que vinha do lado de fora… E, acredite ou não… É com essa imagem que começa o primeiro gol do Velo Clube, marcado pelo xodó da torcida Felipinho. Confira e veja porque torcer pra um time é algo que não dá pra se explicar racionalmente:
Com o gol aos 13″ do segundo tempo, o São José passou a tentar sair pro jogo, e aí foi a vez do Velo Clube dar o troco e segurar o jogo, barrando o ímpeto dos visitantes.
A torcida local parecia satisfeita, demonstrando respeito pelo forte time do São José.
Mas… ao mesmo tempo cada torcedor ainda sonhava com a chance de levar um placar mais elástico, o que tornaria mais fácil a classificação para a etapa seguinte.
É falta na entrada da área. Não é tão próxima, mas alguém na arquibancada diz que tem jogada ensaiada pra esse lance. Será?
O segundo gol do Velo Clube transforma a noite fria em um sonho de verão… Os dois gols de diferença entregam para a equipe local uma vantagem importante para a classificação. Tudo parecia estar dando certo!
Mas… em um lance esquisito, normal segundo o VAR, o São José mostrou que a Águia não está morta e diminuiu o placar para 2×1, o que deixa a vaga para a próxima fase complemente em aberto a ser decidida na partida de volta, na 4ª feira…
Sábado, 23 de março de 2024. O rolê de hoje é uma rodada dupla pelas quartas de final da série A2, e ela começa às 15hs, no histórico Estádio Alfredo de Castilho, onde o EC Noroeste recebeu o EC São Bento e continuou às 19h15 em Rio Claro no jogo Velo Clube 2×1 São José!
Ou seja… Lá vamos nós de volta para o Estádio Alfredo de Castilho, onde estivemos em 2014 (veja aqui como foi!).
Aliás, quando estivemos lá fomos recebidos pelo Pavanello, um dos fundadores da Sangue Rubro e se dessa vez acabamos esquecendo de fazer uma foto junto segue a foto que fizemos 10 anos atrás.
Por se tratarem de duas torcidas organizadas que tem um bom histórico de amizade, o clima lá fora estava bem bacana.
A sede da Sangue Rubro fica bem em frente o Estádio e fica bem cheia em jogos como esse!
A entrada estava tranquila, ainda que a expectativa de público fosse grande!
Então… aí estamos nós!
A placa de 1960 relembra o antigo Estádio…
O Noroeste tem a sua lojinha em um container e o movimento estava alto, ainda que na minha opinião os preços estivessem um pouco salgados…
E olha que lindo estava o Estádio, com as arquibancadas tão cheias que pareciam pintadas de vermelho!
Times em campo e é hora da festa na arquibancada começar!
Se liga no bandeirão da Sangue Rubro que recepcionou o time do Noroeste nas arquibancadas…
E é assim que começa a partida!
O jogo começou em alta velocidade!
A torcida local sabendo da importância de criar um clima, começou a cantar
E quem deu o ritmo na parte central da arquibancada foi a bateria da Sangue Rubro!
E foi mesmo uma festa incrível feita pela Sangue Rubro!
É muito legal ver as arquibancadas do interior paulista desse jeito e é uma grande emoção poder estar presente pra curtir parte desse verdadeiro show!
Além da Sangue Rubro, o time contou com o apoio da Falange Vermelha!
Venha dar um rolê pelo estádio e sentir a vibração positiva que parecia estar vindo de um show de rock, ou reggae!
Mas, mesmo começando melhor, o Noroeste levou um duro golpe aos 17 minutos quando Everton Sena fez 1×0 para o São Bento…
Aliás, vale ressaltar a presença da torcida visitante:
Aliás, se a amizade se fez presente no pré jogo, as faixas colocadas lado a lado em frente `às duas torcidas deixa claro que rivalidade é algo que não precisa (nem nunca deveria) significar violência.
O apoio da torcida do Norusca seguiu pesado, principalmente por saber que a derrota por 1×0 seria um placar indigesto para levar para o 2º jogo em Sorocaba…
Assim, o que a torcida local queria, logo se tornou verdade: Carlão empatou o jogo em um verdadeiro gol de camisa 9!
E lá vem o bandeirão para comemorar!!!
O São Bento sentiu o gol e voltou a atacar e agora o apoio da torcida era pra ajudar na defesa…
Durante o intervalo pude conhecer um pouco da cultura boleira do Noroeste…
Confesso que achei esquisito em pleno 2024 ver parte dos homens trocarem os banheiros pelo muro ou pelo matagal atrás da arquibancada…
Da série Culinária de Estádio, nota 10 para a paçoquinha vendido no Estádio!
O jogo voltou e o estádio continuava lindo!
Abraços ao amigo Gian!
É um verdadeiro mar vermelho na bancada do Alfredo de Castilho!
Se liga no clima na fase final do jogo, com a SangueRubro gritando em busca do gol da virada!!
Ao menos o bom goleiro do Noroeste, Reynaldo, manteve sua meta intacta.
Confesso que pelo clima da torcida local, achei que a virada fosse mesmo vir…
Mas o placar final ficou mesmo em 1×1…
O placar acabou deixando alguns torcedores preocupados…
Espero que no jogo de volta, a torcida do Noroeste possa também se fazer presente e quem sabe acompanhar o time em mais um passo na direção da 1ª divisão!
Que a torcida do Noroeste, seja organizada ou povão, siga nesse apoio pelo time de Bauru!
Que siga acreditando e passando esse amor de pai pra filho…
E continue sabendo se divertir em um jogo de futebol onde seus amigos e vizinhos estão presentes lado a lado…
E siga entendendo que esse amor pelo time da cidade é algo muito mais real e verdadeiro do que se pode imaginar…
E que os 3.765 pagantes multipliquem com seus amigos e familiares a experiência incrível que viveram na tarde de sábado e que o público futuro no Estádio Alfredo de Castilho possa ser ainda maior!
Sábado, 16 de março de 2024. Bem vindos a Americana, para acompanharmos mais um duelo futebolístico, válido pela série A4, o 4º nível do Campeonato Paulista.
O Estádio de hoje é o Décio Vitta, a casa do Rio Branco de Americana!
Ingresso em mãos, vamos ao jogo!
Mas antes de se dirigir às arquibancadas, os torcedores passam por um verdadeiro ritual imagético reforçando a imagem do Tigre da Paulista, o mascote do Rio Branco, considerado o primeiro time do Brasil a adotar este felino como mascote.
Aí está também a gloriosa camisa do Rio Branco…
E uma pequena galeria de placas indicando momentos importantes do estádio.
Depois de toda essa emoção, finalmente podemos chegar ao local do espetáculo!
Um público bem interessante para um jogo da série A4, mostrando que Americana ainda tem o futebol em suas veias!
O Décio Vitta se mostra em ótima forma e sendo bem cuidado, aqui o meio campo, onde lá atrás, algum dia ainda veremos uma linda arquibancada:
O gol da direita:
E o gol da esquerda, dedicado aos visitantes:
Em uma tarde de extremo calor, o Rio Branco criou as melhores condições, mas, para a frustração da sua torcida, não conseguiu as converter em gol, muito graças ao goleiro William, do Barretos.
Ok… E um pouco também pela má pontaria do Rio Branco…
O sol obrigou a termos a tradicional parada para hidrataç`ão.
Nas bolas paradas o Barretos também chegou a levar algum perigo aos donos da casa…
O Estádio Décio Vitta possui uma boa parte de sua arquibancada coberta, o que pelo menos ajudou a proteger o público do sol.
Aproveitando o bom ângulo para registrar a presença junto aos amigos do Rio Branco!
Falando em amigo, acabei encontrando na arquibancada o Zé Pulga, grande lenda do futebol de Americana!
Outra amizade bacana que temos aqui em Americana é com o pessoal da Malucosdo Tigre, a organizada do Rio Branco:
A Malucos fica quase na lateral da arquibancada.
Abraço ao Gordo, Adriano e demais amigos!
E dá lhe faixas alvinegras para criar um clima mais animado no Estádio Décio Vitta!
No intervalo do jogo, o time feminino do Rio Branco apareceu em campo para ser saudado pela torcida:
Ali na parte superior, a esquerda da foto abaixo, as cabines de imprensa. Foi muito legal ver o amigo e jornalista Gustavo Tomazeli trabalhando lá, só faltou a foto…
Foi legal ver que o povão tem se feito presente nos jogos do Rio Branco. Acho que tão importante quanto as organizadas é o tradicional torcedor comum que completa a festa em qualquer estádio.
Nesta tarde quente de fim de verão, o público presente foi de 950 pagantes.
Se o Décio Vitta não oferece uma proximidade tão grande quanto outros estádios, ao menos ele oferece boa proximidade com os bancos de reserva, o que faz com que os treinadores e reservas tenham que conviver de perto com parte da torcida…
O jogo foi chegando ao fim e mesmo sem a vitória, esse pontinho mantém o Rio Branco (e também o Barretos)
Itatiba é uma cidade com uma natureza bastante diversificada. Parte disso é por conta de seu relevo que apresenta diversos espaços planos em meio ao chamado “mar de morros”, tendo na sua rica hidrografia a possível causa de atração de seus habitantes. Passam pela cidade o Rio Atibaia, o Córrego dos Pereiras, o Ribeirão Jacaré e o Ribeirão do Pinhal.
Assim, esse cenário deve ter contribuído para que outros povos habitassem a região, há milhares de anos, provavelmente Guaranis e Puris. A atual ocupação se iniciou apenas por volta de 1750, por famílias que já viviam em Atibaia, Bragança e Jundiaí e também, segundo uma “lenda urbana” por prisioneiros que teriam escapado da cadeia de Piracaia.
O documento mais antigo que trata dessa questão diz que em 1786, doze famílias vindas na sua maioria de Atibaia e Bragança começavam a abrir seus sítios pela região. Logo chega o culto a Nossa Senhora do Belém e se constrói uma pequena capela que passou a ser o centro religioso e social da antiga comunidade do Bairro de Atibaia, e que acabou substituída por uma segunda capela, a atual igreja do Rosário.
Em 1850, começam a plantar café no povoado e com isso a elite local prospera economicamente, tanto que a Vila foi promovida a cidade em 1876 passando finalmente a se chamar Itatiba (“Muitas Pedras” em Tupi). A grande produção de café chegou a justificar uma ferrovia, a “Estrada de Ferro Carril Itatibense“, que ligava Itatiba a Louveira, e a partir daí a Jundiaí e finalmente ao porto de Santos e que acabou desativada em 1952.
Mas a crise de 1929, fez a cidade trocar o café pelas fábricas, em especial a indústria têxtil, de fósforos e de calçados e, a partir de 1960, indústrias vinculadas ao ramo moveleiro. Itatiba passou a ser conhecida como a “Capital Brasileira do Móvel Colonial”, tendo até um Shopping Digital de Móveis.
Nos dias atuais, a economia local se diversificou mas a agricultura ainda hoje é bastante importante, somada ao seu crescente potencial turístico.
Mas nosso foco em Itatiba sobre o futebol local, que segundo o site História do Futebol nasceu com o Club de Foot-Ball Internacional, em 1907 e com o Club Athletico Itatibense, em 1912, o Club Football Italo Brasileiro e o Sul Americano FBC, em 1916.
Mas, o time que faria história e que ainda existe, nas disputas amadoras, é o ItatibaEC:
O Itatiba EC surge no início da década de 30, com a criação do Juvenil Itatiba, posteriormente, Juvenil Itatiba Esporte Clube, em 5 de março de 1937. Oficialmente, o registro em cartório só ocorreu em 1940 já como Itatiba Esporte Clube.
Em 1941, o time se filia à “Liga Paulista de Esportes”. Nessa época, os jogos ainda eram realizados no campo do Careca e a diretoria passou a procurar um novo local para a construção de um estádio próprio. Chegaram a cogitar o local onde está hoje o Estádio do Rosita FC, mas as dificuldades topográficas desencorajaram a ideia. Assim, o lugar escolhido foi um terreno na rua Jundiaí, tendo que mudar até a rota do Ribeirão Jacaré.
Em 1942, o Itatiba EC reforma a sua filiação na agora Federação Paulista de Futebol. E em 1943, filia-se a Liga Itatibense de Futebol e disputa o Campeonato do Interior daquele ano, na 6ª região (que teve o Guarani de Campinas como campeão), ao lado de outro time da cidade: o Couros e Cortumes Paulista FC, time que possui um escudo desconhecido.
Em 1944, novamente participou do Campeonato do Interior:
Em 1945, surge um novo time da cidade no Campeonato do Interior, o 1º de Maio FC:
Em 1946, disputa a 3ª zona do Campeonato do Interior:
Em 1947, mais uma disputa:
Em 1948, o estádio recebe o nome do benfeitor Paulo Abreu, que naquele ano doou a arquibancada pro estádio. A mesma seria demolida em 1978.
Em 1949, teria rolado um amistoso com o São Paulo. Em 1952, a diretoria cancela a homenagem e muda o nome do Estádio para Itatiba EC. Em dezembro de 1956, mais uma disputa do Campeonato Amador do Interior, estreando contra o Ferroviário de Bragança Paulista. Mas o grande momento aconteceria em 1960, quando o Itatiba EC disputa sua primeira edição do Campeonato Paulista, jogando a quarta divisão (equivalente à série A4, em 2024). Logo na estreia recebeu o Cerâmica (que seria o vice campeão daquele ano), perdendo por 3×2 para os visitantes.
Sobe para a 2ª divisão em 1961 e disputa seis edições da terceira divisão (equivalente à série A3, em 2024) até 1966, quando se licencia.
O time mandou seus jogos no atual Estádio Rubro Negro, e lá fomos nós para registrá-lo:
Próximo do Estádio, existe uma sede social, em uma área bem bacana:
E lá vamos nós para mais um estádio! Vem com a gente!
Olha que bacana a estrutura que eles tem dentro do estádio…
Aqui, o meio campo:
O gol da esquerda:
E o gol da direita:
Arquibancada rubro negra!
E registramos nossa presença em mais um campo histórico do futebol paulista!
Ao fundo as árvores dão um charme incrível ao campo…
Além de mandar seus jogos no Estádio Rubro Negro de sua propriedade, mandou também alguns jogos no Estádio Comendador Francisco Bartolomeu de propriedade do Rosita Futebol Clube e como estávamos por ali, decidimos conhecê-lo.
O Rosita FC foi fundado em 29 de junho de 1951.
E lá vamos nós, para mais um registro:
Aqui, o meio campo:
O gol da direita, onde fica o morro que deve ter assustado o pessoal que queria comprar o terreno pra fazer o estádio do Itatiba EC:
E o gol da esquerda:
Bem bonito o Estádio do Rosita FC, hein?
Aparentemente houve um problema de infiltração na arquibancada lá no fundo…
A cidade está ali, ao seu redor… e na outra lateral pode até ser vista uma arquibancada coberta bem singela!
Olha que legal a bandeira do escanteio!
Por fim, também aproveitamos para conhecer e registrar um terceiro estádio da cidade, o Luiz Scavone, casa do Operários FC!
O time do Operários FC foi fundado em 7 de setembro de 1950. E agora é hora de você conhecer a sua bela casa:
O Estádio tem muitas inscrições com seu nome e com o nome do time!
E vale uma visita pela parte interna:
O meio campo:
O gol da esquerda:
O gol da direita:
Aqui também fica clara a paisagem verde ao fundo do estádio.
A iluminação atual veio em 2015:
Ali também existe um lance de arquibancada coberta.
E é “nóis” em mais um estádio incrível!
Olha que lindo esse brasão!
O Operários FC tem até um livro contando sua história e seus causos:
Como dissemos láááá atrás, existiu ainda o CCAP – Couros, “Cortume” Artefatos Paulistas que se transformou no São Paulo Futebol Clube, atuando por muitas décadas em Itatiba, sendo inclusive contemporâneo do OperáriosFC nas décadas de 1950 e 1960
Formado com o apoio de um importante curtume itatibense localizado na Avenida Senador Lacerda Franco, no prédio onde foi implantada a Universidade São Francisco, o CCAP tinha equipes nas categorias juvenil, amadora, aspirante e principal e possuía também uma sede social.
Por fim, vale citar outro time que também usa o Estádio Luiz Scavone, o Independente Futebol Clube!
O Independente Futebol Club foi fundado em 30 de junho de 2017, para disputar a Taça Paulista, marcando sua estreia em competições profissionais.
No carnaval de 2024, tivemos a oportunidade de fazer mais um rolê misturando futebol, natureza, cultura e estrada. Nossa primeira parada foi a cidade de Itobi, passamos também por Casa Branca, Mococa, Arceburgo (MG), Guaranésia (MG), Guaxupé, Tapiratiba, Caconde, Divinolândia e agora chegamos em São Sebastião da Grama para conhecer e registrar o Estádio Municipal João Machado!
Também localizada na região onde os povos Guaranis viviam há milhares de anos, São Sebastião da Grama está em uma região montanhosa, o que tornou difícil seu acesso, fazendo com que sua ocupaç˜ão pelos portugueses e bandeirantes só ocorresse após o Ciclo da Mineração, no final do Século XVIII, servindo de apoio às famílias dos tropeiros que pelas características naturais do local, passaram a se referir a ele como Pouso da Grama. Em 1877, foi edificada uma capela, tendo São Sebastião como padroeiro, dando origem ao nome “São Sebastião da Grama“. Esta é a atual Igreja Matriz da cidade:
Em 1896, tornou-se distrito, com nome de Grama e em 1925, município. Em 1948, retornou ao nome de São Sebastião da Grama.
A cidade se destacou na produção de café, mas teve como característica local a dedicação em produzir cafés finos, o que se tornou um grande negócio!
Deixando os cafés de lado, voltemos nosso foco para o futebol, e no caso de São Sebastião da Grama: o Estádio Municipal João Machado (aqui, visão aérea retirada do site da Prefeitura):
Então, dê um play no som do No Fun At All e venha para o Estádio:
Mais um estádio que faz parte da história do futebol paulista! É ou não é pra fazer cara de louco?
Então dê uma olhada geral no Estádio:
Aqui, o gol da esquerda:
O meio campo com a arquibancada que aparentemente passou por algum revés recente:
E o gol da direita, onde a molecada local bate uma bola!
E quem disse que é pra desligar o som:
Aqui, uma estrutura de apoio dentro do estádio:
A história do futebol da cidade é bastante rica, e destaco 4 times: o XV de Novembro, o Grama FC, a SEGRA (Sociedade Esportiva Gramense) e o São Domingos FC (que representa o futebol da fazenda local). Infelizmente, não consegui nenhum distintivo pra ilustrar o post…
Dos registros oficiais, importante citar a participação do Grama FC na 7ª região do Campeonato do Interior de 1942:
Aqui, notícias sobre o Campeonato de 1957:
Algumas formações do time:
O Grama FC em 1984:
O time feminino:
Em 1955, é a vez do XV de Novembro ganhar as páginas dos jornais:
Este é o time do XV de Novembro da época:
E aqui, também aparece disputando o Campeonato do Interior de 1955:
Em 1956:
O terceiro time, a SEGRA (Sociedade Esportiva Gramense), campeão em 79:
Outras formações do SEGRA:
Por fim, o time São Domingos FC da fazenda homônima:
No carnaval de 2024, tivemos a oportunidade de fazer mais um rolê misturando futebol, natureza, cultura e estrada. Nossa primeira parada foi a cidade de Itobi, passamos também por Casa Branca, Mococa, Arceburgo (MG), Guaranésia (MG), Guaxupé, Tapiratiba, Caconde e agora chegamos à Divinolândia para conhecer e registrar o Estádio Municipal Armando Grespan!
Como todas as cidades da região que visitamos nesse carnaval de 2024, Divinolândia também é uma cidade com uma pequena ocupação urbana em meio a um lindo universo de natureza ainda com muitas matas e rios preservados, mas que recebem os ônus e bônus do crescimento do agronegócio na região.
O, atualmente, denominado Rio do Peixe deve ter sido um grande atrativo para os povos que ocuparam a região no passado (Guaranis, segundo o site Native Land), e também o foi para os que chegaram a estas terras séculos depois. Os registros do fim do século XIX mostram que Divinolândia era apenas um pequeno rancho construído à margem do Rio do Peixe para atender os tropeiros que por ali passavam. E como a história se repete em quase todas as cidades brasileiras, com o tempo foi erguida uma capela em devoção ao Divino Espírito Santo.
Por conta disso, a partir de 1865, a povoação passa a se denominar Divino Espírito Santo do Rio do Peixe, depois, em 1938, passou a denominar-se “Sapecado” e somente em 1953, foi elevado a município com o nome de Divinolândia.
O nosso objetivo futebolístico na cidade era conhecer e registrar o Estádio Municipal Armando Grespan, mas confesso que senti ele meio caidão… A sua fachada, por exemplo, não tem nenhuma identificação e além disso, estava fechado…
O terreno ao lado do estádio estava abrigando o carnaval da cidade, e até por uma questão de segurança não havia nenhuma possibilidade de entrar no campo, no máximo permitindo uma foto, do lado externo, da arquibancada coberta.
Um olhar por cima do muro também não ajudou muito…
Mas, a gente não desiste nunca, e dando a volta no estádio, conseguimos a ajuda de um dos vizinhos do estádio que além de morar colado ao campo, ainda tem uma escada gigante que permitiu um olhar melhor do campo e da arquibancada:
Então deu até pra gente fazer um registro decente em vídeo:
E pudemos também mostrar o meio campo, onde pode se perceber que as condições do campo estão melhores do que aparentavam pela sua fachada desanimada.
Aqui, o gol da esquerda, que permite ver não apenas a estrutura de iluminação como a estrutura do carnaval lá ao fundo:
E aqui, o gol da direita, com uma imagem que ilustra bem o relevo da cidade: montanhas ao fundo em qualquer lado que se olhe.
E o nosso registro com o campo ao fundo. Importante ressaltar que do lado de cá, de onde estamos, está bem próximo o Rio do Peixe que comentamos anteriormente.
Puxa, fiquei um pouco triste por não ter encontrado nenhum time que defendeu a cidade em disputas oficiais pela Federação Paulista. Segue a foto do Toloco EC que parece ser um time das antigas:
E esse, um time mais atual, o Vasco:
E o Três Barras FC:
Um último olhar no estádio com o som do Joy Division de fundo!
No carnaval de 2024, tivemos a oportunidade de fazer mais um rolê misturando futebol, natureza, cultura e estrada. Nossa primeira parada foi a cidade de Itobi, passamos também por Casa Branca, Mococa, Arceburgo (MG), Guaranésia (MG), Guaxupé, Tapiratiba e agora chegamos a Caconde!
Se você tem acompanhado os últimos posts, já percebeu que uma das características dessas cidades que visitamos é a riqueza de seus recursos hídricos, e isso se deve principalmente pelo rio Pardo, que tem sua nascente em Ipiúna-MG, desemboca no Rio Grande e no meio desse rolê de mais de 500 km, passa por Caconde, onde foi construída uma represa com um lindo visual.
E, claro que essa beleza toda que faz a gente ficar babando é algo artificial que só existe por conta do represamento do rio, mas é óbvio que os povos que vivam ali antes da chegada dos europeus também se aproveitavam dos benefícios da água. Então, permita-se por um minuto imaginar como essa região devia ser repleta de vida há milhares de anos atrás…
Logo, os diferentes povos que viviam ali perceberam que as coisas estavam mudando… Homens brancos passando pela região, capturando e escravizando os que ali viviam até uma verdadeira guerra intercultural ser travada e expulsar os que moraram por tanto tempo nestas terras, como retratou o holandês Rugendas:
A partir do século XVIII, a notícia de que havia ouro na região trouxe diversas pessoas à região, mas a procura não se converteu em riqueza fazendo os mineradores abandonarem o local, só ficando por ali, os agricultores. Atualmente, cerca de 20 mil vivem na cidade, que teve toda essa natureza, potencializada pela cafeicultura que gerou grande movimentação econômica.
Nos anos 50, inaugura-se a Usina Hidrelétrica Caconde:
Com ela, surge o lago da Graminha do Rio Pardo reforçou o potencial turístico da cidade, com a criação do Parque Prainha e Praça Esotérica e panorâmica do Mirante. Olha aí uma parte da prainha:
Outro rolê que eu recomendo é a trilha pra cachoeira do Moinho Velho:
E a cachoeira em si…
Pra terminar… um licor de jabuticaba pra aquecer a alma!
Mas o nosso rolê até Caconde também tinha como missão visitar um dos Estádios da cidade, o Estádio do Cacondense FC:
Este é o distintivo do time:
E ele está espalhado pelos muros do estádio:
A data “oficial” de fundação do Cacondense Futebol Clube é de 8 de dezembro de 1943, entretanto, existem registros prévios dessa data, na verdade desde 1925. Algumas dessas fotos:
Infelizmente não há uma placa que indique a data de inauguração do Estádio, apenas essa que mostra a inauguração do conjunto poliesportivo.
E olha que lindo o campo:
Aqui, o gol da esquerda:
E aqui, o meio campo:
Aqui, o gol da direita:
Existe até um vestiário ali atrás do campo.
Também existe um bar ali na arquibancada:
Um pequeno banco de reservas, ao lado de uma placa que deixa claro que com racismo não tem jogo!
O cuidado de ter o tricolor do time na arquibancada dá um charme especial ao estádio!
Aqui, olhando do outro lado do campo, o gol da esquerda:
O meio campo, com a arquibancada:
O da direita:
Mais uma conquista! Um estádio incrível registrado para o nosso site.
E que linda a natureza se fazendo presente no campo…
Vale lembrar que o Cacondense FC em 1942, disputou a 7ª região do Campeonato do Interior:
Em 1947, surge o União Esporte Clube de Caconde:
A visita ao Estádio do União fica para uma próxima vez em Caconde!
Em 1949 disputa amistoso com a Sociedade Esportiva Liberdade de Guaxupé:
Em 1950, ambos os times da cidade disputam o Campeonato do Interior:
Em 61, o pau fechou em Casa Branca:
Aqui, uma foto de 1963 do Cacondense FC:
E aqui, o time nos anos 70:
Pra terminar, um registro de quando Garrincha esteve em Caconde para uma partida defendendo a camisa do Milionários contra o Cacondense FC: