Noroeste 1×1 São Bento (4ª de final da série A2)

Sábado, 23 de março de 2024.
O rolê de hoje é uma rodada dupla pelas quartas de final da série A2, e ela começa às 15hs, no histórico Estádio Alfredo de Castilho, onde o EC Noroeste recebeu o EC São Bento e continuou às 19h15 em Rio Claro no jogo Velo Clube 2×1 São José!

Ou seja… Lá vamos nós de volta para o Estádio Alfredo de Castilho, onde estivemos em 2014 (veja aqui como foi!).

Aliás, quando estivemos lá fomos recebidos pelo Pavanello, um dos fundadores da Sangue Rubro e se dessa vez acabamos esquecendo de fazer uma foto junto segue a foto que fizemos 10 anos atrás.

Por se tratarem de duas torcidas organizadas que tem um bom histórico de amizade, o clima lá fora estava bem bacana.

A sede da Sangue Rubro fica bem em frente o Estádio e fica bem cheia em jogos como esse!

A entrada estava tranquila, ainda que a expectativa de público fosse grande!

Então… aí estamos nós!

A placa de 1960 relembra o antigo Estádio…

O Noroeste tem a sua lojinha em um container e o movimento estava alto, ainda que na minha opinião os preços estivessem um pouco salgados…

E olha que lindo estava o Estádio, com as arquibancadas tão cheias que pareciam pintadas de vermelho!

Times em campo e é hora da festa na arquibancada começar!

Se liga no bandeirão da Sangue Rubro que recepcionou o time do Noroeste nas arquibancadas…

E é assim que começa a partida!

O jogo começou em alta velocidade!

A torcida local sabendo da importância de criar um clima, começou a cantar

E quem deu o ritmo na parte central da arquibancada foi a bateria da Sangue Rubro!

E foi mesmo uma festa incrível feita pela Sangue Rubro!

É muito legal ver as arquibancadas do interior paulista desse jeito e é uma grande emoção poder estar presente pra curtir parte desse verdadeiro show!

Além da Sangue Rubro, o time contou com o apoio da Falange Vermelha!

Venha dar um rolê pelo estádio e sentir a vibração positiva que parecia estar vindo de um show de rock, ou reggae!

Mas, mesmo começando melhor, o Noroeste levou um duro golpe aos 17 minutos quando Everton Sena fez 1×0 para o São Bento

Aliás, vale ressaltar a presença da torcida visitante:

Aliás, se a amizade se fez presente no pré jogo, as faixas colocadas lado a lado em frente `às duas torcidas deixa claro que rivalidade é algo que não precisa (nem nunca deveria) significar violência.

O apoio da torcida do Norusca seguiu pesado, principalmente por saber que a derrota por 1×0 seria um placar indigesto para levar para o 2º jogo em Sorocaba…

Assim, o que a torcida local queria, logo se tornou verdade: Carlão empatou o jogo em um verdadeiro gol de camisa 9!

E lá vem o bandeirão para comemorar!!!

O São Bento sentiu o gol e voltou a atacar e agora o apoio da torcida era pra ajudar na defesa…

Durante o intervalo pude conhecer um pouco da cultura boleira do Noroeste

Confesso que achei esquisito em pleno 2024 ver parte dos homens trocarem os banheiros pelo muro ou pelo matagal atrás da arquibancada…

Da série Culinária de Estádio, nota 10 para a paçoquinha vendido no Estádio!

O jogo voltou e o estádio continuava lindo!

Abraços ao amigo Gian!

É um verdadeiro mar vermelho na bancada do Alfredo de Castilho!

Se liga no clima na fase final do jogo, com a Sangue Rubro gritando em busca do gol da virada!!

Ao menos o bom goleiro do Noroeste, Reynaldo, manteve sua meta intacta.

Confesso que pelo clima da torcida local, achei que a virada fosse mesmo vir…

Mas o placar final ficou mesmo em 1×1…

O placar acabou deixando alguns torcedores preocupados…

Espero que no jogo de volta, a torcida do Noroeste possa também se fazer presente e quem sabe acompanhar o time em mais um passo na direção da 1ª divisão!

Que a torcida do Noroeste, seja organizada ou povão, siga nesse apoio pelo time de Bauru!

Que siga acreditando e passando esse amor de pai pra filho…

E continue sabendo se divertir em um jogo de futebol onde seus amigos e vizinhos estão presentes lado a lado…

E siga entendendo que esse amor pelo time da cidade é algo muito mais real e verdadeiro do que se pode imaginar…

E que os 3.765 pagantes multipliquem com seus amigos e familiares a experiência incrível que viveram na tarde de sábado e que o público futuro no Estádio Alfredo de Castilho possa ser ainda maior!

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Rio Branco 0x0 Barretos (Série A4 – 2024)

Sábado, 16 de março de 2024.
Bem vindos a Americana, para acompanharmos mais um duelo futebolístico, válido pela série A4, o 4º nível do Campeonato Paulista.

O Estádio de hoje é o Décio Vitta, a casa do Rio Branco de Americana!

Ingresso em mãos, vamos ao jogo!

Mas antes de se dirigir às arquibancadas, os torcedores passam por um verdadeiro ritual imagético reforçando a imagem do Tigre da Paulista, o mascote do Rio Branco, considerado o primeiro time do Brasil a adotar este felino como mascote.

Aí está também a gloriosa camisa do Rio Branco

E uma pequena galeria de placas indicando momentos importantes do estádio.

Depois de toda essa emoção, finalmente podemos chegar ao local do espetáculo!

Um público bem interessante para um jogo da série A4, mostrando que Americana ainda tem o futebol em suas veias!

O Décio Vitta se mostra em ótima forma e sendo bem cuidado, aqui o meio campo, onde lá atrás, algum dia ainda veremos uma linda arquibancada:

O gol da direita:

E o gol da esquerda, dedicado aos visitantes:

Em uma tarde de extremo calor, o Rio Branco criou as melhores condições, mas, para a frustração da sua torcida, não conseguiu as converter em gol, muito graças ao goleiro William, do Barretos.

Ok… E um pouco também pela má pontaria do Rio Branco

O sol obrigou a termos a tradicional parada para hidrataç`ão.

Nas bolas paradas o Barretos também chegou a levar algum perigo aos donos da casa…

O Estádio Décio Vitta possui uma boa parte de sua arquibancada coberta, o que pelo menos ajudou a proteger o público do sol.

Aproveitando o bom ângulo para registrar a presença junto aos amigos do Rio Branco!

Falando em amigo, acabei encontrando na arquibancada o Zé Pulga, grande lenda do futebol de Americana!

Se você não o conhece, vale assistir ao 5º episódio do nosso Podcast, onde entrevistamos essa figuraça!!

Outra amizade bacana que temos aqui em Americana é com o pessoal da Malucos do Tigre, a organizada do Rio Branco:

A Malucos fica quase na lateral da arquibancada.

Abraço ao Gordo, Adriano e demais amigos!

E dá lhe faixas alvinegras para criar um clima mais animado no Estádio Décio Vitta!

No intervalo do jogo, o time feminino do Rio Branco apareceu em campo para ser saudado pela torcida:

Ali na parte superior, a esquerda da foto abaixo, as cabines de imprensa. Foi muito legal ver o amigo e jornalista Gustavo Tomazeli trabalhando lá, só faltou a foto…

Foi legal ver que o povão tem se feito presente nos jogos do Rio Branco. Acho que tão importante quanto as organizadas é o tradicional torcedor comum que completa a festa em qualquer estádio.

Nesta tarde quente de fim de verão, o público presente foi de 950 pagantes.

Se o Décio Vitta não oferece uma proximidade tão grande quanto outros estádios, ao menos ele oferece boa proximidade com os bancos de reserva, o que faz com que os treinadores e reservas tenham que conviver de perto com parte da torcida…

O jogo foi chegando ao fim e mesmo sem a vitória, esse pontinho mantém o Rio Branco (e também o Barretos)

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O futebol em Itatiba-SP

No carnaval de 2024, tivemos a oportunidade de fazer mais um rolê misturando futebol, natureza, cultura e estrada.
Nossa primeira parada foi a cidade de Itobi, passamos também por Casa Branca, Mococa, Arceburgo (MG), Guaranésia (MG), Guaxupé, Tapiratiba, Caconde, Divinolândia, São Sebastião da Grama e agora chegamos à última cidade desta viagem: Itatiba, onde fomos conhecer e registrar 3 Estádios locais!

Itatiba é uma cidade com uma natureza bastante diversificada. Parte disso é por conta de seu relevo que apresenta diversos espaços planos em meio ao chamado “mar de morros”, tendo na sua rica hidrografia a possível causa de atração de seus habitantes. Passam pela cidade o Rio Atibaia, o Córrego dos Pereiras, o Ribeirão Jacaré e o Ribeirão do Pinhal.

Assim, esse cenário deve ter contribuído para que outros povos habitassem a região, há milhares de anos, provavelmente Guaranis e Puris.
A atual ocupação se iniciou apenas por volta de 1750, por famílias que já viviam em Atibaia, Bragança e Jundiaí e também, segundo uma “lenda urbana” por prisioneiros que teriam escapado da cadeia de Piracaia.

O documento mais antigo que trata dessa questão diz que em 1786, doze famílias vindas na sua maioria de Atibaia e Bragança começavam a abrir seus sítios pela região. Logo chega o culto a Nossa Senhora do Belém e se constrói uma pequena capela que passou a ser o centro religioso e social da antiga comunidade do Bairro de Atibaia, e que acabou substituída por uma segunda capela, a atual igreja do Rosário.

Em 1850, começam a plantar café no povoado e com isso a elite local prospera economicamente, tanto que a Vila foi promovida a cidade em 1876 passando finalmente a se chamar Itatiba (“Muitas Pedras” em Tupi). A grande produção de café chegou a justificar uma ferrovia, a “Estrada de Ferro Carril Itatibense“, que ligava Itatiba a Louveira, e a partir daí a Jundiaí e finalmente ao porto de Santos e que acabou desativada em 1952.

Mas a crise de 1929, fez a cidade trocar o café pelas fábricas, em especial a indústria têxtil, de fósforos e de calçados e, a partir de 1960, indústrias vinculadas ao ramo moveleiro. Itatiba passou a ser conhecida como a “Capital Brasileira do Móvel Colonial”, tendo até um Shopping Digital de Móveis.

Nos dias atuais, a economia local se diversificou mas a agricultura ainda hoje é bastante importante, somada ao seu crescente potencial turístico.

Mas nosso foco em Itatiba sobre o futebol local, que segundo o site História do Futebol nasceu com o Club de Foot-Ball Internacional, em 1907 e com o Club Athletico Itatibense, em 1912, o Club Football Italo Brasileiro e o Sul Americano FBC, em 1916.

Mas, o time que faria história e que ainda existe, nas disputas amadoras, é o Itatiba EC:

O Itatiba EC surge no início da década de 30, com a criação do Juvenil Itatiba, posteriormente, Juvenil Itatiba Esporte Clube, em 5 de março de 1937. Oficialmente, o registro em cartório só ocorreu em 1940 já como Itatiba Esporte Clube.

Em 1941, o time se filia à “Liga Paulista de Esportes”. Nessa época, os jogos ainda eram realizados no campo do Careca e a diretoria passou a procurar um novo local para a construção de um estádio próprio. Chegaram a cogitar o local onde está hoje o Estádio do Rosita FC, mas as dificuldades topográficas desencorajaram a ideia. Assim, o lugar escolhido foi um terreno na rua Jundiaí, tendo que mudar até a rota do Ribeirão Jacaré.

Em 1942, o Itatiba EC reforma a sua filiação na agora Federação Paulista de Futebol.
E em 1943, filia-se a Liga Itatibense de Futebol e disputa o Campeonato do Interior daquele ano, na 6ª região (que teve o Guarani de Campinas como campeão), ao lado de outro time da cidade: o Couros e Cortumes Paulista FC, time que possui um escudo desconhecido.

Em 1944, novamente participou do Campeonato do Interior:

Em 1945, surge um novo time da cidade no Campeonato do Interior, o 1º de Maio FC:

Em 1946, disputa a 3ª zona do Campeonato do Interior:

Em 1947, mais uma disputa:

Em 1948, o estádio recebe o nome do benfeitor Paulo Abreu, que naquele ano doou a arquibancada pro estádio. A mesma seria demolida em 1978.

Em 1949, teria rolado um amistoso com o São Paulo.
Em 1952, a diretoria cancela a homenagem e muda o nome do Estádio para Itatiba EC.
Em dezembro de 1956, mais uma disputa do Campeonato Amador do Interior, estreando contra o Ferroviário de Bragança Paulista.
Mas o grande momento aconteceria em 1960, quando o Itatiba EC disputa sua primeira edição do Campeonato Paulista, jogando a quarta divisão (equivalente à série A4, em 2024). Logo na estreia recebeu o Cerâmica (que seria o vice campeão daquele ano), perdendo por 3×2 para os visitantes.

Sobe para a 2ª divisão em 1961 e disputa seis edições da terceira divisão (equivalente à série A3, em 2024) até 1966, quando se licencia.

O time mandou seus jogos no atual Estádio Rubro Negro, e lá fomos nós para registrá-lo:

Próximo do Estádio, existe uma sede social, em uma área bem bacana:

E lá vamos nós para mais um estádio! Vem com a gente!

Olha que bacana a estrutura que eles tem dentro do estádio…

Aqui, o meio campo:

O gol da esquerda:

E o gol da direita:

Arquibancada rubro negra!

E registramos nossa presença em mais um campo histórico do futebol paulista!

Ao fundo as árvores dão um charme incrível ao campo…

Além de mandar seus jogos no Estádio Rubro Negro de sua propriedade, mandou também alguns jogos no Estádio Comendador Francisco Bartolomeu de propriedade do Rosita Futebol Clube e como estávamos por ali, decidimos conhecê-lo.

O Rosita FC foi fundado em 29 de junho de 1951.

E lá vamos nós, para mais um registro:

Aqui, o meio campo:

O gol da direita, onde fica o morro que deve ter assustado o pessoal que queria comprar o terreno pra fazer o estádio do Itatiba EC:

E o gol da esquerda:

Bem bonito o Estádio do Rosita FC, hein?

Aparentemente houve um problema de infiltração na arquibancada lá no fundo…

A cidade está ali, ao seu redor… e na outra lateral pode até ser vista uma arquibancada coberta bem singela!

Olha que legal a bandeira do escanteio!

Por fim, também aproveitamos para conhecer e registrar um terceiro estádio da cidade, o Luiz Scavone, casa do Operários FC!

O time do Operários FC foi fundado em 7 de setembro de 1950. E agora é hora de você conhecer a sua bela casa:

O Estádio tem muitas inscrições com seu nome e com o nome do time!

E vale uma visita pela parte interna:

O meio campo:

O gol da esquerda:

O gol da direita:

Aqui também fica clara a paisagem verde ao fundo do estádio.

A iluminação atual veio em 2015:

Ali também existe um lance de arquibancada coberta.

E é “nóis” em mais um estádio incrível!

Olha que lindo esse brasão!

O Operários FC tem até um livro contando sua história e seus causos:

Como dissemos láááá atrás, existiu ainda o CCAP – Couros, “Cortume” Artefatos Paulistas que se transformou no São Paulo Futebol Clube, atuando por muitas décadas em Itatiba, sendo inclusive contemporâneo do Operários FC nas décadas de 1950 e 1960

Formado com o apoio de um importante curtume itatibense localizado na Avenida Senador Lacerda Franco, no prédio onde foi implantada a Universidade São Francisco, o CCAP tinha equipes nas categorias juvenil, amadora, aspirante e principal e possuía também uma sede social.

Por fim, vale citar outro time que também usa o Estádio Luiz Scavone, o Independente Futebol Clube!

O Independente Futebol Club foi fundado em 30 de junho de 2017, para disputar a Taça Paulista, marcando sua estreia em competições profissionais.

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O futebol em São Sebastião da Grama-SP

No carnaval de 2024, tivemos a oportunidade de fazer mais um rolê misturando futebol, natureza, cultura e estrada.
Nossa primeira parada foi a cidade de Itobi, passamos também por Casa Branca, Mococa, Arceburgo (MG), Guaranésia (MG), Guaxupé, Tapiratiba, Caconde, Divinolândia e agora chegamos em São Sebastião da Grama para conhecer e registrar o Estádio Municipal João Machado!

Também localizada na região onde os povos Guaranis viviam há milhares de anos, São Sebastião da Grama está em uma região montanhosa, o que tornou difícil seu acesso, fazendo com que sua ocupaç˜ão pelos portugueses e bandeirantes só ocorresse após o Ciclo da Mineração, no final do Século XVIII, servindo de apoio às famílias dos tropeiros que pelas características naturais do local, passaram a se referir a ele como Pouso da Grama.
Em 1877, foi edificada uma capela, tendo São Sebastião como padroeiro, dando origem ao nome “São Sebastião da Grama“. Esta é a atual Igreja Matriz da cidade:

Em 1896, tornou-se distrito, com nome de Grama e em 1925, município. Em 1948, retornou ao nome de São Sebastião da Grama.

A cidade se destacou na produção de café, mas teve como característica local a dedicação em produzir cafés finos, o que se tornou um grande negócio!

Deixando os cafés de lado, voltemos nosso foco para o futebol, e no caso de São Sebastião da Grama: o Estádio Municipal João Machado (aqui, visão aérea retirada do site da Prefeitura):

Então, dê um play no som do No Fun At All e venha para o Estádio:

Mais um estádio que faz parte da história do futebol paulista! É ou não é pra fazer cara de louco?

Então dê uma olhada geral no Estádio:

Aqui, o gol da esquerda:

O meio campo com a arquibancada que aparentemente passou por algum revés recente:

E o gol da direita, onde a molecada local bate uma bola!

E quem disse que é pra desligar o som:

Aqui, uma estrutura de apoio dentro do estádio:

A história do futebol da cidade é bastante rica, e destaco 4 times: o XV de Novembro, o Grama FC, a SEGRA (Sociedade Esportiva Gramense) e o São Domingos FC (que representa o futebol da fazenda local). Infelizmente, não consegui nenhum distintivo pra ilustrar o post…

Dos registros oficiais, importante citar a participação do Grama FC na 7ª região do Campeonato do Interior de 1942:

Aqui, notícias sobre o Campeonato de 1957:

Algumas formações do time:

O Grama FC em 1984:

O time feminino:

Em 1955, é a vez do XV de Novembro ganhar as páginas dos jornais:

Este é o time do XV de Novembro da época:

E aqui, também aparece disputando o Campeonato do Interior de 1955:

Em 1956:

O terceiro time, a SEGRA (Sociedade Esportiva Gramense), campeão em 79:

Outras formações do SEGRA:

Por fim, o time São Domingos FC da fazenda homônima:

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O futebol em Divinolândia-SP

No carnaval de 2024, tivemos a oportunidade de fazer mais um rolê misturando futebol, natureza, cultura e estrada.
Nossa primeira parada foi a cidade de Itobi, passamos também por Casa Branca, Mococa, Arceburgo (MG), Guaranésia (MG), Guaxupé, Tapiratiba, Caconde e agora chegamos à Divinolândia para conhecer e registrar o Estádio Municipal Armando Grespan!

Como todas as cidades da região que visitamos nesse carnaval de 2024, Divinolândia também é uma cidade com uma pequena ocupação urbana em meio a um lindo universo de natureza ainda com muitas matas e rios preservados, mas que recebem os ônus e bônus do crescimento do agronegócio na região.

O, atualmente, denominado Rio do Peixe deve ter sido um grande atrativo para os povos que ocuparam a região no passado (Guaranis, segundo o site Native Land), e também o foi para os que chegaram a estas terras séculos depois.
Os registros do fim do século XIX mostram que Divinolândia era apenas um pequeno rancho construído à margem do Rio do Peixe para atender os tropeiros que por ali passavam.
E como a história se repete em quase todas as cidades brasileiras, com o tempo foi erguida uma capela em devoção ao Divino Espírito Santo.

Por conta disso, a partir de 1865, a povoação passa a se denominar Divino Espírito Santo do Rio do Peixe, depois, em 1938, passou a denominar-se “Sapecado” e somente em 1953, foi elevado a município com o nome de Divinolândia.

O nosso objetivo futebolístico na cidade era conhecer e registrar o Estádio Municipal Armando Grespan, mas confesso que senti ele meio caidão…
A sua fachada, por exemplo, não tem nenhuma identificação e além disso, estava fechado…

O terreno ao lado do estádio estava abrigando o carnaval da cidade, e até por uma questão de segurança não havia nenhuma possibilidade de entrar no campo, no máximo permitindo uma foto, do lado externo, da arquibancada coberta.

Um olhar por cima do muro também não ajudou muito…

Mas, a gente não desiste nunca, e dando a volta no estádio, conseguimos a ajuda de um dos vizinhos do estádio que além de morar colado ao campo, ainda tem uma escada gigante que permitiu um olhar melhor do campo e da arquibancada:

Então deu até pra gente fazer um registro decente em vídeo:

E pudemos também mostrar o meio campo, onde pode se perceber que as condições do campo estão melhores do que aparentavam pela sua fachada desanimada.

Aqui, o gol da esquerda, que permite ver não apenas a estrutura de iluminação como a estrutura do carnaval lá ao fundo:

E aqui, o gol da direita, com uma imagem que ilustra bem o relevo da cidade: montanhas ao fundo em qualquer lado que se olhe.

E o nosso registro com o campo ao fundo. Importante ressaltar que do lado de cá, de onde estamos, está bem próximo o Rio do Peixe que comentamos anteriormente.

Puxa, fiquei um pouco triste por não ter encontrado nenhum time que defendeu a cidade em disputas oficiais pela Federação Paulista. Segue a foto do Toloco EC que parece ser um time das antigas:

E esse, um time mais atual, o Vasco:

E o Três Barras FC:

Um último olhar no estádio com o som do Joy Division de fundo!

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O futebol em Caconde-SP

No carnaval de 2024, tivemos a oportunidade de fazer mais um rolê misturando futebol, natureza, cultura e estrada.
Nossa primeira parada foi a cidade de Itobi, passamos também por Casa Branca, Mococa, Arceburgo (MG), Guaranésia (MG), Guaxupé, Tapiratiba e agora chegamos a Caconde!

Se você tem acompanhado os últimos posts, já percebeu que uma das características dessas cidades que visitamos é a riqueza de seus recursos hídricos, e isso se deve principalmente pelo rio Pardo, que tem sua nascente em Ipiúna-MG, desemboca no Rio Grande e no meio desse rolê de mais de 500 km, passa por Caconde, onde foi construída uma represa com um lindo visual.

E, claro que essa beleza toda que faz a gente ficar babando é algo artificial que só existe por conta do represamento do rio, mas é óbvio que os povos que vivam ali antes da chegada dos europeus também se aproveitavam dos benefícios da água. Então, permita-se por um minuto imaginar como essa região devia ser repleta de vida há milhares de anos atrás…

Logo, os diferentes povos que viviam ali perceberam que as coisas estavam mudando… Homens brancos passando pela região, capturando e escravizando os que ali viviam até uma verdadeira guerra intercultural ser travada e expulsar os que moraram por tanto tempo nestas terras, como retratou o holandês Rugendas:

A partir do século XVIII, a notícia de que havia ouro na região trouxe diversas pessoas à região, mas a procura não se converteu em riqueza fazendo os mineradores abandonarem o local, só ficando por ali, os agricultores.
Atualmente, cerca de 20 mil vivem na cidade, que teve toda essa natureza, potencializada pela cafeicultura que gerou grande movimentação econômica.

Nos anos 50, inaugura-se a Usina Hidrelétrica Caconde:

Com ela, surge o lago da Graminha do Rio Pardo reforçou o potencial turístico da cidade, com a criação do Parque Prainha e Praça Esotérica e panorâmica do Mirante. Olha aí uma parte da prainha:

Outro rolê que eu recomendo é a trilha pra cachoeira do Moinho Velho:

E a cachoeira em si…

Pra terminar… um licor de jabuticaba pra aquecer a alma!

Mas o nosso rolê até Caconde também tinha como missão visitar um dos Estádios da cidade, o Estádio do Cacondense FC:

Este é o distintivo do time:

E ele está espalhado pelos muros do estádio:

A data “oficial” de fundação do Cacondense Futebol Clube é de 8 de dezembro de 1943, entretanto, existem registros prévios dessa data, na verdade desde 1925. Algumas dessas fotos:

Infelizmente não há uma placa que indique a data de inauguração do Estádio, apenas essa que mostra a inauguração do conjunto poliesportivo.

E olha que lindo o campo:

Aqui, o gol da esquerda:

E aqui, o meio campo:

Aqui, o gol da direita:

Existe até um vestiário ali atrás do campo.

Também existe um bar ali na arquibancada:

Um pequeno banco de reservas, ao lado de uma placa que deixa claro que com racismo não tem jogo!

O cuidado de ter o tricolor do time na arquibancada dá um charme especial ao estádio!

Aqui, olhando do outro lado do campo, o gol da esquerda:

O meio campo, com a arquibancada:

O da direita:

Mais uma conquista! Um estádio incrível registrado para o nosso site.

E que linda a natureza se fazendo presente no campo…

Vale lembrar que o Cacondense FC em 1942, disputou a 7ª região do Campeonato do Interior:

Em 1947, surge o União Esporte Clube de Caconde:

A visita ao Estádio do União fica para uma próxima vez em Caconde!

Em 1949 disputa amistoso com a Sociedade Esportiva Liberdade de Guaxupé:

Em 1950, ambos os times da cidade disputam o Campeonato do Interior:

Em 61, o pau fechou em Casa Branca:

Aqui, uma foto de 1963 do Cacondense FC:

E aqui, o time nos anos 70:

Pra terminar, um registro de quando Garrincha esteve em Caconde para uma partida defendendo a camisa do Milionários contra o Cacondense FC:

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O futebol em Tapiratiba-SP

No carnaval de 2024, tivemos a oportunidade de fazer mais um rolê misturando futebol, natureza, cultura e estrada.
Nossa primeira parada foi a cidade de Itobi, passamos também por Casa Branca, Mococa, Arceburgo (MG), Guaranésia (MG), Guaxupé e agora chegamos a Tapiratiba.

Tapiratiba é uma pequena cidade do interior de São Paulo, onde vivem quase 12 mil pessoas. Ocupada originalmente por povos Guaranis (segundo o site Native Land), Tapiratiba significa “lugar com muitas antas”.
Mas não há mais antas nas ruas de Tapiratiba.

A atual cidade nasceu no século XIX, e se tornou um distrito de Caconde em 1906, o “Distrito de Soledade”. Em 1903 foi inaugurada a estação de Itaiquara, em terras da Usina Itaiquara, em Tapiratiba. Foto do site Estações Ferroviárias:

O povoado de Itaiquara fica longe, como você pode ver no mapa:

Tão longe que tinha até um time próprio, o Botafogo:

A atual cidade nasceu no século XIX, e se tornou um distrito de Caconde em 1906, o “Distrito de Soledade”.
Em 1928, se torna Município de Tapiratiba.
E já nos anos 40, existem notícias do futebol surgindo na cidade, como retrata o “Jornal de Notícias”de 1946, citando partida Tapiratiba FC 5×2 Igaraí FC.

Por isso, fomos até lá para registrar o atual Estádio Municipal.

O estádio possui um bonito muro de tijolos provavelmente levantado há bastante tempo.

Dando uma pescoçada por cima do muro, dá pra ver que existe uma linda arquibancada do outro lado.

Por isso nos esforçamos em dar um jeito de entrar no Estádio e isso foi possível graças a um segundo portão localizado do lado da arquibancada. Enquanto eu fazia as fotos a Mari botava os pés pra cima, literalmente…

Então, aí vamos nós!!!

E aí veio a grande surpresa desse rolê, uma arquibancada de pedras!!!

Lá dentro, junto ao bar, uma série de fotografias de times da cidade:

E cá estamos em mais um estádio incrível do interior paulista:

Aqui, o gol da esquerda:

O gol da direita:

O meio campo:

E o gol, que nunca pode faltar! Olha lá atrás a igreja…

Atrás do gol, um espaço arborizado com bancos pra quem prefere ver o jogo na sombra…

Quer entrar?

O amigo Mauricio de Paula conseguiu algumas fotos dos times que defenderam a cidade em meados do século XX, como essa do Esporte Clube Tapiratiba de 1946:

Em 1951, disputou o Setor 2 do Campeonato do Interior, aqui registrada a partida contra o Rio Pardo, no Jornal de Notícias.

Em 1956, a cidade recebe o Campeonato Amador do Interior, tendo o EC Tapiratiba como clube da Zona 3, Série 14.

Aqui, matéria da Gazeta fala de uma vitória importante do Tapiratiba EC frente o Palmeiras FC de São João da Boa Vista:

Aqui, o time de 1957:

Pra terminar, vale lembrar uma matéria feita em 1994 que deu o título à cidade de capital nacional da produção de bolas de futebol:

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O triste retorno ao Estádio do Radium FC

No carnaval de 2024, tivemos a oportunidade de fazer mais um rolê misturando futebol, natureza, cultura e estrada.
Nossa primeira parada foi a cidade de Itobi, passamos por Casa Branca e agora chegamos a Mococa.

Já estivemos por lá nada mais nada mesmo que 15 anos atrás em um momento muito melhor, acompanhando uma partida do Radium FC!! Veja aqui como foi.

Minha relação com Mococa é antiga, graças a uma antiga banda chamada EDRH e do “Joey“, que depois de anos sem contato acabou me encontrando em um jogo do União São João, confira aqui!!

O Radium FC foi fundado em 1º de maio de 1919, logo, com forte ligação operária, e provavelmente anarquista. O Verdão da Mogiana foi o terceiro clube do interior paulista a conquistar a divisão de acesso, atrás do XV de Piracicaba (1948) e Guarani de Campinas (1949)

Se você quer ver mais sobre o time do Radium dê uma olhada no outro post que escrevemos contando sua história e até mostrando a camisa comemorativa do seu centenário, por que hoje vamos nos focar apenas no seu Estádio.

O time se encontra licenciado desde 2013, quando participou da série B, a quarta divisão do futebol paulista na época.
Nesta época, o Radium FC mandava seus jogos no Estádio Olímpico São Sebastião, que chegou a ter capacidade para aproximadamente 7 mil torcedores (foto do site Fotki):

Mas com o licenciamento do Radium, o Estádio São Sebastião atualmente está abandonado…

A história por traz do afastamento do time é longa, envolve dívidas que alguns dizem serem impagáveis além de várias tentativas de leiloar o estádio que acabaram impugnadas.

Fato é que quem está pagando o preço é a cidade e seus torcedores que têm que conviver com a triste imagem do Estádio São Sebastião assim…
Mais do que fechado. Lacrado!

É de causar dor e tristeza mesmo a quem fosse torcedor de um time rival ver o Estádio dessa maneira.

Uma das entradas para a área de dentro do Estádio segue aberta e, preparando-me para fatos lamentáveis, decidi ver como estava o campo…

O caminho inicial já mostra que o mato cresceu bastante por onde pode…

E aí estou… Em meio a uma visão meio apocalíptica do estádio, como se o mundo tivesse parado e a natureza tivesse a oportunidade de dominar o que ficou…

Ah, que coisa estranha pensar em um espaço de tamanha importância assim abandonado. É até mesmo arriscado em época de dengue ter uma área assim tão descuidada…

A impressão que fiquei é que tem gente ocupando (não sei se morando ou apenas passando algum tempo) dentro dessas áreas…

As arquibancadas também começam a ser dominadas pelo mato… O que diria a torcida que anos, décadas atrás, estava ali, pulando, gritando e celebrando as vitórias do Radium?

Se eu voltasse ao passado e falasse que um dia o Estádio S!ao Sebastião estaria assim abandonado, será que alguém acreditaria?

A situação é um verdadeiro nó cego, sem pontas para se desatar. Será que alguém do poder público pode fazer alguma coisa? Ou algum empresário consegue enxergar uma oportunidade com uma eventual SAF?

Se para mim que não sou torcedor do Radium nem morador de Mococa já dói… Imagino como deve ser pra quem é da cidade. Ou será que ninguém mais se importa? Afinal, ao mesmo tempo em que eu via essas imagens e sentia um aperto no coração, lá fora a nova geração se divertia com o carnaval, sem parecer se importar muito com a situação do Estádio e até aproveitando para torná-lo mictório público…

O gol… Como foi de tão desejado para tão abandonado? Qual foi o último gol marcado aí? Quem marcou? E quem estava no campo em sua última partida? Onde estão hoje? Como se sentem com tudo isso? Tem algo que pode ser feito? Quantas perguntas sem respostas…

Por dias melhores, fica nosso singelo apoio por meio deste ineficaz post…

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De volta à Casa Branca!

No carnaval de 2024, fizemos um rolê pela divisa SP/MG e depois de passarmos por Itobi, chegamos à cidade de Casa Branca, a capital da Jabuticaba!

A cidade possui cerca de 28 mil habitantes e tem grande importância no agronegócio nacional: é a maior produtora de laranja do Brasil, a maior produtora de batatinha de São Paulo, além da jabuticaba, da qual é responsável por quase metade da produção do estado.

A paixão é tanta que Casa Branca tem a jabuticabeira presente até mesmo em seu brasão.

Assim como a vizinha Itobi, Casa Branca fica em uma região cortada pelos rios Moji-Guaçu e Pardo o que induz a imaginarmos que a região foi densamente ocupada há milhares de anos por diferentes povos que buscavam alimentos fornecidos pela presença de tanta água.

Com a chegada dos europeus, a partir do século XVI, tanto estes rios quanto as pessoas que ali viviam passaram a ser incomodadas pelos bandeirantes que os escravizavam, e também pelos representantes da Igreja católica que buscavam novos fieis para suas fileiras.
Essa soma diabólica significou o fim (ou quase isso) para os povos originários da região.

Casa Branca só aparece como povoação em registros datados do fim do século XVIII, citando uma pequena “casa caiada”, que ficava ao lado do pouso dos tropeiros que percorriam a “estrada real”.
Em janeiro de 1878, a Companhia Mogiana de Estradas de Ferro chegou à Casa Branca, já elevada à cidade, desde 1872. Foto do site Estações Ferroviárias, possivelmente dos anos 10:

Neste rolê acabamos cruzando esse lugar… Será que é a estação original?

Vale a pena lembrar que já estivemos lá, veja aqui como foi!

Dessa vez fizemos o rolê com um pouco mais de tempo, mas ainda sem dormir por lá (aliás, alguém sugere um lugar bacana para se hospedar?), deu pra pelo menos curtir os detalhes, como esse simpático lagarto.

Gastamos um tempo curtindo o momento de estar em uma cidade diferente, apenas vivenciando aquele tempo na praça central, que é linda, sem nenhuma grande preocupação. Viajar é isso… Conhecer o novo, passear, estar em ócio…

A arquitetura do início do século XX segue de pé pela região central…

Com destaque para a Igreja Matriz.

A proximidade com MG faz com que as lembranças da nossa guerra civil de 1932 estejam presentes pela cidade…

Destaque também para a loja de fábrica da Laticínios Argenzio, na entrada da cidade:

Ah, e o sorbet de Jabuticaba da Gellu’s ??? Delicioso!!!

Ficou faltando conhecer a Bossoroca gigante que exista na cidade, mas cuja trilha estava muito fechada para se fazer em uma manha ensolarada de forte calor. Trata-se de uma “rachadura” profunda no solo, ocasionada pela erosão, que de tão grande ficaram parecidas a um canion.

Mas nossa missão era voltar onde alguns dos times locais mandaram seus jogos, o “Estádio Municipal João dos Santos Meira“, outrora chamado de “Estádio da Mogiana” e principal campo de futebol da cidade nos dias atuais.

Em nossa última visita reclamávamos que não havia uma sinalização decente…
Olha como era sem graça…

Pelas informação disponíveis no blog “Mclaralira”, o primeiro campo de Casa Grande foi o do Casa Branca Futebol Clube, que depois abrigou o Paulista Futebol Clube e que acabou transformado em uma escola (a atual ETE Dr Francisco Nogueira de Lima).

De volta ao Estádio atual, como o portão estava fechado, demos a volta para entrar pelo portão lateral, chegando ali no gol.

Dessa forma pudemos registrar o outro lado do estádio, aqui o gol da direita:

O meio campo:

E o gol da esquerda:

Ali por onde entramos também existe uma pequena arquibancada lateral.

Aliás, a região do Estádio é meio maluca… Essa parte atrás desta arquibancada é um bairro meio sem saída, enfim… Divertido perder-se por aí!

Mas voltemos à sombreada arquibancada lateral do estádio…

Por mais que eu valorize a prática do atletismo, confesso que esse espaço destinado à pista acaba tirando um espaço importante, e deixa um pouco menos divertido o Estádio.

Olha o vídeo que fizemos lá em 2018 e perceba que pouca coisa mudou.

E como é bonito ver esse monte de árvores ao redor do campo!

Esse é o outro lado, onde estão as arquibancadas menores:

Uma pena que aparentemente será difícil veremos competições oficiais por aqui nos próximos anos…

Que bom que pude filmar um sonho de como seria bater um penalty num estádio cheio de torcedores locais…

Quando falamos do futebol em Casa Branca, o EC Corinthians é o time mais conhecido por ter sido o único que disputou edições do Campeonato Paulista.

O EC Corinthians foi fundado em 7 de março de 1958 e disputou cinco edições da terceira divisão, de 1980 a 84 e duas edições da quinta divisão (1978 e 79).
O time não conseguiu bons resultados em nenhum dos Campeonatos, olha as goleadas que levou na 3ª divisão de 1980:

Em 1981, as coisas parecem não terem melhorado muito…

Entretanto, temos que dar atenção especial também ao EC Mogiana, fundado em 14 de setembro de 1935.

Em 1942 o EC Mogiana disputou o Campeonato do Interior na 7ª região:

O EC Mogiana em 1943, junto da Associação Paulista de Esportes:

E o Campeonato do Interior de 1944:

Campeonato do Interior de 1945:

Olha aí a moral do EC Mogiana em 1956:

E olha o clima da época…

O time de 1957 fez esse amistoso com a Ponte Preta:

Outro clube importante foi o União Casabranquense FC, de 1910, que surgiu da fusão do Clube dos Estudantes, do Tiro de Guerra e do EC Operário (da foto abaixo):

Olha a matéria de 1920:

Esta matéria do Correio Paulistano fala sobre uma partida com o Radium e cita o União como campeão da Liga Mogyana de 1920:

Até um misto do Palmeiras passou por lá para enfrentar o time local.

Em 1958, o União disputou o Campeonato do Interior com o time abaixo:

Aqui, uma foto de 1962 onde podemos ver o uniforme do time:

Além disso ainda houve o Casa Branca FC, time que existiu em dois momentos, o primeiro foi fundado em 1928, tendo entre suas lideranças o Sr Triunfo Vasconcellos (foto do blog MClaraLira):

E o segundo sendo (re) fundado em 1930, tendo em sua liderança o sr Sílvio Furlani.
Aqui, matéria de 1933:

Também merece destaque a Associação Casabranquense de Cultura Phisica e Esporte (ACCPE), fundada em 18 de Setembro de 1926.

Seu estádio é citado em matéria sobre a final do Campeonato Municipal de 1958:

Outros times da cidade: Paulista FC, Lagoa Branca FC, Sadopi (representando a Indústria Sasso/Dorta e Pistelli), entre outros.

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Guarani 2×2 Santo André (Paulistão 2024)

15 de fevereiro de 2024.
Quinta feira pós carnaval e lá vamos nós de volta pra estrada pra mais uma noite de paixão pelo nosso time, o Santo André e ao mesmo tempo pra curtir um rolê em um dos estádios mais importantes do interior paulista: o Brinco de Ouro da Princesa, a casa do Guarani FC.

Desta vez a jornada se fez ao lado dos amigos Furlan e Rico, ambos torcedores do Ramalhão!

Não havia trânsito na cidade de São Paulo então acabamos chegando bem cedo, o que nos permitiu um rápido rolê pelo Estádio Cerecamp (o Estádio da Mogiana) e pelo Moisés Lucarelli pra viver um pouco do futebol de Campinas.
Ainda não eram 19hs quando chegamos às bilheterias destinadas aos visitantes, no caso, nós!

O Guarani, assim com o Santo André, vem em uma fase difícil, transformando a partida em uma verdadeira decisão contra o rebaixamento.

O público de quase todos os times se comporta da mesma maneira. Na fase em que mais precisam deles, os torcedores preferem assistir o jogo de casa, e tentando evitar que o estádio ficasse com um visual de vazio, a diretoria do Guarani fechou o tobogã, concentrando a torcida local nas demais arquibancadas.

Do nosso lado, fizemos o possível para apoiar em busca de um resultado positivo.

Os times entram em campo para o aguardado embate. 3 pontos fariam a diferença para os dois times, afastando-os da zona da degola.

O jogo começa e surpreende pela presença ofensiva de ambas as equipes. Tanto o time local quanto o Ramalhão levam perigo ao gol em jogadas pelas laterais.

Aos poucos foram chegando outros torcedores do Ramalhão…

Mas a festa só ganhou força mesmo com a chegada das organizadas (Fúria e Esquadrão) que decidiram se unir em prol do time nesta partida.

Aos 25 minutos do primeiro tempo, quando o Santo André estava atuando com boa segurança, o árbitro marca penalty para o time local. Pablo Thomaz bateu e marcou: Guarani 1×0.

Sinta o clima de se assistir uma partida como visitante no Estádio Brinco de Ouro.

A turma volta a olhar a tabela e analisar a nossa difícil colocação na tabela…

Do outro lado, nas arquibancadas alviverdes sem dúvida que a sensação era de alívio…

Tem momentos na vida de um torcedor que ele se pergunta se realmente vale a pena toda essa loucura… A gente olha pro céu, tenta incentivar o time, sabe que aquilo é só um jogo, mas não consegue deixar de sentir por dentro que a derrota é sua também. Assim, com a cabeça quente vi Régis, aos 36 do primeiro tempo fazer 2×0… Desespero total para a torcida do Santo André.

O intervalo chegou e muita gente pegou no pé dos jogadores do Santo André, afinal… A derrota significava um pé na série A2 de 2025.

Mas, quem ama não desiste e o segundo tempo foi rolando e aos poucos algumas chances foram surgindo e no fundo o que mais queríamos era um motivo pra seguir apoiando.

Assim, aos 37 minutos do segundo tempo, foi a vez de Lohan marcar de penalty e diminuir: Guarani 2×1 Santo André.

A torcida do Guarani parecia sentir que algo estava errado e muitos passaram a xingar e a demonstrar o medo de perder a oportunidade de fazer 3 pontos. E o que eles temiam, se tornou nossa felicidade… E respondeu aos que se perguntavam… Será que vale a pena? Vale!

Wellington Reis empatou o jogo no último minuto do jogo levando o lado azul do estádio ao êxtase!

Não… Ainda não estamos livres do rebaixamento, ao contrário… O empate não ajudou em nada nessa luta, já que os demais concorrentes a estas vagas (Lusa, Ituano e o próprio Bugre) também empataram… Mas, deu um gostinho bom empatar um jogo que parecia perdido e ouvir dos jogadores ao final da partida que eles contam conosco e que vão lutar até o fim pra nos manter na série A1…

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