O futebol em Itobi (SP)

No carnaval de 2024, tivemos a oportunidade de fazer mais um rolê misturando futebol, natureza, cultura e estrada.
Nossa primeira parada foi a cidade de Itobi, onde vive Cipó, o ex lateral do Santo André! Lembro bastante dele no time de 1994… Lá se vão 30 anos…

Uma região com tantos rios devia ser super povoada desde milhares de anos atrás. Não a toa, quando da chegada dos portugueses, diversos povos se encontravam no estado de São Pauo: Tupiniquins, Tamoios, Tupinambás, Carijós, Goianas, Guaranis, Guaianazes, Purís, Kaingans

Infelizmente, levantamentos históricos mostram que a região cortada pelos rios Moji-Guaçu e Pardo foi bastante percorrida pelos bandeirantes, no século XVII, pelo “caminho dos Guaiases”, ou dos “Goiás”, o que acabou afastando, escravizando ou dizimando os povos originários destas terras, como retratou a pintura “Guerrilhas”, do alemão Johann Moritz Rugendas.

A cidade de Itobi nasceu graças a chegada da ferrovia à região.
Segundo o site do próprio município, o português Antônio Martins Daniel buscava dormentes para os trilhos da Companhia Férrea Ramal de Rio Pardo (que ligaria Casa Branca a São José do Rio Pardo) nas fazendas da região e os ranchos que ele criou para apoio da operação é que deram origem a atual cidade, já no século XIX.
Em 1887, a povoação recebeu o nome de Vila Nova do Rio Verde, mesmo ano da inauguração da Estação Rio Doce (nome devido ao rio), aqui em foto de 1969 disponível no incrível site Estações Ferroviárias.

Em 1898, a cidade passa a ser chamada Itobi, que em tupi-guarani, significa rio verde. Só em 1959 foi elevado a Município.
Aqui, a Igreja Matriz de São Sebastião, construída no século XIX.

Em 2024, foi a nossa vez de conhecer o local mas antes de chegar lá, demos uma parada na Queijaria Blazzi, que fica na estrada que liga Itobi à cidade vizinha de Casa Branca,

E olha quem apareceu pra dar um alô no meio da nossa visita:

A grande atração de Itobi para os apaixonados por futebol é o Clube Recreativo Esportivo Itobiense, o CREI.

Fundado em 1 de janeiro de 1939, o CRE Itobiense se fez presente em disputas e amistosos regionais, mas em 1943 fez sua estreia no tradicionalíssimo Campeonato do Interior, jogando na 7ª região:

Sua praça de esportes (estádio de futebol, ginásio além de piscinas e clube social) se chama Dr. Aristides Dias Pinheiro.

Se tem uma coisa que eu acho muito bacana nos estádios de clubes do interior são esses bancos com a identificação do escudo do time!

E também os distintivos estampados nas paredes clube afora…

Vamos enfim ver o seu estádio!

O tradicional registro do meio campo:

Gol do lado direito:

Gol do lado esquerdo:

Olha aí os bancos de reserva:

O CRE Itobiense ainda reserva um espaço dedicado à memória do time, com direito à camisa do alviverde de Itobi.

E também uma vista aérea do clube:

Uma foto de um time posado em 1952 identificado como “Mocidade Foot Ball Club Itobiense”.

Outras fotos e troféus também ilustram a sala:

Pra terminar, a foto do time de 2023:

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O futebol em Fartura-SP

E lá fomos nós para mais um rolê pelo interior do estado de São Paulo para conhecer e registrar um novo o Estádio, dessa vez a cidade a visitar foi Fartura!

Segundo texto do site da Câmara Municipal, a região onde se encontra Fartura, foi habitada pelos povos Caiuás (Kaiowás), da família Tupi-Guarani e ainda hoje encontram-se por lá objetos de pedra de uso destes povos originários, como bacias, mão de pilão, machados e diversos outros.

Como quase toda a história do Brasil, a região também nasce fruto da invasão dos europeus e dos latifúndios criados em torno de famílias poderosas dos séculos XVII e XVIII, no caso de Fartura, a família que tomou posse do lugar foi a José Viana.

Também seguindo o percurso tradicional, a religião rapidamente passa a se materializar na região, nesse caso, por meio da Capela Nossa Senhora das Dores, construída em 1887.

Assim, passa a surgir um povoado formado pelos lavradores que trabalhariam nas terras da família e também por um comércio local, dando origem ao município em 31 de março de 1891.
E se você acha que faltava algo, que tal uma cervejaria local? Em 1904 surge a fábrica de cerveja e gasosa do Sr. José Adriani para dar uma acalmada nos ânimos. A Inteligência Artificial ajudou a imaginar como era…

Alguns anos depois da cerveja, em 1920, surge o Clube Atlético Farturense para completar o rolê:

Após uma fase jogando amistosos, o time disputa o Campeonato do Interior de 1944:

Em 1945, sagra-se campeão da região, classificando-se para o mata mata e sendo eliminado pela Botucatuense (8×3, em Botucatu e 0x2 em Fartura, fatura de gols…):

E 1946:

Aqui, só pra lembrar outros times que disputaram aquela edição…

Porém, um outro time com nome próximo, surge em 1924: o Fartura EC.

Time base que jogou de 1946 até o início dos anos 50:

Em 1958, o Fartura EC defendeu as cores e o nome da cidade no Campeonato Amador do Interior:

Esse é o time de 1964:

E aqui, o time de 1975 com faixa de campeão:

Até um time feminino o Farturense EC teve!

Ambos os times mandavam seus jogos no Estádio Belgrave Teixeira de Carvalho.

O jogo de estreia foi entre o Fartura EC e o EC Cruzeiro do Sul, de Taguaí (na época a cidade se chamava Ribeirópolis) em 7 de fevereiro de 1926.

Uma pena que não conseguimos entrar para registrar a parte interna do Estádio

No fim das contas, deu pra, pelo menos, dar uma olhada na parte interna do estádio e imaginar em como foi toda essa história…

O gramado parece muito bem cuidado e deu pra perceber também que existe um sistema de iluminação que permite partidas noturnas.

De onde fotografamos, estávamos lado a lado com o cemitério, e ali ao outro lado, a igreja!

Atrás do gol uma singela arquibancada para atormentar o goleiro:

O caminho até a cidade passa no meio de várias montanhas que dão um visual único.

Na hora de ir embora, pegamos uma tempestade que acabou com a energia da cidade e, acredite ou não, deixou TODOS os postos de combustível sem atendimento possível. Isso nos fez arriscar a atravessar as montanhas praticamente sem combustível até chegar a Piraju…

Pra terminar, nos anos 80, o time junior do Santos esteve no Estádio para um amistoso, olha aí o Cesar Sampaio, encabeçando os enfileirados.

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A Copa SP na cidade de Salto

Já estivemos em Salto algumas vezes, seja para registrar o Estádio Alcides Ferrari, a sede do Guarani de Salto, o Estádio Luiz Milanez, lembra dele? Ele fica em uma ilha no rio Tietê, aliás olha como está alto o rio Tietê, no dia da nossa visita. O volume estava 4 vezes maior que o normal.

Dessa vez nosso foco foi registrar uma partida do mata-mata da Copa São Paulo 2024 entre o Botafogo-SP e o Floresta-CE:

Ah, e claro, também aproveitamos para registrar o Estádio Municipal Amadeu Mosca!

O Estádio Municipal Amadeu Mosca foi inaugurado em 1982 e chegou a receber um derbi entre a Associação Atlética Saltense e o Guarani (1×1), pelo Campeonato Paulista da Segunda Divisão de Profissionais.
Cerca de 7 mil torcedores estiveram presentes naquela partida!

Apenas a partir de 1º de maio de 1992, o Estádio Municipal passa a se chamar “Amadeu Mosca“. E que estádio, hein?

Vale reforçar que a cidade conta com um novo time, o Sfera FC, fundado em 2021 como clube empresa, focado na formação de atletas. Uma pena que por ter se classificado em 2º, o Sfera foi jogar em outra cidade nesse mata-mata …

Ainda bem que o Sfera FC surgiu, porque um estádio com essa estrutura precisa rapidamente estar utilizado!

Aqui, o meio campo:

O gol da direita:

O gol da esquerda:

Quem mora na portinha acima dos sanitários?

Infelizmente o público não foi tão grande na partida, já que as duas equipes não possuem grandes ligações com a cidade de Salto…

Mas, o que vale é ter mais um estádio registrado durante uma partida!

O mais incrível é que o estádio pode ampliar suas arquibancadas se um dia quiser…

Mais um estádio que investiu em ter algumas áreas cobertas – o que pra Copinha significa muito!

E as bancadas tem um azul bem bonito, o estádio está todo limpo, e muito bem cuidado!

E assim, seguimos…

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As Mil Camisas e a Copa SP 2024 em Cravinhos

Bem vindo a Cravinhos, uma cidade que há muito tempo não tem um time disputando os campeonatos oficiais da Federação Paulista e que aproveita a Copa São Paulo para matar a saudade do futebol.
A foto acima é do Estádio João Domingos Martins (já havíamos estado por lá em 2012, veja aqui como foi!!!), mas há alguns anos, passaram a utilizar o Estádio Municipal Prefeito José Vessi como sede da Copinha.

Foi para visitar esses dois estádios e acompanhar um mata-mata da Copinha que pegamos a estrada mesmo com chance de enfrentar uma daquelas tradicionais chuvas de verão… Mas só choveu na estrada mesmo, lá foi tudo seco!

A primeira parada foi no Estádio JD Martins, a casa do CAC – Clube Atlético Cravinhos.

Este é o atual distintivo, que reforça a tradição do time, fundado em 12 de julho de 1906:

O site História do futebol traz este outro escudo, sendo dos anos 40:

Como já escrevemos sobre a história e resultados do CAC no post anterior (veja aqui!!), só apresentamos a seguir fotos novas (de 2024) do Estádio, que pra mim é charmoso demais!!

O Estádio foi inaugurado em 1926, após o CAC (Clube Atlético Cravinhos) ter jogado em outros campos da cidade. Então vamos a ele!

O primeiro campo do CAC ficava na rua Prudente de Moraes, depois mandou os jogos onde hoje está a escola João Nogueira, depois, na rua 14 de Julho.
Em 1917 foi jogar em um campo na rua Rui Barbosa, em 1919 jogou no terreno onde foi construída a fábrica de meias, e em 1924 na Avenida Fagundes, num estádio com arquibancada para 500 torcedores.
Mas o JD Martins segue por lá, firme e forte, aguardando um novo respiro do CAC.

Atualmente, o Estádio tem capacidade para 3.200 torcedores. Esse é o gol do lado direito, com um bom lance de arquibancada ali atrás.

Olhando do outro lado do campo, veja que existe uma estrutura coberta ali em cima da arquibancada:

Existe ainda uma arquibancada central maravilhosa, com cobertura antiga, quase como um telhado de uma casa:

Veja como ficava essa arquibancada nas edições anteriores da Copa SP:

E aqui o gol da esquerda:

Ficamos felizes de rever o velho (e charmoso) Estádio JD Martins, mas nos apressamos para o Estádio Municipal José Vessi, o campo do Bela Vista, esse sim, ainda desconhecido para nós e que recebe novamente uma edição da Copa São Paulo.

Em campo, duas equipes geograficamente distantes, mas com um sonho em comum: Chapecoense (SC) e Tiradentes (PI). Aliás, olha aí a camisa do Tiradentes:

É muito interessante o cuidado que eles tiveram em criar uma área coberta na arquibancada do outro lado. Uma ideia simples que melhorou absurdamente o bem estar de quem está lá! Esse é o meio campo:

Aqui, o gol da esquerda:

Nesse mesmo lado, existe uma série de arquibancadas coloridas que dão uma cara bem divertida ao lugar!

E aqui, o gol da direita:

Ainda que a Chape tenha começado com tudo, o Tiradentes saiu na frente, com um gol de contra ataque!

Mas, o time da Chape soube aguentar o tranco e buscou a virada… Aqui, momento da celebração do gol catarinense!

E até que tinha um pessoal com camisa da Chapecoense por ali!

A Chapecoense seguiu apertando…

O time catarinense não dava sossego aos meninos do Piauí e logo o placar marcava 3×1:

O jogo parecia definido, e fui registrar o estádio, pois Cravinhos não é assim tão perto, então sabe-se lá quando voltaremos…

Essa é a visão das arquibancadas cobertas:

Lá do outro lado, uma pequena estrutura dedicada aos jornalistas:

Ali, o ginásio da cidade se apresenta imponente!

Ali nas cobertas, um momento de festa: gol do time do Tiradentes, celebrado pelos atletas que não foram relacionados para o jogo! Não perca as contas: 4×2.

Já no segundo tempo, mais um registro em vídeo do campo:

Calor monstruoso, ainda bem que existia um filtro com água gelada dentro do estádio.

O time da Chapecoense tentou cadenciar o jogo, mas o Tiradentes estava com “sangue nos olhos”.

E o que era apenas uma visita para registro do estádio acabou se transformando em uma partida inacreditável…

Nem mesmo o treinador do Tiradentes podia acreditar… Mais um gol… 4×3

Vale a pena ver o resumo do jogo com todos os gols para você entender como acabou essa história:

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30 anos do título do EC Paraguaçuense

Hoje, são 30 anos dessa incrível conquista de um time que atualmente está licenciado, mas que ainda representa as cores e a memória da cidade de Paraguaçu.
E o amigo Amarildo não deixou a data passar sem festa, por isso, torcedor Paraguaçuense, não esqueça nunca desse momento!
Parabéns!!

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As Mil Camisas no Estádio Moisés Lucarelli

Já estivemos muitas vezes em Campinas, seja a passeio, a trabalho ou mesmo pelo futebol, mas faltava registrar o Estádio Moisés Lucarelli como ele merece.

Desde 1948, o Estádio é a casa da Associação Atlética Ponte Preta, time alvinegro de Campinas, localizado à Praça Dr. Francisco Ursaia, 1900, o número é uma referência ao ano de fundação do clube.

Campinas é hoje uma grande cidade, que reúne em torno dela outras tantas que formam a Região Metropolitana de Campinas, um importante polo econômico e social.

A história da cidade, como todo o território brasileiro, inicia-se muito antes da chegada dos europeus. Os povos originários que ocupavam a região eram bastante diversos, entre eles os guanás, caiapós e guarani, e tinham em comum um estilo de vida bastante integrado à natureza.

Depois de séculos desse estilo de vida, portugueses começaram a chegar na região para criar gado, depois o cultivo de café ganhou destaque, tornando-se essencial para a economia local, atraindo imigrantes italianos, portugueses, espanhóis e japoneses, que contribuíram para a diversidade cultural da região.

O futebol na cidade tem uma história incrível.
A “Liga Campineira”, primeira organização da cidade foi fundada em 11 de abril de 1907. Depois, em 1916 surge a Associação Campineira de FootBall e na sequência, a Liga Operária!
De 1932 a 1934, a Associação Paulista de Esportes Atléticos (APEA) organizou a Série Campineira da Divisão do Interior e em 1935, Guarani e Ponte fundam uma nova Liga Campineira, da qual a Macaca sagra-se campeã em 1935, 36, 37, 39, 40, 44 e 47.
Esse era o time de 1944 (fonte: Wikipedia), que inaugurou a faixa diagonal, mas saindo do ombro direito:

E nesse mesmo ano se iniciava a construção do futuro Estádio da Ponte:

Alguns anos depois, em 12 de setembro de 1948 foi inaugurado o Estádio Moisés Lucarelli, construído graças ao esforço dos seus torcedores. Este era o time de 1948:

A Ponte teve alguns times marcantes, como o de 1970 que chegou à final do Campeonato Paulista terminando como vice-campeã. Foto do site Zé Duarte Futebol Antigo.

Outro time incrível é o de 1977, que foi até a Terceira Fase do Campeonato Brasileiro e vice campeã do Campeonato Paulista (os públicos das finais contra o Corinthians, somados chegam a mais de 200 mil torcedores). Esse foi o time daquele ano:

Em 1981, a Ponte Preta teve outra campanha notável no Campeonato Brasileiro, terminando em terceiro lugar, passando por Náutico e Vasco no mata-mata caindo na semifinal contra o Grêmio.

Mais recentemente, em 2013, a Ponte Preta mais uma vez fez história e chegou à final da Copa Sul-Americana, tornando-se vice-campeã após enfrentar o Lanús na final.

E em 2023, a Macaca sagrou-se campeã da série A2 do Campeonato Paulista. Foto do site Esporte News Mundo:

A Ponte é mesmo um baita time!
Então é hora de conhecer o Estádio Majestoso, e que fachada linda, não acha?

E ela já foi bem diferente, décadas atrás…

E mesmo estando lá dentro, os cuidados com os detalhes não são minimizados.

É sem dúvida uma experiência emocionante poder estar em um estádio tão f*da e tão importante para o futebol!

Sua capacidade original era de 35 mil lugares, o que fazia dele o terceiro maior do Brasil, daí o apelido “Majestoso“. Mas com as mudanças obrigadas pela lei, a capacidade passou a 19.728 torcedores.

O Moisés Lucarelli é uma daquelas lindas histórias, de mobilização da torcida e homenageia Moysés Lucarelli, um personagem muito importante para a Ponte e para o futebol do interior como um todo, já que ele participou da criação da Lei de Acesso no Campeonato Paulista implantada a partir de 1948.
Veio a falecer em 24 de março de 1978.
Como não queria ser o patrono do estádio alguns dizem que por isso a diferença da grafia dos nomes (Moisés x Moysés).
É dele o busto ali na entrada:

Sigamos no rolê pelo Estádio!

A Ponte Preta escreveu a maior parte da sua história neste estádio e viu a cidade de Campinas crescer no seu entorno. Uma olhada no gol da esquerda:

O meio campo:

O gol da direita:

E mais detalhes interessantes…

O recorde de público ocorreu em 16 de agosto de 1970, quando 33.228 torcedores foram assistir ao embate Ponte Preta 0x1 Santos FC, e alguns dizem que havia quase 45 mil torcedores dentro do estádio e mais 4 mil pessoas do lado de fora, sem conseguir entrar para ver o time que seria vice-campeão.
Oficialmente, o maior público é da derrota por 3 a 1 da Ponte Preta para o São Paulo FC, em 1 de fevereiro de 1978 com 37.274 torcedores.

Atualmente teve a capacidade diminuída para 19.728 torcedores.

Nos ambiente internos também pode se ver o zelo com que é gerido o Estádio da Ponte Preta, aqui a lembrança do título deste ano:

Aqui, o busto ao mestre Dicá!

Os corredores estão repletos de fotos da torcida, distintivos…

E tem também fotos dos times mais marcantes espalhadas pelas salas!

Sem contar a sala de trofeus!

São a prova de que a Ponte Preta já conquistou vários títulos em sua mais que centenária história!

Esses detalhes dos portões dos estádios não existem mais…

Olha aí o vestiário da Ponte!

Vamos voltar para o campo, mas vamos com estilo!

E não é que no rolê daqui pra lá acabei trombando umas figurinhas carimbadas da Ponte Preta? A primeira delas é o Eliel, do time deste ano!

O outro que apareceu ali foi o grande zagueiro Ronaldão, que fez história no São Paulo mas que também teve importante participação na Ponte Preta no fim dos anos 90.

O outro que estava por lá era o eterno capitão Cafu!

Como sempre digo, registrar a historia inloco te fazer entender melhor o contexto da realidade que vivemos e poder experimentar um role desses em um estádio como o Moisés Lucarelli é simplesmente inesquecível e eu só tenho a agradecer aos deuses do futebol pela oportunidade!

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União São João campeão da Segunda Divisão 2023

Sábado, 30 de setembro de 2023. É dia de festa para o futebol paulista, o Estádio Hermínio Ometto recebe o segundo jogo, a finalíssima da Segunda Divisão do Campeonato Paulista. Ah, se você quiser ver um montão de vídeos que fizemos no jogo, acessa a playlist que montamos.

Em uma tarde bastante quente, ainda que com o sol encoberto pelas nuvens, desde as 13hs, a torcida local já se encaminhava para o Estádio.

Infelizmente não foi possível evitar as filas já que quase 8 mil torcedores compareceram à partida!

Desde a concentração em frente ao estádio até o final do jogo, houve a venda de diversas camisas e até daquele chapéu tipo “pescador”.

Até uma cerveja do time estava a venda na entrada do estádio.

Mais uma vez, tive a companhia do amigo punk, escritor, professor, poeta e até futeboleiro, o Joey, que vive por estas bandas, passeando entre Araras, Leme, Mococa, Porto Ferreira… Ah, e pudemos conhecer o amigo Pedro “Carroceiro” e sua sobrinha, Sophia Helena!

Então, acompanhe-nos na entrada para o estádio!

Lá dentro, um espetáculo emocionante: as arquibancada do Estádio Hermínio Ometto cheias, como há muitos anos não se via…

Uma faixa me chamou a atenção e depois fui conhecer a triste história, que se contrapôs ao momento feliz da tarde de sábado: Bruna Angleri, de 40 anos, foi morta de forma brutal na quarta feira (27), tendo o seu ex namorado como o principal suspeito até o momento.
No domingo, ainda rolou uma manifestação nas ruas de Araras (foto abaixo do Portal de notícias da Rádio Clube Ararense).
Vivemos uma verdadeira “epidemia” de feminicídio… Isso é inaceitável!
Precisamos lutar contra essa aberração.

Voltando ao jogo, havia muita gente com a camisa do time, de diferentes épocas, como esta:

Dessa forma, foi se pintando de verde e branco as bancadas do Estádio Hermínio Ometto!

Dê uma olhada no público:

A Torcida União Alviverde é quem comanda a festa na bancada!

Além das arquibancadas, o Estádio tem um um “corredor” ao lado do alambrado e com um gramado que cria um ambiente bastante “acolhedor”.

Lá no campo, quem anima a festa é a Arararinha!

A Torcida União Alviverde espalhou tirantes (esses panos verdes e brancos indo até lá embaixo) que deu um visual bem legal!

A Torcida visitante também se fez presente e merece respeito, principalmente porque com o acesso, o Catanduva FC está tentando se tornar o novo time da cidade.

O Estádio Dr Hermínio Ometto tem capacidade para mais de 16 mil torcedores e o público no sábado foi de quase 8 mil pessoas!

Em campo, após o 0x0 na primeira partida, ambos os times partiram pra cima, afinal, quem ganhasse o jogo, se tornaria campeão.

Às torcidas, cabia apoiar!

O primeiro tempo chegava ao fim, mantendo o placar do início, quando Toninho recebeu uma bola, e observando que o goleiro Mandela estava adiantado, mandou um petardo de fora da área fazendo 1×0 para a festa da torcida local!

Intervalo de jogo, tempo pra botar a conversa em dia!

Também deu pra dar um rolê e registrar um pouco da galera que compareceu!

Foi distribuída uma bandeirinha que poderia ter dado um charme maior na arquibancada, mas o pessoal preferiu usar como “abanador”. De qualquer forma, trouxe logo 3 de recordação do dia!

O segundo tempo viu o sol se por e até uma ameaça de chuva, que não caiu, mas ajudou a amainar o calor que esquentou a cabeça do pessoal…

E o jogo voltou com o Catanduva vindo pra cima em busca do empate!

Além disso, o juiz começou a não agradar o público local…

Também achei engraçado a turma que assistiu o jogo lá no morro atrás da arquibancada!

E a Torcida União Alviverde seguia com a festa:

Pra quem acha que as organizadas tem que acabar… Sem a presença dos caras, o jogo não teria menor graça…

E tamanho apoio deu certo: penalty para o União São João cobrado por Valdívia (o craque da Bezinha) e o 2×0 praticamente sacramentou o resultado e o título!

Daí pra frente foi só curtir a festa com a certeza de que o time da casa estava a minutos de se tornar campeão da Segunda Divisão do Campeonato Paulista!

Que bacana poder fazer parte de uma tarde como esta!

Logo após o apito final, o que se viu foi um encontro entre o time e sua torcida, para a alegria de toda uma cidade, que há anos parecia ter abandonado o amor pelo futebol…

Foi emocionante ver o Catanduva FC receber o troféu e ser aplaudido por todo o estádio. Na imagem abaixo, você percebe que eles mesmos estão batendo palmas a torcida do União em um dos momentos de respeito e admiração!

A torcida visitante também reconheceu o esforço do time e celebrou o vice campeonato.

Os próprios jogadores do Catanduva FC fizeram questão de ir celebrar com a torcida.

E aí chegou a grande hora… o troféu vem para as mãos do União São João

Uma verdadeira explosão de alegria para a torcida!

Muitos sequer eram nascidos quando em 1996, o time levantou seu último caneco: o título da série B.

A nova geração soube aproveitar a oportunidade e interagir com os novos ídolos!

E eu e a Sophia Helena também fomos lá pra fazer uma foto com o craque Miguel!

Também fizemos a tradicional foto em frente ao distintivo, com a esperança de dias cada vez mais animados para o futebol em Araras.

Saímos cheio de felicidade, mas lembrando que o caso da dentista Bruna clama por justiça… (foto de Carol Custanari do site Notícia 360º):

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203- Camisa do Marília AC

A 203ª camisa de futebol do site veio do interior paulista e foi adquirida no dia da final da Copa Paulista contra o XV de Piracicaba (confira aqui como foi!).

Naquela tarde, o sol radiante brilhava sobre o Estádio Bento de Abreu Sampaio Vidal, o “Abreuzão”.
As arquibancadas foram ficando repletas de torcedores ansiosos, vestidos com as cores azul e branca do Marília Atlético Clube, aguardando o início da decisão e em companhia aos amigos da família Pavão, entrei na festa também! O Bene jogou no time do MAC e era (e ainda é) um craque!

O time foi fundado em 12 de abril de 1942, ainda como Esporte Clube Comercial.

Em 1943, o Comercial foi campeão da 25ª região do Campeonato Amador do Interior, mas perdeu no mata mata para o Noroeste, que seria campeão.

Em 1944, disputando um grupo com muito mais times, e a AA São Bento de Marília sagrou-se campeão da região.

Em 11 de julho de 1947, disputou seu último campeonato com o nome “EC Comercial” e perde o título do Setor para o EC Municipal, de Vera Cruz.

O time passa a se chamar Marília Atlético Clube e trilhou um longo caminho, com bons e maus momentos, escrevendo uma história incrível, que faz dele o xodó da cidade, até hoje!

Em 1953, o MAC decide se tornar profissional, porque o outro time da cidade, a Associação Atlética São Bento, fundada em 1926, acabou se licenciando.

O MAC até que fez uma boa estreia na Segunda Divisão, sendo vice campeão da série verde, na primeira fase e terminando em 5º lugar da classificação geral.
Em 1955 liderou o seu setor e terminou em 3º lugar da classificação final.

Mas o futebol profissional não é fácil, e em 1957, após um mal campeonato, o Marília, se licenciou e voltou ao amadorismo.
Este é o time de 1962:

Em 1965, o MAC volta ao profissionalismo, disputando a Terceira Divisão Profissional, que equivalia ao quarto nível do futebol paulista, mas termina a primeira fase em 2º e não avança para as finais.
O time passa por outro afastamento do profissionalismo e só retorna em 1970, na Primeira Divisão Profissional, o segundo nível do Campeonato.
Em 1971, o MAC sagra-se campeão da Primeira Divisão Profissional, terminando em 2º lugar na primeira fase (a série Arthur Friedenreich), também em 2º na segunda fase, mas termina a fase final como campeão, conquistando o acesso à elite do futebol paulista.

Em 1974, o MAC teve como presidente Pedro Pavão (cuja família é até hoje apaixonada por futebol e com quem eu fui assistir ao jogo citado lá em cima).
Logo no primeiro ano, conquistou o Troféu José Ermírio de Moraes Filho, praticamente equivalente à atual Copa Paulista. Foto do Jornal da Manhã de Marília.

Ganhou também o “Paulistinha 74“, uma competição que classificava seis times para a disputa do Paulista.
O Marília então vai disputar o Paulistão de 1975, com o time abaixo: (fonte: Site “História do Marília Atlético Clube”).

Olha o Bene agachado no time de 75 ainda!!

Aqui, o time de 1978 e olha a galera que acompanhava o time!

Em 1979, o MAC escreveu mais uma linda página em sua história, conquistando a Copa São Paulo de Futebol Júnior, vencendo o Fluminense por 2×1 na final. Fotos do site História do Marília AC.

O Marília permaneceu na elite do Futebol Paulista com campanhas no máximo medianas, até que em 1985 acabou rebaixado para a Segunda Divisão.
Nos anos seguintes, o time bateu na trave por várias vezes, até 1990, quando termina na 4ª colocação e retorna à elite. Foto do site Zé Duarte Futebol Antigo.

Mas os anos 90 seriam um tormento para a torcida do MAC, e em 1993, novo rebaixamento para A2, e em 1994, uma queda ainda pior, agora para a série A3.
Em 1996, o impensável acontece: o Marília foi rebaixado para a Série B1-A (quarto nível do Futebol Paulista).
Em 1999, retorna à Série A-3 com o vice-campeonato da Série B1-A.
Chegamos a 2001, e o MAC termina em 5º lugar, mas o acesso que antes era somente para dois clubes, com a criação da Liga Rio-São Paulo, recebeu mais 3 vagas, garantindo o time na série A2.
Em 2002, mais uma campanha histórica com o título da Série A2, tendo como técnico, Luiz Carlos Ferreira, o rei do acesso, que chegou para o último jogo da final. Mesmo tendo perdido o primeiro jogo por 2×0, venceu o segundo por 3×0 sagrando-se campeão!! Foto do site História do Marília Atlético Clube.

Em 2002, conquista o acesso à Série B do Campeonato Brasileiro, com o vice-campeonato da Série C.
Em 2003, chega ao quadrangular final da série B.
Em 2004, o time fez uma boa participação no Campeonato Paulista, terminando na 10ª posição.
Aqui, o time de 2007 (Foto do site Ze Duarte Futebol Antigo):

Em 2008, acaba rebaixado na série B do Brasileiro e no ano seguinte, no Paulistão de 2009, foi rebaixado para a Série A2.

2011, mais um rebaixamento, desta vez da Série A2 do Paulistão para a Série A3. Na Série C de 2011 o time foi rebaixado para a Série D.

Em 2012 o MAC deu adeus às competições nacionais, ao empatar com o Cianorte e ser desclassificado da briga ao acesso à Série C.

A vida de torcedor do MAC não é fácil, mas a Série A3 de 2013 veio o tão sonhado acesso, após 2 anos na terceira divisão Paulista.

E a fase parecia boa, já que em 2014 retorna à Série A1! Foto do site MAC Multimídia.

Mas a série A1 havia se tornado uma competição extremamente difícil e o MAC não conseguiu permanecer por lá um ano sequer, até porque naquele ano tivemos o descenso de 4 equipe.
E como tudo nessa vida é um fluxo, assim como a ascensão ocorreu de maneira rápida, a queda também se deu assim e em 2016, o time volta para a série A3.
Em 2018, o time volta à série B do Campeonato Paulista.
Em 2019, volta para a série A3, com o vice campeonato (Paulista campeão).
Desde então tem lutado para voltar à série A2, sendo que em 2022 e 2023 acabou desclassificado no quadrangular final.

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O Estádio Cel Vicente José Netto e o futebol em Brotas

Em agosto de 2023 passamos por Brotas para rever as pacatas ruas da cidade que marcaram minha adolescência e registrar o Estádio Cel Vicente José Netto.

Infelizmente, foi um rolê de “passagem” e só me permitiu visualizar a área urbana da cidade…

A região em que Brotas se localiza era terra virgem, recoberta por florestas da Mata Atlântica até meados do século XVIII e os povos indígenas ainda ocupavam o território, sem grandes contatos com os invasores brancos.
Eram Guaranis, Caiuás, Xavantes e Caingangues, imagine o cenário daqueles tempos…

Por muito tempo foi assim, até que chegaram os novos povos: brancos europeus e seus descendentes.
Os povos originários permaneceram na região até serem expulsos, mortos (assassinados e por doenças), ou acabassem fugindo, ou ainda sendo assimilados pelas novas populações, que se apossaram de suas terras.

Em 1841, Brotas tornou-se distrito de Araraquara, em 1853 transferido para Rio Claro e tornou-se município em 22 de agosto de 1859, ainda que o aniversário da cidade é comemorado em 3 de maio, por uma antiga comemoração católica, a de Santa Cruz
O café chegou à cidade na década de 20, trazendo mão de obra de todos os cantos do mundo, principalmente, os italianos.

Aos poucos, Brotas passou a diversificar sua produção, com foco na economia rural principalmente com a cana-de-açúcar, e também se tornou um polo de atração de eco turismo por seus recursos naturais tendo como outro ponto de atração a culinária caipira. Aqui, a Paróquia Nossa Senhora das Dores, criada em 1843:

O futebol na cidade começa a se movimentar em 8 de junho de 1927, com o Brotas Football Club. Esse era o time de 1930:


Na sequência, surge na cidade a Associação Atlética Brotense.
Da fusão entre os dois times surge o Clube Atlético Brotense, em 22 de abril de 1931.

O time começa disputando as competições amadoras.
Em 1944 fez sua estreia no Campeonato Paulista do Interior na 15ª região. Jogou também em 1945 e 47. Aqui, o time de 1950:

Em 1952 e 58, encontrei registros de que o time jogou o Campeonato do Interior.

Não sei de que ano é a imagem abaixo (da fanpage do clube), mas é uma foto loca!!!

Aqui, o time de 1974, campeão do setor do Campeonato do Interior:

Olha a faixa de campeão:

Aqui, o troféu que marca um grande momento do time: o título de 1984 do Campeonato Amador do Estado:

E esse, o time bicampeão Paulista amador de 2004

Nosso objetivo em Brotas era registrar o Estádio Cel Vicente José Netto, a sede do CA Brotense.

Não encontrei na Internet nenhuma informação sobre o Estádio tendo como nome o Cel Vicente José Netto, mas ele está lá, na placa chumbada à parede…

Vamos entrar?

Adoro quando o distintivo do time está nas paredes do Estádio.

Foi muito prazeroso poder encontrar a molecada que atualmente representa as cores do time, nas categorias de base.

Com muita satisfação, pudemos realizar o registro do campo. Aqui, o meio campo:

O lado esquerdo do gol:

Aqui, o lado direito:

Em vídeo dá pra ter uma ideia ainda melhor do estádio:

E essa arquibancada coberta, tão charmosa e carregada de histórias e lembranças?

Do outro lado, uma arquibancada externa, com poucos degraus, mas que permitem uma presença maior da torcida…

Este é o placar da empresa:

Além de ver o campo, pude registrar um pouco da estrutura interna, e ainda conhecer a presidente do clube.

A sede administrativa tem ainda uma série de fotos e pôsteres:

E ela ainda mantém uma série de camisas históricas dos times do passado:

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CA Taquaritinga x Rio Branco EC (Segunda Divisão 2023)

Sábado, 2 de setembro de 2023.
Data pra ficar na memória da torcida e da cidade de Taquaritinga.
O jogo ainda não valeu o acesso, mas foi o último passo para o momento decisivo, e teve como palco o Estádio Municipal Dr Adail Nunes da Silva, o Taquarão:

As duas organizadas mostraram que a rivalidade só existe dentro do jogo, fora dele, respeito total. Rivais sempre, inimigos nunca!

Ingresso em mãos (R$ 30 a inteira e R$ 15 a meia), vamos conhecer finalmente a parte interna do Taquarão!

Se liga aí como estava o clima para entrar no estádio:

Estivemos por lá em 2015, pra lembrar esse rolê, clique aqui!

Só pra lembrar, de forma resumida, a história do Estádio: em 1982, o CAT conseguiu o acesso à “Primeira Divisão” do Campeonato Paulista do ano seguinte, entretanto o estádio não possuía as condições exigidas pela Federação Paulista para abrigar jogos deste campeonato.
Com medo de uma possível exclusão, a população se mobilizou, e em uma incrível prova de amor à cidade, ao clube e ao futebol, construiu em sistema de mutirão, um estádio para 35 mil pessoas em tempo recorde: três meses.
O resultado você vai ver neste post!

Fazia tempo que eu não via uma movimentação tão legal para um jogo da “Bezinha”…

É sempre um grande orgulho fazer parte de histórias como essa!

E lá vem os times!

Em campo, os dois tradicionais times do interior mediram forças após empate no primeiro jogo, ou seja, quem vencesse levava a vaga!

A torcida do Rio Branco EC também fez a sua parte e compareceu ao Estádio para deixar a festa ainda mais importante!

Eu considero a Malucos do Tigre uma das torcidas mais criativas e diferentes com faixas relacionando a paixão pelo time com outros amores como o rock, Raul Seixas, o Reggae entre outros temas!

Fico contente por já ter partilhado momentos importantes ao lado deles, em especial com o amigo, Rogérião, que já nos deixou, mas que estará sempre vivo na nossa memória… Taí o seu legado, meu irmão:

Mas, do lado local, também temos uma torcida que merece todo o respeito! A Jovem Garra do Tigre é atualmente a organizada responsável pela festa na bancada!

E no jogo de hoje, em especial, não seria diferente!

É bandeirão que você quer para a festa ficar mais colorida? Ta aí!

Mas, no caso de Taquaritinga, ainda existe um público bem representativo que são os torcedores comuns, autônomos, ou como chamamos na bancada “o povão”.

Mesmo povão que ajudou a levantar cada tijolo desse estádio que hoje recebe uma partida decisiva, mas que chegou a ficar sem futebol por alguns anos com o licenciamento do CAT.

O CAT chega ao ataque com alguns erros de pontaria…

E é bom que melhorem, porque hoje o povão está aí e quer que o CAT siga na luta pelo acesso!

O CAT tem como mascote o leão, devido à sua bravura, mas o leão que comparece nos jogos tem uma cara de gente boa…

É que ele tem outra importante missão: formar os futuros leõezinhos…

Confesso que a energia da arquibancada estava tão bacana que eu demorei uns 20 minutos pra me ater no jogo em si… Preferi ficar admirando o cenário tricolor que tomou conta do Estádio, a começar pelas bandeiras!

Me pergunto quando as autoridades responsáveis pelo futebol vão entender que essa festa só acontece por completo quando temos as bandeiras de mastro…

Mas outros detalhes dão um caráter todo único para os jogos do CAT. Os quase 40 graus precisaram de armas poderosas para se proteger do sol!

Po, e olha que lindo o boné que estava sendo vendido lá mesmo no Estádio.

O jogo em si não foi dos melhores. Ainda que muito disputado, ambos os ataques não conseguiam chegar a oferecer perigo real aos goleiros.

Como a festa na bancada estava muito mais linda, deixei os jogadores e o jogo em si para serem registrados por outros veículos e voltei meus olhos ao que cada um estava fazendo ali na bancada pra demonstrar o amor pelo time da cidade…

Então voltemos às lindas imagens da torcida!

Olha que momento incrível: a cena começa com as primeiras palavras pronunciadas pela torcedora mirim, passando pelo futebol da molecada ali ao lado do alambrado até chegar no jogo em si. Quando foi que o Allianz, Morumbi ou Maracanã vivenciaram uma cena dessas?

Enquanto isso, tudo o que a Jovem Garra pedia era… “Honrem essa camisa”… Será que esses jogadores tem ideia do valor do distintivo que eles carregavam no peito nessa tarde?

Já ia me esquecendo de fazer o nosso tradicional registro do campo, começando pela região central:

Aqui, o lado esquerdo, lá atrás daquele gol é onde estava se posicionando a torcida visitante:

E aqui, o lado direito, onde está o portão de entrada:

A torcida viu com certa preocupação o primeiro tempo se encerrar como começou: 0x0.

Do lado dos visitantes, o fim do primeiro tempo foi um alívio já que não havia uma única sombra e o sol estava escaldante!

E há que valorizar uma partida que tem como adversário um time capaz de trazer uma torcida que também se esgoelou os 90 minutos e fez uma linda festa com seus bandeirões.

Eu também dei uma arriada embaixo do calorão…

Mas deixemos pra descansar na estrada no caminho de volta…. Vamos registrar as faixas das torcidas e pra isso, fui até a entrada novamente:

O bar lotado garantiu importante renda extra… Po, e olha aí a camisa da outra organizada a Fúria do Leão!

O tempo corre demais… Começa o segundo tempo e a torcida local volta com a corda toda! Leão eô!

Raça, amor e tradição. Não uma tradição dessas que se preocupa em perpetuar os erros do passado, mas uma tradição em se valorizar o que é seu como cultura, que foi construído por essas pessoas, assim como esse estádio…

Talvez estivessem ali sentadas pessoas que participaram do mutirão em 1982 e que há algum tempo não se lembrava de como foi importante o seu trabalho para a perpetuação desse amor pelo time que leva adiante o nome da cidade, de pouco mais de 50 mil pessoas…

Ou talvez ali estejam seus filhos, seus netos, que contam com orgulho a façanha dos antepassados na loucura que deve ter sido construir um estádio que comporta 25% da população da cidade…

São momentos assim que me fazem valorizar o futebol não apenas como esporte e cultura mas como um verdadeiro manifesto, ou documento histórico.

E fico muito feliz em poder estar no meio dessa festa e fazer essas fotos e vídeos sem grandes técnicas, mas que eu espero poder alcançar hoje, e quem sabe no futuro, parte das pessoas que participaram disso tudo.

Opa, olha a falta perigosa pro CAT.

E também teve falta perigosa pro Rio Branco!

Pô, juizão, o professor (e o auxiliar) não tão te entendendo kkkkk.

As torcidas seguiam no apoio… Uma de cada lado!

Ao fundo a não menos heroica torcida Riobranquense se esforça para tentar apoiar o time em busca de um gol que traria a classificação para a decisão do acesso…

Olha aí o placar final…

E o jogo, que no fundo acabou sendo apenas um pano de fundo para tanto amor e tanta festa chega ao final… Vamos aos penaltys e infelizmente uma das torcidas sairá do Taquarão com a alma ferida…

Todos preparados? Acho que é melhor acompanhar a cobrança lá de perto… Assim eu posso passar pela arquibancada e mais uma vez registrar esse dia incrível!

A bancada principal está lotada …

Fiquei me perguntando o quanto seria difícil pra essas pessoas que praticamente se conhecem e convivem diariamente se olharem no dia seguinte, caso o Leão fosse eliminado…

Assim como pensei nos amigos da Malucos do Tigre e no sofrimento que já se perdura por tantos anos nessa 4ª divisão…

Momento único: o “narrador” do estádio pede uma homenagem aos torcedores que não tiveram como entrar e decidiram assistir ao jogo em cima das árvores do entorno:

Nas bancadas, nem todos sabiam que a decisão iria pra penalty, mas logo a informação circulou e todo mundo estava de novo focado no campo!

Jogadores prontos para a decisão por penaltys…

Torcida também!

Os penaltys são um momento difícil para ambas as torcidas. Mas, o CAT garantiu suas 3 primeiras cobranças e viu o Rio Branco perder 2 dos 3 penaltys, o que levou o time local à 4ª batida podendo encerrar a disputa. E foi o que aconteceu:

A partir daí o que se viu foi uma explosão coletiva de felicidade.

O presidente da Garra Junior expressou a importância dessa vitória:

E aí? Você quer que eu tente traduzir o que se passava na cabeça e nos corações de quem estava ali vivendo essa catarse?

Me arrepiei todo e quase chorei ao cruzar com um homem com os olhos mareados de emoção…

Importante reforçar a proximidade que o elenco tem (ou aparentou ter) com os torcedores, afinal, eles merecem. Os jogadores chegam e saem. Nós, torcedores, estaremos sempre na bancada! Respeita a gente!

Vale chorar, se abraçar e até mandar o recado pra quem está longe: “Estamos classificados!!!”

Aos amigos de Americana, compartilho da sua tristeza, o Rio Branco não merece estar onde está e assim como um dia acompanhei o título da A3 e a volta para a A2, não tenho dúvidas que um dia estaremos juntos celebrando o acesso do Tigre!

Ao povo heróico que um dia construiu um estádio em nome do próprio time, vocês tem a minha total admiração, meu mais profundo respeito. Que esse amor não termine nunca!

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