O futebol em Lima (Perú)
Nosso destino para este rolê incrível foi o Perú.

Como temos fotos pra caramba, neste post vou me limitar a falar sobre a cidade de Lima e a relação com o futebol dos “limeños”.

Lima é uma cidade grande e por isso possui um cenário cheio de contrastes sociais, culturais e até geográficos. Ficamos num bairro bastante plano e próximo do litoral, chamado “Miraflores”. Ideal pra quem gosta de caminhar.
E foi caminhando pelo bairro que percebi que tivemos a sorte de pegar justo a época em que acontecia a feira de livros de Lima, assim pude comprar várias coisas a preços promocionais!
Comprei alguns quadrinhos falando sobre a ditadura militar no Perú e os conflitos entre o Sendero Luminoso e o governo, além de algumas coisas sobre futebol (Los intimos de la victória) e uma versão das origens de Peter Pan.
Embora seja uma cidade litorânea, eles praticamente não tem praia, ao menos não como nós brasileiros estamos acostumados. Primeiro porque a praia fica sempre na encosta do morro por onde está a cidade, segundo porque faz pouco calor por lá e terceiro porque não tem aquela amigável faixa de areia pra abrigar os guarda sois e os “farofeiros”.
Mas se não tem praia, tem ótima comida! Lima é considerada uma capital gastronômica. São várias opções e é tranquilo para os vegetarianos, como a gente! Independente do que se coma, vale a pena experimentar a Inka Cola, como acompanhamento, refrigerante local que bate a Coca Cola nas vendas.
Uma característica loca, facilmente percebida são os veículos antigos pelas ruas.
Embora o Perú esteja em pleno desenvolvimento, passando por uma fase que iniciamos no Brasil na década passada, os carros que circulam pela capital são bem “usados”, o que me agrada bastante, afinal, pra mim, carro é pra se usar.
E não são só os carros pequenos, tem ônibus e vans que parecem saídos de um Museu.
Mas o Perú chama a atenção pelo turismo ligado à história e na própria capital, você consegue encontrar ruínas interessantes de serem visitadas, como Pachacamac.
Ah, e não tem como deixar de conhecer o centro histórico da cidade, onde se pode ver muito da arquitetura antiga, ainda preservada!
Há muita relação entre a religião e a história do país, no centro de Lima, um bom exemplo é a Basílica e Convento de São Francisco.
Além da arquitetura e da religiosidade, é possível visitar, no subsolo da igreja as catacumbas da cidade, onde ainda estão guardadas as ossadas de mais de 10 mil pessoas. Apavorante, claustrofóbico e…. Nada de fotos. Não é permitido.
Para os que gostam de cerveja, as principais marcas locais são a Cristal e a Cusquena.
Aproveitamos para conhecer rapidamente um pouco sobre a cena punk local.
Infelizmente tínhamos pouco tempo, mas deu pra pegar alguns cds.
Destaque para a banda “Leuzemia“, da década de 80 que segue até os dias de hoje como importante ícone do underground local.
Mas, na nossa opinião, o melhor jeito de conhecer uma cidade em poucos dias é caminhando por ela. E foi o que fizemos.
Andar pela cidade faz a gente conhecer as pequenas coisas e conhecer o dia a dia das pessoas, o que inclui uma pipoquinha na rua!
Pequenas coisas diferentes do nosso país sempre me chamam a atenção, como por exemplo, os hidrantes!
Mas… Esse blog é sobre futebol. E vamos falar do futebol local.
O povo latino é um povo apaixonado e os peruanos não poderiam ser diferentes. Assim, os torcedores das equipes locais são bastante fanáticos pelos seus times. Prova disso é que na noite da nossa chegada houve uma festa em comemoração aos 25 anos da Barra Brava do Alianza Lima que reuniu mais de 10 mil pessoas. Esse foi o convite:
Consegui ainda trazer um copo, comemorativo da festa.
Falando sobre o Alianza Lima, fomos até o Estádio deles, conhecer um pouco o lugar.
O Estádio chama-se “Alejandro Villanueva“, mas é também conhecido como Matute, nome do bairro onde está instalado. O bairro já foi mais perigoso, hoje é mais tranquilo.
De fora, não dá pra perceber a grandeza do projeto, aliás, o endereço é no meio do bairro, não fica isolado como alguns estádios.
Ainda que não tivesse nenhum jogo, conseguimos adentrar para conhecer a casa do Alianza!
Vem com a gente!
Mais uma vez, meu pai esteve junto, conhecendo mais um templo do futebol!
A história do Estádio começou em 1951, ano do cinquentenário do clube, com a doação do terreno, mas devido a problemas financeiros, demorou a se concretizar este sonho.

O Estádio é grande. Arquibancadas por todos os lados!

Embora fique pequena, fiz uma foto panorâmica para ter uma ideia do projeto como um todo:

Mesmo pra quem não gosta de futebol, imagino que valha a pena a visita ao estádio. É sem dúvida um ponto turístico da cidade.
Ainda que o terreno fosse doado na década de 50, somente em 1966, se iniciou a construção do campo, mas mesmo assim sofreu paralizações e só no início dos anos 70 ele foi realmente entregue, com o nome Estádio Alianza Lima.
Só décadas depois tornaria-se o “Estádio Alejandro Villanueva“. A partida inaugural ocorreu em 1974, entre Alianza e Nacional (Uruguai), um empate de 2×2. Atualmente recebe partidas nacionais e internacionais.
Mais um estádio visitado, é hora de correr para o próximo, desta vez, o Estádio Nacional.

Adesivos do time enfeitavam boa parte dos carros das redondezas…

Uma última olhada e hora de dar tchau à casa do Alianza…
Em menos de 10 minutos estávamos em frente ao Estádio Nacional José Diaz.
Esse foi o taxista que nos levou. O cara foi muito gente fina e a viagem saiu bem barata (mais ou menos uns R$ 20, sendo que rodamos por mais de uma hora pela cidade).
Confesso que esse tipo de estádio todo imponente não me agrada mais. É lá onde a seleção peruana manda a maior parte dos seus jogos. Para piorar, no dia ia rolar um evento religioso e não pudemos entrar em campo.
O estádio passou por uma reforma recentemente e desde então ganhou esse ar de moderninho…
Os poucos dias passaram rápido e logo me vi do aeroporto novamente…
Hora de irmos para Cuzco.
E olha a surpresa boleira aí! Em pleno aeroporto cruzamos com o time do Universitário que estava a caminho de Cuzco para jogar o clássico com o Cienciano!
Os caras não estavam pra muito papo, devido aos problemas financeiros pelos quais o clube está passando. Resumindo a história, não recebiam há meses e ameaçaram até fazer greve pelo campeonato nacional.
De qualquer forma, é legal estar próximo assim de um grande time, principalmente porque não houve tempo para conhecermos o estádio deles.
Ah, já ia me esquecendo. Comprei umas piratinhas pelo centro (R$ 15 cada hehehe, vale ou não a pena?).
Em breve escrevo sobre as camisas do León de Huánuco e do Sporting Cristal.

Aproveitei bastante a cidade.
Recomendo Lima pra quem gosta de um turismo mais urbano, boleiro e cultural.
Pra quem curte mais natureza e história, Cuzco, nosso destino seguinte é a pedida ideal…
Se liga nas cordilheiras:
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Correndo sem parar…
Para aqueles que acompanham o blog há algum tempo, não é novidade que eu incentivo e tento praticar esportes, e nessa época do ano, já com pouco futebol para se assistir, é tempo da nossa participação na tradicional prova da COOP, o “Mexa-se”. São 10 km de corrida pelo coração da nossa cidade, e mais uma vez, eu e a Mari estivemos ali. O ano passado a gente até se preparou (veja aqui como foi), mas confesso que para este ano, estávamos há mais de um mês sem qualquer atividade física. Só nos restava “olhos de tigre”…
Um detalhe importante é que a prova tem a largada às 8hs da manhã do domingo, ou seja, no sábado a noite, a pizzada organizada pelo amigo Mário Jara foi um obstáculo a mais para a corrida!
Mas, desculpas de lado, ali estava ela; a largada. Uma prova que reúne tanta gente (mais de 20 mil pessoas estiveram presentes) faz com que você demore até pra alcançar a largada…
O tempo que até então estava fechado, começou a abrir, o que pra mim, significava um cansaço ainda maior… Mas, vamos lá!Depois da largada embolada, com aquele monte de gente, a prova fica mais gostosa (principalmente se você fica pra traz, como eu hehehe), dá pra apreciar uma vista que normalmente só se faz por traz da janela do carro.
E quando eu menos esperava. lá veio a marca do primeiro quilômetro!E logo, os primeiros colocados foram aparecendo no sentido contrário, mesmo faltando um bom percurso até fazer a volta na Av. D. Pedro II. Eu estava mesmo devagar…
Mas minha meta era chegar até onde aguentasse e quem sabe, até terminar a prova… Quando eu já estava quase estourando de calor, chegou a primeira “base”, onde distribuiam água. Embora o sol começasse a baixar, os quase 2km percorridos até ali já tinham judiado de mim… Pouco antes do terceiro quilômetro avistei a Mari “voando” já no sentido contrário. Pra quem conhece Santo André, essa parte inicial da prova é saindo do paço municipal e pegando a Av. D. Pedro II sentido São Caetano, ou seja, uma bela subida…Já estava no quarto quilômetro quando achei que a prova tinha acabado pra mim ao ouvir aquele som…
Alcançar a metade da prova foi emblemático para mim. Primeiro, porque confesso que fui correr com o objetivo de fazer 5km e parar, segundo porque a partir daí era uma questão quase matemática de apenas repetir o que já havia sido feito e terceiro porque as subidas eram menores na última parte. Sendo assim… segui em frente!
Logo após chegar ao Paço Municipal, um pouco apó o quilômetro 6, começou o maior dos problemas de quem corre muito devagar: acabei encontrando o pessoal que iria fazer a caminhada dos 5km, o que me obrigava a correr em zigue-zague para desviar dos “caminhantes”. Ao menos passei a não me sentir tão lento! Mas dá a impressão que até minha fala tava mais enrolada… A chegada ao quilômetro 7 me deu nova injeção de ânimo, pois consegui encontrar a Mari, já percorrendo o último quilômetro. Pensei: “Ao menos um de nóa vai terminar a prova”. Minha respiração não estava tão incomodada. Minhas pernas pesavam, mas não mais do que nos quilômetros anteriores. O maior dos meus problemas estava no superaquecimento da minha cabeça. Não sei se mais alguém sente isso quando corre, ou faz alguma atividade esportiva mais intensa, mas é o que mais me incomoda quando estou correndo. Pra minha sorte, no quilômetro 8 consegui pegar 2 copos de água, quase totalmente gastos para refrescar a “cachola”.Confesso que do quilômetro 8 até o 9, corri quase como um zumbi, sem pensar em nada, tanto que nem reparei a marcação do quilômetro 9. Quando me dei conta, estava já na parte final da prova. Agora não tinha jeito. Eu tinha que acabar. Estava completamente molhado, graças à mistura de suor e água que usei para me refrescar, já começava a me sentir meio tonto e as assaduras começavam a brotar em minhas pernas… Mas eu tinha que conseguir. Fechei os olhos, me imaginei jogando pelo Santo André e dando um último e necessário pique para ajudar na marcação…
E assim, consegui completar mais uma prova de 10km! Vamos ver se eu volto a me preparar pra fazer um tempo melhor.

Abraços
123- Camisa da Sociedade Esportiva Brazlândia – DF

A 123a camisa da coleção vem de uma cidade satélite do Distrito Federal, com pouco mais de 50 mil habitantes chamada Brazlândia.
O time dono da camisa é a Sociedade Esportiva Brazlândia, que graças às cores do seu uniforme (azul, verde e branco) e à localização da cidade, é também conhecido como o “Tricolor da Chapadinha“.
Aliás, que camisa, hein?
O desenho é uma homenagem à calçada do lago Veredinha, um ponto turístico da cidade desenvolvida pelo artista plástico Francisco Galeno.
Deu até uma treta quando destruíram a tal calçada (veja aqui matéria do Correio Braziliense que conta como foi ):

O time foi fundado em 1995 e começou a disputar o Campeonato “Candango” em 1996, conseguindo chegar à segunda fase do torneio, surpreendendo pelo bom resultado, no primeiro ano. Mas não é fácil manter um time, e em 1997, o Tricolor da Chapadinha foi rebaixado para a segundona, reconquistando o acesso no ano seguinte, com o vice campeonato de segunda divisão. Embora um time sem grandes recursos financeiros, o Brazlândia se segurou na primeira divisão nos anos seguintes.
Em 2001, conseguiu chegar às semifinais, após liderar a primeira fase do campeonato. Acabou eliminado pelo Gama.
Em 2002 e 2003, chegou em 6° lugar, mas 2004 foi cruel para a torcida e o time foi novamente rebaixado. Somente em 2007, conseguiu voltar à primeira divisão estadual, vencendo na final, o badalado time do “Legião“, no Estádio Mané Garrincha, sagrando-se assim campeão da segundona, com o time abaixo (foto do pessoal do Jogos Perdidos, que acompanhou uma partida do time lá, no ano da conquista):
Conseguiu se manter na elite, em 2008, conquistando mais uma vitória sobre o Legião, como mostra o vídeo que encontrei no Youtube:
Em 2009, outra fraca campanha culminou com novo rebaixamento à segunda divisão candanga. Existe uma matéria legal sobre um jogo deste ano no blog “Campo de Terra”, confira em: http://www.campodeterra.blogspot.com/2009/02/brazlandia-vence-primeira.html.
A crise se aplacou de vez e a equipe nem chegou a disputar a segundona de 2010, por falta de recursos.
Somente em 2011, o time voltou a disputar a segundona e com uma excelente campanha, sagrou-se novamente campeão da Segundona e voltou à elite do futebol candango em 2012, mostrando que o coração ainda pode falar mais alto que o dinheiro!
O clube manda seus jogos no Estádio da Chapadinha, um alçapão com capacidade para 3.000 pessoas. Achei poucas fotos pela internet, dá uma olhada:
O mascote do time é uma Garça:
Ah, e não podia faltar uma organizada, a do Brazlândia é a Brazloucura, a comunidade deles no orkut: http://www.orkut.com/Community?cmm=44352189&hl=pt-BR.
Em 2018, um grupo de empresários comprou a Sociedade Esportiva Brazlândia e transformou em Grêmio Esportivo Brazlândia.

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O futebol da Associação Atlética Ferroviária de Botucatu

Estrada.
Sem dúvidas, minha vida é marcada pela estrada. Ir, voltar… A estrada materializa toda a minha vontade de permanecer em movimento.
Essas fotos são de julho de 2011, quando fomos até Assis, acompanhar o jogo do Assisense. Nosso destino? Siga em frente…
Botucatu era nossa meta antes de chegarmos em Assis. O grande objetivo era visitar o Estádio onde a lendária Ferroviária de Botucatu mandava seus jogos.

E lá estávamos nós, eu, a Mari e meu pai, que ultimamente tem estado em quase todas as visitas a Estádios…
O Estádio, localizado dentro do ainda ativo clube da Ferroviária, chama-se Dr. Acrísio Paes Cruz.
Ele foi inaugurado em 1945, época em que o futebol do interior paulista era fortíssimo e recheado de lendas, mitos e fábulas.

Época em que o futebol de Botucatu era uma potência local, como nos mostram as diversas fotos muito bem distribuídas pelo clube, colaborando com a manutenção da história local.
Encontrei algumas fotos de times antigos no site Acontece Botucatu:




Estar presente num local desses desperta dois sentimentos interessantes.
Primeiro, a satisfação de poder ao menos pisar em um lugar histórico para quem gosta de futebol.
Mas logo em seguida vem uma “saudade de algo que não vivi” que me dá vontade de voltar no tempo só pra ver como era um jogo por aqui…
Pra quem quer saber como é o estádio, como um todo, fiz um breve vídeo dele, confira:
Detalhe para as arquibancadas, de madeira, com mais de 50 anos de idade… É de se emocionar ou não? Incrível como o futebol ensina arquitetura, história…
E as arquibancadas parecem ter parado no tempo, como que aguardando o retorno dos tempos de glórias…

O clube parece ter se preocupado com o resgate da história e usa a imagem dos seus heróis para embelezar ainda mais o lugar!
Outro cuidado que pode se perceber é com o gramado. Ao menos na época da visita, estava muito bom!
E aí não tem jeito. Ao ver um clube assim com tanta história tão bem cuidado, vem na cabeça a manchete sonhada: “Ferroviária de Botucatu celebra seus 70 anos e disputará a série B do Campeonato Paulista“.
Ok! Algumas coisas do estádio, embora pitorescas e valiosas exatamente por isso, talvez precisem ser reformadas para um retorno ao profissionalismo…
Mas é olhar de novo pro campo e ver que a energia do futebol ainda paira sobre ele. Décadas de disputas, rivalidades, amor e ódio compartilhado nas arquibancadas de madeira que merecem ser reacesas!
Um distintivo, que embora homenageie o poderoso São Paulo, da capital, tem seu valor próprio!
Um céu azul, característico do interior de São Paulo que pede de volta os rojões e fogos de artifício avisando que a Ferroviária está de volta aos céus…
Bom… São apenas sonhos de uma pessoa que não acredita nesse progresso que invade todas as cidades do Brasil. Sonhos de alguém que fica feliz em ter mais uma foto em frente de um estádio, como se isso ajudasse a manter viva a história de um clube, de um esporte, de uma cidade, no fundo… sua própria história.
Olha o time da Ferroviária de 1958, as vésperas de um jogo contra a Ferroviária de Assis!

Olha que linda imagem de parte do time de 1966:

Além de tudo o tempo atual é cada vez mas curto e corre mais ligeiro. É hora de um último olhar para o campo.
Uma última memória, um último gol fantasiado, assim como meu irmão fazia no tapete com seus jogos de botão.
O registro daquele que me ensinou e daquela que me apoia nessa busca incessante.
Antes de ir, ali no piso, o adeus de um distintivo que quem sabe ainda voltará a brilhar no profissionalismo.
Privar uma cidade de um time de futebol no campeonato paulista, independente da série, é privá-la de uma expressão cultural importante. Por isso APOIE O TIME DA SUA CIDADE!
Hora de seguir adiante. Atravessamos a cidade, vendo que aos poucos a força mercantilista das grandes corporações como o “inofensivo Habib’s” começa a calar os pequenos botecos.
O futebol não é exceção. É reflexo. O mundo está mudando e pra pior. E vai seguir assim enquanto as poucas pessoas que pensam diferente e que não concordam com isso continuarem caladas. Mudar não é tão difícil quanto parece. Basta atitude. A estrada aliviaria meus pensamentos até Assis…

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As mil camisas no FATV
Po, essa semana estivemos no Futebol Alternativo TV, um pessoal que entende e gosta bastante do lado B do futebol.
Foram mais de duas horas ao vivo! Pois é… Eu gosto de falar… hehehe Pra quem aguentar assistir, segue o vídeo:
Agradecemos demais a todos do programa pelo convite e pela atenção.
Abraços aos amigos que assistiram e comentaram ao vivo!
De volta…
O marcante acesso do Guaçuano (Campeonato Paulista Série B – 2011)
Céu azul lindo. Uma estrada que faz relembrar os tempos antigos do interior de São Paulo. São cenários, personagens e coisas que parecem não existir. Esta é a estrada vicinal Arthur Nogueira – Mogi Mirim.
Para quem não sabe, é também o endereço do Estádio La Bombonera, do São Marcos F.C.!

E após meia hora de estrada, chegamos enfim à cidade de Mogi Guaçu, local da partida entre Guaçuano e Votuporanguense.

Aliás, é dia de casa cheia, em Mogi Guaçu!

O jogo reflete o sofrimento do grupo 7, onde a última rodada levou todos os times com a mesma pontuação. A outra partida do grupo, coloca a frente o Independente de Limeira e o Primeira Camisa, de São José dos Campos. Ou seja, quem ganhar, leva o acesso. É dia do Guaçuano fazer a lição de casa!

Mas, a partida é dura, contra um adversário indigesto… o CA Votuporanguense.

Ingresso em mãos, e vamos lá!

O jogo (e o clima) é quente. Vestindo a camisa do Guaçuano, a torcida local faz a diferença e o Guaçuano sai na frente, ainda no primeiro tempo, com gol do Thiaguinho.
Festa nas arquibancadas e no barranco!
O ano de 2011 ficará marcado como um dos anos de melhor média de público no Estádio Alexandre Augusto Camacho, e o jogo decisivo não podia ser diferente!
Nem no barranco cabia mais ninguém!
Em campo, o segundo tempo começou a todo vapor. E um jogo pegado e aguerrido, afinal, valia vaga na série A3 de 2012.

A série B do Campeonato Paulista é a quarta e última divisão profissional da Federação Paulista.
É praticamente a única chance de várias cidades do interior terem um time em campo e poderem se reunir nas arquibancadas
Infelizmente a média dessa divisão é bastante pequena. Vale a pena dar uma navegada pelo blog e relembrar algumas de nossas visitas a jogos na “segundona”.
Entretanto, a torcida de ambos os lados esteve presente em ótimo número, nesse domingo
E o Estádio Alexandre Augusto Camacho é daqueles campos onde a proximidade com os jogadores dá uma leitura diferente ao jogo.
Assistir atrás do gol dá a ideia de como sofre um goleiro numa partida decisiva…
No segundo tempo, o gol de Thiago Chulapa, logo no início trasfomou o estádio em festa alvi verde. Guaçuano 2×0 CAV.
Quer dizer… Festa em quase todo o estádio, porque ali no lado esquerdo das arquibancadas, não tinha ninguém feliz. Era a brava torcida do Votuporanguense que viajou até Mogi Guaçu para apoiar o time e que infelizmente via as chances do acesso cairem por chão…

Aliás, parabéns a esse pessoal que enfrentou a estrada e compareceu! Foram bem recebidos e contaram com a escolta da guarda municipal.

Ambos os times se doavam totalmente, deixando o jogo até um pouco violento em alguns momentos.
Nas arquibancadas, gente de todos os lados da cidade se reunia para assistir ao time local!
Pra quem não conhece, o pessoal do barranco é uma galera que não precisa nem de arquibancada para se divertir!
Eles fizeram do “barranco” ao lado das arquibancadas o seu lugar. Aliás, hoje esse é um dos lugares mais animados, do campo!
Mas em todo o estádio podia se ver pessoas de diferentes gerações se encontrando, se reunindo e mostrando que futebol é mesmo uma forma de interação cultural!
Além da arquibancada usual, a diretoria do Guaçuano providenciou uma arquibancada tubular que fica atrás do gol e que também estava cheia!
O tempo ia passando e a torcida se aproximando dos portões, já esperando o apito final para poder comemorar o acesso em campo com o time!
O Guaçuano teve um penalty a seu favor. Bola na cal e … gol! Mas… o juizão mandou voltar e aí o goleirão defendeu, olha o gol que não valeu:
Mas nos minutos finais, o bicho pegou e atletas e comissão técnica de ambos os times saíram no braço.
Faz parte. Não é bonito, mas faz parte e a confusão logo se controlou por si só.
O problema é que alguns dos jogadores do Votuporanguense foram expulsos e tiveram que passar bem próximo da torcida do Mandi, resultado… A confusão prosseguiu…
Mas a polícia interveio rapidamente e acabou com a brincadeira.

A bateria pedia o fim do jogo. Era hora de comemorar! Chega de jogo!
Até o papai noel do Guaçuano queria entrar no campo pra celebrar o momento único!

Chega de enrolação… Ao campo!!!
Momento emocionante. Todos juntos, agradecendo o resultado conseguido em campo!

E a gente mais uma vez presente… É muita emoção, muito orgulho. Obrigado!
Um acesso é sempre algo a ser comemorado. Sem dúvidas estávamos em mais um momento histórico do futebol!
Aproveitamos para escutar dos torcedores locais um pouco sobre o sentimento de fazer parte deste acesso:
Deu até pra ouvir um pouco dos próprios jogadores, sem dúvida, leões em campo!
Conversamos também com a comissão técnica do Votuporanguense e deixo aqui o parabéns pela bela campanha. Uma pena a vaga ter escapado na última hora…
Hora de ir embora. Contente em ter compartilhado um dia inesquecível, marcante para a população de Mogi Guaçu.



























































































































