A 190ª camisa de futebol a ser retratada no blog As Mil Camisas vem lá da Rússia (presente da amiga Júlia!) e pertence ao FC Zenit, de São Petesburgo! O FC Zenit São Petersburgo (em russo: ФК Зенит Санкт-Петербург) considera como data da fundação o início do time formado na Usina Siderúrgica de Leningrado, em 1925 e conhecido como Stalinets (homenagem a Joseph Stalin). A usina acabou desativada pelo ministério de armamentos, nos anos 40 e o antigo Stalinets tornou-se de propriedade da União de Óptica Mecânica de Leningrado. Se o futebol em geral sofreu com a segunda guerra mundial, imagine Leningrado que ficou cercada pelos nazis durante 900 dias. Assim, somente em 1944, depois de findado o cerco, o futebol voltou a se organizar e logo de cara o time do Zenit venceu a Taça Soviética. O Zenit teve décadas evoluindo, mas nada comparado a 1984 quando os 4×1 em cima do Metalist Kharkiv, sagrou o Zenit como campeão Soviético! Mas, os anos 90 jogaram água na vodka russa dos torcedores do Zenit, que viram o clube descer de divisão, para apenas em 1999, retomar sua força com a conquista da Taça da Rússia. Em 2007, com a chegada do técnico Dick Advocaat o Zenit conquistou o campeonato russo pela primeira vez. Em 2008, o Zenit chegou à final da Taça UEFA derrubando adversários como o Villarreal, Olimpic Marselha, Bayer Leverkusen e Bayern Munique. A final foi contra o Glasgow Rangers, que não foi páreo para o esquadrão russo! Com a conquista, veio a chance de mais um título, o da Supertaça Europeia frente ao Manchester United e o Zenit fez bonito, tornando-se o primeiro time russo a vencer este troféu.
O lado triste desse ano foram as manifestações racistas da ala radical de sua torcida, assim como Roberto Carlos sentiria anos depois… Infelizemente atos assim, mesmo que não representem o todo da torcida do Zenit, queimam o filme do time e da torcida, por isso nem vou postar nenhum vídeo dos torcedores. Em 2009, viria mais um título, o da Taça da Rússia e em 2010, mais uma campeonato nacional. Em 2010, veio a segunda Copa da Rússia e o bicampeonato russo, e em 2012 o tricampeonato. Atualmente colhe os frutos dos investimentos feitos via patrocínio da Gazprom, maior empresa gasística do mundo. Um dos ídolos do time é Lev Burchalkin, jogador que mais vezes vestiu a camisa do clube e quem marcou mais gols pelo time: 78 gols em 400 partidas. Graças às conquistas recentes, o Zenit tem hoje a maior torcida da Rússia. Seu grande rival é o Spartak Moscou, tanto que o próprio hino do time cita “Quando lutares com o rival Spartak, não te esquece de teu ataque!”. Manda seus jogos no estádio Krestovsky, com capacidade para 69.000 torcedores. Em 2014 a equipe russa fez um acordo com a Century Fox e anunciou Bart Simpson como seu novo mascote.Tag: as mil camisas
O futebol profissional em Angatuba
E lá vamos nós para mais uma cidade do interior de São Paulo! Bem vindos a Angatuba!
Mais do que uma simples visita, nós “pousamos” em Angatuba e escolhemos ficar no Hotel Pousada Talu.
Olha que linda essa plantação de girassol bem em frente ao hotel!
Tinha até piscina pra matar o calor…
Ter dormido em Angatuba nos permitiu ficar quase dois dias passeando pela cidade.
Assim, pudemos conhecer alguns pontos incríveis como a Estação Ecológica de Angatuba.
É fácil de chegar e dá pra deixar o carro na sede administrativa. Daí é só escolher como curtir o lugar… Tem uma trilha bacana até um mirante, vale a pena!
A caminhada é de boa e a subida até o fim do mirante é divertida hehehehe:
Uma vez lá em cima é só comemorar!
E curtir o visual…
O chão tá láááá embaixo…
Na volta só não pode se perder…
O caminho que leva até a floresta é cheio de belas paisagens…
Há vários riachos e cachoeiras por ali… Essa é a cachoeira dos mineiros.
Essa é a mais perto da estrada. E basta descer uma pequena trilha para chegar na parte de baixo da cachoeira pra tomar um banho.
Dá uma olhada como é bonita:
Banho tomado, hora de subir a trilha de volta…
A noite, o rolê foi pela praça da cidade, que estava animada com uma feirinha…
Algum tempo depois da nossa visita, li a biografia do João Gordo (vocalista da banda Ratos de Porão) e descobri que ele morou por 2 anos em Angatuba!!
Mas… Claro que a ideia de visitar Angatuba envolvia o futebol.
A ideia era conhecer e registrar o Estádio Municipal Roldão Vieira de Moraes.
O Estádio Municipal Roldão Vieira de Moraes era a casa da Associação Desportiva Angatubense.
A Associação Desportiva Angatubense , a ADA, foi fundada em março de 1963, e em 1978 aventurou-se no futebol profissional, disputando a Terceira Divisão da Federação Paulista de Futebol, em 1979 e de 1982 a 1985, também participou da Quarta Divisão em 1980 e jogou a Quinta Divisão em 1981. Algumas fotos desse período e também dos tempos de futebol amador da ADA:
Aqui, o amistoso contra o time do Milionários de São Paulo.
Em 1986, desativou seu departamento de futebol profissional e nunca mais voltou ao profissionalismo, e por isso, lá fomos nós fazer parte dessa história, registrando a casa da AD Angatubense, o Estádio Municipal Roldão Vieira de Moraes.
A única reclamação é que… Pô, cadê uma placa identificando o Estádio Municipal Roldão Vieira de Moraes, mostrando seu nome, data de fundação e etc… Mas… vamos lá, dar uma olhada lá dentro!
O Estádio possui uma arquibancada coberta, logo por onde a torcida entra.
A AD Angatubense mandava seus jogos profissionais ali. E é duro imaginar que no passado, a cidade vibrava com o time e lotava os quase 2 mil lugares do estádio.
Os bancos de reserva ocupados pelos suplentes sonhando em ter uma chance de entrar em campo e mostrar seu talento.
Uma vista do meio campo:
Aqui o gol do lado esquerdo:
E o gol do lado direito:
Esse é o lado de fora do estádio. Lembrando que é hora de ir embora..
Olha que legal esse cartaz convidando para um jogo dos anos 80 quando disputou a Terceira Divisão…
A nós, cabe a emoção de estar presente em mais um templo do futebol do interior paulista. Ainda que hoje, a paixão não seja a mesma, que o profissionalismo tenha sido deixado pra traz… O Estádio Roldão Vieira de Moraes será sempre lembrado.
Pra quem se emocionou com o time, vale a pena comprar a camisa, basta clicar aqui:
APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!
Futebol Profissional em Laranjal Paulista
Hoje é dia de registrar nosso rolê pela cidade de Laranjal Paulista, onde vivem pouco mais de 28 mil pessoas. Assim como diversas cidades, Laranjal Paulista cresceu em torno da ferrovia. A estação da cidade foi inaugurada pelo próprio D. Pedro II. Os nossos “anfitriões” eram esse trio: Esdras, Kiki (a cachorrinha) e o Carlos. Recentemente, a cidade teve destaque nos noticiários por terem pixado o sobrenome (“Queiroz”) de um ex assessor do atual presidente na tradicional laranja gigante que fica na entrada da cidade. Mas, a população de Laranjal Paulista tem um grande motivo de se orgulhar! Trata-se da Associação Esportiva Laranjalense. A Associação Esportiva Laranjalense foi fundada em março de 1943 e chegou a disputar cinco edições da terceira divisão do Campeonato Paulista (1971, 1972, 1974, 1975 e 1976) e quatro da quarta divisão (1969, 1977, 1978 e 1979). Aqui, o time de 1971 (na foto está escrito 2a divisão, porque na época existia a primeira, a “especial” e a segunda): Em 1977 chegou a semifinal da terceira divisão, contra o Primavera, perdendo o primeiro jogo em Indaiatuba por 2×1 e o jogo de volta (em Laranjal) por 3×2. Esse jogo ficou marcado na história como a maior caravana já feita pela torcida do Esporte Clube Primavera, veja a torcida tricolor no Accácio Luvisotto: Esse é o time de 1978: Aqui, também uma imagem que retrata um tempo em que torcida e time se viam com grande frequência! A AE Laranjalense mandava seus jogos no Estádio Municipal Accácio Livisotto. E se tem estádio com distintivo do time pintado na parede… Aí estamos nós! Uma bilheteria a mais na nossa coleção. E que tal dar um rolê por dentro do estádio?
O Estádio Accácio Luvisotto tem capacidade para receber 5 mil torcedores em suas arquibancadas. De um lado temos essa, descoberta:
Do outro lado, temos dois lances de arquibancadas cobertas: Ao fundo, pode se ver a cidade, ainda sem os prédios tão comuns às grandes metrópoles. O Estádio possui ainda um sistema de iluminação daqueles tradicionais. Do outro lado, o ginásio de esportes, que também contribuiu para a vida esportiva da cidade. E esse é o Carlos, professor de educação física e que tem uma relação bem especial com o estádio. Desde cedo ele frequenta o campo, seja pra assistir (algumas vezes até pulando o muro…) seja para jogar. E ele (e várias pessoas) ainda sonham em ver esse campo cheio de torcedores e atletas locais, ocupando uma parte tão importante da cidade, que já foi responsável por tanta alegria. Nós torcemos para esse dia chegar logo…APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!
]]>O futebol profissional em Tietê
Bem vindos à Tietê, uma cidade localizada há pouco mais de 100 km de São Paulo, com uma população estimada, em 2018 em pouco mais de 41 mil habitantes e que nasceu às margens do rio Tietê…
Ali, às margens do rio, também podemos encontrar um pouco da história do futebol paulista, afinal praticamente na cabeceira da Ponte Grande, está construído o “Estádio José Ferreira Alves”.
Vamos dar uma olhada, mas sem álcool!
O Estádio José Ferreira Alves é a casa do time que defende as cores da cidade, o Comercial Futebol Clube (visite a página do Instagram deles pra novidades!).
O Comercial Futebol Clube foi fundado em junho de 1920 e por 20 anos mandou seus jogos no estádio localizado em frente à Santa Casa de Misericórdia (atualmente o Educandário “Rosa Mística”), como se pode ver (ou tentar imaginar) nessa foto da década de 20:
Finalmente inaugurou, em 1940, o “Estádio da Ponte Grande“, que viria a se transformar em “Estádio José Ferreira Alves”, em homenagem a um de seus fundadores. Aqui, o pessoal fazendo o nivelamento para o estádio:
O nome do time é uma homenagem ao Comercial de Ribeirão Preto e também a Rua do Comércio, onde nasceu o clube.
A história do time é muito rica, com grandes nomes tendo passado por ali.
Atualmente, o maior nome é o do presidente do clube. Esta é a vaga de estacionamento de ninguém menos que César Sampaio.
O Estádio José Ferreira Alves, apelidado como “Ferreirão” possui capacidade para 4.500 torcedores, mas pode receber melhorias e ampliação caso o plano de César Sampaio, de levar o time de volta ao profissionalismo em 2020, se realize.
Aqui dá pra se ver melhor o campo todo:
Usando como base o livro “Os esquecidos“, a estreia do Comercial FC em competições da Federação Paulista acontece em 1943 no Campeonato do Interior daquele ano, quando jogou o grupo da 23ª região, que teve como campeão a equipe da AA Saltense.
Em 1944, novamente jogou o grupo da 23ª região, que dessa vez teve como campeão o EC São Martinho de Tatuí.
Em 1947, mais uma participação no Campeonato do Interior.
Aqui, o time de 1957:
A estreia do Comercial FC no profissionalismo se deu em 1962, na Terceira Divisão, que equivalia ao quarto nível do futebol, classificando-se para a fase seguinte ao vencer a 2ª série da fase inicial do Campeonato, ao lado do CA Usina Santa Bárbara, Capivariano, Portofelicense e Sorocabana de Mairinque.
Ainda assim, perdeu o título para o CA Usina Santa Bárbara por apenas 2 pontos.
Em 1963, mais uma vez classifica-se para a fase final…
Mas termina em último do grupo final.
Esse foi o time de 1963:
Em 1964, classifica-se para a próxima fase de novo…
Mas não consegue chegar às finais, terminando em 4º lugar.
Em 1965, não passa da primeira fase, mas em 1966, volta a se classificar não apenas para a segunda fase…
…como também para a terceira e final.
Infelizmente e inesperadamente o Comercial FC desiste da disputa na fase final…
O Comercial FC ainda permanece nessa série até 1969, quando se licencia do profissionalismo. Seu retorno ocorre em 1978, em uma terceira divisão que agora representava o 5º nível do futebol paulista. E se em 1978, não se classifica para a segunda divisão, em 1979 mais uma vez chega lá!
Na segunda fase acaba na quinta colocação do grupo.
Em 1980, a Terceira divisão passa a representar o terceiro nível do futebol paulista, e Comercial FC passa a desenvolver campanhas apenas medianas, mas classificando-se para a segunda fase em 1982.
Em 1983, o campeonato estava no Grupo Amarelo e foi campeão do primeiro turno.
Assim, teve que jogar contra o campeão do 2º turno: a União Esportiva Funilense de Cosmópolis!
Vencendo a Funilense, o Comercial FC classificou-se para a fase final, terminando na 5ª colocação.
Em 84, mas uma bela primeira fase (no grupo onde estava o futuro campeão Capivariano)!
Mas o Comercial FC de Tietê não passou da segunda fase.
Em 1985, o time licencia-se do Campeonato. Em 1986, classificou-se em primeiro no Grupo Vermelho.
Mas, o time de Tietê tem uma má campanha na 2ª fase.
Em 1987, o Comercial FC não passa da fase de grupos, assim como em 1988, quando o terceiro nível passa a se chamar Segunda Divisão. Em 1989, licencia-se do profissionalismo e na década de 90, o time de Tietê disputa apenas as edições de 1990 e 1993, sequer se classificando para a segunda fase, o que novamente o leva a se licenciar. Em 2001, o time retorna ao profissionalismo, jogando a 6ª divisão e faz uma incrível primeira fase!
Mas mais uma vez, faltou gás para o time tornar-se campeão (o título da 6ª divisão de 2001 acabou com o Corinthians B).
Em 2002, mais uma edição da série B3, a 6ª divisão do Campeonato Paulista. Mais uma vez, o time passa da primeira fase e classifica-se para as quartas de final.
Nas quartas de final, o Comercial FC enfrentou o time B da Portuguesa, e perdeu de 4×0 em Tietê e depois ainda conseguiu vencer por 2×1 no Canindé, mas a vaga na semi final era mesmo da lusa. E assim, o time acabou se licenciando até os dias atuais. Esse foi o time de 2002:
Fomos conhecer o Estádio José Ferreira Alves, para tentar ver essa história um pouco mais de perto.
Em 1988, pelo que a placa indica, a Prefeitura realizou algumas melhorias no Estádio.
Tivemos a sorte de encontrar pela cidade um dis diretores que nos falou um pouco sobre o “Projeto Cidadãos do futebol” focado no futebol como instrumento de melhoria da vida dos jovens. Ta aí a camisa!
O campo está muito bem cuidado e pode voltar a receber partidas profissionais.
Só não sei se existe um lado “visitante”… Talvez se existir um projeto de entrada pelo lado do fundo.
Aqui é a visão da entrada do campo.
Os bancos de reserva:
Na lateral do campo, a beleza da mata do entorno do rio…
O mesmo rio que as vezes gera certos prejuízos…
Mas, temos aí mais um exemplo de um estádio que soube se manter ativo mesmo com o passar de tanto tempo, e que pode, bem no centenário do Comercial de Tietê, voltar a receber partidas oficiais.
O time de 2015:
Uma prova de que as coisas podem estar caminhando é o o time sub 17, que disputou os campeonatos em 2018.
E aqui o time de 2021:
Vamos embora, com a esperança de voltar a ver um jogo aqui! Boa sorte!