Hoje é dia de registrar nosso rolê pela cidade de Laranjal Paulista, onde vivem pouco mais de 28 mil pessoas.
Assim como diversas cidades, Laranjal Paulista cresceu em torno da ferrovia. A estação da cidade foi inaugurada pelo próprio D. Pedro II.
Os nossos “anfitriões” eram esse trio: Esdras, Kiki (a cachorrinha) e o Carlos.
Recentemente, a cidade teve destaque nos noticiários por terem pixado o sobrenome (“Queiroz”) de um ex assessor do atual presidente na tradicional laranja gigante que fica na entrada da cidade.
Mas, a população de Laranjal Paulista tem um grande motivo de se orgulhar! Trata-se da Associação Esportiva Laranjalense.
A Associação Esportiva Laranjalense foi fundada em março de 1943 e chegou a disputar cinco edições da terceira divisão do Campeonato Paulista (1971, 1972, 1974, 1975 e 1976) e quatro da quarta divisão (1969, 1977, 1978 e 1979).
Aqui, o time de 1971 (na foto está escrito 2a divisão, porque na época existia a primeira, a “especial” e a segunda):
Em 1977 chegou a semifinal da terceira divisão, contra o Primavera, perdendo o primeiro jogo em Indaiatuba por 2×1 e o jogo de volta (em Laranjal) por 3×2. Esse jogo ficou marcado na história como a maior caravana já feita pela torcida do Esporte Clube Primavera, veja a torcida tricolor no Accácio Luvisotto:
Esse é o time de 1978:
Aqui, também uma imagem que retrata um tempo em que torcida e time se viam com grande frequência!
A AE Laranjalense mandava seus jogos no Estádio Municipal Accácio Livisotto.
E se tem estádio com distintivo do time pintado na parede… Aí estamos nós!
Uma bilheteria a mais na nossa coleção.
E que tal dar um rolê por dentro do estádio?
O Estádio Accácio Luvisotto tem capacidade para receber 5 mil torcedores em suas arquibancadas. De um lado temos essa, descoberta:
Do outro lado, temos dois lances de arquibancadas cobertas:
Ao fundo, pode se ver a cidade, ainda sem os prédios tão comuns às grandes metrópoles.
O Estádio possui ainda um sistema de iluminação daqueles tradicionais.
Do outro lado, o ginásio de esportes, que também contribuiu para a vida esportiva da cidade.
E esse é o Carlos, professor de educação física e que tem uma relação bem especial com o estádio. Desde cedo ele frequenta o campo, seja pra assistir (algumas vezes até pulando o muro…) seja para jogar.
E ele (e várias pessoas) ainda sonham em ver esse campo cheio de torcedores e atletas locais, ocupando uma parte tão importante da cidade, que já foi responsável por tanta alegria.
Nós torcemos para esse dia chegar logo…
Bem vindos à Tietê, uma cidade localizada há pouco mais de 100 km de São Paulo, com uma população estimada, em 2018 em pouco mais de 41 mil habitantes e que nasceu às margens do rio Tietê…
Ali, às margens do rio, também podemos encontrar um pouco da história do futebol paulista, afinal praticamente na cabeceira da Ponte Grande, está construído o “Estádio José Ferreira Alves”.
O Comercial Futebol Clube foi fundado em junho de 1920 e por 20 anos mandou seus jogos no estádio localizado em frente à Santa Casa de Misericórdia (atualmente o Educandário “Rosa Mística”), como se pode ver (ou tentar imaginar) nessa foto da década de 20:
Finalmente inaugurou, em 1940, o “Estádio da Ponte Grande“, que viria a se transformar em “Estádio José Ferreira Alves”, em homenagem a um de seus fundadores. Aqui, o pessoal fazendo o nivelamento para o estádio:
O nome do time é uma homenagem ao Comercial de Ribeirão Preto e também a Rua do Comércio, onde nasceu o clube.
A história do time é muito rica, com grandes nomes tendo passado por ali.
Atualmente, o maior nome é o do presidente do clube. Esta é a vaga de estacionamento de ninguém menos que César Sampaio.
O Estádio José Ferreira Alves, apelidado como “Ferreirão” possui capacidade para 4.500 torcedores, mas pode receber melhorias e ampliação caso o plano de César Sampaio, de levar o time de volta ao profissionalismo em 2020, se realize.
Aqui dá pra se ver melhor o campo todo:
Usando como base o livro “Os esquecidos“, a estreia do Comercial FC em competições da Federação Paulista acontece em 1943 no Campeonato do Interior daquele ano, quando jogou o grupo da 23ª região, que teve como campeão a equipe da AA Saltense.
Em 1944, novamente jogou o grupo da 23ª região, que dessa vez teve como campeão o EC São Martinho de Tatuí.
Em 1947, mais uma participação no Campeonato do Interior.
Aqui, o time de 1957:
A estreia do Comercial FC no profissionalismo se deu em 1962, na Terceira Divisão, que equivalia ao quarto nível do futebol, classificando-se para a fase seguinte ao vencer a 2ª série da fase inicial do Campeonato, ao lado do CA Usina Santa Bárbara, Capivariano, Portofelicense e Sorocabana de Mairinque.
Ainda assim, perdeu o título para o CA Usina Santa Bárbara por apenas 2 pontos.
Em 1963, mais uma vez classifica-se para a fase final…
Mas termina em último do grupo final.
Esse foi o time de 1963:
Em 1964, classifica-se para a próxima fase de novo…
Mas não consegue chegar às finais, terminando em 4º lugar.
Em 1965, não passa da primeira fase, mas em 1966, volta a se classificar não apenas para a segunda fase…
…como também para a terceira e final.
Infelizmente e inesperadamente o Comercial FC desiste da disputa na fase final…
O Comercial FC ainda permanece nessa série até 1969, quando se licencia do profissionalismo. Seu retorno ocorre em 1978, em uma terceira divisão que agora representava o 5º nível do futebol paulista. E se em 1978, não se classifica para a segunda divisão, em 1979 mais uma vez chega lá!
Na segunda fase acaba na quinta colocação do grupo.
Em 1980, a Terceira divisão passa a representar o terceiro nível do futebol paulista, e Comercial FC passa a desenvolver campanhas apenas medianas, mas classificando-se para a segunda fase em 1982.
Em 1983, o campeonato estava no Grupo Amarelo e foi campeão do primeiro turno.
Vencendo a Funilense, o Comercial FC classificou-se para a fase final, terminando na 5ª colocação.
Em 84, mas uma bela primeira fase (no grupo onde estava o futuro campeão Capivariano)!
Mas o Comercial FC de Tietê não passou da segunda fase.
Em 1985, o time licencia-se do Campeonato. Em 1986, classificou-se em primeiro no Grupo Vermelho.
Mas, o time de Tietê tem uma má campanha na 2ª fase.
Em 1987, o Comercial FC não passa da fase de grupos, e joga com o time abaixo:
Em 1988, o terceiro nível passa a se chamar Segunda Divisão. Em 1989, licencia-se do profissionalismo e na década de 90, o time de Tietê disputa apenas as edições de 1990 e 1993, sequer se classificando para a segunda fase, o que novamente o leva a se licenciar.
Aqui, momento memorável, na final da Copa José Farah, onde bateu o Capivariano por 3×0, sagrando-se campeão.
Em 2001, o time retorna ao profissionalismo, jogando a 6ª divisão e faz uma incrível primeira fase!
Mas mais uma vez, faltou gás para o time tornar-se campeão (o título da 6ª divisão de 2001 acabou com o Corinthians B).
Em 2002, mais uma edição da série B3, a 6ª divisão do Campeonato Paulista. Mais uma vez, o time passa da primeira fase e classifica-se para as quartas de final.
Nas quartas de final, o Comercial FC enfrentou o time B da Portuguesa, e perdeu de 4×0 em Tietê e depois ainda conseguiu vencer por 2×1 no Canindé, mas a vaga na semi final era mesmo da lusa. E assim, o time acabou se licenciando até os dias atuais. Esse foi o time de 2002:
Fomos conhecer o Estádio José Ferreira Alves, para tentar ver essa história um pouco mais de perto.
Em 1988, pelo que a placa indica, a Prefeitura realizou algumas melhorias no Estádio.
Tivemos a sorte de encontrar pela cidade um dis diretores que nos falou um pouco sobre o “Projeto Cidadãos do futebol” focado no futebol como instrumento de melhoria da vida dos jovens. Ta aí a camisa!
O campo está muito bem cuidado e pode voltar a receber partidas profissionais.
Só não sei se existe um lado “visitante”… Talvez se existir um projeto de entrada pelo lado do fundo.
Aqui é a visão da entrada do campo.
Os bancos de reserva:
Na lateral do campo, a beleza da mata do entorno do rio…
O mesmo rio que as vezes gera certos prejuízos…
Mas, temos aí mais um exemplo de um estádio que soube se manter ativo mesmo com o passar de tanto tempo, e que pode, bem no centenário do Comercial de Tietê, voltar a receber partidas oficiais.
O time de 2015:
Uma prova de que as coisas podem estar caminhando é o o time sub 17, que disputou os campeonatos em 2018.
E aqui o time de 2021:
Vamos embora, com a esperança de voltar a ver um jogo aqui! Boa sorte!
Mais uma dica de passeio para quem vive em São Paulo e gosta de futebol. Há pouco mais de 100 km da capital fica a cidade de Porto Feliz.
Uma cidade tranquila mas com uma vida agitada quando se fala em futebol.
As cores que representam ou representaram a cidade em campo, pelas competições da Federação Paulista são várias. Comecemos pelo Esporte Clube União de Porto Feliz.
O Esporte Clube União foi fundado em 3 de setembro de 1916 ainda como “União Football Club” e disputou duas edições do campeonato paulista da terceira divisão, em 1958 e 1959.
Seu primeiro campo ficava na Estrada do Pinheirinho, atual Rua Santa Cruz, mas na década de 30 se mudaram para o atual do Estádio Dr José Esmédio Paes de Almeida, na Rua Tristão Pires, bem no centro da cidade.
Vamos dar uma olhada?
Os alambrados só viriam em 1958, para poder disputar a Terceira Divisão do Campeonato Paulista. Nesse campo, o União teve partidas histórias: da vitória em cima do São Paulo F.C. (ainda que um time mixto) por 4 x 1, tendo como árbitro Arthur Friedenreich, ou a vitória em cima do Palmeiras por 4 x 3 (em 1938).
O time comemorou seu centenário em 2016, e ainda deixou nos muros do estádio essa lembrança.
O campo está muito bem cuidado, pelo que deu pra ver.
O estádio possui uma pequena área de arquibancadas cobertas. Encontrei algumas fotos do estádio nas redes sociais do clube.
Aqui, matéria de 1957 sobre a inauguração da iluminação de suas arquibancadas:
Outro time que marcou a história da cidade no profissionalismo e que ainda é uma verdadeira sensação nos campeonatos amadores é a Associação Atlética Portofelicense.
A Associação Atlética Portofelicense foi fundada em janeiro de 1943 e disputou 18 edições do Campeonato Paulista.
O time nasceu por meio da união dos funcionários da Usina de Açúcar de Porto Feliz, que fica literalmente ao lado do Estádio Dr. Julien Fouque. Veja nesta foto, ao fundo a usina e ao lado direito o Estádio.
Aliás… Que tal conhecê-lo?
O Dr. Julien Fouque foi um engenheiro francês (a usina é de origem francesa, chamada “Société Sucreries Bresiliennes”) apaixonado pelo futebol e que desde cedo foi um entusiasta da AA Portofelicense. O carinho pelo time foi tanto, que após sua morte, o time mudou as cores originais (amarelo e preta) e adotou as cores da bandeira francesa em homenagem ao engenheiro francês. Aqui, o time em uma formação de 1948:
O campo não só está bem cuidado como tem sido bastante usado. E demos sorte de pegar um dia de jogo da própria AA Portofelicense.
Aqui, a vista da arquibancada coberta.
A arquibancada “elevada” permite uma melhor visualização do campo de jogo. Aqui, a vista do meio do campo.
Aqui, os gols da esquerda e da direita (para quem olha da arquibancada coberta):
O distintivo do time está impresso em diversos lugares do Estádio, a começar pelo bar!
A AA Portofelicense foi um dos clubes fundadores da Segunda Divisão dos Profissionais, em 1947 , o que permitiu jogos inesquecíveis no Estádio Dr. Julien Fouque, contra equipes tradicionais como Ponte Preta, Guarani, São Caetano Esporte Clube, Juventus entre outros lotando as arquibancadas que atualmente permitem a presença de 600 torcedores.
O time participou de todos os campeonatos oficiais da Federação Paulista de Futebol Amador, além de jogar a Segunda Divisão de 1948 a 1950, a Terceira de 1954 a 1959 e depois de 1964 a 1968, e a Quarta Divisão de 1960 a 1963. Aqui, o time campeão da Copa Arizona de 1978:
Infelizmente, o time abandonou o profissionalismo e dificilmente conseguiria voltar a disputá-lo. Ao menos, mantém-se forte no amadorismo.
O outro time da cidade, e que segue jogando atualmente e defendendo as cores de Porto Feliz é o “polêmico” Desportivo Brasil, um time jovem, fundado em 2005 pela Traffic, tendo como principal diferencial o modelo de gestão profissional, levantando a velha discussão sobre os modelos de clube-empresa, quanto ao envolvimento dos torcedores frente a estes clubes.
Alheio à discussão e focado em suas metas, o time se desenvolveu priorizando a formação de novos jogadores, como foram os casos de Gustavo Scarpa, Lucas Evangelista,Matheus Sávio, o lateral da seleção brasileira Ismaily, entre outros. O time começou a disputar a segundona paulista (a quarta divisão) a partir de 2009 na época mandando seus jogos em Barueri, mas a partir de 2009, passou a mandar seus jogos no campo da Associação Atlética Portofelicense, o Estádio Dr. Julien Fouque em Porto Feliz. Esse é o time sub 20 de 2009 (foto do incrível Jogos Perdidos).
Assim, Porto Feliz se tornou a casa do Desportivo Brasil, mas, pensando em uma melhor estrutura, em 2011, o foi construído o Estádio Municipal Ernesto Rocco.
O Estádio conta com uma capacidade para cerca de 6 mil torcedores e fica numa região mais afastada do centro da cidade (Avenida Doutor Silvio Brand Corrêa, 2591 – próximo ao bairro Altos do Jequitibá).
Além de um campo sempre bem cuidado, o estádio municipal conta com uma pequena parte coberta.
Confesso que achei que fosse um certo exagero um estádio nessas proporções, mas aí encontrei fotos de um jogo recente e vi que o time tem levado um bom público!
Recentemente, o amigo Ricardo Pucci esteve por lá acompanhando um jogo do Juventus e fez algumas fotos do campo, aqui o gol do lado direito:
Aqui o da esquerda:
E aqui o meio campo:
Além disso, o Desportivo Brasil construiu sete campos para treinamento, além de alojamento para 144 atletas e toda a infra-estrutura para o desenvolvimento dos atletas. Em 2014, o clube foi comprado pelo Grupo Luneng, que é a fornecedora de elergia elétrica de Shandong, na China e é responsável pelo time Shandong Luneng Taishan FC. Atualmente, disputa a série A3, e neste exato momento, em fevereiro de 2019, é o líder da competição, mandando seus jogos no Estádio Municipal Ernesto Rocco.
Para fechar o tema do futebol profissional em Porto Feliz, é preciso falar deste “quase estrangeiro” Estrela Esporte Clube.
O Estrela EC nasceu em 1976 como um time amador da cidade de Itú, mas no seu aniversário de 10 anos, a diretoria do clube decidiu levá-lo ao profissionalismo, utilizando como casa o Estádio Álvaro de Souza Lima, conhecido como o Estádio da Baixada.
O time disputou neste campo os campeonatos da terceirona de 1986 até 1989. A cidade não se empolgara com o Estrela no profissional e para não fechar as portas, o time mudou-se para Porto Feliz, que não tinha um time profissional desde a participação da AA Portofelicense na terceira de 1969.
Assim, Porto Feliz pode respirar o futebol profissional de 1991 a 1995, com o Estrela jogando a terceira e a Quarta divisão no Estádio Dr. Julien Fouque.
Em 1995, o time se licenciou e só voltou em 1999, na Quinta Divisão estadual.
Porém, mais uma vez o time sentiu falta de apoio da prefeitura local e mudou-se, desta vez para Vinhedo, onde disputou seu último campeonato, em 2000.
Só esses dias percebi que ainda não havia dividido com você a nossa aventura deste ano em terras portenhas, um dos poucos lugares da América do Sul onde existem Vans adesivadas com milanesas de Soja!!! A alegria dos vegetarianos!
Trata-se da nossa segunda casa, Buenos Aires.
Aliás, cada vez mais me considero um cidadão do mundo. Por mais que eu morra de amores por Santo André, não tem como negar que Buenos Aires tem um pedaço do meu coração.
E em Buenos Aires, 2 bairros tem minha preferência, um é Floresta (que foi minha “porta de entrada” na cidade). O segundo é San Telmo, bairro que nos acolhe há mais de 5 anos.
E como não poderia deixar de ser, San Telmo também tem o seu time, El Club Atlético San Telmo!
Eu sou o típico cara anti consumista. Não gosto de shoppings, muito menos de gastar, mas não nego que ao chegar em Buenos Aires, um pequeno sentimento de “gaste o que tem” brota em mim, ao adentrar as lojas de camisas de futebol…
Aproveitamos para ir ao show do Bulldog, em La Plata.
Ainda que eles tenham mudado um pouco em relação à temática e ao som, os caras foram gente boa e ficaram trocando uma ideia com a gente!
Mas nem só de punk rock se faz Buenos Aires… A cidade estava bem florida!
Aproveitamos para encontrar os amigos Martin e Gabriela. E fizemos alguns roles de metrô pela cidade…
Pasta e Vino…
Esse é o mercado de San Telmo, onde você encontra de tudo!
A noite, o role era pelos bares e pubs da cidade…
De manhã, demos um rolê de turista pelo micro centro.
Entre lojas de roupas “Barra brava”, alfajores e lojas de música, pudemos encontrar alguns amigos.
Esse ano, além de visitar o Estádio e amigos de Floresta, torcedores do All Boys, fomos acompanhar um jogo do River Plate, já que nunca havíamos pego uma partida no Monumental, e meu amigo… Que estádio!
Era um jogo contra o Velez e lá estava a torcida visitante.
Mas a torcida local faz uma festa muito grande…
Vale a pena eternizar o momento (aqui, ainda antes do sol cair).
O jogo foi emocionante, mas eu confesso que gastei mais tempo olhando as arquibancadas do que vendo o jogo heheheh Era muita coisa pra observar!
Muitas cores, muita gente e muita festa.
Se você nunca esteve em Buenos Aires para ver o futebol local… não sabe o que está perdendo…
A cidade viveu dias de glória com o futebol e o futsal. Mas, nem mesmo com muita reza na Paróquia São José, as coisas se sustentaram 🙁
A cidade de Orlândia fazia parte de Batatais até 1890, e sua história tem muito a ver com a produção agrícola da cidade e com o fato da Cia Mogiana de Estradas de Ferro permitirem seu escoamento para outros mercados.
A cidade foi planejada para colaborar com a circulação dentro dela, por isso, existem várias avenidas largas, nem sempre comuns nas cidades do interior.
E é possível encontrar diversas lembranças arquitetônicas do passado da cidade!
E aí você se pergunta: Por que estávamos em Orlândia? Simples, por causa da Associação Atlética Orlândia.
A Associação Atlética Orlândia foi fundada em 5 de Maio de 1920 e mandava os seus jogos no Estádio Municipal Virgílio Ferreira Jorge, o “Virgilhão”.
Essa já não é a atual cara da entrada do estádio (e aí começamos a desenrolar a triste história do futebol local). Se você for até lá hoje, encontrará a seguinte imagem:
Pois é, já não tem a placa indicando o nome do Estádio e nem sequer uma entrada… Está tudo bem fechado. E o motivo? R$ 3 milhões de motivos… Que fizeram o terreno ser agora da propriedade do Grupo Colorado.
Pra quem não conhece a história de sucesso do time local, vale lembrar que a AA Orlândia disputou 27 Campeonatos Paulistas entre a A2 (de 1949 a 52, 1967, 1969, de 1971 a 74, 1976, de 1982 a 84 e 1986). E pela terceirona, foram 11 disputas (de 1961 a 66 e depois de 1977 a 1981).
Um pouco do registro fotográfico desses times encontra-se em fotos aqui e acolá distribuídas pela Internet, a começar por um time da década de 60 (que tinha no gol, Carlão, que jogou aqui no Santo André, também):
Olha o Carlão em uma bela imagem da época:
Essas são do site do Milton Neves, da seção “Que fim levou”. O jogador em destaque é José Augusto Lopes da Silva, o Zé Augusto (ou Guto).
É , a AA Orlândia tem mesmo um passado glorioso, com destaque para o título do Torneio Matheus Marinelli, de 1982 e o título de 1994, da Quinta Divisão (campanha abaixo):
O campeonato foi decidido em um hexagonal final e a AA Orlânidia sagrou-se campeã!
Mas, seu presente é uma lacuna…
Logo após o título de 1994, o clube se licenciou e hoje, o estádio aguarda o início de sua demolição… Que tal uma espiada?
Ao fotografar o lado externo fomos orientados por um morador que evitasse demonstrar muito interesse, porque segundo ele, a Polícia Militar e a segurança privada do local costumava ser um tanto rígida ao não permitir qualquer registro sobre o local.
Respeitamos o conselho e obviamente não adentramos à área do estádio, agora particular, mas pelo menos as fotos da bilheteria, foram feitas!
Decidimos dar uma volta ao redor do quarteirão para ver se ao menos alguma fresta permitiria um registro mínimo da parte interna do estádio.
E encontramos! Um furo no portão permitiu trazer luz a um dos campos mais misteriosos da atualidade. Ele segue lá! Mas… E aquele ônibus?? O que faz lá?
A arquibancada coberta resiste, como que implorando uma segunda chance…
Encontrei uma foto que parece ser dessa mesma arquibancada, alguns anos atrás:
Aqui, uma imagem do gol:
E consegui fazer uma foto dos fundos da arquibancada coberta.
Ainda encontrei algumas imagens da parte de dentro do Estádio Municipal Virgílio Ferreira Jorge:
Mas o registro mais marcante é o que foi feito pelo artista Nuno Ramos, em sua performance “Placar final”, de 2007, que parecia antever um triste futuro da cidade, enterrando o futebol profissional…
E além disso, contamos com a ajuda dos nossos amigos que seguem acompanhando o blog, e graças ao Naressi, torcedor do CAP (Pirassununguense) da Malucos do Vale, conseguimos algumas imagens internas:
Acho que mesmo sem conseguirmos entrar, deu pra ter uma ideia da grandiosidade do estádio e sua importância pro futebol local.
Uma última olhada via buraco…
Ah, e pra quem se pergunta por quê a tristeza também no futsal, é que o time que outrora teve Falcão como principal jogador / embaixador, acabou vendo o final dessa parceria deixando a cidade órfã.
A cidade nasceu da doação de um terreno (feita por dona Maria Pires de Araújo) para a construção de uma capela, com o tempo, o povoado que surgiu em torno dela começou a ser chamado de São Bento do Cajuru (nome que os povos originários que habitavam o lugar o chamavam à época da chegada dos tropeiros: ka’îuru, que significa “boca do mato”).
A chegada da estrada de ferro acelerou o desenvolvimento da cidade…
18 de agosto de 1866 é considerada a data de fundação definitiva de Cajuru, onde encontram-se cachoeiras e quedas d’água, criando um amplo potencial turístico. Mas… Cá estamos para conhecer o Estádio Municipal Dr Guião.
O Estádio Municipal Dr Guião foi a casa do Clube Recreativo Cajuruense na disputa da terceira divisão em 1986, em sua única participação em campeonatos oficiais organizados pela Federação Paulista.
Oficialmente, o C.R. Cajuruense foi fundado em 1950, mas suas origens vêm da década de 30, e esta matéria da Gazeta de 1931 comprova a tese, anunciando naquele ano partida entre a então Associação Atlética Cajuruense o União Mogyana FC.
O time já contou em sua linha com um jogador que ficaria famoso como diretor de um grande clube: trata-se de Juvenal Juvêncio!
Em 1949 fez história disputando o Amador do Interior:
A cidade que no passado foi uma região das mais produtivas do café, com dezenas de fazendas faturando com a produção do chamado “ouro verde”, graças ao uso da mão de obra escravizada no século XIX teve que se reinventar com o passar do tempo. Primeiro substituindo os escravizados pela mão de obra imigrante (principalmente italiana) e pela própria presença dos estrangeiros como proprietários de novas terras. Aqui a cidade em 1910:
A religião se mostra presenta na cidade por meio de várias igrejas, conseguimos fotografar a Igreja Matriz de São Roque (estilo romano,segundo a Mari) e inaugurada em 1942. Atualmente abriga os monges da ordem Cistercienses e fica na praça Monsenhor Arnold:
Foi em São José do Rio Pardo que Euclides da Cunha escreveu “Os Sertões“, uma das obras mais importantes sobre a história do nosso país: a sangrenta e trágica Guerra dos Canudos. Mate sua saudade sobre a história de Antonio Conselheiro e seu povo autogerido:
A cidade foi servida por ferrovia entre 1884 e 1989, quando os trilhos foram retirados e no local foi construído uma avenida, fizemos uma foto de um local em que provavelmente serviu de estação:
Mas, nosso foco futeboleiro era conhecer as casas de dois times da cidade, comecemos pela Associação Atlética Riopardense!
A AA Rioperdense foi fundada em 1º de janeiro de 1930, e a partir de 1948 passou a disputar as competições oficiais da Federação Paulista jogando a segunda divisão até 1951, quando se licenciou.
Aqui, o time de 1943:
Em 1982, o time voltou ao profissionalismo para uma única disputa da terceira divisão. Desde então, dedica-se ao futebol amador.
Muitas pessoas tratam o estádio apenas de “Estádio da AA Riopardense“. Mesmo se você buscar pela Internet é difícil achar o nome verdadeiro do Estádio. Até porque como o estádio fica dentro do clube, as coisas se misturam.
Mas, logo dentro do clube, existe uma placa que esclarece os mistérios e mostra o real nome do local: Estádio Moacyr de Ávila Ribeiro.
O pessoal do clube foi bem bacana em permitir que a gente entrasse pra fazer umas fotos!
A essa altura do campeonato estávamos na estrada há várias horas e o calor era absurdo… Então imagina como ficamos ao ver esse visual…
Mas, há que se manter o foco. O nosso desafio era registrar o Estádio, que agora sabíamos, se chamar “Moacyr de Ávila Ribeiro“, e pra chegar lá, era necessário atravessar a quadra!
Atravessou? Então vamos lá! É hora de conhecer mais um campo histórico do futebol de São Paulo!
É impossível olhar para esse visual e não sentir uma mágica volta ao tempo… Olha que lindo essa arquibancada coberta!
E olha como tudo começou…
Naquela época, a entrada do estádio era pela rua Mossoró.
Ao fundo, o crescimento da cidade começa a aparecer, com direito até a arranha-céu…
Aqui o time rival da cidade, o Rio Pardo FC, em 1948, posando no campo da Associação:
Olha o “arquitetônico” banco de reservas.
O Estádio possui um sistema de iluminação que permite partidas noturnas (coisa que o meu Ramalhão até 2017 estava sem).
Detalhe para o setor das “cadeiras cobertas” no estádio, denominado “Camarote Tricolor”.
Mas o estádio tem também a ala do rock! Olha só essa parte atrás do gol com menções aos Stones, Marcelo D2, Pink Floyd e até uma foto/grafite do Chorão…
Dá vontade de não ir embora né? Mas a cidade é grande o suficiente para ter um segundo time, então é hora de nos despedimos do Estádio Moacyr de Ávila Ribeiro, a Associação Atlética Riopardense!
Assim, andamos um pouco e logo estávamos em frente ao Rio Pardo Futebol Clube!
O Rio Pardo Futebol Clube foi fundando em 2 de abril de 1909 e entrou pra história ao disputar quatro edições do campeonato paulista da segunda divisão (de 1948 a 51).
Aqui o time de 1951:
Pra quem gosta dessas fotos históricas, tem aí outras imagens de fases diferentes:
Mas o Rio Pardo FC também disputou três edições da quarta divisão (1963, 1964 e 1967) e mandavam seus jogos aqui! Na sede do clube:
Mas assim como no caso da Riopardense, as pessoas constumavam se referir a ele como o “Estádio do Rio Pardo FC”, mas… existe um nome! E ele é… Estádio Lupércio Torres.
No lugar em que esta placa está, parece que existia um tipo de pórtico de entrada:
E aí estamos nós!
Um pouco depois há um outro possível pórtico!
O clube é cercado por um muro e em várias partes dele existe o distintivo pintado na parede.
Aqui é a entrada do clube atualmente:
Vamos dar uma olhada na parte interna pra ficar triste?
É… Chegamos tarde…. As necessidades práticas do clube falaram mais alto que a memória histórica (e é claro que essa é uma decisão válida, uma vez que o clube segue vivo).
Pelo que entendi era aqui que ficava o campo:
Curiosamente, veja essa foto do time rival (Associação Atlética Riopardense) no próprio campo do Rio Pardo FC:
Bom, deu pra conhecer um pouco do estádio. Valeu a pena!
Assim como vale a pena ler a descrição encontrada no site www.cidadelivredoriopardo.com.br a descrição sobre o dia de um derbi: “O campo da Associação está repleto. Arquibancadas e gerais são redutos discriminatórios. Dois grandes grupos antagônicos se formam. As torcidas não se misturam. Nas arquibancadas e gerais daquele lado espremem-se os apaixonados da Associação, os “estegomias”. Na metade oposta, nos barrancos e laterais, os “bexigas-pretas”, torcedores do Rio Pardo. Gritos ofensivos cruzam o campo vazio. Mulheres, com roupas de festa, são sopranos e contraltos dos coros gritantes das torcidas, com urras, piquepiques, quadrinhas, “slogans”, hinos dos clubes, insultos, vaias… Guarda-chuvas, sombrinhas e muitos eucaliptos sombreiam o contorno do campo.” E por aí vai a história, leia lá no http://cidadelivredoriopardo.com.br.
Ah, antes de ir embora ainda deu pra cruzar com o Estádio do time local do Vasco da Gama (limitado ao futebol amador).
O time, embora se limite ao futebol amador, é bastante tradicional!
No caminho para a nossa próxima parada (a cidade de Cajuru) ainda pudemos pirar com o visual do Rio Pardo (eu nem sabia da existência da barragem lá…).
A sétima parte do nosso rolê nos levou à bela cidade de Vargem Grande do Sul, terra do amigo Felipe Oliveira, que trabalha comigo na RINO COM.
Mas se você gostaria de saber como foi que chegamos até aqui, confira os demais posts em que registramos os estádios de Pirassununga, Descalvado, Santa Rita do Passa Quatro, Tambaú, Santa Rosa de Viterbo e Santa Cruz das Palmeiras.
Atualmente, cerca de 42 mil pessoas vivem em Vargem Grande do Sul, mas isso não significa que a população local tenha aberto mão de velhos hábitos como o dominó na rua…
E se o medo afugenta as pessoas da rua nas grandes cidades, em Vargem Grande do Sul as pessoas se sentem protegidas por saber que lá no alto da cidade, o tradicional “Cristo Redentor” tá de olho em tudo que acontece.
A cidade nasceu de um antigo povoado, surgido às margens da antiga estrada Boiadeira percorrida pelos Bandeirantes no século XVII, em busca das minas de ouro de Goiás.
No fim do século XIX e início do século XX começaram a chegar os imigrantes que iriam formar a sua população.
O nome de Vargem Grande do Sul foi dado ao município em 1944. “Vargem” é o nome português que se dá à várzea dos rios e a cidade é cortada pelos rios Jaguari Mirim, Fartura e Verde.
Nosso objetivo nessa visita era registrar o Estádio Municipal Dr. Gabriel Mesquita.
O Estádio foi a casa da Associação Atlética Vargeana.
O time foi fundado em 26 de fevereiro de 1945.
Essa é a entrada do estádio.
Acho muito legal quando os estádios usam o portão pra valorizar o time, normalmente com as iniciais do time. No caso do EstádioDr. Gabriel Mesquita, acredito que as iniciais sejam referências a “Estádio Municipal”.
O Estádio está muito bem cuidado, mas infelizmente estava fechado… Mesmo assim, a salvadora escada que meu pai emprestou e colocou no porta malas do carro me permitiu fazer algumas fotos de dentro do campo.
Achei uma foto na Internet que mostra mais detalhes desse lado do gol:
Achei esse belo registro do time dos anos 40:
Depois de muito disputar os campeonatos amadores, a Vargeana decidiu encarar o profissional e em 1986 disputou sua única edição de um Campeonato Paulista jogando a terceira divisão daquele ano.
Esse é o time que disputou a terceirona de 86 (a foto foi gentilmente enviada pela Emily da Secreteria de Esportes de Vargem Grande do Sul):
Repare que no gol, temos a presença de um jovem que futuramente seria conhecido por outra profissão, falamos de Cléber Abade:
Ele parou em 2011, relembre como foi seu último jogo:
Recebemos da Emily uma outra foto, mas infelizmente a resolução está muito baixa:
Vamos conhecer o estádio por dentro? (ou melhor por cima…)
O estádio possui uma arquibancada coberta e uma descoberta na lateral do campo.
Aqui o gol da direita (pra quem olha de dentro da arquibancada coberta):
Olha que lindo o banco de reservas (dá pra ver como o gramado está bem cuidado):
Aqui uma visão do campo com a cidade ao fundo.
Esse é o time atual da AA Vargeana, que disputa os campeonatos amadores:
Assim, nos despedimos da cidade de Vargem Grande do Sul e voltamos à estrada para a próxima fase!
Caso você tenha interesse em ter uma camisa retrô, o site Só futebol oferece dois modelos das camisas da Vargeana. (clique aqui e confira).
Dando sequência ao nosso rolê, após termos registrado os estádios de Pirassununga, chegou a hora de conhecermos a cidade de Descalvado, onde meu avô Antonio Gimenez Penessor nasceu.
Descalvado possui uma população de cerca de 32 mil pessoas. É uma região que tem somado às tradicionais atividades agrícolas (principalmente a cultura de cana de açúcar e laranja) as indústrias, destaque para os produtos “Pet” e para a tradicional Usina Ipiranga, na foto abaixo.
A história de Descalvado também tem a ver com os bandeirantes que abriam caminho para fazendeiros plantarem milho, cana e café, entre outras culturas. E assim como na maior parte do Brasil, também existiu a mão de obra escravizada na produção de café (em 1878, Descalvado era o terceiro maior produtor de café do país). Veja o anúncio de 1867 da Gazeta
Para manchar ainda mais a história, havia um mercado de escravos, a Fazenda Babilônia, na região limite entre Descalvado e São Carlos. Em tempos atuais, parece que as pessoas querem esquecer esse fato e acho essencial relembrar que o Brasil teve (ou tem?) o trabalho escravo levantando as bases do país.
Logo, Descalvado recebeu os trilhos da Companhia Paulista de Estradas de Ferro o que colaborou para o desenvolvimento da região (a foto abaixo é do site www.estacoesferroviarias.com.br que reúne fotos históricas de estações de trem).
Pra quem lê isso hoje, talvez não entenda, mas costumo dizer que a chegada da estação de trem era como a chegada da Internet. Ela abria possibilidades, trazia produtos, permitia interação entre pessoas etc. Provavelmente, foi o trem quem trouxe as primeiras bolas de futebol para a cidade. E daí, surge nosso interesse: conhecer o Estádio Felisberto Bortoletto casa do CERD (Clube Esportivo e Recreativo Descalvadense).
O time foi fundado em 03 de dezembro de 1940 e começou jogando as competições amadoras. Esse é o time dos anos 60:
Em 1975, o time passou a disputar as competições profissionais da Federação Paulista de Futebol. Foram 6 passagens pelo campeonato da 3ª Divisão (1975, 1976, 1981, 1982, 1985 e 1986). E o grande momento do CERD foi o título da terceira divisão em 1986, deixando pra traz várias equipes tradicionais, com o time abaixo:
Porém, o título acabou se transformando em problema, uma vez que por falta de um estádio com capacidade mínima exigida pela Federação Paulista de Futebol, acabou tirando o Descalvadense da A-2 de 1987 e dessa forma fez com que desistisse para sempre do profissionalismo.
Mas, enfim… Senhoras e senhores, bem vindos ao Estádio Felisberto Bortoletto!
É sempre emocionante poder se ver em um lugar que marcou a história no futebol de tantas pessoas que vivem em Descalvado…
Tempo para nossa tradicional foto na bilheteria que 30 ano atrás recebia filas e mais filas para ver a final da terceirona!
Atualmente, o CERD possui um fantástico clube social recreativo!
O distintivo está espalhado pelo clube…
Mas manteve lá, o campo de futebol que assistiu a tantas glórias e conquistas!
Que tal uma olhada lá dentro?
Pois é…. Dessa vez quase não dá pra ver o campo direito, com tantos aparelhos sendo preparados para o show do Raimundos!
Quer dar uma volta pelo campo? Gire com a Mari!
O gramado está muito bonito!
Fico me perguntando há quanto tempo aquelas árvores estejam ali… Acompanhando o andamento de cada momento do clube…
Quantas histórias e lembranças devem estar guardados em cada degrau, cada lugar dessa arquibancada…
Quem sabe um dia acordaremos com a notícia da volta do CERD ao profissionalismo?
Por hora, dá tempo de um último olhar, antes de seguirmos viagem…
Ainda está lá, firme e forte, uma arquibancada coberta, com capacidade para cerca de 1000 pessoas.
Aqui, o gol do lado direito.
Detalhe para os bancos de reserva:
Pra se ter uma ideia do campo, esse é o gol da esquerda:
Olhando o meio campo, com detalhe para as árvores do lado de fora.
O Estádio é mais que um aparelho de esportes para a cidade, deu pra perceber que ele é um ponto de encontro entre os jovens e também as pessoas mais velhas.
Hora de ir embora, dando sequência a nossa viagem, sonhando com mais uma cidade cheia de potencial para se organizar e voltar ao profissionalismo.
Só depende das pessoas…