163- Camisa do C.A. Chacarita Juniors

A 163camisa vem em dose dupla. A primeira eu comprei para dar pra algum amigo, que eu não sei nem quem é mais hehehe e acabou ficando em casa. A segunda foi presente do Gabriel Uchida (www.fototorcida.com).

Ambas são do Club Atlético Chacarita Juniors!

Até hoje eu não consegui ter 100% de certeza, mas na minha cabeça, antes da Internet facilitar o conhecimento sobre o futebol argentino, eu tinha uma história que o Chacarita era um time formado por anarquistas.

Depois, já com a Internet, fiquei sabendo que foi fundado no dia 1o de Maio (dia do trabalho) de 1906, em uma livraria anarquista, em Villa Crespo, Buenos Aires, Argentina.

Outros dizem que o time foi formado por comunistas, daí o vermelho do escudo. O preto seria uma associação ao Cemitério do bairro. Aliás, o cemitério deu ainda o apelido da torcida do Chacarita: os funebreros.

O time mandava seus jogos no Estádio Villa Crespo até 1940, quando seu rival, o Club Atlético Atlanta, que mandava ali também os seus jogos, ficou com o campo, e obrigou o Chacarita a buscar um novo campo. Assim nascia uma grande rivalidade…

Esse era o estádio, nos anos 30:

O Chaca foi então mandar seus jogos na Villa Maipú em um estádio que foi recentemente reformado, e reaberto em 2011: o Estádio Chacarita Jrs.

Aqui, uma imagem do início do time.

Este é o time de 1924:

O time de 1945:

Em 1969, o clube conquistou o seu título mais importante, o Torneio Metropolitano do Campeonato Argentino, a primeira divisão da época, vencendo o River Plate por 4×1 na final.

Esse é o time de 1974:

Esse o time de 2000:

Mais recentemente, na temporada 2008/2009, conquistou o acesso a Elite do futebol, mas acabou voltando à Primera B Nacional, em 2010.

Além do Atlanta, outros times com forte rivalidade são o Platense, Tigre e Nueva Chicago.

A torcida do Chacarita Jrs é tida como uma das mais violentas e fanáticas do país, sua barra brava é conhecida como “La Famosa Banda de San Martin”.

A paixão pelo time é tão grande que existe até um curta metragem feito sobre o time e essa relação entre o hincha e seu clube.

Para maiores informações o site do time é www.chacaritajuniors.org.ar

E pra acabar, conheça um pouco da torcida do Chaca:

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162- Camisa do Olaria A.C. – RJ

Mantendo o blog em terras cariocas, a 162 a camisa de futebol adentra ao subúrbio do Rio de Janeiro para apresentar o time do bairro homônimo, o Olaria Atlético Clube!

A história do bairro começa em 1820, com a construção de inúmeros fornos para a confecção de tijolos, já que naquela época, o Morro do Alemão tinha muito barro. Daí vem o nome do barro, inicialmente conhecido como “a Região das Olarias”.

Graças a estas indústrias, em 1882, implantou-se a linha ferroviária, para colaborar com o escoamento da produção e consequentemente maior crescimento do bairro.

Alguns anos depois, em 1915, surgiria o Olaria Football Club, que na época chegou a se chamar “Japonês Football Club”.

O time era a forma de lazer de muitos do bairro, fosse para jogar ou para torcer e tamanho envolvimento justificou, em 1947, a construção do Estádio Mourão Vieira Filho, mais conhecido como Rua Bariri, que é o seu endereço.

Mas não é só o estádio que marca a arquitetura do local, existe também os tradicionais “prédinhos do IAPC (Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários)”, conjunto residencial que foi construído em várias cidades, na época em que Getúlio Vargas era presidente. O empreendimento trouxe ainda mais estrutura ao bairro.

Falando do time, em 1931, o Olaria conquistou o acesso à primeira divisão com o título da segundona carioca, com o time abaixo:

Em 1933, o salto foi ainda maior: o Olaria foi Vice Campeão carioca.

Este é o time de 1936:

Aqui, o time nos anos 50:

Aqui, o time dos anos 60:

Nos anos 70, quando chegou a disputar o Campeonato Brasileiro.

Em 1981, o time alcançou sua maior conquista: o Campeonato Brasileiro da Série C, até então conhecido como Taça de Bronze.

O título rendeu até livro, lançado recentemente pela Editora Oficina Raquela (clique aqui para acessar o site e comprar o livro por um preço bacana!)

Dois fatos curiosos sobre o time é que ele foi onde o Romário iniciou sua carreira e onde o Garrincha terminou a sua.

Em 2005, o time foi rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Carioca.

Em 2006, chegou a conquistar vaga na primeira divisão de 2007 num torneio seletivo, mas a justiça esportiva cancelou esse torneio, e o time permaneceu na segundona carioca.

Só em 2009, o Olaria conquista a vaga na primeira divisão com o vice campeonato da segunda divisão (o América sagrou-se vencedor).

Em 2011, chegou nas semifinais do campeonato, conquistando a Taça Woshington Rodrigues.

Porém, em 2013, novo rebaixamento no Carioca…

O hino do Olaria também foi composto por Lamartine Babo:  Olaria, teu esforço, tua glória. Estão crescendo dia a dia, Olaria. Tua pujança tua vida envaidece sua torcida, Olaria. Tua camisa azul e branca tem um “quê” de simpatia realizando sonhos mil. Tu serás um pioneiro do esporte no Brasil.  Clube da faixa azul-celeste, Tu vieste à Zona Norte Clube da faixa azul-celeste, És do esporte… pelo esporte.

Na última viagem que fizemos ao Rio, tínhamos como meta conhecer tanto o Estádio e fizemos um post só sobre ele (veja aqui como foi):

A torcida do Olaria mantém firme o amor do bairro pelo time, pintando de azul e branco o Estádio da Rua Bariri!

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158- Camisa da Seleção da Namíbia

A 158a camisa de futebol da coleção vem de um lugar pouco conhecido pelos brasileiros, e até mesmo pelo mundo. Falamos da Seleção da Namíbia, país do continente africano.

O território da Namíbia sofreu várias invasões e passou pelas mãos dos portugueses (que exploraram seu litoral por volta de 1485) e dos alemães, que passaram a administrar o país a partir de 1885, até a primeira guerra mundial.

A partir daí, a União Sul-Africana obteve o mandato da Liga das Nações para administrar o território.

A partir de 1966, a SWAPO (South-West Africa People’s Organisation), um movimento marxista independentista, entrou em guerra contra as forças ocupantes, e em 1990, a Namíbia tornou-se independente da África do Sul.

Nosso amigo Gabriel Uchida (do blog FotoTorcida) esteve por lá em 2012 e fez fotos incríveis das pessoas da tribo Himba juntas de alguns presentes que ele levou.

A tribo vive numa área bastante deserta. Tanto que as mulheres deixam a cor da pele para marrom-avermelhado usando uma pomada de manteiga, cinzas, ocre vermelho e ervas, que faz com que fiquem protegidas do sol intenso.

Outra característica marcante do povo são os cabelos trançados, de modo bastante peculiar.

A paixão pelo futebol também é parte da cultura por lá… Ao menos quando aparece uma bola por lá…

É o futebol quebrando fronteiras, distâncias e preconceitos.

Um dia espero poder visitar de perto o continente africano e conhecer um pouco da cultura deles.

Quem sabe eu volto com um cabelo bacana…

Voltando à nossa camisa de hoje, o futebol na Namíbia está reunido sob a NFA (Namibia Football Association), fundada em 1990. Como o sudoeste Africano nunca teve uma seleção de futebol própria, a Namibia Football Association teve de começar do zero.

Mas a Seleção Namibiana de Futebol teve seu primeiro jogo oficial, ainda como território da África do Sul em 1989, contra Angola e venceu por 1 a 0.

Em 1990, já como país independente, enfrentou o Zimbábue, saindo derrotada por 5 a 1.

O time quase conseguiu se classificar para o mundial de 94, dos EUA. A seleção da Namíbia ainda tem dois vice campeonatos da Taça COSAFA, em 1997 e 1999.

Já participou duas vezes da Copa Africana de Nações (1998 e 2008), sem nunca passar da primeira fase.

O time é conhecido pelo apelido “Bravos guerreiros”. E esse é o quadro atual (em 2013) de atletas:

O principal jogador namibiano é Collin Benjamin, que joga no futebol alemão. Atualmente, defende o Munique 1860, após ter atuado por uma década no Hamburgo SV.

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157- Camisa do Pouso Alegre F.C.

E lá vamos nós para mais uma camisa e mais uma história! Chegamos à 157ª camisa e infelizmente, falamos de mais um clube que não disputa os campeonatos profissionais: o Pouso Alegre Futebol Clube.

Consegui a camisa em uma visita que fiz à cidade de Pouso Alegre, em Minas Gerais. Clique aqui e veja como foi!

E em 2018, estivemos em uma partida do Pouso Alegre contra o Araxá. Veja aqui como foi.

A cidade de Pouso Alegre fica ao sul de Minas Gerais, bem próxima da divisa com o estado de São Paulo.

É uma cidade muito bacana, que mistura os aspectos do interior com o de uma cidade em pleno desenvolvimento!

O time foi fundado em 1913, como “Pouso Alegre Football Club“. Mas, as dificuldades naquela época eram grandes, e só em 1928, o rubro-negro se firmou com estabilidade. Em 1928, foi construído o estádio do Pouso Alegre Futebol Clube, o “Estádio da Comendador José Garcia“, permitindo a visita de muitos times paulistas e mineiros para desafiar o PAFC, como Guarani, Ponte Preta e o extinto Ypiranga, da capital. A Liga Esportiva Municipal de Amadores (LEMA) ficou responsável por administrar o Estádio, por isso, muitos o chamam de “Estádio da LEMA”.

O início do time foi marcado pela disputa de torneios municipais e intermunicipais. Outros times foram criados e o Pouso Alegre FC acabou sendo deixado de lado durante a década de 1950.

A década de 60 foi mais feliz para o time e a torcida do Pouso Alegre, e em 1967, o time não só voltou a ativa como decidiu participar pela primeira vez da Segunda Divisão do Campeonato Mineiro. Nessa época, a torcida comparecia em peso aos jogos do time!

E pra satisfazer sua torcida, o rubro negro foi o campeão da Chave Sul, classificando-se para a fase final, porém, a inscrição irregular de um jogador eliminou o time da sequência do campeonato.

Um fato curioso, é que em 1968, o Pouso Alegre FC disputou um amistoso com o Grêmio Recreativo Beta, de São Paulo e venceu por 38 a 0. A partida é considerada como a maior goleada do futebol mundial. Mas mesmo tantos gols não impediram o clube de  fechar suas portas no ano seguinte, após um mal campeonato.

Dessa forma, a década de 70 passou em silêncio para o time e até para a cidade, com o final da LEMA. O futebol só daria sinais de vida nos anos 80, com a reativação da Liga Municipal, e em 1983, com o retorno do Pouso Alegre F.C. à ativa.

No mesmo ano, o time sagrou-se campeão da Copa Sul Mineira, jogando apenas com atletas da cidade. Mas o ânimo que faltava ao time viria ainda no mesmo ano, com a conquista do Campeonato Amador do Estado de Minas Gerais. Essa conquista reacendeu time e torcida e em 1984, o time voltou a disputar a Segunda Divisão do Campeonato Mineiro.

Em 1988, o grande momento: o rubro negro de Pouso Alegre chega a Primeira Divisão do Campeonato Mineiro, após uma verdadeira batalha contra o Atlético de Três Corações, que teve final no tapetão e somente no ano seguinte, já com a primeira divisão em andamento. Resultado, o time de Pouso Alegre estreou com o campeonato já em andamento, chegando a jogar 3 vezes por semana para “alcançar” os demais clubes.

Em seu ano de estreia na primeirona, 1989, o time conseguiu se segurar na elite do futebol mineiro.

1990 é considerado o ano de ouro do Pouso Alegre Futebol Clube, terminando o campeonato na quinta colocação. Aquele time tinha no gol PC Gusmão, hoje técnico de futebol.

Aqui, um vídeo com os gols do time, em 1991:

Assim como acontece sempre, no final do ano o time foi desmontado e em 1992, o time voltou à segunda divisão. Em 1996, o então prefeito, João Batista Rosa, inaugura o Estádio Manduzão, com capacidade para 30 mil pessoas, considerado o 3º maior estádio de futebol de Minas Gerais. Estádio Manduzão Essa, a gente fez na nossa visita, em 2012:

O “dragão” permaneceu no chamado Módulo II do Campeonato Mineiro até 1998, quando novamente se afastou das disputas até 2009.

Em 2009, o time voltou a disputar a Segunda Divisão, terminando em quinto lugar. Aqui uma foto do pessoal do  Jogos Perdidos:

Depois de sua volta em 2009, o Dragão do Mandú, novamente se desligou do futebol profissional e mais uma vez deixou órfãos seus torcedores.

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155- Camisa da Universidad del Chile

A 155a camisa de futebol da nossa história foi presente de um casal de amigos muito bacanas, lá de Santiago, o José e a Javi.

Eles estiveram um tempo aqui no Brasil, e pudemos mais uma vez ver como o futebol pode ser capaz de reunir as pessoas. Levamos os dois até o Estádio Bruno José Daniel, onde o Santo André manda seus jogos.

Mas também fizemos uns rolês menos boleiros, como a visita ao pico o Jaraguá, guiados por Gabriel Uchida, que decidiu mostrar seu lado atlético!

A camisa defende as cores do time que eles torcem, a Universidad de Chile.

O site do time da Universidad de Chile é www.udechile.cl.

O time nasceu em 1927, com a fusão do Internado Football Club, do Club Atlético Universitario e do Club Náutico Universitario, com o apoio da Associação Desportiva da Universidade do Chile. Esse foi o primeiro time da La U:

A partir de 1938, passou a disputar o campeonato profissional. Esse é o time daquele ano:

Em 1940, conquistou seu primeiro campeonato nacional.

Em 1959, um novo título. O time já se tornara um dos mais populares da capital.

Os anos 60 deram o apelido ao time de ” O Ballet azul” devido às boas atuações, coroadas com títulos em 1962, 64, 65, 67, 68 e 69.

Em 1970, o time alcançou as semifinais da Copa Libertadores, sendo derrotado pelo Penarol, em partida extra disputada em Avellaneda.

Os anos 70 trariam ainda um grande recorde de vitórias sobre a rival Universidad Católica: foram mais de 13 anos sem derrotas. Esse é o time de 1976:

Mas, os anos 70 passaram sem grandes conquistas para o time. E os anos 80 ainda trouxeram grande crise financeira para o time. Chegaram a fazer uma rifa para construção do estádio que acabou não dando certo. Como momento mais trágico, em 1988, o time caiu para a segunda divisão. No ano seguinte, o time já estaria de volta à primeira divisão. Nos anos 90, 3 títulos nacionais em 1994, 95 e 99. Esse era o time de 99: Em 2000, novo título, abrindo bem a nova década!

O Campeonato Chileno passou a ser disputado como os demais na América Latina: com um torneio abertura e um clausura, e o time conquistou mais um título em 2004 (abertura). Em 2006, embora o time estivesse melhor do ponto de vista técnico, a crise econômica e jurídica do clube se agravou e para que o mesmo não fechasse as portas, foi feita uma concessão à Azul Azul S.A. para a gestão do clube por um período de 30 a 45 anos. A parceria ao menos manteve o clube como um time de ponta, trazendo os títulos dos Torneios Abertura de 2009, 2011 e 2012 e o clausura de 2011. Em 2010, o time foi semifinalista da Libertadores. Em 2011, veio a conquista da Copa Sulamericana, passando por equipes como o Flamengo, Arsenal, Vasco da Gama, e batendo a LDU (Liga de Quito de Ecuador) na final.

Nós já estivemos em Santiago por duas vezes e em ambas fomos a jogos da Universidad de Chile, veja aqui como foi em 2011 e aqui como foi em 2012. Pra quem tem preguiça de entrar nos links, seguem algumas fotos desses roles, aqui em frente ao Estádio Nacional, em 2011: Aqui, dentro do Estádio: Estádios são ambientes incríveis para se conhecer um país!

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152- Camisa da AD Guarulhos

A 152a camisa de futebol da nossa coleção vem da cidade de Guarulhos e consegui graças à ajuda do amigo e incentivador do futebol local Francisco Tardivo Neto.

O time dono da camisa é a Associação Desportiva Guarulhos!

O time nasceu em fevereiro de 1964, como Associação Desportiva Vila das Palmeiras, referência ao seu bairro de origem. Suas cores iniciais eram verde e branco.

O Francisco tem até a camisa deles, olha só:

Durante os primeiros anos do clube, o foco eram as competições amadoras.

A partir de 1981, o clube passou a disputar as competições profissionais da Federação Paulista de Futebol.

Porém, o time enfrentou as velhas dificuldades do futebol brasileiro, principalmente porque no início estava muito mais ligado ao seu bairro e o Brasil ainda está longe de conseguir ter times de bairro brilhando nos campos…

Para melhorar essa situação, a partir de 1994, passou a se denominar Associação Desportiva Guarulhos e utilizar as cores da bandeira da cidade: azul, branco e vermelho.

Esse movimento ajudou a identificar mais o time com a cidade e nesse ano, a AD realizou sua melhor campanha ao chegar ao vice-título da Série B1-A.

Em 2003, licenciou-se  da Federação Paulista e só voltou em 2005.

Esse é o time de 2009, fotografado pelo pessoal do Jogos Perdidos, num jogo contra o Jabaquara, em Santos.

Seu mascote é um índio!

Já estivemos acompanhando uma partida do time, num “clássico da grande SP” contra o Nacional.

Para maiores informações, acesse: http://adguarulhos.blogspot.com.br

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151- Camisa da Esportiva Santacruzense

A 151ª camisas de futebol do blog representa novamente a força do interior de São Paulo e foi presente do amigo Daniel, que trabalha na Heinz Brasil.

O time defende as cores e a cultura da cidade de Santa Cruz do Rio Pardo, que já tivemos o prazer de visitar e que tem, uma história futebolística muito interessante, remetendo ao início do século XX (maiores informações, podem ser encontradas no excelente site: www.satoprado.com.br).

O time em questão é a Associação Esportiva Santacruzense, fundado em 1935, por funcionários da Estrada de Ferro Sorocabana. Sim, mais um time que tem seu coração ligado aos trilhos dos trens que cortam o estado de São Paulo. Graças a este início “ferroviário”, o time tem o apelido de “Locomotiva“, e seu mascote também nasce dessa história. De 1935 até o início dos anos 50, o time se concentrou na disputa de campeonatos amadores. Aqui, uma foto de 1936: Esse é o time de 1948, em frente à “Maria Fumaça” da época: Em 1954, fez sua estreia no profissionalismo, disputando o Campeonato Paulista da Terceira Divisão, e já em 1956, chegou ao vicecampeonato, com o time abaixo: O time passou alguns anos afastado do profissionalismo, e só retornou, em 1962, na Segunda Divisão (equivalente à atual A3), onde sagrou-se campeão, com o time abaixo. Com essa conquista, passou a disputar, a segunda divisão. Encontrei essa foto de um jogo contra a Ferroviária, em 1963: Ficou na segunda divisão até 1967, quando novamente ficou longe dos gramados. Isso seria uma constante na vida do time. Esse é o elenco de 1964: Em 1969, voltou para disputar a Segunda Divisão, mas novamente parou suas atividades, retornando apenas em 1979, na Quinta Divisão estadual. A década de 80 foi marcada por novas paralisações. Mas montou times que marcaram a cidade!

Em 86, 88 e 89 disputou o Campeonato Paulista da Terceira Divisão. Em 1991, voltou a disputar as competições oficiais e em 1994 chegou à série A2. Mas novamente se licenciou até 2004, quando voltou para a disputa da então chamada série B2. Em 201o, conseguiu o acesso à série A3. Em 2011, foi vice campeã da série A3, dando acesso à série A2, onde está até atualmente (2013). O pessoal do JOGOS PERDIDOS esteve por lá e fez uma bela cobertura, confira aqui! Em 2013, tive a oportunidade de assistir ao jogo da Esportiva Santacruzense, contra o Santo André, algumas fotos podem ser vistas no link: FOTOS. O time manda seus jogos no Estádio Leônidas Camarinha. Estivemos lá e uma das coisas mais legais, é sua entrada estreita, tão comum nos campos do interior antigamente. A capacidade do Estádio é de mais de 10.000 torcedores.

O estádio foi inaugurado em 1950, com o nome de Estádio Municipal de Santa Cruz do Rio Pardo.

O jogo inaugural foi entre o Santos e a Santacruzense. O placar é daqueles bem tradicionais…

O site ainda está em construção, mas é o http://www.esportivasantacruz.com.br/ O hino do time pode ser ouvido neste vídeo:

Agora, pra conhecer a torcida tem que topar “quebrar o puleirão”!!

Para os mais sossegados, pode torcer pra Locomotiva, da laje mesmo…

Apoie o time da sua cidade!!!

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150- Camisa do 1FC Nürnberg

A 150a  camisa da coleção vem da Alemanha e foi presente da amiga Júlia. Essa camisa vermelha deixou de ser usada na temporada atual, após se tornar a mais tradicional. Agora jogam com a bordô ou a branca.

O time dono da camisa é o “1. FC Nuremberg”, da cidade de Nuremberg, na Alemanha, onde aconteceram os julgamentos dos oficiais nazistas após a segunda guerra mundial.

O time foi fundado em maio de 1900, quando um grupo de jovens tiveram a ideia de criar um clube de futebol após lerem sobre o assunto em uma revista.

O mascote do time é um cavaleiro:

O time fez sua primeira partida oficial contra o Bayern de Munique, em 1901.

Aqui, o time de 1902: Durante as primeiras décadas de existência, o 1FCN não chegou a ter tantas conquistas e reconhecimento pois disputava o campeonato do sul da Alemanha. Porém, após a Primeira Guerra Mundial, o time conseguiu fazer história ao permanecer invicto entre 1918 e 1922, ficando 104 jogos sem perder, ganhando o apelido de “Der Club” (O clube). O primeiro título no pós guerra, veio contra o Spielvereinigung Greuther Fürth na temporada 1919/1920. A década de 20 seria o período mágico do time. Mais quatro títulos nacionais viriam. Aqui, o time na final de 1921: Aqui, o time de 1927: Na década de 30 chegaria a mais uma final em 1933/1934, perdendo para o Schalke 04. Outro título viria na temporada 1935/1936, além das duas primeiras Copas da Alemanha, em 1935 e 1939. Aqui o time que conquistou a Copa de 1935: Durante a segunda guerra, os campeonatos foram suspensos, mas logo que voltaram a ser disputados, o 1FC Nueremberg sagrou-se campeão na temporada 1947/1948. Aqui, o time entrando para a disputa da final: O próximo título nacional viria na temporada 1960/1961. Aqui, uma cena da final: Em 1962, outra Copa foi conquistada. Mais que isso, os bons resultados garantiram o time na disputa da Bundesliga, que iniciou em 1963. Sua última conquista nacional se daria em 1967/1968. No ano seguinte, o clube enfrentaria seu primeiro rebaixamento. Pra piorar, o rival Schalke 04 tornava-se um time forte e cada vez mais popular, tornando as brigas entre seus torcedores cada vez mais constante. O time permaneceu entre quedas e acessos, tendo 1988, como o melhor ano na época. Na temporada 1995/1996, o time acabou rebaixado para a terceira divisão. A partir daí o time passou a se recuperar até voltar à primeira divisão em 1998/1999. Em 2006, após um longo jejum, o time conquistou mais uma Copa da Alemanha. Porém em 2008 o time voltou à segunda divisão, recuperando-se e voltando à primeira, onde está até então (2013). O time manda seus jogos no Estádio Frankenstadion, com capacidade para mais de 45 mil torcedores. Pra celebrar mais um time conhecido, que tal uma cerveja do clube: Saiba mais sobre o time em: www.fcn.de

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148- Camisa da Francana

A 148a camisa de futebol foi presente do amigo Renato Ramos, da Fúria Andreense. O time defende as cores da cidade de Franca, com mais de 300 mil habitantes e conhecida como a capital nacional dos calçados masculinos! O time dono da camisa é a Associação Atlética Francana. A história do time começa há 100 anos atrás (sim, escrevo este post no ano do centenário), em 1912, quando o clube foi fundado com a ideia de incentivar o esporte entre professores, comerciantes e demais trabalhadores da cidade. Por isso o time é conhecido como “a Veterana”. Durante muito tempo, mandou seus jogos no Estádio da Bela Vista, construído em 1922, em um terreno doado pelo Coronel Francisco de Andrade Junqueira, por isso, o Estádio também é chamado de “Nhô Chico”. Ali, a Francana mandou seus jogos até 1969, quando a Prefeitura construiu o Estádio Municipal José Lancha Filho, com capacidade para 15.100 pessoas. Veja aqui como foi nossa visita ao estádio em 2018. Após anos disputando contra equipes da cidade, chegava a vez de sonhos maiores. O time filiou-se a Apea (Associação Paulista de Esportes Atléticos) e passou a disputar o Campeonato da Mogiana e em 1921, chegou à final perdendo o título para o Comercial, de Ribeirão Preto. Em 1923, sagrou-se campeã da Alta Mogiana, derrotando o Botafogo de Ribeirão Preto, mas perdeu a disputa de Campeão do Interior contra o Rio Branco. Em 1925, novamente foi campeã, dessa vez invicta. Porém, mais um vez perdeu o título do interior, dessa vez contra o Velo Clube, de Rio Claro. A partir de 1948, passou a disputar o Campeonato da Divisão de Acesso, agora pela Federação Paulista de Futebol. Em seu primeiro ano, acabou em terceiro lugar. O Campeonato de 1949 era dividido em quatro séries, de onde se classificavam apenas os campeões. O time abaixo, ficou em segundo na série Branca (Mogiana), atrás do Batatais: O time seguiu na disputa da divisão de acesso. Aqui, uma foto de 1950: Em 1958, o campeonato foi dividido em 4 módulos e a Francana terminou como líder do seu grupo (o Amarelo), sendo desclassificado na fase seguinte, contra o Corinthians de Presidente Prudente, o Rio Preto, entre outros times. Aliás, lembrei que tenho um ítem de colecionador aqui, referente a este ano: Em 1964, foi novamente campeã do seu módulo (o “João Mendonça Falcão”) e fez ótimos campeonatos em 1968, 1969 e 1976, mas sem conquistar o sonhado acesso. Aqui, o time de 1967: Contam que em 1969, jogando a final contra a Ponte Preta, o time chegou a comemorar o título após vencer por 3×1, mas somente dias depois souberam que perderam a vaga para a primeira divisão, no saldo de gols (por um gol…). Esse era o time daquele ano: Então chegou 1977, com um time que tinha como maior estrela um craque chamado Assis, e trazia ainda no gol, uma figura que permanece até hoje no mundo do futebol: Geninho.

Com esse time, a Francana derrotou o Araçatuba, por 2 x 0, na final, conquistando enfim o direito de disputar a primeira divisão estadual.

Enfim, 1978 viu a Francana na elite do futebol paulista. E a torcida não fez por menos, tornando o clube campeão de renda no interior. Na classificação, o time também foi bem e ficou entre os oito melhores. Neste período, destacam-se vitórias históricas contra o São Paulo (2 a 0), em pleno Pacaembu, em 19 de outubro de 1978, conquistadas pelo time abaixo: No ano seguinte, bateu o Corinthians por 1 x0, em pleno Pacaembú, frente a mais de 40 mil torcedores. Em 1982, venceu o Santos, na Vila Belmiro, mas não conseguiu impedir o rebaixamento… Só voltou a disputar o profissional, em 1984, novamente na divisão de acesso. Em 1989, o time quase voltou. sendo novamente líder do seu grupo, na primeira fase. No começo dos anos 90, o time acabou rebaixado para a série A3, e por lá ficou até 1996, quando conseguiu o acesso à A2. Em 1997, chegou ao quadrangular final do Campeonato Brasileiro da Série C, perdendo o acesso à Série B na última rodada.

Em 2002, o acesso à primeira divisão estava em suas mãos, quando na final da Série A-2 contra o Marília vencendo em Franca por 2 x 0, mas sendo batido por 3×0, em Marília. Em 2005, acabou novamente rebaixado para a Série A-3, onde está até atualmente, 2012. Sempre com campanhas regulares, mas não suficientes para garantir o acesso à série A2. Como foi o caso do time de 2011: Para saber mais sobre o time, acesse: www.aafrancana.com.br Ah, um detalhe que não pode ser esquecido é a mascote do time, que foi criada com base em um grande rival, o Catanduvense. Como o “apelido” da cidade de Catanduva é “A cidade feitiço”, após uma vitória do Francana, surgiu a Feiticeira Verde:

O hino do time:

Que tal acompanhar um pouco da realidade do estádio, com a torcida Dragões da Veterana:

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146- Camisa do Comercial de Ribeirão Preto

A 146ª camisa de futebol do blog vem de uma grande cidade do interior paulista que consegue unir desenvolvimento à natureza: Ribeirão Preto!

Mais uma vez foi presente do amigo Guilherme, El Pibe, que escreve o www.expulsosdecampo.blogspot.com .

Falaremos hoje da camisa e da história do Commercial Football Club.

A história deste tradicional time do interior paulista, começa em 1911, quando um grupo de comerciantes se reuniu para montar seu próprio time de futebol. É incrível como as pessoas do início do século XX conseguiram dar valor aos atos de criação dos times, quase como que prevendo que se transformariam em instituições “eternas”. Hoje, os fundadores do time dão nomes às cadeiras cativas do estádio. A primeira partida seria disputada ainda em 1911, uma derrota por 3×1 para a Associação Athletico Gymnasial, de Ribeirão Preto. Em 1915, enfrentou o badalado SC Germânia, da capital paulista e venceu por 4 a 1. Assim como estes, vários amistosos mantiveram a torcida em polvorosa nos primeiros anos do clube. Em 1919, disputou o Campeonato Paulista – Divisão do Interior da APEA (Associação Paulista de Esportes Athléticos), tornando-se vice-campeão. Em 1920, disputou uma série de amistosos no Pernambuco onde conquistou 7 vitórias e um empate, dando origem ao apelido e futuro mascote do time: o Leão do Norte.

Em 1922, fato curioso, o time disputou um amistoso contra a Seleção Argentina, no Estádio da Rua Tibiriçá, onde mandava seus jogos. Em 1927, estreiou na Primeira Divisão do futebol paulista. Esse é o time dos anos 20: A crise de 29, que afetou o mundo todo, principalmente os EUA acabou chegando até os cafeicultores de Ribeirão Preto e manteve o time fora das disputas até 1954. Em 1954, o time ressurge, agora como Comercial Futebol Clube e passou a mandar seus jogos no Estádio Antônio da Costa Coelho, campo do E.C. Mogiana. O retorno foi marcado por uma série de amistosos, com destaque para a derrota para o São Paulo FC. Mas o time também participou da segunda divisão, chegando a final contra o EC Taubaté, que acabou num 0x0, dando o título e o acesso à primeira divisão ao Burro da Central. Seria neste ano que aconteceria o primeiro clássico “Come-Fogo”, da fase profissional, terminando num empate em 1×1. O título paulista da segunda divisão viria em 1958, junto do acesso para primeira divisão, fazendo a final contra o Corinthians de Presidente Prudente, em jogo no Estádio do Pacaembu. A partir daí, a torcida do Comercial se acostumou a disputar a elite do futebol paulista e os anos 60 acabaram marcados como os anos de glória do time. Em 1962, o clube foi vice-campeão da Taça São Paulo, perdendo apenas a final para o Santos de Pelé. Esse é o time de um ano antes: Em 1964, era hora de inaugurar seu estádio, o Palma Travassos, utilizado até os dias de hoje e apelidado de “La Bafonera”.

Em 1965, venceu a Copa Ribeirão Preto jogando contra Corinthians, Fluminense e Botafogo carioca e ainda empatou em 1×1 com o Peñarol do Uruguai, em um amistoso.

Em 1966, o Leão acabou com uma invencibilidade de 14 jogos do Palmeiras e fez um jogo inesquecível contra o Santos de Pelé, perdendo por 7×5. Ainda faria incríveis 8×1 no Bragantino, terminando em terceiro lugar no campeonato paulista. O ano ainda traria uma incrível surpresa, o time enfrentaria a Seleção Brasileira (perdendo por 4×2), em Amparo.

Em 1972, o Comercial ficaria marcado como o último time a levar um gol do craque Garrincha (Olaria 2 x 2 Comercial). Em 1974, terminou o Paulistão em sétimo lugar. Em uma disputa histórica, conquistou a vaga para o Brasileiro de 1978, em cima do Botafogo FC. Em 1979, ficou em 14º, num brasileirão que contou com quase 100 clubes.

No início da década de 1980, o Comercial conseguiu grandes resultados como golear o Corinthians em Palma Travassos por 4 a 0, o Santos na vila: 3 a 1, o São Paulo no Morumbi por 5 a 4. Em 1980 foi campeão do primeiro turno da Taça de Prata, a segunda divisão do Campeonato Brasileiro na época. Em 1983, fez 4×1, no São Paulo, no Estádio Palma Travassos. Em 1986, um soco no estômago da torcida… O Comercial acaba rebaixado para a Divisão Intermediária do Campeonato Paulista, mesmo tendo vencido novamente o forte São Paulo FC, dentro Morumbi, por 5×4. Olha, que legal o Come-Fogo de 1986, que bom público: O time se segurou na segunda divisão até 1993, quando conquistou o acesso, porém… Foi quando a Federação organizou o campeonato com as atuais definições (A1, A2, A3 e B) mantendo o time Comercialino na série A2, longe dos holofotes da imprensa. Os anos seguiam, e mesmo com o constante apoio de sua apaixonada torcida, em 2009, o time viveu um novo momento de terror. O Comercial era rebaixado para a série A3, e vivia uma forte crise financeira. Até o Estádio Palma Travassos, entrou em disputa para saldar dívidas. Parecia o fim. Mas não foi. Graças a uma série de esforços locais, passando por uma polêmica parceria com o grupo Lacerda Sports Brasil e com o OléBrasil (até então, terceiro time de Ribeirão Preto), até culminar com o movimento “Comercial meu amor Imortal”. Os resultados logo vieram, em 2010 mesmo, o time conseguiu retornar à série A2, ainda que com por meio de uma manobra legal. O time do Votoraty (fortemente ligado ao grupo OléBrasil) desistiu de continuar disputando a série A2, e o Comercial acabou herdando sua vaga. O ano seguinte, no centenário do Comercial, apresentou ao Leão uma A2 bastante forte e competitiva, mas conquistou o acesso de volta à elite do Paulistão, com o time: Para celebrar o centenário, o Comercial realizou uma excursão para Europa, onde fez cinco amistosos, vencendo 3, empatando 1 e perdendo 1. Ainda foi publicado o livro “Comercial – Uma paixão centenária”, pelo pesquisador Igor Ramos. Para marcar ainda mais o ano do centenário, o Comercial ficou ainda com o vice-campeonato da Copa Paulista, perdendo o título para o Paulista de Jundiaí.

Infelizmente, em 2012 o Comercial acabou voltando para a serie A2. Destaque para a galera da Mancha Alvinegra, fundada em 1986.

Outra torcida que merece destaque é a Batalhão Alvinegro, desde 2002 e da qual faz parte nosso amigo Alfredo “Sapo”, lá de Serrana!

Maiores informações sobre o clube podem ser encontradas no site oficial: www.comercialfc.com.br Curta um pouco com a torcida do Comercial…

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