63- Camisa do Quilmes Atlético Club

63a camisa da coleção vem da minha amada Argentina, terra onde ainda vou morar um dia! Peguei essa camisa numa loja, do famoso bairro “Once” (o “Bom Retiro” de Buenos Aires). Paguei 18 pesos (uma pechincha) por essa réplica muito bonita! Algum tempo depois, essa aqui também passou por aqui:

Camisa do Quilmes

O time em questão é o Quilmes Atlético Club, que representa Quilmes, uma cidade da província de Buenos Aires. É como uma cidade satélite, encostada a Bs As. É nesta cidade que se produz a cerveja Quilmes (veja alguns comerciais no post que fiz sobre a camisa da seleção Argentina):

Por isso mesmo, o apelido do time e dos torcedores é “Cervejeiro”. Embora a cidade de Quilmes seja um lugar bem legal para se visitar, eu nunca estive lá… Mas.. nunca é tarde!

O time nasceu em novembro de 1887, como um clube de cricket e é considerado um dos mais antigos da Argentina. Entretanto, como só existem documentos datados de 10 anos mais tarde (1897), existe muita discussão sobre a data correta. Suas cores são o azul e branco, conforme pode se ver logo de cara, em seu brasão:

O começo do Quilmes teve uma cara mais britânica que sulamericana. Só eram aceitos sócios de origem inlgesa, e o cricket era o esporte mandante. O futebol só foi aparecer em 1898, graças a alguns ingleses futeboleiros que ingressaram no clube, enquanto que sócios argentinos só foram fazer parte do clube no início do século XX. Logo em 1912, ainda no amadorismo, conquistou seu primeiro título argentino; “Campeão da Associação Amadora”, com o time abaixo:

Em 1931, quando o futebol profissional surgiu na Argentina, o Quilmes decidiu profissionalizar-se e assim disputou o primeiro torneio profissional do país. Veja abaixo o time de 1932:

Em 1937 foi rebaixado para a Segunda Divisão, de onde retornaria mais de 10 anos depois, em 1949, com o título de Campeão da Primeira B, com o time:

Em 1951, nova queda à Primeira B, onde ficou mais 10 anos, saindo com o título de 1961 (na verdade o campeão foi o Newell’s Old Boys, mas uma investigação conseguiu comprovar uma “mala branca” do time de Rosário, dando o título ao time cervejeiro). Infelizmente a permanência foi breve e já em 1962, o time volta à Primeira B. Em 1965 um vice campeonato traz o Quilmes de volta à primeira (o Colón foi campeão). Mas, em 1970 nova queda a B, de onde retornaria em 1975, com mais um título! (San Telmo foi o vice). Em 1978, o time conquista o título maisimportante de sua história, o do Campeonato Metropolitano, e com isso consegue acesso à sonhada Libertadores de América.
Em pé: Fanesi, Palacios, Milozzi, Gáspari, Zárate y Medina. Agachados: Milano, Bianchini, Andreuchi, Gómez y Salinas. En 1979, disputou a Copa Libertadores de América num grupo que tinha o também argentino Independiente e os colombianos Deportivo Cali e Millonarios, mas não conseguiu se classificar para a segunda fase. No ano seguinte, voltou a Primeira B após uma campanha fraca. Em 1981, Quilmes mostra que é o rei do sobe e desce e retorna à primeira, sendo vice campeão (o campeão foi o Nueva Chicago). Já 82 foi o ano dos extremos. No primeiro semestre realizou belíssima campanha e foi vice campeão conseguindo o acesso ao torneio nacional, entretanto, no segundo, conseguiu ficar em penúltimo caindo para a Primeira B. Em 1986 surge o torneio Nacional B, e como o Quilmes não conseguiu disputá-lo, teve que jogar o equivalente à terceira divisão argentina. O processo de divisão lá é diferente do nosso, como você já deve ter percebido. Assim, o título conquistado na temporada 1986/87, da Primeira B dá acesso ao Nacional B. Como comemoração do centenário, em 1987, o Presidente José Meiszner promete a construção de um novo estádio, que só viria a se concretizar anos mais tarde. No jogo de estréia, em 1993, houve uma partida entre o time de 1978 contra uma equipe que reuniu jogadores de todas as épocas do time. Mas vamos ver o estádio que o time mandava seus jogos até então, o “Guido e Sarmiento”: A temporada 1990/91 é mais uma feliz campanha do Quilmes. Com a conquista do campeonato Nacional B, é hora de voltar a Primeira Divisão. Mas, adivinhe… Na temporada seguinte… Novo rebaixamento, e a volta ao Nacional B. A partir da temporada 1995/96, o Estádio Centenário torna-se a casa do Quilmes. Veja um pouco como é a atual casa do time: Nas temporadas 1999/2000 e 2000/01 mesmo sendo vice campeão da Primeira B Nacional, não conseguiu o acesso pois perdeu o jogo de decisão contra o Belgrano, o acesso só viria na temporada seguinte ao vencer o Argentinos Juniors, na decisão. Na sequência, o time alcançou a Libertadores ao terminar na quinta colocação da temporada 2003/04, com o time abaixo: Em 2005, após eliminar o Colo-Colo na chamada “Pré Libertadores”, o time argentino caiu no grupo do Sao Paulo, Universidad de Chile e The Strongest. Pra quem não se lembra foi aquele ano que ficou marcado pela acusação de racismo do Grafite contra o Desabato. Novamente o time não passou da primeira fase. Nas temporadas seguintes o time teve um mal desempenho, mas manteve-se na primeira divisão até a temporada 2006/07, quando voltou para a Primeira B, onde segue até então. Vale destacar a amizade que o time e a torcida tem com o time Chicago, antigo rival. A amizade nasceu no início da década de 70, auge do peronismo, que estava bastante presente nos sindicatos. E como os sindicatos possuiam torcedores de ambos os times, dentro deles foi surgindo um maior relacionamento entre torcedores dos dois times e que acabou sendo oficializado nas arquibancadas. A amizade chegou a prestar ajuda num momento difícil, quando após um acidente com o onibus do time cervejeiro, em 1984, torcedores do Chicago se colocaram prontos a ajudar no transporte dos machucados para o hospital. Achei um site aparentemente mantido por torcedores, muito legal: www.cervecero.com.ar Um pouco da visão das arquibancadas : E que tal olhar umas fotos da torcida Cervejeira e do dia a dia do time ao som de… Roberto Carlos??? (Calma, que é na versão do A77aque!!): Para maiores informações, o site oficial do time é www.quilmesaclub.com.ar

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Decisão da Copa Paulista 2009 – Votoraty Campeão!!

Se para algumas pessoas, domingo de manhã é hora de se recuperar do rolê de sábado a noite, para quem gosta de futebol, esse domigo não teve moleza! Eu e a Mari saímos de Cosmópolis às 8 horas para ir ao Estádio Domenico Paolo Mettidieri, na cidade de Votorantim, para acompanhar a final da Copa Paulista de 2009 grande momento do Votoraty FC. Para quem não se programou, logo de cara uma má notícia… Como eu já esperava por isso, pedi pro meu pai (que estava em Votorantim desde 6a feira) comprar os ingressos, e assim fomos tranquilo. Na entrada pude ver que realmente os prometidos mais de 4 mil torcedores realmente compareceram. Também… Esse seria um jogo histórico para a cidade, independente de quem vencesse. E eu e a Mari fizemos questão de eternizar nossa presença ali.

E eu fui além e ainda saí numa foto com o Tigre, mascote do Votoraty! Dentro do estádio não haviam muitos lugares, as cadeiras cobertas completamente tomadas, e os demais poucos lugares eram debaixo de um sol de 40 graus…

Mas nada desanimou a torcida local, que preencheu cada lugar das arquibancadas! Ainda teve quem ganhasse um boné de um parceiro/patrocinador (não sei ao certo), para encarar o sol ardido que queimava sem perdoar.

Mas, no geral, a solução foi enfrentar o calor com o coração. Assistir o jogo inteiro de pé, cantando e pulando, sem parar, como fizeram os torcedores da “Grená Manguaça“: Além deles, o pessoal do “Guerreiros do Tigre” e da “Geração Votoraty” animou o jogo todo! A festa inclui fumaça colorida… E até balões que literalmente levaram o nome do time pra cima! Não que do outro lado, a torcida do Paulista não fizesse barulho e festa, mesmo com apenas 500 torcedores. Lá estavam torcedores anônimos e as organizadas que acompanham o clube de Jundiaí.

Mas a cidade de Votorantim queria esse título de qualquer jeito, e a torcida local pressionou muito, pulando na arquibancada:

Ou colado no alambrado… E o Tigre por lá, levantando quem ousasse sentar um minuto! Com tamanha pressão, o time do Votoraty não bobeou, e de penalty, fez 1×0, veja o momento do gol: Com o estádio em festa, o Votoraty arrumou um jeito de marcar mais 2 gols ainda no primeiro tempo. E com 3×0, a taça, embora ainda bem protegida pelos seguranças da FPF já parecia ter dono…

E verdade seja dita, o estádio estava lindo nesse domingo, merecendo ficar com a taça…

Pra onde quer que olhasse havia uma faixa, uma bandeira, um torcedor gritando… O atleta símbolo do “Sport Club Savóia” observava orgulhoso os atuais filhos da cidade repetirem os feitos heróicos que há quase um século aconteceram pela região (isso fica prum próximo post). O segundo tempo trouxe mais 3 gols, dois do Votoraty e um do Paulista, ou seja… Parabéns torcedores do Votoraty, vocês são campeões… Mais que isso, ano que vem teremos Copa do Brasil passando por Votorantim. Solte o grito…

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59- Camisa do Coritiba

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59a Camisa de Futebol do nosso blog é a camisa do Coritiba Foot Ball Club.

É uma réplica, comprada num calçadão em Curitiba por R$16. Adoro réplicas bem feitas a preços camaradas… Por que não se pode ter camisas oficiais mais baratas?? Pô, de R$16 pra R$116 é demais….

A Camisa do Coritiba lembra muito a do Celtic, ou do Sporting de Portugal, e eu acho uma combinação de cores ótima para listras horizontais. O detalhe é para o número dourado, que também acho bonito:

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Bom, mas falemos sobre o Coritiba Foot Ball Club, dono da camisa, sem dúvida um dos maiores clubes brasileiros.

Confesso que me sinto um pouco constrangido para falar de grandes clubes, então, antes de mais nada, se quiser ver o que eles mesmos falam, o site do time é www.coritiba.com.br .

O Coritiba foi fundado em 12 de outubro de 1909, ou seja, festejou, esse ano seu primeiro centenário.

coritiba centenario

O clube nasceu graças a Frederico Fritz Essenfelder, um dos membro de um grupo de atletas que praticavam ginástica, que apareceu com uma bola e apresentou o jogo aos colegas.

Frederico Fritz Essenfelder

Logo, todos estavam completamente apaixonados pelo esporte e decidiram fundar um clube só de futebol. Nascia o Coritibano Football Club.

No dia 23 de outubro de 1909, tiveram seu primeiro jogo contra um time de funcionários da estrada de ferro de Ponta Grossa .

Abaixo, a foto do time que jogou sob o nome Coritubano:

coritiba1909

Até 1916, usou a área do Jóquei Clube Paranaense como campo.

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Jogo no Jóquei Clube, em 1912

Em 1910, o nome do clube foi alterado para Coritiba, grafia européia, utilizada na época para designar a cidade. As cores, verde e branco, são uma referência às da bandeira do estado.

Em 1915 o clube participa de sua primeira competição oficial, e no ano seguinte, conqusitou seu primeiro título, no campeonato estadual.

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O time é popularmente chamado de “Coxa Branca”, devido aos seus primeiros times serem formados basicamente por descendentes de alemães. Um dos possíveis criadores do apelido seria Jofre Cabral e Silva (torcedor e anos mais tarde, presidente do rival Atlético Paranaense) que tentava irritar o zagueiro Hans Breyer, chamando-o de “Coxa Branca”.

As décadas de 20 e 30, trouxeram muitas novas conquistas ao clube, mas sem dúvida, o maior presente foi a inauguração do Estádio Belfort Duarte, em 1932.

estadio

Não dá pra resumir em um único post tanta história, então só para citar, os anos 40, 50 e 60  foram repletos de títulos e conquistas.

Em 1969 o Coritiba faz a primeira excursão para o exterior.

No ano seguinte, montou um time cheio de estrelas, visando aumentar o público e assim conseguir recursos para ampliação do Estádio Belfort Duarte.

A década de 70 é chamada de década de ouro, graças a hegemonia conquistada no futebol paranaense.

Conquista um hexacampeonato estadual, maior seqüência de vitórias na história do profissionalismo no futebol paranaense, e chega em quinto lugar na primeira edição do campeonato brasileiro, de 1971.

coritiba1971

Em 1977, o nome do estádio é alterado para Major Antônio Couto Pereira, em homenagem ao falecido presidente do clube.

A década de 80 inicia-se em alto estilo, e o Coxa fica em terceiro no campeonato brasileiro de 1980.

Mas o grande ano do time é 1985.

Com um elenco modesto (do qual fazia parte o goleirão Rafael, e seu bigodão, que dizem terperdido a orelha num jogo, ao enroscar-se com a rede do gol…), e comandados por Ênio Andrade o Coritiba chega a final contra o não menos desacreditado Bangu.

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A final, em pleno Maracanã é decidida nos penaltys. Veja como foi:

Campeão nacional, o Coxa participa da Libertadores da América de 1986, mas faz uma campanha discreta.

Em 1987, lembro bastante do Coritiba porque ele foi um dos times a disputar a Copa União (e consequentemente estar em um dos melhores álbuns de figurinhas de futebol).

coritiba_1987

Em 1988 o Coritiba quase cai para a segunda divisão paranaense.

Em 1989, apósperder o mando de campo, o time foi obrigado a enfrentar o Santos em Juiz de Fora, um dia antes de jogar contra o Vasco. O time compra a briga e ganha na justiça comum o direito de adiar a partida. Assim, não enfrenta o Santos e como punição é rebaixado pela CBF para a Série B.

O time só retornaria à primeira divisão em 1995, no último jogo sendo disputado contra nada menos que o rival Atlético Paranaense, e veja como foi:

Em 1997 o Coxa é campeão do Festival Brasileiro de Futebol.

Em 1998 foi eliminado pela Portuguesa nas quartas-de-final do brasileirão, na época do “melhor de 3”.

Em 2002, brilha como uma das melhores equipes do campeonato brasileiro e lança o projeto de clube-empresa.

Em 2003 chega em quinto no Campeonato Brasileiro e conquista o direito de disputar a segunda Libertadores da América de sua história.

Mas no ano seguinte é novamente eliminado precocemente da competição sulamericana.

Em 2005, o time foi rebaixado para a Série B da competição, assim como Atlético Mineiro, Paysandu e Brasiliense.

Em 2007, conquista o acesso à Serie A do Campeonato Brasileiro, sagrando-se campeão da Série B .

coritiba2007
campeao2007

E agora, em 2009, o time está lutando para não cair novamente.

Como estivemos por Curitiba no fim do ano passado, eu e a Mari não resistimos em fazer um tour pelo Estádio..

A Mari se encantou com o estilo old school do Estádio do Coxa.

ferias fim de 2008 002

A arquibancada é mesmo muito grande, principalmente quando você está sozinho no estádio…

Fomos muito bem recebidos pelo assessor de imprensa do clube, mesmo sendo no mesmo dia em que ele iria apresentar o novo técnico do time (na época Ivo Wortmann)

Essa foto abaixo é um poster que está na parte interna do estádio. Maravilhoso não?

O estádio Major Antônio Couto Pereira é o maior do Paraná, e hoje tem capacidade para 37.182 pessoas. Vale lembrar que alguns torcedores o chamam de Alto da Glória (nome do bairro).

O mascote do Coritiba é um velhinho, o Vovô Coxa, em alusão ao time ser o mais antigo do Paraná:

coritiba-pr-mascote

Fica nossa homenagem e respeito aos 100 anos de existência do Coritiba.

Apoie o time da sua área!!

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58- Camisa do Radium de Mococa

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A 58a Camisa de Futebol, do Radium Futebol Clube eu comprei dentro do próprio estádio, no intervalo da partida que ganhou de 3×0 contra o Sumaré, no dia 14 de junho, no mesmo rolê em que eu consegui a camisa da Guaxupé.

Como eu não tinha levado dinheiro, só tava com o cartão, o pessoal deixou eu fazer um depósito mais tarde. Confesso que demorei pra pagar porque não encontrava onde tinha anotado os dados da conta dos caras, mas já ta pago!! (R$ 50).

Mococa é uma cidade bem próxima do sul de Minas, e ainda consegue manter uma cara de cidade de interior, bem mais tranquila que a correria que estou acostumado aqui no ABC ou em São Paulo.

mococa

O Radium é bem conhecido, mas confesso que briga de igual para igual com os deliciosos doces de leite para saber qual o “bem” mais importante da cidade.

doce de leite

No meu caso, Mococa é também a terra de um pessoal punk que era bem gente fina, quem sabe esse post chega até eles. Eu nunca mais tive noticias. Só lembro do nome de um deles, o “Joey“. (E pensar que anos depois, em 2022 fui reencontrar o Joey num jogo do União São João, confira aqui!!)

Mas falando do time, por que um time com esse nome tão diferente? A resposta é simples, esse foi o jeito que os fundadores arrumaram para homenagear o elemento químico descoberto pela cientista francesa Marie Curie, que pressupunha força, potência e energia.

radium

Foi fundado em 1º de maio de 1919, e times fundados nessa data (dia do trabalhador), sempre possuem forte ligação operária, e provavelmente anarquista.

Manda seus jogos no Estádio Olímpico São Sebastião, com capacidade para aproximadamente 7 mil torcedores.

radium mococa
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Curta o clima do estádio em dia de jogo:

Destaque para a lojinha do time, dentro do estádio:

loja radium

Em 2009 o clube comemora 90 anos de existência, por isso existe uma série de produtos comemorando o feito, de camisas à cervejas e tiveram direito até à cobertura da mídia:

O time é bem acompanhado pelos moradores da cidade, tem até uma organizada, a Fúria Verde, nascida em 2008, em uma roda de bar em Mococa.

Furia_verde_do_radium

Disputa torneios profissionais desde 1949, o time daquele ano:

radium 1949

Teve seu auge no início dos anos 50, quando conquistou o Campeonato Paulista do Interior e a Série A2 em 1950 e disputando em 1951 e 1952 a primeira divisão.

Olha aí o time de 1952:

radium_1952

Após ficar o ano de 1953 sem competir profissionalmente, voltou em 1954 no então Campeonato Paulista da Primeira Divisão (equivalente a atual Série A2), competição que disputou até 1957.

radium 1957

Olha essa matéria da Gazeta de 1957:

No ano seguinte, mais um período longe dos torneios profissionais, com o retorno em 1961 na Terceira Divisão Estadual.

De 1962 até 1976 o clube esteve mais uma vez longe dos campeonatos profissionais, voltando na “Terceirona” de 1977, divisão que permaneceu até 1979, quando ao lado do Amparo e do Lemense conseguiu o acesso à Segunda Divisão de 1980.
Ainda neste ano, realizou o primeiro amistoso internacional da história contra a Seleção da Arábia Saudita. Venceram por 4 a 1 . Essa imagem é de 78:

Radium Mococa 1978

Time de 1979:

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Em 1988 o clube de Mococa foi rebaixado e disputou por dois anos o Campeonato Paulista da Segunda Divisão (equivalente a atual Série A3), quando em 1990 novamente obteve o direito de subir uma divisão e chegar à Série Intermediária, competição que disputou por quatro temporadas.

Em 1994 disputou o Campeonato Paulista B1A, equivalente à quarta divisão do futebol estadual, e continuou nesta competição até 1996. Nas temporadas de 1997 e 1998 esteve ausente do profissionalismo e no ano seguinte, em 1999, disputou a Série B1B.

Do ano 2000 até 2003 participou do Campeonato Paulista da Série B2 e neste meio tempo, entre 2001 e 2003, esteve presente em três edições da Copa São Paulo de Juniores, sendo eliminado na primeira fase de todas.

Em 2005 passou a competir na Segunda Divisão Estadual.

Seu mascote é o Periquito e é também chamado de “Verdão da Mogiana”.

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Estivemos no Estádio São Sebastião acompanhando Radium x Sumaré, e o Radium venceu por 2×0.

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Um momento histórico, vista que atualmente (2023), o Radium está licenciado e seu estádio completamente abandonado.

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O placar não conseguiu acompanhar os gols…

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Também, menos de um minuto e o Radium saiu na frente…

Para quem acha que rock e futebol não combinam, ainda mais no interior, se liga nas chamadas que os caras fizeram pros jogos desse ano, beeeeem roqueira!:

E a galera tem comparecido!

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A vista das arquibancadas revela um horizonte ainda típico do interior, com muito verde, árvores e montanhas… Vendo isso eu me pergunto até quando eu aguento viver no meio de tanto prédio e poluição…

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Logo, o Radium ampliou para 2×0 para a alegria da sua torcida!

E como sempre, eu e a Mari imortalizamos nossa presença no Estádio São Sebastião!!

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Mas teve ataque do Sumaré também…

Curta mais um alguns lances de jogo, que recuperei somente em 2023 e que, sabendo da atual situação do estádio São Sebastião, vale a pena ser relembrado:

Estou tentando conseguir o livro “Radium, o verdão da Mogiana“, para conseguir mais informações, mas por hora, quem quiser saber mais, acesse o site oficial do time é www.radiumfc.com.br

Existe também um blog muito legal falando sobre o time:www.radiumfc.blogspot.com/

Pra finalizar, que tal um rolê embaixo do bandeirão da torcida??

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São Bernardo vence Votoraty

Conforme prometido, eu e a Mari finalmente fomos assistir um jogo do São Bernardo, o Tigrão do ABC, lá no Baetão, pela Copa Paulista. Confesso que chegamos atrasados, porque foi um dia bem punk. Pela manhã fomos assistir ao filme da Coco Chanel, depois passamos na livraria da Vila, onde comprei o novo livro do Lourenço Mutarelli, e quando pensei que estava voltando pro ABC, não pude recusar um encontro com os Banditos Cósmicos Fer e Hélião, lá na lanchonete da Cidade, no cruzamento da Alameda Tietê com a Augusta. Mas enfim… Fomos. jogo do sbc fc 004 De tão atrasados que estávamos, o cara quase não deixou a gente entrar, mesmo tendo pago R$ 5 cada ingresso. Logo de cara, vi a garotada do Projeto Tigrinho, que tem comparecido em bom número nos jogos do São Bernardo. jogo do sbc fc 007 Na minha opinião, a salvação dos times do ABC está no incentivo a esses meninos e meninas que hoje são ainda crianças, e que não tem necessariamente um time  definido, dando espaço para essa paixão pelo time da cidade. jogo do sbc fc 008 Ao entrar no Baetão, confesso que nos surpreendemos com o público presente. Tinha bastante gente tanto na arquibancada, quanto na numerada. jogo do sbc fc 010 Mesmo sendo um jogo mata-mata pela sequência da Copa, o ingresso custava R$5, e a gente sabe que hoje em dia não tá fácil… jogo do sbc fc 011 Como eu disse, muitas crianças estavam nas bancadas acompanhando o disputado jogo do São Bernardo contra o forte Votoraty. jogo do sbc fc 012 jogo do sbc fc 013 jogo do sbc fc 014 Aliás, não é que o pessoal Grená, pegou a estrada e veio lá de Votorantim até o ABC para acompanhar o time da cidade? jogo do sbc fc 015 Jovens, tiozões… os caras compareceram e foram muito bem recebidos pela torcida local, diga se de passagem. jogo do sbc fc 018 jogo do sbc fc 016 Como eu já disse em outro post, o Baetão pode ter seus defeitos, mas ainda é um daqueles estádios que vc assiste o jogo bem perto do campo. jogo do sbc fc 017 Do outro lado, a galera da Guerreiros e da Chopp, faziam a festa! O Gui, do Expulsos de Campo também estava lá filmando a rapaziada e fez um vídeo muito legal, veja aê:

A faixa azul ali do lado direito é do pessoal do São Bento que veio acompanhar o jogo, e tem amizade com as torcidas dos dois times (São Bernardo e Votoraty): jogo do sbc fc 019 O pessoal da Berno Choop também tava lá com suas faixas, cervejas e cantos… jogo do sbc fc 020 E claro, 0 pessoal da Guerreiros!: jogo do sbc fc 021 Sem esquecer os torcedores autonomos, que também compareceram! jogo do sbc fc 023 jogo do sbc fc 026 O placar final foi magro, mas suficiente para colocar o Tigrão em vantagem, dependendo de um empate lá em Votorantim para passar de fase. jogo do sbc fc 024 Depois do jogo ainda fomos pra um som punk, do 88não, Menstruação Anárquica, DZK e Cólera, lá em São Caetano, onde trombamos vários amigos do rolê e das pistas. mau e mari E como dito, estou atrás da minha camisa do São Bernardo para publicar a história do time aqui. Parabéns pela vitória e pela festa! Leia outros textos em www.asmilcamisas.com Abraços MAU! e MARI!]]>

Em busca do estádio perdido em Mongaguá (SP)

Setembro de 2009.
Com o sol nos animando, seguimos para o litoral sul buscando um pouco de descanso e um rolê tranquilo. Domingo (6 de setembro) o Santo André jogaria em casa contra o Atlético MG, ou seja, nossa viagem tinha data de volta já acertada.
Sábado, tivemos um dia perfeito, com sol, praia, caminhada e corrida, trilhas, comida gostosa na beira do Rio Itanhaém, mas… Faltava algo… Já que estávamos ali, por quê não visitar um estádio ainda desconhecido?
E lá fomos nós, para Mongaguá conhecer o Estádio Silvano Ribeiro Diroz.

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Quem já foi para o litoral sul de São Paulo (Mongaguá, Itanhaém ou Peruíbe), com certeza já passou em frente ele, afinal o Estádio fica na beira da estrada Padre Manoel da Nóbrega.

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Eu achei que o Estádio estivesse abandonado há alguns anos, mas para minha surpresa uma partida estava sendo disputada.

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O time mandante era o tradicional o “Mongaguá Praia Clube“, fundado em 26 de março de 1946, na época com o nome de “Praia Grande FC” (até 1959, quando foi emancipado, Mongaguá, pertencia à Praia Grande), como mostra o Jornal de Santos, de 1969:

Somente em 1991, o time adotou o nome de Mongaguá Praia Clube.

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O time é conhecido como “Praia” e já conquistou o campeonato municipal da 1ª Divisão por 10 vezes, além de ter levantado o título da Série Padre José de Anchieta (Litoral) do Campeonato Amador do Interior por 3 vezes (65/66/67), ainda com o nome de Praia Grande. Aqui, matéria do Jornal A Tribuna de 1965, falando da final daquele ano contra o São Paulo de Itanhaém:

E aqui, o time campeão daquele ano:

Por uma outra matéria, fica registrado que a torcida do time comparecia!

Matéria falando da final (que pelo visto teve encrenca hehehe):

O Jornal de Santos de 1968 cita uma homenagem aos campeões de 1967:

Ok, o campo tem seus buracos, falta grama aqui e acolá, mas lembre que se trata de um Estádio para o futebol amador, de uma cidade litorânea, que sequer possui um time profissional, ou seja… Excelente!

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Eu e a Mari, como sempre, não resistimos a eternizar nossa passagem por mais um templo perdido do futebol nesse Brasil tão grande e tiramos uma foto nossa em frente à cancha…

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A Mari me chamou a atenção para a faixa colocada na frente do estádio convocando os jovens para participar do time. Depois, já em casa, comentei com meu pai sobre como falta a essa região do litoral um clube disputando a série B do Paulista.

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Ao fundo do campo, o belo morro que esconde índios, rios e muitas lendas que correm por Mongaguá e pelo litoral. O Estádio Silvano Ribeiro Diroz fica no bairro Pedreira, e tem capacidade para 3.300 torcedores e possui sistema de iluminação.

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E já começando a dar o ar da graça a Neblina, anunciando o frio e a chuva que chegaria à região, no dia seguinte.

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E seguindo os passos dos amigos fotógrafos, agora eu comecei a buscar ângulos diferentes de arquibancadas…E deu nisso:

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Ah, o prazer de estar em um estádio pela primeira vez e ainda poder acompanhar ao fundo uma partida da equipe local… Não tem comparação, é quase que uma coleção de imagens e momentos que ficam em minha mente e que tento reproduzir e compartilhar com vocês aqui no blog.

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Um último olhar no estádio, no campo, no jogo… E até uma próxima vez!

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Aqui, o time de 2022 (da fanpage do Jornal Bola na Rede) que conquistou a 1ªdivisão do amador da cidade:

Voltei para Itanhaém, e depois para Santo André, onde acompanhei a derrota do Ramalhão para o Galo. Boa sorte ao Mongaguá Praia Clube, espero ver o time no profissionalismo um dia.

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London Calling…

Seguindo nossa aventura, saímos de Amsterdam no fim da tarde, e no início da noite chegávamos em Londres.

Chovia e fazia frio. Era o típico cenário que eu imaginava de Londres. Saímos do aeroporto e fomos buscar um taxi que nos levasse ao nosso hotel.

O Rodrigo escolheu um táxi bem louco, preto, enorme, a parte interior mas parecia uma pista de dança, era muito diferente de qualquer outro táxi que já tinha visto. Estávamos achando tudo muito engraçado.

DSC02939

Ficamos contentes até mostrar o endereço ao motorista, que riu da nossa cara, e nos perguntou o que iríamos fazer naquele fim de mundo. Disse ainda que era melhor cancelar e pegar um hotel no centro, porque era muito caro ir até lá. Olha a cara do figura, que falava como se estivesse cantando um som do Cockney Rejects:

taxista louco

Bateu o desespero, e mesmo achando o valor uma fortuna, estávamos muito cansados de tanto andar por Amsterdam, ou seja… Decidimos encarar a grana e após mais de 90 minutos chegamos ao nosso hotel. A primeira vista, ele era estranho, ficava num bairro suburbano e sem nada perto, e a chuva continuava.

hotel londres

Nao queria estar na pele do atendente do hotel. Nem bem entramos e começamos a descarregar uma verdadeira metralhadora de reclamações, como se ele tivesse culpa do aeroporto ser longe, do taxi ser caro, oude trabalhar no hotel mais afastado, feio e desanimador de todo o Reino Unido.

Mas, para minha surpresa, o atendente, um Paquistanes calmo como ele só, foi pouco a pouco nos contagiando com sua tranquilidade, enquanto nos cativava com pequenos grandes favores.

Quando percebi, já tinhamos mapas, descobrimos que pegar um taxi preto é quase um pa$$eio turistíco, sabíamos como chegar no metro, já havíamos encomendado hamburgueres Vegetarianos para a janta, e principalmente… Sabíamos que havia no bairro o estádio de um time das divisões de acesso do futebol inglês chamado Leyton Orient F.C..

Isso sem contar que… Po, eu estava com a Mariana em Londres, Inglaterra, terra onde surgiu o futebol e o punk… Era só comer, dormir e esperar o dia seguinte. E assim o fizemos.

Londres - Leyton Orient F.C.

Confesso que acordei procurando aquele entusiasmo que havia embalado meu sono, e que parecia ter ido embora ao ver que nosso quarto mais parecia um quarto de hospital (ele era todo adaptado à necessidades especiais, inclusive).

Após o café da manhã, caminhamos umas 8 quadras até o estádio do Leyton Orient. As casas pelo bairro eram todas muito parecidas:

Londres - Leyton OrientFC

Confesso que ainda não entendi se ali é o estádio ou se é somente o campo de treino do time. É pequeno, com uma entrada de uns 4 metros de largura.

Leyton Orient FC

Uma pequena arquibancada dá o tom “bairrista” do estádio.

leyton

Para maiores informações sobre o time, o site deles é www.leytonorient.com

Leyton_Orient_FC

Dali, fomos enfim conhecer a realidade de Londres, e logo de saída, no caminho do ponto de ônibus, a Mari já se animou ao encontrar uma das tradicionais cabines telefônicas.

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Depois fomos conhecer os pontos turísticos da cidade. A começar pelo famoso ônibus de dois andares. Aliás, como eu disse no começo da história, pra gente ir pra qualquer lugar , precisávamos pegar um desses até a estação do metrô.

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É bom saber que vegetarianos em Londres tem ‘muitas opções, principalmente, os deliciosos Veggie Burger, que são tão comuns quanto os cachorros quentes aqui no Brasil.

vegie

Londres lembra muito São Paulo. Tem trânsito, bastante gente pelas ruas, várias lojas… Mas consegue acrescentar a isso tudo uma arquitetura bem legal e uma série de coisas interessantes pra se ver quando se passa pela rua, como por exemplo, o Museu de Sherlock Holmes:

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No metro, um painel informava sobre a “Wembley Cup”, torneio relâmpago que reunia o Barcelona, o Celtic, o Tottenham e o Al Ahly. Depois, vendo um pouco de tv, não só em Londres mas nas demais cidades que passamos, vi que a maior parte das equipes participa de torneios desse tipo durante a “janlea” do calendário. Foi por isso que conseguimos ver o time do Ajax na rua, enquanto estávamos em Amsterdam.

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O Big Ben é o lugar onde mais vi turistas em toda minha vida. Chega a ser engraçado tantas línguas diferentes e tantas fotos ao mesmo tempo.

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Do outro lado do rio Tâmisa, encontramos a famosa roda gigante (gigante mesmo) um monte de museus, e o…. Fright Club, uma desas atrações de terror que nem no Playcenter, cheia de sustos e que deve ser percorrida a pé. Claro que não teve como não ir….

terror

Bom, mas chega de turismo, porque isso é um blog sobre futebol, como diria o Muricy. Assim, no outro dia, pegamos o metro para o outro lado e fomos até o estádio do West Ham.

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Se comparado ao estádio do Ajax, o Upton Park, estádio do West Ham, embora seja bastante grande, tem mais a cara dos estádios brasileiros.

Afoito, cheguei até a administração do Estádio perguntando como era feita a visita ao campo. A resposta veio com uma mistura de frieza, prazer e desinteresse: “Não há visitas.”

Fiquei tão chateado que nem tentei argumentar. Restava a loja do clube, para ao menos levar uma lembrança do time que ficou marcado especialmente para mim, pelo filme Hooligans.

Lá, acabamos conhecendo um boxeador italiano, que é casado e estava comprando uns presentes também.

Após as compras, e já mais animado, decidi uma última tentativa explicando ao vendedor que eu era brasileiro e etc… O resultado taí:

Acho que foi o melhor momento de toda a viagem. Eu adorei o estádio. A mistura entre o tal exigido “profissionalismo” ou “modernidade” com o lado romântico do futebol parecia me perfeito no Boleyn Ground (antigo nome do Upton Park).

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É engraçado que fiquei tão emocionado estando lá que esqueci de me atentar a alguns detalhes como por exemplo o que divide a arquibancada do campo. Sempre quis saber e agora não lembro se reparei…

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Foi uma vitória da nossa parte e confesso que pensei até em enviar essas fotos e o vídeo para a atendente da administração só pra mostrar que dava sim pra dar um jeitinho.

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Ah, ainda nas ruas de Londres, pude encontrar várias barraquinhas vendendo camisas de times, mas é impressionante como só tem as mesmas que encontramos aqui… Barça, Real Madrid, Chelsea, Manchester…

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Bom, estava encerrada nossa missão em Londres. As 5 da manhã de um dia nublado deixamos a cidade e tomamos caminho rumo a Paris.

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Resenhando quadrinhos…

É um quadrinho de humor, mas sem muito conteúdo relevante, na minha opinião. É aquela linha pastelão, mas sequer usam nomes dos times de verdade. Gosto muito do traço do Francisco Ibáñez, mas acho que a linguagem dele é mais televisão que quadrinhos. Bitmap_em_Figura1 Pra quem ficou curioso, acesse o site deles: www.mortadeloyfilemon.com . Confesso que não me animei muito. Mesmo sabendo que era um besteirol, esperava algo mais ácido e politizado. Tanto que demorei pra pegar o segundo livro que comprei, com medo de não gostar também e já me sentir meio derrotado em minhas primeiras compras em terras européias. Ledo engano. Eric Castel, o personagem boleiro que já existe há muito tempo, principalmente na Espanha é um verdadeiro clássico do Futebol em quadrinhos. ericoi O livro conta parte da história do próprio Eric Castel (não sei quem é a inspiração real pra ele), quando ele retorna ao Barcelona e tem que se firmar com jogador titular. Além das dificuldades usuais, Eric tem que lidar com um Iuguslávo companheiro de time que não se dá muito bem com ele. Pra buscar tranquilidade, Eric se refugia num bairro afastado de Barcelona, onde conhece “Los Juniores” um time de bairro que faz o atleta relembrar seu passado das ruas. Muito legal… O quadrinho de Raymond Reding (falecido em 1999 e criador de outros heróis do futebol como ‘Vincent Larcher’, além do clássico Tintin) e Françoise Hugues é mais sério, mais quadradão e lembra um pouco os quadrinhos da marvel da década de 80. reding Pra acabar, um bom vídeo mostrando outras ligações entre o futebol e os quadrinhos e universo comics:

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Um pouco sobre Madrid e Amsterdam

Como eu havia dito no último post, fiquei enclausurado no aeroporto em Madrid por algum tempo, enquanto aguardávamos o vôo para Amsterdam, e comprei 2 quadrinhos sobre futebol lá. O aeroporto delá é tão grande que tem até Metrô pra te levar de uma plataforma a outra. DSC02543 O futebol na Espanha não fala em outra coisa… As contratações do Real Madrid eram capas da maioria dos jornais. Já aqui em Amsterdam, não se fala muito em futbeol. Mas fui no estádio do Ajax e conheci um monte de moleques fanáticos pelo time. Ah, e ainda no avião, vindo pra cá, conheci um pibe de 14 anos que joga no sub 15 do Málaga, o pai dele veio falar comigo sobre o Corinthians ter sido expulso do torneio que disputaram aqui por treta… Tá vendo, a gente acha que essas coisas não são percebidas né…. malaga Desculpe a pressa, depois escrevo mais… O estádio do Ajax é legal, mas moderninho demais hehehe Abraços MAU! in Europe!]]>

44- Camisa do Brasil de Pelotas

A Camisa de futebol número 44 é do Grêmio Esportivo Brasil de Pelotas, e a comprei na mesma loja que peguei a do SC Ulbra, pela bagatela de R$29,90, ótimo preço por se tratar de material oficial.
Como o cara da loja é gente boa e ainda acompanha os jogos do Ramalhão, vai aqui o fone dele, já que não tem site: (011) 4432-3063, sempre tem coisas boas a preços especiais por lá, fale com o Rubão!

Falando do Brasil de Pelotas, o time foi fundado em 7 de Setembro de 1911, ou seja no momento em que escrevo este post (2009) faltam apenas 2 anos para a grande festa do centenário.
Assim como outros clubes que já retratamos aqui no blog, o Brasil de Pelotas nasceu de uma divergência dentro de outro time, no caso, o Sport Club Cruzeiro do Sul, formado por funcionários da Cervejaria Haertel.
Diz a lenda que tudo foi por causa de um desentendimento de um pequeno grupo que estava colocando uma cerca no campo, enquanto outro permanecia em campo, jogando e negando-se a ajudá-los. Putos Chateados com isso, o grupo que estava trabalhando decidiu montar um novo time.
Como a fundação do novo time se deu no dia da independência, as cores da camiseta seriam verde e amarela. Isso gerou o primeiro motivo de rivalidade com o E.C.Pelotas, que tinha seu uniforme azul e amarelo, muito parecido com o deles.

Pra evitar maiores problemas, o pessoal do Brasil decidiu adotar o vermelho e preto, alusão às cores do Clube Diamantinos. O Brasil de Pelotas é também chamado de Xavantes, graças a um jogo, de 1946, contra o Esporte Clube Pelotas. O E.C. Pelotas seria campeão em caso de vitória.

O primeiro tempo ia acabando e o placar indicava 3 x 1, em favor do E. C. Pelotas. Pra piorar, o Brasil teve o zagueiro “Chico Fuleiro” expulso. Indignados, os jogadores do Brasil interromperam o jogo, o técnico chegou a ameaçar tirar o time de campo. Mas, a própria torcida ficou nas arquibancadas, fazendo com que a partida recomeçasse. Após tanta confusão, o jogo voltou a correr e o segundo tempo viu um Brasil com tamanha gana de justiça que conseguiu virar o placar para 5 x 3, transformando se na mais famosa vitória do time. Ao fim do jogo, a torcida rubro-negra invadiu o gramado, atropelando o alambrado que ficava ao lado das arquibancadas. O fato foi chamado de a INVASÃO DOS XAVANTES (esse era o ítulo de um  filme em cartaz na época, em Pelotas). A partir daí, a torcida adotou a figura do índio xavante, como símbolo do time.

O material sobre o time na internet é muito vasto. Destaque para o site do time: www.brasildepelotas.com , o blog: http://blogxavante.com e o site http://colecionadorxavante.brahmsoftware.com.
O time manda seus jogos no Estádio Bento Freitas, fundado em maio de 1943, e onde cabem hoje 18 mil Xavantes.

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Um ato curioso ocorrido no estádio foi a ameaça do Ministério Público de interdição do Bento Freitas porque a direção do time teria aprovado a venda de bebidas alcoólicas no interior do estádio, nos jogos da Série C, ato proibido por lei. Em se falando de títulos, vale lembrar que o time conquistou o Campeonato Gaúcho de 1919, e foi Vice em 1953, 1954, 1955 e 1983. Além disso, venceram o Campeonato Gaúcho da 2ª Divisão em 1961 e 2004.

brasil 1983

Em 1985, o time fez história com a Máquina Xavante, time que chegou às semi-finais do brasileiro da série A. Existe inclusive um site contando a história do time: http://www.maquinaxavante.com.br.

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O ponto mais triste da história do clube, aconteceu no início de 2009, com o acidente do ônibus da delegação, ocorrido há cerca de 300 km de Porto Alegre (no km 150 da BR-392), e que provocou a morte de um dos maiores ídolos do time, o atacante uruguaio Claudio Milar, do zagueiro Régis Gouveia, e do preparador de goleiros Giovani Guimarães, além de ferir outras 20 pessoas. A equipe retornava de um jogo-treino na cidade de Vale do Sol, onde havia vencido o Santa Cruz do Sul por 2 a 1.
A diretoria do clube até cogitou não disputar o Campeonato Gaúcho de Futebol de 2009, mas assim como na história que deu origem ao apelido “Xavante”, a equipe não desistiu e seguiu em frente. Abalado psicologicamente e com um time sem conjunto, conseguiu apenas uma vitória no campeonato e foi rebaixado para a Série B 2009.

Já escrevemos sobre o livro que narra o acidente (veja aqui o post sobre o livro).

O uruguaio Cláudio Milar era ídolo da torcida, com mais de cem gols marcados com a camiseta do Brasil.
O atacante costumava comemorar os gols homenageando o símbolo do clube, atirando uma flecha para as arquibancadas.

Atualmente o G.E.Brasil possui várias torcidas organizadas como por exemplo Máfia Xavante, Garra Xavante, TOB, Comando Rubro-Negro , TODEX, Camisa 12, Paz Xavante, Mancha Rubro-Negra, Torcida Independente Rubro-Negra, Torcida Organizada Feminina, Índio Xavante, Torcida Raça Xavante, Gaviões da Baixada. Ainda em 2009, o time segue disputando a série C do nacional.
Termino o post com uma breve matéria sobre a torcida Xavante, e deixo os meus sentimentos para que o clube consiga superar a dor do acidente de 2009 e em 2010, possa voltar à primeira divisão do Gaúcho, acredito que terá muita gente torcendo por isso, e eu serei uma dessas pessoas! Força Xavante!!!

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