Mogi Mirim Campeão do Troféu Interior Paulista

Sábado, 12 de maio de 2012. Tarde fria e escura pelo interior paulista.

Enquanto a maioria dos torcedores e da mídia esportiva aguardava a chegada do domingo para a final do Paulistão 2012, nós dirigíamos pela estrada vicinal que liga Arthur Nogueira a Mogi Mirim, empolgados para acompanhar a final do Troféu do Interior Paulista.

Chegar ao estádio num dia desses é emocionante. E a diretoria do Sapão ajudou, colocando os ingressos a preços honestos: R$ 20 e R$ 10 (a meia entrada).

É ótimo ver que ainda tem gente se empolgando com o time da cidade, mesmo que parte desses torcedores só apareçam na final.

Estádio Romildo Vitor Gomes Ferreira (antigo Papa João Paulo II) não estava completamente cheio, mas pelo que eu conversei com alguns torcedores, foi o jogo de maior público local do ano.

E cada um buscou levar as cores e símbolos do Mogi Mirim, como possível. Camisas, faixas, bandeiras…

O clima de festa estava no ar. O placar do primeiro jogo, uma vitória por 4×2, em Bragança Paulista, deixou todo mundo pronto pra festa.

E lá estávamos nós acompanhando mais uma página histórica do futebol paulista.

A torcida Mancha Vermelha fez uma festa muito bonita. Lá ao fundo dá pra ver o bandeirão deles.

Mas não foi só o bandeirão que ajudou a fazer a festa. Olha o show que eles deram, nas arquibancadas:

E ta aí a faixa deles, presente em todos os jogos do Mogi!

Como eu gosto de frisar, além das organizadas, haviam muitos torcedores “comuns” ou como eu prefiro chamar “autônomos”, que moram na cidade e estavam ali para acompanhar a sua cultura local!

Ah, e tinha até uma banda que ficou tocando o tempo todo…

O mascote do Mogi fez a festa da criançada e até dos marmanjos que acham graça em ver o Sapão ali em carne, fantasia e ossos…

E para quem acha que não faz sentido torcer por um time que não seja São Paulo, Palmeiras, Santos ou Corinthians, fica aí mais uma opinião sobre o que é torcer para o time da sua cidade…

O time do Mogi começou com tudo e logo de cara fez 2×0, ainda no primeiro tempo, deixando claro que a noite seria de comemoração.

A festa só não foi maior, porque depois de dar um penalty para o Mogi, o juiz fez que não viu, pelo menos outros dois e o Bragantino ainda viria diminuir com um gol no final do primeiro tempo.

Mas a missão do Bragantino era muito difícil, já que havia sido derrotado em seus domínios no primeiro jogo. Mesmo assim, alguns torcedores de Bragança compareceram para defender, apoiar e cobrar seus jogadores.

E se a torcida foi exemplo de superação, o Bragantino tem ainda em seu banco de reservas, outro motivo de orgulho: o técnico Marcelo Veiga, atualmente o treinador há mais tempo comandando uma equipe, no Brasil, a frente do time desde 2007.

É sempre com muito respeito às duas equipes e torcidas que a gente procura mostrar esse lado do futebol, muitas vezes deixado de lado pela grande mídia. Sabemos que para nós e para os torcedores, são momentos mágicos, de eterna lembrança!

Outra figuraça que não podia deixar de ser citada é o Anderson, goleiro do Mogi Mirim, que após ter se machucado no jogo de ida, preferiu jogar com um capacete de proteção dando uma cara de de maluco pra ele hehehehe.

O jogo passou rápido. Estava bom e cheio de gols!
A certa hora do jogo eu confesso que até perdi a conta..

O placar acabou em outro 4×2, para o delírio do pessoal de Mogi.

Parabéns pela festa!

Da série “Culinária de estádio”, destaque para a pipoca quentinha, servida atrás do gol…

Ah, a polícia estava presente, como sempre, para sua proteção…

Mogi Mirim dormiu contente. Como deveria ser. Assim como o pessoal do próprio Bragantino, que também representou bem a cidade.

Era o penúltimo jogo do interior paulista pela série A1 de 2012. Na tarde seguinte, o Guarani iria disputar o segundo jogo da final contra o Santos.

Ao final, mais do que festa, ficam os parabéns para a torcida, aplausos para quem realmente faz a festa do futebol no interior. O futebol ainda sobrevive nos estádios escondidos dos holofotes da grande imprensa…

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Ramalhão na final…

Domingo, pude enfim vivenciar uma final de Campeonato Paulista, com o meu Santo André… Vários ônibus foram preparados para levar a “onda azul” até o Pacaembu, palco do primeiro jogo da grande final. Após sairmos de diferentes locais, todos os ônibus se concentraram ao lado da CRAISA para a tradicional revista policial. Em pouco tempo, estávamos na Avenida do Estado, em uma fila que parecia não ter fim, o sonho de todo torcedor Ramalhino… A chegada foi tranquila, houve respeito mútuo (dentro dos limites) a cada cruzamento com torcedores do Santos. Em poucos minutos, a frente do portão de entrada do tobogã foi tomada por torcedores do Santo André… As torcidas Fúria Andreense, TUDA e Esquadrão levaram as baterias para animar a festa. Mas nem só de organizadas se fez a presença do torcedor. Centenas de carros foram do ABC até o Pacaembu, acompanhar o time do coração. Não nego que novamente haviam muitos torcedores mistos, mas todos aqueles apaixonados pelo time estavam lá… Veja como foi a ida ao estádio, no vídeo de “El Pibe” Gui:

Ali ao lado, a galera da Fúria levava o bandeirão pra dentro do Estádio. Bandeirão que depois de aberto ficaria assim, às lentes de Gabriel Uchida (www.torcida.wordpress.com) E lá estávamos nós…

Era até engraçado ver tanta gente tirando foto como que pra dizer “Existiu e eu estive lá!!!” E eu e a Mari não podíamos deixar de registrar esse momento único até então em nossas vidas! O Esquerdinha (um dos torcedores mais tradicionais do time) fez um trapo especial para o jogo!! Não tenho dúvida que a emoção de ter participado da final contra o Santos, independente do resultado final, foi maior pro torcedor do Santo André do que um título paulista seria pra qualquer torcedor dos demais “grandes clubes”. Foi bonito ver o encontro de diferentes gerações de Ramalhinos, os mais velhos recordando a caravana de 1981, quando mais de 10 mil pessoas saíram de Santo André para o Parque Antártica! E o Pacaembu estava lindo! Dá pra se fazer cartão postal tirando foto de qualquer lugar, mas acho que o tobogã (embora tenha sacrificado a concha acústica do estádio) tem uma visão ímpar! A torcida do Santos também fez bonito e presenteou o belo esquadrão santista com sua presença em massa! Ali do nosso lado esquerdo estava muito engraçado. Os caras começaram a pegar no pé de algum “gordinho  andreense” e me fez lembrar o vídeo do gordo do Rosário. Até o pessoal do rolê psycho colou no jogo (aliás tinha de tudo na torcida domingo…) O Mike (primo do Gui) conseguiu entrar em campo com os atletas. Fiquei com leve inveja… E quanto mais lotava, mais bonito o palco ficava. E lá vem o bandeirão do Santo André… O tempo não passava, o jogo não começava, o sol queimava a beça e a gente ali… Esperando… De repente, lá vai o Mike e o time pra campo… O Santos demorou um pouco mais, aumentando a tensão, já extrema para os torcedores azuis… Quando veio a campo, foi a vez da Torcida Jovem dar seu show, que bela bandeira, hein? Bandeirão e várias bandeiras menores: Como diz o Gui (e o Dead Fish), Somos nós contra todos! E por isso, o time entrou em campo com cara de estar bem unido! Sabendo que nas arquibancadas, haviam alguns milhares de apaixonados pelo time de sua cidade…

Era tempo de começar o jogo… Por um momento todos se deram conta de quão longe havíamos ido e de quanta coisa o Santo André representava naquele momento. Cada escanteio, cada ataque do Santo André (e foram muitos no primeiro tempo) mostrava a força do futebol dos chamados T-4 (times Paulistas menos os quatro grandes): Me sentia como se representássemos um papel que merecia ser feito por torcedores do Inter de Limeira, do Xv de Piraciaba, do VOCEM, do Paulista de Jundiaí, da Ponte Preta, do Rio Branco, e de todos os clubes que marcaram suas presenças na história do Campeonato Paulista. Naquele momento não éramos apenas andreenses… Foi então que uma bola parada quase parou nossos corações… Bruno César fez Santo André 1×0. Foi mais que um grito de gol. Foi um grito de revolta a todos os jornalistas que durante a semana diziam que o Santo André não teria NENHUMA chance. Não conseguia deixar de olhar o placar e imaginar o quanto os jornalistas teriam que se explicar. Afinal, o Santos era (e ainda é) o favorito, mas campeão, só após os dois jogos da final! Fim do primeiro tempo, dá pra reunir a galera e fazer a foto histórica, do dia da final de 2010! Começa o segundo tempo e… E vc sabe o que. Em poucos minutos o Santos conseguiu virar o jogo, e ainda criar uma vantagem maior (3×1). A torcida olhava e não podia acreditar… Claro que sentimos o baque. Claro que o teto ruiu sob nossas cabeças. Não tem como não sofrer… Do outro lado… Só felicidade. O placar, agora triste, mostrava Santo André 1×3 Santos. Aos poucos, o Santo André se recuperou em campo, mas logo perdeu o zagueiro Toninho, pelo segundo amarelo e consequentemente o vermelho. O jogo seguiu truncado, e o Santo André, decidiu lançar-se ao ataque como um louco, o que abria as possibilidades do contra ataque santistas. E foi com esse brio, que o Santo André conseguiu o que ninguém esperava. Um gol. Os 3×2 para o Santos aumentou a vantagem do time do litoral, mas manteve viva a esperança do povo de Santo André. Fim de jogo. Hora de voltar pra casa. Felizes e orgulhosos pelo feito. Uma derrota que por incrível que pareça, teve gosto de vitória. Ao sair do Pacaembu, olhei pra traz e vi quanta gente havia ido ao jogo… Obrigado Santo André! Obrigado Santos! Nos vemos domingo!

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Adeus semi finais

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Fomos de carro, afinal, o Canindé é bem perto de Santo André, e poderia ficar livre pra comemorar, seja lá onde quisesse.

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O jogo prometia um bom público, e cumpriu. A torcida da Lusa compareceu em bom número. O público total foi de 7054 torcedores.

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Como precisávamos de um resultado dificil, apelei pra minha camisa mais rara, do Ramalhão (acho que de 1992, se não me engano) já caindo aos pedaços, e meu bandeirão cada vez mais costurado.

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A tarde começou a dar sinais de que não seria meu dia quando antes mesmo do jogo começar a polícia militar arrancou e amassou minhas fantásticas faixas (A outra dizia “Yo te sigo a toda parteee…”) alegando que era um perigo eu ficar com aquele material inflamável.  É, o papel. É inflamável, eu poderia queimar o Canindé, quando no máximo o que eu queria era inflamar nossa torcida.. Mesmo com toda a pressão da Lusa, no início do jogo, ainda estávamos confiantes. Isso durou até o time levar 2 gols. Caí em tristeza…

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A chuva vem avisar que o primeiro tempo acabou e lava nossas feridas, abertas ali… em praça pública.  E parece que ajuda a cicatrizar, porque o time volta para a segunda etapa bem mais ofensivo, e logo faz seu primeiro gol.

Alguns ainda acreditavam, mas o que parecia uma histórica virada ficou nisso mesmo, e a virada veio no jogo do Santos com a Ponte. Valeu o passeio, valeu o bom campeonato que fizemos e valeu a Mari ter conhecido finalmente o Canindé, né ? abril-041

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