A 161a camisa de futebol do blog, volta ao estado do Rio de Janeiro, para conhecer o São Gonçalo Esporte Clube um time bastante recente, fundado em 2010, com sede na cidade de São Gonçalo.
A camisa foi presente do amigo Anderson Motta, lá da cidade de São Gonçalo, que possui mais de 1 milhão de habitantes, sendo a segunda mais populosa do estado.
Esse é o brasão da cidade:
A estreia do time no futebol profissional se deu dois anos após sua fundação, disputando a Série C do Campeonato Carioca de 2012, ao lado de outro time da mesma cidade, o São Gonçalo F.C. . Em seu primeiro campeonato, terminou na sexta colocação.
O time trouxe nomes de peso para o seu primeiro campeonato, como o goleiro Sílvio Luiz (que jogou anos pelo São Caetano), o volante Roberto Brum e o atacante Marco Brito (que jogou pelo Vasco e Fluminense).
Olha o Sílvio Luiz aí no elenco:
O São Gonçalo E.C. manda seus jogos no Estádio Clube Esportivo Mauá, e a torcida tem comparecido em bom número.
E os jogadores tem retribuído o apoio com boas campanhas e bastante dedicação!
Esse ano, 2013, o time lidera o seu grupo, vencendo seus três primeiros jogos.
Se o punk foi minha escola de vida durante os anos 90 e 2000, confesso que nesta década, o futebol tem me proporcionado experiências únicas e inesquecíveis.
A 160a camisa de futebol da coleção é testemunho de uma dessas histórias, que aconteceu lá em Barcelona.
Nosso rolê começou no metrô, na estação Poble Sec, próxima do nosso hotel.
Depois de algumas baldeações chegamos à estação Sant Andreu, que atende ao distrito de San Andrés de Palomar, conhecer o time local.
É claro que para nós, que moramos em Santo André e torcemos para o time da nossa cidade, foi uma experiência muito rica, conhecer o “Unio Esportiv
Sant Andreu“, coirmão do Santo André!
Sant Andreu é um bairro de Barcelona e embora conviva com o time mais famoso do mundo na atualidade, tem um carinho especial pelo time da área, o União Esportiva Sant Andreu.
O “X”no distintivo remete ao santo que deu origem ao nome do bairro e do time.
Por isso, os distintivos do Ramalhão e do UE Sant Andreu tem uma certa similariedade…
Para contar a história do time com maior embasamento, fomos até o Estádio Narcis Sala, onde o Sant Andreu manda seus jogos.
Mais uma bilheteria pra Mari conhecer!
Já do lado de fora vimos alguns adesivos da torcida local, os “Desperdicis”.
O primeiro momento foi de desilusão… As portas estavam fechadas…
Ainda bem que insistimos e demos a volta até o outro lado do estádio, onde funciona o escritório do time. Lá, finalmente havia uma porta aberta, para enfim podermos conhecer o Estádio do Sant Andreu.
Pudemos conhecer as dependências da diretoria e do bar que fica dentro do estádio e reúne flâmulas, fotos e outras lembranças do time.
Vamos dar uma olhada no estádio!
Para a nossa surpresa, o time profissional estava treinando, assim, se não pudemos assistir a um jogo, ao menos deu pra conhecer alguns jogadores!
Levei meu blusão do Santo André para apresentar ao pessoal espanhol o “time-irmão” brasileiro.
Aproveitamos para registrar nossa presença em mais um estádio histórico.
Aliás, o Estádio Narcís Sala foi recentemente reformado e sua atual capacidade é de quase 7 mil torcedores.
O estádio foi inaugurado em 1970 e o jogo inaugural não podia ser outro: derbi contra o Barcelona, vencido pelo Barça por 1×0.
A capacidade do Estádio é de 15 mil torcedores.
O time é patrocinado pela cerveja Estrella Damm.
O estádio serve de exemplo para qualquer time de bairro, do mundo inteiro.
Arquibancadas cobertas e descobertas. Todas coloridas, bem pintadas e bem cuidadas.
Uma pequena, mas muito bem cuidada tribuna para imprensa e convidados.
E lá estávamos nós em mais um estádio!
E não é que tinha até alguns torcedores acompanhando o treino?
Ao fundo pode se ver os prédios do bairro. Até lembra um pouco a Javari, né?
A grande diferença entre o Santo André espanhol e o brasileiro são as cores. Lá, em Barcelona, o azul e branco dão lugar ao vermelho e amarelo.
Falando um pouco sobre a história do time, por se tratar de uma equipe que nasceu em meio a história do próprio bairro, não se tem um documento que oficialize o início do time, mas adotou-se o ano de 1909, como data de fundação. Tanto que em 2009 foi comemorado o centenário do Sant Andreu.
O time nasceu dos operários do bairro, que possuíam vários times, entre eles o Zetae, o FC Escocês, o Andreuenc, o L’Avenç del Sport e o CF Andreuenc entre outros.
O nome Sant Andreu só viria a ser utilizado a partir de 1925, com a união entre o Andreuenc e o l’Avenç del Sport, daí o nome “União Esportiva” Sant Andreu, valorizando em seu brasão e uniforme, as cores da Catalunha.
A primeira partida sob o nome de Sant Andreu foi uma derrota para o Badalona por 3×1.
O time acabaria rebaixado da Categoria B para a segunda divisão.
Aqui, o time da temporada 1927/1928:
Aqui, o time que disputou os campeonatos da década de 30:
Nessa época, um fato curioso, devido à guerra civil espanhola, o bairro e o time retiraram a “santidade” de seu nome, passando a se chamar Harmonia de Palomar e l’Avenç del Sport respectivamente.
A década de 40 viu bons times do Sant Andreu, como o de 43/44:
Aqui, o time 50/51:
Em 1963,o time disputava a terceira divisão espanhola com esse esquadrão:
De 1980 até 1990, o time manteve-se na terceira divisão. Em 1990, sagrou-se campeão e conquistou o acesso para a Segunda B.
Na temporada 2006/2007, o time caiu novamente para a terceira divisão.
Na temporada 2008/2009, o time voltou à segunda B, onde permanece até atualmente. Bom, de volta ao estádio, é tempo de dar uma última olhada, antes de ir embora.
Para maiores informações, acesso o site do time: http://uesantandreu.cat
Ah, o bairro nos fez sentirmo-nos em casa…
Não é todo dia que você entra numa livraria e encontra preciosidades como essa:
A 159a camisa de futebol do nosso blog vem mais uma vez da Argentina.
Comprei a camisa em nossa última viagem, quando fomos conhecer o Estádio do Ferro Carril, durante o show da banda espanhola SKA-P (veja aqui como foi essa aventura). A loja em que a comprei tem muitas opções de times das divisões de acesso e fica na rua Lavalle 978, para quem vai a Buenos Aires e gosta de futebol é uma ótima dica!
O time dono da camisa vem da grande Buenos Aires, mas de uma região afastada do centro chamada Lomas de Zamora, próxima do Aeroporto de Ezeiza.
Foi lá, que em 1917 nasceu o Club Atlético Los Andes.
O time surgiu em torno das estradas de ferro em um campo próximo da estação de Lomas de Zamora.
O nome veio em homenagem a um feito realizado por dois aeronautas argentinos que um ano antes cruzaram pela primeira vez a Cordilheira dos Andes, indo de Santiago do Chile até Uspallata, em Mendoza.
O Los Andes surgiu para rivalizar com o outro time local, o Lomas Athletic Club.
Muitos dos primeiros dirigentes eram também atletas.
A primeira camisa do time era azul celeste como a do Racing Club, de Avellaneda, com um faixa branca horizontal. As listras vermelhas e brancas só chegariam em 1922 e com elas o apelido de “o time das mil listras”.
A primeira partida se realizou contra o time da Adelante Yrigoyen, terminando 3×0 para o Los Andes.
Em 1922, o Los Andes se associou à Federação Argentina e logo em seu primeiro ano conquistou o acesso à divisão intermediária com uma vitória sob o Club A. Moreno, de Puente Alsina.
Esse é o time de 1938:
Como o time não tinha verba para construir um, alugaram um próximo do campo do Banfield, fazendo assim, surgir uma rivalidade entre as duas equipes.
Aqui, uma foto já colorida, de 1957:
Em 1960, o time conquistou o acesso à primeira divisão argentina, com o time abaixo:
Aqui, foto do lance de jogo durante o campeonato do acesso.
O time cairia para a segunda no ano seguinte, mas em 1967, Los Andes subiu novamente à primeira divisão.
Aqui, o time de 1986:
Esse é o time de 1994, que conquistou o acesso à Primeira B:
Esse é o time de 2002:
Aqui, o time de 2006:
Esse, o time de 2010:
O atual time, de 2013:
Esse é o simpático Estádio Eduardo Gallardon:
Uma imagem de cima, para se ter ideia do tamanho do campo!
Que tal torcer um pouco ao lado da torcida “multiraista”??
A torcida parece não se importar com a divisão em que o time está e sempre presente, faz se diferencial nos jogos! Mais imagens, veja o site: : www.lomaslocura.com.ar/
O time tem um livro lançado, escrito por Hugo E. Bento:
Mais informações no site oficial do clube.
E lá vamos nós para mais uma camisa e mais uma história! Chegamos à 157ª camisa e infelizmente, falamos de mais um clube que não disputa os campeonatos profissionais: o Pouso Alegre Futebol Clube.
E em 2018, estivemos em uma partida do Pouso Alegre contra o Araxá. Veja aqui como foi.
A cidade de Pouso Alegre fica ao sul de Minas Gerais, bem próxima da divisa com o estado de São Paulo.
É uma cidade muito bacana, que mistura os aspectos do interior com o de uma cidade em pleno desenvolvimento!
O time foi fundado em 1913, como “Pouso Alegre Football Club“. Mas, as dificuldades naquela época eram grandes, e só em 1928, o rubro-negro se firmou com estabilidade.
Em 1928, foi construído o estádio do Pouso Alegre Futebol Clube, o “Estádio da Comendador José Garcia“, permitindo a visita de muitos times paulistas e mineiros para desafiar o PAFC, como Guarani, Ponte Preta e o extinto Ypiranga, da capital.
A Liga Esportiva Municipal de Amadores (LEMA) ficou responsável por administrar o Estádio, por isso, muitos o chamam de “Estádio da LEMA”.
O início do time foi marcado pela disputa de torneios municipais e intermunicipais. Outros times foram criados e o Pouso Alegre FC acabou sendo deixado de lado durante a década de 1950.
A década de 60 foi mais feliz para o time e a torcida do Pouso Alegre, e em 1967, o time não só voltou a ativa como decidiu participar pela primeira vez da Segunda Divisão do Campeonato Mineiro. Nessa época, a torcida comparecia em peso aos jogos do time!
E pra satisfazer sua torcida, o rubro negro foi o campeão da Chave Sul, classificando-se para a fase final, porém, a inscrição irregular de um jogador eliminou o time da sequência do campeonato.
Um fato curioso, é que em 1968, o Pouso Alegre FC disputou um amistoso com o Grêmio Recreativo Beta, de São Paulo e venceu por 38 a 0. A partida é considerada como a maior goleada do futebol mundial. Mas mesmo tantos gols não impediram o clube de fechar suas portas no ano seguinte, após um mal campeonato.
Dessa forma, a década de 70 passou em silêncio para o time e até para a cidade, com o final da LEMA. O futebol só daria sinais de vida nos anos 80, com a reativação da Liga Municipal, e em 1983, com o retorno do Pouso Alegre F.C. à ativa.
No mesmo ano, o time sagrou-se campeão da Copa Sul Mineira, jogando apenas com atletas da cidade. Mas o ânimo que faltava ao time viria ainda no mesmo ano, com a conquista do Campeonato Amador do Estado de Minas Gerais. Essa conquista reacendeu time e torcida e em 1984, o time voltou a disputar a Segunda Divisão do Campeonato Mineiro.
Em 1988, o grande momento: o rubro negro de Pouso Alegre chega a Primeira Divisão do Campeonato Mineiro, após uma verdadeira batalha contra o Atlético de Três Corações, que teve final no tapetão e somente no ano seguinte, já com a primeira divisão em andamento. Resultado, o time de Pouso Alegre estreou com o campeonato já em andamento, chegando a jogar 3 vezes por semana para “alcançar” os demais clubes.
Em seu ano de estreia na primeirona, 1989, o time conseguiu se segurar na elite do futebol mineiro.
1990 é considerado o ano de ouro do Pouso Alegre Futebol Clube, terminando o campeonato na quinta colocação. Aquele time tinha no gol PC Gusmão, hoje técnico de futebol.
Aqui, um vídeo com os gols do time, em 1991:
Assim como acontece sempre, no final do ano o time foi desmontado e em 1992, o time voltou à segunda divisão.
Em 1996, o então prefeito, João Batista Rosa, inaugura o Estádio Manduzão, com capacidade para 30 mil pessoas, considerado o 3º maior estádio de futebol de Minas Gerais.
Essa, a gente fez na nossa visita, em 2012:
O “dragão” permaneceu no chamado Módulo II do Campeonato Mineiro até 1998, quando novamente se afastou das disputas até 2009.
Em 2009, o time voltou a disputar a Segunda Divisão, terminando em quinto lugar. Aqui uma foto do pessoal do Jogos Perdidos:
Depois de sua volta em 2009, o Dragão do Mandú, novamente se desligou do futebol profissional e mais uma vez deixou órfãos seus torcedores.
A 147a camisa volta a falar do rico futebol mineiro!
Foi presente do leitor e amigo Gustavo Vidal, que tem muito em comum comigo. O cara também é louco pelo futebol argentino e o time dele foi parceiro do meu caindo da série C para a série D do brasileiro, em 2012.
O time dele vem da cidade de Juiz de Fora, onde vivem mais de 500 mil pessoas e por onde corre o rio Paraibúna.
O dono da camisa é o Tupi F.C. e fica um abraço aos amigos que torcem pelo time, em especial, além do próprio Gustavo, ao Vitor Lima e o Tales (que me conseguiu algumas fotos).
A camisa deste ano foi feita pela Gsport (clique aqui para acessar a fanpage deles no facebook e comprar a camisa direto com eles), fornecedor de uniforme esportivo do Tupi.
O time nasceu em 1912, como Tupi Foot-Ball Club, segundo alguns pesquisadores, por dissidentes do Tupynambás Futebol Clube, o rival local.
O mascote do time é o Galo Carijó, homenagem a um de seus fundadores, Antônio Maria Júnior, conhecido como Carijó.
O time teve sua fase inicial marcada por amistosos e torneios locais, como a Taça Olinda de Andrade e o Torneio de Juiz de Fora.
Em 1931 veio a inauguração do estádio do Tupi, o Estádio Dr. Francisco de Salles Oliveira, ou apenas Salles Oliveira. Na época, o campo da equipe de Juiz de Fora era o maior e mais moderno de toda a Zona da Mata Mineira.
Vale destacar a participação no Campeonato Mineiro de 1933. A competição foi encerrada prematuramente, e o time ocupava a segunda colocação (se considerarmos os pontos perdidos). Na ocasião, o time venceu o “Palestra Itália” (denominação do Cruzeiro, na época) por 4×3.
Passou os anos 40 e 50 longe do Campeonato Mineiro.
Só nos anos 60, que o time voltaria a fazer história conquistando campeonatos e montando bons times.
Logo em 1966, montou um dos melhores times de sua história, que acabou conhecido como “O fantasma do mineirão”, graças às vitórias sob os 3 times da capital (Atlético, América e Cruzeiro) em amistosos, após conquistar, de forma invicta, o segundo turno do campeonato municipal.
No mesmo ano, disputou um torneio com Botafogo-RJ, Palmeiras e os três grandes de Belo Horizonte, terminando em primeiro lugar.
Isso lhe rendeu um convite para ir jogar contra a seleção brasileira (de Pelé, Garrincha e cia), empatando em 1×1, em partida realizada em Caxambu – MG.
Em 1969, novamente participou do Campeonato Mineiro e permaneceu na primeira divisão até 1973. Em 1975, conquistou o Campeonato do Interior. Aqui, o time do fim dos anos 70.
O time esteve presente em campeonatos durante toda a década de 80, com exceção de 1983. Em 1985 e 1987, foi campeão mineiro do interior. Essa foto, com Simão Saturnino (à esquerda) é de 1987:
Esse é o time de 1989:
Percebeu na foto acima quem está segurando a bola? Adil! Mais um craque a vestir a camisa do Tupi! O acidente que interrompeu a carreira do atleta foi em uma estrada que liga Juiz de Fora a Ponte Nova.
Nos anos 90, o time foi rebaixado em 1993, e a partir daí surge uma iniciativa de reunir os três clubes da cidade (Tupi, Tupynambás e Sport) formando a “Cooperativa Manchester de Futebol”.
Inicialmente, a ideia deu certo, e a Cooperativa conseguiu o acesso à primeira divisão, já em 1994.
Entretanto, no ano seguinte, a campanha foi decepcionante e o Manchester acabou rebaixado de volta à segunda divisão, acabando com a Cooperativa.
Em 1997, pela série C, já na fase final, o clube precisava ganhar apenas um jogo para chegar à série B, porém perdeu os três últimos jogos.
Assim, os anos 90 terminaram sem muita alegria para os torcedores de Juiz de Fora.
Os anos 2000 começaram vendo o time vencer o Módulo II, a segunda divisão mineira, em 2001.
Em 2003, o Galo Carijó foi novamente Campeão do Interior, chegando em terceiro lugar no Campeonato Mineiro, conquistando uma vaga para a Copa do Brasil, em 2004, onde logo de cara enfrentou o Flamengo, que só seria eliminado na final pelo incrível Santo André!
Outra contratação bombástica aconteceria em 2003: Muller.
Pela série C, foi eliminado em um jogo tumultuado contra o Bragantino…
Em 2004, o Tupi seria novamente rebaixado para o Módulo II.
O retorno se daria em 2006, ao ficar com o Vice Campeonato do módulo II, perdendo o título para o Rio Branco de Andradas.
No mesmo ano, o time anuncia uma contratação polêmica! Romário no Tupi!
Mas o baixinho teve uma passagem relâmpago, pelo time e segundo dizem “Treinou dois dias, foi para o JF Folia e depois foi embora”. Ao menos a presença do craque ajudou o marketing do clube!
Em 2007, mais uma boa campanha, ficando em 4° lugar no estadual.
Em 2008, novamente um ótimo Campeonato Mineiro, chegando no quadrangular final e novamente terminando em terceiro lugar.
Foi novamente campeão da Taça Minas Gerais garantindo mais uma participação na Copa do Brasil e na série “D”, de 2009.
Em 2011, nova conquista. Dessa vez, faturou a série D do brasileiro, subindo para a série C 2012.
E, como eu disse lá no princípio, em 2012 o time foi rebaixado para a série D.
Atualmente, manda as suas partidas no Estádio Municipal Radialista Mario Helênio, inaugurado em 1988 e que tem capacidade para 35 mil pessoas.
Falando um pouco das torcidas, a Tribo Carijó é uma das que estão sempre presentes.
Outras organizadas são a Império Alvinegro, a Tupinga e a Tupirados.
Mas, assim como no interior paulista, os torcedores comuns também são presença constante no estádio:
Pra quem curte hinos, esse é o do Tupi:
O time tem até um livro chamado “A saga dos Carijós”, lançado recentemente.
Ah, a estrada… Incrível como existem opções de fugir, de viver, de viajar…
Dessa vez, a tal estrada nos levou à cidade de Porto Ferreira, para enfim conhecermos o belo Estádio Municipal, conhecido como Vila Famosa.
É lá que a Sociedade Esportiva Palmeirinha manda seus jogos.
O Estádio pertence à prefeitura municipal e já teve capacidade para mais de 8 mil pessoas, atualmente esse número foi reduzido para 5 mil torcedores.
O estádio pode ser pequeno, mas faz questão de ressaltar o time em todos os espaços possíveis, coisa que é difícil de se ver em muitos estádios.
Assim como toda a cidade de Porto Ferreira, a região do Estádio é bastante arborizada.
Infelizmente, não encontramos ninguém pra conversar sobre o campo ou sobre o time, mas pesquisando, descobrimos uma história bem bacana. Mas antes, sente o clima do role:
Em 1991, o Palmeirinha convidou o Corinthians, para um amistoso. O jogo serviria de inauguração da iluminação do estádio.
O time do Corinthians vinha com o goleiro Ronaldo, o volante Ezequiel e o meia Neto e demais jogadores, mas não é que o Palmeirinha honrou a rivalidade e venceu por 1 a 0?
O sistema de iluminação segue por lá…
As arquibancadas totalmente old school também seguem firmes. Quase firmes… A espera de novos desafios e torcedores.
E como esse mundo do futebol é cheio de coincidências, além do time ter o nome do principal rival do Corinthians, ainda é sede do Centro de Formação Chelsea, time que possivelmente enfrentará o alvinegro paulistano no mundial de clubes.
A bilheteria também parece ter saudades dos dias em que disputavam-se os ingressos…
Para maiores informações sobre o time, visite: www.sepalmeirinha.com.br.
A 142ª camisa da coleção vem novamente da Bahia, de onde já falamos do Bahia e do Colo-Colo.
Desta vez, vamos falar do lado dos excluídos de Salvador, por meio do time do E.C. Ypiranga, o terceiro maior campeão do estado.
A história do Ypiranga começa em 1906, num tempo em que o estado da Bahia era bastante diferente do que é hoje.
Mas, nem tudo era assim tããão diferente.
Naquela época, assim como hoje, os jovens trabalhadores das classes mais baixas eram muitas vezes excluídos do convívio social e consequentemente da prática do futebol.
Foi para reunir esses jovens operários e suburbanos que, em 1904, surgiu o Sport Club Sete de Setembro. Dois anos depois, o clube daria lugar ao Sport Club Ypiranga.
O mascote do time é o canário.
Foi no Ypiranga que surgiu um dos primeiros heróis negros do futebol: Apolinário Santana, mais conhecido por Popó.
Ele começou sua carreira aos 14 anos, e aos poucos tornou-se um líder do revolucionário time do Ypiranga, lutando contra o racismo que povoava o mundo do futebol daqueles tempos.
Mas o time não era bom apenas no campo da ideologia revolucionária. Dentro de campo o time também empolgava e logo conquistaria o título de campeão estadual, em 1917, 1918, 1920 e 1921. Esse é o time de 1921:
Os anos foram passando e o time foi mostrando o poder da união proletária da cidade frente à elite que tanto abusou da escravidão e do antigo regime imperial. Vieram novos títulos estaduais em 1925, 1928, 1929, 1932 e em 1939, com o time:
A fase de glórias do Ypiranga caminharia até o título estadual de 1951, a última grande conquista do time canário.
Nos anos seguintes, o Ypiranga enfrentou forte crise, tornando-se apenas um coadjuvante nas disputas.
O time chegou por algumas vezes à segunda divisão, da qual saiu campeão em 1983 e 1990.
Como ponto mais triste, o time se afastou dos campeonatos profissionais só voltando a disputar a 2ª Divisão do Campeonato Baiano de Futebol em 2010, por meio de novos administradores.
Aqui, um vídeo do time de 2011:
Olha como eles estavam chamando a galera:
Entre sua torcida, um torcedor ilustre e destaca: Jorge Amado.
Para maiores informações sobre o time, o site oficial é http://www.esporteclubeypiranga.com.br/
A 139ª camisa de futebol, da nossa coleção foi presente de mais um apaixonado por futebol: o amigo José Antonio Martineli. A camisa representa a cultura e o esporte da cidade de Pirassununga!
O time dono da camisa é o Clube Atlético Pirassununguense.
O Pirassununguense, ou simplesmente “CAP” é mais um desses times “mágicos” que desafiam o futebol moderno e seguem até os dias de hoje dando alegrias ao povo da sua cidade. Fundado em 1907, fez seu primeiro jogo oficial em 1908, contra o Paulista, de São Carlos, vencendo por 2 x 1. Graças à sua tradição, o CAP ganhou o respeito de seus adversários. Esse fato motivou o apelido que se transformou em mascote: o “Gigante do Vale”.
A estreia em competições oficiais ocorreria em 1918, no Campeonato Paulista do Interior, o Paulista de Jundiaí foi o campeão do grupo.
O CAP disputou por mais seis vezes o Paulista do Interior, com destaque para 1942, quando sagrou-se campeão da 16ª região, e ainda batendo nos mata-matas a Esportiva Sanjoanense, o Botafogo de Ribeirão (eliminado por irregularidades nos registros) e o Palestra de São José do Rio Preto. O time pirassununguense só acabou eliminado pela equipe vice campeã daquele ano: o Lusitana de Bauru!
Além disso, em 1947, foi campeão do Setor 11 da Zona 3.
Logo que a a Lei do Acesso foi criada, em 1949, foi um dos primeiros clubes a se inscrever, disputando assim o Campeonato Paulista da Segunda Divisão de 1950 e 51. Infelizmente, deixou o profissionalismo por ser um município com menos de 50 mil habitantes (essa era uma das regras estipuladas pela Federação, na época). Afastou do profissionalismo, mas sagrou-se Campeão amador do Interior, em 1954. Só em 1966, o Pirassununguense voltou ao profissionalismo, disputando a Terceira Divisão (o quarto nível daquele ano), com o time abaixo, que. se classificou para a segunda fase:
Em 1972, o time disputou a Segunda Divisão Profissional (equivalente ao terceiro nível do futebol paulista naquele ano) e foi campeão da Série Independência, fazendo a final contra o José Bonifácio (que sagrou-se campeão com um empate em casa e uma vitória por 1×0 em Pirassununga).
Em 1973, foi convidado a disputar o Campeonato Paulista da Primeira Divisão (atual Série A2), já que o José Bonifácio não teve condições de participar do campeonato. O CAP foi eliminado na segunda fase depois de ser vice líder da série C:
Em 1974, novamente o time classifica-se para a segunda fase, onde é elimiado. Esse foi o time de 1975:
Aqui, o time de 1977:
A partir de 1980, a chamada Primeira Divisão passa a ser chamada de “Terceira Divisão” e o Pirassununguense permaneceu nessa série até 1983. Esse é o time que disputou o campeonato de 1982:
Em 1987, o clube aplicou sua maior goleada em um adversário: 14 a 0 sobre o Piraju.
O time permaneceu nas disputas profissionais até 1992, quando novamente se licenciou. Somente em 2001, voltou ao profissionalismo, graças a uma parceria com o Guarani. Nesse ano, “revelou” o meio-campista Alex (ex-Internacional-RS e ex-Corinthians).
Em 2008 decidiu não disputar o campeonato, mais uma vez. E só voltou em 2012 para a disputa da segunda divisão do Campeonato Paulista e nós estivemos lá pra registrar (veja aqui como foi).
O clube manda suas partidas no Estádio Bellarmino Del Nero, que tem capacidade para mais de 5 mil pessoas.
Fica a dica cultural: o blog “Memória de Pirassununga” traz um belo registro da história da cidade (até do futebol, aliás, pegamos algumas fotos de lá!). Pra quem gosta de hino, segue o do Pirassununguense:
Outra boa dica é o site CAPirassununga, com várias notícias e informações do time. Antes de ir… Ouça a voz da torcida…
A 138a camisa da nossa coleção foi presente do amigo João Vitor Pagan Bueno, mais um torcedor que quer ver o futebol da sua cidade valorizado como costumava ser antigamente.
O time dono da camisa vem mais uma vez do interior de São Paulo, de uma cidade próspera e muito agradável chamada Amparo.
Segundo alguns estudiosos, Amparo foi um dos berços do futebol no interior. Tanto é que desde 1904, já existiam campeonatos sendo disputados pelo time local, na época o “Amparense”.
O Amparo Atlético Clube (na época “Amparo Athlético Club”) nasceria em 1919. Essa é uma foto do início do time:
Achei algumas fotos dos torcedores daquela época, em uma partida que o Amparo Athlético disputou contra o Palmeiras:
O rival local histórico do time era o Floresta AC, fundado um ano depois, em 1920:
E a rivalidade até ajudou a manter a competitividade dos times.
Em 1929, o Floresta sagrou-se campeão do Interior pela APEA.
O resultado? O título do ano seguinte manteve-se em Amparo, mas desta vez foi para as mãos do Atlético, numa incrível final, disputada contra o Paulista de Jundiaí, num jogo que terminou 6×2.
Para comemorar o título, o Atlético convidou o Bragantino, outro forte rival local para uma partida amistosa em 1931 e goleou por 4×1.Veja mais detalhes e histórias sobre essa rivalidade aqui.
Em 1948, o Amparo Atlético disputou pela primeira vez um campeonato de Acesso da FPF. Seria a primeira de mais de 20 participações.
Em 1952, nova conquista do Campeonato do Interior.
A década de 1980 mostrava o quanto a torcida incentivava a equipe, veja o Estádio cheio, na foto abaixo:
Aqui, um dos craques do time da década de 80, Amaral, pais dos zagueiros Luisão e Alex Silva.
Em 1984, o Atlético resolveu se afastar do futebol profissional, para a tristeza de sua torcida e da população de Amparo.
De tempos em tempos, o time ressurge e acaba disputando a série B da Campeonato Paulista, como fez recentemente em 2010, quando pudemos acompanhar o time (veja aqui como foi). Esse foi o time daquele ano:
O mascote do time é o Leão, assim como seu apelido.
O time manda seus jogos no Estádio José Araújo Cintra, fizemos essas fotos em nossa visita em 2010:
Naquele dia o estádio recebeu um ótimo público!
Aqui dá pra se ver um pouco da cidade ao fundo!
E pra quem quer vivenciar alguns segundos de arquibancada com a torcida local, segue um vídeo:
Falando em torcida, outro presente que o João Vitor me mandou foi a camisa da Torcida “Leões da Montanha“:
O pessoal tá sempre lá presente, levando sua faixa e sua voz em apoio ao Atlético!
A 137ª camisa de futebol do blog foi presente do leitor e amigo Marcos Aquino, professor, apaixonado por futebol, que coleciona camisas e revistas esportivas e mora no interior do Ceará, na cidade de Limoeiro do Norte, 150 km da capital Fortaleza.
O time que defende as cores e a cultura da cidade é a Associação Desportiva Limoeiro Futebol Clube!
O time é conhecido como o “Jaguar do vale” e por isso esse é também seu mascote:
O time atual surgiu em 2001 para dar sequência ao futebol da cidade, após a extinção do Esporte Clube Limoeiro, fundado em 1942.
Achei pela net algumas imagens históricas do time, essa de 1948:
Enquanto Esporte Clube Limoeiro, o time sagrou-se campeão municipal em 1956, 1987, 1988, 1989, 1992 e 1994.
Em 1994, sagrou-se campeão cearense da Segunda Divisão estadual, chegou ainda a disputar a série C do Brasileiro de 1998, chegando à quarta fase, mas em 2000 o time fechou as portas por falta de apoio.
Assim, em 2001, o Limoeiro F.C. apresenta-se ao futebol, conquistando a segunda divisão estadual e conquistando o acesso à primeira divisão, com o time abaixo:
Em 2004, o time disputou a série C do Brasileiro e fez uma excelente campanha. Vale a pena assistir a matéria sobre esse time:
Em 2006, caiu para a segunda divisão novamente e só retornou para a primeira em 2010.
Porém… Em 2011, nova queda para a segunda divisão, onde permanece até agora (2012).
O time possui uma organizada chamada “Torcida Jovem Limoeiro”.
O time manda seus jogos no Estádio Bandeirão, estádio inaugurado em 1987:
A capacidade atual é de 3 mil torcedores.
Aqui o hino pra cantar junto, nas arquibancadas do Bandeirão!