Aventuras boleiras na cidade maravilhosa – parte 4: o futebol em Resende

Ah, a estrada. Estar em movimento é manter a mente afiada, em busca do novo, descobrir outros caminhos, se superar a cada momento, sem jamais aceitar o marasmo.

Ops, mas lá vem a placa que indica nosso próximo destino: a cidade de Resende!

Pra quem não conhece, Resende é uma cidade do Rio de Janeiro, ali na “beira” da Dutra, uns 160km antes de chegar na capital carioca.

A cidade é conhecida por ser a sede da Academia Militar dos Agulhas Negras, além de abrigar a Indústria Brasileira de Energia Nuclear que promove enriquecimento de Urânio… Muita gente nem sabe disso e acha um absurdo quando o Irã vem tentar fazer o mesmo.

Mas pra mim, o mais legal da cidade é o Rio Paraíba do Sul, que margeia a cidade!

A ideia era conhecer um pouco da cidade e o Estádio do Trabalhador.

É aqui onde o Resende Futebol Clube manda seus jogos. O time foi fundado em 6 de junho de 1909:

Resende Futebol Clube

O Resende FC também tem um campo em sua sede, na Praça da Concórdia, no centro da cidade.

Mas é importante lembrar que o futebol da cidade já teve outros representantes como o Resende Esporte Clube, fundado em 2 de julho de 2003:

E mais recentemente o Academia Pérolas Negras (criada no Haiti como um projeto social e que chegou ao Rio de Janeiro em 2016, participando da Federação Carioca em 2017):

Oficialmente chamado de Estádio Municipal de Resende, ele é mantido pela prefeitura, mas pertence ao SESI.
AmÉrica e Fluminense fizeram a partida inaugural do Estádio do Trabalhador, em Resende (0X0) em 1º de outubro de 1992.
Olha aí a bilheteria!

Aqui, a “Geral”:

Atualmente, possui capacidade para pouco mais de 10.000 torcedores.

O campo possui arquibancada apenas de um lado e dá pra ver a cidade crescendo do outro lado.

O Estádio fica na região central da cidade, no meio de muitos prédios, árvores e clubes.

Um rápido vídeo que fizemos lá:

A arquibancada é bem bonita, mas não é daquelas que ficam em cima da linha lateral. Como tem uma pista de atletismo, existe um espaço interessante entre ela e o campo.

Um olhar por trás do gol!

Aqui, com a tal da função panorâmica, um olhar completo da arquibancada e do campo.

Resende Futebol Clube manda a maior parte dos seus jogos aí, menos os clássicos, que ocorrem em Volta Redonda.
É aí que eles enfrentam, por exemplo, o Americano F.C., seu maior rival.

A inauguração do estádio foi em 1992, com o jogo Fluminense x América/RJ e teve recorde de público.

O site do Resende é http://www.resendefc.com.br.

Como o campo é do SESI, olha ali onde eles ficam.

Aqui dá pra ver a distância que eu me referi entre a arquibancada e o campo.

Hora de fechar os portões e seguir viagem.

Fica o obrigado ao pessoal que estava por lá trabalhando e que me deu uma força pra entrar e conhecer o lugar.

Em 2022 voltamos ao Estádio para acompanhar a estreia do Santo André pela Série D do Brasileiro contra o time do Pérolas Negras (confira aqui como foi).

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O Estádio Manduzão e o futebol em Pouso Alegre

O dia a dia é corrido. Estou aprendendo a ocupar o tempo, por menor que seja com as coisa que gosto.
Como diria o Camisa de Vênus… Correndo sem parar… Correndo sem parar!
E foi nessa correria, que ultrapassamos as fronteiras SP/MG e chegamos a Pouso Alegre.

Nossa missão, era conhecer a famosa “Cachoeira 15 quedas”, na cidade vizinha Congonhal e visitar o Estádio Municipal Irmão Gino Maria Rossi, o “Manduzão“.

Ele faz parte do Complexo Esportivo Municipal.

Por sorte, fomos muito bem recebidos pelos seguranças locais que nos permitiram entrar e tirar umas fotos, lá de dentro.

Uma vez lá dentro… É hora de conhecer mais um templo do futebol brasileiro.

O Manduzão é um estádio da Prefeitura Municipal de Pouso Alegre, bastante jovem, construído em 1996. Olhando de fora, tem um visual meio… “grego”, não tem?

Que tal uma olhada por dentro?

A capacidade inicial era de 26 mil pessoas, mas hoje está reduzida para 17 mil torcedores.

O Estádio já foi usado pelos diferentes times da cidade, como o Guarani FC, time de 1971, que entrou para o futebol profissional em 2002, na segunda divisão:

O Manduzão também foi casa do EC Sul Minas, time mais jovem, fundado em 2002 e que já disputou várias edições da terceira divisão mineira.

Mas, o Manduzão ficou mesmo marcado pelos jogos do Pouso Alegre FC, que tem sido o principal representante da cidade no futebol profissional disputando inclusive o Campeonato Brasileiro.

Na época da visita, o Pouso Alegre FC estava desativado atualmente, e o busto de Alberto Cobra Filho só vinha assistindo shows da prefeitura.

O lado de fora do estádio tem um bom espaço para estacionar e aquele velho olhar sobre arquibancadas de cimento.

A entrada é bastante tradicional, por baixo das arquibancadas.

Coisas engraçadas como esse aviso é o que fazem nossa busca por estádios render boas risadas…

A distância da arquibancada e do campo é pequena, deve ser legal ver um jogo aí!

Tem até uma parte coberta com espaço para a imprensa.

Mais um estádio em que eu e a Mari tivemos a honra de conhecer e visitar.

Quer ingressos? Aí está bilheteria!

Mas… Alguns pontos ainda precisam de um trato, da Prefeitura…

Depois do estádio, ainda demos um role pela cidade para conhecer um pouco mais. Ficamos por ali 2 dias, numa pousada bem legal chamada Maracanã.

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DRAMALHÃO

E no final das contas, o Drama do Ramalhão acabou em paz.

Em uma paz triste, mas ao menos paz.

Pra quem não acompanhou os últimos capítulos (ou os últimos anos) o Santo André, outrora campeão da Copa do Brasil, Vice Campeão Paulista, entre outros, jogava sua última partida da série A2, de 2012, lutando para fugir do rebaixamento para a A3.

Pra piorar, devido ao descaso da Prefeitura e á má gestão da SAGED, o jogo foi realizado num Estádio Municipal Bruno José Daniel, com as portas fechadas aos torcedores.

Do lado de dentro, apenas atletas, juízes e la policía, que parecia não acreditar no que acontecia do lado de fora…

É que do lado de fora, as ruas não tem donos, se não nós, o povo. Ali não tem como proibir faixa, música, atitude…

E foi assim que o torcedor Ramalhino sofreu até o fim.

Ainda que ao final do primeiro tempo o Santo André tenha feito 1×0, não houve quem ficasse tranquilo…

Assistir ao jogo era difícil. Víamos algumas partes do campo, comentávamos os demais resultados, tentávamos ver o escanteio, mas… os muros impediam.

Só uns ou outros arrumaram lugares com melhor visão, mas conforto duvidoso…

Por todo o entorno do Estádio houve gente se aglomerando para acompanhar o que poderia ser a pior tragédia da história do time.

No antigo portão das cobertas, havia a turma da geral…

E até o pessoal das “cadeiras especiais”, lá no alto…

Vem o segundo tempo e o desespero segue. Os resultados das demais partiam não permitiam que o Santo André empatasse o jogo para se manter na série A2.

Ou seja, um gol do União Barbarense levaria o Ramalhão à A3.

E dá lhe bateria para fazer os corações baterem com a força necessária para se aguentar esse sentimento…

Faltando poucos minutos para o fim, do jogo e da agonia, ninguém fala nada… Silêncio quebrado pelos cantos da Fúria Andreense…

Últimos segundos de apreensão…

Pronto… Chega de temer a A3. O Santo André vence o jogo e permanece na série A2.

Para muitos, não há o que comemorar, mas tirar das costas esse peso fez bem a todos que acompanham o time.

E comemorar a permanência na A2 não significou esquecer os problemas… OS torcedores fizeram questão de mostrar sua indignação, mesmo com a vitória. Seja pela reforma do Estádio…

Seja pelos problemas administrativos apresentados pela SAGED.

Só não avisaram a polícia local, que mais uma vez fez se presente de forma truculenta, fazendo questão de apresentar suas armas aos pouco mais de 50 torcedores que foram para a saída dos vestiários.

E foram pra festejar, pra cobrar e pra mostrar a cara.

Os jogadores e administradores do time tem que saber que somos nós os donos da festa. Ou da dor…

Apoie o time da sua cidade!!!

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União Barbarense 2×1 Palmeiras B – O interior mostra suas garras!!!

Domingo de manhã tem cheiro de liberdade.

Seja para quem gosta de dormir até mais tarde, para quem gosta de sair pra praticar esportes ou, aqueles como eu, que preferem pegar a estrada e buscar um estádio pelo interior de São Paulo.

Partimos mais uma vez de Cosmópolis, onde encontramos essa belezinha de “Moto-Trator

Em Cosmópolis, deixamos o Toddy o cão além das nossas duas novas companheiras, ainda na gaiolinha: Quilmes e Alfajor são duas ratinhas, ou hamsters, se preferir.

Poucos minutos de estrada e já nos aproximamos da Santa Bárbara do Oeste, a cidade escolhida onde acompanharíamos o União Agrícola Barbarense contra o Palmeiras B.

Vale dizer que é nosso primeiro registro do União Barbarense, atuando em casa, então… Histórico por si só! Mas a manhã guardaria mais uma bela história de superação, que só o futebol pode oferecer!

União Agrícola Barbarense FC

Chegamos ao Estádio Antonio Lins Ribeiro Guimarães e constatamos que a boa fase do time também se reflete nas arquibancadas. Um bom público compareceu ao jogo!

O Estádio do Barbarense é daqueles bem old-school, e eu adoro isso, mas vale citar que era bom começar a pensar em uma reforma ou obras de manutenção para que não ocorra o mesmo que passou com o Estádio do Santo André e seja interditado ou até mesmo demolido.

O sol estava bravo. E a parte coberta do estádio nos pareceu inacessível… O jeito foi aguentar o calor…

Mas, enfim, não tem tempo ruim com a gente. Mais um estádio, mais um time cheio de histórias e glórias.

Valeu a pena!

Ainda que o ingresso estivesse bem carinho: R$ 20!!!

Embora o placar – nada eletrônico- insistisse num 0x0, o Palmeiras B começou quente e fez 1×0, numa falha do goleiro da casa, para irritação da torcida de Santa Bárbara.

O time sabia que para seguir com chances de voltar à série A1, precisava pontuar, e foi pra cima!

E mesmo tentando ir pra cima, o Barbarense não conseguiu mudar o jogo no primeiro tempo. O que fez com que a torcida e a imprensa local fossem para cima do time, até então com 100% de aproveitamento em casa.

Intervalo é hora de ver as particularidades do Estádio, como a ambulância “caça fantasmas” que estava a serviço…

Ou para um olhar mais próximo da arquibancada que já viveu muitas aventuras…

Os muros do Estádio ajudam a relembrar a história de glórias do time!

E pudemos aproveitar para ouvir dos torcedores locais o que eles acham da ideia de apoiar o time da sua cidade, vejamos:

Os times voltaram a campo. O segundo tempo exige uma postura mais agressiva do time local. Caso contrário, o time da capital voltará com os 3 pontos.

A torcida segue incentivando…

O calor dificulta ainda mais a missão do Barbarense, e o Palmeiras B usae abusa da catimba, levando os torcedores locais ao desespero.

Até o banco de reservas do Palmeiras B ajuda a catimbar e a pegar no pé da arbitragem, que parece atrapalhada.

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O jogo chega aos 30 minutos do segundo tempo e há um silêncio momentâneo no ar…  O goleiro da Barbarense sabe que a derrota vai pesar pra ele, uma vez que o gol veio de uma falha sua…

40 minutos do segundo tempo. A torcida segue lamentando-se… Será que realmente o futebol do interior tem bala pra disputar contra os times da capital?

Será que a torcida local tem alguma influência ao cantar quase o tempo todo, mesmo com o time perdendo?

Não é besteira seguirmos remando contra a maré e apoiando os times da nossa cidade?

Responde ae pessoal da Sangue Barbarense e demais presentes em campo.

Tentem explicar aos mais céticos o que é ver uma virada construída a partir dor 42 do segunto tempo.

Não dá pra explicar, né? Então curta, torcedor do Barbarense. Aproveite mais esse momento histórico do seu clube. Da sua cidade.

Parabéns a todos os torcedores que compareceram, em especial ao amigo Thiago, que também me deu entrevista, mas graças a problemas técnicos não foi ao ar aqui no blog…

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Capivariano x Guaçuano – Quando amor e tristeza precisam conviver em um mesmo coração…

2 de março de 2012.
Sábado de forte calor no interior de São Paulo.
Partimos de Cosmópolis até Capivari, para mais uma rodada da série A3.
No caminho, vimos que o tempo podia mudar.
A esperada chuva parecia estar a caminho…

Nosso destino era Estádio Carlos Colnaghi, onde o Capivariano tem conquistado resultados que o colocaram na liderança da série A3 de 2012.

O adversário do time da casa é uma equipe bastante conhecida pelo nosso blog. Trata-se do Guaçuano.
E como a distância não é tão grande e a campanha do time verde e branco também é boa, a torcida visitante compareceu!

A torcida local também fez bonito.
Aliás, desde o ano passado que os projetos desenvolvidos pelo time e pela cidade para trazerem mais público tem dado resultado. Relembre aqui.

A cidade de Capivari tem conseguido conquistar o público, seja pelo bom futebol, seja pela diversão pra criançada…

Aliás, tem até um setor só para a molecada:

Ah, e… lá estávamos nós para acompanhar mais uma passagem do futebol do interior paulista!

Os amigos da rádio Cacique também estavam por lá, aproveito para mandar um abraço ao grande Bira que é repórter de campo e há anos acompanha o time local.

O estádio está cada vez mais colorido em vermelho e branco, com várias faixas e bandeiras. Aqui a do pessoal da “Guerreiros do Leão“:

Mas se as mais de 1.500 pessoas faziam bonito na arquibancada, o mesmo não podia dizer do time em campo… O leão estava manso…

O primeiro tempo virou um estranho 2×0 para os visitantes de Mogi Guaçú, preocupando os torcedores locais que se acostumaram com as vitórias em casa.

O segundo tempo veio e o torcedor local acreditava na reação!

A rapaziada do batuque seguia firme incentivando o Capivariano.

Em campo, o time parecia nervoso e chegou até a ameaçar uma briga após discussão mais acalorada…

Mas, o que se viu em campo foi uma ampliação do placar por conta do time visitante. No final das contas, nem o mais animado torcedor do Mandi podia imaginar um placar tão elástico. Capivariano 0x5 Guaçuano.
Festa na torcida visitante.

Duro golpe no líder, mas que deve ser bem compreendido.
O público que tem comparecido não pode desanimar…

O vermelho e branco tem que continuar a colorir o estádio e a cidade, lembrado que o time acabou de subir da segundona paulista e já tem a chance de chegar à série A2!

Da nossa parte, fica o orgulho mais uma vez de visitar a cidade e o estádio local e termos sido muito bem recebidos.

Ao fim do jogo, conseguimos ouvir uma bonita frase, mesmo após a derrota do time da casa:

Vale citar que o Capivariano ainda perdeu um penalty, já no finalzinho do jogo, mas mesmo assim, a torcida preocupou-se mais em apoiar do que em criticar o time.

Houve ainda um princípio de confusão com a diretoria e alguns torcedores do Mandi que estavam num espaço destinado a torcida local, mas nada que a polícia e a diretoria do Capivariano não resolvessem da melhor forma possível, sem violência.

A gente ainda teve que sofrer um pouco com as obras na estrada que em alguns momentos mantinham uma faixa única…

E depois com a chuva que nos acompanhou até a cidade de Campinas…

Mas… tudo ok. Tudo pelo futebol.

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O marcante acesso do Guaçuano (Campeonato Paulista Série B – 2011)

Céu azul lindo. Uma estrada que faz relembrar os tempos antigos do interior de São Paulo. São cenários, personagens e coisas que parecem não existir. Esta é a estrada vicinal Arthur Nogueira – Mogi Mirim.

Para quem não sabe, é também o endereço do Estádio La Bombonera, do São Marcos F.C.!

E após meia hora de estrada, chegamos enfim à cidade de Mogi Guaçu, local da partida entre Guaçuano e Votuporanguense.

Aliás, é dia de casa cheia, em Mogi Guaçu!

O jogo reflete o sofrimento do grupo 7, onde a última rodada levou todos os times com a mesma pontuação. A outra partida do grupo, coloca a frente o Independente de Limeira e o Primeira Camisa, de São José dos Campos. Ou seja, quem ganhar, leva o acesso. É dia do Guaçuano fazer a lição de casa!

Mas, a partida é dura, contra um adversário indigesto… o CA Votuporanguense.

Ingresso em mãos, e vamos lá!

O jogo (e o clima) é quente. Vestindo a camisa do Guaçuano, a torcida local faz a diferença e o Guaçuano sai na frente, ainda no primeiro tempo, com gol do Thiaguinho.

Festa nas arquibancadas e no barranco!

O ano de 2011 ficará marcado como um dos anos de melhor média de público no Estádio Alexandre Augusto Camacho, e o jogo decisivo não podia ser diferente!

Nem no barranco cabia mais ninguém!

Em campo, o segundo tempo começou a todo vapor. E um jogo pegado e aguerrido, afinal, valia vaga na série A3 de 2012.

A série B do Campeonato Paulista é a quarta e última divisão profissional da Federação Paulista.
É praticamente a única chance de várias cidades do interior terem um time em campo e poderem se reunir nas arquibancadas

Infelizmente a média dessa divisão é bastante pequena. Vale a pena dar uma navegada pelo blog e relembrar algumas de nossas visitas a jogos na “segundona”.
Entretanto, a torcida de ambos os lados esteve presente em ótimo número, nesse domingo

E o Estádio Alexandre Augusto Camacho é daqueles campos onde a proximidade com os jogadores dá uma leitura diferente ao jogo.

Assistir atrás do gol dá a ideia de como sofre um goleiro numa partida decisiva…

No segundo tempo, o gol de Thiago Chulapa, logo no início trasfomou o estádio em festa alvi verde. Guaçuano 2×0 CAV.

Quer dizer… Festa em quase todo o estádio, porque ali no lado esquerdo das arquibancadas, não tinha ninguém feliz. Era a brava torcida do Votuporanguense que viajou até Mogi Guaçu para apoiar o time e que infelizmente via as chances do acesso cairem por chão…

Aliás, parabéns a esse pessoal que enfrentou a estrada e compareceu! Foram bem recebidos e contaram com a escolta da guarda municipal.

Ambos os times se doavam totalmente, deixando o jogo até um pouco violento em alguns momentos.

Nas arquibancadas, gente de todos os lados da cidade se reunia para assistir ao time local!

Pra quem não conhece, o pessoal do barranco é uma galera que não precisa nem de arquibancada para se divertir!

Eles fizeram do “barranco” ao lado das arquibancadas o seu lugar. Aliás, hoje esse é um dos lugares mais animados, do campo!

Mas em todo o estádio podia se ver pessoas de diferentes gerações se encontrando, se reunindo e mostrando que futebol é mesmo uma forma de interação cultural!

Além da arquibancada usual, a diretoria do Guaçuano providenciou uma arquibancada tubular que fica atrás do gol e que também estava cheia!

O tempo ia passando e a torcida se aproximando dos portões, já esperando o apito final para poder comemorar o acesso em campo com o time!

O Guaçuano teve um penalty a seu favor. Bola na cal e … gol! Mas… o juizão mandou voltar e aí o goleirão defendeu, olha o gol que não valeu:

Mas nos minutos finais, o bicho pegou e atletas e comissão técnica de ambos os times saíram no braço.
Faz parte. Não é bonito, mas faz parte e a confusão logo se controlou por si só.

O problema é que alguns dos jogadores do Votuporanguense foram expulsos e tiveram que passar bem próximo da torcida do Mandi, resultado… A confusão prosseguiu…

Mas a polícia interveio rapidamente e acabou com a brincadeira.

A bateria pedia o fim do jogo. Era hora de comemorar! Chega de jogo!

Até o papai noel do Guaçuano queria entrar no campo pra celebrar o momento único!

Chega de enrolação… Ao campo!!!

Momento emocionante. Todos juntos, agradecendo o resultado conseguido em campo!

E a gente mais uma vez presente… É muita emoção, muito orgulho. Obrigado!

Um acesso é sempre algo a ser comemorado. Sem dúvidas estávamos em mais um momento histórico do futebol!

Aproveitamos para escutar dos torcedores locais um pouco sobre o sentimento de fazer parte deste acesso:

Deu até pra ouvir um pouco dos próprios jogadores, sem dúvida, leões em campo!

Conversamos também com a comissão técnica do Votuporanguense e deixo aqui o parabéns pela bela campanha. Uma pena a vaga ter escapado na última hora…

Hora de ir embora. Contente em ter compartilhado um dia inesquecível, marcante para a população de Mogi Guaçu.

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Choque entre a modernidade e a tradição!

Pô, somente hoje publico a história do nosso rolê boleiro de sábado e a culpa dessa demora é do Felipe (acima, com sua barba ruiva e blusa vermelha), que passou uns dias aqui com a gente e acabou tomando todo o nosso tempo hehehe.

Como o Felipe é do interior do Paraná (Londrina), fiz questão de levá-lo pro interior e conhecer pessoalmente a tradição do XV de Piracicaba!

O jogo era contra o AUDAX, a nova denominação do PAEC (Pão de Açúcar Esporte Clube), time da capital que vem com uma nova proposta para o futebol profissional.

E fomos em uma verdadeira caravana pro Estádio Barão de Serra Negra. Eu, a Mari, o Felipe, além do Gui e da Jéssica. No estádio ainda pudemos encontrar alguns amigos locais, como o Rui!

Em terras piracicabanas, encontramos o Guilherme local (na foto abaixo, de agasalho branco) e ainda tivemos a honra de conhecer o Rui Kleiner (na foto acima, de branco). Ambos muito gente fina e apaixonados pelo XV.

É dessa forma que a gente procura fazer nossa revolução pessoal e social.
Fazendo novos amigos e dividindo experiências.
Seguimos na nossa campanha “Apoie o time da sua cidade” e o Rui disse pra gente o que é torcer pro time da sua cidade…

Embora uma chuva chata caísse durante todo o tempo, mais de 1.000 torcedores compareceram ao jogo, apoiando o time do XV.

Claro que pra se proteger da chuva, teve quem preferisse a cobertura da marquise, mas teve quem levou chuva o tempo todo sem parar de cantar.

Curioso que encontramos vários “trapos” (bandeiras, faixas, etc) em homenagem ao time espalhados pelo estádio. Alguns, levados pelas organizadas, como se é mais comum…

Mas haviam outros, aparentemente dos torcedores locais também ali, registrando o amor do piracicabano pelo futebol local.

Aliás, se em grande parte dos times do interior, a paixão é alimentada quase que exclusivamente pelas organizadas, em Piracicaba pode se ver um grande número de torcedores comuns, o que é ótimo também! O amor pode ser organizado ou não.

Tem gente boa desenhando as faixas, olha a qualidade dos desenhos…

Tem até faixa pro pessoal do Orkut do XV!

Em campo, o primeiro tempo mostrava XV 0x1 Audax, o futebol moderno saia na frente…

Pra quem não conhece a história do XV, vale lembrar que já falamos sobre a história do time aqui no blog (clique no link para ver).

O segundo tempo veio e o empate do XV de Piracicaba, pra alegria da torcida local!

A gente também ficou contente, afinal, mesmo com respeito ao Audax, o XV representa a “velha escola”.

A Mari agora consegue fazer fotos panorâmicas!!!

E lá estamos nós… Apenas garotos e garotas da bairro, curtindo sua vida numa cidade parceira, ao lado de amigos que fizemos nesse rolê boleiro! As vezes a revolução parece tão simples…

E enquanto fazíamos mais uma foto e conversávamos com os amigos, o Audax fez o segundo gol…

Mas… Se não tivemos festa em campo o mesmo não podemos diz das arquibancadas! Até o pankeka, amigo dorolê, estava por lá, trabalhando em uma rádio local!

Hora de ir embora!
Ainda passaríamos em Cosmópolis para apresentar ao Felipe o Estádio da Usina, onde a Funilense mandou seus jogos na terceira divisão de 1978…

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Portuguesa Santista em busca da série A3!!!

Domingo, 25 de setembro de 2011.
Eram 4hs quando fomos dormir, após uma noite de festa comemorando o aniversário da Mari.
9hs da manhã. Garoa no ABC. Não há tempo para o cansaço.
Enfim, vamos ao Estádio Ulrico Mursa, para um jogo da Briosa!

Pouco mais de 40 minutos de Anchieta nos levam até o tradicional Estádio da Portuguesa Santista.
A garoa nos acompanhou e somada à brisa gelada do mar estava pronto o cenário de desafio para o torcedor acompanhar a partida.

Mas, é bom perceber que ainda existem esperança nas arquibancadas.
Centenas de torcedores não se importaram com o clima ou mesmo com a condição de pré classificada (graças à boa campanha nesta fase) e foram ao campo torcer pelo time da sua cidade.
Veja como define esse amor, um dos torcedores da Portuguesa Santista.

Mas se nas bancadas a galera se animava, em campo, o jogo estava como o tempo. Frio.
Jogando contra o ECUS, equipe já sem chance de classificação, a partida acabou encarada apenas para cumprir tabela.

Quer dizer, não que a torcida tenha deixado o time ficar na moleza.
Cantaram e cobraram garra e atitude, afinal, agora só falta uma fase para a Briosa voltar para a série A3.

Enfim, para nós, mais um estádio tradicional e histórico, e mais uma partida acompanhada de perto, guardando na memória cenas de um time que pode entrar para a história da Portuguesa Santista trazendo o título de campeã paulista

Aproveitamos para bater um papo com a torcida.
A expectativa é de ver enfim esse ano terminar e sem dúvida alguma com a Portuguesa Santista de volta à série A3, para poder brigar pela A2, já no ano que vem.

Vale ressaltar que a equipe praiana tem feito uma campanha de destaque, mas, o jogo do ontem acabou não servindo de parâmetro, e o primeiro tempo virou um daqueles 0x0…

O segundo tempo voltou um pouco mais animado.
A Briosa foi pra cima em busca da vitória.

A garoa deu um alívio, mas a água que já tinha caído acabou deixando gramado do Ulrico Mursa bem castigado.

Melhor em campo, a Portuguesa Santista perdeu a chance de abrir o placar ao perder um penalty, defendido pelo goleiro do ECUS.

Pra quem não conhece o Estádio Ulrico Mursa, bem pertinho da vila Belmiro, vale lembrar que ele oferece uma proximidade bem legal entre torcida e a partida.

Abraço ao pessoa da Força Rubro Verde, sempre presente nos jogos!

É muito legal ver que o jogo da Briosa ainda traz ao campo torcedores de gerações passadas, muitas vezes acompanhados de seus filhos ou até netos, multiplicando a resistência ao futebol moderno.

Sobre a culinária do estádio, muitas opções, mas acabamos só na tradicional pipoca.

Só fiquei triste pela desclassificação do ECUS, que acompanhamos no jogo contra o Barretos.

O bom de fazer tantas fotos é que de vez em quando algumas saem bem legais, como esta:

Mas além de cenas bonitas, há curiosidades que valem a pena ser fotografadas, como o recado ao torcedor mais exaltado:

Por falar em torcedor exaltado, a Briosa fez 1×0 e conseguiu fechar a campanha nessa fase com mais uma vitória.

Assim, era hora de uma última olhada nas arquibancadas…

Última foto de recordação…

E pronto.
Atravessar a rua, ou melhor, o canal, pegar o carro e subir a serra!

Mas ainda deu tempo de comprar uma balinha de coco, vendida na saída da cidade…

APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!

Em busca do Estádio perdido em Florianópolis

E lá fomos nós em busca de mais um templo do futebol brasileiro…

Desta vez, mesmo em meio a tantas belezas e praias incríveis de Florianópolis, guardamos um tempinho para visitar e conhecer o Estádio da Ressacada, onde o Avaí manda seus jogos!

O Estádio é muito bonito! Grande, confortável e localizado próximo ao aeroporto, da ilha.

Ah, antes que alguém ache que eu só fui lá pra ver o estádio, vão algumas fotos desse lugar mágico e único chamado Florianópolis. Esse é o centro da cidade:

Aqui, no sul da ilha, a praia de Matadero, onde as gaivotas faziam a festa…

O nosso guia nesse rolê todo, foi meu irmão, o palmerense Marcel.

Aqui, eu e a Mari na praia da solidão…

É, já deu pra ver que tava frio né? hehehe Aqui é na praia da Joaquina! Para os vegetarianos, como a gente, existem muitas opções, mas a que eu mais gostei foi o NUTRI, que fica lá no sul da ilha.

Bom, mas rolês a parte, estamos aqui para falar do Estádio Aderbal Ramos da Silva, o tradicional “Estádio da Ressacada“, onde o Avaí Futebol Clube manda seus jogos.

Inaugurado em 1983, o Estádio do Avaí tem, hoje, capacidade para 17.800 pessoas, mas já chegou a receber mais de 25 mil torcedores. O Estádio veio para suprir o crescimento do time e da torcida, que já não cabiam mais no Estádio Adolfo Konder, no centro de Florianópolis, construído em 1930. O Estádio mostra cuidado com o bem estar em diversas pequenas ações, como essa:

Ah, um detalhe legal, na Ressacada, a “geral” era chamada de “Costeirinha”, mas seguindo as leis do futebol moderno, foi desativada. por motivos de segurança.

Enfim, um estádio muito bonito e simpático!

Do lado de fora, uma fantástica lojinha, onde é impossível sair sem comprar no mínimo uma flâmula a R$ 5!

Hora de dar tchau ao Estádio…

Mas ainda tinha tempo para mais alguns rolês…

Ah, lá no centro, além de queijos, peixes, ostras, camarões e etc… tem uma loja do Avaí também.

E tem muita árvore bonita… Gosto disso!

E praia para todo lado…

E vento sul, e vento noroeste…

Vale a pena para quem quer fugir um pouco da loucura das cidades urbanas!

Apoie o time da sua cidade!

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114- Camisa do São Bento

A 114ª camisa do blog vem de uma cidade próxima à São Paulo e que teve muito de sua história escrita graças à Estrada de Ferro.

E onde há Estrada de Ferro, há Futebol (e trens…). A cidade é Sorocaba!

O time, dono da camisa é o Esporte Clube São Bento.

Seu mascote é o pássaro Azulão, abaixo na versão do meu xará, Maurício Tadeu:

O São Bento foi fundado em setembro de 1913, por operários da Ferreira e Cia, ainda sob o nome Sorocaba Athletic Club e o começo da sua história está bastante ligado à atual cidade de Votorantim, um dos “ninhos” do futebol brasileiro, graças ao time Savóia.

Na época, outras equipes figuravam no cenário boleiro local, como o Sorocabano, o Fortaleza Club, o A.A. Scarpa e o Estrada de Ferro Sorocabana F.C.

No ano seguinte à sua fundação, o clube mudou seu nome para Esporte Clube São Bento, em homenagem ao mosteiro de São Bento, que ficava próximo do campo onde mandava seus jogos.

A partir daí, ingressa na disputa de campeonatos profissionais, principalmente os tradicionais torneios do interior.

Em 1953, disputa a segunda divisão de profissionais junto de outros 19 times, entre eles Corinthians F.C. de Santo André, Paulista de Jundiaí, Jabaquara de Santos, Bragantino, São Caetano E.C. (que não é o atual A.D. São Caetano), E.C. Taubaté. O primeiro jogo oficial foi contra o Bragantino (uma derrota por 2×1).

Em 1962, sagra-se campeão da segunda divisão, conquistando o acesso à divisão de elite do paulista. Momento mágico para a cidade, graças ao time abaixo:

Logo no seu primeiro ano, em 1963, conseguiu terminar o campeonato em 4° lugar, ficando na frente de várias potências do estado como Portuguesa e Corinthians. O céu parecia o limite para o São Bento!

O time de 1964 também fez boa campanha. As fotos abaixo, consegui do ótimo site do Milton Neves “Que fim levou?” e permite visualizar ao fundo um pouco da cidade :

Aqui, o time de 1972. Dá pra ver o público que comparecia aos jogos:

Os anos 70 passaram rápido e a cidade era tão ligada ao time que era impossível alguém acreditar que décadas depois, esse amor sumiria… Aqui, o time de 1978, dá pra ver ali agaixado o ex jogador Lance que também marcou a história do Santo André:

O São Bento disputou ainda o Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão de 1979, ficando em 15° lugar.

Então vieram os anos 80.

A década que marca o “início do fim” da paixão dos torcedores locais pelos times de suas cidades.

E isso também aconteceu em Sorocaba, com o São Bento. Foram os últimos anos onde a torcida realmente se mobilizou e parou a cidade, como o time merece.

Nessa década, o time disputou, a Taça de Prata de 1981 e 1983.

Aqui, o time de 1986:

Infelizmente, nos anos 90, o time realizou más campanhas e logo em 1991 foi para a série A2, após quase 30 anos consecutivos na primeira divisão.

E se as coisas pareciam ruins, ficariam ainda piores.

Em 1994, devido às famosas mudanças da Federação Paulista, o São Bento passou a disputar a Série A3.

Em 1998 chegou a ser rebaixado a quarta divisão, mas conseguiu permanecer na A3, já que o XV de Novembro de Caraguatatuba não conseguiu aumentar a capacidade de seu estádio, tendo sua participação vetada.

O clube quase foi fechado e somente na década seguinte, pode se reorganizar.

Assim, em 2001, conquistou o acesso à A2 com o título da Série A3.

No ano seguinte, além de disputar a Série A2, o São Bento conquistou o título da Copa Futebol do Interior, atual Copa Paulista.

Em 2005, o time volta para a primeira divisão após 14 anos.

Infelizmente, em 2007 o clube sofreria novo rebaixamento, desta vez sob o comando de Freddy Rincón.

Em 2009, o time realizou uma recente mudança em seu Estatuto, e “aportuguesou” seu nome para “Esporte Clube São Bento”.

Em 2011, após péssima campanha na série A2, voltou a ser rebaixado para a série A3, terceira divisão do futebol paulista.

O São Bento manda seus jogos no Estádio Municipal Walter Ribeiro, o popular CIC (Centro de Integração Comunitário).

Estivemos lá vendo um jogo do São Bento, pela Copa Paulista em 2010, veja como foi aqui!

Essa foto foi num jogo contra o Barueri:

Aqui, dá pra ver a torcida em ação, no estádio. Bonita festa em azul e branco:

O Estádio Municipal foi inaugurado com a intenção de aposentar o Estádio Humberto Reale, que atualmente está sendo reformado para tornar-se um centro de treinamentos e alojamento.

Já demos uma passada por lá, mas estava fechado:

Esse é sem dúvida, um estádio histórico, tendo passado por ele vários craques, do Santos de Pelé ao Nacional de Montevidéu.

O time faz o dérbi local contra o Atlético Sorocaba e é semrpe certeza de casa cheia, como na foto abaixo:

Para maiores informações, existe o site oficial e dois blogs muito legais: http://vamossubirbento.com.br/blog/ e  http://esporte-clube-sao-bento.blogspot.com/

APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!

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