A AE Promeca de Várzea Paulista. Ou de Jundiaí?

Feriado de 15 de novembro de 2024.
Além de visitarmos a cidade e o Estádio de Campo Limpo Paulista, também fomos conhecer Várzea Paulista, uma cidade jovem, nascida no século XIX graças à Ferrovia Santos Jundiaí.
A estação local foi inaugurada em 1891 e como a estrada passava por uma várzea campesina, surgiu o nome do povoado…

Mas, muito antes, estas terras eram ocupadas possivelmente pelo povo Tupi Guarani e seus parentes (Tupiniquim, M’byá entre outros).
Foi a chegada dos portugueses que mudou drasticamente esta realidade.

A ocupação começou com pequenas olarias, cerâmicas, destilarias até chegarmos no café, que impulsionou o desenvolvimento da região, infelizmente bastante baseado no uso de mão de obra escravizada. (A foto abaixo apenas ilustra o triste fato, com uma plantaçào de café do Rio de Janeiro)

Em 21 de março de 1965, mobilizações populares fizeram com que o distrito fosse elevado a município de Várzea Paulista, onde vivem atualmente, quase 110 mil pessoas.

No momento de desenvolvimento industrial da cidade, em 1952 foi fundada a Promeca S/A, Progresso Mecânico do Brasil, que produzia tornos mecânicos de alta qualidade, como mostra a Matéria do Correio Paulistano daquele ano:

Uma imagem de um torno da Promeca:

E é dos funcionários da empresa que nasceu o bairro da Promeca, com o primeiro conjunto habitacional de Várzea e um time de futebol: a Associação Esportiva Promeca!

A AE Promeca foi fundada em 21 de abril de 1955, quando Várzea Paulista ainda era um distrito de Jundiaí, por isso, a dúvida sobre a cidade de origem do time.
Pra piorar, o time mandou seus jogos mais importantes no Campo do Nacional de Jundiaí, um pouco distante da Vila Promeca, em Várzea Paulista.

Aqui, um registro de um amistoso de 1957, contra o CA Legionário de Bragança Paulista:

Ainda naquele ano, a AE Promeca sagrou-se campeã da Taça Cidade de Jundiaí.

Em 1958, disputou o Campeonato do Interior sempre mandando seus jogos no Estádio do Nacional:

Dá até pra conhecer a escalação da AE Promeca daquele ano:

Encontrei uma nota sobre um amistoso contra um time misto do Santos, em 1961:

Em 1962, fez sua estreia no profissionalismo disputando o Campeonato da 3ª Divisão (o 4º nível do futebol Paulista) e classificou-se como líder na 1ª série.

Na fase final, a AE Promeca surpreendeu e terminou como vice campeão paulista da 3ª divisão de 1962!

Dessa forma, a AE Promeca consegue o acesso para a 2ª Divisão de 1963 (que equivalia ao terceiro nível do futebol paulista).
Abaixo a campanha desta equipe na competição:
8/9- Estrela de Piquete 1×1 Promeca
15/9– Promeca 3×2 Cerâmica São Caetano
22/9- Promeca 2×1 Hepacaré (Lorena)
29/9- Volkswagen (São Bernardo do Campo) 0x1 Promeca
05/10- Promeca 3×2 Ituano
13/10- Nitroquímica (São Miguel Paulista) 0x1 Promeca
20/10- Promeca 4×0 Corinthians (Votorantim)
03/11- Cerâmica (São Caetano) 2×1 Promeca
10/11- Promeca 4×3 Estrela (Piquete)
17/11- Corinthians (Votorantim) 1×1 Promeca
24/11- Ituano 0x1 Promeca
01/12- Promeca 2×1 Volkswagen (São Bernardo do Campo)
08/12- Hepacaré 2×1 Promeca
15/12- Promeca 3×0 Nitroquímica (São Miguel Paulista)

Na segunda fase, acabou eliminado, mas fez uma campanha bacana!

19/1- Promeca 1×0 Cerâmica (Mogi Guaçu)
26/1- Hepacaré (Lorena) 1×1 Promeca
02/2- Cerâmica São Caetano 1×0 Promeca
16/2- Promeca 1×1 Palmeiras (São João da Boa Vista)
23/2- Internacional (Limeira) 2×0 Promeca
01/3- Promeca 1×0 Cerâmica São Caetano
08/3- Palmeiras (São João da Boa Vista) 8×2 Promeca
15/3- Promeca 2×1 Internacional (Limeira)
22/3- Cerâmica (Mogi Guaçu) 4×2 Promeca
29/3- Promeca 2×2 Hepacaré (Lorena)

Infelizmente em 1964, o time se licenciou e passou a disputar apenas as competições amadoras. Aqui, o time de 1966:

Outros times sem a identificação da época:

O time acabou se licenciando do profissionalismo e acabou sumindo até mesmo das disputas amadoras.
Para tentar sentir um pouco do que foi a sua trajetória fomos até a vizinha Jundiaí para registrar o Estádio onde a AE Promeca mandava seus jogos.

O campo do Nacional, que fica ali bem em frente à estação de trem!

A estação é a última parada do trem Jundiaí-Rio Grande da Serra e é bem movimentada!

Bacana terem preservado um pouco do passado bem ali em frente à estação!

Do outro lado da avenida e alguns quarteirões à frente fica a sede e o Estádio do Nacional Atlético Clube, funcionando quase como a sede do time da capital.

Sendo assim, o campo do Nacional acabou utilizado por outros times em disputas oficiais, como fez a AE Promeca!

Olha aí os bancos de reservas embaixo dos coqueiros que seguem a linha lateral do campo.

Ao fundo, a cidade que não para de crescer. Aqui, o meio campo:

Aqui, o gol do lado esquerdo:

E o gol do lado direito:

O sol quente nem fazia lembrar da chuva que caiu horas atrás…

E aí estamos em mais uma aventura futebolística!

Atualmente, só existem arquibancadas atrás do gol, onde está a estrutura do clube.

A parte interna do clube é bem bonita, uma pena que aparentemente o clube não tenha mais tanto glamour como no passado…

Fiquei em dúvida se essa informação presente em uma das paredes refere-se ao estádio ou ao clube…

E tudo isso, em território Jundiaiense…

Só nos restou curtir um pouco da cidade antes de ir embora, almoçando no Mercadão dos Ferroviários

Olha as placas que eles mantiveram por lá:

E depois ainda fomos até o Museu Ferroviário da cidade:

Olha quye placa bacana sobre a CIA PAulista de Vias Férreas:

Uma pena que estas locomotivas estão aí se degradando a céu aberto…

As construções pelo menos estão super bem mantidas!

Dentro do Museu, até uma camisa do Paulista está presente!

Ao lado dela uma foto do estádio antigo do Paulista, na Av Prof Luis Rosa:

Existe uma relação bastante complicada entre indígenas e a ferrovia…

E essa placa do século XIX??

Estou pensando em comprar essa locomotiva pra ir até os estádios, que tal?

Essa abaixo é uma miniatura, que, segundo a moça que trabalha no museu, tem planos para transportar crianças pela área externa…

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O Estádio Municipal Clube Ferroviário e o futebol em Bernardino de Campos

No feriado de 15 de novembro de 2022, fizemos um incrível rolê de Santo André até Bataguassu, no Mato Grosso do Sul. Entre as centenas de quilômetros percorridos, registramos 20 estádios que receberam partidas profissionais e amadoras em diferentes cidades.

Depois de registrar o Estádio Municipal Tonico Lobeiro, na cidade de Óleo e o Estádio Gilberto Moraes Lopes, em Piraju nossa terceira parada foi em Bernardino de Campos para conhecer o Estádio Municipal Clube Ferroviário !

Bernardino de Campos tornou-se município, legalmente, em 9 de outubro de 1923, mas a história da região também passou pelas diferentes fases com ocupação indígena até a chegada dos portugueses, e depois uma aceleração com a chegada da ferrovia (Foto do site Estações Ferroviárias).

Encontrei esse galpão, achando que foi o que sobrou da estação.

Até o fim do século XIX, o local era um pequeno povoado conhecido como “Douradão”, que depois foi chamado de “Figueira” até finalmente se oficializar como “Bernardino de Campos” em homenagem ao político que presidiu o estado de São Paulo por duas vezes.

Bernardino de Campos tem como base da economia a agricultura e teve início com o café e o algodão, mas com o tempo, grande parte do cultivo foi dedicado a pastagens e canaviais. Atualmente, sua atuação está focada em gado de leite, gado de corte, cana-de-açúcar, milho e soja, além de um pequeno comércio e serviço.

Demos um rolê rápido pela cidade e deu pra sentir que o lugar ainda é bastante tranquilo. Por lá, vivem cerca de 12 mil pessoas.

Estivemos na cidade para conhecer e registrar o atual Estádio Municipal de Bernardino de Campos, que por muitos anos foi conhecido como o Estádio do Esporte Clube Ferroviário.

Fiquei triste de ver a pintura mal cuidada… No passado essa entrada era assim:

O Esporte Clube Ferroviário foi fundado em 16 de agosto de 1947, pelos funcionários da Estrada de Ferro Sorocabana.

Olha aí a imagem de um goleiro que defendeu o clube no passado.

Como a maioria dos times, o EC Ferroviário começou no futebol amador e nessa fase, seu principal adversário era o outro time da cidade: a Associação Atlética Bernardinense, fundado em 13/08/1925.

Já em 1931, os jornais noticiavam partidas da AA Bernardinense:

A AA Bernardinense disputou o Campeonato Paulista do Interior em 1947:

Aqui, o time juvenil de 1957:

E o principal do mesmo ano:

Em 1956 e 58, rolou o derbi pelo Amador do Estado daquele ano.

E a vitória foi da Associação, mesmo jogando no campo do Ferroviário!

E também no jogo de volta…

O campo da Associação fica na Av da Saudade. O Estádio foi construído no início dos anos 30!

Aqui, uma imagem da torcida do EC Ferroviário no campo da Associação em 1978:

Aqui, uma matéria na Gazeta Esportiva falando sobre um amistoso disputado em Palmital:

Mas, em 1965, desafiando a lógica, o EC Ferroviário fez sua estreia no futebol profissional na 4ª do Campeonato Paulista, terminando a primeira fase de grupos em 8º lugar.

O time manteve no profissional em 1966, novamente com uma campanha muito ruim, terminando na última colocação.

O EC Ferroviário volta às disputas amadoras.

Com a crise na Ferrovia, o clube também passou por problemas e em 1994 a Prefeitura assume a gestão do time e do estádio, mas a sua memória segue por lá, nas paredes…

Vamos dar uma olhada em mais este templo do futebol:

Aparentemente, o time voltou a usar o estádio jogando partidas amadoras.

Suas cores seguem na pintura da arquibancada.

E nos olhos sonhadores da molecada que segue frequentando o campo e jogando bola lá, sonhando em quem sabe ser um jogador, ou simplesmente curtir os seus 90 minutos de craque local.

A pequena arquibancada segue lá, na lateral do campo. Dá pra ver que ela é feita em tijolos, uma construção para durar muito tempo.

O gramado cresce bonito aproveitando os nutrientes da famosa “terra roxa”.

Antes de ir embora, o registro do meio campo, com destaque para um detalhe que eu aprendi a observar com o historiador “seo” Adalberto, aqui de Santo André: perceba o que está sendo usado para segurar o alambrado.

Veja aqui, o gol da direita enquanto eu te respondo o que são esses “falsos” postes: na verdade são pedaços de trilhos, que provavelmente sobraram nos depósitos da época da Ferrovia.

E o gol da esquerda:

Um grande orgulho poder pisar e registrar o Estádio do Clube Ferroviário e de ter conhecido a bela e pacata cidade de Bernardino de Campos.

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#TBT: relembrando o rolê pra ver o VOCEM em 2016

Essa história é de 2016…. Mais um ano em que conseguimos cumprir a tradição de ir até Assis para ver um jogo do VOCEM, time que sempre povoou meu imaginário fosse pelas histórias que meu pai contava, ou pelas tantas férias que passei na casa da vó Luzia, tendo como “vizinho de frente” a Igreja da Vila Operária, onde o Padre Belini fundara a equipe local. Abaixo uma foto do Padre com meu vô Tunico, meu primo Gustavo (sãopaulino) e eu, armado, de cuecas e sandálias.

Ir pra Assis quase que anualmente significa refazer uma peregrinação que mistura a história da minha família ao futebol local e à ferrovia, aproveitando ainda para conhecer novas cidades ao caminho (dessa vez passamos por Cerquilho, São Manuel, Pirajú).

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Também gosto de fotografar alguns locais para ver como as coisas vão mudando, e mesmo pixações que tenham a ver com meu jeito de pensar e viver, assim, seguem algumas dessas fotos:

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Dói demais ver tantos trilhos, tanta estrutura pronta simplesmente abandonada… A Ferrovia faz parte da história do interior e cruzou muitas vezes com o futebol.

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E o Osvaldo, meu pai, entrou no clima do rolê, passeando com sua camisa da Ferroviária!

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O interior paulista tem uma vida social e cultural riquíssima, que mistura passado e presente.

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Outro detalhe que sobrevive na cidade são as casas de madeira que resistem ao tempo e mantém-se lindas!

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Aqui, a praça na Vila Operária, onde ficava a Paróquia, hoje reformada e bem ajeitadinha:

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Aqui a imagem do padre Aloísio Belini junto da escola de samba da Vila Operária (mesmo local de onde nasceu o VOCEM).

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Tivemos tempo de dar um pulo em Cândido Mota (tomar um sorvete na praça é passeio obrigatório!) e visitar o campo do CAC (Clube Atlético Candidomotense), o Estádio Municipal Benedito Pires!

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No sábado, deu ainda pra acompanhar um pouco do dérbi de Assis, pelo sub 20, final de jogo VOCEM 0x0 Asssissense

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Também fomos dar um alô no campo da Ferroviária!

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E no Clube São Paulo de Assis, completando o ciclo dos times que disputaram as competições oficiais da Federação representando Assis.

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Enfim, o fim de semana passou corrido, e quando me dei por conta, já era domingo de manhã, hora do jogo, e lá fomos nós, de volta à Vila Operária, para o Estádio Municipal Antônio Viana da Silva, o “Tonicão”.

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O jogo era a última rodada da segunda fase da série B, de onde se definiriam os 8 times a disputar as quartas de final. O VOCEM enfrentaria a AD Guarulhos do amigo Rapha!

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Essa é a fachada do Tonicão. Acanhada né? Merecia um letreiro com nome da cancha…

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Chegamos cedo, e pudemos acompanhar a entrada da torcida local, animada, mas ainda em pequeno número perto do potencial que a cidade tem.

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O Estádio tem duas arquibancadas, onde cabem 5 mil pessoas em cada. O público do jogo foi de 2 mil torcedores.

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Como tudo isso aconteceu há quase um ano, o fim da história eu já posso resumir pra vocês… Nem o VOCEM nem o AD Guarulhos (dos nossos amigos Francisco e Cabelo) subiram pra A3…

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Se há alguns anos atrás, nosso companheiro nessa aventura foi o tio Zé (já falecido), dessa vez foi o Tilim (filho do Tio Zé) que nos fez companhia!

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Destaque pra tradicional pipoca de estádio, sempre presente!

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A torcida local compareceu, não em tantas pessoas como eu esperava, pra um jogo decisivo, mas… Lá estavam os apaixonados pelo futebol!

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O time local venceu a partida por 4×1, eliminando qualquer esperança pro Guarulhos.

VOCEM - Assis

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114- Camisa do São Bento

A 114ª camisa do blog vem de uma cidade próxima à São Paulo e que teve muito de sua história escrita graças à Estrada de Ferro.

E onde há Estrada de Ferro, há Futebol (e trens…). A cidade é Sorocaba!

O time, dono da camisa é o Esporte Clube São Bento.

Seu mascote é o pássaro Azulão, abaixo na versão do meu xará, Maurício Tadeu:

O São Bento foi fundado em setembro de 1913, por operários da Ferreira e Cia, ainda sob o nome Sorocaba Athletic Club e o começo da sua história está bastante ligado à atual cidade de Votorantim, um dos “ninhos” do futebol brasileiro, graças ao time Savóia.

Na época, outras equipes figuravam no cenário boleiro local, como o Sorocabano, o Fortaleza Club, o A.A. Scarpa e o Estrada de Ferro Sorocabana F.C.

No ano seguinte à sua fundação, o clube mudou seu nome para Esporte Clube São Bento, em homenagem ao mosteiro de São Bento, que ficava próximo do campo onde mandava seus jogos.

A partir daí, ingressa na disputa de campeonatos profissionais, principalmente os tradicionais torneios do interior.

Em 1953, disputa a segunda divisão de profissionais junto de outros 19 times, entre eles Corinthians F.C. de Santo André, Paulista de Jundiaí, Jabaquara de Santos, Bragantino, São Caetano E.C. (que não é o atual A.D. São Caetano), E.C. Taubaté. O primeiro jogo oficial foi contra o Bragantino (uma derrota por 2×1).

Em 1962, sagra-se campeão da segunda divisão, conquistando o acesso à divisão de elite do paulista. Momento mágico para a cidade, graças ao time abaixo:

Logo no seu primeiro ano, em 1963, conseguiu terminar o campeonato em 4° lugar, ficando na frente de várias potências do estado como Portuguesa e Corinthians. O céu parecia o limite para o São Bento!

O time de 1964 também fez boa campanha. As fotos abaixo, consegui do ótimo site do Milton Neves “Que fim levou?” e permite visualizar ao fundo um pouco da cidade :

Aqui, o time de 1972. Dá pra ver o público que comparecia aos jogos:

Os anos 70 passaram rápido e a cidade era tão ligada ao time que era impossível alguém acreditar que décadas depois, esse amor sumiria… Aqui, o time de 1978, dá pra ver ali agaixado o ex jogador Lance que também marcou a história do Santo André:

O São Bento disputou ainda o Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão de 1979, ficando em 15° lugar.

Então vieram os anos 80.

A década que marca o “início do fim” da paixão dos torcedores locais pelos times de suas cidades.

E isso também aconteceu em Sorocaba, com o São Bento. Foram os últimos anos onde a torcida realmente se mobilizou e parou a cidade, como o time merece.

Nessa década, o time disputou, a Taça de Prata de 1981 e 1983.

Aqui, o time de 1986:

Infelizmente, nos anos 90, o time realizou más campanhas e logo em 1991 foi para a série A2, após quase 30 anos consecutivos na primeira divisão.

E se as coisas pareciam ruins, ficariam ainda piores.

Em 1994, devido às famosas mudanças da Federação Paulista, o São Bento passou a disputar a Série A3.

Em 1998 chegou a ser rebaixado a quarta divisão, mas conseguiu permanecer na A3, já que o XV de Novembro de Caraguatatuba não conseguiu aumentar a capacidade de seu estádio, tendo sua participação vetada.

O clube quase foi fechado e somente na década seguinte, pode se reorganizar.

Assim, em 2001, conquistou o acesso à A2 com o título da Série A3.

No ano seguinte, além de disputar a Série A2, o São Bento conquistou o título da Copa Futebol do Interior, atual Copa Paulista.

Em 2005, o time volta para a primeira divisão após 14 anos.

Infelizmente, em 2007 o clube sofreria novo rebaixamento, desta vez sob o comando de Freddy Rincón.

Em 2009, o time realizou uma recente mudança em seu Estatuto, e “aportuguesou” seu nome para “Esporte Clube São Bento”.

Em 2011, após péssima campanha na série A2, voltou a ser rebaixado para a série A3, terceira divisão do futebol paulista.

O São Bento manda seus jogos no Estádio Municipal Walter Ribeiro, o popular CIC (Centro de Integração Comunitário).

Estivemos lá vendo um jogo do São Bento, pela Copa Paulista em 2010, veja como foi aqui!

Essa foto foi num jogo contra o Barueri:

Aqui, dá pra ver a torcida em ação, no estádio. Bonita festa em azul e branco:

O Estádio Municipal foi inaugurado com a intenção de aposentar o Estádio Humberto Reale, que atualmente está sendo reformado para tornar-se um centro de treinamentos e alojamento.

Já demos uma passada por lá, mas estava fechado:

Esse é sem dúvida, um estádio histórico, tendo passado por ele vários craques, do Santos de Pelé ao Nacional de Montevidéu.

O time faz o dérbi local contra o Atlético Sorocaba e é semrpe certeza de casa cheia, como na foto abaixo:

Para maiores informações, existe o site oficial e dois blogs muito legais: http://vamossubirbento.com.br/blog/ e  http://esporte-clube-sao-bento.blogspot.com/

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