142- Camisa do Ypiranga – BA

A 142ª camisa da coleção vem novamente da Bahia, de onde já falamos do Bahia e do Colo-Colo.

Desta vez, vamos falar do lado dos excluídos de Salvador, por meio do time do E.C. Ypiranga, o terceiro maior campeão do estado.

A história do Ypiranga começa em 1906, num tempo em que o estado da Bahia era bastante diferente do que é hoje.

Mas, nem tudo era assim tããão diferente. Naquela época, assim como hoje, os jovens trabalhadores das classes mais baixas eram muitas vezes excluídos do convívio social e consequentemente da prática do futebol. Foi para reunir esses jovens operários e suburbanos que, em 1904, surgiu o Sport Club Sete de Setembro. Dois anos depois, o clube daria lugar ao Sport Club Ypiranga. O mascote do time é o canário.

Foi no Ypiranga que surgiu um dos primeiros heróis negros do futebol: Apolinário Santana, mais conhecido por Popó. Ele começou sua carreira aos 14 anos, e aos poucos tornou-se um líder do revolucionário time do Ypiranga, lutando contra o racismo que povoava o mundo do futebol daqueles tempos. Mas o time não era bom apenas no campo da ideologia revolucionária. Dentro de campo o time também empolgava e logo conquistaria o título de campeão estadual, em 1917, 1918, 1920 e 1921. Esse é o time de 1921: Os anos foram passando e o time foi mostrando o poder da união proletária da cidade frente à elite que tanto abusou da escravidão e do antigo regime imperial. Vieram novos títulos estaduais em 1925, 1928, 1929, 1932 e em 1939, com o time: A fase de glórias do Ypiranga caminharia até o título estadual de 1951, a última grande conquista do time canário. Nos anos seguintes, o Ypiranga enfrentou forte crise, tornando-se apenas um coadjuvante nas disputas. O time chegou por algumas vezes à segunda divisão, da qual saiu campeão em 1983 e 1990. Como ponto mais triste, o time se afastou dos campeonatos profissionais só voltando a disputar a 2ª Divisão do Campeonato Baiano de Futebol em 2010, por meio de novos administradores. Aqui, um vídeo do time de 2011:

Olha como eles estavam chamando a galera:

Entre sua torcida, um torcedor ilustre e destaca: Jorge Amado. Para maiores informações sobre o time, o site oficial é http://www.esporteclubeypiranga.com.br/

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138- Camisa do Amparo Athlético

A 138a camisa da nossa coleção foi presente do amigo João Vitor Pagan Bueno, mais um torcedor que quer ver o futebol da sua cidade valorizado como costumava ser antigamente.

O time dono da camisa vem mais uma vez do interior de São Paulo, de uma cidade próspera e muito agradável chamada Amparo.

O time dono da camisa é o Amparo Atlético Clube.

Já estivemos lá, assistindo uma partida do time, veja aqui como foi.

Segundo alguns estudiosos, Amparo foi um dos berços do futebol no interior. Tanto é que desde 1904, já existiam campeonatos sendo disputados pelo time local, na época o “Amparense”. O Amparo Atlético Clube (na época “Amparo Athlético Club”) nasceria em 1919. Essa é uma foto do início do time:

Achei algumas fotos dos torcedores daquela época, em uma partida que o Amparo Athlético disputou contra o Palmeiras:

Essa e outras fotos antigas podem ser visualizadas neste link.

O rival local histórico do time era o Floresta AC, fundado um ano depois, em 1920:

E a rivalidade até ajudou a manter a competitividade dos times. Em 1929, o Floresta sagrou-se campeão do Interior pela APEA. O resultado? O título do ano seguinte manteve-se em Amparo, mas desta vez foi para as mãos do Atlético, numa incrível final, disputada contra o Paulista de Jundiaí, num jogo que terminou 6×2. Para comemorar o título, o Atlético convidou o Bragantino, outro forte rival local para uma partida amistosa em 1931 e goleou por 4×1.Veja mais detalhes e histórias sobre essa rivalidade aqui. Em 1948, o Amparo Atlético disputou pela primeira vez um campeonato de Acesso da FPF. Seria a primeira de mais de 20 participações. Em 1952, nova conquista do Campeonato do Interior. A década de 1980 mostrava o quanto a torcida incentivava a equipe, veja o Estádio cheio, na foto abaixo:

Amparo

Aqui, um dos craques do time da década de 80, Amaral, pais dos zagueiros Luisão e Alex Silva.

Em 1984, o Atlético resolveu se afastar do futebol profissional, para a tristeza de sua torcida e da população de Amparo. De tempos em tempos, o time ressurge e acaba disputando a série B da Campeonato Paulista, como fez recentemente em 2010, quando pudemos acompanhar o time (veja aqui como foi). Esse foi o time daquele ano: O mascote do time é o Leão, assim como seu apelido. O time manda seus jogos no Estádio José Araújo Cintra, fizemos essas fotos em nossa visita em 2010:

Naquele dia o estádio recebeu um ótimo público!

Aqui dá pra se ver um pouco da cidade ao fundo!

E pra quem quer vivenciar alguns segundos de arquibancada com a torcida local, segue um vídeo:

Falando em torcida, outro presente que o João Vitor me mandou foi a camisa da Torcida “Leões da Montanha“:

O pessoal tá sempre lá presente, levando sua faixa e sua voz em apoio ao Atlético!

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137- Camisa do Limoeiro F.C.

A 137ª camisa de futebol do blog foi presente do leitor e amigo Marcos Aquino, professor, apaixonado por futebol, que coleciona camisas e revistas esportivas e mora no interior do Ceará, na cidade de Limoeiro do Norte, 150 km da capital Fortaleza.

O time que defende as cores e a cultura da cidade é a Associação Desportiva Limoeiro Futebol Clube!

O time é conhecido como o “Jaguar do vale” e por isso esse é também seu mascote: O time atual surgiu em 2001 para dar sequência ao futebol da cidade, após a extinção do Esporte Clube Limoeiro, fundado em 1942.

Achei pela net algumas imagens históricas do time, essa de 1948:

Enquanto Esporte Clube Limoeiro, o time sagrou-se campeão municipal em 1956, 1987, 1988, 1989, 1992 e 1994. Em 1994, sagrou-se campeão cearense da Segunda Divisão estadual, chegou ainda a disputar a série C do Brasileiro de 1998, chegando à quarta fase, mas em 2000 o time fechou as portas por falta de apoio. Assim, em 2001, o Limoeiro F.C. apresenta-se ao futebol, conquistando a segunda divisão estadual e conquistando o acesso à primeira divisão, com o time abaixo: Em 2004, o time disputou a série C do Brasileiro e fez uma excelente campanha. Vale a pena assistir a matéria sobre esse time:

Em 2006, caiu para a segunda divisão novamente e só retornou para a primeira em 2010.

Porém… Em 2011, nova queda para a segunda divisão, onde permanece até agora (2012). O time possui uma organizada chamada “Torcida Jovem Limoeiro”.

O time manda seus jogos no Estádio Bandeirão, estádio inaugurado em 1987:

A capacidade atual é de 3 mil torcedores.

Aqui o hino pra cantar junto, nas arquibancadas do Bandeirão!

Mais informações no site: http://limoeirodonorte.blogspot.com.br

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Rio Branco campeão da A3-2012!!!

Domingo de sol pelo interior. 20 de maio de 2012. Dia pra entrar pra história do torcedor do Rio Branco, de Americana.

Final da série A3, do Campeonato Paulista, chance de finalmente gritar “É campeão”. Teve até trânsito no entorno do estádio.

E se lá fora tinha muita gente, ao entrar, já deu pra ver que o coração da população de Americana tem dono: o Rio Branco!

Com poucos lugares vagos pelo estádio, a torcida local fez sua parte e compareceu em massa ao Estádio Décio Vitta.

Mais do que o acesso, o jogo valia título. E ainda mais que o título, o jogo servia pra lavar a alma do torcedor do Rio Branco que passou por tantos sofrimentos nos últimos anos.

Dos seguidos rebaixamentos no Campeonato Paulista até o surgimento do “Americana” que tentou comprar o amor da população, os apaixonados pelo Rio Branco tiveram que suar para conseguir expulsar os interesseiros da cidade e recolocar o time no lugar em que merece.

E nesse processo merece destaque a galera da Malucos do Tigre, que fez o possível e o impossível para fazer o verdadeiro time da cidade chegar onde chegou. Não só dentro de campo, mas nas arquibancadas. Olha a festa que os caras fizeram.

Deu pra ouvir um dos representantes da torcida, nosso amigo Rogério, e confesso que foi difícil não se emocionar junto.

Ah, e que fique registrada a presença da torcida do Grêmio Osasco ao Estádio Décio Vitta, onde ao menos até onde pude perceber foram muito bem tratados.

Lembro de ter encontrado o pessoal num jogo da série B do Paulista, em 2009, contra o Paulínia. É bom ver que o time cresceu e chegou à série A2 de 2013.

Passei por Osasco, semanas atrás e me surpreendi com a quantidade de outdoors na Castelo Branco em apoio ao time… Tomara que este projeto siga nos próximos anos!

O jogo em si não teve tanta graça. O Rio Branco jogava por um empate, mas fez valer sua condição de mandante e mandou logo 2×0, ainda no primeiro tempo.

Com o placar resolvido, o negócio foi curtir a festa com a galera. Teve até “ola”.

E pra ficar ainda mais registrado na memória, teve até faixa de campeão sendo vendida no estádio. Conversamos com outros torcedores que expressaram sua felicidade em poder ver o time de sua cidade numa situação tão positiva. O áudio do vídeo está ruim, prejudicado pelo vento. Espero que não seja hora de comprar uma câmera nova…

Pra nós, mais um momento especial, guardado eternamente na memória! Fim de primeiro tempo e é hora de curtir os detalhes da festa, a começar pela foto com o mascote do time:

Do capítulo “Culinária de estádio”, o destaque vai para o suco de laranja, produto típico da região e opção muito mais saborosa e saudável do que os tradicionais refrigerantes.

O segundo tempo começou e a empolgação continuava. O Estádio cheio começava a soltar os gritos de “É campeão”.

O Grêmio Osasco até tentou algumas decidas, mas não conseguiu diminuir o placar.

E dentro de campo o jogo ficou pegado, teve até expulsão pro time do Osasco. E muitas faltas…

Ah, a polícia militar teve uma atuação bastante tranquila. Sem reclamações.

Olha aí o presente que ganhamos do Rogérião e vai pra nossa coleção! Bonita bandeira, que prometo levar em algum jogo do Ramalhão pra celebrar a boa relação das duas torcidas.

O jogo caminhava para o fim e as atenções começavam a ser direcionadas para um lugar especial do campo…

Mas mesmo assim, de olho no troféu, a festa não parava. A Malucos do Tigre contagiava o estádio! Era como uma contagem regressiva até o momento mais especial! Ao fundo, as bandeiras da cidade e do time eram motivo de orgulho! O placar seguia 2×0, quando o juiz apitou o fim de jogo. Rio Branco campeão. Um time com tantos anos de vida, enfim pode ouvir sua torcida gritar “É campeão!”. Logo após o apito final, os atletas vibraram e se abraçaram, comemorando a conquista. Enquanto os atletas do Rio Branco rezavam no meio do campo, o time do Grêmio Osasco recebia as medalhas de vice campeão. Mais uma foto histórica da gente enquanto time e torcida do Rio Branco comemoravam o título!

O time do Grêmio Osasco deixou o campo sob aplausos da torcida do Rio Branco. Linda mostra de respeito! Hora do time da casa receber suas medalhas… Momento emocionante… Parabéns os torcedores do Rio Branco. Pelo título, pelo exemplo, pela superação.

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Mogi Mirim Campeão do Troféu Interior Paulista

Sábado, 12 de maio de 2012. Tarde fria e escura pelo interior paulista.

Enquanto a maioria dos torcedores e da mídia esportiva aguardava a chegada do domingo para a final do Paulistão 2012, nós dirigíamos pela estrada vicinal que liga Arthur Nogueira a Mogi Mirim, empolgados para acompanhar a final do Troféu do Interior Paulista.

Chegar ao estádio num dia desses é emocionante. E a diretoria do Sapão ajudou, colocando os ingressos a preços honestos: R$ 20 e R$ 10 (a meia entrada).

É ótimo ver que ainda tem gente se empolgando com o time da cidade, mesmo que parte desses torcedores só apareçam na final.

Estádio Romildo Vitor Gomes Ferreira (antigo Papa João Paulo II) não estava completamente cheio, mas pelo que eu conversei com alguns torcedores, foi o jogo de maior público local do ano.

E cada um buscou levar as cores e símbolos do Mogi Mirim, como possível. Camisas, faixas, bandeiras…

O clima de festa estava no ar. O placar do primeiro jogo, uma vitória por 4×2, em Bragança Paulista, deixou todo mundo pronto pra festa.

E lá estávamos nós acompanhando mais uma página histórica do futebol paulista.

A torcida Mancha Vermelha fez uma festa muito bonita. Lá ao fundo dá pra ver o bandeirão deles.

Mas não foi só o bandeirão que ajudou a fazer a festa. Olha o show que eles deram, nas arquibancadas:

E ta aí a faixa deles, presente em todos os jogos do Mogi!

Como eu gosto de frisar, além das organizadas, haviam muitos torcedores “comuns” ou como eu prefiro chamar “autônomos”, que moram na cidade e estavam ali para acompanhar a sua cultura local!

Ah, e tinha até uma banda que ficou tocando o tempo todo…

O mascote do Mogi fez a festa da criançada e até dos marmanjos que acham graça em ver o Sapão ali em carne, fantasia e ossos…

E para quem acha que não faz sentido torcer por um time que não seja São Paulo, Palmeiras, Santos ou Corinthians, fica aí mais uma opinião sobre o que é torcer para o time da sua cidade…

O time do Mogi começou com tudo e logo de cara fez 2×0, ainda no primeiro tempo, deixando claro que a noite seria de comemoração.

A festa só não foi maior, porque depois de dar um penalty para o Mogi, o juiz fez que não viu, pelo menos outros dois e o Bragantino ainda viria diminuir com um gol no final do primeiro tempo.

Mas a missão do Bragantino era muito difícil, já que havia sido derrotado em seus domínios no primeiro jogo. Mesmo assim, alguns torcedores de Bragança compareceram para defender, apoiar e cobrar seus jogadores.

E se a torcida foi exemplo de superação, o Bragantino tem ainda em seu banco de reservas, outro motivo de orgulho: o técnico Marcelo Veiga, atualmente o treinador há mais tempo comandando uma equipe, no Brasil, a frente do time desde 2007.

É sempre com muito respeito às duas equipes e torcidas que a gente procura mostrar esse lado do futebol, muitas vezes deixado de lado pela grande mídia. Sabemos que para nós e para os torcedores, são momentos mágicos, de eterna lembrança!

Outra figuraça que não podia deixar de ser citada é o Anderson, goleiro do Mogi Mirim, que após ter se machucado no jogo de ida, preferiu jogar com um capacete de proteção dando uma cara de de maluco pra ele hehehehe.

O jogo passou rápido. Estava bom e cheio de gols!
A certa hora do jogo eu confesso que até perdi a conta..

O placar acabou em outro 4×2, para o delírio do pessoal de Mogi.

Parabéns pela festa!

Da série “Culinária de estádio”, destaque para a pipoca quentinha, servida atrás do gol…

Ah, a polícia estava presente, como sempre, para sua proteção…

Mogi Mirim dormiu contente. Como deveria ser. Assim como o pessoal do próprio Bragantino, que também representou bem a cidade.

Era o penúltimo jogo do interior paulista pela série A1 de 2012. Na tarde seguinte, o Guarani iria disputar o segundo jogo da final contra o Santos.

Ao final, mais do que festa, ficam os parabéns para a torcida, aplausos para quem realmente faz a festa do futebol no interior. O futebol ainda sobrevive nos estádios escondidos dos holofotes da grande imprensa…

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128- Camisa do Auto Esporte

A 128ª camisa de futebol do nosso blog vem do Nordetse brasileiro e a conseguimos na nossa visita a João Pessoa, no final de 2011. Aliás, pra quem não conhece, João Pessoa é uma cidade linda, vale a pena conhecer…

A camisa veio aos 46 do segundo tempo. Depois de muita procura sem sucesso, encontrei um torcedor do Auto que topou me vender a camisa que vestia.

Já falamos de um time da capital paraibana, o Botafogo, da raposa de Campina Grande, o Campinense e do Treze, desta vez fomos atrás da camisa do Auto Esporte Clube.

A história do time é legal por fugir dos padrões dos times do Brasil. O Auto Esporte Clube foi fundado em 1936, por um grupo de taxistas que se concentravam na Praça do Relógio,o atual Ponto de Cém Reis, no centro da cidade. Por esta origem mais popular, é conhecido como “o Clube do Povo”. Seu mascote é o macaco. A popularidade do time se deu porque eles treinavam mais ou menos como o Rocky Balboa, ali, nos campos do centro, em frente à população mesmo. Em 1939 conquistou o seu primeiro campeonato paraibano, e pra ficar ainda mais inesquecível, foi de maneira invicta, atropelando adversários como o Treze e o Botafogo. No ano de 1951, realizou sua primeira partida internacional, contra a tripulação do barco argentino Punta Del Loyola, que estava ancorado no porto de Cabedelo, e venceu por 5×1. A década de 50 trouxe ainda 2 títulos estaduais, um em 1956, numa “melhor de três” contra o Botafogo e outro em 1958. Em 1959, tornou-se o primeiro clube paraibano a disputar uma competição nacional, a Taça Brasil. Em 1987, o Auto Esporte conseguiu o tetra campeonato estadual, ao empatar com o Botafogo, com o quadro abaixo: E aqui, para recordar o título:

Chegam os anos 90 e logo em 1990, o Auto montou um forte time, que logo se apresentou como favorito ao título. O Botafogo bem que tentou impedir, mas o Auto Esporte. levantou mais um caneco! No Estadual de 1992, os alvirrubros tiveram como rivais do título o Treze. Em pleno Estádio “Amigão“, garantiu o título de forma inteligente, vencendo na prorrogação, após ter sido goleado no tempo regulamentar.

Esse foi o elenco responsável por mais esta conquista: Ainda neste mesmo ano, o Auto Esporte terminou na terceira colocação do Campeonato Brasileiro da Série C. Em 1993, tornou-se o primeiro time paraibano a vencer na Copa do Brasil, derrotando o Paysandu por 2×1, no Estádio Almeidão, em João Pessoa. O Auto Esporte ainda se lançou numa ousada excursão à Europa, em 1999. Em 2004, o Auto Esporte foi rebaixado para a Segunda Divisão paraibana, retornando à elite, no ano de 2006. Relembre como foi:

No ano passado (2011), o Auto Esporte sagrou-se campeão da Copa Paraíba em cima do Treze, conquistando novamente uma vaga para a Copa do Brasil. Infelizmente foi eliminado na primeira fase, contra o Bahia. Mandava seus jogos no Estádio Evandro Lélis, mais conhecido como “Mangabeirão”, por ser localizado no bairro de Mangabeira. A capacidade do estádio é de 2.000 pessoas e ele não vem mais sendo utilizado para jogos oficiais. Em seu lugar está sendo utilizado o Estádio da Graça, veja como é a festa por lá!

O amor pelo time está expresso na pele de alguns torcedores.

E se você acha que a relação entre a torcida e o time é intensa, veja como o time celebrou a conquista da Copa da Paraíba, em 2011:

Em se falando de torcidas organizadas, a Força Jovem Alvirrubro deixou de existir há algum tempo, mas atualmente o time tem como destaque o pessoal da Ultras 1936, que atuam inspirados no modelo Ultras europeu.

E essa foto do time? Bota medo ou não?

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124- Camisa do Londrina

A 124ª camisa da coleção, embora azul e branca, é de uma cidade marcada pelo vermelho de suas terras. A mesma terra vermelha que tenho na memória das minhas férias de criança em Assis, no oeste paulista. E não estamos muito longe de Assis, desta vez, falamos de uma cidade do Paraná, a bela Londrina!

O time dono da camisa é uma equipe que andou quieta, nos últimos anos, mas que parece estar acordando novamente, trata-se do Esporte Clube Londrina.

O time foi idealizado por dois irmãos, mas acabou sendo fundado em conjunto com diversas pessoas da cidade, loucas por futebol. Já existiam mais de 25 times na Liga Regional de Futebol. Em 1956 nascia o Londrina Esporte Clube, cujos primeiros elencos seriam formados por jogadores locais agregados a outros vindos de equipes cariocas e paulistas.

O primeiro mascote do time foi um garoto grande, pelo apelido inicial de “Caçula Gigante”, mas logo a fama de “devorar” os adversários deu ao LEC um novo apelido: tubarão. Há dois estádios na cidade à disposição do tubarão. Um é o Estádio Jaci Scaff, conhecido como Estádio do Café, construído para adisputa do brasileirão de 1976. Tem capacidade para aproximadamente 40.000 torcedores. Em 1978 teve seu recorde de público na vitória do Londrina sobre o Corinthians, com mais de 54 mil torcedores.

O outro Estádio é o Vitorino Gonçalves Dias, conhecido como VGD. Esse é mais acanhado, do jeito que a torcida gosta. Cabem cercade 12 mil torcedores e é utilizado em jogos de menor porte ou treinamentos.

O primeiro jogo “não oficial” foi contra a Portuguesa Londrinense, tradicional time da cidade, contra quem faz o “clássico pé vermelho”. O Londrina venceu por 4×1. O primeiro jogo oficial foi um amistoso contra um time paulista, da região, o Corinthians de Presidente Prudente, e o resultado final foi um empate em 1×1. A primeira grande conquista veio no Campeonato Paranaense de 1962, ao vencer a Série Norte do Campeonato, contra o Apucarana.

O time que venceu esta fase foi este:

Com essa conquista, o Londrina pode disputar a fase final do campeonato com o Coritiba (campeão da Série Sul) e Cambaraense (da Série Norte Velho).

E para a surpresa dos que não acreditavam no “Caçula Gigante”, o Londrina conquistou seu primeiro título estadual, com direito a duas vitórias sobre o já poderoso Coritiba. O time responsável pela conquista foi este:

De 1976 a 1979, disputou o campeonato brasileiro da primeira divisão, mas em 1980, foi obrigado pela CBF a disputar a Segunda Divisão do Brasileirão, na época chamada de Taça de Prata. O Londrina passou por adversários como Atlético-PR, Criciúma, Brasil de Pelotas, Juventude, Juventus e Sampaio Corrêa até chegar a final contra o CSA. Os 4×0 para o time paranaense, num lotado Estádio do Café (público oficial de 36.489 pessoas) deram o título nacional ao Tubarão.

A sequência positiva parecia não ter fim e em 1981, vem a conquista do Campeonato Paranaense, numa final, novamente no Estádio do Café, desta vez com um público oficial de 43.412 pagantes, frente ao Grêmio Maringá.

Aqui dá pra ouvir um pouco da narração do título:

Os anos seguintes viram o Londrina seguir como uma força no futebol paranaense, revelando diversos jogadores. Esse é o esquadrão de 1984:

Na década de 90, mais uma taça viria para o clube. Numa final “caipira”, o Londrina sagrou-se campeão Paranaense de 1992, contra o União Bandeirante. A final aconteceu numa série de três partidas em Londrina (o estádio do União não atendia à exigência mínima de 15 mil lugares). Foram  dois empates (0 x 0 e 2 x 2) e uma sofrida vitória de 1 x 0.

Veja algumas imagens do título:

O título levou o Tubarão à Copa do Brasil, onde eliminou o Operário de Campo Grande, e o Internacional-RS, com direito a uma vitória em pleno Beira Rio. O time acabou eliminado pelo Flamengo. Em 1993 e 1994, duas campanhas muito boas no estadual, deram o vice-campeonato ao time da terra vermelha. Aqui o esquadrão de 1994:

Um fato lendário, mas real, foi a passagem do ator Nuno Leal Maia como treinador do Londrina em 1995. Teve como auxiliar outro “global”: Romeu Evaristo, que interpretava o Saci Pererê no “Sïtio do Pica Pau Amarelo”. Que dupla, hein? E pra quem acha que era só brincadeira, a campanha a frente do Tubarão foi de 5 vitórias, 3 empates e apenas uma derrota para o Coritiba, terminando na quinta posição.

Outra ação diferente do clube, nos anos seguintes foi colocar modelos como gandulas nos jogos em casa. Mas, as inovações fora de campo não ajudaram tanto, e ainda nos anos 90, a equipe teve que disputar a segunda divisão do Paranaense, sagrando se campeã em 1997 e 1999.

Em 1998, teve que disputar o “Torneio da morte” para se manter no grupo de elite. De 1991 a 2004 o time se segurou na série B do Brasileirão, a partir daí, só a série C. Em 2009, vem uma dura realidade. Devido à dívidas trabalhistas, o Ministério Público do Trabalho destituiu toda a diretoria e o clube chegou próximo de ser extinto. O clube caia para a segunda divisão estadual. Quando tudo parecia caminhar para um triste fim, em 2011, o Londrina conquistou novamente a vaga para a primeira divisão do Campeonato Paranaense, com o título da segundona paranaense.

A boa campanha, coroada com o retorno à primeira divisão parece que era o que faltava para a cidade novamente se movimentar em torno do time! São vários os registros disponíveis no youtube para o acesso.

Sigo torcendo para queo amigo e jornalista Felipe Lessa só tenha boas notícias em relação ao futuro do time! Ah, e falando em jornalismo, para quem gosta de ler, uma ótima pedida é o livro em comemoração aos 40 anos do clube:

E o que seria dos times sem seus apaixonados torcedores. Além dos torcedores autônomos, o Londrina possui desde 1992, uma organizada chamada Torcida Falange Azul. Atualmente estão reunidos sob essa torcida outra organizada que fez história na cidade, a Mancha Azul. O site deles é: www.falangeazul.com.br . Vale o registro da Sangue Azul que também acompanhou o time por muitos anos. Para maiores informações sobre o time, enquanto o site oficial (www.londrinaesporteclube.com.br ) está sob manutenção, recomendo o www.lecmania.com.br .

Apoie o time da sua cidade!

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122- Camisa do Colo-Colo de Ilhéus (BA)

A 122ª camisa de futebol da coleção, vem da Bahia, aliás, a primeira camisa baiana a ser postada no blog!

O time acima defende as cores e a cultura da cidade de Ilhéus, município de maior extensão litorânea do Brasil.

Falamos do Colo-Colo de Futebol e Regatas!

O Colo-Colo foi fundado em 1948, por um pessoal que queria disputar a “semana inglesa”, uma competição realizada aos sábados no Estádio Mário Pessoa, pelo sindicato dos comerciantes.

Aliás, o Estádio Mário Pessoa, inaugurado em 1942, é onde o time manda seus jogos até hoje:

Se o nome do time é uma homenagem ao Colo-Colo Chileno, as cores (azul e amarelo) vieram de outro gigante latino: o Boca Juniors e dizem até que os primeiros uniformes realmente eram do Boca, comprados em Buenos Aires, incrível!

O mascote do Colo-Colo baiano é o tigre.

No início dos anos 50, o tigra conseguiu montar um forte esquadrão, que marcou época.

Esse foi um dos timesdesta época:

O primeiro título veio em 1953 como campeão ilheense, com o time:

Ainda disputando apenas partidas amadoras, o Colo-Colo começava a conquistar o amor da cidade. Este é o time de  1956:

Alguns anos depois, viria o tetracampeonato amador ilheense, de 1958 a 1961.

Tantas conquistas, animavam o time e a torcida para possíveis passos maiores, mas somente a partir de 1967, o Tigre passou a participar do campeonato baiano profissional.

A aventura profissional durou pouco e em 1969 o time voltou ao amadorismo.

A verdade é que o Colo-Colo poderia ter encerrado sua história alí, uma vez que os anos 70 foram marcados apenas por disputas amadoras, chegando a parar com o futebol, mesmo amador nos anos 80. Mas, a partir de 1992, quando tudo parecia perdido, José Maria Almeida de Santana assume o clube e começa uma verdadeira revolução. Aos poucos os problemas estruturais foram sendo corrigidos, e logo o time voltou a disputar o amador. Em 1994, o Colo-Colo retornou a Liga Ilheense de Futebol e 3 anos depois sagrava-se novamente campeão municipal. Em 1998, disputa a copa da Bahia e no ano seguinte, a segunda divisão do futebol profissional, de onde sai campeão, em cima do Fluminense de Feira de Santana, permitindo assim, voltar à elite do futebol baiano no ano 2000. Mas o grande momento ainda estava por vir. Em 2006, o sonho torna-se realidade e o time entra pra história sagrando-se campeão baiano da primeira divisão.

Aqui, algumas imagens da final contra o Vitória:

Atualmente o Colo-Colo passa por uma má fase, mas sua torcida segue na esperança dos bons dias de 2006.

E olha a torcida recebendo o time:

Apoie o time da sua cidade!

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109 – Camisa do Linense

Seguindo a correria, e tentando não deixar de focar nas camisas, a 109ª camisa do blog foi presente da diretoria de um time do interior de São Paulo pelo qual tenho grande simpatia; o Clube Atlético Linense.

O próprio nome já deixa claro que o time defende a cidade de Lins:

A história do time nos leva ao início do século, quando o futebol já era uma febre em todas as cidades do interior de São Paulo. Sua fundação foi em 1927 e durante um bom tempo dedicou-se a competições amadoras regionais. A partir de 1944, o Linense começou a disputar os campeonatos da Federação Paulista, na época, a grande competição para os times do interior era o Campeonato Amador do Interior. Em 1947, veio o primeiro título do Campeonato de Profissionais do Interior. A partir de 1948, o clube Campeão do Interior teria o direito de disputar a 1ª divisão paulista, por isso, o Campeonato passou a ser tratado como a 2ª Divisão de Profissionais. E já nesse ano, o Linense conseguiu chegar à final, contra o XV de Piracicaba, mas uma derrota por 5×1 fez com que o time se mantivesse na 2ª Divisão. Abaixo, foto de uma partida contra o Bandeirante, em Birigui, com vitória do time da casa por 3×2:

A boa fase perdurou nos anos seguintes, trazendo o título de “Campeão do setor”, em 1949 e 1950. Em 1952, finalmente sagrou-se Campeão da 2ª Divisão, contra a Ferroviária, chegando à 1ª Divisão, com o time:

Veja como foi:

E em 1953, na “primeirona” não fez feio, fazendo valer seu mando de campo contra os grandes, empatou contra com o Corinthians e venceu Palmeiras, Santos, Portuguesa e São Paulo. Esse era o time do Elefante:

Linense conseguiu permanecer na Primeira Divisão até 1957, quando voltou para a segunda divisão. Desta época, encontrei a foto do zagueiro “Frangão”, falecido em 2006:

E como os materiais esportivos eram mais bonitos, na década de 50… Das camisas às bolas de futebol chegando ao próprio amor pelo esporte e pela cidade. Coisas que não vão voltar.

Nos anos seguintes, o time disputaria a 2ª e a 3ª divisão, como fez o time de 1964:

Em 1976, o time teve um ótimo ano, perdendo a final da terceirona para o Rio Branco, por 3 a 2. Finalmente, em 1977, depois de muita luta, o Linense conseguiu alcançar o título da 3ª Divisão, derrotando a Votuporanguense por 1 a 0. Vale citar que existe quem defenda que o campeão deste ano foi o Grêmio Pinhalense.

Aqui, o time  de 1987, uma década pouco comentada no futebol, mas que, na minha opinião, marcou o início do fim do futebol romântico…

Em 1993, o time entrou em um recesso de 5 anos, e quando retornou (faça as contas… 1998) foi disputar a temida Segunda Divisão. Somente em 2006, o time conseguiu voltar à Série A3.

Em 2007, fez ótima campanha na Série A-3, mas acabou deixando escapar o acesso ao empatar em 2 a 2 com a Ferroviária de Araraquara. Ainda neste ano, disputou a Copa Federação Paulista  chegando à final contra o tradicional Juventus, perdendo o título em uma das partidas mais emocionantes da história da Rua Javari.

Assim, conseguiu uma vaga para a Série C do brasileiro de 2008. Já em 2010, outro momento mágico do time. Numa difícil disputa, o Linense sagrou-se campeão paulista da série A2, retornando para a série A1, em 2011.

Nem precisa dizer que a cidade parou….

O time que conquistou o acesso foi esse:

O mascote do time nasce de uma história no mínimo estranha. Após a conquista do campeonato paulista da segunda divisão de 1952, a diretoria e a torcida organizaram um desfile dos jogadores sobre elefantes de um circo local, daí…

O primeiro estádio onde o Linense jogou foi o Estádio Municipal dos Eucaliptos, localizado na atual região central da cidade. Em 1953, o estádio foi demolido e em seu lugar foi levantado o “Gigante de Madeira“, com o esforço e suor de muitos de seus torcedores. Assim, atendiam às exigências da Federação para a disputa da primeira divisão. Mas o Gigante teve vida curta e em 1960, já estava demolido. Desde então, a equipe manda seus jogos no Estádio Gilberto Siqueira Lopes, o “Gilbertão”.

Sua capacidade é de 15.000 torcedores e a torcida do Linense faz sua parte, colocando um ótimo público nos jogos locais. Pra terminar o post, minha sincera homenagem à torcida do Linense que é uma das maiores do país, levando em conta a proporção com o número de habitantes. O time conta com três torcidas organizadas: “Unidos do Elefante” (www.unidosdoelefante.com.br), “Tromba do Elefante” e ” Camisa 12″. Mas além das organizadas, o Linense tem em suas bancadas um outro xodó. Trata-se de Lolô. E aprenda, Lolô pode…

Para maiores informações, acesse o site do clube: www.calinense.com.br O exemplo da cidade e do povo de Lins me inspira a seguir gritando…

APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!

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108- Camisa do Santa Cruz – RN

A 108ª camisa do blog vem do Nordeste, da cidade de  Santa Cruz, no Rio Grande do Norte. O time dono da camisa é o Sport Club Santa Cruz. Consegui a camisa na recente viagem que fiz à bela cidade de Natal.

A ideia de montar um time que defendesse a cidade surgiu com a inauguração do Estádio Iberê Ferreira de Souza, o Iberezão, em  1º de novembro de 2003 (meu aniversário, por coincidência). A capacidade do estádio é de cerca de 5 mil torcedores. É mais um daqueles modestos mas belíssimos estádios do interior deste Brasil. Suas cores são verde, vermelho e branco, as cores da bandeira da cidade. O mascote do time foi escolhido pelos próprios torcedores e quem venceu foi o “Gavião do Trairy”, ave símbolo da região.

Os primeiros atletas vieram dos times amadores da região e foram treinados por Ernesto Luiz para inicialmente jogar amistosos contra equipes locais. Em 2004, no Estádio Coronel José Bezerra (Currais Novos), o time fez seu primeiro amistoso contra um time da primeira divisão estadual, o Potiguar. A estreia do Santa Cruz no profissionalismo, veio no segundo semestre de 2004, na 2ª divisão estadual, da qual sagrou-se campeão, ganhando o direito de disputar a 1ª divisão de 2005. O time de 2005 conseguiu chegar até as semifinais sendo eliminado pelo ABC. Em 2006, foi eliminado nas quartas de final pelo Potiguar de Mossoró. Em 2007, escapou do rebaixamento por um ponto, terminando na décima posição, com o time :

Em 2008, chegou à final da primeira fase do estadual, contra o tradicional ABC. No primeiro jogo, uma vitória heroica de virada para o Tricolor do Trairy :

Infelizmente, no segundo jogo, uma derrota por  3×0, no Frasqueirão eliminou as chances do time disputar a final da primeira divisão. Ao menos, o resultado deu dfireito a disputar a série C do mesmo ano. Graças a isso, o time já aparece (ainda que no último lugar) no ranking nacional da CBF. O time de 2008: Em 2009, teve novamente grande participação, chegando a final do primeiro turno (vencida pelo time do Assú). Na foto abaixo, o time na partida diante do América de Natal.

Com tanto sucesso em tão pouco tempo, o time já conta com uma torcida fiel que “nunca abandona”…:

Possui algumas organizadas, como a Jovem Raça Tricolor e a Santamor, fazendo a festa no vídeo abaixo:

Para maiores informações, o site oficial do time é http://www.sportclubsantacruz.com.br/

Apoie o time da sua cidade!!!

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