Quarta feira, 23 de janeiro de 2012. Dia da volta do Ramalhão ao futebol profissional!
Primeiro jogo, pela Série A2 de 2013, contra o Velo Clube de Rio Claro. E até o ônibus do time está de cara nova.
Pra quem não acompanhou a “saga” do time em 2012, vale lembrar que o Santo André enfrentou 4 rebaixamentos seguidos (da A1 para a A2, da série A para a B, da B para a C e da C para a D), perdeu metade do seu estádio (demolido pela prefeitura), endividou-se até não poder mais e consequentemente viu sua torcida cada vez mais distante.
Mas o que se viu, desde o lado de fora do Estádio, nessa quarta, não foi nada que lembrasse essa má fase.
Até fila para entrar no estádio tinha!
Ingresso na mão…
Finalmente, era hora de entrar! Depois de um ano todo proibida de acompanhar o time no Brunão, a torcida do Santo André finalmente voltou ao seu lugar…
Nesse jogo, levamos a campo um cachecol da torcida Desperdicis, do Sant Andreu de Bracelona time que disputa a terceira divisão espanhol e que tem o mesmo nome do Ramalhão. Pelo visto está nascendo uma amizade entre os times e suas torcidas.
Falando em torcida, fica nosso alô ao pessoal do Velo Clube que enfrentou trânsito e ainda teve que dar um jeito no trabalho para poder comparecer ao estádio!
E parabéns também à torcida Ramalhina que mesmo depois de tanto desprezo, voltou a comparecer em um bom número ao Estádio!
A faixa colocada no antigo lugar das numeradas expressava o que esses torcedores esperavam do time: raça.
E por falar em time, lá está o Ramalhão 2013, com seu adversário de hoje, o Velo Clube, a postos, pouco antes do jogo começar…
Até o prefeito e a primeira dama estiveram presentes.
O horário atrapalhou alguns dos mais fanáticos pelo time, então falatarm muitas das tradicionais caras ramalhinas, mas o que se viu pelas arquibancadas foi um sentimento de amor ao time, à cidade e de muita amizade.
Nem a chuva que caiu no fim do primeiro tempo desanimou a galera! Olha aí a nova geração dos Ramalhinos se protegendo como deu…
Agora que já conseguimos voltar a mandar jogos em casa com os portões abertos, falta recuperar a área do outro lado do estádio, e dizem que a prefeitura já está se mexendo nesse sentido.
E a torcida sabe que é seu dever ficar de olho. Nossa cidade merece!
Falando um pouco sobre o jogo, o Santo André começou com tudo e abriu o placar com menos de 2 minutos, com um gol de cabeça do William Xavier. Depois o jogo ficou pesado, os dois times marcando forte e sem grandes chances claras de gol.
Teve até bandeirão da Fúria, na hora do gol!
Com a vitória garantida, o público de volta e o estádio reaberto, sobraram motivos pra comemorar!
E nós, que por tantas vezes fomos ao portão de saída do time pra xingar, dessa vez fomos lá pra aplaudir!
Agradecemos aos 2.205 torcedores que compareceram para nossa festa! Para mais fotos, visite o blog do torcedor andreense da globo .
APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!
Onde mais você pode sair na rua carregado pelo “Auto-maca” ???
Então, começa 2013… Que seja um ótimo ano para todos nós! E para ajudar a torná-lo inesquecível, o nosso primeiro jogo tem grandes chances de ser o melhor do ano! Em nossa última noite por Madrid, fomos até o bairro de Vallecas para enfim conhecer o time e a torcida do Rayo Vallecano!
Esse ano, o time até lançou um livro sobre sua história: “Vallecas y el Rayo Vallecano“.
Infelizmente, o valor do Euro não me permitiu trazer a camisa do time, mas trouxe um cachecol, comprado ali, na porta do Estádio “Vallecas Campo de Futbol”, antigo Teresa Rivero que aliás, fica literalmente em frente à estação “Portazgo”, do Metrô.
Vallecas é um lugar único. É um bairro que já foi cidade, cheio de histórias e tem até brasão. Para completar o cenário, a população local tem seu próprio time e seu próprio Estádio…
Como eu disse, o metro para em frente das bilheterias laterais, porém, não tinha nenhuma aberta, tivemos que ir até a bilheteria central comprar nossos ingressos.
O preço mais barato é 18 Euros, junto da galera do Los Bukaneros, mas estavam “agotadas”…
O jeito foi ir a um lugar nas laterais, que nos custaram 30 Euros, cada, ou seja, é caro torcer em Madrid…
Passeando pelo entorno do estádio pudemos ver a polícia local, não tão a paisana como imaginávamos.
Algumas inteferências nos muros, mostram que Los Bukaneros estão na ativa há 20 anos, desde 1992 (21, agora). O site deles é www.bukaneros.org
Ainda antes de entrar, deu pra tirar uma foto do ônibus do GETAFE, pro Anderson, lá de Curitiba. A qualidade tá ruim porque tava bem escuro…
E enfim, chega o momento de conhecermos pessoalmente esse estádio, seu time e principalmente sua torcida…
A cena chega a ser engraçada. Eu e a Mari parados ali, em frente ao campo, por 5, 6 minutos, até que um cara da administração diz que não podemos ficar ali em pé… Mas o momento era mágico, merecia dedicação. Os Deuses do futebol capricharam em Vallecas!
Incrível como as fotos e os vídeos trazem tão pouco daquela atmosfera. Ok, sei que não sou um fotógrafo de primeira linha, mas mesmo assim. As imagens não traduzirão nunca o que as pessoas construiram em Vallecas.
Ficamos na segunda fileira de cadeiras bem perto do campo, como costumamos fazer, em Santo André. Nos sentíamos em casa e ali, ao nosso lado esquerdo, estava a torcida “Los Bukaneros” com seus cantos, faixas, bandeiras e animação.
E o jogo rolava ali, bem pertinho da gente.
Aliás, o time do Rayo está bom nesta temporada, e em especial nessa noite, eles jogaram muito, com muitas jogadas de linha de fundo, o que fez a gente estar bem perto da ação.
O melhor da ação é o momento do gol… O vídeo está bem realista com o que a gente estava vivendo… Estávamos em êxtase, sem saber pra onde olhar hehehe.
Nessa foto, dá pra ver o momento em que o estádio inteiro levanta seus cachecóis! Como é muito frio (ao menos nessa época), você quase não vê pessoas na arquibancada com a camisa do time, afinal estão com um monte de blusas por cima, mas os cachecóis estão sempre a mão. Essa noite estava uns 4 graus quando saímos para ir pro jogo.
Os cantos da torcida são sempre de apoio ao time criticando racismo, xenofobia e as atitudes da polícia.
Recentemente um jovem ativista de Vallecas, chamado Alfon Fernandes foi preso a caminho de uma manifestação e acabou se tornando o ícone da crítica à ação policial, tendo seu nome cantado pelas ruas e estádios. E quando a torcida manda mensagem, é assim:
Participamos de uma manifestação nas ruas centrais de Madrid e pudemos ver seu nome em várias faixas e nos adesivos que eram distribuídos.
Tirei muitas fotos da torcida, pois sei que não voltarei tão cedo para lá e quero muito guardar essa imagem na mente, principalmente das bandeiras com mastros, ainda permitidas por lá e que geram um espetáculo visual!
Dê uma olhada nas bandeiras em movimento:
Em campo, o time mandava bem e fazia 3×0. E a gente ali, acompanhando tudo…
A emoção era tanta que nem demos muita bola para um capítulo normalmente essencial: As comidas de estádio. Lembro que no bar, vendiam os tradicionais salgadinhos (destaque para semente de girassol que lá é vendida como amendoim), água, refrigerante (não reparei se tinha cerveja), mas flagramos uma galera que levou uma torta!!
Dando uma olhada para outros ângulos do Estádio, aqui, a galera que estava do mesmo lado nosso,mas lááá na outro lado, perto da linha de fundo.
Outro grupo tradicional presente no estádio são os “Pena Rayista Ultramarinos“, que eu não conheço, mas vi várias faixas. Se alguém souber, pode postar comentando…
A animação era tanta que nem vimos o GETAFE diminuir para 3×1.
E mais mensagens contra o capitalismo!
E mais festa…
Ahhhhhhh, 2013, futebol, rock e revolução em nossas mentes…
A torcida do GETAFE não compareceu. É um time de uma cidade próxima de Madrid, mas que não tem muitos torcedores.
O Rayo Vallecano conta ainda com um brasileiro no time, Leo Baptista, que na semana seguinte a este jogo acabou se lesionando.
Já no final do jogo, percebemos que o negócio era mesmo ter ficado lá no meio de Los Bukaneros, porque como em todo estádio, tem horas que a torcida dá uma “descansada” e ali no meio, a galera assistia sentada mais comportada…
Do outro lado, também vinham alguns gritos animados!
Para terminar, que tal cantar a tradicional música imortalizada pelo SKA-P, junto da torcida local?
Final da Copa Paulista: Audax x Noroeste, em pleno Estádio Nicolau Alayon.
E lá estávamos nós, depois de tanto tempo sem assistir a uma partida, pelo trauma do rebaixamento do Santo André para a série D.
E quem diria, as arquibancadas do Estádio do Nacional estavam repletas. Do lado coberto, a torcida do Audax.
Do lado oposto, a torcida do Noroeste promoveu uma verdadeira invasão à capital!
Foi bacana ver tantos torcedores do Noroeste em plena São Paulo…
Mais do que uma invasão, o que se viu nas bancadas do Nicolau Alayon foi a presença de diversas torcidas de outros times que tem amizade com o pessoal de Baurú, como a Fúria Andreense, do Santo André, a Malucos do Tigre, do Rio Branco, a Sangue Azul, do São Bento, entre outras.
Em campo, jogo difícil, o Audax precisava reverter a derrota que sofreu em Bauru e veio com tudo pra cima do Norusca!
A torcida do Noroeste chegou a ficar preocupada, mas apoiou o tempo todo!
O primeiro tempo virou em 0x0, deixando o título com o time de Bauru, par a alegria da torcida visitante.
E a alegria virou emoção e fez chegar aos campos a energia de quem mantém a fé no time da cidade…
E quando isso acontece, não tem jeito. O Estádio estava contaminado. E logo o Noroeste fez 1×0. Nem a nossa máquina aguentou, a bateria só deu conta de filmar poucos segundos da festa do time e da torcida do interior…
E dá lhe bandeirão!!!
Como sempre expressamos, mais do que assistir a um jogo, mais do que se divertir ao lado de gente amiga e companheira, como o José Roberto Pavanello, da torcida Sangue Rubro (que nos recebeu em nossa visita à Bauru), acompanhar ao vivo uma partida como esta é ter a certeza de que se está vivenciando a história do futebol.
Ah, a Mari fez questão de reforçar a presença feminina na torcida do Noroeste. Parabéns! Lugar de mulher é nos estádios (e onde quiserem…)!
O tempo foi passando e o título da Copa Paulista chegando mais perto, e com ele a vaga na Copa do Brasil 2013. E dá lhe comemoração e festa no lado vermelho das arquibancadas!
Por alguns instantes, a torcida do Noroeste pode esquecer os fantasmas que ameaçaram o time esse ano, especulando sobre a falta de apoio para a sequência do time no futebol.
O grito de campeão veio carregado de sentimentos de comemoração, de orgulho, mas também de revolta contra uma época que valoriza cada vez menos a tradição e o futebol dos times que representam as cidades do interior.
Vencer o Audax e todo o poderio que o time da capital representa (que seja feita justiça, graças à boa gestão, bastante profissional) representa que ainda existe esperança romântica no futebol atual.
Agradeço aos deuses do futebol por me permitirem acompanhar de perto mais uma tarde mágica, de gente simples vindo até São Paulo e voltando feliz ao interior.
“Baba o maior ovo” pra Libertadores e trata a Copa Sulamericana, como se fosse um castigo ao qual alguns clubes são obrigados a sofrer.
Dessa forma, a RECOPA acaba sendo ainda menos importante. Prova disso é que apenas pouco mais de 30 torcedores santistas foram até o Chile acompanhar o jogo de ida contra a La U.
A mostra de como o restante da América Latina trata essas competições foram os 3 mil torcedores chilenos que vieram ao Brasil acompanhar a final contra o Santos, da qual o time praiano saiu campeão.
Pra mim, o futebol é uma cultura de amizade e união. Assim, a Sulamricana (e a RECOPA) é uma oportunidade incrível para conhecer novos times e novas pessoas.
Por isso, fiquei contente com a possibilidade de conhecer Jose Miguel e Javi, dois torcedores da “La U”, que ficaram até o final da semana, após o jogo.
Aproveitamos para apresentar a eles um pouco sobre o nosso time e nossa cidade: Santo André. Aqui, em pleno Estádio Bruno José Daniel (ainda fechado para os torcedores):
Difícil foi explicar porque o estádio foi demolido e ainda está fechado ao púiblico…
Ao menos pudemos entrar no campo e dar una noção da grandeza do nosso time e estádio.
Ainda demos uma passada na sede da Torcida Fúria Andreense e conseguimos deixar de presente algumas camisas do Ramalhão para eles.
Mas o rolê não se limitou ao futebol! Estivemos em alguns lugares que curtimos aqui, em Santo André. A começar pelo Pub Ace:
Tabém passamos boa parte do tempo no Ativismo ABC, uma casa autogestionada com diversos projetos ligados à ecologia e novas ideias.
E como eles vivem perto das Cordilheiras, levamos a galera pra um rolê nas nossas montanhas, o Pico do Jaraguá.
Pra quem nunca fez, a trilha que leva ao alto do morro é bacana e em menos de uma hora de caminhada você chega ao alto.
Uma vez lá em cima, o negócio é aproveitar a vista da cidade de São Paulo. Dá pra perceber que o crescimento da cidade parece um câncer que consome a natureza a cada dia…
Também tivemos a companhia de Gabriel Uchida e da Júlia!
De volta ao ABC, fizemos um intercâmbio cultural culinário apresentando algumas das frutas brasileira, numa casa de sucos que agente adora, ali na Rua General Glicério, em Santo André.
Também teve espaço pro punk rock, harcore e hip hop, na tradicional banca do Toninho (que também manja muito de futebol!).
Pra fechar o rolê, despedida no Aerolanches, tradicional lanchonete de Santo André.
Pra quem acha que futebol se resume ao jogo e que a relação entre as torcidas tem que se basear em brigas, competição e violência fica aí o exemplo.
Apoie o time da sua cidade!
Ta aí o motivo da nossa luta. Cadê a tal reforma, prometida pela Prefeitura de Santo André?
Ficou no papel? Não. Eles simplesmente fizeram a parte mais fácil (demoliram a marquise coberta) e deixaram pra acabar depois das eleições.
Pra piorar, criaram um embrólio burocrático que não permite a nós torcedores Ramalhinos acompanharmos nosso time do coração de dentro do estádio.
Para pressionar a Prefeitura a cumprir o prometido, alguns torcedores chamaram o pessoal do CQC para acompanhar o nosso martírio, e não é que eles foram lá acompanhar Santo André 0x3 Brasiliense (bando de pés frios).
Diferente do que os defensores do atual prefeito pensam, esse movimento não foi para favorecer um ou outro partido nas eleições, mas para conseguir uma solução para um problema que nos afeta há mais de um ano.
Mas em Santo André nada é fácil.
Além de levar uma sacolada em campo para o Brasiliense, fora do estádio, tivemos companhia durante boa parte da partida. Sabe como é, para sua proteção…
Engraçado que para o pessoal do CQC ninguém foi falar nada, mas era só eles sairem de perto…
Não houve nenhum tipo de enfrentamento, mas eu questiono a postura “pronta pra guerra” que a Polícia tem tido conosco..
No meio da bagunça achei um adesivo do Lixomania, grande banda mostrando que sempre tem algo de punk no meio das rebeliões!
Com o jogo morno (e perdido) em campo, a galera se concentrou em ajudar o pessoal do CQC entender o que estava acontecendo.
O resultado final taí pra quem quiser ver. Eu gostei, só falta saber se a prefeitura vai mesmo conseguir entregar…
E que fique de resposta aqueles que estão sepultando nossa alegria, nossa cultura. O povo de Santo André está unido!
Fizemos até um clipe sobre essa situação, veja aí:
Data histórica para a pequena, mas ainda apaixonada torcida do Santo André.
Foi uma noite de festa no Museu Municipal de Santo André (veja mais sobre o museu aqui), na inauguração da Exposição “Tuas Cores nos encantam”.
Para animar a festa, tivemos a presença da Banda Lira, de Santo André (veja aqui, mais sobre a banda) e da bateria da torcida Fúria Andreense.
A exposição reuniu camisas do Santo André de 1968 até os dias de hoje e foi organizada exclusivamente por torcedores do Ramalhão.
Para ser 100% “Ramalhina” a festa teve como “mestre de cerimônia” o torcedor e profissional da rádio (atualmente na Rádio Estadão ESPN) e Internet Vladimir Bianchini, que conduziu a festa devidamente caracterizado com a camisa do Santo André.
Aliás, não foi só ele que estava com uma camisa histórica do time. Vários torcedores lembraram um pouco da história e deixaram a exposição ainda mais completa!
A exposição mostrou como torcedores de um time podem fazer a diferença em se tratando de resgatar e fortalecer a memória do seu time. Sugiro que quem esteja lendo esse post, pense seriamente sobre a possibilidade de fazer um evento parecido em sua cidade.
Não é tão difícil quanto parece, e o mais legal é que na hora se reencontram amigos e torcedores que há tempos não se viam e que graças ao futebol podem se reencontrar. Fora as camisas exclusivas que aparecem também…
Essa aqui é a réplica da época que o time nem usava o brasão da cidade como distintivo.
Teve até quem lembrasse das camisas que levavam o patrocínio da COOP, parceira do time por tantos anos…
Além de torcedores, também estiveram presentes alguns ex-jogadores como Fernandinho e o Cite, um dos jogadores do primeiro time do Ramalhão, que me deu a honra de sair na foto abaixo.
Além dele, Anísio, grande ídolo e que mantém um enorme carinho pelo time e pela cidade.
Outro pessoal que compareceu e ajudou a organizar o encontro foi o pessoal da Ramalhonautas, aqui, na foto com o eterno ídolo Arnaldinho.
E deu tempo para encontrar os amigos que não temos encontrado nos jogos de Araras.
Pra quem ainda não foi, dá tempo de conferir a exposição, até o fim de Agosto no Museu de Santo André, de segunda a sexta, das 8h30 às 16h30 e aos sábados, das 9h às 14h30.
Museu de Santo André Dr. Octaviano Armando Gaiarsa
Rua Senador Fláquer, 470 – Centro – Santo André
(11) 4438-9111 (administração) e (11) 4436-3457 (biblioteca)
E-mail: museu@santoandre.sp.gov.br
Estacionamento para visitantes: Rua Dona Gertrudes de Lima, 499 – Centro
Entrada gratuita
Pra terminar, o momento mais emocionante da noite…
A gente sempre mostra muito dos jogos e estádios que fomos ver, mas esse rolê (que denominamos Futebol & Rock Rompendo Fronteiras) tem como objetivo uma troca de opiniões e cultura, por isso vou mostrar outras coisas que fizemos por lá, seja as fotos levando o nome do nosso time (Santo André) a novos espaços, seja conhecer lugares legais, como o “Cerro Santa Lúcia”, no centro de Santiago, onde se pode ter uma bela vista da cidade.
Nessa nossa última visita, encontramos nos muros da cidade alguns cartazes feitos pela torcida ou pela própria diretoria do time da Universidad do Chile, comemorando as conquistas de 2011.
Pra quem gosta de passear com a camisa do seu time por um bairro cheio de bares, restaurantes e gente pelas ruas até de madrugada, o negócio é descer no metro Universidad Católica se divertir pelas ruas do centro.
E o metro em Santiago do Chile é super de boa, lembra até um pouco o de São Paulo.
Ok! Várias bolas pelas ruas, mas… evite chutá-las…
Esse é um bar que está ali pelo centro também, chamado “The clinic”. É meio de boy, mas até que é legal.
Essa campanha contra as drogas é muito foda!!
“Quando sua cabeça está no que você quer, você não quer drogas”
O imponente rio Mapocho! E a banda “Visitantes” com cara de mau…
Os cães pela rua são comuns na região do centro velho. Eles são dóceis e companheiros. Nos acompanharam em alguns roles por várias e várias quadras.
Na época, o show parecia longe, agora já passou e aqui no Brasil sequer soubemos da vinda do Gatillazo à América Latina…
Para quem ainda curte comprar cds e é do rolê punk/oi!/hc, a loja Hooligan é a parada ideal, ali na galeria do calçadão “Paseo Ahumada“, número 85.
Outra loja bacana, ali mesmo na galeria é a Mercado Futbol. Camisas usadas e novas de times do Chile!
Falando em camisas, minha frustração foi ter voltado de lá sem uma do time La U…
Devido ao sucesso do time, em 2011 estavam todas “agotadas”…
Bom, acho que deu pra ter uma idéia do que foi o rolê “urbano” né? Ah, na hora de irmos embora, ainda encontramos um torcedor do Flamengo, que havia ido a Lanus ver Lanus x Flamengo…
De que adianta um estádio, se a torcida não está lá?
Pra que servem as partidas, se as emoções não são mais reais…
O E.C. Santo André está a um passo de alcançar seu pior momento em toda sua história. Chegar à série A3 representaria isso.
Assim, de nada valem as esperanças e emoções partilhadas entre os amigos nas bancadas…
Alguns não desistem nunca. E é isso que dá animo a pessoas como eu.
Mas me pergunto até quando conseguiremos manter, ainda que em pequenos públicos, o amor aos times que não fazem parte da elite do futebol brasileiro.
Os sobreviventes desse amor à moda antiga fazem o que podem. Estampam o amor nas camisetas, nos bonés, nas malas…
E esse apelo vale para todos os times. Para o meu Santo André, como para o pessoal do Grêmio Barueri, que já sofreu na pele as consequências dessas novas “manias” dos dirigentes do futebol moderno.
Aliás, assim como está começando a ocorrer com o Ramalhão, no caso do Barueri, as torcidas organizadas tem representado o último grito pela manutenção do seu time.
Mas no caso específico do Santo André, mais do que as influências externas, vivemos uma sequência de problemas de gestão que podem rebaixar o time mais uma vez…
Um novo rebaixamento praticamente esconde o time da mídia e até dos moradores da cidade, que neste ano não puderam assistir a uma partida sequer em nosso estádio, já que o mesmo estava interditado.
Na luta contra o rebaixamento, perdíamos até os últimos segundos, quando um gol milagroso (e enganador ao mesmo tempo) deu nos o empate por 1×1.
Um dos poucos momentos de comemoração e felicidade nestes dias difíceis…
Destaque também para a faixa do pessoal da Fúria em homenagem ao Lucas, torcedor que faleceu no primeiro dia do ano.
E fica também nossa presença, independente do resultado. Os estádios são nossa segunda casa.
Embora seja do nosso rival São Caetano, a vista aqui é bem legal hein?
Abraços aos torcedores do Barueri que também compareceram e fizeram o jogo ter mais emoção, ao menos nas bancadas, nas disputas entre a Fúria e a Guerreiros. E que a disputa siga assim, sem violência.
E viva os gordos nos estádios! Contra os regimes e o futebol moderno!
2 de março de 2012. Sábado de forte calor no interior de São Paulo. Partimos de Cosmópolis até Capivari, para mais uma rodada da série A3. No caminho, vimos que o tempo podia mudar. A esperada chuva parecia estar a caminho…
Nosso destino era Estádio Carlos Colnaghi, onde o Capivariano tem conquistado resultados que o colocaram na liderança da série A3 de 2012.
O adversário do time da casa é uma equipe bastante conhecida pelo nosso blog. Trata-se do Guaçuano. E como a distância não é tão grande e a campanha do time verde e branco também é boa, a torcida visitante compareceu!
A torcida local também fez bonito. Aliás, desde o ano passado que os projetos desenvolvidos pelo time e pela cidade para trazerem mais público tem dado resultado. Relembre aqui.
A cidade de Capivari tem conseguido conquistar o público, seja pelo bom futebol, seja pela diversão pra criançada…
Aliás, tem até um setor só para a molecada:
Ah, e… lá estávamos nós para acompanhar mais uma passagem do futebol do interior paulista!
Os amigos da rádio Cacique também estavam por lá, aproveito para mandar um abraço ao grande Bira que é repórter de campo e há anos acompanha o time local.
O estádio está cada vez mais colorido em vermelho e branco, com várias faixas e bandeiras. Aqui a do pessoal da “Guerreiros do Leão“:
Mas se as mais de 1.500 pessoas faziam bonito na arquibancada, o mesmo não podia dizer do time em campo… O leão estava manso…
O primeiro tempo virou um estranho 2×0 para os visitantes de Mogi Guaçú, preocupando os torcedores locais que se acostumaram com as vitórias em casa.
O segundo tempo veio e o torcedor local acreditava na reação!
A rapaziada do batuque seguia firme incentivando o Capivariano.
Em campo, o time parecia nervoso e chegou até a ameaçar uma briga após discussão mais acalorada…
Mas, o que se viu em campo foi uma ampliação do placar por conta do time visitante. No final das contas, nem o mais animado torcedor do Mandi podia imaginar um placar tão elástico. Capivariano 0x5 Guaçuano. Festa na torcida visitante.
Duro golpe no líder, mas que deve ser bem compreendido. O público que tem comparecido não pode desanimar…
O vermelho e branco tem que continuar a colorir o estádio e a cidade, lembrado que o time acabou de subir da segundona paulista e já tem a chance de chegar à série A2!
Da nossa parte, fica o orgulho mais uma vez de visitar a cidade e o estádio local e termos sido muito bem recebidos.
Ao fim do jogo, conseguimos ouvir uma bonita frase, mesmo após a derrota do time da casa:
Vale citar que o Capivariano ainda perdeu um penalty, já no finalzinho do jogo, mas mesmo assim, a torcida preocupou-se mais em apoiar do que em criticar o time.
Houve ainda um princípio de confusão com a diretoria e alguns torcedores do Mandi que estavam num espaço destinado a torcida local, mas nada que a polícia e a diretoria do Capivariano não resolvessem da melhor forma possível, sem violência.
A gente ainda teve que sofrer um pouco com as obras na estrada que em alguns momentos mantinham uma faixa única…
E depois com a chuva que nos acompanhou até a cidade de Campinas…
Céu azul lindo. Uma estrada que faz relembrar os tempos antigos do interior de São Paulo. São cenários, personagens e coisas que parecem não existir. Esta é a estrada vicinal Arthur Nogueira – Mogi Mirim.
Para quem não sabe, é também o endereço do Estádio La Bombonera, do São Marcos F.C.!
E após meia hora de estrada, chegamos enfim à cidade de Mogi Guaçu, local da partida entre Guaçuano e Votuporanguense.
Aliás, é dia de casa cheia, em Mogi Guaçu!
O jogo reflete o sofrimento do grupo 7, onde a última rodada levou todos os times com a mesma pontuação. A outra partida do grupo, coloca a frente o Independente de Limeira e o Primeira Camisa, de São José dos Campos. Ou seja, quem ganhar, leva o acesso. É dia do Guaçuano fazer a lição de casa!
Mas, a partida é dura, contra um adversário indigesto… o CA Votuporanguense.
Ingresso em mãos, e vamos lá!
O jogo (e o clima) é quente. Vestindo a camisa do Guaçuano, a torcida local faz a diferença e o Guaçuanosai na frente, ainda no primeiro tempo, com gol do Thiaguinho.
Festa nas arquibancadas e no barranco!
O ano de 2011 ficará marcado como um dos anos de melhor média de público no Estádio Alexandre Augusto Camacho, e o jogo decisivo não podia ser diferente!
Nem no barranco cabia mais ninguém!
Em campo, o segundo tempo começou a todo vapor. E um jogo pegado e aguerrido, afinal, valia vaga na série A3 de 2012.
A série B do Campeonato Paulista é a quarta e última divisão profissional da Federação Paulista. É praticamente a única chance de várias cidades do interior terem um time em campo e poderem se reunir nas arquibancadas
Infelizmente a média dessa divisão é bastante pequena. Vale a pena dar uma navegada pelo blog e relembrar algumas de nossas visitas a jogos na “segundona”. Entretanto, a torcida de ambos os lados esteve presente em ótimo número, nesse domingo
E o Estádio Alexandre Augusto Camacho é daqueles campos onde a proximidade com os jogadores dá uma leitura diferente ao jogo.
Assistir atrás do gol dá a ideia de como sofre um goleiro numa partida decisiva…
No segundo tempo, o gol de Thiago Chulapa, logo no início trasfomou o estádio em festa alvi verde. Guaçuano 2×0 CAV.
Quer dizer… Festa em quase todo o estádio, porque ali no lado esquerdo das arquibancadas, não tinha ninguém feliz. Era a brava torcida do Votuporanguense que viajou até Mogi Guaçu para apoiar o time e que infelizmente via as chances do acesso cairem por chão…
Aliás, parabéns a esse pessoal que enfrentou a estrada e compareceu! Foram bem recebidos e contaram com a escolta da guarda municipal.
Ambos os times se doavam totalmente, deixando o jogo até um pouco violento em alguns momentos.
Nas arquibancadas, gente de todos os lados da cidade se reunia para assistir ao time local!
Pra quem não conhece, o pessoal do barranco é uma galera que não precisa nem de arquibancada para se divertir!
Eles fizeram do “barranco” ao lado das arquibancadas o seu lugar. Aliás, hoje esse é um dos lugares mais animados, do campo!
Mas em todo o estádio podia se ver pessoas de diferentes gerações se encontrando, se reunindo e mostrando que futebol é mesmo uma forma de interação cultural!
Além da arquibancada usual, a diretoria do Guaçuano providenciou uma arquibancada tubular que fica atrás do gol e que também estava cheia!
O tempo ia passando e a torcida se aproximando dos portões, já esperando o apito final para poder comemorar o acesso em campo com o time!
O Guaçuano teve um penalty a seu favor. Bola na cal e … gol! Mas… o juizão mandou voltar e aí o goleirão defendeu, olha o gol que não valeu:
Mas nos minutos finais, o bicho pegou e atletas e comissão técnica de ambos os times saíram no braço. Faz parte. Não é bonito, mas faz parte e a confusão logo se controlou por si só.
O problema é que alguns dos jogadores do Votuporanguense foram expulsos e tiveram que passar bem próximo da torcida do Mandi, resultado… A confusão prosseguiu…
Mas a polícia interveio rapidamente e acabou com a brincadeira.
A bateria pedia o fim do jogo. Era hora de comemorar! Chega de jogo!
Até o papai noel do Guaçuano queria entrar no campo pra celebrar o momento único!
Chega de enrolação… Ao campo!!!
Momento emocionante. Todos juntos, agradecendo o resultado conseguido em campo!
E a gente mais uma vez presente… É muita emoção, muito orgulho. Obrigado!
Um acesso é sempre algo a ser comemorado. Sem dúvidas estávamos em mais um momento histórico do futebol!
Aproveitamos para escutar dos torcedores locais um pouco sobre o sentimento de fazer parte deste acesso:
Deu até pra ouvir um pouco dos próprios jogadores, sem dúvida, leões em campo!
Conversamos também com a comissão técnica do Votuporanguense e deixo aqui o parabéns pela bela campanha. Uma pena a vaga ter escapado na última hora…
Hora de ir embora. Contente em ter compartilhado um dia inesquecível, marcante para a população de Mogi Guaçu.