Na tarde de sexta feira, 27 de junho, a Arena Aclimação viveu um momento especial que vai ficar marcado na memória de muitos jovens atletas. Quem apareceu por lá foi ninguém menos que Pará, lateral multicampeão que passou por clubes de peso como EC Santo André, Santos, Grêmio, Flamengo e Portuguesa, construindo uma carreira marcada por superação, garra e títulos. O clima de treino deu lugar à empolgação quando o ex-jogador chegou para dar um alô aos meninos do Sub-15, que ainda estão dando os primeiros passos na trilha do futebol — a mesma que ele trilhou há alguns anos. Mais do que posar para fotos ou trocar abraços, Pará fez questão de conversar com a molecada, compartilhando um pouco de sua história e, principalmente, o começo difícil que viveu no futebol.
Ele contou como foi deixar a casa ainda jovem para correr atrás do sonho e como encontrou no EC Santo André o primeiro espaço para mostrar seu talento. Falou sobre a importância da disciplina, humildade e perseverança, valores que, segundo ele, o acompanharam até as grandes conquistas.
A presença de um ídolo como Pará — que já enfrentou os maiores clubes do Brasil, disputou finais históricas e levantou taças — ali, no campo onde tantos jovens sonham com o mesmo caminho, foi mais do que uma visita: foi uma injeção de esperança e uma aula de realidade.
Em tempos de imediatismo, ouvir alguém que veio de baixo e chegou ao topo com os pés no chão faz toda a diferença. E foi bonito ver nos olhos da garotada aquele brilho de quem passa a acreditar mais em si mesmo.
Pará foi embora, mas deixou ali uma semente plantada. Talvez dali saiam os próximos grandes nomes do futebol brasileiro. Talvez não. Mas com certeza, saíram dali jovens mais motivados, mais confiantes e conscientes do que é preciso para chegar longe. Vale lembrar que no sábado o Pará ainda esteve na bancada apoiando o Ramalhão:
Obrigado, Pará. E parabéns ao pessoal do Aclimação sempre de portas abertas para quem respeita e valoriza a base.
Domingo, 7 de abril de 2024, Santos nos recebe com uma manhã de outono bem mais fresca do que normalmente encontramos em jogos no Ulrico Murca.
Mas os corações estão quentes… Batendo forte e empolgados pelo duelo que levará uma das duas equipes de volta à série A1 do Campeonato Paulista.
Clima bem legal do lado de fora, com as duas torcidas convivendo em respeito e perfeita harmonia. Vale reforçar que ambos os setores tiveram seus ingressos esgotados muito antes do fim de semana chegar. E sempre importante valorizar o torcedor visitante, que se faz presente sabendo das adversidades que isso representa.
Com ingresso em mãos, é hora de seguir para a bancada local!
O Estádio Ulrico Mursa é pequeno, mas muito bem cuidado e cheio de pequenos detalhes que ajudam a cativar os laços com sua torcida.
E a própria torcida acaba colaborando nesse sentido, via stickers, faixas e seu apoio incrível!
Uma das consequências desse trabalho é ver surgir na bancada rubro-verde uma nova geração de fãs da Briosa.
E isso, sem perder a identidade, ou o amor irracional ao time da sua cidade e vendo ao seu lado as outras gerações que marcaram e ainda marcam a história da torcida da Portuguesa Santista.
Escolhi ficar ao lado da Força Rubro Verde, em um lugar que me permitiu tanto registrar a festa da bancada local…
Quanto também acompanhar os visitantes:
Também deu pra registrar as cadeiras cobertas…
E era tanta gente que até os bancos de reservas pareciam estar superlotados!
Ah, e tinha gente também lá no lado da entrada do Estádio:
Times perfilados para o hino nacional…
As torcidas mandam seus recados, na voz, ou por escrito também…
Em campo, a Portuguesa Santista faz um bom início de jogo, muito graças as descidas do camisa 7 local, “Maranhão” pela direita do ataque!
No primeiro tempo, a Briosa ataca para o lado da sua torcida, pra azar do goleiro Reynaldo que teve que atuar com toda essa pressão contrária!
E embora a falta não tenha sido muito bem batida, sinta aí um pouco do clima do Ulrico Mursa nessa decisão!
Mas, o Noroeste parava estas iniciativas com boa marcação e faltas quando necessário.
As chegadas são infrutíferas para ambos os lados…
O Noroeste montou mesmo um paredão que parece impenetrável!
E as faltas para a Briosa não geravam grande perigo…
Lá do outro lado o goleiro Wagner sofria apenas nas investidas de contra ataque e nas bolas aéreas…
A torcida local faz sua parte…
E mais uma vez me sinto muito feliz em poder vivenciar tudo isso assim tão de perto…
O primeiro tempo termina em 0x0…
E é hora de dar um rolê pelo Estádio Ulrico Mursa e registrar o que faz esse estádio e esse rolê únicos!
E olha a Cachopinha aí!
Confesso que lembrei daquela imagem que viralizou de um cara fumando, com a fantasia de Minie e fiquei me perguntando quem está por baixo dessa fantasia kkkk
É fato público que a Portuguesa Santista está com problemas financeiros chegando inclusive a atrasar salários e sempre que estou em campo torço para que toda a grana que vejo circular esteja indo pro lugar certo… Foi muita gente fazendo o bar faturar além da bilheteria (cerca de R$ 123 mil reais líquidos), e pode não parecer muito para os padrões das arenas, mas deve fazer a diferença pra quem está nessa situação.
Começa o segundo tempo e se o apoio da torcida local já havia sido considerável nos primeiros 45 minutos, o que se vê a partir de agora é uma verdadeira família espalhada pelo estádio, gritando junto em torno do time!
Bandeiras e bexigas fazem o setor da torcida Força Rubro Verde vibrar!
Mas em campo, o efeito parece o contrário e é o Noroeste que volta melhor!
E não demora pro pior (para a torcida local) acontecer: penalty para o Noroeste… O resultado você vê abaixo:
Festa na arquibancada visitante!
Mas a Portuguesa Santista é conhecida pelo seu brio… Como diz a faixa… “A mais briosa”!
E a explosão na Força Rubro Verde só pode ter uma causa: aos 31′ do segundo tempo, sai o empate da Briosa, com Vavá!
E se tem gol de empate, o clima aumenta na bancada da Briosa…
E dá lhe, bandeirão!
Com a partida terminando em 1×1, e o jogo de ida tendo sido 0x0, vamos para a disputa de penaltys. Imagina como estão os jogadores de cada time…
A torcida local aposta suas fichas no bom goleiro Wagner Coradin…
E vem a 1ª cobrança da Portuguesa Santista:
E a 2ª…
Adiantando a história, a Briosa perde o terceiro penalty, enquanto o Noroeste segue com 4 conversões. Chegamos assim ao 4º e decisivo penalty pra Briosa… É necessário marcar o gol para poder torcer contra a última cobrança do Noroeste, mas… Não haverá uma última cobrança…
É muito difícil escrever qualquer coisa sobre esse momento se você não for torcedor da Portuguesa Santista. Não dá pra explicar o que cada um sentiu naquele pranto coletivo, sofrido por cada presente…
Assim, como não se deve desmerecer a conquista dos visitantes…
Junto do Velo Clube, o Noroeste será mais uma equipe do interior a fazer parte da série A1 do Campeonato Paulista a partir de 2025, por isso, vale sim e muito a festa do povo de Bauru!
Como não podia deixar de ser, os jogadores fizeram a festa junto de sua apaixonada torcida…
Mesmo com a tristeza momentânea por parte da torcida da Portuguesa Santista, basta ver as diversas decisões que a equipe esteve envolvida nos últimos anos pra entender que o time e torcida vivem uma fase incrível e tenho certeza de que em breve estaremos juntos registrando o acesso da Briosa!
Aproveitando que estou em Santos ainda deu pra curtir um pouco do fim de tarde nas águas da praia de Itanhaém…
Interrompemos nossos posts sobre o rolê de 15 de novembro para dividir umas fotos da semifinal da Paulista Cup em que o Santo André venceu a Portuguesa por 3×0. Infelizmente, na sequência, o Ramalhão perdeu a final para o Grêmio Sãocarlense por 2×1…
Mas…. Seguem as fotos de uma bela manhã de domingo…
7ª rodada do Campeonato Paulista Feminino e o Estádio Bruno José Daniel, em Santo André recebe o derbi paulistano: Palmeiras x Portuguesa
Mais uma vez o futebol pulsa no Brunão, numa noite gelada!
Em campo, as meninas do Palmeiras com apenas uma derrota enfrentam a Lusa, com apenas 2 empates em 6 jogos.
O jogo começou e logo, as palestrinas já demonstraram sua força empurrando a Lusa para o seu campo de defesa.
Aos 10 minutos, Duda Santos aproveita um desses ataques e abre o placar.
Uma pena que pouca gente estava presente para comemorar o primeiro gol…
Em campo, vale ressaltar a luta do time da Portuguesa frente ao forte time do Palmeiras.
Mas as minas do Palmeiras estavam implacáveis e aos 26 minutos, mais uma bola teve que ser pega no fundo das redes da Lusa: Bia Zaneratto fez o segundo.
A noite fria atrapalhou os planos de ter um estádio cheio, mas dentro de campo, o jogo seguia quente, afinal estamos falando do Campeonato Paulista!
O primeiro tempo teve poucas chances da Lusa…
A goleira do Palmeiras teve pouco trabalho…
E o Palmeiras seguia apertando a Lusa!
Aqui, um lance de contra ataque da Portuguesa:
Será uma reação lusitana?
No último lance do primeiro tempo, já nos acréscimos, o juiz marcou um penalty! Mesmo perdendo a cobrança, Ary Borges completou no rebote e fez 3×0!
Vamos aproveitar o intervalo pra registrar a torcida do Palmeiras que compareceu para apoiar as Palestrinas.
Algumas torcedoras e torcedores da Lusa também compareceram ao Brunão para apoiar a equipe do Canindé!
A Lusa voltou disposta a demonstrar pelo menos seu esforço nesse Campeonato.
Do outro lado, o Palmeiras voltou podendo tirar o pé, afinal o placar já estava garantido.
Mas aos 5 minutos…
Olha aí o banco de reservas do Palmeiras:
E as minas da Lusa no aquecimento:
O Palmeiras ainda pode trocar sua goleira para colocar a reserva Julie para pegar ritmo de jogo.
O frio era grande, acabei saindo antes do 5º gol alviverde. E o fim da partida. Palmeiras 5×0 Portuguesa.
Antes de mais nada, vale lembrar que esse é um blog sobre futebol, sobre reunir camisas e histórias de mil times diferentes, mas espero que você não se importe de eu dividir um pouco dessa minha paixão pelo meu time, o Santo André
Para quem gostar e quiser ver mais fotos, vale lembrar que eu escrevo também, o blog do torcedor andreense na Globo.com, para ver mais fotos do jogo contra a Portuguesa, basta clicar aqui.
Além disso, esse jogo me fez matar saudades do Canindé e de ver jogos da Portuguesa.
Os jogos do Santo André não são marcados por levarem muitos torcedores ao campo, mas temos um número razoável de torcedores, que não deixam de acompanhar o time, entre eles as organizadas, como a Esquadrão Andreense.
A outra organizada, mais antiga é a Fúria Andreense.
Falando em organizada, lá do outro lado, a Leões da Fabulosa faziam a festa para a Lusa. Detalhe para a faixa que durante anos permaneceu de ponta cabeça, agora posicionada corretamente.
Mas a torcida ramalhina também é formada por torcedores autônomos, que não fazem parte das organizadas, mas que gostam de acompanhar o time, e muitos deles foram até o Canindé.
O Estádio do Canindé também fez a parte dele, o gramado está bom, e as arquibancadas mantém um ar romântico, dos anos 70.
Falando um pouco do jogo, o primeiro tempo foi bastante parelho, embora a Lusa tenha tomado a iniciativa a maior parte do tempo.
O Santo André também assustou e soube se portar bem na defesa.
Entretanto, a cara dos torcedores no segundo tempo já deixava mostras que o jogo não seria favorável ao time do ABC.
A mudança feita pelo técnico o Santo André deixou o time mais vulnerável no meio campo e num erro do jogador que entrou no segundo tempo saiu o primeiro gol. Lusa 1×0. O pouco perigo que o Santo André ofereceu no jogo foram nas bolas paradas.
Pra confirmar o mal dia do técnico, em cima do outro jogador que ele colocou (Bruno) saiu o segundo. Aí foi uma questão de tempo até o jogo acabar.
Lá se foram três pontos em uma manhã de domingo. Mas foi um rolê bacana e divertido, mesmo assim.
Destaque para o amigo peruano, hincha do Alianza Lima, que esteve no jogo torcendo pelo Santo André.
Do Canindé, fomos para São Caetano, onde o amigo argentino Tano (de boné, na foto abaixo) torcedor do San Lorenzo, iria se apresentar com sua banda Muerte Lenta!
Eu sou um daqueles que reclama muito das pessoas que não valorizam suas origens.
Acho que conhecer a história das coisas é o jeito mais fácil de entender o mundo e de se adaptar a ele.
No futebol, fico triste em ver que a maior parte dos torcedores não conhecem sequer a história do próprio clube, quiçá a dos seus adversários.
Eu tenho tentado ir atrás dos lugares que coletam e reúnem informações sobre a história do futebol.
Até já postei aqui no blog sobre o Museu do Futebol, mas hoje o papo é sobre um outro museu, muito bem equipado e que pouca gente conhece. O Museu da Lusa!
Ele fica dentro do próprio Canindé, e pra chegar lá, eu fui falando com porteiros, seguranças, secretárias até que encontrei…
O Museu fica no primeiro andar do ginásio de esportes do clube.
Segundo a placa indicativa, o nome oficial é Museu Histórico Dr. Eduardo de Campos Rosmaninho, médico que foi o fundador do museu, em 1999.
É tudo muito bem arrumado. As peças são organizadas cronologicamente pelas salas.
Essa é mais uma ótima opção para os apaixonados por futebol. Mas atenção, o Museu não abre todos os dias, somente aos sábados, das 10 às 14horas.
Vale o agradecimento ao sr. Vital que nos recebeu e explicou com detalhes cada ítem do museu, dos troféus, fotos e flâmulas, às belissimas camisas históricas do time da Lusa!
Fico contente de ver que a Portuguesa conseguiu reunir e catalogar tanto material precioso. Você torcedor Luso, ou apaixonado por futebol, não pode perder!
Fomos de carro, afinal, o Canindé é bem perto de Santo André, e poderia ficar livre pra comemorar, seja lá onde quisesse.
O jogo prometia um bom público, e cumpriu. A torcida da Lusa compareceu em bom número. O público total foi de 7.054 torcedores.
Como precisávamos de um resultado dificil, apelei pra minha camisa mais rara, do Ramalhão (acho que de 1992, se não me engano) já caindo aos pedaços, e meu bandeirão cada vez mais costurado.
A tarde começou a dar sinais de que não seria meu dia quando antes mesmo do jogo começar a polícia militar arrancou e amassou minhas fantásticas faixas (A outra dizia “Yo te sigo a toda parteee…”) alegando que era um perigo eu ficar com aquele material inflamável. É, o papel. É inflamável, eu poderia queimar o Canindé, quando no máximo o que eu queria era inflamar nossa torcida..
Mesmo com toda a pressão da Lusa, no início do jogo, ainda estávamos confiantes. Isso durou até o time levar 2 gols. Caí em tristeza…
A chuva vem avisar que o primeiro tempo acabou e lava nossas feridas, abertas ali… em praça pública. E parece que ajuda a cicatrizar, porque o time volta para a segunda etapa bem mais ofensivo, e logo faz seu primeiro gol.
Alguns ainda acreditavam, mas o que parecia uma histórica virada ficou nisso mesmo, e a virada veio no jogo do Santos com a Ponte. Valeu o passeio, valeu o bom campeonato que fizemos e valeu a Mari ter conhecido finalmente o Canindé, né ?