A 190ª camisa de futebol a ser retratada no blog As Mil Camisas vem lá da Rússia (presente da amiga Júlia!) e pertence ao FC Zenit, de São Petesburgo!
O FC Zenit São Petersburgo (em russo: ФК Зенит Санкт-Петербург) considera como data da fundação o início do time formado na Usina Siderúrgica de Leningrado, em 1925 e conhecido como Stalinets (homenagem a Joseph Stalin).
A usina acabou desativada pelo ministério de armamentos, nos anos 40 e o antigo Stalinets tornou-se de propriedade da União de Óptica Mecânica de Leningrado.
Se o futebol em geral sofreu com a segunda guerra mundial, imagine Leningrado que ficou cercada pelos nazis durante 900 dias.
Assim, somente em 1944, depois de findado o cerco, o futebol voltou a se organizar e logo de cara o time do Zenit venceu a Taça Soviética.
O Zenit teve décadas evoluindo, mas nada comparado a 1984 quando os 4×1 em cima do Metalist Kharkiv, sagrou o Zenit como campeão Soviético!
Mas, os anos 90 jogaram água na vodka russa dos torcedores do Zenit, que viram o clube descer de divisão, para apenas em 1999, retomar sua força com a conquista da Taça da Rússia.
Em 2007, com a chegada do técnico Dick Advocaat o Zenit conquistou o campeonato russo pela primeira vez.
Em 2008, o Zenit chegou à final da Taça UEFA derrubando adversários como o Villarreal, Olimpic Marselha, Bayer Leverkusen e Bayern Munique. A final foi contra o Glasgow Rangers, que não foi páreo para o esquadrão russo!
Com a conquista, veio a chance de mais um título, o da Supertaça Europeia frente ao Manchester United e o Zenit fez bonito, tornando-se o primeiro time russo a vencer este troféu.
O lado triste desse ano foram as manifestações racistas da ala radical de sua torcida, assim como Roberto Carlos sentiria anos depois…
Infelizemente atos assim, mesmo que não representem o todo da torcida do Zenit, queimam o filme do time e da torcida, por isso nem vou postar nenhum vídeo dos torcedores.
Em 2009, viria mais um título, o da Taça da Rússia e em 2010, mais uma campeonato nacional.
Em 2010, veio a segunda Copa da Rússia e o bicampeonato russo, e em 2012 o tricampeonato.
Atualmente colhe os frutos dos investimentos feitos via patrocínio da Gazprom, maior empresa gasística do mundo.
Um dos ídolos do time é Lev Burchalkin, jogador que mais vezes vestiu a camisa do clube e quem marcou mais gols pelo time: 78 gols em 400 partidas.
Graças às conquistas recentes, o Zenit tem hoje a maior torcida da Rússia.
Seu grande rival é o Spartak Moscou, tanto que o próprio hino do time cita “Quando lutares com o rival Spartak, não te esquece de teu ataque!”.
Manda seus jogos no estádio Krestovsky, com capacidade para 69.000 torcedores.
Em 2014 a equipe russa fez um acordo com a Century Fox e anunciou Bart Simpson como seu novo mascote.
Dando um rápido intervalo nas postagens sobre a viagem pro Leste Europeu (que exigem um tempão até conseguir subir todas as fotos e escrever sobre elas), vamos contar um pouco da história do Independente de Pirassununga.
A 189ª camisa foi presente do amigo Zé Antonio, um dos caras que continuam a resgatar e valorizar a história do futebol (e da cultura) local.
O Independente Futebol Clube foi fundado em Novembro de 1938 e teve sua história marcada pelas participações nos campeonatos amadores.
O primeiro jogo do Independente FC foi contra a Esportiva Sanjoanense, perdendo pelo placar de 2×0, realizado em São João da Boa Vista.
O sucesso no amadorismo levou o time a se aventurar no profissionalismo e em 1977, o Independente de Pirassununga disputou o Campeonato Paulista da Quarta Divisão.
Mas, disputar o futebol profissional representa uma série de investimentos que muitas vezes inviabilizam a participação de times do interior, e foi o que aconteceu com o time de Pirassununga.
Até hoje, o time segue atuando nas disputas amadoras e principalmentenas categorias de base.
Manda seus jogos no Estádio Armando Boito, e fica localizada na Avenida Joaquim Cristóvão, 245, na Vila Santa Terezinha. Estivemos lá em 2018, veja aqui como foi.
Dando sequência ao rolê futeboleiro pelo leste europeu, é hora de aterrissar em outro país da ex-Iugoslávia: Bósnia Herzegovina, nosso objetivo, conhecer a capital Sarajevo, cidade que sofreu vários horrores durante a guerra entre 1992 e 1995.
A cidade de Sarajevo é cortada pelo rio Miljacka. É sobre ele que passa a Ponte Latina, local onde ocorreu o assassinado do herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, o Arquiduque Francisco Fernando, o que foi o ponto de partida para a primeira guerra mundial.
A cidade é incrível… Possui um centro histórico com calçadões e ruas de pedra onde pedestres circulam e visitam as várias lojinhas ali presentes.
A cidade é considerada o encontro entre o leste e o oeste e existe um marco que oficializa essa “fronteira”:
Esse “encontro de culturas” fica ainda mais claro quando você percebe que estão ali, bem próximas uma das outras uma igreja católica, uma mesquita, uma igreja ortodoxa e uma sinagoga.
Um dos pontos de encontro das diversas ruelas é a praça Baščaršija,
O lugar também é conhecido como a Praça dos Pombos!
Sarajevo é rodeada por montanhas e não é preciso andar muito para se topar com uma ladeira…
Uma dessas ladeiras levam direto ao cemitério Šehidsko Mezarje Kovač.
Muitas lápides mostram os anos de 1993 a 1995 como data do falecimento, o que mostra o resultado do cerco e dos assassinatos cometidos durante a guerra pela separação da Bósnia Herzegovina da Iugoslávia.
Subindo um pouco mais, chegamos a um ponto marcante da cidade, a Fortaleza Amarela, construída entre 1727 e 1739 na área chamada Jekovac. E dali, a vista simplesmente maravilhosa…
Ali perto fica o outro “forte” conhecido como “Forte Branco”.
Fizemos um vídeo pra ter um pouco mais de ideia de como é o lugar:
De volta à cidade, fomos conhecer o Museu da Infância na Guerra, que reúne objetos e histórias que marcaram a vida de pessoas que viviam em Sarajevo durante o período da ocupação.
Embora seja uma exposição simples, se você realmente ler cada mensagem, é difícil não se emocionar…
Pra quem gosta de uma pizza, saiba que elas são bem grandinhas em Sarajevo…
A cidade possui muitas construções antigas, algumas delas se transformaram em museus, como o museu da cidade.
Também mantiveram registros de ruínas da época dos romanos, bem ao lado do mercadão local.
Outra coisa que mexe com quem passa pelo centro são as “rosas de Sarajevo”:
A “Rosa de Sarajevo”nada mais é do que a utilização de tinta acrílica para reforçar em vermelho os vestígios de bombas e explosões ocorridas durante a guerra.
Existem várias espalhadas pela cidade, o que reforça na memória o quanto deve ter sido difícil o período da ocupação da cidade pelo exército sérvio…
A expressão acabou virando título de livro: “A Rosa de Sarajevo” da escritora Margareth Mazzantini, que eu levei pra viagem e quase me esgoelei de tanto chorar enquanto o lia…
Outro fato importante a ser registrado é que agora em 2019, Sarajevo será sede do Festival Olímpico Juvenil de Inverno. E a cidade está muito orgulhosa, até porque remete às lembranças de 1984 quando recebeu os jogos Olímpicos de inverno, antes da guerra.
Um outro ponto que visitamos foi o monumento da “flama eterno”, com a chama que queima incessantemente em homenagem aos que lutaram contra o fascismo na segunda guerra.
Esse aí atrás foi o nosso hotel durante a estadia em Sarajevo… O “Old Town“, localizado no centro da cidade e com bons preços!
A cidade tem criado uma série de pontos, mostras e museus dedicados a não deixar de lembrar a tragédia da guerra, essa sequência mostram fotos de locais que foram atingidos durante a guerra e como eles estão atualmente.
O principal destaque vai para a mostra SREBRENICA, com diversos documentos e fotos mostrando os abusos sofridos pelas pessoas nessa cidade, tanto por parte dos sérvios quanto até mesmo pelos soldados da ONU.
E a montanha sempre nos guardando…
Bom dado esse rolê pela cidade, que tal falarmos sobre o futebol local? Assim como fizemos em Belgrado, selecionamos 3 times da cidade para entender o futebol de Sarajevo. Começemos pelo FK Sarajevo (acesse aqui o site oficial do time).
Vale lembrar que o time já teve outros distintivos, começando por um que continha a estrela vermelha, símbolo do comunismo e uma engrenagem em azul, representando a industrialização socialista:
Outros dois distintivos vieram até a chegada do atual:
O FK Sarajevo foi fundado em outubro de 1946, na época como SD Torpedo. Um ano depois, o nome foi alterado para SD Metalaca Sarajevo e a partir de 1949 adotou o nome atual.
Em 1967, tornou-se o primeiro clube bósnio a vencer o campeonato iugoslavo.
Em 1985, veio o segundo título iugoslavo.
Conquistou a “BósniaPremijer Liga” por duas vezes, em 1998-1999 e 2006-2007 e 5 Copas Bósnia de Futebol (temporadas de 1996-1997, 1997-1998, 2001-2002, 2004-2005, 2013-2014).
Como o futebol é uma “língua universal”, o FK Sarajevo é considerado um embaixador da Bósnia e manda seus jogos no Estádio Asim Ferhatović Hase. Fomos até lá para conhecê-lo pessoalmente.
Contamos com a ajuda do Bajro, torcedor do FK Sarajevo que não falava muito inglês, então a comunicação entre nós era muito engraçada!
Vamos dar uma olhada na parte de dentro do estádio!
Como deu pra perceber no vídeo, o nome oficial do estádio é Asim Ferhatović Hase, homenagem a um ex jogador, ídolo do FK Sarajevo, mas também é conhecido como Estádio Koševo (nome do bairro onde está localizado.) e também Estádio Olímpico (devido aos jogos olímpicos de inverno de 84).
Grande momento do As Mil Camisas!
E, mais uma vez, obrigado Bajro!!!
O Estádio Asim Ferhatović Hase foi inaugurado em 1947 e atualmente possui capacidade de 34.500 torcedores. Possui arquibancadas em todos os lados do campo.
No dia da visitam, como pode se ver, a neve havia coberto a cidade e o campo, consequentemente.
Vale lembrar que a Seleção Nacional da Bósnia e Herzegovina também manda seus jogos aí!
O estádio foi inaugurado em 1947 e em 1984 foi reconstruído para os Jogos Olímpicos de Inverno de 1984.
O estádio foi renovado pela terceira vez após a Guerra da Bósnia, em 1998.
O resultado é um grande estádio, com bastante espaço para os torcedores locais.
A torcida em Sarajevo também leva a sério o futebol, e prova disso é a Horde Zlae Sarajevo:
A Guerra também teve influência no futebol local e as disputas nacionais foram paralisadas. O FK Sarajevo só disputava partidas amistosas viajando pelo mundo.
Boa parte dos torcedores, incluindo os membros da Horde Zla juntaram-se ao Exército da República da Bósnia e Herzegovina e lutaram na guerra. Somente na temporada 1994-95, o futebol voltou a ativa com o primeiro campeonato da Bósnia e Herzegovina.
Na temporada 2006-07, Sarajevo jogou pela primeira vez na UEFA Champions League com esse time (foto do site oficial do FK Sarajevo):
Em 2013, Vincent Tan, um empresário malaio comprou o FK Sarajevo e logo de cara saiu campeão da Copa da Bósnia.
Um último olhar antes de irmos embora…
E nos despedimos do estádio do FK Sarajevo para conhecermos um pouco da história do seu grande rival, o Fudbalski Klub Željezničar (acesse aqui o site oficial do time)e seu Estádio, conhecido como “Grbavica” (que é o nome do bairro em que está localizado).
O bairro também tem uma história triste relacionada à guerra. Segundo o que ouvimos, na avenida que está bem em frente ao estádio, um grupo de sérvios ocupou o lado direito e passou um fim de semana todo atirando em pessoas dos prédios em frente.
O Estádio está tão incrustrado no bairro que existem várias lojas abertas ao público que ficam embaixo das arquibancadas.
Željezničar significa “ferroviário” em Bósnio e foi escolhido porque o time foi fundado por trabalhadores da estrada de ferro em Sarajevo, em 1921.
O Fudbalski Klub Željezničar, time dos ferroviários manda seus jogos no Stadion Grbavica, que fica no bairro homônimo, na periferia de Sarajevo. Fomos até lá, mas num primeiro momento ver o portão fechado nos desanimou…
Mas, com a ajuda de uma moça que surgiu do nada com as chaves na mão nos permitiu entrar em mais um templo do futebol. Vamos conhecê-lo?
O Fudbalski Klub Željezničar é conhecido por ser um celeiro de bons jogadores, e o resultado é que em 1972 venceu o campeonato iugoslavo, em 1985 chegou às semifinais da Copa da UEFA (primeira vez que um time da Bósnia chegou a tal colocação), e em 1998, venceu seu primeiro campeonato nacional, feito repetido em 2001 e 2002. O clube também detém três títulos da Copa da Bósnia (2000, 2001 e 2003).
O Estádio Grbavica foi construído em 1940, e atualmente cabem pouco mais de 20 mil pessoas em suas arquibancadas!
O Estádio está incrustrado no meio do bairro e das suas arquibancadas se pode ver a cidade e também as montanhas ao fundo.
Além dessas arquibancadas ao redor do campo, vale registrar a grande parte coberta (que foi por onde entramos).
Os bancos de reserva ficam bem em frente ao “setor VIP”, espero que não sejam muito corneteiros.
Um último olhar e é hora de nos despedirmos deste lugar mágico!
Ali está a saída!
E é hora de finalizar nosso rolê boleiro por Sarajevo, conhecendo o Estádio Otoka, a casa do Fudbalski Klub Olimpic Sarajevo. Aqui o site oficial do time (clique aqui pra conhecer).
O time utilizou esse outro distintivo por vários anos, e alguns torcedores não curtiram muito a troca…
O Fudbalski Klub Olimpic Sarajevo foi fundado em Outubro de 1993 e desde então manda seus jogos no Estádio Otoka, construído durante a época do cerco à cidade e tornando-se a principal opção de esportes do distrito.
O estádio parece pequeno, olhando por fora, mas é super bem aproveitado.
Possui arquibancadas dos dois lados do campo.
Incluindo uma arquibancada em forma oval, dando uma caracterítica visual única à cancha.
Vamos dar uma olhada?
Mais um estádio incrível registrado!
Ao fundo o bairro (ou distrito) de Otoka.
E assim, nos despedimos de uma cidade que com certeza roubou uma parte de nosso coração. Não só pelo futebol, mas por sua história e pelo jeito das pessoas que vivem ali. Pelo respeito às diferenças e por tudo o que nos ensinou nos poucos dias que estivemos por lá, eu espero que possamos voltar à Sarajevo…
A 188ª camisa de futebol da nossa coleção vem da Holanda e foi um presente da Mari, quando visitamos Rotterdam! Ela é a segunda camisa do Sparta Rotterdam.
O Sparta Rotterdam foi fundado em abril de 1888, sendo assim, o clube mais antigo da Holanda em atividade.
O Sparta Rotterdam manda seus jogos no Estádio Sparta Stadion Het Kasteel, veja aqui como foi o rolê.
Dê uma olhada neste lindo estádio:
Pergunta pra Mari se tava frio…
Suas arquibancadas coloridas em vermelho e branco circundam o campo. Aliás, o “vermelho e branco” vem do time inglês Sunderland.
Imagina assistir um jogo aí….
A primeira partida no Estádio Het Kasteel foi disputada em 1916.
O time manteve-se na primeira divisão até 2001, quando foi rebaixado para a Eerste Divisie.
O Sparta Rotterdam sagrou-se campeão holandes por 6 vezes: 1908-1909, 1910-1911, 1911-1912, 1912-1913, 1914-1915, 1958-1959 e ainda conquistou 3 Copas da Holanda, em 1957-1958, 1961-1962, 1965-1966, além de um título da segunda divisao holandesa em 2015-16.
Esse é o time atual:
Faz com o Feyenoord o clássico da cidade de Rotterdam.
E lá vamos nós para mais uma cidade do interior de São Paulo! Bem vindos a Angatuba!
Mais do que uma simples visita, nós “pousamos” em Angatuba e escolhemos ficar no Hotel Pousada Talu.
Olha que linda essa plantação de girassol bem em frente ao hotel!
Tinha até piscina pra matar o calor…
Ter dormido em Angatuba nos permitiu ficar quase dois dias passeando pela cidade.
Assim, pudemos conhecer alguns pontos incríveis como a Estação Ecológica de Angatuba.
É fácil de chegar e dá pra deixar o carro na sede administrativa. Daí é só escolher como curtir o lugar… Tem uma trilha bacana até um mirante, vale a pena!
A caminhada é de boa e a subida até o fim do mirante é divertida hehehehe:
Uma vez lá em cima é só comemorar!
E curtir o visual…
O chão tá láááá embaixo…
Na volta só não pode se perder…
O caminho que leva até a floresta é cheio de belas paisagens…
Há vários riachos e cachoeiras por ali… Essa é a cachoeira dos mineiros.
Essa é a mais perto da estrada. E basta descer uma pequena trilha para chegar na parte de baixo da cachoeira pra tomar um banho.
Dá uma olhada como é bonita:
Banho tomado, hora de subir a trilha de volta…
A noite, o rolê foi pela praça da cidade, que estava animada com uma feirinha…
Algum tempo depois da nossa visita, li a biografia do João Gordo (vocalista da banda Ratos de Porão) e descobri que ele morou por 2 anos em Angatuba!!
Mas… Claro que a ideia de visitar Angatuba envolvia o futebol.
A ideia era conhecer e registrar o Estádio Municipal Roldão Vieira de Moraes.
O Estádio Municipal Roldão Vieira de Moraes era a casa da Associação Desportiva Angatubense.
A Associação Desportiva Angatubense , a ADA, foi fundada em março de 1963, e em 1978 aventurou-se no futebol profissional, disputando a Terceira Divisão da Federação Paulista de Futebol, em 1979 e de 1982 a 1985, também participou da Quarta Divisão em 1980 e jogou a Quinta Divisão em 1981. Algumas fotos desse período e também dos tempos de futebol amador da ADA:
Aqui, o amistoso contra o time do Milionários de São Paulo.
Em 1986, desativou seu departamento de futebol profissional e nunca mais voltou ao profissionalismo, e por isso, lá fomos nós fazer parte dessa história, registrando a casa da AD Angatubense, o Estádio Municipal Roldão Vieira de Moraes.
A única reclamação é que… Pô, cadê uma placa identificando o Estádio Municipal Roldão Vieira de Moraes, mostrando seu nome, data de fundação e etc… Mas… vamos lá, dar uma olhada lá dentro!
O Estádio possui uma arquibancada coberta, logo por onde a torcida entra.
A AD Angatubense mandava seus jogos profissionais ali. E é duro imaginar que no passado, a cidade vibrava com o time e lotava os quase 2 mil lugares do estádio.
Os bancos de reserva ocupados pelos suplentes sonhando em ter uma chance de entrar em campo e mostrar seu talento.
Uma vista do meio campo:
Aqui o gol do lado esquerdo:
E o gol do lado direito:
Esse é o lado de fora do estádio. Lembrando que é hora de ir embora..
Olha que legal esse cartaz convidando para um jogo dos anos 80 quando disputou a Terceira Divisão…
A nós, cabe a emoção de estar presente em mais um templo do futebol do interior paulista. Ainda que hoje, a paixão não seja a mesma, que o profissionalismo tenha sido deixado pra traz… O Estádio Roldão Vieira de Moraes será sempre lembrado.
Pra quem se emocionou com o time, vale a pena comprar a camisa, basta clicar aqui:
Bem vindos à Tietê, uma cidade localizada há pouco mais de 100 km de São Paulo, com uma população estimada, em 2018 em pouco mais de 41 mil habitantes e que nasceu às margens do rio Tietê…
Ali, às margens do rio, também podemos encontrar um pouco da história do futebol paulista, afinal praticamente na cabeceira da Ponte Grande, está construído o “Estádio José Ferreira Alves”.
O Comercial Futebol Clube foi fundado em junho de 1920 e por 20 anos mandou seus jogos no estádio localizado em frente à Santa Casa de Misericórdia (atualmente o Educandário “Rosa Mística”), como se pode ver (ou tentar imaginar) nessa foto da década de 20:
Finalmente inaugurou, em 1940, o “Estádio da Ponte Grande“, que viria a se transformar em “Estádio José Ferreira Alves”, em homenagem a um de seus fundadores. Aqui, o pessoal fazendo o nivelamento para o estádio:
O nome do time é uma homenagem ao Comercial de Ribeirão Preto e também a Rua do Comércio, onde nasceu o clube.
A história do time é muito rica, com grandes nomes tendo passado por ali.
Atualmente, o maior nome é o do presidente do clube. Esta é a vaga de estacionamento de ninguém menos que César Sampaio.
O Estádio José Ferreira Alves, apelidado como “Ferreirão” possui capacidade para 4.500 torcedores, mas pode receber melhorias e ampliação caso o plano de César Sampaio, de levar o time de volta ao profissionalismo em 2020, se realize.
Aqui dá pra se ver melhor o campo todo:
Usando como base o livro “Os esquecidos“, a estreia do Comercial FC em competições da Federação Paulista acontece em 1943 no Campeonato do Interior daquele ano, quando jogou o grupo da 23ª região, que teve como campeão a equipe da AA Saltense.
Em 1944, novamente jogou o grupo da 23ª região, que dessa vez teve como campeão o EC São Martinho de Tatuí.
Em 1947, mais uma participação no Campeonato do Interior.
Aqui, o time de 1957:
A estreia do Comercial FC no profissionalismo se deu em 1962, na Terceira Divisão, que equivalia ao quarto nível do futebol, classificando-se para a fase seguinte ao vencer a 2ª série da fase inicial do Campeonato, ao lado do CA Usina Santa Bárbara, Capivariano, Portofelicense e Sorocabana de Mairinque.
Ainda assim, perdeu o título para o CA Usina Santa Bárbara por apenas 2 pontos.
Em 1963, mais uma vez classifica-se para a fase final…
Mas termina em último do grupo final.
Esse foi o time de 1963:
Em 1964, classifica-se para a próxima fase de novo…
Mas não consegue chegar às finais, terminando em 4º lugar.
Em 1965, não passa da primeira fase, mas em 1966, volta a se classificar não apenas para a segunda fase…
…como também para a terceira e final.
Infelizmente e inesperadamente o Comercial FC desiste da disputa na fase final…
O Comercial FC ainda permanece nessa série até 1969, quando se licencia do profissionalismo. Seu retorno ocorre em 1978, em uma terceira divisão que agora representava o 5º nível do futebol paulista. E se em 1978, não se classifica para a segunda divisão, em 1979 mais uma vez chega lá!
Na segunda fase acaba na quinta colocação do grupo.
Em 1980, a Terceira divisão passa a representar o terceiro nível do futebol paulista, e Comercial FC passa a desenvolver campanhas apenas medianas, mas classificando-se para a segunda fase em 1982.
Em 1983, o campeonato estava no Grupo Amarelo e foi campeão do primeiro turno.
Vencendo a Funilense, o Comercial FC classificou-se para a fase final, terminando na 5ª colocação.
Em 84, mas uma bela primeira fase (no grupo onde estava o futuro campeão Capivariano)!
Mas o Comercial FC de Tietê não passou da segunda fase.
Em 1985, o time licencia-se do Campeonato. Em 1986, classificou-se em primeiro no Grupo Vermelho.
Mas, o time de Tietê tem uma má campanha na 2ª fase.
Em 1987, o Comercial FC não passa da fase de grupos, e joga com o time abaixo:
Em 1988, o terceiro nível passa a se chamar Segunda Divisão. Em 1989, licencia-se do profissionalismo e na década de 90, o time de Tietê disputa apenas as edições de 1990 e 1993, sequer se classificando para a segunda fase, o que novamente o leva a se licenciar.
Aqui, momento memorável, na final da Copa José Farah, onde bateu o Capivariano por 3×0, sagrando-se campeão.
Em 2001, o time retorna ao profissionalismo, jogando a 6ª divisão e faz uma incrível primeira fase!
Mas mais uma vez, faltou gás para o time tornar-se campeão (o título da 6ª divisão de 2001 acabou com o Corinthians B).
Em 2002, mais uma edição da série B3, a 6ª divisão do Campeonato Paulista. Mais uma vez, o time passa da primeira fase e classifica-se para as quartas de final.
Nas quartas de final, o Comercial FC enfrentou o time B da Portuguesa, e perdeu de 4×0 em Tietê e depois ainda conseguiu vencer por 2×1 no Canindé, mas a vaga na semi final era mesmo da lusa. E assim, o time acabou se licenciando até os dias atuais. Esse foi o time de 2002:
Fomos conhecer o Estádio José Ferreira Alves, para tentar ver essa história um pouco mais de perto.
Em 1988, pelo que a placa indica, a Prefeitura realizou algumas melhorias no Estádio.
Tivemos a sorte de encontrar pela cidade um dis diretores que nos falou um pouco sobre o “Projeto Cidadãos do futebol” focado no futebol como instrumento de melhoria da vida dos jovens. Ta aí a camisa!
O campo está muito bem cuidado e pode voltar a receber partidas profissionais.
Só não sei se existe um lado “visitante”… Talvez se existir um projeto de entrada pelo lado do fundo.
Aqui é a visão da entrada do campo.
Os bancos de reserva:
Na lateral do campo, a beleza da mata do entorno do rio…
O mesmo rio que as vezes gera certos prejuízos…
Mas, temos aí mais um exemplo de um estádio que soube se manter ativo mesmo com o passar de tanto tempo, e que pode, bem no centenário do Comercial de Tietê, voltar a receber partidas oficiais.
O time de 2015:
Uma prova de que as coisas podem estar caminhando é o o time sub 17, que disputou os campeonatos em 2018.
E aqui o time de 2021:
Vamos embora, com a esperança de voltar a ver um jogo aqui! Boa sorte!
Mais uma dica de passeio para quem vive em São Paulo e gosta de futebol. Há pouco mais de 100 km da capital fica a cidade de Porto Feliz.
Uma cidade tranquila mas com uma vida agitada quando se fala em futebol.
As cores que representam ou representaram a cidade em campo, pelas competições da Federação Paulista são várias. Comecemos pelo Esporte Clube União de Porto Feliz.
O Esporte Clube União foi fundado em 3 de setembro de 1916 ainda como “União Football Club” e disputou duas edições do campeonato paulista da terceira divisão, em 1958 e 1959.
Seu primeiro campo ficava na Estrada do Pinheirinho, atual Rua Santa Cruz, mas na década de 30 se mudaram para o atual do Estádio Dr José Esmédio Paes de Almeida, na Rua Tristão Pires, bem no centro da cidade.
Vamos dar uma olhada?
Os alambrados só viriam em 1958, para poder disputar a Terceira Divisão do Campeonato Paulista. Nesse campo, o União teve partidas histórias: da vitória em cima do São Paulo F.C. (ainda que um time mixto) por 4 x 1, tendo como árbitro Arthur Friedenreich, ou a vitória em cima do Palmeiras por 4 x 3 (em 1938).
O time comemorou seu centenário em 2016, e ainda deixou nos muros do estádio essa lembrança.
O campo está muito bem cuidado, pelo que deu pra ver.
O estádio possui uma pequena área de arquibancadas cobertas. Encontrei algumas fotos do estádio nas redes sociais do clube.
Aqui, matéria de 1957 sobre a inauguração da iluminação de suas arquibancadas:
Outro time que marcou a história da cidade no profissionalismo e que ainda é uma verdadeira sensação nos campeonatos amadores é a Associação Atlética Portofelicense.
A Associação Atlética Portofelicense foi fundada em janeiro de 1943 e disputou 18 edições do Campeonato Paulista.
O time nasceu por meio da união dos funcionários da Usina de Açúcar de Porto Feliz, que fica literalmente ao lado do Estádio Dr. Julien Fouque. Veja nesta foto, ao fundo a usina e ao lado direito o Estádio.
Aliás… Que tal conhecê-lo?
O Dr. Julien Fouque foi um engenheiro francês (a usina é de origem francesa, chamada “Société Sucreries Bresiliennes”) apaixonado pelo futebol e que desde cedo foi um entusiasta da AA Portofelicense. O carinho pelo time foi tanto, que após sua morte, o time mudou as cores originais (amarelo e preta) e adotou as cores da bandeira francesa em homenagem ao engenheiro francês. Aqui, o time em uma formação de 1948:
O campo não só está bem cuidado como tem sido bastante usado. E demos sorte de pegar um dia de jogo da própria AA Portofelicense.
Aqui, a vista da arquibancada coberta.
A arquibancada “elevada” permite uma melhor visualização do campo de jogo. Aqui, a vista do meio do campo.
Aqui, os gols da esquerda e da direita (para quem olha da arquibancada coberta):
O distintivo do time está impresso em diversos lugares do Estádio, a começar pelo bar!
A AA Portofelicense foi um dos clubes fundadores da Segunda Divisão dos Profissionais, em 1947 , o que permitiu jogos inesquecíveis no Estádio Dr. Julien Fouque, contra equipes tradicionais como Ponte Preta, Guarani, São Caetano Esporte Clube, Juventus entre outros lotando as arquibancadas que atualmente permitem a presença de 600 torcedores.
O time participou de todos os campeonatos oficiais da Federação Paulista de Futebol Amador, além de jogar a Segunda Divisão de 1948 a 1950, a Terceira de 1954 a 1959 e depois de 1964 a 1968, e a Quarta Divisão de 1960 a 1963. Aqui, o time campeão da Copa Arizona de 1978:
Infelizmente, o time abandonou o profissionalismo e dificilmente conseguiria voltar a disputá-lo. Ao menos, mantém-se forte no amadorismo.
O outro time da cidade, e que segue jogando atualmente e defendendo as cores de Porto Feliz é o “polêmico” Desportivo Brasil, um time jovem, fundado em 2005 pela Traffic, tendo como principal diferencial o modelo de gestão profissional, levantando a velha discussão sobre os modelos de clube-empresa, quanto ao envolvimento dos torcedores frente a estes clubes.
Alheio à discussão e focado em suas metas, o time se desenvolveu priorizando a formação de novos jogadores, como foram os casos de Gustavo Scarpa, Lucas Evangelista,Matheus Sávio, o lateral da seleção brasileira Ismaily, entre outros. O time começou a disputar a segundona paulista (a quarta divisão) a partir de 2009 na época mandando seus jogos em Barueri, mas a partir de 2009, passou a mandar seus jogos no campo da Associação Atlética Portofelicense, o Estádio Dr. Julien Fouque em Porto Feliz. Esse é o time sub 20 de 2009 (foto do incrível Jogos Perdidos).
Assim, Porto Feliz se tornou a casa do Desportivo Brasil, mas, pensando em uma melhor estrutura, em 2011, o foi construído o Estádio Municipal Ernesto Rocco.
O Estádio conta com uma capacidade para cerca de 6 mil torcedores e fica numa região mais afastada do centro da cidade (Avenida Doutor Silvio Brand Corrêa, 2591 – próximo ao bairro Altos do Jequitibá).
Além de um campo sempre bem cuidado, o estádio municipal conta com uma pequena parte coberta.
Confesso que achei que fosse um certo exagero um estádio nessas proporções, mas aí encontrei fotos de um jogo recente e vi que o time tem levado um bom público!
Recentemente, o amigo Ricardo Pucci esteve por lá acompanhando um jogo do Juventus e fez algumas fotos do campo, aqui o gol do lado direito:
Aqui o da esquerda:
E aqui o meio campo:
Além disso, o Desportivo Brasil construiu sete campos para treinamento, além de alojamento para 144 atletas e toda a infra-estrutura para o desenvolvimento dos atletas. Em 2014, o clube foi comprado pelo Grupo Luneng, que é a fornecedora de elergia elétrica de Shandong, na China e é responsável pelo time Shandong Luneng Taishan FC. Atualmente, disputa a série A3, e neste exato momento, em fevereiro de 2019, é o líder da competição, mandando seus jogos no Estádio Municipal Ernesto Rocco.
Para fechar o tema do futebol profissional em Porto Feliz, é preciso falar deste “quase estrangeiro” Estrela Esporte Clube.
O Estrela EC nasceu em 1976 como um time amador da cidade de Itú, mas no seu aniversário de 10 anos, a diretoria do clube decidiu levá-lo ao profissionalismo, utilizando como casa o Estádio Álvaro de Souza Lima, conhecido como o Estádio da Baixada.
O time disputou neste campo os campeonatos da terceirona de 1986 até 1989. A cidade não se empolgara com o Estrela no profissional e para não fechar as portas, o time mudou-se para Porto Feliz, que não tinha um time profissional desde a participação da AA Portofelicense na terceira de 1969.
Assim, Porto Feliz pode respirar o futebol profissional de 1991 a 1995, com o Estrela jogando a terceira e a Quarta divisão no Estádio Dr. Julien Fouque.
Em 1995, o time se licenciou e só voltou em 1999, na Quinta Divisão estadual.
Porém, mais uma vez o time sentiu falta de apoio da prefeitura local e mudou-se, desta vez para Vinhedo, onde disputou seu último campeonato, em 2000.
Mais uma aventura interestadual para registrar um estádio de futebol enquanto curtimos um rolê! Dessa vez um passeio em família, tendo como destino a cidade de Caldas Novas.
A região é conhecida pelos parques e pousadas em torno das águas termais, que são naturalmente aquecidas por virem de lençóis localizados a até 1,5 km de profundidade. Literalmente uma “água quente do inferno” heheehehe. E lá vamos nós aproveitar as piscinas!
Pra quem nunca foi pra lá, vale a pena, principalmente se tem criança na família…
A foto acima é da própria pousada, e as de baixo do Parque do Rio Quente, na cidade vizinha.
Mas, como não poderia deixar de ser… entre um passeio e outro fomos atrás do futebol local, representado em Caldas Novas pelo Caldas Esporte Clube.
O Caldas Esporte Clube foi fundado em 18 de abril de 1982, e foi o primeiro clube profissional na cidade.
Na época, o distintivo era diferente, como se pode ver em uma das camisas de 93.
Chegou a disputar a primeira divisão em 6 oportunidades (1993, 1996, 1998, 2000 e 2001).
Achei um distintivo do time pela cidade…
Por problemas financeiros, o Caldas Esporte Clube acabou desfiliando-se do profissional e por isso em 2007, a cidade ganha um novo time pra representá-la no futebol profissional: Caldas Novas Atlético Clube
Assim, de certa forma, os dois times estão interligados no nascimento.
Em 2012, o então Caldas Novas Atlético Clube sagrou-se campeão da 3ª Divisão.
Em 2015 chegou a disputar a primeira divisão, mas o time acabou amargando a última colocação e acabou rebaixado, abandonando o futebol profissional.
Mas… Voltemos ao Estádio que sediou ambos os times, o Estádio Serra de Caldas.
O Estádio fica no centro da cidade, e é muito bem localizado.
Possui arquibancadas em ambos os lados.
Tem um capacidade de…
Enfim, vamos dar uma olhada no geral:
Aqui, os bancos de reserva:
Ao fundo a cidade que não para de crescer.
O estádio possui sistema de iluminação próprio.
Bonita a arquibancada, não é?
As cabines de rádio:
O gramado está bem cuidado e pronto para ser usado.
Uma bilheteria a mais pra nossa coleção!
Enfim, essa foi nossa aventura por Caldas Novas, mas, claro que aproveitamos a viagem para uma rápida passagem em outros importantes estádios de Goiás, como o Estádio Olímpico Pedro Ludovico, casa do Goiânia FC, mas que também é utilizado pelos demais times (Goiás, Atlético Goianiense e Vila Nova).
Pudemos conhecer ainda o tão sonhado Estádio Serra Dourada!
Nem nos preocupamos em fazer muitas fotos, porque sem dúvida, queremos voltar para dedicar mais tempo aos estádios de Goiânia.
Mais uma bilheteria pra conta!
Embora Osasco seja uma cidade da grande São Paulo, até 2018 eu ainda não havia assistido nenhum jogo no tradicional Estádio Municipal Prefeito José Liberatti.
Graças à Copa Paulista de 2019, finalmente estive lá para assistir um jogo do meu Ramalhão contra os donos da casa, o Grêmio Osasco Audax.
Ou seja, lá vamos nós a mais uma bilheteria destinada aos visitantes…
Ele fica há 5 minutos da Castelo Branco. O Estádio é gerido pela Prefeitura, e embora tenha alguns detalhes que deixem a desejar (como a pintura) me surpreendeu pela estrutura.
Atualmente, o Rochedale tem capacidade para cerca de 12 mil torcedores, sendo o principal estádio da cidade.
Mas nem só de Grêmio Audax vive Osasco.
O futebol profissional teve seu início em Osasco com a Associação Atlética Floresta, fundada em 1916 por um grupo de descendentes de italianos, quando Osasco ainda era um bairro paulistano.
O time disputou a terceira divisão de 1960. Olha que bela imagem do time recebendo faixas celebrativas…
Na sequência, surge a AA Osasquense, que disputou a quarta divisão em 1965 e 1966, e a terceira divisão de 1967.
Na década seguinte, em 1975, surge o Independência Esporte Clube que disputou a terceira divisão de 1975 e a A2 de 1976.
Dando sequência à história da cidade de Osasco no futebol profissional, em 1977 e 1978 o Grêmio Água Branca FC (que nascera como um time de futsal) disputou a terceira divisão do Campeonato Paulista.
Em 1979, após a saída do Água Branca do futebol profissional, foi a vez do Monte Negro Futebol Clube da Vila Yolanda disputar a terceira divisão, entre 1979 e 1992, tornando-se o time da cidade com maior número de disputas profissionais.
Porém, entre 1981 e 1982, houve um segundo time da cidade medindo forças com o Monte Negro. Tratava-se do União Esportiva Rochdale, fundado nos anos 50, mas até então limitando-se às disputas amadoras.
Em 1992, surge mais um time na cidade, criado por parte da diretoria do Monte Negro que abandonava o profissionalismo por problemas financeiros: o Osasco FC, que manteria viva a águia, símbolo do Monte Negro, agora com as cores da cidade em seu distintivo.
O Osasco FC jogou a quinta divisão em 1997, a sexta divisão de 2002 (a série B2B) e a quarta divisão de 2005 até 2008, e depois de 2011 até 2013, e de 2016 a 2017. Aqui, o time de 2017, jogando com uniforme alvinegro bem parecido com o da Ponte Preta, clube pelo qual Mário Teixeira é fanático. Mário era um dos homens por traz da gestão do Banco Bradesco, onde ainda atua como conselheiro. Ele acabou comprando o Osasco FC (e outros times mais, como veremos):
Entre as idas e vindas do Osasco FC no profissioanlismo, surge o Esporte Clube Osasco, fundado em 1984, mas disputando apenas em 2000 seu primeiro campeonato oficial e, contando com a chamada “sorte de principiante”, sagrando-se campeão da então existente quinta divisão (B-2). Em 2001, mais um título garantindo o acesso para a terceira divisão, onde permaneceu até 2007 quando foi rebaixado para a segunda divisão, abandonando o profissionalismo.
Era a vez de um novo time representar a cidade e assim, em 2007, Mário Teixeira (aquele mesmo do Bradesco) cria o Grêmio Esportivo Osasco aproveitando as últimas forças e estrutura do Osasco FC. Assim como o ECO, o time acumulou dois acessos nos dois primeiros anos, chegando à série A2 em 2009, porém acabou retornando à A3 em seu primeiro ano.
Em 2012, garantiu novamente o acesso para a Série A2 e como “presente”, recebeu um significativo investimento de Mario Teixeira (aquele do Bradesco), que comprou o Audax (até então um time que dava sequência ao projeto do Grupo Pão de Açúcar no futebol) e praticamente uniu os clubes, tornando o GE Osasco um time B do Grêmio Osasco Audax (o time que viemos ver no jogo de hoje). A consequência de ser o “segundo filho”: rebaixamento para a Série A3, onde permanece até hoje.
Mas, como fica claro, nasce aí o atual “caçula” da cidade: o Grêmio Osasco Audax. Oficialmente, o time foi fundado em 8 de dezembro de 1985, e até 2011 era denominado Pão de Açúcar Esporte Clube (PAEC).
De 2011 até 2013, passou a e denominar Audax SP Esporte Clube.
Em setembro de 2013, o clube foi comprado e unido ao Grêmio Osasco dando origem ao time atual. Toda essa história teve como principal palco o Estádio José Liberatti, que passou por várias obras até chegar ao atual formato, mas existe um segundo Estádio na cidade (atualmente usado como CT) que é o Estádio municipal Elzo Piteri, que chegou a receber jogos oficiais também.
Mas voltemos à nossa visita… Era uma tarde de sábado, dia 13 de outubro de 2018 e fomos até o Estádio José Liberatti para acompanhar a partida entre EC Santo André x Grêmio Audax. Chegamos embaixo de uma forte chuva e sabe o que o pessoal de Osasco fez? Liberou as arquibancadas laterais (cobertas) para a torcida visitante (que pelo que soube, normalmente fica atrás do gol). E fica aí o nosso registro oficial de mais um estádio paulista, ao lado dos amigos torcedores.
Aqui dá pra ter uma ideia do campo como um todo, começando pelo gol ao lado direito:
Meio campo:
E o gol esquerdo:
Aliás, foi aí que o Grêmio Audax atacou no primeiro tempo.
Atrás de cada gol, mais um lance de arquibancadas:
Ah, e aqui as cobertas onde ficamos:
Também tem um espaço coberto lá do outro lado:
Pena que o placar não se deixa fotografar por um efeito de luzes…
A lanchonete tava a toda lá do outro lado:
Quer bater o escanteio?
Vale registrar a presença das organizadas do Santo André, aqui a Fúria Andreense:
Aqui, o pessoal da Esquadrão Andreense!
Jogamos a Copa Paulista 2018, com a base (time sub 20) e foi muito legal ver os meninos que sempre apoiamos disputar uma competição oficial e fazer bonito!
O David Ribeiro acabou indo para o futebol búlgaro no fim do ano.
O pequeno Garré (que disputa a série A2-2019 como titular):
Um zoom pra dar uma olhada no banco de reservas!
Um estádio que infelizmente ainda conta com baixa participação do público, talvez pela constante fragmentação dos times de Osasco.
Quem sabe com a continuidade dos times a torcida passe a se fazer mais presente…
A 187ª camisa vem de longe, de uma nação transcontinental… Falamos da camisa do Beşiktaş Jimnastik Kulübü.
O time é conhecido aqui no Brasil como Besiktas e defende as cores da cidade de Istambul, na Turquia.
O Besiktas foi fundado em 1903, no distrito que tem o mesmo nome, e é conhecido por ser um bairro boêmio e que reúne os antifascistas locais!
A torcida deles é bem atuante!
O time foi fundado em 1903 e tem como mascote uma águia e por isso é chamado de “Os Águias Negras”.
Manda seus jogos no Estádio Vodafone, um lugar que eu sonho em conhecer, com capacidade para mais de 41 mil torcedores.
O Besiktas possui 15 títulos do campeonato nacional, entre eles o da temporada 2016-17:
Ainda possui 9 copas e 8 supercopas.
Mas muito mais do que qualquer título, o Besiktas possui uma camisa linda, uma história incrível e uma torcida que faz a diferença… Pra quem não conhece a força do futebol turco, assista e anime-se!