90- Camisa do Catanduvense

A 90ª camisa da coleção vem mais uma vez do glorioso interior paulista, especificamente da cidade de Catanduva!

A cidade, assim como outras do interior teve vários times, mas sem dúvida, o mais conhecido é dono da camisa acima, o Grêmio Catanduvense de Futebol!

O time já atuou com diferentes nomes, numa tradicional manobra das equipes do interior para escapar de dívidas adquiridas durante sua história. Como a cidade de Catanduva é carinhosamente chamada de “Cidade Feitiço” (quem a visita fica enfeitiçado e não quer mais deixá-la), o mascote do time é a Feiticeira:

Para entendermos a história do time, devemos voltar à 23 de abril de 1953, quando foi fundado o Catanduva Esporte Clube, que dois anos depois começou a disputar os campeonatos profissionais da Federação Paulista.

Disputou a Terceira Divisão de 1955 a 1963, quando foi campeão conseguindo o acesso à Segunda Divisão, da qual participou de 1964 até 1968, quando, pela primeira vez fechou suas portas devido a problemas de gestão.

Em 1970, a cidade voltou a ter futebol, com o Grêmio Esportivo Catanduvense, ocupando a vaga do Catanduva Esporte Clube.

Sob esse novo nome, o time disputou por 18 anos a Segunda Divisão, até 1988, quando finalmente conquistou o acesso à Primeira Divisão. Vale lembrar, que em 1974, o time foi campeão da Segunda Divisão, mas não havia promoção à elite, naquele ano. Seu primeiro ano de A1 foi razoável, já que embora não tenha se classificado para segunda fase, esteve longe do rebaixamento. Destaque para o 2×1 sobre o Corinthians, em Catanduva, e sobre o Santos, na Vila Belmiro. Ainda em 1989, o Grêmio Catanduvense disputou o Campeonato Brasileiro da Série B e acabou eliminado pelo Bragantino, que garantiria o acesso à série A. No ano seguinte, o rebaixamento levou o time à segunda divisão (agora Grupo Amarelo da 1ª divisão) e depois de dois anos de disputas e muitas dívidas, em 1993, veio mais uma mudança de nome. Surgia o Catanduva Esporte e Clube, que já em 1995 seria rebaixado para a série A3 e em seguida fecharia suas portas.

Somente em 1999, a cidade ganharia um time, agora com o nome Clube Atlético Catanduvense (aja criatividade para criar tantos os nomes, hein?).

Muda-se o nome e mudam-se as cores. O vermelho e branco voltavam para os uniformes do clube que irira ter que disputar a Quinta Divisão (Série B-2) do Campeonato Paulista. Três anos depois, mais uma vez o time era extinto. Em 2004, surge o novo Grêmio Catanduvense de Futebol, que disputou a Segundona do Paulista (agora a última divisão) até 2006. Aqui, o time de 2004:

Em 2005, assim como no ano anterior, o time jogou bem, contou com o apoio da torcida, mas parou na terceira fase .

Somente em 2006, que a equipe conquistou o vice-campeonato e subiu para a Série A-3, com um uniforme que lembrava o Boca Juniors.

A sequência do time foi brilhante, logo na volta à A3, o time conquista a vaga para a Série A-2 de 2008. O time que disputou a série A2 de 2008:

Em 2009 e 2010, o time ficou nas posições intermediárias da série A2, guardando para 2011 o sonho do acesso para a série A1. Manda seus jogos no Estádio Sílvio Sales:

Estádio em que já estivemos por algumas oportunidades:

Entre as várias organizadas, destaca-se o pessoal da Comando:

 O site oficial do clube é www.gremiocatanduvense.com.br

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Estádios, Ferrovias e W.O.: um passeio pelo futebol da alta Sorocabana

Um pacato e tranquilo fim de semana em julho de 2010, me deu a chance de pegar a estrada e (re)visitar o lado oeste do estado e escrever um pouco sobre o futebol em algumas cidades da região.

Rodovia Castelo Branco

Começamos pela cidade de Santa Cruz do Rio Pardo.

Assis, Santa Cruz do Rio Pardo, Ipaussu, Chavantes

A cidade conta com um time bastante tradicional, a Esportiva Santacruzense, que vem bem na série B do Campeonato Paulista.

Associação Esportiva Santacruzense

Com a ajuda do nosso GPS, chegamos rapidamente ao Estádio Leônidas Camarinha, com sua entrada estreita, tão comum nos campos do interior antigamente.

Estádio Municipal Leônidas Camarinha - Associação Esportiva Santacruzense

A capacidade do Estádio é de mais de 10.000 torcedores.

Estádio Municipal Leônidas Camarinha - Associação Esportiva Santacruzense

Até conseguimos falar com algumas pessoas ligadas ao time, na busca por uma camisa, mas voltamos de mãos vazias, ao menos pudemos adentrar ao campo…

O estádio foi inaugurado em 1950, com o nome de Estádio Municipal de Santa Cruz o Rio Pardo.

Estádio Municipal Leônidas Camarinha - Associação Esportiva Santacruzense

O jogo inaugural foi entre o Santos e a Santacruzense. O placar é daqueles manuais, bem tradicionais…

Estádio Municipal Leônidas Camarinha - Associação Esportiva Santacruzense

Após entrar no campo e pisar na grama local, era hora de seguir viagem, afinal, não tínhamos muito tempo, para tantos planos.

Estádio Municipal Leônidas Camarinha - Associação Esportiva Santacruzense

Nossa próxima parada era a cidade de Ourinhos, para a visita do CAO (Clube Atlético Ourinhense).

Clube Atlético Ourinhense

O CA Ourinhense foi fundado em 5 de junho de 1919 e disputou uma edição da série A2, em 1952 e seis da série A3, de 1961 a 1966.

Clube Atlético Ourinhense - Ourinhos

O Estádio fica dentro do próprio clube, bem próximo da Raposo Tavares e da linha do trem.

Aqui, a entrada do clube social que abriga o estádio:

Clube Atlético Ourinhense - Ourinhos

O distintivo do CAO é daqueles antigos, que trazem consigo tradição e história.

Clube Atlético Ourinhense - Ourinhos

O campo mantém também a essência de uma época áurea que infelizmente não deve voltar.

Estádio do CA Ourinhense

Eu e a Mari fizemos questão de marcar nossa presença em mais um estádio antológico do futebol paulista.

Estádio do CA Ourinhense

Ao fundo, um primeiro prédio mostra o que pode ser o futuro da cidade: a verticalização.

Estádio do CA Ourinhense

Por ficar numa área abaixo da cidade, o Estádio ficou conhecido como “Estádio da baixada“.

Estádio do CA Ourinhense

Ourinhos já teve outros times jogando o profissional, como o EC Gazeta:

Distintivo do EC Gazeta

O Esporte Clube Gazeta foi fundado em 7 de setembro de 1948, com o fim do CA Ourinhense. O time ficou conhecido como “O Líder das Excursões” e levou a cidade de volta ao futebol profissional ao disputar a 5a divisão de 1979 e depois a série A3 de 1980 a 82. O time voltou a jogar o profissionalismo a partir de 2000, quando jogou a série B2 em 2000, caindo pra B3 onde jogou até 2002. Aqui, o time de 2001, foto do Site “O curioso do futebol“:

EC Gazeta de Ourinhos

Outro time que disputou o profissional foi o Esporte Clube Operário.

Esporte Clube Operário - Ourinhos

O site História do Futebol produziu os antigos distintivos do time:

Esporte Clube Operário de Ourinhos

O EC Operário foi fundado em 16 de junho de 1920 e disputou 2 edições da série A3, em 1954 e 1958. Esse foi o time de 1949:

Esporte Clube Operário - Ourinhos

O quarto clube a disputar o profissionalismo pela cidade foi o EC União Barra Funda.

EC União Barra Funda - Ourinhos

O Esporte Clube União Barra Funda foi fundado em 23 de Março de 1972 e entrou pra história ao disputar o Campeonato Paulista da Quinta Divisão de 1978, com o time abaixo:

Esporte Clube União Barra Funda - Ourinhos

Veja maiores informações sobre o futebol em Ourinhos clicando neste link.

Saindo de Ourinhos, nossa parada agora era Palmital, cidade do extinto Palmital Atlético Clube.

Palmital

O Estádio visitado foi o Manoel Leão Rego, onde o Palmital Atlético Clube mandou a maior parte de de seus jogos.

Palmital Atlético Clube

O Pamital Atlético Clube nasceu em substituição do Operário Futebol Clube:

Operário FC - Palmital

O Operário FC foi fundado em 1929 e fez história no futebol local. Vale conferir a página sobre o time: https://www.facebook.com/palmitalac

Aqui, o time do Operário FC de 1946:

Operário FC de Palmital

Mas o grande sonho viria a ser realizado a partir de 1964 com a disputa do Campeonato Paulista Profissional, jogando a quarta divisão (na época chamada de “Terceira Divisão), quando sagrou-se campeão de seu grupo, com o time abaixo:

Operário FC de 1964

Em 1966, o time foi vice campeão da quarta divisão, conquistando o acesso à divisão equivalente à atual A3 do Campeonato Paulista.

E para conquistar maior empatia com o torcedor local, decidiu-se mudar o nome do time para Palmital Futebol Clube, mantendo as cores do Operário FC.

O Palmital FC mandou seus jogos no “Estádio dos Eucaliptos“, que viria a mudar de nome para Estádio “Manoel Leão Rego”, e depois no Estádio Municipal Miguel Assad Taraia . Fomos até o Estádio “Manoel Leão Rego” registrá-lo!

Palmital Atlético Clube - Estádio Manoel Leão Rego

O Palmital FC disputaria diversas edições do Campeonato Paulista entre a terceira e quinta divisão, com destaque para a incrível conquista da série A3 de 1987.

Palmital AC
Palmital AC - Campeonato Paulista A3 - 1987

E pensar que esse campo viu toda essa história acontecer!

Palmital Atlético Clube - Estádio Manoel Leão Rego

Imagino as arquibancadas lotadas a empurrar o time!

Palmital Atlético Clube - Estádio Manoel Leão Rego

Atualmente, o  Estádio “Manoel Leão Rego” tem atendido ao futebol amador local.

Palmital Atlético Clube - Estádio Manoel Leão Rego

Vamos dar uma olhada:

Ao fundo, pode se ver que a cidade está cada vez mais perto.

Palmital Atlético Clube - Estádio Manoel Leão Rego

As arquibancadas já tem o telhado deteriorado… Para mim, estes estádios deveriam ser tombados como patrimônio histórico da cidade…

Palmital Atlético Clube - Estádio Manoel Leão Rego

Em 1991 o Palmital AC voltou a disputar a série A3, jogando até 93.

Depois, em 97, jogou a quinta divisão do Campeonato Paulista (chamada na época de série B1-B), fazendo uma campanha bastante irregular e marcando, ao menos temporariamente o fim do futebol profissional do Palmital FC, e seu o belo estádio só é usado nas partidas amadoras.

Bom, mas já era hora de ir embora… A estrada chama por nós!

Palmital Atlético Clube - Estádio Manoel Leão Rego

Deixamos a cidade e rumamos à Assis, nossa base nessa viagem, já que minha família por parte de pai mora lá.

A cidade acabara de fazer aniversário e haviam várias festas em comemoração, por isso o palco ali atrás.

Assis

Aliás, nosso guia na cidade foi meu tio Zé, o “Alemão” que não apenas torce como já jogou por quase todos os times da cidade. Abaixo meu pai, o tio Zé, eu e a Mari.

Assis

supermercado Amigão possui uma série de fotos históricas nos caixas, e dentre delas, uma da Ferroviária, com o Alemão (o 4º agachado da esquerda para direita):

AA Ferroviária de Assis

Assis ainda mantém várias casas feitas em madeira, o que dá um ar muito diferente à cidade, principalmente para quem está acostumado a realidade cinza das grandes cidades (a maioria dessas casas foi construída em sistema de cooperação pelos funcionários da Estrada de Ferro Sorocabana).

Casas de madeira - Estrada de Ferro Sorocabana - Assis

Mas, falando de futebol, nosso primeira estádio na cidade foi o Estádio Dr. Adhemar de Barros, onde a Vermelhinha da Rua Brasil (apelido da Ferroviária) mandava seus jogos.

Estádio Dr. Adhemar de Barros - AA Ferroviária - Assis

A arquibancada vermelha sobrevive, como as histórias do time que ali jogou e que até hoje são contadas pela região. Muitas dessas histórias meu pai conta até hoje na época em que ele e meu avô (funcionário da Ferrovia) acompanhavam a vermelhinha!

Estádio Dr. Adhemar de Barros - AA Ferroviária - Assis

Mais uma vez, eu e a Mari registramos nossa passagem por um estádio clássico!

Estádio Dr. Adhemar de Barros - AA Ferroviária - Assis

E uma foto com meu pai, que também jogou e torceu bastante pelos times de Assis. Ele e meu avô eram presença fiel no estádio, para ver a Ferroviária.

Estádio Dr. Adhemar de Barros - AA Ferroviária - Assis

Sem dúvida um belo estádio…

Estádio Dr. Adhemar de Barros - AA Ferroviária - Assis

As arquibancadas começam a sofrer com a ação do tempo, assim como a iluminação do campo que foi levada embora.

Estádio Dr. Adhemar de Barros - AA Ferroviária - Assis

Ainda assim, os detalhes do estádio e das bancadas são únicos!

Estádio Dr. Adhemar de Barros - AA Ferroviária - Assis

Por coincidência, ao irmos embora, encontrei o atual gestor do time do VOCEM (na verdade, uma academia que disputa campeonatos infantis). Olha que linda camisa…

VOCEM

Ele não conseguiu me arruma nenhuma, mas felizmente o craque Bolão (outro que jogou em diversos times da região) conseguiu uma para mim:

Bolão - VOCEM

Ainda conseguimos bater umas fotos do time sub-15 do VOCEM disputando a final do municipal.

VOCEM - sub 15

Um sentimento bastante nostálgico ao ver as arquibancadas repletas de torcedores do VOCEM!

VOCEM - sub 15

Nossa próxima visita foi no campo do DERAC de Assis, o Estádio Aristeu Rocha de Carvalho.

Estádio Aristeu Rocha de Carvalho - DERAC - Assis

O DERAC teve um grandes times e marcou época no futebol amador da cidade! A foto abaixo também está no Supermercado Amigão.

DERAC de Assis

O campo segue em boas condições de uso, e o distintivo materializado é de fazer inveja a vários grandes times…

Estádio Aristeu Rocha de Carvalho - DERAC - Assis

O Estádio do DERAC chama-se Aristeu de Carvalho, e fica próximo da fábrica da Malta, cervejaria que por anos patrocinou o Assisense.

Estádio Aristeu Rocha de Carvalho - DERAC - Assis

O dia estava bonito e decidimos ir para Cândido Mota, cidade vizinha, conhecer e fotografar o Estádio Municipal Benedito Pires.

Estádio Municipal Benedito Pires - Clube Atlético Candidomotense -Cândido Mota

Era aí que o CAC (Clube Atlético Candidomotense) mandava seus jogos..

Tudo isso com o tio Zé contando histórias sobre o futebol da região nos anos 60, 70 e 80.

Estádio Municipal Benedito Pires - Clube Atlético Candidomotense -Cândido Mota

Mais um estádio que sofre com a “modernização” do futebol, que a cada dia mata mais os pequenos clubes do interior. Olha como era um jogo no campo em 1987:

Só pra lembrar, o CAC foi fundado em 10 de Junho de 1957, sendo o primeiro time da cidade a disputar uma competição oficial da Federação Paulista, em 1963. Depois dessa, o time ainda disputou mais 11 campeonatos.

Outro time da cidade que disputou o profissional foi a União Atlética Ferroviaria Candidomotense fundada em 15 de novembro de 1949 por operários da Estrada de Ferro Sorocabana. O distintivo do time é bem curioso (e por isso o time era chamado de canarinho), encontrei esse no site História do Futebol:

Time de 1961:

Aqui, o time de 1962:

Mas também existe esse outro distintivo:

Por dois anos -1964 e 1965- o CAC e a Ferroviária se enfrentaram até as duas equipes desistirem do profissionalismo.

Em 1980, o CAC ainda viria disputar a Terceira Divisão, subindo para a segunda divisão até 1988, quando retorna à Terceira Divisão e em 1989, desativa seu departamento profissional.

Ou seja, falamos de um estádio com muita história.

Estádio Municipal Benedito Pires - Clube Atlético Candidomotense -Cândido Mota

Quer dar uma olhada no estádio? Veja:

E eu e a Mari oficializamos a presença em mais um campo!

Estádio Municipal Benedito Pires - Clube Atlético Candidomotense -Cândido Mota

O que é mais legal nos campos do interior é a quantidade de árvores em volta. Mais parecem parques!

Estádio Municipal Benedito Pires - Clube Atlético Candidomotense -Cândido Mota

Voltamos para Assis e já era tarde. Após comer na 10ª Festa do Milho, fomos dormir.

No dia seguinte, logo de manhã fomos à Paraguaçu Paulista, reencontrar o tradicionalíssimo Estádio Municipal Carlos Affini, campo do Paraguaçuense. (Disntintovos do site Escudos Gino)

Estádio Municipal Carlos Affini - EC Paraguaçuense

Aqui, para quem como nós é torcedor do Santo André é um lugar pra se guardar na memória, graças aos confrontos emocionantes entre Parguaçuense e o Ramalhão.

Estádio Municipal Carlos Affini - EC Paraguaçuense

O Paraguaçuense subiu de divisões rapidamente, mesmo tendo, segundo os torcedores, a administração da Federação da época (Farah) como adversário maior.

Estádio Municipal Carlos Affini - EC Paraguaçuense

A Federação tentou proibir o acesso à série A2 devido às arquibanadas não comportarem 15 mil lugares, como manda a regra. O resultado? Uma campanha entre torcedores da cidade e da região construiu o que foi preciso num tempo recorde!

Estádio Municipal Carlos Affini - EC Paraguaçuense

A cidade na época não tinha sequer 40 mil habitantes e um estádio onde cabiam 15 mil pessoas!

Estádio Municipal Carlos Affini - EC Paraguaçuense

Quer conhecer mais? Veja nosso tradicional vídeo!

E que fique eternizado nosso respeito a história de um time que fez tremer grandes potências do interior!

Estádio Municipal Carlos Affini - EC Paraguaçuense

Torço para que um dia esse estádio volte a receber clássicos contra as equipes da região!

Estádio Municipal Carlos Affini - EC Paraguaçuense

Uma última olhada do lado oposto, enquanto nos preparamos para ire embora para a última parte de nosso rolê boleiro…

Estádio Municipal Carlos Affini - EC Paraguaçuense

Saímos de Paraguaçú Paulista e voltamos à Assis a tempo de assistir o jogo entre o Assisense e Ilha Solteira, no Estádio Antonio Viana da Silva, o Tonicão.

Estádio Antonio Viana da Silva, o Tonicão - Assis

Já escrevi sobre a camisa do Assisense, mas esta é a primeira partida do time, que vejo pessoalmente e por isso nem me importei com o preço do ingresso.

Estádio Antonio Viana da Silva, o Tonicão - Assis

O Estádio fica perto do parque Buracão (nome dado devido à erosão típica do local, que gerou um buraco que engoliu de casas à arvores antes de ser transformado em parque), e pode se dizer que o Estádio também é um buracão, já que você entra pela parte alta e o campo fica lá embaixo.

Estádio Antonio Viana da Silva, o Tonicão - Assis

Tudo estava perfeito! Dois times que nunca vi jogar, um estádio incrível…

Estádio Antonio Viana da Silva, o Tonicão - Assis

Mas aí, veio a notícia que abalaria os 10 torcedores presentes…

Estádio Antonio Viana da Silva, o Tonicão - Assis

Nem toda beleza e grandiosidade do Estádio foram suficientes para convencer o time adversário a sair de Ilha Solteira e vir pra Assis…

Estádio Antonio Viana da Silva, o Tonicão - Assis

Estávamos presenciando um W.O….

Demorei pra acreditar, mas… Infelizmente meu passeio durou pouco mais de meia hora, tempo suficiente pra se dar o jogo como encerrado…

Estádio Antonio Viana da Silva, o Tonicão - Assis

Desci até o campo para tirar umas fotos de ângulos diferentes…

Estádio Antonio Viana da Silva, o Tonicão - Assis

Se não teria jogo, ao menos fotografar os jogadores do Assisense em campo…

Estádio Antonio Viana da Silva, o Tonicão - Assis

Os próprios atletas ficaram surpresos (embora esse fosse o segundo W.O. seguido do time do Ilha Solteira).

Estádio Antonio Viana da Silva, o Tonicão - Assis

Aproveitei que estava lá embaixo e fotografei um dos jogadores de perto pra mostrar a nova camisa, num tom azul mais claro.

Estádio Antonio Viana da Silva, o Tonicão - Assis

Também aproveitei e tirei uma foto com um dos diretores do time, o Vilela:

Estádio Antonio Viana da Silva, o Tonicão - Assis

Uma última olhada no estádio, antes de irmos embora. Acabei não ficando tão triste em perder o jogo, já que pelo menos pude visitar vários estádios e cidades.

Estádio Antonio Viana da Silva, o Tonicão - Assis

Ufa… Sei que o post foi longo, mas achei melhor publicar tudo de uma vez, do que ficar dividindo em várias partes, que parecem nunca ter fim.

O que ficou para nós após tantos estádios, é o mesmo que temos repetido no blog e nas ruas…

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82- Camisa do XV de Piracicaba

A 82ª camisa da coleção, presente da amiga Júlia, vem do interior paulista, da tradicional cidade de Piracicaba, nome de origem tupi guarani que significa “Lugar onde o peixe para”, em citação ao famoso rio da cidade.

A história do time, nos leva ao início do século XX, quando existiam dois times amadores muito fortes na cidade, o Esporte Clube Vergueirense e o 12 de Outubro. Em 1913, as famílias que comandavam estes times (os “Pousa” e os “Guerrini”) decidiram montar um time para representar Piracicaba. Carlos Wingeter foi escolhido como primeiro presidente, com a exigência de que o nome do time fosse XV de Novembro em Homenagem à data da proclamação da República. Nascia assim o Esporte Clube XV de Novembro de Piracicaba.

Atualmente, o brasão do time passou por uma reformulação, apresentando-se assim:

Já na década de 20, o clube começou a mostrar sua força disputando os campeonatos regionais promovidos pela APEA (Associação Paulista de Esportes Atléticos), mandando seus jogos no Estádio da rua Regente Feijó, hoje, pasmem, transformado em um supermercado! (aliás, vale ler sobre a construção do estádio em www.aprovincia.com/padrao.aspx?texto.aspx?idcontent=377208). Para quem não teve a chance de conhecê-lo, que oficialmente chamava-se Estádio Roberto Gomes Pedrosa, a “panela de pressão” do XV:

Outras fotos, do site Foto e a História:

O XV chegou a sagrar-se campeão regional em 1922. Na década de 30, disputou o tradicional Campeonato do Interior, do qual sagrou-se campeão, em 1931. Com o profissionalismo chegando ao futebol, o XV conquistou o 1º Campeonato Profissional do Interior, em 1947, ainda sem acesso à Primeira Divisão. No ano seguinte, foi bicampeão conquistando finalmente o acesso para a 1a Divisão da Federação Paulista de Futebol. Assim, em 1949 o XV de Piracicaba estreava no Campeonato Paulista da Primeira Divisão e logo de cara surpreendeu.
O time ganhou o Torneio Início da FPF (competição relâmpago que ocorria antes dos campeonatos).
Aqui, um apanhado sobre os troféus históricos conquistados nos primeiros anos de sua história: E uma imagem do time de 1950:

Abaixo, o time de 1960:

E o do ano seguinte, 1961:

Achei um vídeo interessante deste time enfrentando o Santos: Como curiosidade, vale citar a excursão que o time fez, em 1964, pela Europa e pela Ásia, jogando na Suécia, na Polônia, na Alemanha, na Dinamarca e nas então repúblicas soviéticas da Rússia, Ucrânia, Moldávia, Cazaquistão e Uzbequistão. O time de 1965:

Em 1967, mais uma conquista da segunda divisão, trazendo o de volta à primeirona. Em 1976, foi vice campeão, perdendo o título para  Palmeiras.  Esse era o time de 1979:

Em 1983, conquistou o acesso de volta para a Primeira Divisão do futebol paulista. Em 1995, foi Campeão Brasileiro da 3ª divisão, e foi nesse ano que o clube fez sua última participação (até o momento, em 2010) na primeira divisão do futebol paulista.

Depois desceu para a segunda e posteriormente para a terceira divisão. Em 2005, o time conseguiu voltar para a segunda divisão, porém, novamente foi rebaixado. Em 2008, o acesso no campeonato paulista da série A3 era mais do que esperado, mas mais uma vez o time não conseguiu…  No segundo semestre o clube chegou à final da Copa Paulista, sendo derrotado pelo Atlético de Sorocaba no Barão de Serra Negra por 3×2.

O time manteve a base para o ano de 2009, mas… Novamente não deu… O time caiu na fase final da série A3 e o acesso outra vez escapou. Até que em 2010, depois de um início irregular o XV finalmente alcançou o acesso à série A2. O time possui váras torcidas como a Torcida Uniformizada Esquadrão Alvinegro e a Super Raça Quinzista. Manda seus jogos no Estádio Barão de Serra Negra, inaugurado em 1965 em partida contra o Palmeiras, que terminou num 0 a 0, frente a mais de 15 mil torcedores piracicabanos.

O mascote do XV de Piracicaba é o Nho Quim, mostrando com orgulho o caráter interiorano da população. Uma pena que atualmente tantas pessoas achem que ser caipira é algo pejorativo. Eu sou caipira!

E já que falamos em “caipirês”, que tal ouvir o hino: O site oficial do Xv de Piracicaba é o www.xvpiracicaba.com.br e pra quem prefere a linguagem dos blogs, acesse  www.amaiordointerior.com feito pela torcida!

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Amparo 1×2 Primavera (Mais segundona 2010!!!)

Fim de semana corrido!

No sábado fomos a Sumaré, ver Sumaré x Elosport, e no domingo, a convite de um torcedor local, fui a Amparo, assistir Athlético Amparo x Primavera, de Indaiatuba.

Esse é o melhor jeito de registrar um estádio! com uma partida rolando!

Mais uma vez tentando colaborar com o futebol das divisões de acesso. Participando como torcedor que paga ingresso e vai pra arquibancada ver e se maravilhar.

Nas arquibancadas, uma surpresa.

Como eu disse no vídeo acima, dos jogos da série B que eu acompanhei este ano, este foi o que teve  mais forte presença da torcida local.

Presença que coloca ainda mais vida no belo e tradicionalíssimo Estádio José Araújo Cintra.

Para você entender como ele é disposto, existe uma arquibancada descoberta (a esquerda de quem adentra ao campo) e uma coberta (do lado direito).

O campo é cercado de um alambrado baixo e mantém aquela boa e velha proximidade com os jogadores que eu tanto valorizo para um estádio.

A rádio local disponibiliza duas caixinhas de som, que permitem à galera das cadeiras cobertas acompanharem o jogo ouvindo a narração (muito boa, aliás, queria descobrir o nome do amigo narrador).

E dali, das numeradas senhores, senhoras filhos e filhas acompanham o orgulho da cidade, em campo, o Athlético Amparo.

Vou guardar a história do time para quando eu conseguir a camisa, mas olhando para as arquibancadas povoadas, mesmo na segunda divisão, dá pra ver que a cidade entende a importância histórica do time.

O que não significa que eles não peguem no pé dos jogadores, a cada lance perdido…

Aliás, quantos lances perdidos pelo time local… Alguns torcedores foram a loucura!

Mas o que era reclamação num primeiro momento, vira apoio, logo em seguida…

E já que mostrei o lado direito, vejamos o outro lado do campo…

E um pouco do lado de dentro, junto dos reservas e do próprio bandeira…

Ou prefere ficarmos ali dando uma mão pro 4o árbitro? Dá pra ver que o desfibrilador, obrigatório em partidas oficiais, estava ali!

Dando um rolê pelo estádio, vi a grande lanchonete (desta vez não comi nada, então não posso falar sobre a gastronomia futebolística de Amparo…).

Aqui dá pra se ter uma ideia de como é o lado coberto da cancha!

Ah, olhando pro jogo um pouco, o time do Amparo é valente, mas levou azar nas finalizações. Já o Primavera (que também pretendo ver jogar em casa, em Indaiatuba) com uma forte marcação, ficou no contra ataque, levando perigo constante ao gol local.

E se vida de goleiro já é difícil, goleiro na série B do Paulista tem que fazer mais do que milagre…

Aproveitei o início do segundo tempo ainda morno, pra dar uma olhada no lado descoberto do estádio, que também recebeu bom público.

Ali, encontrei algumas faixas, bandeiras e o pessoal da Torcida “Leões da Montanha“.

Do lado descoberto pode se ver como é bonito o Estádio!

E a coincidência veio ao tirar a foto da camisa de um dos torcedores e descobrir que se tratava do João Vitor, amigo que me convidou para conhecer o Athlético Amparo.

Amizades feitas, amizades renovadas, é hora de marcar nossa presença no estádio, em mais uma aventura boleira!

O jogo terminou 2×1 para o Primavera, de Indaiatuba, resultado que decepcionou a torcida local…

Nem por isso, a honra e a força da bandeira do time foram manchadas. Para quem é apaixonado por um time, as dores da derrotas transformam-se em estatísticas em pouco tempo.

Desta aventura, ficou o orgulho de ver um time apoiado pela população local, e a alegria de poder conhecer mais um estádio!

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Desportivo Brasil x Capivariano (Série B – 2010)

Santos 2×3 Santo André, enfim voltei a pisar em um estádio para assistir futebol. Fomos ver um jogo da Série B do Campeonato Paulista, que começou semana passada. Como estávamos em Cosmópolis, escolhemos o grupo 4, que é o mais próximo, e fomos até Jaguariúna assistir o time local jogar contra o Capivariano. limite Jaguariúna - Holambra Jaguariúna vive dias de euforia graças ao triste e banal espetáculo que insistem em manter em pleno século XXI, o rodeio. Mesmo após as mortes que aconteceram na edição do ano passado, o público jovem da região ainda prefere os shows sertanejos e a exploração animal, ao futebol. Na foto abaixo, a área onde acontece o rodeio fica ali no canto esquerdo superior. Jaguariúna Ideologias a parte, chegamos ao fantástico Estádio Municipal Alfredo Chiavegato. Desportivo Brasil x Capivariano - Estádio Municipal Alfredo Chiavegato - Jaguariúna Eu e a Mari já havíamos passado nesse Estádio (veja aqui algumas fotos dessa visita), mas foi a primeira vez que assistimos uma partida. Desportivo Brasil x Capivariano - Estádio Municipal Alfredo Chiavegato - Jaguariúna Mas o Estádio é realmente muito diferenciado. Melhor e maior do que muitos estádios da série A1! Desportivo Brasil x Capivariano - Estádio Municipal Alfredo Chiavegato - Jaguariúna O engraçado é que se você porocurar no site futebolinterior.com.br (referência nas divisões de acesso do futebol paulista), o jogo que fomos assistir seria Jaguariúna x Capivariano. Porém, ao olhar os times, vi que a camisa do até então Jaguariúna era nossa conhecida. Fui até o placar para conferir e… Pois é… Não foi desta vez que a cidade de Jaguariúna teve suas cores defendidas por uma equipe local, na série B. Quem jogava era o Desportivo Brasil, de Porto Feliz que decidiu adotar a cidade como sede nesta série B. É… Tenho que concordar que um Estádio como esse não merecia ficar sem clube no Paulista… Desportivo Brasil x Capivariano - Estádio Municipal Alfredo Chiavegato - Jaguariúna Mas, claro que seria mais legal ter um time que representasse a cidade e consequentemente trouxesse algum público para ver o jogo. Ao menos teremos um estádio de fácil acesso para vermos novos times na série B do Paulista. Desportivo Brasil x Capivariano - Estádio Municipal Alfredo Chiavegato - Jaguariúna [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=hIR_b3zEsAw] Com a ausência do público torcendo para o time local, o Capivariano deixou de lado a estrutura do Desportivo Brasil e fez um primeiro tempo de igual par igual com o time local (que no fundo também é visitante). Desportivo Brasil x Capivariano - Estádio Municipal Alfredo Chiavegato - Jaguariúna Confira nas fotos o que eu quero dizer com ausência de público… Desportivo Brasil x Capivariano - Estádio Municipal Alfredo Chiavegato - Jaguariúna Com as arquibancadas vazias, deu pra gente andar por todo lado e tirar fotos tranquilamente… Desportivo Brasil x Capivariano - Estádio Municipal Alfredo Chiavegato - Jaguariúna Confira na foto abaixo que até tinha uma galera ali, mas vale ressaltar que tinha mais diretores e atleta do que torcedores. Até a dupla Dario Pereyra e Pita que coordenam o Desportivo Brasil estava por ali. Desportivo Brasil x Capivariano - Estádio Municipal Alfredo Chiavegato - Jaguariúna O mais legal é que no meio dessa galera tinha mais um “maluco do mundo do futebol”. O Manoel, que também coleciona camisas de futebol nos reconheceu, e aí já viu… Muito papo sobre camisas, regado a consulta no Almanaque do Campeonato Paulista… Desportivo Brasil x Capivariano - Estádio Municipal Alfredo Chiavegato - Jaguariúna Outro detalhe é que se você reparar nas colunas atrás das cabines, verá que tem uns vergalhões saindo delas, dando a impressão que o estádio ainda pode crescer, ou quem sabe, ganhar uma cobertura… Desportivo Brasil x Capivariano - Estádio Municipal Alfredo Chiavegato - Jaguariúna E por falar nas cabines, haviam duas rádios de Capivari transmitindo o jogo! Desportivo Brasil x Capivariano - Estádio Municipal Alfredo Chiavegato - Jaguariúna Ah, pra quem gosta de participar do jogo, o campo fica bem próximo da torcida, ou seja dá pra brincarde ser técnico… Desportivo Brasil x Capivariano - Estádio Municipal Alfredo Chiavegato - Jaguariúna Durante o intervalo, fomos até as cabines conhecer os diretores do Capivariano, que são muito gente boa! Já fica nossa promessa de visitar o Capivariano no seu campo! Desportivo Brasil x Capivariano - Estádio Municipal Alfredo Chiavegato - Jaguariúna E tão gente boa quanto os diretores, foi o Bira, da rádio Cacique (1550Khz AM) , de Capivari! Desportivo Brasil x Capivariano - Estádio Municipal Alfredo Chiavegato - Jaguariúna E o pessoal do Capivariano que estava animado ao final do primeiro tempo, acabou se decepcionando no final do jogo. Motivo? O Desportivo Brasil mostrou porque é um dos favoritos ao acesso e conseguiu fazer 4×0. Desportivo Brasil x Capivariano - Estádio Municipal Alfredo Chiavegato - Jaguariúna Deu pra perceber que o time do Desportivo Brasil tem um preparo físico diferenciado! Desportivo Brasil x Capivariano - Estádio Municipal Alfredo Chiavegato - Jaguariúna Só fico chateado com a questão do público, que não compareceu mesmo com os portões abertos (grátis mesmo…). Por outro lado, pensei no que a popukação de Votorantim passou recentemente… Foram se apegando a um time “cigano” e quando estavam apaixonados, o Votoraty simplesmente deixou a cidade e foi para Ribeirão Preto, deixando órfãos milhares de torcedores. Desportivo Brasil x Capivariano - Estádio Municipal Alfredo Chiavegato - Jaguariúna Mas… Esse é o modelo adotado pelo Desportivo Brasil, e que deve se tornar comum aqui no Brasil, ou seja, pode se preparar para jogos com mais gente dentro do campo do que fora. Desportivo Brasil x Capivariano - Estádio Municipal Alfredo Chiavegato - Jaguariúna Até breve “Alfredo Chiavegato“… Desportivo Brasil x Capivariano - Estádio Municipal Alfredo Chiavegato - Jaguariúna

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Mas… O que fazer quando um time invade sua cidade??

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Em busca do Estádio Perdido em Itapira

Itapira, localizada há pouco mais de 150km da cidade de São Paulo, entre Mogi Mirim e Águas de Lindóia.

Desde o século XVIII já haviam moradores na região, mas foi no início do século XIX que se iniciou a colonização efetiva da cidade, tendo como data de fundação o dia 24 de outubro de 1820, quando foi derrubada a mata que deu lugar  a uma igreja. Pra quem gosta de história, vale visitar virtualmente o Museu de Itapira e conferir uma série de fotos do séculio XIX: Em 1858, tornou-se município, mas ainda com o nome de Penha do Rio do Peixe, alterado para Itapira em 1890 depois que o assassinato do delegado local por escravagistas maculou o nome com a expressão “o crime da Penha” (leia aqui matéria sobre o tema). This image has an empty alt attribute; its file name is Captura-de-Tela-2022-08-14-às-10.19.35-1024x625.png

Itapira possui as qualidades necessárias para alavancar o desenvolvimento em todas as áreas, seja industrial, comercial, de prestação de serviços ou agricultura. Mas ainda assim mantém seu jeito de cidade do interior, preservando a mata e uma série de cachoeiras, ideal para prática de esportes radicais.

Possui também uma série de festas típicas legais, e conseguiu manter preservada um pouco de sua origem.

Itapira aparenta oferecer uma qualidade de vida muito boa. Mas não seria 100% se não tivesse um time e um estádio e é aí que entra a Sociedade Esportiva Itapirense!

Em breve eu vou falar mais do time (estou indo atrás da camisa, vamos ver se eu consigo), por hora vou falar do Estádio Municipal Coronel Francisco Vieira, que conheci num dia em que tentei assistir a um jogo contra o XV de Jaú, mas fui a tarde e o jogo havia sido de manhã…

Ao menos tirei umas fotos do entorno do Estádio…

Como estava fechado, o jeito foi fazer as fotos por meio das grades…

O Estádio, também chamado de Chico Vieira é onde a Sociedade Esportiva Itapirense manda seus jogos, atualmente pela série A-3 do Campeonato Paulista de Futebol.

Sua capacidade é de 4.285 torcedores. O estádio tem esse nome, pois foi o Coronel Francisco Vieira que cedeu as terras para sua construção.

Se tudo der certo, devemos ir ao último jogo da Itapirense pela A3 de 2010, valendo a permanência do time nessa série, se eu for, posto aqui as fotos do estádio “vivo”.

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Dia inesquecível em Votorantim: o Votoraty na Copa do Brasil 2010!

De volta à pequena, bela e acolhedora cidade de Votorantim, para assistir uma partida histórica, num dia que deve ficar marcado na memória dos torcedores do Votoraty FC!

Da última vez que estivemos por lá, vimos o Votoraty FC ser campeão da copa Estado de São Paulo (Veja aqui como foi).

A cidade toda estava mobilizada para ver o time, logo em sua primeira participação na Copa do Brasil, enfrentar o poderoso e copeiro Grêmio FBPA!

O Grêmio trouxe vários ônibus do Sul e vários torcedores das redondezas.

O jogo quase começando e a torcida gremista não parava de chegar.

Eu e a Mari registramos nossa presença em mais uma partida inesquecível!

Vale lembrar que a torcida gremista segue o estilo das barras argentinas, com direito a muitas faixas, trapos e canções cantadas de um jeito bem peculiar.

A diretoria do Votoraty foi muito legal com a torcida gremista, vendendo os ingressos a um preço relativamente baixo (R$ 20 e R10 a meia entrada), e possibilitando uma estadia bastante tranquila. As arquibancadas eram aquelas “removíveis”, mas que oferecem o mesmo conforto de qualquer arquibancada de cimento.

A torcida do Grêmio também teve um bom comportamento.
Era possível ver famílias e pessoas torcedoras do Grêmio que viam seu time jogar, pela primeira vez.

E dá lhe tirantes e trapos do pessoal da Geral!

E claro, a banda!

E com a banda, a festa…

Para a maior parte dos torcedores que vieram do Sul, o Votoraty é uma grata novidade no futebol brasileiro, que merece todo o respeito em campo e fora dele.

Do outro lado, era dia de festa. Mais que isso, era dia de colocar o nome do time, da cidade e dos torcedores num outro nível. Até os jogadores pareciam ansiosos para o início do jogo!

O pessoal da Grená Manguaça já praticamente lotava a arquibancada, quase meia hora antes do jogo começar!

Dê uma olhada como estava o clima por lá, antes do jogo começar:

Destaque para a torcida local: Geração Votoraty!

O Estádio Domênico Paolo Mettidieri é um daqueles estádios incrustados na cidade. Veja como é próximo do terminal de ônibus:

A entrada do time recebeu uma bela nuvem de fumaça colorida da torcida:

Veja como foi :

Fiquei contente de poder presenciar esse momento histórico tanto pro Votoraty quanto pro Grêmio.

Mas foi emocionante acompanhar um jogo em que ambas as torcidas cantaram e apoiaram seus times. O pessoal de Votorantim multiplicou suas vozes tentando apoiar o time local. E parece que deu certo!

O time da casa foi pra cima e imprimiu um bom ritmo, principalmente no primeiro tempo, calando aqueles que não acreditavam no potencial do time.
Vale relembrar que esse tipo de comportamento foi mais da imprensa, do que da própria torcida ou equipe gremista.

O jogo foi assistido e curtido pelas duas torcidas.

E mesmo que reclamem do estádio do gramado, foi muito legal tanto da Federação Paulista, quanto da própria CBF e até do Grêmio, terem aceitado o estádio como o local do jogo.
Porque futebol é isso, é paixão de bairro, paixão de quem mora ail, e vivenciou 90 minutos de magia, talvez nunca imaginado como possível, alguns anos antes.

Agora, mesmo não sendo tarefa simples, a prefeitura e a diretoria podem dar uma melhorada em algumas partes
do campo, né?

Alguns jornalistas da chamada “grande imprensa” podem até reclamar, mas a torcida agradeceu!

O primeiro tempo virou 0x0, com boas chances para ambos os lados.

Além de mim e da Mari, el Pibe Gui (www.expulsosdecampo.blogspot.com) esteve por lá, e fez uma matéria para o blog dele:

O Gabriel, do FotoTorcida também esteve por lá. Em breve deve postar suas fotos.

Infelizmente para os torcedores locais, o segundo tempo trouxe o gol do Grêmio, e selou a derrotado time grená por 1×0, ao menos garantindo a não menos histórica partida entre as duas equipes no estádio Olímpico, no dia 1o de abril.

Fica nosso agradecimento ao pessoal de ambas as torcidas e o desejo de boa sorte! Para quem acha que a disputa já está definida, vale aguardar…

E valeu Votorantim! Por conseguir manter-se interiorana, natural e com um time como o Votoraty!

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Ou passe todas as 4as feiras da sua vida trabalhando.

67- Camisa do Rio Claro

A 67ª camisa a ser postada é uma camisa comemorativa aos 100 anos do time do Rio Claro, presente do sr. Nevoeiro, prefeito da cidade de Rio Claro, também conhecida como a “Cidade Azul”, no interior paulista.

Também recebemos de presente mais duas camisas de um amigo leitor que se identificou com nossa missão:

Rio Claro possui uma série de atributos (principalmente ecológicos) que fazem valer apena conhecê-la, veja um pouco mais no site www.visiterioclaro.com.br. Eu conheci a cidade alguns anos atrás quando fui tocar com a banda “Tercera Classe” no bar Kenoma, antigo reduto do rock, na cidade. Mas, falando de futebol, o Rio Claro Foot-Ball Club foi fundado em 9 de maio de 1909 por trabalhadores da Cia. Paulista de Estradas de Ferro, sendo um dos clubes mais antigos do estado. Desde aquele tempo, o mascote do time é o Galo Azul.

E é uma boa hora para citar seu maior rival, o Velo Clube (também da cidade de Rio Claro) que tem como mascote um Galo Vermelho.

De 1909 a 1914 o Rio Claro mandou seus jogos no Estádo do bairro Cidade Nova. A partir daí, até 1930 jogou no Estádio do Grêmio Recreativo dos Empregados da Cia. Paulista de Estradas de Ferro, campo que existe até hoje (veja o site do clube: www.gremiocp.com.br). Assim como vários outros times que já apresentei por aqui, o Rio Claro também teve seu início muito ligado è estrada de ferro. Em 1931, foi construído o Estadio Municapal da Rua 7, que mesmo sendo Municipal, tinha uso prioritário para o time. Ali, o Rio Claro , onde foi campeão regional por quatro vezes, em 1931 (o time da foto abaixo), 1935, 1936 e 1937.

É impressionante ver quanta gente apoiava os times do interior, décadas atrás. Na foto abaixo, de 1947, dá quase pra sentir a vibração do pessoal presente…

Abaixo, imagem de 1948, de um jogo contra o XV de Piracicaba.

A partir de 1973, o Rio Claro passa a utilizar o estádio Dr Augusto Schmidt Filho, e até os dias de hoje, essa segue sendo a casa do Galo Azul, com capacidade para 16 mil pessoas.

O destaque é que para a inauguração do Estádio foi realizado uma série de três jogos: Rio Claro 1×2 Corinthians Rio Claro 1×0 São Paulo Rio Claro 1×0 Velo Clube E adivinhe qual foi o maior dos públicos?
O da partida entre Rio Claro e Velo Clube. Abaixo uma imagem da zaga do time, de 1973:

E aqui a torcida em 1973, mostrando que houve sim uma época em que a paixão do brasileiro pelo futebol era maior que qualquer outra coisa…

Abaixo, na época das cabeleiras diferentes, o time de 1976:

Nos anos 90, o clube procurou fazer parcerias para disputar o paulista, e por meio de uma dessas parcerias, sabe quem chegou a ser Coordenador de Futebol do time?

A última década (os anos 2000) foram marcados com vários acessos. Em 2001, o time subiu da extinta série B-2 para a Série B-1.

Em 2002 , com o título da Série B-1 veio o acesso à Série A-3.

De 2003 até 2005 o Azulão disputou a terceira divisão foi disputada, até que veio o acesso à Série A-2.

E já no ano seguinte, em 2006, o Rio Claro veio o sonhado acesso à Série A-1 do Paulistão, conquista feita pela primeira vez em sua longa história.

Em 2008, uma má campanha levou o Azulão de volta à série A2, mas já em 2009, em pleno centenário, o Rio Claro obteve o acesso à Primeira Divisão Paulista, que disputa atualmente (2010). O time de 2009:

O site oficial do time é: www.rioclarofc.com.br Mas vale a pena conhecer o trabalho feito pela sua torcida, acessando o www.torcidasangueazul.com.br Aliás, veja o belo vídeo dos 10 anos da torcida: Para este post contei com a ajuda do pesquisador e torcedor José Carlos Arnosti, que junto de outro apaixonado pelo Rio Claro, escreveram um livro retratando a história do time. Em breve o conteúdo do livro será disponibilizado em www.memorialrioclarofc.com.br

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Ou perca a chance de passar 90 minutos ao lado do seu filho durante toda a vida

O Estádio Martins Pereira, em São José dos Campos

O Estádio leva esse nome em homenagem aos irmãos Nelson e Mário, fundadores do São José (aqui valelembrar que ainda não tenho a camisa do time, assim que conseguir eu posto por aqui). Quem vê de fora não consegue ter a idéia certa sobre o Estádio, até porque ele merecia uma nova mão de tinta… Mas por dentro, mesmo nas escadarias já começa a ter mais vida, mais cor… A estratégia de divulgação dos jogos é simples, barata e eficaz, e já mostra quem é o dono do Estádio. Vale dizer que o Martins Pereira é daqueles estádios grandes, que ocupa todo o quarteirão. O estádio tem capacidade para 15.317 pessoas. Abaixo, dá pra ter uma idéia de como cabe gente por ali… Lá dentro, um outdoor muito bem planejado pela equipe que cuida da Comunicação da Sabesp… É difícil ver gente utilizando o espaço do futebol com uma temática própria e criativa. Como sempre, não perco a chance de materializar a minha presença em mais um glorioso Estádio de futebol. Aliás, eu e Mari não perdemos a chance…

Cuirosamente os dois maiores momentos do estádio envolveram as equipes do São José e do São Paulo.

Em 1989, deveria ter sido disputada nele uma das finais do Paulistão, mas o time do Vale foi roubado na cara dura e os dois jogos foram no Morumbi

O segundo detalhe envolvendo o São Paulo é quanto ao recorde de público, oficialmente num jogo de 1987 (19 mil pessoas), e não oficialmente num jogo de 1997, quando 25 mil pessoas estiveram ali (embora 6 mil tenham entrado de graça). Bom, deu pra ter uma idéia do estádio, certo? Na sequência falarei de outros dois estádios da região.

Apóie o time da sua cidade!

Valorize o que é seu, antes que você o perca…]]>

Balanço de 2009 – Parte 2

Paulista série A1

O campeonato teve uma fase final meio sem graça, para quem gosta dos times do interior. Os chamados “quatro grandes” fizeram as semifinais. Destaque para a presença do até então criticado Ronaldo “Fenômeno”, que mostrou que bom futebol pode ser jogado com sobrepeso, numa boa. O Corinthians foi o campeão, e o Santos o vice. A Ponte Preta conquistou o título de campeã do interior.

Foram rebaixados: Guaratinguetá, Marília, Guarani (o mesmo que subiria para a série A do Brasileiro, mostrando como é louco esse tal futebol…) e Noroeste. Mais informações, sugiro o link específico da wikipedia.

Paulista série A2

A Série A2 foi como sempre muito combativa. Os acessos ficaram para:

Monte Azul (Campeão)

Rio Branco

Sertãozinho

Rio Claro

Destaque para o time do Rio Claro, do técnico Paulinho Mclaren (lembram da entrevista que fiz com ele? Clique aqui e leia!) O lado de baixo da tabela surpreendeu e não deu a mínima importância à tradição dos clubes. Muita tristeza aos amigos da Mooca, com o rebaixamento do Juventus. Sofrem também os amigos de Ribeirão Preto, Serrana e região, pela queda do Comercial. A praia de Santos perde um pouco do seu brio com a queda da Portuguesa Santista e Araraquara vê sua nova arena abrir as portas à série A3, com o declínio da Ferroviária. Maiores informações sobre o campeonato, sugiro a página específica da wikipedia.

Paulista série A3

Confesso que a série A3 de 2009 chamou mais minha atenção que a própria A2. A Rede Vida se tornou canal obrigatório aos finais de semana, para acompanhar todo o campeonato, que terminou com o Votoraty campeão! Assim, o emocionante campeonato acabou oferecendo o acesso a:

Vororaty (Campeão)

Osvaldo Cruz

Osasco

Pão de açúcar

Times tradicionais como o XV de Piracicaba acabaram de fora e disputarão a A3 mais uma vez em 2010. Pior ainda para os dois tradicionalíssimos rebaixados Inter de Limeira e Nacional de São Paulo, que, junto de União Mogi e Oeste Paulista disputarão a série B do Campeonato Paulista, o mais viscerál campeonato do estado.

Novamente, para maiores informações, veja tudo sobre a A3 2009 no link da wikipedia

Campeonato Paulista – Série B

“Mortal Kombat”

Esse sim “o” campeonto. Tive a oportunidade de assistir quase 10 jogos esse ano e posso dizer que é o campeonato que mais tem a cara do estado de São Paulo. Longo, com vários times, culturas e jeitos de jogar diferente de região pra região. Esse ano os vencedores que garantiram o acesso foram:

Red Bull (Campeão)

Atlético Araçatuba

Lemense

Taubaté

Por se tratar da última divisão, não existem rebaixados, entretando, vale lembrar que é comum a não participação de clubes que de um ano para o outro se endividaram mais que o esperado. Destaque para o Paulínia e o Palestra de São Bernardo, que acompanhei mais de próximo Para maiores informações…. vc já sabe, clique aqui.

Copa Paulista

 A Copa Paulista parece come;ar a fazer sucesso. Num formato que mistura pontos corridos e mata mata, é a alegria de times que ficariam parados boa parte do ano, e que ainda podem concorrer a uma vaga na Copa do Brasil e série D do Brasileiro. Esse ano a festa ficou para o Votoraty, que já havia conquistado o título da série A3. Eu e a Mari estivemos lá em Votorantim cobrindo o jogo final, confira como foi! Vale ressaltar que o Votoraty ainda representou o estado na Recopa Sul Brasileira, junto do Joinville, Porto Alegre e Serrano, mas acabou eliminado pelo Serrano ainda no primeiro jogo.

Copa SP Júnior

Pra finalizar esse balan;o, a Copa São Paulo Júnior, que é o torneio que abre o calendário boleiro no Brasil. Pela 6a vez, o Corinthinas levantou a taça. Esse ano, acompanhei um único jogo, do São Bernardo, em casa.]]>