Para quebrar um pouco a regra, que normalmente guia nossos passos, de apenas visitar estádios de times que a mídia acaba deixando de lado, segue um breve relato do que foi nosso rolê pelo Camp Nou, onde nada menos que o F.C. Barcelona, manda seus jogos.
Já contamos um pouco do nosso rolê pelo Espírito Santo em 2013, mas não tem como falar no estado capixaba, sem citar a bela cidade de Vila Velha, um município bem próximo de Vitória, e que oferece praias bem bacanas!
É uma mistura de Rio de Janeiro e Santos… Difícil de explicar, mas muito bacana!
O sol não estava tão forte, mas o suficiente pra exigir um guarda sol…
Ah, uma coisa muito bacana é que lá em Vila Velha existe uma praia toda adaptada ao público com mobilidade especial.
Além das praias, o turismo em Vila Velha também é estimulado por características diferentes da cidade, por exemplo a fábrica da Garoto…
Essa é a ponte que interliga a cidade de Vila Velha à Vitória.
Aqui, uma parada turística, em um convento logo na entrada da cidade. Eu gosto de ver o mundo de ângulos diferentes… Por isso, subir morros e montanhas é sempre positivo!
Falando do futebol local, fomos visitar o Estádio Gil Bernardes da Silveira, conhecido como a “Toca do Índio“, a casa do E.C. Tupy, time que já teve diversos distintivos:
O Estádio não é muito diferente dos que costumamos visitar pelo interior paulista. Arquibancadas pequenas, coladas as campo, onde os torcedores locais e visitantes escrevem os capítulos da história do futebol Capixaba.
O Estádio fica no bairro de Itapoã e tem capacidade para aproximadamente 1.000 torcedores.
Vamos dar uma olhada no nosso tradicional filme:
Do lado de fora rolava uma feira!
Mais uma bilheteria a ser conhecida e registrada para nossa coleção!
O Esporte Clube Tupy foi fundado em 16 de outubro de 1938 sendo o primeiro clube de futebol de Vila Velha. O time apresenta-se de forma bastante simpática e com um discurso bacana!
O estádio comporta ainda uma estrutura básica de administração, vestiários…
Na maior parte de sua história o clube disputou torneios amadores da cidade, tornando-se um clube profissional apenas em 1988. No ano seguinte disputou o seu primeiro campeonato: a Segunda Divisão do Campeonato Capixaba de 1989.
Pudemos entrar no gramado e registrar nossa presença neste estádio, que foi inaugurado em 1938!
Dali de dentro, deu pra registrar melhor as arquibancadas que cercam o campo.
A entrada de visitantes:
Em 2001, o EC Tupy conquistou seu primeiro título profissional, o Campeonato Capixaba da Segunda Divisão. Aqui, o time de 2000:
Deu até pra conhecer o pessoal do time, enfim, aventura completa!
Nesse domingo (25 de agosto de 2013), acompanhamos uma partida épica, pela última rodada da primeira fase da série D, Santo André e Marcílio Dias se enfrentaram no Estádio Municipal Bruno José Daniel.
É sempre um grande prazer acompanhar o time da sua cidade, onde pode se encontrar as diferentes gerações de torcedores, esse é o sr. Cerchiari, que não perde um jogo do Ramalhão!
Outra coisa que a torcida do Santo André está envolvida é a reforma do estádio. O primeiro passo (grande, se pensar na atuação de uma torcida) foi a retirada do ex-prefeito, na última eleição.
Agora, seguimos cobrando a continuidade das obras do atual prefeito e os detalhes do que foi feito durante a reforma.
Lá ao fundo pode se ver o início das obras.
E ao lado do banco, o nosso atual treinador, Paulo Roberto, um cara muito gente boa e que vem fazendo um trabalho legal a frente do time.
O estádio recebeu um bom número de torcedores (quase 2 mil pessoas).
O destaque negativo fica por conta do enfrentamento ocorrido entre as torcidas do Santo André e do Marcílio Dias, na rua lateral do estádio. Mas dentro do estádio, o clima foi tranquilo, nada além de provocações.
Em campo, o time do Santo André deu motivos para a festa. Após um primeiro tempo em branco, o Ramalhão abriu 2×0, com gols de Muller (na foto abaixo, comemorando ajoelhado) e Juninho Silva.
A torcida foi ao delírio! Só quem torce pro Santo André, sabe o que foi ver o time na série A, em 2009, despencar para a série D, em 2013.
Ainda existem muitas famílias e amigos frequentando o estádio. A sensação de estar entre amigos é total!
Mas… Torcer para o Santo André é perigoso para os cardíacos. Quando todos já cantavam a vitória e a classificação, veio o terror.
Em menos de 10 minutos o Marcílio Dias empatou o jogo.
Mas nem o time nem a torcida desanimaram e o Ramalhão conseguiu se superar fazendo 3×2 e classificando assim para as oitavas de final da série B, jogando contra o Metropolitano de Santa Catarina…
O ano de 2012 chegava ao fim e tivemos a oportunidade de fazer mais um rolê do outro lado do oceano. Outra vez rompendo fronteiras, chegamos à bela cidade de Valencia.
O morcego presente no brasão da cidade é uma lembrança de quando o rei Jaime I de Aragão foi para Valência,e um morcego pousou na bandeira que ficava no seu navio. O ato acabou virando um sinal de boa sorte e foi parar na bandeira da cidade.
Além do morcego, existe uma outra cultura marcante na cidade: a Orxata!
Orxata é uma bebida típica, feita de um tubérculo pequeno, mas muito saboroso. É um tipo de leite vegetal, muito gostoso e nutritivo.
Valência é a terceira cidade mais populosa da Espanha, com mais de 800mil habitantes e fica na costa do Mediterrâneo, no leste da Espanha.
Eu nem lembrava que o Mar Mediterrâneo era tão grande e banhava tantos países.
Não sabe como andar pela cidade? É só dar uma olhada no mapa tomar o metrô certo e se divertir!
Nós aproveitamos a oportunidade e fomos conhecer o Mar (e fomos de Metrô!)…
Não parece tão diferente das praias do oceano atlântico…
Embora tivesse um sol bacana, o dia estava frio… Mas o lugar era bem bacana!
Valência é uma cidade exemplo. De pólo industrial, passou a opção cultural e turística, repleta de monumentos, como as Torres antigas da cidade medieval (Serrano Torres e Quart Towers), os mosteiros de San Miguel de los Reyes, e a própria praia.
A gente acabou se deparando com uma incrível feira medieval!
Falando um pouco do futebol local, Valência tem vários times, dois deles na principal divisão da Espanha, o Levante Unión Deportiva, fundado em 1909, graças a uma praia que possuía este nome.
O clube é pioneiro no futebol profissional na cidade e manda suas partidas no Estádio Ciutat de València, com capacidade para 25.534 torcedores.
Não tivemos a oportunidade de visitar o Estádio do Levante, mas achei essa foto do campo no site da Liga:
O outro time que disputa a primeira divisão espanhola é o Valencia C.F. :
O Valencia manda seus jogos no Estádio Mestalla, que fica pertinho do Metrô e consequentemente foi mais fácil de visitarmos.
Nem bem saímos da estação e ali estava o imponente Estádio Mestalla!
Mais uma foto de bilheteria de estádio, mundo afora, pra Mari!
Embora bastante grande, o Estádio está numa região bem movimentada, cheia de prédios residenciais e comerciais.
No dia do nosso rolê estava tudo meio vazio devido à la…. Siesta!!!! Ou seja… Nada de recorridos pelo estádio…
O jeito foi aproveitar o lado de fora…
Deu pra imaginar como é a casa do Valencia, que tem capacidade para 56.000 espectadores.
O Estádio Mestalla foi inaugurado em 1923 e desde então passou por várias reformas até ficar do tamanho atual.
Lembra a arquibancada do Estádio Bento de Abreu, em Marília, não lembra? (veja aqui umas fotos…)
O Valencia Club de Fútbol foi fundado em março de 1919.
É o terceiro clube com maior número de sócios, no futebol espanhol.
É considerado o terceiro time da Espanha, atrás de Barcelona e Real Madrid.
Mas o estádio também teve seu período de sofrimento: durante a guerra civil, o estádio serviu como o campo de concentração e sofreu numerosos danos.
E assim, conhecemos mais um belo estádio…
Mais algumas informações sobre a cidade… Para quem gosta de rock, recomendo a Harmony Discos, uma loja na região central que oferece vários títulos de diferentes estilos, principalmente o punk rock!
Encontramos muita arte espalhada pelas ruas da cidade…
Na hora de ir embora, nada melhor que mais uma dose de orchata…
Hora de pegar o trem e rumar para novas cidades, novos estádios…
Muita gente, inclusive boa parte dos próprios capixabas, simplesmente ignora o futebol do Espírito Santo.
Nós tivemos a oportunidade de conhecer um pouco de Vitória e Barra Velha, no carnaval de 2013 e ficamos animados com um possível fortalecimento da “cena boleira” do estado.
Ficamos na capital Vitória, mas pudemos conhecer também Vila Velha, Serra, Cariacica e Domingos Martins.
Pra quem não conhece Vitória, dá uma olhada no mapa da cidade!
Como deu pra ver no mapa a cidade na verdade é uma ilha! E dá lhe belas paisagens com água!
Falando um pouco do futebol local, taí o que eu consegui nessa viagem (aos chatos de plantão, são duas cópias baratas, bem baratas):
A orla das praias lembra até o Rio de Janeiro, e pra quem prefere um pouco de sossego à agitação da capital carioca, Vitória é uma excelente opção.
Aliás, se você está pensando em viajar para lá, mas fica se perguntando: O que fazer em Vitória-ES, vale a pena dar uma olhada nas fotos e locais abaixo!
Aqui é o pier de Iemanjá, na praia Camburi.
Aí, a Iemanjá!
Como Vitória é uma ilha, toda hora você se vê em cenários assim, com água entre a cidade e onde você está. É bem bacana!
E pra quem gosta de nadar… Homem ao maaar!!!
Falando um pouco da cultura local, nós fomos na caminhada (mais de 2 horas andando) até o coletivo de Artesãs, do bairro de goiabeiras.
Lá estão as famosas paneleiras que produzem as panelas de barro, tão conhecidas Brasil afora.
Aí está a Mari e duas delas. O pessoal é bem simpático e gente fina!
E o trabalho é feito ali mesmo, na frente dos clientes.
E já que falamos em panelas, não podíamos deixar de falar nas tradicionais moquecas capixabas. Aqui, em uma incrível versão vegetariana: moqueca de banana!!!
Mas vamos ao foco deste blog: o futebol! Nossa parada é o Estádio Venâncio da Costa, onde o Vitória F.C. manda seus jogos.
Começou a ser construído em 1962 e só foi inaugurado em abril de 1967, na partida Vitória 0 x 1 Botafogo-RJ.
Que tal uma olhada nele?
O Estádio é chamado de “Ninho da Águia” e tem capacidade para quase 7 mil pessoas.
Em 2006, recebeu mais de 7 mil torcedores no jogo Vitória 3 x 1 Estrela.
O Vitória Futebol Clube é o dono do estádio, e o nome é uma homenagem ao presidente do clube, responsável pela construção do estádio.
Até o início dos anos 60, o time não tinha nem estádio nem sede, e mandava seus jogos no estádio Governador Bley, em Jucutuquara. As obras de construção do estádio do Vitória começaram em 1962.
Esse é o Flávio, que nos deu uma força para conhecer a cidade e os estádios locais!
Mais uma bilheteria para a nossa conta!
O clube usou carnês, rifas e tudo que era possível para conseguir arrecadar dinheiro para concluir o estádio.
E o resultado ta aí…
O estádio está muito bem cuidado.
Arquibancadas cobertas…
E ainda tem lugar pro estádio crescer…
Ao fundo pode se ver um pouco da cidade de Vitória.
Aqui, dá pra ver que o alambrado é bem pertinho do campo.
Existe um projeto atual para a construção de um shopping no complexo e deixar o estádio com capacidade para 10.000 torcedores.
21 de julho de 2013. Última rodada da primeira fase da série B do Campeonato Paulista. De muitos jogos decisivos, decidi acompanhar o XV de Jaú, jogando em casa contra o mítico Palmeirinha de Porto Ferreira!
E lá fui eu, pagando meu ingresso para adentrar no Zezinho Magalhães.
O jogo era um desafio teoricamente fácil para o XV. O Palmeirinha já não tinha chances de classificação e fez um campeonato bem ruim.
A torcida do XV acordou cedo e coloriu de verde e amarelo o Zezinho, buscando apoiar o time como possível. Nem bem entrei no estádio e o Palmerinha fez 1×0.
O XV iria empatar em um gol de falta, na jogada abaixo:
A torcida reagiu na hora! Festa em amarelo e verde!
Até bandeirão rolou na comemoração!
Ufa, 1×1. Começo quente do jogo.
O jogo não era dos melhores do ponto de vista técnico, mas a torcida estava na esperança do segundo gol.
Bom, para quem não conhece, esse é o Estádio Zezinho Magalhães:
O XV de Jaú contou com o apoio de suas organizadas. De um lado, a Galoucura e a Força Jovem.
Do outro lado do estádio, a Galunáticos:
E por todo o estádio, centenas de torcedores comuns, apaixonados pelo time da sua cidade!
Em campo, o XV seguiu atacando, mas…
Quem não faz, toma. O Palmerinha ignorou as estatísticas e fez 2×1. Fez até chover…
A chuva e o segundo gol do time visitante foram um (ou dois) balde (s) de água fria na torcida do XV de Jaú.
O XV seguia levando perigo nas bolas paradas, mas o time não se encontrava e a torcida começava a temer pela eliminação precoce.
Pra piorar, a chuva aumentou, dificultando ainda mais a criação de jogadas…
Mais que isso, a chuva e o frio afastou o torcedor do campo…
As inúmeras árvores espalhadas pelo estádio serviram de abrigo…
Por alguns instantes parecia não haver ninguém no estádio. Nem no campo…
Mas, tudo nessa vida é passageiro, e tão de repente quanto chegou, a chuva foi embora, para a alegria da torcida do XV.
Aproveitei para dar um role pelo estádio e pude ver como está bonito e cuidado até nos menores detalhes.
Mas, o mais bacana foi olhar quanta gente tinha ido ao campo, na manhã de hoje!
Com o fim da chuva, aos poucos as pessoas foram voltando para a arquibancada e aumentando a pressão sob o adversário.
O primeiro tempo chegava ao fim. Hora de conhecer um pouco da culinária do estádio!
Nota 10 para o churro do tio!
No intervalo, a ambulância do estádio teve que levar um jogador ao hospital e demorou a retornar, atrasando o reinício do jogo, dando me tempo para ler o informativo que recebi no início do jogo, mostrando as benfeitorias da atual diretoria para o estádio.
O jogo começava, mas ainda dava tempo para ouvir um pouco da torcida local.
O clima não era dos melhores. Quer dizer, o clima em si até era, o sol voltava a aparecer em meio às nuvens, mas a virada ainda parecia distante levando os torcedores ao desespero…
Mas, se até a chuva deu lugar ao sol, por que a tristeza não poderia dar lugar à felicidade?
Festa nas arquibancadas do Zezinho Magalhães… O XV empatou o jogo!
A partir daí, quem frequenta estádios sabe o que acontece. O time pressionando, a torcida apoiando… Tudo por um mísero gol que levaria o time à segunda fase do campeonato (em paralelo a esse jogo, o Pirassununguense vencia seu adversário por 5×0, e o empate do XV daria a vaga ao time de Pirassununga).
O estádio parecia um barril de pólvora pronto para explodir. E só tinha um jeito disso acontecer, com um gol do time local…
Explosão… Gol do XV!!!
Daí pra frente, a torcida mandou no jogo, segurando o resultado.
Até que enfim, o placar mostrou o XV na frente!
A classificação do XV estava a alguns minutos de se concretizar, um prêmio para os mais de 800 torcedores que foram ao campo para apoiar!
Mas ainda faltava o golpe final… Mais uma comemoração nas bancadas do Zezinho…
Chegamos ao placar final da partida…
Um dia cansativo, mas que valeu cada quilometro, cada clique, cada lance… Parabéns XV de Jaú e torcedores!!!
Bom, voltando a lembrar algumas das aventuras do final de ano, quando juntamos tudo o que tínhamos para ir para a Espanha e Portugal, vamos dividir um pouco da experiência boleira que tivemos visitando a cidade de Zaragoza.
Como a cidade está no meio do caminho entre Barcelona e Madrid, fomos para Zaragoza de trem, e passamos por várias paisagens bacanas. Destaque para os diversos pontos de geração de energia eólica, coisa bastante comum em terras europeias.
Mais de 674 mil pessoas vivem em Zaragoza, e seu nome é uma homenagem a César Augusto, porém em árabe: Šarakusta.
Embora estivéssemos num período de férias (era 1o de janeiro) deu pra perceber o quanto a cidade é desenvolvida. Eles tem um “trem urbano” que corta a cidade toda.
Um dos destaques culturais e arquitetônicos de Zaragoza é a Basílica de Nossa Senhora do Pilar, um dos doze tesouros da Espanha.
Durante nossa estadia, estava rolando uma festa em frente à Basílica, como se fosse uma grande quermesse brasileira. A Mari pirou nos queijos!
Mas a cidade está cheia de construções históricas. Parece um museu a céu aberto.
Outro ponto interessante é que a cidade está às margens do rio Ebro.
Ali ao fundo, é a Basílica, que falei antes. Além do frio típico da época, dá pra ver pelos cabelos da Mari que estava ventando bastante…
Ali perto, a gente achou um dos brinquedos mais engraçados que já vi. É um escorregador, onde as crianças entravam pela boca de um boneco gigante e saiam pelo… pelo lado de traz.
Eu não sou muito religioso e tenho grandes críticas à Igreja Católica, mas até que achei bacana esse santo boleiro hehehe:
Não dá pra contar a história da cidade assim em um post de um blog de futebol, mas só pra se ter uma ideia, Zaragoza tem mais de dois mil anos de história.
Passou por várias invasões de povos estrangeiros (Suevos, Visigodos, Bascos, Mouros, entre outros), misturando períodos e culturas de muçulmanos, judeus e cristãos. Ainda no século XI, viu ser construído o Palácio Aljafería (palácio da Alegria).
No século XII, tornou-se a capital do reino de Aragão, obrigando a população muçulmana a se mudar para o lado de fora das muralhas da cidade. O mais loco é que a muralha ainda está (em partes) por lá:
As ruínas romanas também estão pela cidade:
Em 1492, os judeus foram expulsos da cidade e em 1609, os mouros.
Durante a Guerra da Independência, o povo de Zaragoza lutou contra Napoleão, sendo um símbolo de resistência.
Em 1900 a cidade já tinha cerca de 100.000 habitantes que trabalhavam na agricultura (plantando beterraba) e na indústria açucareira, além de comerciantes, pescadores e artesãos.
Esse é o mercado municipal:
E aqui, um pub localizado próximo ao centro.
Para quem gosta de tradição, olha uma loja que funciona desde 1911:
Vale dizer que quando chegamos a cidade estava deserta, pois era a hora da “siesta”, e só encontramos um restaurante de um loco italiano para almoçar.
Mais tarde, por volta da 19horas já estava tudo aberto e deu até pra comer um tradicional churro com chocolate quente!
Viajar é isso, conhecer novos lugares, novas culturas, novas pessoas…
A CNT (um sindicato de formação anarquista) segue dando as caras pela Espanha.
Finalmente, falando do futebol local, a cidade é sede do Real Zaragoza, time fundado em 1932 e que disputa a Primeira Divisão Espanhola.
Seu estádio se chama La Romareda e fica próximo do centro, bastou pegar um ônibus e lá estávamos nós!
O Estádio La Romareda tem capacidade para mais de 34 mil torcedores.
Chegar foi fácil, mas depois de dar uma volta completa no estádio e ver que estava tudo fechado, fiquei desanimado…
Ao menos mais uma bilheteria registrada para a Mari!
O estádio de La Romareda foi construído em 1957, entretanto, em 1903, já existia o “Zaragoza Football Club“, que anos mais tarde se fundiria com o Iberia S.C. para a formação do atual time.
Como achamos que não ia dar pra entrar no estádio, demos um pulo na loja do time, que fica na frente do campo.
Lá, pudemos olhar o museu do time e várias histórias e fotos.
E quando já íamos embora, falamos para a mulher que atende na loja que éramos da América do Sul e que estávamos ali pra conhecer o campo e tal. Daí…
A partida inaugural do estádio foi Real Zaragoza 4 x 3 Osasuna. Não se iluda com o sol que brilhava. Estava mais ou menos uns 10 graus de temperatura.
As arquibancadas que só conhecia pela tv, ao vivo são muito mais legais. Diferente dos grandes estádios europeus, o campo do Real Zaragoza tem uma alma muito forte!
Uma foto para registrar o momento histórico…
Para quem quer conhecer todos os lados do estádio:
Hora de seguir a aventura…
Nota triste: o Real Zaragoza acabou o campeonato espanhol em último e foi rebaixado à segunda divisão…
Este post foi inicialmente construído em junho de 2013, mas em agosto de 2023, 10 anos depois, pudemos voltar a Botucatu e complementar o registro.
Puxa… Enfim chegamos a nossa última cidade do rolê. Botucatu, onde vivem pouco mais de 127 mil pessoas. Chegamos a noite, depois de ter fotografado o estádio do Sao Paulo de Avaré e fomos jantar num lugar bem legal, pra quem gosta de comida árabe. (A foto nos tiramos no dia seguinte, já que a noite nossa humilde câmera não aguenta).
Aliás, como deu pra perceber, amanheceu chovendo, o que prejudicou nosso tour pela cidade. Deu pra ver alguns pontos que ainda registram a história da cidade.
A igreja no centro…
Já estivemos outrora em Botucatu, para conhecer o Estádio Dr. Acrísio Paes Cruz. Veja aqui como foi essa viagem.
Vale citar o outro time da cidade que disputou o Campeonato do Interior: o Bandeirante de Botucatu!
Naquela ocasião fomos embora sem registrar a casa do outro time da cidade e por isso é hora de falar da Associação Atlética Botucatuense! Peguei o seu escudo do incrível site Escudos Gino:
E aí, a sede da Associação Atlética Botucatuense!
A A.A. Botucatuense é um time bastante tradicional, com fundação em Abril de 1918, por isso é conhecida também como ” A veterana”. Clique aqui para saber mais informações sobre o clube.
Como deu pra ver, as cores e escudo são uma homenagem ao Botafogo do Rio de Janeiro.
O time de 1945:
A A.A. Botucatuense participou de 10 edições do Campeonato Paulista, nas divisões de acesso, entre os anos 50 e 60. Olha o time de 1958:
De lá pra cá, muita coisa mudou. O futebol profissional se extinguiu e não existe sequer interesse em voltar ao profissionalismo. Por outro lado, possuem um clube com ótima infraestrutura.
A única coisa triste é que o Estádio Antonio Delmanto não existe mais, já que o clube cresceu e acabou avançando na área em que ficava o campo.
O clube fica na parte central da cidade.
Aqui, uma olhada no entorno do clube…
E com a Mari no volante, seguimos … Desta vez para casa.
Aqui, as imagens da parte interna que fizemos em agosto de 2023, começando pelo distintivo presente em diversos espaços internos:
E olha aí como está a área do antigo campo:
Aqui, uma visão do passado de suas bancadas cheias de torcedores e de glórias, veja a igreja lá ao fundo (imagem encontrada pelo pessoal do incrível Jogos Perdidos:
E aqui o atual campo de futebol, em uma versão soçaite:
Mas ao menos a diretoria soube guardar uma parte da sua história, preservando alguns degraus da arquibancada do antigo Estádio da AA Botucatuense.
Quantas emoções foram vividas neste pequeno pedaço de cimento…
Nada mais melancólico do que terminar a viagem com esse tempinho… chuva fria e triste. Foram 19 estádios em pouco mais de 3 dias. Hora de voltar pra casa…
Estádio Dr. Paulo de Araújo Novaes, a casa do São Paulo de Avaré. Direto do futuro eu posso dizer que nós voltamos ao Estádio do São Paulo de Avaré e além das fotos abaixo, fizemos novas fotos dentro do campo, veja aqui como foi! Mesmo não dando pra ver muita coisa, paramos no Estádio do São Paulo de Avaré para dar uma olhada e registrar o 18o estádio da nossa viagem.
O Estádio fica numa região bem central da cidade, tomando conta de quase todo o quarteirão.
Aparentemente, o estádio estava fechado, mais uma vez é hora de escalar o muro…
O Estádio tem capacidade para cerca de 1.000 torcedores segundo as informações oficiais.
É aí que o São Paulo de Avaré mandava seus jogos. O São Paulo foi fundado em março de 1946.
Mais uma bilheteria para a nossa coleção!
O Estádio, embora não receba mais partidas oficiais, está muito bem cuidado.
Nossa viagem caminhava para a última cidade e o último estádio, por isso, ir embora de Avaré, nos deixou bastante pensativos, sobre tudo o que vivemos e todas as pessoas e locais que conhecemos. Obrigado, futebol.
Próximo ponto de parada no nosso rolê pelo Oeste Paulista, a cidade de Chavantes! Olha aí a rodoviária local!
Atualmente, cerca de 14 mil pessoas vivem em Chavantes. A cidade ainda mantém o aspecto de interior, sem prédios, nem trânsito.
Mas, o futebol está por lá, firme e forte. O templo local é o Estádio Coronel Manuel Ferreira, que fica na Rua Zico Leite, bem no centro da cidade
É ali que a Associação Atlética Chavantense mandava seus jogos. Esse distintivo veio do excelente site Escudosgino.
Lá também aparecia este outro:
A A.A. Chavantense foi fundada em 29 de setembro de 1929.
O Estádio foi construído com o apoio de todos os moradores, que atenderam ao chamado público para ser inaugurado em 1944 em substituição ao estádio antigo! Aí está o anúncio publicado nos jornais locais da época:
O Estádio Coronel Manuel Ferreira tem capacidade para mais de 4.000 torcedores (foto do site da prefeitura).
A AA Chavantense iniciou sua trajetória no futebol disputando campeonatos amadores e da região.
Em 1958 foi campeã do setor 31 do Amador do Estado, como informa o muro do estádio:
Em 1965, um novo time surgiu na cidade, formado pelos operários que participaram da construção da Usina de Chavantes: a Associacao Esportiva Cobrapa.
E que belo trabalho fizeram…
CHAVANTES, SP, 2017-08-04: Fotos aereas da UHE Chavantes em Chavantes – SP para o Perfil Corporativo 2017. (Foto: Henrique Manreza). (Foto: Henrique Manreza)
Dessa forma, a cidade teve um 1965 especial, com dois times disputando a Terceira Divisão do Campeonato Paulista, que equivalia ao quarto nível do futebol. Ambos caíram no mesmo grupo e fizeram uma campanha mediana.
Essa foi a equipe da AAChavantense daquele ano.
Os dois times disputariam a Terceira Divisão de 1966, e a AA Chavantense se classificou para a segunda fase.
Na segunda fase, o time não manteve os bons resultados e terminou o campeonato por aí.
Aqui, a formação da AE COBRAPA que enfrentou o Corinthians num amistoso comemorando o 1º de maio de 1966 e teve vitória do time visitante.
Chega 1967, e pela primeira vez a AE COBRAPA termina a competição na frente da AA Chavantense e além disso, só não se classificou pelos critérios de desempate.
Em 1968, somente a AA Chavantense seguiria e esses foram alguns dos atletas daquele ano.
Infelizmente o time desistiu da disputa no meio do Campeonato e se licenciou até 1982, quando voltou à Terceira Divisão (que desta vez equivalia mesmo ao terceiro nível do campeonato) com este time:
Mais uma vez a AA Chavantense fez uma bela campanha, classificando-se para a segunda fase.
Na segunda fase, o time terminou na última colocação
Em 1983 faz uma má campanha na primeira fase e acaba não disputando os campeonatos de 84 e 85, retornando em 1986 na Terceira Divisão.
Novamente licencia-se do profissionalismo em 1987, retornando em 1988, dessa vez em uma Terceira Divisão que equivalia ao quarto nível do Campeonato Paulista. A cidade mais uma vez poderia estar no estádio apoiando seus jogadores! E a primeira fase foi muito boa…
Classificado como líder, a segunda fase veio e… Festa em Chavantes!!!
A terceira fase levaria o líder do grupo à final contra o Central Brasileira, mas uma derrota para o Iracemapolense acabou com as chances da AA Chavantense.
Em 1989, a campanha foi abaixo do esperado e novamente o time se licenciou. Esse foi o time de 1989:
Uma pena para a torcida que fazia a festa no estádio…
Uma tristeza para um estádio tão bonito…
No início dos anos 1990, o departamento de futebol foi totalmente desativado. Desde então, as bilheterias estão sem funcionar…