Presos do lado de fora – EC Santo André

25 de agosto de 2012. Jogo válido pela série C do Campeonato Brasileiro, enfrentam-se Santo André x Macaé-RJ. Seria engraçado, se fosse só mais uma cena de um filme. Seria heroico, se não fosse tão real.

É dia de jogo em casa e mais uma vez, nós, torcedores do Santo André estamos trancados do lado de fora.

A verdade é que a situação enfrentada pela torcida do Santo André já passou dos limites.

É de fazer a raiva falar mais alto.

Só pra explicar, de forma rápida, já há alguns anos o Estádio do Santo André vinha sofrendo com problemas de infiltração, tanto no lado das cadeiras cobertas, quanto na arquibancadas.

Mas a verdade é que essa conversa nunca foi muito levada a sério.

Porém, desde 2010, por questões de segurança, começaram a priorizar o uso das arquibancadas em detrimento das numeradas (o engraçado é que o oposto também já ocorrera, tendo jogos em que apenas o setor coberto estava liberado).

Em 2011, num movimento irreal, a Prefeitura Municipal de Santo André, “capitaneada” pelo prefeito AIDAN, simplesmente demoliu o setor das numeradas e sua cobertura.

Se você se preocupa com a cultura e a história do futebol, não assista o final do vídeo. Ver uma torre daquelas caindo e derrubando a marquise machuca o coração…

Fui, com dor no coração ver como o Estádio ficou após a demolição (clique aqui e veja).

Começam0s a assistir os jogos da arquibancada, e dali vimos uma má campanha na série C em 2011, que quase nos levando à série D.

Em 2012, mais de 6 meses depois da destruição, nada foi feito e simplesmente perdemos o direito de mandar os jogos no Brunão, passando a disputar o Campeonato Paulista da A2 em estádios vizinhos (1o de Maio e Anacleto).

Na última partida, quando precisávamos de uma vitória sobre o União Barbarense para não cair para a série A3, voltamos a jogar em casa, porém… com os portões fechados… Retratamos esse jogo da A2 aqui.

E é assim que seguimos. A série C de 2012 iniciou tendo como nossa casa o Estádio Hermínio Ometto, em ARARAS!!!

Depois de 4 jogos por lá, voltamos ao Bruno José Daniel, mas… Mais uma vez com portões fechados.

E assim tem sido a ridícula vida de adaptação dos torcedores locais.

A Esquadrão Andreense, ocupou os muros próximos à entrada dos visitantes.

 

A visão do jogo até que era aceitável. Ali em cima do morro (pra quem conhece a região) até teve gente tentando assistir, mas a visão é mínima…

A maior aglomeração era mesmo em frente ao portão do “finado” setor das cadeiras cobertas.

Mas houve quem encontrasse um setor mais VIP, contando com um buraco no muro que colaborava com a visão do jogo.

Tudo bem, que o “piso” do setor VIP era “lixuoso  ao invés de ser luxuoso…

Ah, e já tem setor ficando disputado. Assistir em cima da árvore por exemplo já começa a ser uma opção para quem chega mais cedo… O resultado em campo foi terrível. Santo André 0x3 Macaé-RJ. Por incrível que pareça o Santo André até jogou melhor o primeiro tempo, perdendo chances incríveis!

Mas, o segundo tempo começou fulminante e logo de cara levamos o gol do time carioca… E o poder de reação não foi suficiente para sequer empatar o jogo…

Ah, e enquanto sofríamos em campo, a Polícia Militar resolveu aparecer no intervalo e expulsar a galera que estava assistindo o jogo na parte “superior” da entrada…

Independente da posição política de cada um, ficou claro que mesmo entre os antigos eleitores do atual prefeito a relação é de decepção com a nossa prefeitura.

Por isso, mais uma vez foi realizado um enterro simbólico do prefeito que enterrou nosso estádio.

Além disso, foram distribuídos e colados pelo bairro o panfleto lembrando aos atuais eleitores a “grande obra” do Prefeito Aidan.

É triste ver o descaso com um patrimônio histórico da cidade… Até “restos de catracas” estavam por ali. E quer saber? Eu vou tentar pegar isso e guardar como relíquia, aqui em casa!

Mesmo no meio de tanta coisa triste, achei uma coisa legal, que eu não havia percebido: o (aparentemente) novo ônibus do Ramalhão. Como sei que o Anderson (lá de Curitiba, do blog Camisas e Manias) curte essa estranha ligação entre ônibus e futebol… Taí uma foto pra coleção dele.

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Cinema, futebol, arte, tubaínas e bicicletas…

Mas vale citar que o fim de semana começou com um ótimo filme, que eu recomendo a todos, chama-se “Aqui é o meu lugar”! Veja o trailer:

Após o cinema, o amigo Gabril Uchida, do quase milionário Fototorcida, nos levou a um bar de São Paulo, chamado Tubaína bar, como somos loucos por tubaína, adoramos!

Embora tenhamos chegado tarde no ABC, acordamos cedo no sábado para curtir um pouco de arte, em São Paulo, fomos acompanhar um debate sobre a exposição de João Suzuki que está acontecendo na Caixa Econômica Cultural.

O Suzuki é um artista de Santo André que criou um estilo bastante próprio e chegou a ter problemas com a ditadura militar, passando 17 dias preso no DOICOD.

Aproveitamos e demos uma passada na exposição “Gesto Amplificado”, que une a arte com crítica social.

Um trabalho bem legal do mexicano Horácio Cadzco, que mostra algumas figuras conhecidas no México por “baixo da pele”…

Mas, enfim chegou o momento de ver um jogo, pela série B do Campeonato Paulista, a quarta divisão estadual. O jogo era entre o Nacional da capital paulista e o Votuporanguense. Esse é o ônibus deles, em homenagem ao amigo Anderson :

Já vimos um jogo deles, valendo o acesso à série A3, veja aqui como foi. E a torcida do Nacional compareceu. E por que torcer pro Nacional? Ouve aí…

 E lá fomos nós para mais uma aventura histórica pelo futebol…

Nosso “guia local” nos jogos do Nacional é o amigo Álvaro, que já foi várias vezes ver o Ramalhão com a gente! Além de bom conhecedor e “vivenciador” do futebol do interior, Álvaro começa a ficar conhecido pelas caras estranhas que sai nas fotos hehehe.

Foi bacana ver que o time de Votuporanga, além de levar um bom público nos jogos em casa, está trazendo gente para os jogos mais distantes. Muito respeito e admiração pelos mais de 50 torcedores que foram à capital.

Aqui, a faixa da TURA – Torcida Uniformizada Raça Alvinegra.

O Estádio Nicolau Alayon é mais um daqueles que permitem uma proximidade bastante grande com o jogo e com os jogadores. Principalmente com os reservas.

Deu até pra trocar uma idéia com os reservas do Votuporanguense. Segundo eles, a média de público em Votuporanga está em 3 mil torcedores.

Falando um pouco do jogo, o Nacional começou fazendo valer sua condição de mandante e indo pra cima do time visitante.

O início forte fez com que o time abrisse logo de cara 2×0 no placar, para a alegria da torcida local.

Entretanto, ainda no primeiro tempo, o time do interior diminuiu.

E no segundo tempo, o pesadelo para o torcedor do Nacional… Gol do CAV… Que garantiu o resultado final em 2×2.

Um resultado que não ajuda muito nenhuma das duas equipes.

Para o Nacional, ficou um sentimento ainda pior, uma vez que havia um razoável público presente, que seria ainda mais empolgado no caso de uma vitória.

Pelo lado do CAV, o empate foi o terceiro consecutivo nessa fase, deixando a equipe com apenas 3 pontos.

Se para um, não é fácil ser um time na capital, onde todos os olhares se voltam para os chamados “grandes”, para o outro, ser um time tão distante da capital, acaba fazendo com que a mídia praticamente não se recorde deles.

A solução? Talvez encher a cara no bar do estádio, talvez se agarrar a esta oportunidade do acesso para a A3…

Pra nós, era hora de ir embora e pegar a estrada… Nosso destino, as estradas de terra de Cosmópolis para mais uma aventura de bicicleta, no domingo pela manhã!

É assim que conseguimos misturar as coisas e manter nossa vida de um jeito alegre e divertido!

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O futebol em Cravinhos

“Era inverno mas o sol marcava horário de verão”…

Com a frase do 365 ilustrando o dia, lá fomos eu e a Mari para mais uma aventura em busca de um estádio e suas histórias…

Nosso destino era a cidade de Cravinhos!

Cravinhos

A cidade ainda mantém sua rica cultura e bela arquitetura!

O time que representou a cidade nas disputas profissionais da Federação Paulista é o Cravinhos Atlético Clube, atualmente desfiliado do futebol profissional da Federação Paulista.

O “CAC” foi fundado em 12 de julho de 1906, como a fachada do Estádio faz questão de nos lembrar!

Estádio JD Martins - Cravinhos

E foi no histórico Estádio João Domingos Martins que o time mandou seus jogos no profissionalismo.

Estádio JD Martins - Cravinhos

O Estádio tem capacidade para cerca de 3 mil torcedores:

Estádio JD Martins - Cravinhos

A vida do time na competições da Federação começa em 1930, quando disputou o Campeonato Paulista do Interior, não passando da fase inicial.

Em 1931, classificou-se à segunda fase vencendo num mata-mata o Batatais e jogando a primeira eliminatória por 2×1 contra o Botafogo, em Ribeirão (no campo do Comercial). Na sequência enfrentou o Floresta no campo da Sanjoanense e venceu por incríveis 4×3, levando o time até a final, contra o XV de Piracicaba! Infelizmente, na final, mais uma vez jogando fora de casa, o 1942, o time levou o 2×1 no último minuto de jogo, perdendo a chance da conquista do título.

Em  1942, também ficou na 1a fase (que se resumiu a um “mata-mata” contra o Botafogo de Ribeirão), em 43, o mata-mata foi contra a Portuguesa de Ribeirão Preto, em 44 contra o EC Mogiana, também de Ribeirão, em 45, novamente contra o Botafogo.

Olha o time de 1945:

Cravinhos AC 1945

Embora não seja utilizado em disputas profissionais, o Estádio JD Martins está muito bem cuidado. A pintura das bilheterias está praticamente nova.

Estádio JD Martins - Cravinhos

Em 1990, o CAC se aventurou no futebol profissional e disputou o Campeonato Paulista da Quarta Divisão nesse mesmo estádio.

Estádio JD Martins - Cravinhos

Times como José Bonifácio EC, União Suzano AC; AA Ranchariense, A Monte Azul e até o São Caetano estiveram aí disputando o acesso para a Tercerona.

Estádio JD Martins - Cravinhos

O gramado também está muito bem cuidado e tem sido utilizado pelo CAC na disputa do Campeonato Paulista de Futebol Amador e na disputa de competições envolvendo times das categorias de base.

Estádio JD Martins - Cravinhos

Após essa única participação, a cidade voltou à condição de órfã de um time profissional.

Mas, o CAC mantém-se ativo no futebol amador. Em 2015, após classificar-se em 1º lugar no geral, o CAC chegou a final do torneio contra o time do Brodowski FC. Brodowski FC Um empate por 1×1 no primeiro jogo e a decisão, em Cravinhos, no dias 12/07, data que o CAC completou 109 anos de fundação, por isso o pessoal aproveitou bem e fez uma exposição com fotos históricas do time. Fotos históricas - CAC 109 anos Fotos históricas - CAC 109 anos E em campo, uma emocionante partida fez a alegria dos mais de 3 mil torcedores!! Estádio JD Martins - Cravinhos O público foi ao delírio com a vitória de 4×2, para os “diabos-rubros” de Cravinhos… CAC campeão amador de 2015 - Estádio JD Martins CAC campeão amador de 2015 - Estádio JD Martins CAC campeão amador de 2015 - Estádio JD Martins CAC campeão amador de 2015 - Estádio JD Martins

Eu confesso que por mais que o título seja uma grande honra, ainda fico triste em ver um estádio e uma cidade tão bacana, com tanto potencial, fora do profissionalismo…

O Estádio JD Martins merecia no mínimo ver a série B do paulista, novamente…

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138- Camisa do Amparo Athlético

A 138a camisa da nossa coleção foi presente do amigo João Vitor Pagan Bueno, mais um torcedor que quer ver o futebol da sua cidade valorizado como costumava ser antigamente.

O time dono da camisa vem mais uma vez do interior de São Paulo, de uma cidade próspera e muito agradável chamada Amparo.

O time dono da camisa é o Amparo Atlético Clube.

Já estivemos lá, assistindo uma partida do time, veja aqui como foi.

Segundo alguns estudiosos, Amparo foi um dos berços do futebol no interior. Tanto é que desde 1904, já existiam campeonatos sendo disputados pelo time local, na época o “Amparense”. O Amparo Atlético Clube (na época “Amparo Athlético Club”) nasceria em 1919. Essa é uma foto do início do time:

Achei algumas fotos dos torcedores daquela época, em uma partida que o Amparo Athlético disputou contra o Palmeiras:

Essa e outras fotos antigas podem ser visualizadas neste link.

O rival local histórico do time era o Floresta AC, fundado um ano depois, em 1920:

E a rivalidade até ajudou a manter a competitividade dos times. Em 1929, o Floresta sagrou-se campeão do Interior pela APEA. O resultado? O título do ano seguinte manteve-se em Amparo, mas desta vez foi para as mãos do Atlético, numa incrível final, disputada contra o Paulista de Jundiaí, num jogo que terminou 6×2. Para comemorar o título, o Atlético convidou o Bragantino, outro forte rival local para uma partida amistosa em 1931 e goleou por 4×1.Veja mais detalhes e histórias sobre essa rivalidade aqui. Em 1948, o Amparo Atlético disputou pela primeira vez um campeonato de Acesso da FPF. Seria a primeira de mais de 20 participações. Em 1952, nova conquista do Campeonato do Interior. A década de 1980 mostrava o quanto a torcida incentivava a equipe, veja o Estádio cheio, na foto abaixo:

Amparo

Aqui, um dos craques do time da década de 80, Amaral, pais dos zagueiros Luisão e Alex Silva.

Em 1984, o Atlético resolveu se afastar do futebol profissional, para a tristeza de sua torcida e da população de Amparo. De tempos em tempos, o time ressurge e acaba disputando a série B da Campeonato Paulista, como fez recentemente em 2010, quando pudemos acompanhar o time (veja aqui como foi). Esse foi o time daquele ano: O mascote do time é o Leão, assim como seu apelido. O time manda seus jogos no Estádio José Araújo Cintra, fizemos essas fotos em nossa visita em 2010:

Naquele dia o estádio recebeu um ótimo público!

Aqui dá pra se ver um pouco da cidade ao fundo!

E pra quem quer vivenciar alguns segundos de arquibancada com a torcida local, segue um vídeo:

Falando em torcida, outro presente que o João Vitor me mandou foi a camisa da Torcida “Leões da Montanha“:

O pessoal tá sempre lá presente, levando sua faixa e sua voz em apoio ao Atlético!

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Aventuras boleiras na cidade maravilhosa – parte 5: Sede do América-RJ

Depois de visitar o estádio das Laranjeiras, o campo do São Cristovão, São Januário e até o Estádio do Resende, seguimos nossas aventuras pela cidade maravilhosa, e agora é hora de falar da nossa visita à sede do América, time que já foi tema de post aqui no blog, veja como foi aqui.

A sede do América fica no mesmo lugar onde o time mandava seus jogos, antigamente e era conhecido como “Estádio da Rua Campos Sales“. Agradecemos os diretores lá presentes que nos deixaram entrar e fazer algumas fotos.

Outros times chegaram a usar o Campo da Rua Campos Sales, casos do Oriental e do Haddock Lobo. O América passou a usar o campo depois de ter incorporado o Haddock Lobo, em 1911, mandando ali os jogos do Campeonato Carioca. O primeiro deles, a vitória de 3×1 sobre o Rio Cricket. Em 1924, o estádio ganhou as primeiras arquibancadas de cimento. Atualmente, há poucos detalhes do antigo estádio.

Mas, só de poder conhecer pessoalmente mais um lugar histórico para o futebol carioca, já valeu a pena. Foi nesse ex-estádio, que em 1914, durante um jogo contra o Fluminense, que a torcida americana passou a chamar os tricolores de Pó de arroz, devido ao jogador Carlos Alberto, passar pó de arroz no rosto para se clarear.

Foi em Campos Sales, que o América conquistou suas maiores glórias, como os campeonatos cariocas de 1916, 1928 e 1931. Com a morte do Doutor Francisco Satamini, sócio do América e proprietário do terreno, os vários herdeiros resolveram fazer um leilão do campo e pela salvação do clube Visconde de Morais empresta a quantia para adquirir o terreno. Em 1931, com a morte do Visconde, o América voltou a enfrentar os herdeiros que queriam receber a hipoteca. O problema só foi ter um final em 1934, com o pagamento final da dívida.

Em 1952, o Estádio teve sua capacidade ampliada para 25.000 lugares. Infelizmente, a vida do estádio teve pouco mais de 10 anos depois desta ampliação. O último jogo em Campos Sallles, em 1961, foi América x Olaria.

A partir daí, o América adquiriu  o Estádio Wolney Braune, o Estádio do Andaraí, onde passou a mandar seus jogos. Acho sempre triste a demolição de um estádio. Mas… Seguimos nosso rolê, pela cidade maravilhosa…

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Santo André 0x0 Vila Nova-GO (Série C 2012)

Sábado, 14 de julho de 2012, dia de acompanhar o meu time do coração, na série C. Ainda jogando em Araras, o Santo André iria enfrentar o Vila Nova-GO.

Em campo, dois times que já viveram fases melhores, agora se encontram pela terceira divisão nacional.

O único lado bom desses jogos acontecerem em Araras é que acabamos ficando mais íntimos do Estádio Hermínio Ometto e achando algumas coisas únicas como esse “vale água” que deve ser usado no estádio desde a época que o Roberto Carlos jogava no União.

O pipoqueiro também traz em seu carrinho um adesivo de amor ao time local.

Pra quem achava que o Santo André iria jogar para ninguém, tão longe de casa, a Torcida Fúria Andreense deu a resposta e levou uma galera.
Aliás, segundo o presidente da torcida, Renato Ramos, se tivessem mais ônibus iria ainda mais gente, assim, se algum empresário quiser apoiar… Taí a chance!

A rapaziada da TUDA e da Esquadrão Andreense também esteve presente!

E a torcida do Vila Nova, a “Sangue Colorado” também apareceu por lá!

E em campo ainda tivemos a presença de um ilustre ex-jogador do Ramalhão.
O goleiro Júlio César agora defende a meta do time goiano.

Se em campo o jogo andava morno, a Fúria literalmente botou fogo nas arquibancadas…

E quando os fogos pareciam acabar, veio o “Blue Hell Andreense”. Parabéns ao pessoal!

Isso, fora as faixas que estiveram colorindo de azul o estádio normalmente alvi verde.

Falando do jogo em si, embora o início do jogo tenha dado uma ideia de que o Santo André dominaria o adversário, o jogo como um todo foi muito amarrado, sem grandes chances.

As bolas paradas ainda levaram alguma emoção, mas confesso que o 0x0 foi mesmo um placar justo.

Falando sobre culinária de estádio, fica a dica para o tio da paçoca: Leve mais paçocas!!!

Como torcedor, fica a esperança que o técnico do Santo André tenha maior sorte no próximo jogo, contra o Madureira, no Rio de Janeiro.

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(Mesmo que ele mande os jogos em uma cidade 250km longe…)

Amistoso internacional alternativo

24 de junho de 2012.

Mais uma vez cruzando fronteiras. O fim de semana é curto, com sol e frio.

Mas lá vamos nós para conferir um amistoso único.

Charlotte Eagles (USA) x JAC ( Jacutinga)!

O jogo foi realizado no Estádio Municipal Luiz de Morais Cardoso, na tradicional cidade de Jacutinga, em Minas Gerais.

A cidade ,bastante conhecida por ser um polo da moda, principalmente das malhas, está crescendo a cada ano. E não apenas economicamente, a cultura, lazer, educação e esportes são apresentados como novos caminhos para a população. O cuidado estético com os detalhes, levaram para as calçadas o bonito brasão do município. Mas ainda se pode encontrar aquelas tradicionais construções que relembram um pouco da história da cidade. E eu acho isso muito importante! E lá fomos nós para conhecer o Estádio Municipal… Como sempre, uma primeira olhada nas bilheterias do Estádio, que será utilizado pelo JAC na disputa da segunda divisão do Campeonato Mineiro.

O ingresso para o jogo era um produto de higiene a ser doado ao Lar Américo Prado, instituição da cidade que cuida de 162 crianças diariamente.

A preliminar foi feita entre duas equipes locais: “Alto da Santa Cruz x Sapucaí”:

Logo de cara, tivemos a oportunidade de poder conversar com o presidente e treinador do time local, José Claudio Soléo.

Num rápido papo, ele nos contou um pouco sobre as expectativas do time para 2012 e para o amistoso:

O amistoso teve um caráter um pouco diferente. Mais do que apenas o futebol, ele envolveu um intercâmbio cultural e religioso.

Em Jacutinga, quem colaborou com a execução do jogo foi o pessoal da Igreja Presbiteriana local, e além da partida aconteceram palestras, oficinas de futebol e outros eventos para a comunidade local.

Do lado do Charlotte Eagles, o brasileiro Marcelo Cruz é quem cuidou da correria e da estrutura para que os americanos pudessem realizar todas as atividades.

O Marcelo nos apresentou os atletas e permitiu que batessemos um papo com alguns deles. Resumindo um pouco do que ele diz, o time que veio ao Brasil é da categoria de base do Charlotte Eagles e já estiveram em Limeira, Rio de Janeiro e agora Jacutinga.

 

Perguntei também sobre como era jogar aqui, contra times de brasileiros e ele mostrou que o Brasil ainda tem muito respeito no exterior, quando o assunto é futebol.

 

Após muito papo, era hora de futebol e o pessoal local deixou tudo com uma cara muito séria. Pudemos acompanhar tudo, desde a saída dos times do vestiário…

E por ser um amistoso internacional, teve até direito a hino nacional, com as equipes postadas em campo.

E a torcida do JAC quase conseguia ouvir o Galvão Bueno gritar “Boa tarde amigos, hoje, o JAC é Brasil!”.

Pena que para os atletas, a visão era essa… Poucas pessoas nas arquibancadas do estádio…

Esse é mais um exemplo de como o Brasil ainda está longe de ser o país do futebol… Um amistoso como esse, trazendo para a cidade um time dos Estados Unidos merecia ter casa cheia.

Hino cantado, vamos ao momento que registra para a história os dois times que participaram do amistoso.

  Bola rolando e a diferença técnica entre os dois times logo ficou clara. O JAC, ainda que em momento de preparação, apresentava toque de bola e uma organização em campo muito consistente, dominando a posse de bola. O domínio acabou gerando uma confiança muito cedo no time local e os americanos do Charlotte Eagles até que levaram perigo em dois contra ataques. Mas acabaram sendo chances isoladas e mesmo no escanteio, o time americano não levou grande perigo ao JAC. Embora programado para as 15h45, o jogo só foi começar uma hora depois, esse foi o único deslize da organização. Acabamos tendo de voltar antes do jogo terminar. Por sorte, pudemos conhecer novos amigos durante a partida e uma ligação hoje (segunda feira) pela manhã me confirmou o placar final: JAC 8×0 Charlotte Eagles. Para a alegria da galera! Agora, o JAC volta suas atenções para a preparação para a disputa da segunda divisão Mineira. Boa sorte aos dirigentes, atletas e torcedores!!

Ah, e um obrigado especial para o grande Tio Lúcio, que nos acompanhou nessa viagem! Fica registrado mais um estádio, mais uma aventura nesse maravilhoso mundo do futebol…

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O Estádio Lusitana e o Alfredo de Castilho em Bauru

Ainda na sequência do feriado de Corpus Christi, em junho de 2012, esticamos nossa viagem que já tinha chegado até Jaú (veja aqui como foi a visita ao campo do XV) para a bela cidade de Bauru, terra do Noroeste, e do Bauru Atlético Clube, clube onde Pelé iniciou sua carreira.

Antes que você pense que fomos fotografar o Estádio Lusitana, onde o BAC mandava seus jogos, saiba que trata-se de um “estádio extinto”.
Isso mesmo, em 2006, o Estádio foi demolido e deu lugar a um supermercado (de uma rede da cidade vizinha pra piorar… ).

Só restaram estes belos murais relembrando o BAC, time que foi fundado em 1º de maio de 1919, ainda sob o nome de Lusitana Futebol Clube (somente em 1946, mudou seu nome para Bauru Atlético Clube). Brasão do sempre necessário site Escudos Gino:

Aqui, uma imagem do time de 1975, para os mais saudosos, com o Pelé defendendo o time em um jogo festivo. O BAC teve 13 participações no Campeonato Paulista de Futebol:

E aqui, uma imagem antiga do estádio. Eu sei que se analisada friamente, a realidade atual não permite, ou não justifica, ou não banca dois times em uma cidade, com dois estádios e tal.

Mas… Que dá muita dó ver um estádio dar lugar a um mercado, isso dá…

Bom, mas se o BAC deu muito orgulho no passado, o E.C. Noroeste é quem defende as cores da cidade, atualmente, e lá fomos nós conhecer o fantástico Estádio Alfredo de Castilho.

Como sempre, antes de entrar, uma volta pra ver as bilheterias! Quanto mais roots mais legal!

Ainda do lado de fora, um fantástico recado aos jogadores e motoboys entregadores de pizza:

Nosso guia foi o assessor de imprensa, Thiago, e ao centro o amigo que trabalha na portaria do estádio e que se mostrou grande conhecedor das histórias do clube.

O local, mais do que um estádio, abriga um complexo esportivo com campos de treinamentos, piscinas e até um ginásio.

O Estádio Alfredo de Castilho foi inaugurado em agosto de 1935, seu nome é homenagem a Alfredo de Castilho, diretor da E.F. Noroeste do Brasil.

Além de tudo, existe a loja do clube anexada ao estádio:

O Estádio tem atualmente, capacidade para mais de 16 mil torcedores.

A tribuna de honra, próxima do banco, afinal, presidente pode cornetar hehehe…

O Estádio carrega uma história triste. Em 1958, em uma partida contra o São Paulo, um incêndio consumiu as arquibancadas populares e gerou pânico nos presentes. Cinco pessoas ficaram feridas. Acidentes a parte, lá estamos nós em mais um histórico estádio do interior de São Paulo.

O time só voltou a mandar seus jogos em sua casa novamente, em 1960, e em um estádio de novo nome: Ubaldo de Medeiros.

O novo estádio só voltaria a se chamar Alfredo de Castilho em 1964, e assim segue até hoje.

Saímos do Estádio e aproveitamos para dar um pulo na sede da Torcida Sangue Rubro, onde fomos muito bem recebidos pelo José Roberto Pavanello (e pelo pai dele, que estava almoçando).

E aí, mais uma vez eu posso dizer que quem faz os clubes são as pessoas, os torcedores, não os jogadores. Jogadores vem e vão, mas torcedores estão sempre ali.

Na pouco mais de meia hora que ficamos por ali, pudemos contar e ouvir histórias incríveis de gente que ama e entende a importância do futebol para a sociedade como um todo.

Poucas vezes eu ouvi de um dirigente de Organizada um discurso tão legal como o que ouvi do pessoal da Sangue Rubro.

Amizade, dedicação e respeito, mesmo aos mais tradicionais rivais, além da atenção e cuidado com o time e a torcida. Parabéns ao pessoal da Sangue! Aliás, o site deles: http://www.sanguerubro.com.br 

E lá vamos nós para a estrada… Em busca de mais estádios, torcedores, times, futebol…

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Em busca do estádio perdido em Jaú

Sexta feira, a chuva não passa em pleno feriado prolongado. Desafiamos o mal tempo e pegamos a estrada rumo a Jaú, a capital dos calçados, e por que não, um dos berços tradicionais do futebol de São Paulo. Nosso destino: Estádio Zezinho Magalhães, a casa do XV de Jaú!

Chegamos no estádio ainda pela manhã, mas a combinação chuva+feriado prolongado nos deixou em dúvida se encontraríamos alguém ali. De qualquer forma, podemos começar dando uma rápida olhada nas bilheterias!

O jeito foi aproveitar o lado externo do Estádio para registrar nossa presença.

O Estádio Zezinho Magalhães foi construído em 1951, para substituir o antigo Estádio Artur Simões, uma vez que o XV iria disputar a primeira divisão do Paulista.

O nome é uma homenagem a José Maria Magalhães de Almeida Prado, presidente do clube e prefeito de Jaú, na década de 50.

Quando já nos preparávamos para ir embora, o atual zelador do estádio, o “Seo Antonio“, apareceu e nos liberou a entrada para fazer umas fotos dentro do “Jauzão”.

A capacidade atual do estádio é de 20.000 pessoas.


Em 1978, na inauguração do sistema de iluminação, que o XV de Jaú bateu o Cerro Porteño do Paraguai, por 3×0.

A cidade de Jaú ainda mantém uma forte tradição do futebol. As pessoas se orgulham do estádio e do time e prestigiam as cores, camisa, bonés e outros adereços em lembrança ao time da cidade.

Dando mais uma olhada pelo estádio, dá pra ver o cuidado que tem com o campo, a começar pelo banco de reservas.

O Galo da Comarca está estampado por todos os lugares e muros!

O Estádio tem ainda em seu entorno uma série de aparelhos, incluindo até um outro campo de futebol para o treinamento de suas equipes.

Só faltou um solzinho pro rolê ficar perfeito!

O gramado está muito bem cuidado, e olha que tem jogado ali as categorias de base quase que semanalmente.

Uma última olhada no campo, para darmos um role pela cidade!

Uma sacada interessante do pessoal de Jaú, foi ter a lojinha do time junto do estádio e ao lado dela, uma mostra dos troféus conquistados, a vista de qualquer um que passe pela frente do Zézinho Magalhães.

Como sempre digo, pra nós é sempre uma honra de poder estar em campos como este, que carregam décadas de histórias do futebol do interior…

Mas pra quem gosta de futebol, Jaú tem outros pontos interessantes e bastante conhecidos, além do Estádio. Assim, fomos conhecer alguns deles, a começar pelo restaurante do Zezinho Galazini, ex dirigente do XV de Jaú que tem um monte de histórias pra contar.

Mas… só indo lá pra se ouvir, até porque são histórias polêmicas hehehe.  O restaurante fica no centro de Jaú, na Rua Amaral Gurgel, 321.

Outro ponto clássico para os boleiros da cidade e da região é o Célio Sport Bar, onde se reunem torcedores do XV pra falar do time e pra tomar uma gelada!

O bar é todo decorado com apetrechos e fotos do time, e já foi tema de diversas matérias sobre futebol, entre elas uma da ESPN para o programa Loucos Por Futebol. O bar fica ali na Rua Quintino Bocaiúva, ne região central da cidade.

Mas a principal atração do bar é mesmo o Célio, que é torcedor fanático do XV de Jaú e que montou todo esse cenário!

Hora de ir embora, deixando como destaque final a lembrança do jogador Kazu, que defendeu o time e até hoje colabora apoiando o XV.

E você? O que tem feito para que o time da sua cidade não morra?

Apoie o time da sua cidade!!!

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Aventuras boleiras na cidade maravilhosa – parte 2: Estádio do São Cristovão

Após conhecer o Estádio do Flu, foi a vez e caminharmos para o bairro de São Cristovão, conhecer o campo onde nasceu Ronaldo Fenômeno para o mundo do futebol e que agora o homenageia com seu nome: Estádio Ronaldo Luis Nazário de Lima, a casa do São Cristóvão! Distintivo do São Cristóvão O campo deles fica embaixo de um viaduto hehehe é bem legal. Até minha mãe esteve nesse rolê! O Estádio Ronaldo Luis Nazário de Lima, que teve sua venda cogitada por empresários ligados à indústria imobiliária, é muito arrumadinho. Antes de se tornar Ronaldo, era chamado Estádio Figueira de Mello. Foi inaugurado em 1916, em uma partida contra o Santos, frente a um público de 6.000 torcedores. Aliás, esse jogo criou um diferente laço de amizade entre os clubes, dizem até que havia no muro da Vila Belmiro um escudo do São Cristovão no muro, expressando essa amizade. Quando surgiu, foi construído com arquibancadas de madeira, que tremia, rangia e estalava durante os jogos.

Atualmente, ainda que sejam em pequeno número, as arquibancadas estão praticamente novas! Mas a mudança não aconteceu tão naturalmente.

Em 1943, num jogo contra o Flamengo, num estádio completamente lotado, parte da arquibancada superlotada desabou e 224 torcedores foram hospitalizados. Por isso, o clube substituiu-a por uma arquibancada de concreto.

Ok, o estado do gramado não estava assim tão perfeito. Mas essa é a realidade do futebol brasileiro e tem que dar orgulho mesmo assim. Lá ao fundo pode se ler “Aqui nasceu o fenômeno”. É o principal atributo de marketing usado pelo time do subúrbio carioca.

O pessoal que trabalhava por lá foi muito gente boa e permitiu a gente entrar até no campo.

De novo vêm à minha mente milhares de imagens de cenas e lances que devem ter ocorrido nesse campo. Quanto escanteios, carrinhos, lágrimas e sangue…

O fato de sobreviver, ainda que na segunda divisão, é sem dúvida um título para o São Cristovão.

Ao fundo pode se ver um Rio de Janeiro que não faz parte dos cartões postais comprados pelos turistas, mas que representa a vida cotidiana de milhares de pessoas.

Dá pra fazer uma pressão no bandeira ou não??

Na parede do clube está o hino, pra ser cantado e relembrado pela sua torcida!

E ali está o esquadrão de 1926, que levantou o troféu de campeão carioca, daquele ano.

Aliás, a década de 20 foi marcada por grandes times do São Cristovão.

O placar, humilde, ainda mostra o último embate, terminado em igualdade…

E na parede, ainda que um pouco suja, está o brasão… O distintivo do clube, que atletas, diretores e torcedores carregam no peito, como símbolo do time do bairro.

Aliás, o clube faz questão de fortalecer sua “marca” espalhando-a por todo o local. E isso é legal e uma boa dica para os clubes que não tem seus distintivos presentes na mídia.

E relembrar a mais importante conquista também faz parte. O passado tem que servir de alicerce para um futuro e presente melhores.

Pra quem acha que esse tipo de mensagem só existe em estádios gringos, olha aí que legal:

Pra quem acha que futebol e família não tem nada a ver, taí meu pai e minha mãe acompanhando a aventura!

Gosto quando podemos entrar no campo e pisar na parte mais sagrada dos estádios. Muitas vezes renegada aos torcedores.

O Estádio do São Cristovão era chamado de “o campo da Rua Figueira de Melo”, ou até o Estádio Figueira de Melo.

Essa é a parte externa do estádio. A esquerda tem o viaduto e a rua, o campo fica no lado direito.

Só pra relembrar… foi aí que Ronaldo deu seus primeiros chutes… Ele bem que poderia dar uma força maior para o clube.

Dentro ou fora do campo…

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