O futebol em Tapiratiba-SP

No carnaval de 2024, tivemos a oportunidade de fazer mais um rolê misturando futebol, natureza, cultura e estrada.
Nossa primeira parada foi a cidade de Itobi, passamos também por Casa Branca, Mococa, Arceburgo (MG), Guaranésia (MG), Guaxupé e agora chegamos a Tapiratiba.

Tapiratiba é uma pequena cidade do interior de São Paulo, onde vivem quase 12 mil pessoas. Ocupada originalmente por povos Guaranis (segundo o site Native Land), Tapiratiba significa “lugar com muitas antas”.
Mas não há mais antas nas ruas de Tapiratiba.

A atual cidade nasceu no século XIX, e se tornou um distrito de Caconde em 1906, o “Distrito de Soledade”. Em 1903 foi inaugurada a estação de Itaiquara, em terras da Usina Itaiquara, em Tapiratiba. Foto do site Estações Ferroviárias:

O povoado de Itaiquara fica longe, como você pode ver no mapa:

Tão longe que tinha até um time próprio, o Botafogo:

A atual cidade nasceu no século XIX, e se tornou um distrito de Caconde em 1906, o “Distrito de Soledade”.
Em 1928, se torna Município de Tapiratiba.
E já nos anos 40, existem notícias do futebol surgindo na cidade, como retrata o “Jornal de Notícias”de 1946, citando partida Tapiratiba FC 5×2 Igaraí FC.

Por isso, fomos até lá para registrar o atual Estádio Municipal.

O estádio possui um bonito muro de tijolos provavelmente levantado há bastante tempo.

Dando uma pescoçada por cima do muro, dá pra ver que existe uma linda arquibancada do outro lado.

Por isso nos esforçamos em dar um jeito de entrar no Estádio e isso foi possível graças a um segundo portão localizado do lado da arquibancada. Enquanto eu fazia as fotos a Mari botava os pés pra cima, literalmente…

Então, aí vamos nós!!!

E aí veio a grande surpresa desse rolê, uma arquibancada de pedras!!!

Lá dentro, junto ao bar, uma série de fotografias de times da cidade:

E cá estamos em mais um estádio incrível do interior paulista:

Aqui, o gol da esquerda:

O gol da direita:

O meio campo:

E o gol, que nunca pode faltar! Olha lá atrás a igreja…

Atrás do gol, um espaço arborizado com bancos pra quem prefere ver o jogo na sombra…

Quer entrar?

O amigo Mauricio de Paula conseguiu algumas fotos dos times que defenderam a cidade em meados do século XX, como essa do Esporte Clube Tapiratiba de 1946:

Em 1951, disputou o Setor 2 do Campeonato do Interior, aqui registrada a partida contra o Rio Pardo, no Jornal de Notícias.

Em 1956, a cidade recebe o Campeonato Amador do Interior, tendo o EC Tapiratiba como clube da Zona 3, Série 14.

Aqui, matéria da Gazeta fala de uma vitória importante do Tapiratiba EC frente o Palmeiras FC de São João da Boa Vista:

Aqui, o time de 1957:

Pra terminar, vale lembrar uma matéria feita em 1994 que deu o título à cidade de capital nacional da produção de bolas de futebol:

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O triste retorno ao Estádio do Radium FC

No carnaval de 2024, tivemos a oportunidade de fazer mais um rolê misturando futebol, natureza, cultura e estrada.
Nossa primeira parada foi a cidade de Itobi, passamos por Casa Branca e agora chegamos a Mococa.

Já estivemos por lá nada mais nada mesmo que 15 anos atrás em um momento muito melhor, acompanhando uma partida do Radium FC!! Veja aqui como foi.

Minha relação com Mococa é antiga, graças a uma antiga banda chamada EDRH e do “Joey“, que depois de anos sem contato acabou me encontrando em um jogo do União São João, confira aqui!!

O Radium FC foi fundado em 1º de maio de 1919, logo, com forte ligação operária, e provavelmente anarquista. O Verdão da Mogiana foi o terceiro clube do interior paulista a conquistar a divisão de acesso, atrás do XV de Piracicaba (1948) e Guarani de Campinas (1949)

Se você quer ver mais sobre o time do Radium dê uma olhada no outro post que escrevemos contando sua história e até mostrando a camisa comemorativa do seu centenário, por que hoje vamos nos focar apenas no seu Estádio.

O time se encontra licenciado desde 2013, quando participou da série B, a quarta divisão do futebol paulista na época.
Nesta época, o Radium FC mandava seus jogos no Estádio Olímpico São Sebastião, que chegou a ter capacidade para aproximadamente 7 mil torcedores (foto do site Fotki):

Mas com o licenciamento do Radium, o Estádio São Sebastião atualmente está abandonado…

A história por traz do afastamento do time é longa, envolve dívidas que alguns dizem serem impagáveis além de várias tentativas de leiloar o estádio que acabaram impugnadas.

Fato é que quem está pagando o preço é a cidade e seus torcedores que têm que conviver com a triste imagem do Estádio São Sebastião assim…
Mais do que fechado. Lacrado!

É de causar dor e tristeza mesmo a quem fosse torcedor de um time rival ver o Estádio dessa maneira.

Uma das entradas para a área de dentro do Estádio segue aberta e, preparando-me para fatos lamentáveis, decidi ver como estava o campo…

O caminho inicial já mostra que o mato cresceu bastante por onde pode…

E aí estou… Em meio a uma visão meio apocalíptica do estádio, como se o mundo tivesse parado e a natureza tivesse a oportunidade de dominar o que ficou…

Ah, que coisa estranha pensar em um espaço de tamanha importância assim abandonado. É até mesmo arriscado em época de dengue ter uma área assim tão descuidada…

A impressão que fiquei é que tem gente ocupando (não sei se morando ou apenas passando algum tempo) dentro dessas áreas…

As arquibancadas também começam a ser dominadas pelo mato… O que diria a torcida que anos, décadas atrás, estava ali, pulando, gritando e celebrando as vitórias do Radium?

Se eu voltasse ao passado e falasse que um dia o Estádio S!ao Sebastião estaria assim abandonado, será que alguém acreditaria?

A situação é um verdadeiro nó cego, sem pontas para se desatar. Será que alguém do poder público pode fazer alguma coisa? Ou algum empresário consegue enxergar uma oportunidade com uma eventual SAF?

Se para mim que não sou torcedor do Radium nem morador de Mococa já dói… Imagino como deve ser pra quem é da cidade. Ou será que ninguém mais se importa? Afinal, ao mesmo tempo em que eu via essas imagens e sentia um aperto no coração, lá fora a nova geração se divertia com o carnaval, sem parecer se importar muito com a situação do Estádio e até aproveitando para torná-lo mictório público…

O gol… Como foi de tão desejado para tão abandonado? Qual foi o último gol marcado aí? Quem marcou? E quem estava no campo em sua última partida? Onde estão hoje? Como se sentem com tudo isso? Tem algo que pode ser feito? Quantas perguntas sem respostas…

Por dias melhores, fica nosso singelo apoio por meio deste ineficaz post…

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De volta à Casa Branca!

No carnaval de 2024, fizemos um rolê pela divisa SP/MG e depois de passarmos por Itobi, chegamos à cidade de Casa Branca, a capital da Jabuticaba!

A cidade possui cerca de 28 mil habitantes e tem grande importância no agronegócio nacional: é a maior produtora de laranja do Brasil, a maior produtora de batatinha de São Paulo, além da jabuticaba, da qual é responsável por quase metade da produção do estado.

A paixão é tanta que Casa Branca tem a jabuticabeira presente até mesmo em seu brasão.

Assim como a vizinha Itobi, Casa Branca fica em uma região cortada pelos rios Moji-Guaçu e Pardo o que induz a imaginarmos que a região foi densamente ocupada há milhares de anos por diferentes povos que buscavam alimentos fornecidos pela presença de tanta água.

Com a chegada dos europeus, a partir do século XVI, tanto estes rios quanto as pessoas que ali viviam passaram a ser incomodadas pelos bandeirantes que os escravizavam, e também pelos representantes da Igreja católica que buscavam novos fieis para suas fileiras.
Essa soma diabólica significou o fim (ou quase isso) para os povos originários da região.

Casa Branca só aparece como povoação em registros datados do fim do século XVIII, citando uma pequena “casa caiada”, que ficava ao lado do pouso dos tropeiros que percorriam a “estrada real”.
Em janeiro de 1878, a Companhia Mogiana de Estradas de Ferro chegou à Casa Branca, já elevada à cidade, desde 1872. Foto do site Estações Ferroviárias, possivelmente dos anos 10:

Neste rolê acabamos cruzando esse lugar… Será que é a estação original?

Vale a pena lembrar que já estivemos lá, veja aqui como foi!

Dessa vez fizemos o rolê com um pouco mais de tempo, mas ainda sem dormir por lá (aliás, alguém sugere um lugar bacana para se hospedar?), deu pra pelo menos curtir os detalhes, como esse simpático lagarto.

Gastamos um tempo curtindo o momento de estar em uma cidade diferente, apenas vivenciando aquele tempo na praça central, que é linda, sem nenhuma grande preocupação. Viajar é isso… Conhecer o novo, passear, estar em ócio…

A arquitetura do início do século XX segue de pé pela região central…

Com destaque para a Igreja Matriz.

A proximidade com MG faz com que as lembranças da nossa guerra civil de 1932 estejam presentes pela cidade…

Destaque também para a loja de fábrica da Laticínios Argenzio, na entrada da cidade:

Ah, e o sorbet de Jabuticaba da Gellu’s ??? Delicioso!!!

Ficou faltando conhecer a Bossoroca gigante que exista na cidade, mas cuja trilha estava muito fechada para se fazer em uma manha ensolarada de forte calor. Trata-se de uma “rachadura” profunda no solo, ocasionada pela erosão, que de tão grande ficaram parecidas a um canion.

Mas nossa missão era voltar onde alguns dos times locais mandaram seus jogos, o “Estádio Municipal João dos Santos Meira“, outrora chamado de “Estádio da Mogiana” e principal campo de futebol da cidade nos dias atuais.

Em nossa última visita reclamávamos que não havia uma sinalização decente…
Olha como era sem graça…

Pelas informação disponíveis no blog “Mclaralira”, o primeiro campo de Casa Grande foi o do Casa Branca Futebol Clube, que depois abrigou o Paulista Futebol Clube e que acabou transformado em uma escola (a atual ETE Dr Francisco Nogueira de Lima).

De volta ao Estádio atual, como o portão estava fechado, demos a volta para entrar pelo portão lateral, chegando ali no gol.

Dessa forma pudemos registrar o outro lado do estádio, aqui o gol da direita:

O meio campo:

E o gol da esquerda:

Ali por onde entramos também existe uma pequena arquibancada lateral.

Aliás, a região do Estádio é meio maluca… Essa parte atrás desta arquibancada é um bairro meio sem saída, enfim… Divertido perder-se por aí!

Mas voltemos à sombreada arquibancada lateral do estádio…

Por mais que eu valorize a prática do atletismo, confesso que esse espaço destinado à pista acaba tirando um espaço importante, e deixa um pouco menos divertido o Estádio.

Olha o vídeo que fizemos lá em 2018 e perceba que pouca coisa mudou.

E como é bonito ver esse monte de árvores ao redor do campo!

Esse é o outro lado, onde estão as arquibancadas menores:

Uma pena que aparentemente será difícil veremos competições oficiais por aqui nos próximos anos…

Que bom que pude filmar um sonho de como seria bater um penalty num estádio cheio de torcedores locais…

Quando falamos do futebol em Casa Branca, o EC Corinthians é o time mais conhecido por ter sido o único que disputou edições do Campeonato Paulista.

O EC Corinthians foi fundado em 7 de março de 1958 e disputou cinco edições da terceira divisão, de 1980 a 84 e duas edições da quinta divisão (1978 e 79).
O time não conseguiu bons resultados em nenhum dos Campeonatos, olha as goleadas que levou na 3ª divisão de 1980:

Em 1981, as coisas parecem não terem melhorado muito…

Entretanto, temos que dar atenção especial também ao EC Mogiana, fundado em 14 de setembro de 1935.

Em 1942 o EC Mogiana disputou o Campeonato do Interior na 7ª região:

O EC Mogiana em 1943, junto da Associação Paulista de Esportes:

E o Campeonato do Interior de 1944:

Campeonato do Interior de 1945:

Olha aí a moral do EC Mogiana em 1956:

E olha o clima da época…

O time de 1957 fez esse amistoso com a Ponte Preta:

Outro clube importante foi o União Casabranquense FC, de 1910, que surgiu da fusão do Clube dos Estudantes, do Tiro de Guerra e do EC Operário (da foto abaixo):

Olha a matéria de 1920:

Esta matéria do Correio Paulistano fala sobre uma partida com o Radium e cita o União como campeão da Liga Mogyana de 1920:

Até um misto do Palmeiras passou por lá para enfrentar o time local.

Em 1958, o União disputou o Campeonato do Interior com o time abaixo:

Aqui, uma foto de 1962 onde podemos ver o uniforme do time:

Além disso ainda houve o Casa Branca FC, time que existiu em dois momentos, o primeiro foi fundado em 1928, tendo entre suas lideranças o Sr Triunfo Vasconcellos (foto do blog MClaraLira):

E o segundo sendo (re) fundado em 1930, tendo em sua liderança o sr Sílvio Furlani.
Aqui, matéria de 1933:

Também merece destaque a Associação Casabranquense de Cultura Phisica e Esporte (ACCPE), fundada em 18 de Setembro de 1926.

Seu estádio é citado em matéria sobre a final do Campeonato Municipal de 1958:

Outros times da cidade: Paulista FC, Lagoa Branca FC, Sadopi (representando a Indústria Sasso/Dorta e Pistelli), entre outros.

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Guarani 2×2 Santo André (Paulistão 2024)

15 de fevereiro de 2024.
Quinta feira pós carnaval e lá vamos nós de volta pra estrada pra mais uma noite de paixão pelo nosso time, o Santo André e ao mesmo tempo pra curtir um rolê em um dos estádios mais importantes do interior paulista: o Brinco de Ouro da Princesa, a casa do Guarani FC.

Desta vez a jornada se fez ao lado dos amigos Furlan e Rico, ambos torcedores do Ramalhão!

Não havia trânsito na cidade de São Paulo então acabamos chegando bem cedo, o que nos permitiu um rápido rolê pelo Estádio Cerecamp (o Estádio da Mogiana) e pelo Moisés Lucarelli pra viver um pouco do futebol de Campinas.
Ainda não eram 19hs quando chegamos às bilheterias destinadas aos visitantes, no caso, nós!

O Guarani, assim com o Santo André, vem em uma fase difícil, transformando a partida em uma verdadeira decisão contra o rebaixamento.

O público de quase todos os times se comporta da mesma maneira. Na fase em que mais precisam deles, os torcedores preferem assistir o jogo de casa, e tentando evitar que o estádio ficasse com um visual de vazio, a diretoria do Guarani fechou o tobogã, concentrando a torcida local nas demais arquibancadas.

Do nosso lado, fizemos o possível para apoiar em busca de um resultado positivo.

Os times entram em campo para o aguardado embate. 3 pontos fariam a diferença para os dois times, afastando-os da zona da degola.

O jogo começa e surpreende pela presença ofensiva de ambas as equipes. Tanto o time local quanto o Ramalhão levam perigo ao gol em jogadas pelas laterais.

Aos poucos foram chegando outros torcedores do Ramalhão…

Mas a festa só ganhou força mesmo com a chegada das organizadas (Fúria e Esquadrão) que decidiram se unir em prol do time nesta partida.

Aos 25 minutos do primeiro tempo, quando o Santo André estava atuando com boa segurança, o árbitro marca penalty para o time local. Pablo Thomaz bateu e marcou: Guarani 1×0.

Sinta o clima de se assistir uma partida como visitante no Estádio Brinco de Ouro.

A turma volta a olhar a tabela e analisar a nossa difícil colocação na tabela…

Do outro lado, nas arquibancadas alviverdes sem dúvida que a sensação era de alívio…

Tem momentos na vida de um torcedor que ele se pergunta se realmente vale a pena toda essa loucura… A gente olha pro céu, tenta incentivar o time, sabe que aquilo é só um jogo, mas não consegue deixar de sentir por dentro que a derrota é sua também. Assim, com a cabeça quente vi Régis, aos 36 do primeiro tempo fazer 2×0… Desespero total para a torcida do Santo André.

O intervalo chegou e muita gente pegou no pé dos jogadores do Santo André, afinal… A derrota significava um pé na série A2 de 2025.

Mas, quem ama não desiste e o segundo tempo foi rolando e aos poucos algumas chances foram surgindo e no fundo o que mais queríamos era um motivo pra seguir apoiando.

Assim, aos 37 minutos do segundo tempo, foi a vez de Lohan marcar de penalty e diminuir: Guarani 2×1 Santo André.

A torcida do Guarani parecia sentir que algo estava errado e muitos passaram a xingar e a demonstrar o medo de perder a oportunidade de fazer 3 pontos. E o que eles temiam, se tornou nossa felicidade… E respondeu aos que se perguntavam… Será que vale a pena? Vale!

Wellington Reis empatou o jogo no último minuto do jogo levando o lado azul do estádio ao êxtase!

Não… Ainda não estamos livres do rebaixamento, ao contrário… O empate não ajudou em nada nessa luta, já que os demais concorrentes a estas vagas (Lusa, Ituano e o próprio Bugre) também empataram… Mas, deu um gostinho bom empatar um jogo que parecia perdido e ouvir dos jogadores ao final da partida que eles contam conosco e que vão lutar até o fim pra nos manter na série A1…

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O futebol em Itobi (SP)

No carnaval de 2024, tivemos a oportunidade de fazer mais um rolê misturando futebol, natureza, cultura e estrada.
Nossa primeira parada foi a cidade de Itobi, onde vive Cipó, o ex lateral do Santo André! Lembro bastante dele no time de 1994… Lá se vão 30 anos…

Uma região com tantos rios devia ser super povoada desde milhares de anos atrás. Não a toa, quando da chegada dos portugueses, diversos povos se encontravam no estado de São Pauo: Tupiniquins, Tamoios, Tupinambás, Carijós, Goianas, Guaranis, Guaianazes, Purís, Kaingans

Infelizmente, levantamentos históricos mostram que a região cortada pelos rios Moji-Guaçu e Pardo foi bastante percorrida pelos bandeirantes, no século XVII, pelo “caminho dos Guaiases”, ou dos “Goiás”, o que acabou afastando, escravizando ou dizimando os povos originários destas terras, como retratou a pintura “Guerrilhas”, do alemão Johann Moritz Rugendas.

A cidade de Itobi nasceu graças a chegada da ferrovia à região.
Segundo o site do próprio município, o português Antônio Martins Daniel buscava dormentes para os trilhos da Companhia Férrea Ramal de Rio Pardo (que ligaria Casa Branca a São José do Rio Pardo) nas fazendas da região e os ranchos que ele criou para apoio da operação é que deram origem a atual cidade, já no século XIX.
Em 1887, a povoação recebeu o nome de Vila Nova do Rio Verde, mesmo ano da inauguração da Estação Rio Doce (nome devido ao rio), aqui em foto de 1969 disponível no incrível site Estações Ferroviárias.

Em 1898, a cidade passa a ser chamada Itobi, que em tupi-guarani, significa rio verde. Só em 1959 foi elevado a Município.
Aqui, a Igreja Matriz de São Sebastião, construída no século XIX.

Em 2024, foi a nossa vez de conhecer o local mas antes de chegar lá, demos uma parada na Queijaria Blazzi, que fica na estrada que liga Itobi à cidade vizinha de Casa Branca,

E olha quem apareceu pra dar um alô no meio da nossa visita:

A grande atração de Itobi para os apaixonados por futebol é o Clube Recreativo Esportivo Itobiense, o CREI.

Fundado em 1 de janeiro de 1939, o CRE Itobiense se fez presente em disputas e amistosos regionais, mas em 1943 fez sua estreia no tradicionalíssimo Campeonato do Interior, jogando na 7ª região:

Sua praça de esportes (estádio de futebol, ginásio além de piscinas e clube social) se chama Dr. Aristides Dias Pinheiro.

Se tem uma coisa que eu acho muito bacana nos estádios de clubes do interior são esses bancos com a identificação do escudo do time!

E também os distintivos estampados nas paredes clube afora…

Vamos enfim ver o seu estádio!

O tradicional registro do meio campo:

Gol do lado direito:

Gol do lado esquerdo:

Olha aí os bancos de reserva:

O CRE Itobiense ainda reserva um espaço dedicado à memória do time, com direito à camisa do alviverde de Itobi.

E também uma vista aérea do clube:

Uma foto de um time posado em 1952 identificado como “Mocidade Foot Ball Club Itobiense”.

Outras fotos e troféus também ilustram a sala:

Pra terminar, a foto do time de 2023:

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O futebol em Fartura-SP

E lá fomos nós para mais um rolê pelo interior do estado de São Paulo para conhecer e registrar um novo o Estádio, dessa vez a cidade a visitar foi Fartura!

Segundo texto do site da Câmara Municipal, a região onde se encontra Fartura, foi habitada pelos povos Caiuás (Kaiowás), da família Tupi-Guarani e ainda hoje encontram-se por lá objetos de pedra de uso destes povos originários, como bacias, mão de pilão, machados e diversos outros.

Como quase toda a história do Brasil, a região também nasce fruto da invasão dos europeus e dos latifúndios criados em torno de famílias poderosas dos séculos XVII e XVIII, no caso de Fartura, a família que tomou posse do lugar foi a José Viana.

Também seguindo o percurso tradicional, a religião rapidamente passa a se materializar na região, nesse caso, por meio da Capela Nossa Senhora das Dores, construída em 1887.

Assim, passa a surgir um povoado formado pelos lavradores que trabalhariam nas terras da família e também por um comércio local, dando origem ao município em 31 de março de 1891.
E se você acha que faltava algo, que tal uma cervejaria local? Em 1904 surge a fábrica de cerveja e gasosa do Sr. José Adriani para dar uma acalmada nos ânimos. A Inteligência Artificial ajudou a imaginar como era…

Alguns anos depois da cerveja, em 1920, surge o Clube Atlético Farturense para completar o rolê:

Após uma fase jogando amistosos, o time disputa o Campeonato do Interior de 1944:

Em 1945, sagra-se campeão da região, classificando-se para o mata mata e sendo eliminado pela Botucatuense (8×3, em Botucatu e 0x2 em Fartura, fatura de gols…):

E 1946:

Aqui, só pra lembrar outros times que disputaram aquela edição…

Porém, um outro time com nome próximo, surge em 1924: o Fartura EC.

Time base que jogou de 1946 até o início dos anos 50:

Em 1958, o Fartura EC defendeu as cores e o nome da cidade no Campeonato Amador do Interior:

Esse é o time de 1964:

E aqui, o time de 1975 com faixa de campeão:

Até um time feminino o Farturense EC teve!

Ambos os times mandavam seus jogos no Estádio Belgrave Teixeira de Carvalho.

O jogo de estreia foi entre o Fartura EC e o EC Cruzeiro do Sul, de Taguaí (na época a cidade se chamava Ribeirópolis) em 7 de fevereiro de 1926.

Uma pena que não conseguimos entrar para registrar a parte interna do Estádio

No fim das contas, deu pra, pelo menos, dar uma olhada na parte interna do estádio e imaginar em como foi toda essa história…

O gramado parece muito bem cuidado e deu pra perceber também que existe um sistema de iluminação que permite partidas noturnas.

De onde fotografamos, estávamos lado a lado com o cemitério, e ali ao outro lado, a igreja!

Atrás do gol uma singela arquibancada para atormentar o goleiro:

O caminho até a cidade passa no meio de várias montanhas que dão um visual único.

Na hora de ir embora, pegamos uma tempestade que acabou com a energia da cidade e, acredite ou não, deixou TODOS os postos de combustível sem atendimento possível. Isso nos fez arriscar a atravessar as montanhas praticamente sem combustível até chegar a Piraju…

Pra terminar, nos anos 80, o time junior do Santos esteve no Estádio para um amistoso, olha aí o Cesar Sampaio, encabeçando os enfileirados.

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A Copa SP na cidade de Salto

Já estivemos em Salto algumas vezes, seja para registrar o Estádio Alcides Ferrari, a sede do Guarani de Salto, o Estádio Luiz Milanez, lembra dele? Ele fica em uma ilha no rio Tietê, aliás olha como está alto o rio Tietê, no dia da nossa visita. O volume estava 4 vezes maior que o normal.

Dessa vez nosso foco foi registrar uma partida do mata-mata da Copa São Paulo 2024 entre o Botafogo-SP e o Floresta-CE:

Ah, e claro, também aproveitamos para registrar o Estádio Municipal Amadeu Mosca!

O Estádio Municipal Amadeu Mosca foi inaugurado em 1982 e chegou a receber um derbi entre a Associação Atlética Saltense e o Guarani (1×1), pelo Campeonato Paulista da Segunda Divisão de Profissionais.
Cerca de 7 mil torcedores estiveram presentes naquela partida!

Apenas a partir de 1º de maio de 1992, o Estádio Municipal passa a se chamar “Amadeu Mosca“. E que estádio, hein?

Vale reforçar que a cidade conta com um novo time, o Sfera FC, fundado em 2021 como clube empresa, focado na formação de atletas. Uma pena que por ter se classificado em 2º, o Sfera foi jogar em outra cidade nesse mata-mata …

Ainda bem que o Sfera FC surgiu, porque um estádio com essa estrutura precisa rapidamente estar utilizado!

Aqui, o meio campo:

O gol da direita:

O gol da esquerda:

Quem mora na portinha acima dos sanitários?

Infelizmente o público não foi tão grande na partida, já que as duas equipes não possuem grandes ligações com a cidade de Salto…

Mas, o que vale é ter mais um estádio registrado durante uma partida!

O mais incrível é que o estádio pode ampliar suas arquibancadas se um dia quiser…

Mais um estádio que investiu em ter algumas áreas cobertas – o que pra Copinha significa muito!

E as bancadas tem um azul bem bonito, o estádio está todo limpo, e muito bem cuidado!

E assim, seguimos…

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As Mil Camisas e a Copa SP 2024 em Cravinhos

Bem vindo a Cravinhos, uma cidade que há muito tempo não tem um time disputando os campeonatos oficiais da Federação Paulista e que aproveita a Copa São Paulo para matar a saudade do futebol.
A foto acima é do Estádio João Domingos Martins (já havíamos estado por lá em 2012, veja aqui como foi!!!), mas há alguns anos, passaram a utilizar o Estádio Municipal Prefeito José Vessi como sede da Copinha.

Foi para visitar esses dois estádios e acompanhar um mata-mata da Copinha que pegamos a estrada mesmo com chance de enfrentar uma daquelas tradicionais chuvas de verão… Mas só choveu na estrada mesmo, lá foi tudo seco!

A primeira parada foi no Estádio JD Martins, a casa do CAC – Clube Atlético Cravinhos.

Este é o atual distintivo, que reforça a tradição do time, fundado em 12 de julho de 1906:

O site História do futebol traz este outro escudo, sendo dos anos 40:

Como já escrevemos sobre a história e resultados do CAC no post anterior (veja aqui!!), só apresentamos a seguir fotos novas (de 2024) do Estádio, que pra mim é charmoso demais!!

O Estádio foi inaugurado em 1926, após o CAC (Clube Atlético Cravinhos) ter jogado em outros campos da cidade. Então vamos a ele!

O primeiro campo do CAC ficava na rua Prudente de Moraes, depois mandou os jogos onde hoje está a escola João Nogueira, depois, na rua 14 de Julho.
Em 1917 foi jogar em um campo na rua Rui Barbosa, em 1919 jogou no terreno onde foi construída a fábrica de meias, e em 1924 na Avenida Fagundes, num estádio com arquibancada para 500 torcedores.
Mas o JD Martins segue por lá, firme e forte, aguardando um novo respiro do CAC.

Atualmente, o Estádio tem capacidade para 3.200 torcedores. Esse é o gol do lado direito, com um bom lance de arquibancada ali atrás.

Olhando do outro lado do campo, veja que existe uma estrutura coberta ali em cima da arquibancada:

Existe ainda uma arquibancada central maravilhosa, com cobertura antiga, quase como um telhado de uma casa:

Veja como ficava essa arquibancada nas edições anteriores da Copa SP:

E aqui o gol da esquerda:

Ficamos felizes de rever o velho (e charmoso) Estádio JD Martins, mas nos apressamos para o Estádio Municipal José Vessi, o campo do Bela Vista, esse sim, ainda desconhecido para nós e que recebe novamente uma edição da Copa São Paulo.

Em campo, duas equipes geograficamente distantes, mas com um sonho em comum: Chapecoense (SC) e Tiradentes (PI). Aliás, olha aí a camisa do Tiradentes:

É muito interessante o cuidado que eles tiveram em criar uma área coberta na arquibancada do outro lado. Uma ideia simples que melhorou absurdamente o bem estar de quem está lá! Esse é o meio campo:

Aqui, o gol da esquerda:

Nesse mesmo lado, existe uma série de arquibancadas coloridas que dão uma cara bem divertida ao lugar!

E aqui, o gol da direita:

Ainda que a Chape tenha começado com tudo, o Tiradentes saiu na frente, com um gol de contra ataque!

Mas, o time da Chape soube aguentar o tranco e buscou a virada… Aqui, momento da celebração do gol catarinense!

E até que tinha um pessoal com camisa da Chapecoense por ali!

A Chapecoense seguiu apertando…

O time catarinense não dava sossego aos meninos do Piauí e logo o placar marcava 3×1:

O jogo parecia definido, e fui registrar o estádio, pois Cravinhos não é assim tão perto, então sabe-se lá quando voltaremos…

Essa é a visão das arquibancadas cobertas:

Lá do outro lado, uma pequena estrutura dedicada aos jornalistas:

Ali, o ginásio da cidade se apresenta imponente!

Ali nas cobertas, um momento de festa: gol do time do Tiradentes, celebrado pelos atletas que não foram relacionados para o jogo! Não perca as contas: 4×2.

Já no segundo tempo, mais um registro em vídeo do campo:

Calor monstruoso, ainda bem que existia um filtro com água gelada dentro do estádio.

O time da Chapecoense tentou cadenciar o jogo, mas o Tiradentes estava com “sangue nos olhos”.

E o que era apenas uma visita para registro do estádio acabou se transformando em uma partida inacreditável…

Nem mesmo o treinador do Tiradentes podia acreditar… Mais um gol… 4×3

Vale a pena ver o resumo do jogo com todos os gols para você entender como acabou essa história:

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30 anos do título do EC Paraguaçuense

Hoje, são 30 anos dessa incrível conquista de um time que atualmente está licenciado, mas que ainda representa as cores e a memória da cidade de Paraguaçu.
E o amigo Amarildo não deixou a data passar sem festa, por isso, torcedor Paraguaçuense, não esqueça nunca desse momento!
Parabéns!!

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As Mil Camisas no Estádio Moisés Lucarelli

Já estivemos muitas vezes em Campinas, seja a passeio, a trabalho ou mesmo pelo futebol, mas faltava registrar o Estádio Moisés Lucarelli como ele merece.

Desde 1948, o Estádio é a casa da Associação Atlética Ponte Preta, time alvinegro de Campinas, localizado à Praça Dr. Francisco Ursaia, 1900, o número é uma referência ao ano de fundação do clube.

Campinas é hoje uma grande cidade, que reúne em torno dela outras tantas que formam a Região Metropolitana de Campinas, um importante polo econômico e social.

A história da cidade, como todo o território brasileiro, inicia-se muito antes da chegada dos europeus. Os povos originários que ocupavam a região eram bastante diversos, entre eles os guanás, caiapós e guarani, e tinham em comum um estilo de vida bastante integrado à natureza.

Depois de séculos desse estilo de vida, portugueses começaram a chegar na região para criar gado, depois o cultivo de café ganhou destaque, tornando-se essencial para a economia local, atraindo imigrantes italianos, portugueses, espanhóis e japoneses, que contribuíram para a diversidade cultural da região.

O futebol na cidade tem uma história incrível.
A “Liga Campineira”, primeira organização da cidade foi fundada em 11 de abril de 1907. Depois, em 1916 surge a Associação Campineira de FootBall e na sequência, a Liga Operária!
De 1932 a 1934, a Associação Paulista de Esportes Atléticos (APEA) organizou a Série Campineira da Divisão do Interior e em 1935, Guarani e Ponte fundam uma nova Liga Campineira, da qual a Macaca sagra-se campeã em 1935, 36, 37, 39, 40, 44 e 47.
Esse era o time de 1944 (fonte: Wikipedia), que inaugurou a faixa diagonal, mas saindo do ombro direito:

E nesse mesmo ano se iniciava a construção do futuro Estádio da Ponte:

Alguns anos depois, em 12 de setembro de 1948 foi inaugurado o Estádio Moisés Lucarelli, construído graças ao esforço dos seus torcedores. Este era o time de 1948:

A Ponte teve alguns times marcantes, como o de 1970 que chegou à final do Campeonato Paulista terminando como vice-campeã. Foto do site Zé Duarte Futebol Antigo.

Outro time incrível é o de 1977, que foi até a Terceira Fase do Campeonato Brasileiro e vice campeã do Campeonato Paulista (os públicos das finais contra o Corinthians, somados chegam a mais de 200 mil torcedores). Esse foi o time daquele ano:

Em 1981, a Ponte Preta teve outra campanha notável no Campeonato Brasileiro, terminando em terceiro lugar, passando por Náutico e Vasco no mata-mata caindo na semifinal contra o Grêmio.

Mais recentemente, em 2013, a Ponte Preta mais uma vez fez história e chegou à final da Copa Sul-Americana, tornando-se vice-campeã após enfrentar o Lanús na final.

E em 2023, a Macaca sagrou-se campeã da série A2 do Campeonato Paulista. Foto do site Esporte News Mundo:

A Ponte é mesmo um baita time!
Então é hora de conhecer o Estádio Majestoso, e que fachada linda, não acha?

E ela já foi bem diferente, décadas atrás…

E mesmo estando lá dentro, os cuidados com os detalhes não são minimizados.

É sem dúvida uma experiência emocionante poder estar em um estádio tão f*da e tão importante para o futebol!

Sua capacidade original era de 35 mil lugares, o que fazia dele o terceiro maior do Brasil, daí o apelido “Majestoso“. Mas com as mudanças obrigadas pela lei, a capacidade passou a 19.728 torcedores.

O Moisés Lucarelli é uma daquelas lindas histórias, de mobilização da torcida e homenageia Moysés Lucarelli, um personagem muito importante para a Ponte e para o futebol do interior como um todo, já que ele participou da criação da Lei de Acesso no Campeonato Paulista implantada a partir de 1948.
Veio a falecer em 24 de março de 1978.
Como não queria ser o patrono do estádio alguns dizem que por isso a diferença da grafia dos nomes (Moisés x Moysés).
É dele o busto ali na entrada:

Sigamos no rolê pelo Estádio!

A Ponte Preta escreveu a maior parte da sua história neste estádio e viu a cidade de Campinas crescer no seu entorno. Uma olhada no gol da esquerda:

O meio campo:

O gol da direita:

E mais detalhes interessantes…

O recorde de público ocorreu em 16 de agosto de 1970, quando 33.228 torcedores foram assistir ao embate Ponte Preta 0x1 Santos FC, e alguns dizem que havia quase 45 mil torcedores dentro do estádio e mais 4 mil pessoas do lado de fora, sem conseguir entrar para ver o time que seria vice-campeão.
Oficialmente, o maior público é da derrota por 3 a 1 da Ponte Preta para o São Paulo FC, em 1 de fevereiro de 1978 com 37.274 torcedores.

Atualmente teve a capacidade diminuída para 19.728 torcedores.

Nos ambiente internos também pode se ver o zelo com que é gerido o Estádio da Ponte Preta, aqui a lembrança do título deste ano:

Aqui, o busto ao mestre Dicá!

Os corredores estão repletos de fotos da torcida, distintivos…

E tem também fotos dos times mais marcantes espalhadas pelas salas!

Sem contar a sala de trofeus!

São a prova de que a Ponte Preta já conquistou vários títulos em sua mais que centenária história!

Esses detalhes dos portões dos estádios não existem mais…

Olha aí o vestiário da Ponte!

Vamos voltar para o campo, mas vamos com estilo!

E não é que no rolê daqui pra lá acabei trombando umas figurinhas carimbadas da Ponte Preta? A primeira delas é o Eliel, do time deste ano!

O outro que apareceu ali foi o grande zagueiro Ronaldão, que fez história no São Paulo mas que também teve importante participação na Ponte Preta no fim dos anos 90.

O outro que estava por lá era o eterno capitão Cafu!

Como sempre digo, registrar a historia inloco te fazer entender melhor o contexto da realidade que vivemos e poder experimentar um role desses em um estádio como o Moisés Lucarelli é simplesmente inesquecível e eu só tenho a agradecer aos deuses do futebol pela oportunidade!

APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!