Em busca do estádio perdido na Serra da Mantiqueira – Parte 1

Joanópolis.

A cidade possui um cenário incrível, com muita água por todos os lados (não, não é uma ilha hehehe) e é conhecida como a capital do… Lobisomem!!!

Mas a cidade também é conhecida pelas beleza de suas águas e cenários!

E água gelada da montanha é ideal, para quem como eu, andava com a cabeça quente de tanto trabalho. Esse é o “Tchibum“, uma atração a parte da “Cachoeira dos Pretos“, lugar onde passamos o dia:

É ali que nasce um dos rios mais famosos do interior:

Ah, e é onde fica a Cachoeira dos Pretos, com mais de 130 metros de queda:

A cachoeira tem diversos locais onde se pode entrar na água, tomar sol, enfim, se divertir como quiser…

O local próximo à Cachoeira oferece toda a estrutura necessária para um bom passeio.

Diversas opções de restaurantes atendem até aos vegetarianos como a gente!

Bom, depois de um dia todo de diversão na Cachoeira, fomos enfim conhecer o Estádio local!

Como Joanópolis não possui um time disputando os campeonatos profissionais da Federação Paulista, o Estádio é utilizado apenas para jogos das equipes da várzea.

Mesmo assim, possui um belo gramado e está situado junto ao “Complexo Esportivo Municipal Prefeito Nini Costa“, que inclui ainda um ginásio, cancha de bocha e outros espaços.

A modesta arquibancada guarda lugar para futuros sonhos de uma torcida que tem motivos de sobra para se orgulhar do lugar onde vive.

Fica aí mais um Estádio visitado por nós!

Abraços ao povo da cidade! Em breve posto a sequência desse rolê, em Atibaia!

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Juventus 1×1 São Bernardo – Copa Paulista

Ô fim de semana frio…

Sábado a noite, após um cineminha a tarde eu e a Mari decidimos ir visitar a 18a Festa Italiana de São Caetano.

Tanta comida e música italiana nos deram a ideia de no dia seguinte ir à Moóca ver o lado italiano do futebol nessa Copa Paulista!

E lá fomos nós para o jogo das 10h da manhã, com direito a fila na bilheteria!

E acredite, a manhã de domingo em São Paulo estava quase tão fria quanto a noite na festa italiana…

O jogo traz ao Estádio Conde Crespi o time da cidade de São Bernardo do Campo, o Tigre do ABC!

E não é que não foi só a gente que saiu cedo da nossa região para ir para Javari? Lá estava o pessoal da Guerreiros!

E no seu tradicional lugar, o pessoal da Setor 2, cantando e pulando contra o frio…

Em campo, o São Bernardo mostrava porque é o líder do grupo, mostrando se bem posicionado, entretanto, o Juventus também mostrava que na Javari é um time difícil de ser batido. Mas a bola do ataque grená não acertava o gol metalúrgico.

E nas muitas investidas aéreas, ou o ataque juventino falhava, ou o bom goleiro Jefferson defendia.

E o ataque do Tigre começava a aparecer mais para o jogo.

Não que isso influenciasse o ânimo da torcida local, que mais uma vez se pendurou onde pode pelo estádio…

O jogo vinha equilibrado, quando aos 30 minutos, os visitantes fizeram 1×0, num gol contra da zaga local.

Festa pro pessoal do São Bernardo. Festa com hora para terminar, pois menos de 5 minutos depois, o Juventus teve um penalty a seu favor, mas…

O penalty, mesmo perdido, trouxe certo ânimo ao time, que começou a criar mais e contou com a ajuda do juiz que expulsou um atleta visitante, preocupando a torcida do Bernô

Juventus começou a ir pra cima, aproveitando-se da diferença numérica, mas nada que alterasse o placar.

Assim, o goleiro do São Bernardo garantiu que o primeiro tempo terminasse 1×0 pros visitantes.

E intervalo na Javari é sinônimo de… Canoles!!!! E hora de passearmos pelo estádio, que é uma obra de arte por si só. Mesmo com frio, mais de 600 pessoas compareceram ao jogo, o setor coberto estava cheio! Tem cobertura mais legal para um estádio de futebol? Será que esses grandes projetos para a Copa de 2014 não poderiam tentar resgatar um pouco da beleza do início do século XX?

O segundo tempo prometia ser um jogo quente, os reservas ficaram em aquecimento o tempo todo, sabendo que mais ou menos tempo, poderiam entrar! Lááááá ao fundo, o placar ainda mostrava a vitória do bravo time visitante! A setor 2 seguia alentando, mas em campo, mesmo com um a menos, o São Bernardo se segurava! E a Guerreiros também seguia apoiando, sabendo da importância do resultado! O Juventus era todo ataque, mas as finalizações continuavam sendo seu principal problema. Forza, Juve… A torcida seguia acreditando! E os torcedores juventinos já estavam indignados, quando aos 49 do segundo tempo o Juve se livrou da derrota em casa, com um gol de cabeça! Saímos contentes em acompanhar mais um emocionante jogo (o nosso primeiro na Copa Paulista 2010), em um estádio histórico.

O destaque final fica para a visão que me fez lembrar da minha infância, nos anos 80.

Bem em frente ao estádio, uma ameixeira desafia o concreto e oferece centenas de frutos.

A natureza aguentará chegar aos 49 do segundo tempo?

Apoie o time da sua cidade, seja local ou visitante!

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Camisa 80- XV de Caraguatatuba

A 80ª Camisa da coleção vem da praia. E de uma praia paulista, Caraguatatuba, destino comum a quem mora no interior ou mesmo na capital do estado.

O time dono da camisa é o Esporte Clube XV de Novembro de Caraguatatuba, que infelizmente está licenciado do Campeonato Paulista (ao menos quando escrevo este post, em 2010).

O detalhe é o número da camisa… “16”, relembrando o meu irmão Murilo, que jogava com esse número.

Consegui a camisa no próprio Estádio e parecia ser uma das últimas!

O XV de Caraguatatuba foi fundado em 18 de fevereiro de 1934, pelo espanhol Prudêncio Baeta, para disputar jogos do futebol amador, na cidade.

De 1940 a 1947 as atividades do XV ficam suspensas devido à II Guerra Mundial.

Em 1947,  começa a segunda fase do XV.

O clube é reformado, ganha uma nova sede social, no local onde atualmente está a Galeria Santa Cruz.

O uniforme passa a ter as cores verde e branco, em homenagem ao Palmeiras.

Em 1953, o E.C. XV de Novembro passa a funcionar no bairro do Tatu, onde está até hoje.

O primeiro campo do time localizava-se onde é hoje o Banco do Brasil, no centro, em seguida mudaram para o local onde fica o Polo Cultural Adaly Coelho Passos, na Praça Cândido Motta.

Em 1967 ocorre a “catástrofe” em Caraguatatuba.

A cidade foi destruída por uma forte chuva que causou avalanche de pedras, árvores e lama dos morros Cruzeiro. Jaraguá, Jaraguazinho, próximos a cidade, sepultando vários habitantes.

O belo cenário da região se transformou em um grande cemitério. Falou-se em 500 mortos, oficialmente, mas as pessoas dizem que foram muitos mais…

Muitos corpos jamais foram encontrados, principalmente aqueles  que foram arratados para o mar e impelidos pelas ondas para pontos bem distantes.

O Rio Santo Antônio, que corta a cidade alargou-se de 40 para 200 metros.

O campo do XV foi totalmente destruído…

Somente vinte anos depois, em 1987, o então presidente do clube, Irineu Mendes de Souza, reestruturou e profissionalizou o XV, levando o a disputar a quarta divisão do Paulista.

Aqui, o time de 1991, com o goleiro Negaça:

XV de Caraguatatuba 1991

A partir daí, começou a disputar as divisões de acesso até que em 1993, devido a uma crise financeira, o clube deixou de disputar o Estadual.

Em 1994, o clube voltou a disputar o Campeonato Paulista da Série B-2 (na época a sexta divisão) e conquistou o acesso para a série B-1B.

No ano seguinte, mais um acesso, desta vez à série B1-A, vencendo o Palmeiras, de São João da Boa Vista, por 1 a 0.

Em 1996, o time surpreendeu ao perder a vaga para a Série A-3 nos minutos finais do jogo contra o Garça.

No ano seguinte, o XV de Caraguatatuba realizou uma grande campanha e chegou ao quadrangular final. Conquistou o vice-campeonato, subindo assim para a série A3 (terceira divisão).

Porém, o clube não conseguiu ampliar a capacidade de seu estádio para 10 mil lugares (como exige a Federação Paulista) e teve que voltar a disputar a Série B1-A.

Em 2005, o time ainda estava na sérieB1-A, e disputava os jogos com o elenco abaixo (retirado de um post do pessoal dos Jogos Perdidos):

Em 2006, a diretoria do XV mais uma vez licenciou o clube devido às dificuldades financeiras, fato que infelizmente persiste até os dias atuais.

Entretanto, a diretoria vem trabalhando em prol do clube, a começar pelas categorias menores, conforme conversamos na nossa visita ao Estádio, também conhecido como “Toca do Leão“.

Mesmo com tantas conquistas vimos poucos troféus, a explicação é que a sede do clube foi furtada 4 vezes, perdendo se troféus e arquivos .

Infelizmente, o time, assim como muitos outros times do interior paulista passa por uma situação bastante difícil e só conseguirá reabrir as portas para o profissionalismo com alguma parceria.

A população também promete se unir em prol do time, ao menos é o que comentam na comunidade do clube: www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=1241460

Uma pena, que o estádio dificilmente será usado profissionalmente outra vez…

A esperança pode estar também nas categorias menores… Quem sabe um desses garotos não pode ser um futuro craque.?

A parte interna do campo apresenta um bom gramado, e uma arquibancada um pouco esquecida…

Mas sem dúvida, num visual único, incrustado no morro.

E se tem estádio perdido, registremos nossa presença!

E a presença da molecada que prometeu defender a camisa do XV!

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Sem você, não há cultura local…

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Rolê (não muito) boleiro pelas Cidades Históricas de Minas Gerais – Parte 1

E lá fomos nós para mais um rolê pelo Brasil adentro… Feriado de 3 de junho e fomos visitar o chamado “Circuito Histórico”, de Minas Gerais. Subimos no ônibus, aqui em Santo André na quarta a noite e descemos em Belo Horizonte, na quinta de manhã.   

Já na própria quinta feira, fomos conhecer a cidade de Congonhas do Campo, conhecida por ter várias obras do artista Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.

Na foto abaixo, estamos em frente ao Santuário Bom Senhor de Matosinhos.

As esculturas em frente a Igreja são os “12 profetas”.

Ao fundo pode se ver um campo de futebol, pode se ver um campo de futebol, provavelmente o Estádio Pedro Arges, do Esportivo, time amador da cidade.

Descobrimos que existe a “Seleção de Congonhas” que costuma dispoutar amistosos com equipes amadoras e até profissionais.

Ah, e demos a sorte de encontrar e conhecer o Frederico, editor do www.camisariafutebolclube.blogspot.com , um excelente blog sobre camisas de futebol. Mundo pequeno para quem coleciona camisas, né??

Como estávamos fazendo o passeio de ônibus, acabamos voltando pra BH, sem passar pelo Estádio, ou mesmo conhecer melhor o Esportivo ou a Seleção local.

Em BH, fizemos uma rápida tour pelo centor da cidade, conhecendo um pouco da história e arquitetura da capítal mineira.

Ah, claro, e da gastronomia local também…

Antes de seguir viagem, uma parada para conferir o belo horizonte de Belo Horizonte… Piadinha manjada né??

Enquanto nossa excursão seguiu para a Igreja da Pampulha, demos uma corrida e fomos bater umas fotos do Mineirão, que dias depois seria fechado para o início das reformas para a Copa do Mundo.

E se tem estádio, a gente tem que marcar presença!

O turismo futebolístico ainda é pouco explorado no Brasil, e BH se inclui nesse aspecto, mesmo contando com um belo Museu no Mineirão, ainda são poucos os turistas que se interessam em conhecê-lo.

O Museu tem uns páinéis bem legais, do Estádio!

Parece mesmo que a gente tá lá dentro, né?

E são fotos, troféus, objetos… O Futebol merece esse carinho e essa história!

Eu sou vidrado nessas bolas antigas…

Indo até as arquibancadas, pudemos conferir um rachão bem a vontade… 

Confesso que nunca assisti um jogo no Mineirão. Só de estar nas suas arquibancadas, com meu blusão do San Lorenzo já fiquei emocionado…

Pra quem nunca foi a BH, o Mineirão deve ser incluído como parada!

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Amparo 1×2 Primavera (Mais segundona 2010!!!)

Fim de semana corrido!

No sábado fomos a Sumaré, ver Sumaré x Elosport, e no domingo, a convite de um torcedor local, fui a Amparo, assistir Athlético Amparo x Primavera, de Indaiatuba.

Esse é o melhor jeito de registrar um estádio! com uma partida rolando!

Mais uma vez tentando colaborar com o futebol das divisões de acesso. Participando como torcedor que paga ingresso e vai pra arquibancada ver e se maravilhar.

Nas arquibancadas, uma surpresa.

Como eu disse no vídeo acima, dos jogos da série B que eu acompanhei este ano, este foi o que teve  mais forte presença da torcida local.

Presença que coloca ainda mais vida no belo e tradicionalíssimo Estádio José Araújo Cintra.

Para você entender como ele é disposto, existe uma arquibancada descoberta (a esquerda de quem adentra ao campo) e uma coberta (do lado direito).

O campo é cercado de um alambrado baixo e mantém aquela boa e velha proximidade com os jogadores que eu tanto valorizo para um estádio.

A rádio local disponibiliza duas caixinhas de som, que permitem à galera das cadeiras cobertas acompanharem o jogo ouvindo a narração (muito boa, aliás, queria descobrir o nome do amigo narrador).

E dali, das numeradas senhores, senhoras filhos e filhas acompanham o orgulho da cidade, em campo, o Athlético Amparo.

Vou guardar a história do time para quando eu conseguir a camisa, mas olhando para as arquibancadas povoadas, mesmo na segunda divisão, dá pra ver que a cidade entende a importância histórica do time.

O que não significa que eles não peguem no pé dos jogadores, a cada lance perdido…

Aliás, quantos lances perdidos pelo time local… Alguns torcedores foram a loucura!

Mas o que era reclamação num primeiro momento, vira apoio, logo em seguida…

E já que mostrei o lado direito, vejamos o outro lado do campo…

E um pouco do lado de dentro, junto dos reservas e do próprio bandeira…

Ou prefere ficarmos ali dando uma mão pro 4o árbitro? Dá pra ver que o desfibrilador, obrigatório em partidas oficiais, estava ali!

Dando um rolê pelo estádio, vi a grande lanchonete (desta vez não comi nada, então não posso falar sobre a gastronomia futebolística de Amparo…).

Aqui dá pra se ter uma ideia de como é o lado coberto da cancha!

Ah, olhando pro jogo um pouco, o time do Amparo é valente, mas levou azar nas finalizações. Já o Primavera (que também pretendo ver jogar em casa, em Indaiatuba) com uma forte marcação, ficou no contra ataque, levando perigo constante ao gol local.

E se vida de goleiro já é difícil, goleiro na série B do Paulista tem que fazer mais do que milagre…

Aproveitei o início do segundo tempo ainda morno, pra dar uma olhada no lado descoberto do estádio, que também recebeu bom público.

Ali, encontrei algumas faixas, bandeiras e o pessoal da Torcida “Leões da Montanha“.

Do lado descoberto pode se ver como é bonito o Estádio!

E a coincidência veio ao tirar a foto da camisa de um dos torcedores e descobrir que se tratava do João Vitor, amigo que me convidou para conhecer o Athlético Amparo.

Amizades feitas, amizades renovadas, é hora de marcar nossa presença no estádio, em mais uma aventura boleira!

O jogo terminou 2×1 para o Primavera, de Indaiatuba, resultado que decepcionou a torcida local…

Nem por isso, a honra e a força da bandeira do time foram manchadas. Para quem é apaixonado por um time, as dores da derrotas transformam-se em estatísticas em pouco tempo.

Desta aventura, ficou o orgulho de ver um time apoiado pela população local, e a alegria de poder conhecer mais um estádio!

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Juventus, de bem com a torcida!

Sábado foi dia de conferir um confronto único no atual momento do futebol.
De um lado, vindo da Moóca, a tradição grená do Juventus, do outro, oficialmente vindo de Campinas, mas sem uma cidade a defender, a nova cara da administração esportiva, o Red Bull.
Comparar os dois times, é mais ou menos como comparar o tradicional caldo de cana…

…aos energéticos vendidos pela marca, em supermercados e lojas de conveniência…

Entre um e outro, a torcida juventina preferiu a cerveja mesmo, no aquecimento, ali ao lado do estádio…

Pra quem achava que a queda para série A3 iria estragar a relação com a torcida, as filas antes de jogo comprovam que há um novo momento de amor entre clube e torcedores!

E lá vamos nós para mais um dia curtindo futebol …

Dessa vez, além da nossa pequena legião de andreenses (vale lembrar que mesmo sempre presentes, somos torcedores do Ramalhão), contamos com o Élcio e o Guga (que nos ajudou na dura missão de tentar eliminar os canoles da face da Terra, da maneira mais difícil…. comendo todos!)

A setor 2 estava presente em bom número. A “banda más loca da Moócca” vem se transformando num efervecente movimento cultural representando as várias facetas da juventude do bairro, vale a pena conhecer.

Olha a setor 2 em ação:

O pessoal que prefere não tomar sol (e tem feito bastante sol nos jogos do Juventus), lotou as numeradas e fez sua parte no belo cenário.

A marcação homem a homem não ficou só no campo. O goleiro adversário mereceu cuidado especial!

E mesmo atrás do outro gol (onde normalmente fica pouca gente) estava repleto. Pronto. Estava tudo certo pro Moleque Travesso brilhar!

Mas…  Em campo a batalha foi dura, e tudo o que o Juventus conseguiu foi um empate por 1×1, contra um adversário que tem uma estrutura invejável. Entretanto, segundo a torcida Juventina, amor não tem preço…

E se esse amor não se compra, o pessoal da Moóca tem se esforçado para reacender a chama dessa paixão nos moradores do bairro. Pra isso, o clima dentro do Estádio tem colaborado bastante.

Não dá pra entender como um morador do bairro prefira torcer para outro time, vivenciando o que tem acontecido nos jogos do Juve.

O amor transborda, a diversão também. Enfim, reflete o papel social mais nobre do futebol, que é a integração entre as pessoas.

E entre a família! Pai e filho confidenciam momentos inesquecíveis junto a um alambrado mágico!

Enquanto tremula ao vento a bandeira grená, que pouco representa para torcedores dos chamados grandes, mas que devolve ao torcedor a grandeza do seu time, seja na A1, A2, A3…

E fica aí nossa presença em mais um estádio, em um jogo emocionante da série A3.

Um último momento de amizade em terras juventinas, antes de voltar ao ABC. El Pibe Gui (www.expulsosdecampo.blogspot.com) convence Gabriel (www.fototorcida.com.br) a assistir Santo André x Prudentino.

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As vezes sua cidade é seu bairro!

74- Camisa da UE Funilense: o futebol em Cosmópolis – parte 1

A 74ª camisa do site pertence ao time da União Esportiva Funilense, da cidade de Cosmópolis, onde a Mari morava antes de vir pro ABC.
Esse post se complementa com o post que escrevemos sobre o Cosmopolitano (veja aqui):

Foto do site da prefeitura

O time foi fundado em 1º de novembro (mesmo dia do meu aniversário) de 1933, sob o nome de o nome de União Funilense de Esportes e foi originado de três outros times que costumavam se enfrentar na Usina, entre eles o da colônia Botafogo.

esportiva_funilense_1

Recentemente, ganhamos do Gabriel Uchida, uma segunda camisa:

O time passou a disputar os torneios amadores da chamada “Zona Funilense“, do qual sagrou-se campeã, em 1952, com o time abaixo:

E também em 1960:

Anos depois, o nome do time pasou a ser União Esportiva Funilense.

esportiva_funilense_1

Jogou profissionalmente de 1978 até 1987, desde então, nunca mais voltou ao profissionalismo, atuando somente em partidas e torneios amadores da região.

Em 1978 fez sua  estreia na Quinta Divisão Paulista, com o time:

Funilense 1978

Em 1979 montou um bom elenco, com o time abaixo:

funilense 1979

Em 1980, o futebol paulista passou por uma reformulação e assim o clube começou a disputar a Terceira Divisão. A foto abaixo é do time que enfrentaria a A.A. Santarritense, pelo campeonato daquele ano.

Chegou a ser vice campeã da terceirona, em 1982, disputando o quadrangular final com Barra Bonita (Campeã), José Bonifácio e Palmeirinha. Naquele ano, somente o campeão tinha direito ao acesso para a série A2. O time vice campeão é este aqui:

Time de 1983:

Em 1985 fez uma boa campanha pela Terceirona. Na primeira fase teve os seguintes resultados:

[16 / Jun] Guarani Saltense 0x4 Funilense
[29 / Jun ] Funilense 1×1 Itapira
[7 / Jul ] Paulistano 2×2 Funilense
[Jul /14] Funilense 1×0 Guapira
[21 / Jul ] Serra Negra 1×0 Funilense
[28 / Jul ] Funilense 2×0 Monte Negro
[4 / Ago] Funilense 5×0 Guarani Saltense
[18 / Ago ] Itapira 1×0 Funilense
[25 /Ago] Funilense 1×0 Paulistano
[1/ Set ] Guapira 3×0 Funilense
[8/Set] Funilense 1×1 Serra Negra
[15/Set] Monte Negro 0x4 Funilense

Assim, o clube se classificou para a 2a fase, em terceiro lugar, junto do Itapira, Serra Negra e Guapira. Na segunda fase, ficou em último, com a campanha:

[22/Set] Guapira 1×0 Funilense
[29/Set] Funilense 1×1 Serra Negra
[6/Out] Funilense 1×3 Itapira
[13/Out] Itapira 3×1 Funilense
[20/Out] Serra Negra 3×0 Funilense
[27/Out] Funilense 3×1 Guapira

Em 1986, fez razoável campanha, tendo ficado em terceiro, mas só os dois primeiros se classificavam:

[27/Jul] Comercial (Tietê)  1×0 Funilense
[3/Ago] Funilense 2×0 Estrela
[10/Ago] Guarani Saltense 1×1 Funilense
[24/Ago] Funilense 2×1 Itapira
[31/Ago] União Bom Retiro 1×1 Funilense
[7/Set] Funilense 2×0 Ararense
[14/Set] Gazeta 1×0 Funilense
[21/Set] Funilense 3×1 Iracemopolense
[28/Set] Funilense 2×2 Comercial
[5/Out] Estrela 2×0 Funilense
[12/Out] Funilense 0x0 Guarani Saltense
[26/Out] Itapira 0x0 Funilense
[2/Nov] Funilense 5×1 União Bom Retiro
[9/Nov] Ararense 1×2 Funilense
[23/Nov] Funilense 2×1 Gazeta
[26/Nov] Iracemopolense 1×1 FunilenseOs classificados foram o Gazeta (de Campinas) e o Comercial (de Tietê).

Em 1987, disputou seu último ano no Campeonato Paulista.

A Funilense mandou seus jogos no, já finado, Estádio Dr. Sergio Luís Coutinho Nogueira, fundado em 1978, e com capacidade para cerca de 500 torcedores.
Estamos falando de um estádio único, acredite.

Estive por lá no começo do ano de 2010 para fazer umas fotos e é impressionante…

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Pra começar, o estádio fica dentro da Usina Ester, fundada em nada mais, nada menos que… 1898!!

E ela funciona até hoje, aliás, da modesta arquibancada do estádio se vê a fumaça saindo pela chaminé…

No dia em que estivemos lá, a Funilense enfrentava um adversário de Campinas, em seu tradicional campo!

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Dá um pouco de tristeza em ver as arquibancadas vazias e deixadas de lado, num local onde outrora tantos torcedores já devem ter estado…

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O clima chega a ser sombrio, principalmente se você for lá de manhãzinha, e pegar a neblina que não deixa você ver nada a mais de alguns metros a sua frente…

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Mas ao mesmo tempo assistir um jogo no Estádio da Funilense tem um aspecto nostálgico, de um tempo que infelizmente parece não voltar mais.

O Estádio é muito parecido com os tradicionais campos de várzea, onde praticamente não há espaço entre torcida e atletas.

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Além disso, o campo fica numa localização única, entre a usina e muito verde.

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Fica nosso agradecimento ao pessoal do time, ao Duzão e ao pessoal da The Wall, a confecção que me arrumou a camisa!

Só pra reforçar que ainda visitamos muitas outras vezes o Estádio da Funilense, como quando levamos os amigos Javi & Jose, torcedores da La U, do Chile para conhecer o local…

Infelizmente o estádio foi totalmente demolido em 2019….

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Participe, interaja. O futebol da sua cidade é do tamanho do seu esforço…

Itapirense se garante na A3 com emoção ao máximo!

Itapira, 11 de abril de 2010.
Conforme prometido, fomos até Itapira acompanhar o último jogo da Sociedade Esportiva Itapirense pela série A3-2010.

Chegamos fácil no Estádio (fica bem perto da entrada da cidade), e os carros estacionados na rua mostravam que teríamos um bom público no jogo.

Também… Prometia ser um belo jogo!
A Itapirense enfrentava o Taubaté e precisava de uma vitória para escapar do rebaixamento para a terrível e temível série B do Campeonato Paulista.
O jogo seria no Estádio Municipal Coronel Francisco Vieira,

A torcida local aparentava estar chateada com a má campanha do clube neste ano, e pegou no pé dos jogadores da casa o tempo todo.

A raiva atingiu o limite quando o Burro da Central abriu o placar, num contra ataque, após uma sequência de bons lances mal aproveitados pelo ataque da Esportiva.

Mesmo assim, em meio às reclamações e cobranças, a torcida seguia apoiando e ajudando o time a pressionar o Taubaté!

É interessante como a torcida se identifica com o jogador Joel, zagueiro e capitão do time.

O Estádio já é de bom porte (cabem quase 5 mil pessoas), mas mesmo assim, já iniciou-se a construção de uma nova arquibancada atrás do gol.

O símbolo do time, e as cores vermelho e branco estão espalhados por todo o Estádio.

Ah, mais uma vez, enfrentamos um belo calor (jogo às 10hs tem disso…), e o jeito foi experimentar os sorvetes de Itapira!

O clima do estádio era muito bom, mesmo com a derrota. Como eu sempre digo, o futebol tem coisas muito mais importantes do que o resultado.
É uma sensação única poder ver a cidade reunida em torno de um mesmo fato!

Muita gente que acompanha o time há bastante tempo estava lá pra ver o “Coelho” manter-se na A3.

Falando em Coelho, o pessoal da “Kueio Loko” também compareceu em peso e animou a festa!

Veio o intervalo e fomos conhecer o pessoal da diretoria e da imprensa do clube. Acabamos batendo um bom papo com o Humberto Butti (do excelente site www.esporteitapirense.com.br ) e até com o prefeito, que é sobrinho do Belini, o capitão da seleção de 1958, que enchia os olhos com sua garra em em campo!

Assim, o tempo passou rápido e quando vimos o segundo tempo já havia começado, e ali estavam os últimos 45 minutos do jogo, para a Itapirense marcar 2 gols, virar o jogo e manter-se na A3.
E não é que logo de cara a Esportiva mandou 1×0 pra cima do Taubaté, colocando fogo no jogo!!!

E quando tudo parecia caminhar para um final feliz para a torcida de Itapira, o Taubaté mostrou porque ainda sonhava em ocupar a 8a vaga do G8. Gol do Taubaté… 1×1.
A tristeza caiu como chuva na cabeça das pessoas que minutos antes tinham certeza na virada. Muitos se levantaram e começaram a deixar o Estádio, menosprezando qualquer reação do time da casa.
A equipe 10 de esporte da 91,1 FM não podia acreditar.

O jogo ficou triste, sem graça, teve até cachorro entrando em campo, a torcida ficara quieta, como se aguardasse o passar do tempo para assumir a sentença proferida… A queda para a série B…

Foi quando poucos acreditavam, que o milagre começou… O pessoal do Kueio Loko, já tava quase dentro de campo, ali no alambrado e demorou até acreditar…
Era penalty para a Itapirense
O goleiro foi expulso, um jogador da linha foi para o gol do Taubaté
E gol da Itapirense!

Eu e a Mari já registrávamos nossa presença em mais um estádio do interior paulista quando o improvável aconteceu…
Nem lembrei de fotografar o que vivíamos… Não dava pra acreditar…
Joel… aos 48 do segundo tempo, Joel, o herói da torcida fez o gol de desempate…

Gente chorando, gritando, pulando no alambrado…
Foi o grande momento do ano.
Nos despedimos com alegria pela festa da torcida local.
Nos vemos pelos estádios….

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73- Camisa do Desportivo Cruz Azul

A 73ª camisa de futebol da coleção do blog As mil Camisas vem lá do México, de um daqueles times cuja história se mistura à do próprio povo. Foi presente do amigo Guga (que agora tem se transformado no maior seguidor do basquete do Clube Pinheiros)

Trata-se do Desportivo Cruz Azul.

O Cruz Azul está sediado em “Ciudad de México“.

Mas a história do clube é bastante confusa, porque se parece com o que tem começado a acontecer com alguns clubes brasileiros, que nascem em uma cidade e mudam-se para outra (casos de Grêmio Barueri, Campinas e Votoraty).

O time foi fundado em 22 de maio de 1927, pelos trabalhadores da fabrica Cemento Cruz Azul, da cidade de Jasso, que viria a ser chamada de Ciudad Coopertiva Cruz Azul, tamanha a influência da indústria de cimento na região.

No início disputou torneios amadores e algumas vezes, jogava contra equipes reservas dos times profissionais.

Com os bons resultados da equipe, a empresa de cimento decide construir um Estádio para o time, em Jasso.

Começava a nascer o Estádio 10 de diciembre, permitindo ao clube a disputa da 2a divisão do futebol Mexicano.

Quatro anos mais tarde, na temporada 1963/64 conquistou o ascesso à primeira divisão.

O time que disputou o primeiro ano na primeira divisão:

Quatro anos depois de estreiar, o Cruz Azul sagrou-se campeão da primeira divisão, na temporada 1968/69, com o time:

No início dos anos 70, a diretoria fechou um acordo para mandar seus jogos no Estádio Azteca, por 25 anos, mudando-se assim para a capital Mexicana.

O Cruz Azul se tornou a equipe mais bem sucedida do México de 1970, vencendo o torneio da liga seis vezes entre 1970 e 1980, valendo lhe o apelido de La Máquina Celeste, o time de 1972:

A temporada 1978/79 trouxe a 6a estrela pro distintivo do Cruz Azul com o time:

Em 1979, veio o último título da época, com a equipe:

Daí em diante, vieram longos anos “ressaca”, talvez pelos inúmeros títulos conquistados nos anos 70.

A década de 80 passou magra, abaixo, a equipe de 1987/1988:

Os anos 90 também demoraram pra “esquentar”.

Em 1996, o time passou a mandar seus jogos no Estádio Azul.

Apenas em 1997, veio o oitavo campeonato nacional:

Nos anos 2000, o clube chegou a disputar várias finais, mas não levou nenhum título.

Destaque para a participação do time na Copa Libertadores de América, de 2001, quando chegou à final contra o Boca Juniores, decidida nos penaltys.

Em 2003, também se classificou para a Libertadores, sendo eliminado nas quartas de final, pelo Santos.

Atualmente, o clube mexicano possui 8 Campeonatos da Liga, 8 vice campeonatos, 5 Campeonatos da CONCACAF, além do vice campeonato da Copa Libertadores de 2001.

No torneio Clausura 2009, o Cruz Azul terminou pela primeira vez em sua história no último lugar.

Ainda assim, pode se considerar o Cruz Azul como um dos três times mais populares do México junto do Chivas Guadalajara e do América.

E a torcida dos caras? Interessante ver como tem uma onda “anti racista” nas bancadas mexicanas…

O site oficial do clube é o www.cruz-azul.com.mx

Uma coisa interessante é que o time possui outros afiliados (Cruz Azul Hidalgo, Cruz Azul Jasso, Cruz Azul Dublan, Cruz Azul Xochimilco e Cruz Azul Lagunas).

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E lute para que ele não seja comprado por empresários que um dia podem ter a brilhante ideia de se mudar para outra cidade.

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O Estádio Estádio Municipal Coronel Francisco Vieira em Itapira

Itapira, localizada há pouco mais de 150km da cidade de São Paulo, entre Mogi Mirim e Águas de Lindóia.

Desde o século XVIII já haviam moradores na região, mas foi no início do século XIX que se iniciou a colonização efetiva da cidade, tendo como data de fundação o dia 24 de outubro de 1820, quando foi derrubada a mata que deu lugar  a uma igreja.
Pra quem gosta de história, vale visitar virtualmente o Museu de Itapira e conferir uma série de fotos do séculio XIX:

Em 1858, tornou-se município, mas ainda com o nome de Penha do Rio do Peixe, alterado para Itapira em 1890 depois que o assassinato do delegado local por escravagistas maculou o nome com a expressão “o crime da Penha” (leia aqui matéria sobre o tema).

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Itapira possui as qualidades necessárias para alavancar o desenvolvimento em todas as áreas, seja industrial, comercial, de prestação de serviços ou agricultura. Mas ainda assim mantém seu jeito de cidade do interior, preservando a mata e uma série de cachoeiras, ideal para prática de esportes radicais.

Possui também uma série de festas típicas legais, e conseguiu manter preservada um pouco de sua origem.

Itapira aparenta oferecer uma qualidade de vida muito boa. Mas não seria 100% se não tivesse um time e um estádio e é aí que entra a Sociedade Esportiva Itapirense!

Em breve eu vou falar mais do time (estou indo atrás da camisa, vamos ver se eu consigo), por hora vou falar do Estádio Municipal Coronel Francisco Vieira, que conheci num dia em que tentei assistir a um jogo contra o XV de Jaú, mas fui a tarde e o jogo havia sido de manhã…

Ao menos tirei umas fotos do entorno do Estádio…

Como estava fechado, o jeito foi fazer as fotos por meio das grades…

O Estádio, também chamado de Chico Vieira é onde a Sociedade Esportiva Itapirense manda seus jogos, atualmente pela série A-3 do Campeonato Paulista de Futebol.

Sua capacidade é de 4.285 torcedores.
O estádio tem esse nome, pois foi o Coronel Francisco Vieira que cedeu as terras para sua construção.

Se tudo der certo, devemos ir ao último jogo da Itapirense pela A3 de 2010, valendo a permanência do time nessa série, se eu for, posto aqui as fotos do estádio “vivo”.

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