Não perca a conta!
Essa é a sexta parte do nosso rolê pelo interior paulista, realizada no feriado de corpus christi de 2018.
Já passamos por Lençóis Paulista, Agudos, Gália, Garça e Vera Cruz, sem contar os dois jogos que já descrevemos em Andradina e em Tupã.
Agora, seguimos pela SP-294 (a Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros) chegamos a Oriente!
Segundo o censo do IBGE de 2010, pouco mais de 6 mil pessoas vivem em Oriente. E, claro, vale lembrar que o cidadão ilustre de Oriente é… o goleiro Marcos! Que inclusive começou sua carreira no time do CA Lençoense!
A cidade teve dois times disputando competições oficiais pela Federação Paulista.
O primeiro deles foi o Grêmio Recreativo Usina Paredão FC, time fundado em Oriente em março de 1938.
O time ficou conhecido por ter se sagrado campeão amador do interior em 1961, com a equipe abaixo:
Eles mandavam seus jogos no Estádio da Usina. O amigo Biano, responsável pela ótima fanpage das Memórias da Usina Paredão, me arrumou algumas imagens da época pra se ter uma ideia de como era:
Tem até registro da torcida:
Aqui, algumas outras formações do time da Usina:
E pra fechar em grande estilo… A camisa do Grêmio Usina Açucareira Paredão:
Também conseguimos umas fotos atuais (junho/2018) de lá da Usina:
O caminho para chegar lá é lindo!
Só não ficou 100% claro se esse campo que ainda está lá é o mesmo onde eles jogavam…
A Usina hoje está se transformando em uma espécie de unidade recreativa, mas ainda mantém lindos espaços:
O segundo time da cidade é o Oriente FC:
Olha aí uma camisa:
Mas, nos primeiros anos do time, seu distintivo e cores eram diferentes, como se pode ver nessa foto histórica, de 1945:
Aqui, o time juvenil:
O Oriente FC foi fundado em 1944 e mandava os seus jogos no Estádio Municipal Max Wirth.
Max Wirth foi um desbravador suiço que foi para Oriente e construiu a usina Paredão, depois vendida à família Giorgi.
Como era feriado, o estádio estava fechado e dessa vez nenhuma parede quebrada para dar acesso ao campo…
Será que o único jeito seria …
Até fizemos algumas fotos daí, mas … seria frustrante se todo nosso esforço fosse se resumir a essas fotos mal feitas com pouco ângulo…
Mas, como muitos outros estádios do interior paulista, o Estádio Max Wirth também tem um administrador que mora ao lado do estádio e gentilmente nos acompanhou em nossa visita, permitindo o registro do interior do estádio.
Então… vamos lá!
O estádio foi palco do time local em sua única aventura pelo futebol profissional em 1932 pela quarta divisão do Campeonato Paulista.
Os bancos para reservas seguem muito bem cuidados.
Achei até uma foto do José Rico (da dupla Milionário e José Rico) jogando um amistoso pelo time:
Gosto desses tuneis de acesso, por onde os times entravam em campo para serem recebidos por sua torcida…
Se você quer ter uma idéia geral do campo e do seu belo gramado, aí está:
E o ponto “místico” dessa visita… Conhecer o gol da cidade onde o goleiro Marcos nasceu…
Missão cumprida! Estádio registrado e mais um time para compor a história do futebol que dia a dia povoa a nossa mente.
Como sempre, não custa sonhar em uma bezinha sendo jogada no estádio municipal futuramente…
Hora de dizer adios em grande estilo e seguir viagem!
































































































Gália é uma pequena e simpática cidade do interior de São Paulo, na região de Bauru.
Sempre fiquei empolgado em conhecer a cidade homônima daquela onde vivem Asterix e seus companheiros de aventuras.
Uma curiosidade um tanto… “macabra” é que na cidade vivem, ou melhor…. não vivem… mais mortos do que vivos… Deu pra entender?? É que tem mais gente enterrada no cemitério (pouco mais de 16 mil) que seus 7 mil habitantes. Curioso, né? Se você quiser saber mais, o site
E, curiosidades a parte, fomos enfim conhecer e registrar o Estádio Municipal Mansur Nora.
Embora a cidade seja pequena, ele fica afastado do centro, no limite da cidade com a área rural. A frente dele fica em uma bucólica rua de paralelepípedos.
Estávamos animados, para cumprir mais uma etapa planejada. Lá está a Mari em frente a mais uma bilheteria.
Deu até pra fotografar a placa que informa sobre a inauguração do estádio em 14 de abril de 1953 (ainda que na verdade esteja escrito 953…):
Mas o desespero apareceu quando percebemos que não tinha jeito de entrar. Estava tudo fechado.
Pra não perder viagem, decidimos contornar o estádio.
E acabamos chegando na parte de traz dele que já está na área rural da cidade.
Dali, pudemos finalmente acessar o estádio e ver como está a parte de dentro dele.
O Estádio Municipal Mansur Nora além de receber as diversas competições do futebol amador da cidade e região, também foi a casa do Gália EC em sua única aventura no futebol profissional, na terceira divisão de 1966.
O Gália EC, o “Leão da Alta Paulista” foi fundado em fevereiro de 1949 e atualmente parece ainda existir disputando competições amadora em seu estádio.
A arquibancada coberta e a iluminação mostram que se um dia o Gália EC quiser voltar ao profissionalismo, as coisas não estão tão distantes…
Até porque ainda existe espaço pra criar uma nova arquibancada na outra lateral do campo.
Dando uma olhada no campo, dá pra ver que está sendo bem cuidado.
Ao lado dele fica o ginásio municipal.
O ginásio dá um visual diferente ao campo, e como não fiz nenhuma foto, uso a dos amigos do J
E assim, damos por cumprida nossa missão de registrar mais um templo do futebol pelo interior paulista!
E vamos em frente, para a 4a parte da nossa jornada!









































































































O pouco que rodamos por lá, nos mostrou uma relação bastante próxima entre os moradores e a cidade.
O jogo foi disputado no tradicional Estádio Municipal Evandro Brembatti Calvoso. E a ideia era conhecer de perto o retorno das competições oficiais à Andradina.
Vale lembrar que a cidade já teve dois times no cenário profissional: o Andradina EC (dos anos 40), que usava uniformes tricolores (branco preto e vermelho) e chegou a disputar a terceiria divisão estadual e o Andradina FC, que chegou a ser campeão da segunda divisão em 1965, e usava uniformes em branco e azul.
O time atual, é na verdade o Atlético Araçatuba (fundado em 5 de outubro de 2002 e que havia voltado em 2016 à segunda divisão) e acabou se mudando para Andradina, para a disputa da “bezinha” (na prática a 4a divisão do campeonato paulista).
Obviamente, ao se mudar para a cidade, mudou também seu nome para Andradina, resgatando a história do futebol local e assim pode se dizer que o “foguete da Noroeste” voltou!
Ingressos em mãos, vamos pro jogo!
O Estádio fica na região central da cidade, na rua
A volta às disputas profissionais animou a cidade em torno do time.
Da nossa parte, ficamos muito contentes em poder levar essa emoção que renova a cultura da cidade e mostra que o interior ainda tem muita força no futebol!
A atmosfera do estádio é muito bacana. Até uma lanchonete ao ar livre tem lá!
A boa e velha tecnologia dos placares manuais segue fazendo a alegria dos torcedores.
Com certeza, todo mundo deve estar feliz vendo as camisas do time aparecendo não só pelo estádio, mas também pelas ruas da cidade.
Os dois times estão bem na tabela (os visitantes do Talentos 10 AC eram os líderes até o jogo contra o Andradina, que luta para se manter no G3 – que passam para a próxima fase), o que colaborou para uma boa presença de público, mesmo em meio ao feriado de Corpus Christie e aos problemas ocasionados pela greve dos caminhoneiros.
E toda a empolgação da torcida local, contribuiu para que o time do Andradina jogasse pra frente. A zaga do Talentos 10 não teve como segurar e…. penalty para o Andradina.
E tristeza para o goleiro visitante…
Mas, também é necessário lembrar que essa era a primeira vez que víamos o time do Talentos 10 AC (time de Bauru, que atualmente manda seus jogos em Marília).
O Talentos 10 AC nasceu em 1997, mas somente em 2016 participou de sua primeira competição profissional (e não foi da Federação Paulista, mas sim a Taça Paulista, criada pela Liga Nacional de Futebol).
E vimos o time empatar em uma bela jogada no ataque. Festa para os visitantes.
O uniforme (e o distintivo) do Talentos 10 lembra o da seleção brasileira.
A torcida local sabia que a missão do Andradina era difícil, afinal, até o momento o Talentos 10 era o líder do grupo.
Aqui, um breve registro das arquibancadas e do jogo:
Olha aí o banco (e o treinador) do time do Talentos 10:
E aqui o banco (e o treinador) do Andradina EC:
Vale registrar que o estádio possui lances de arquibancada nos 4 lados do campo.
Em campo a peleja se desenvolveu até chegar ao seu placar final de 3×2 para o Andradina.
Motivo de comemoração para a torcida local e para a continuidade do projeto do time.
Aproveitamos o bom momento do time com a torcida para perguntar ao Gregui, presidente da torcida uniformizada Garra Andradinense, o que significa torcer para o time da sua cidade:
As arquibancadas estavam bonitas de ver!
Pra nós, mais do que o resultado do jogo ou mesmo a qualidade da partida, o que nos motiva é apoiar, dentro das nossas limitações…
Que mais pessoas de Andradina passem (ou voltem) a apoiar o time que defende as cores da cidade.
Até uma próxima vez, Evandro Brembatti Calvoso…