O futebol profissional em Salto – Parte 1

ESSE POST SE COMPLETA COM O POST 2 SOBRE SALTO, CONFIRA AQUI!

“Quando um estádio é demolido, morre um pouco da história e da alegria da cidade e das pessoas”.

25 de novembro de 2014.
Foi com esse triste sentimento que nos dirigimos a Salto para fazer aquelas que poderiam se tornar as últimas fotos do Estádio Alcides Ferrari.

Estádio Alcides Ferrari - campo da AA Saltense

Salto é uma cidade riquíssima em história do futebol, desde o início do século XX, com times como o Team Salto Football Club – primeiro time da cidade, o Atlético Coritnhians, o Ítalo FC, entre outros…
Mas mesmo assim, foi difícil convencer o porteiro a liberar nossa entrada na antiga casa da Associação Atlética Saltense, para registrar o estádio.

AA Saltense

A AA Saltense foi fundada em 29 de março de 36. Essas são fotos da época da fundação:

AA Saltense 1936
AA Saltense 1936
AA Saltense

E tanto tempo depois aí estamos nós na casa da Saltense!

Estádio Alcides Ferrari - campo da AA Saltense

Segundo os boatos, a especulação imobiliária falou mais alto, onde nasceram gols e alegria, serão levantadas torres residenciais…

Estádio Alcides Ferrari - campo da AA Saltense

Esse foi o time campeão da 23ª região de 1942! Não achei os resultados, mas pelo livro “Os esquecidos“, o time se classificou com 4 vitórias, 3 empates e 1 derrota. Compunham o grupo 3 times de Porto Feliz: AA Portofelicense, EC Araraitaguaba e União FC, além do EC São Bento e São Roque AC (ambos de São Roque), o Comercial de Tietê e a AA Boituvense).
Na 1ª eliminatória da fase final, bateu o Itapetininga e na 2ª eliminatória perdeu no saldo de gols pro Guarani.

AA Saltense 1942

Olha que linda foto do time em 1950:

AA Saltense - 1950

Aqui o time de 1956, que disputou pela primeira vez o derbi com a AAAvenida, vencendo a peleja por 6×3:

AA Saltense 1956

Essa também parece ser da mesma época:

AA Saltense - 1950

Em 1958, a AA Saltense foi campeã da “Série D” (o primeiro grupo regionalizado da série A3 daquele ano). Outra foto bacana, sem conseguir confirmar a data:

O time de 1966:

AA Saltese 1966

Aqui, o dia, ou melhor, a noite da inauguração do sistema de iluminação, em 1980:

Estádio da Associação Atlética Saltense - 1980

O Estádio viu diversas partidas, como o dérbi de 76, entre a Saltense e o Guarani!

Dérbie saltense 1976 - Estádio alcides Ferrari

Aqui, outro dérbi contra o Guarani, com o estádio lotado, dessa vez pela A3 de 1987.

Estádio Associação Atlética Saltense - dérbi 1987

Aqui, o time de 87:

Saltense 1987

Muito triste ver o estádio sem suas arquibancadas, onde a torcida pode viver uma história que começou em março de 1936 e participou de 26 campeonatos estaduais.

AA-Saltense-Salto-300x116

Disputou a série A2 em 1959 e entre 1982 e 1987. Em 84, se classificou para a segunda fase, onde terminou em último no grupo.

Série A2 - 1984 - 1a fase
2a fase - A2 1984

Jogou também a série A3 por várias vezes: de 1954 a 58, de 1960 a 64, em 1976, em 1980, 1981, 1988 (é o time da foto abaixo), 1990,1991 e 1993.

AA Saltense

Ainda disputaria a série B em 1977, 1979 e 2008 (num retorno pontual ao profissionalismo) e a quinta divisão em 1978. Aqui a classificação na fase 1 e 2 da série B de 2008:

Série B do Campeonato Paulista 2008

O pessoal do Jogos Perdidos acompanhou vários jogos da Saltense naquele ano, confira um deles aqui, de onde eu peguei essa bela foto do time de 2008:

Associação Atlética Saltense 2008

Desde então, o time está licenciado da Federação Paulista de Futebol e seu estádio, correndo risco…

Estádio Alcides Ferrari - campo da AA Saltense

O Estádio tinha capacidade para cerca de 3 mil pessoas.

Estádio Alcides Ferrari - campo da AA Saltense

O adesivo colado no vidro, que em pouco tempo virá ao chão relembra uma fase bacana do time.

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Como nunca estivemos em Salto antes, aproveitamos para conhecer também o Guarani Saltense Atlético Clube, cujo estádio fora demolido anos atrás para a construção de um … Carrefour….

guarani saltense
Distintivo Guarani Saltense
Guarani - Salto

Como se vê, há muito da imagem do Guarani Saltense espalhado pela área!

Guarani Saltense

O Guarani Saltense Atlético Clube foi fundado em 10 de fevereiro de 1938, mas hoje, encontra-se licenciado da Federação Paulista de Futebol.

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Pudemos fazer amizade com o pessoal do clube que estava por lá.

Guarani Saltense

E relembrar um pouco do passado glorioso do Guarani Saltense.

Guarani Saltense

Seu campo era o Estádio João de Arruda (antigo Estádio Luiz Dias da Silva) e teve muitos dias de glória antes de ser demolido, em 2001. Essa era a fachada do campo:

Estádio João de Arruda - Guarani Saltense

O “Rubro-negro Saltense” jogou a A3 por 15 vezes: 1954, de 1956 a 59, 1962, 1963, de 1980 a82, de 1984, a 87 e 1992.

Aqui, o time de 1957, campeão da “Série 5”:

Guarani Saltense 1957

Não encontrei os resultados, mas seguem os adversários da Série 5 e da fase seguinte (onde estava o Expresso São Carlos, que seria campeão da A3) de 1957:

Série A3 1957

Mas o Júlio mandou um link com os resultados, disponíveis no tradicional “Arquivos Futebol Brasil” (clique aqui e veja).

Além disso, foram 4 edições da Série B (o quarto nível do futebol paulista), de 1988 a 91, além de duas edições do quinto nível do futebol em 1978 e 1979.

Aqui, o time de 1973, na noite da inauguração do sistema de iluminação do Estádio João de Arruda:

Guarani Saltense 1973

Motivos de sobra pro Estádio ser considerado um importante ponto pro futebol paulista!

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Aqui uma boa recordação de quando o estádio foi inaugurado.

E aqui, a placa comemorativa ao cinquentenário do Guarani Saltense.

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Esse foi o time que disputou a 3a divisão de 1982:

Guarani Saltense

E que tal essa imagem do dérbi saltense, de 1982?

Dérbi saltense 1982

Vale ressaltar a força do futebol amador da cidade. Existem, no mínimo dois grandes estádios, além do campo da Saltense e do Guarani que mereceram uma visita: o Estádio Municipal Amadeu Mosca.

Estádio Municipal Amadeu Mosca - Salto

O estádio chegou a receber vários jogos no passado.

Estádio Municipal Amadeu Mosca - Salto

Em 1992 houve um dérbi entre a Saltense e o Guarani, onde foi feita a foto abaixo:

Derbi saltense 1992 - Estádio Municipal amadeu Mosca

E o tradicional campo do XV de Novembro, o Estádio Benedito Teixeira:

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O XV de Novembro foi fundado em 30/05/1974 e nunca participou de nenhuma divisão profissional, mas fez (e ainda faz) parte da história do futebol de Salto.
Olha o time de 1965:

XV de Novembro (Salto) - 1965

E também um raro registro do Clube de Regatas Estudantes Saltenses, que disputou o Campeonato do Interior de 1944, 45 e 46 (a foto abaixo é de 49)

Clube de Regatas Estudantes Saltenses - 1949

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Sa

174- Camisa do América-MG

A  174camisa de futebol do blog vem de Minas Gerais (de onde já mostramos a camisa da Caldense, do Vulcão e do Tupi).

Ela pertence ao América F.C., da capital mineira.

Distintivo do América

Embora venha da capital, eu comprei a camisa numa lojinha na cidade de Mariana, há alguns anos atrás, quando fomos de busão desbravar as cidades históricas de MG.

O mascote do América é o coelho:

Mascote do America_MG

Continuar lendo 174- Camisa do América-MG

Em busca do Estádio perdido em Assis e Salto Grande

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No fim de semana de 16 de agosto, estivemos em Assis para ver o VOCEM e o Assisense na Bezinha (vejam aqui como foi). Mas além dos jogos, também aproveitamos a oportunidade para dar uma volta pela cidade e rever alguns estádios que já marcaram presença no www.asmilcamisas.com.br.

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Um deles é o Estádio Dr. Adhemar de Barros, onde a Associação Atlética Ferroviária de Assis (AAFA) fundada por funcionários da antiga Estrada de Ferro Sorocabana em 1927, mandava seus jogos.

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O Estádio segue seus dias entre o abandono do poder público e o uso pelos que ainda amam o futebol. Infelizmente é quase nula a chance de um retorno do time da Ferroviária ao profissionalismo…

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Mas a emoção e a história seguem no mesmo lugar.
Nos gols, na arquibancada que aos poucos perde sua cobertura e sua pintura…

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Falando da Ferroviária, também conhecida como a “Veterana”, o time atuou de 1949 até 1952, até ser rebaixada graças à criação de uma lei que exigia que as cidades tivessem um mínimo de 50.000 habitantes. Retornou à Segunda Divisão (atual A2) em 1958 e permaneceu até o ano seguinte. A partir de 1960, disputou a terceira divisão, até 1976, quando encerrou suas atividades.

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Seu estádio na Rua Brasil, por isso o apelido de “Vermelhinha da Rua Brasil” tem capacidade para pouco mais de 1.000 pessoas. E ele foi nascendo aos poucos; primeiro o campo, depois as arquibancadas, os vestiários, e por fim a iluminação. Foi nele que o time mandou seus jogos na sua fase profissional.

Os gols seguem lá… A espera dos chutes…

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E a Mari até arriscou alguns…

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E eu, com meu eterno espírito de goleiro, o defendi!

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Para aqueles que gostam de colecionar camisas de futebol, a do VOCEM estava a venda (não sei até quando fica) no Supermercado amigão, por R$ 69,00.

Camisa do VOCEM

Ah, antes de sairmos de Assis ainda demos uma passada no Estádio Aristeu de Carvalho, a casa do DERAC local:

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Pra quem teve preguiça de acessar o post sobre o jogo que fomos ver entre VOCEM e Pirassununguense, seguem algumas fotos do “Tonicão“:

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Antes de irmos pra Assis, demos uma parada em um posto de gasolina em Santa Cruz do Rio Pardo. Olha que legal o visual do posto (sim é um posto, não é uma estação de trem).

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E se estamos pelo oeste paulista, a cultura do trem tem que estar viva a todo momento…. Eles resgataram uma bela locomotiva que percorreu no passado os trilhos entre SP e interior. Tinha até uma foto da Santacruzense, em frente ao trem, na década de 40…

E enfim, voltando para Santo André, passamos por Salto Grande!

Salto Grande

A cidade está às margens do rio Paranapanema e rola até um visual praiano, muito bacana!

Salto Grande - SP

Mas não fomos até lá para nadar, mas para conhecer o Estádio Municipal dos Expedicionários.

Estádio Municipal dos Expedicionários
Estádio Municipal dos Expedicionários

É aqui que o Clube Náutico Salto Grande mandava seus jogos.

Atualmente, no muro do estádio, eles tem um novo distintivo:

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O time foi fundado em 1964, e fez sua estreia no profissionalismo no Campeonato Paulista da Terceira Divisão de 1986.
Até hoje o “CN” de Clube Náutico está em seus portões.

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O campo segue bem cuidado, ainda que meio desnivelado, a grama está verdinha…

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Foi nesse estádio que foram vencidos times como o Piraju, Palmital e Chavantense… Nessas arquibancadas, hoje vazias, já houve festa da torcida local…

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Sei que não é fácil manter um time de futebol, mas ainda sonho em ver um time em cada cidade deste país…
Defendendo as cores e a cultura local, tendo seu estádio como ponto chave, e até turístico…

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Hora de guardar os sonhos e ir embora…

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Em busca do Estádio perdido em Tatuí

Seguindo nossa missão de buscar estádios perdidos por este mundo, lutando contra a ideia de que o futebol pareça morrer a cada dia, chegamos a bela cidade de Tatuí

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Aproveitamos para registrar o Estádio do São Martinho, time fundado pelos operários da Fábrica Têxtil São Martinho, no final da década de 1930.

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E pra nossa surpresa, o Estádio Dr. Júnior do Amaral Lincoln não só está muito bem estruturado como mantém-se como sede do São Martinho nas disputas amadoras organizadas pela Federação Paulista.

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Belo gramado e uma localização privilegiada, em uma movimentada avenida.

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Não sei porque, mas adoro bilheterias…

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Mas, nossa busca era pelo Estádio Dr. Gualter Nunes, que abrigou o time local, em suas aventuras pelo campeonato paulista, entre as décadas de 50 e 70.

Estamos falando da Associação Atlética XI de Agosto!

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O Estádio mantém vivas as cores do time, que hoje ainda existe no futebol amador e como clube social.

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Vale lembrar que o XI de Agosto nasceu, a partir de uma simples pelada disputada entre moradores da cidade. O nome é uma homenagem ao dia do aniversário da cidade.

O campo ainda está lá em perfeitas condições. Aliás, a cidade de Tatuí tem uma representatividade bem importante nas competições amadoras do estado, ou seja, eles tem usado bastante o campo!

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A data oficial de fundação do time é 11 de agosto de 1929, apesar de ela já existir desde 14 de maio de 1916.

Mais uma bilheteria visitada pelo nosso blog!

O Estádio / Clube ocupa quase todo um quarteirão, essa é a rua lateral:

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O Estádio Dr. Gualter Nunes começou como um campo de várzea. No mês de junho de 1930 o campo foi fechado com tábuas, para ser construída uma arquibancada.

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O primeiro jogo ocorreu contra a Associação Atlética Pindorama, mas a inauguração oficial aconteceria em 1935 contra o Palestra Itália e teve como resultado um empate em 1X1

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O clube parece reconhecer aqueles que fizeram parte da sua história. Esse é um quadro exposto nas dependências internas:

E outro grande achado que está em exposição no clube é essa camisa, da década de 60:

O time de 1958 sagrou-se bi-campeão do setor:

Esse é o time de 1978, que disputou a terceira divisão:

XI de Agosto de Tatuí 1978 3adivisao

Dias depois da visita, encontrei essa foto pela Internet, do estádio nos anos 70:

Estadio XI de Agosto

Voltando ao momento atual, o último jogo parece ter sido uma boa goleada!

E lá fomos nós para dentro do campo, ver de perto mais esse templo do futebol do interior paulista.

Uma história bacana que contam por lá é que o time tem o apelido de Égua Vermelha, devido a uma égua avermelhada morta no centro da cidade, bem no dia de uma partida. Os torcedores adversários aproveitando a situação diziam: “A égua vermelha do XI vai morrer”.

Hora de ir embora…

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Assis 2014, mais uma vez pelo futebol do interior…

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16 de Agosto de 2014…
E aí estamos nós, mais uma vez descendo na “estação Assis” para acompanhar o futebol há 500km da capital, onde ainda se podem ver as históricas casas de madeira construídas pelos ferroviários no século passado.

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Os trilhos ainda estão pela cidade e para “forasteiros” como eu e a Mari, acordar as 5hs da manhã para ouvir o trem da manutenção passar por lá é um programão!

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Estivemos em Assis para aproveitar o último final de semana com futebol profissional pela cidade.
No sábado, o Assisense enfrentou o Atibaia em casa, no Tonicão pela Série B do Campeonato Paulista…

Em campo, o resultado não podia ser pior…
O time, com 0 pontos na segunda fase do Campeonato Paulista da Segunda Divisão, levou 8×0 dos visitantes…

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Uma pena o pequeno público presente…

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Pra nós, é mais uma experiência boleira…

No sábado a noite ainda fomos conhecer um pub local chamado Dublin.
Mas voltamos cedo, afinal, no domingo, as 10hs da manhã era um momento mágico, hora de ver o VOCEM ao vivo, no Tonicão!

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O cartaz convida…

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Bem vindo a mais uma partida da série B do Campeonato Paulista!

Estávamos em 3: eu, Mari e meu pai, ou seja… 3 ingressos a mais pro VOCEM!

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Chegamos a tempo de ver os times em campo…

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O Estádio Municipal Antônio Viana da Silva, vulgo Tonicão tem seus diferenciais, como por exemplo o caminhão de som que anima a galera do estádio!

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Mas o domingo era dia de emoções fortes para o torcedor do “Esquadrão da Fé.
O VOCEM precisava vencer para ter chances de classificação no último jogo, fora de casa contra o Primavera de Indaiatuba…

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A torcida apreensiva…

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E o jogo começou quente, com menos de 5 minutos, o VOCEM teve a chance de abrir o marcador, completando um cruzamento direto na trave!

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A Torcida local tentou fazer sua parte, apoiando (tinha até um batuque feito pelo pessoal da Escola de Samba da Vila Operária) e pegando no pé dos adversários.

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Em campo, o time fazia de tudo para tentar a vitória, mas o Pirassununguense era um adversário difícil…

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Falando da gastronomia do estádio, a estrutura do Tonicão é muito melhor do que a maioria dos estádios, tem um bar bacana, uma churrasqueira que vende espetos (nada para vegetarianos) e a tradicional pipoca.

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Mas, o campeão foi o sorvete de sagú…

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O Estádio recebeu um público apenas razoável, perto dos quase 4 mil torcedores que foram ao estádio ver o Derby contra o Assisense na primeira fase.

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Jogo duro e pra piorar para o torcedor local… Pirassununguense 1×0. Numa jogada pela direita em uma bola que o goleirão podia ter se esforçado mais…

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Banho de água fria na torcida local…

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Mas, nem tudo estava ruim. Pudemos conhecer 2 amigos que só tinhamos contato via Internet, o primeiro deles, torcedor do VOCEM e responsável pelo site do clube (clique aqui para visitar o site), Victorino.

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O outro é uma figuraça, que assim como nós, acompanha o futebol por diversos estádios e ainda procura resgatar um pouco da história do futebol da sua cidade, apresentamos o amigo e torcedor do Paraguaçuense, Amarildo:

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Também foi mais uma oportunidade para juntar minha família junto do futebol!

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Para não desanimar totalmente, o VOCEM ainda chegou ao empate!

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E assim, acabou o ano do VOCEM jogando profissionalmente, em casa… Agora só ano que vem…

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Espero que a torcida siga apoiando como fez nesse ano da volta do time ao profissional e que o time possa continuar mantendo sua história tão importante não só do ponto de vista do esporte, mas também social e cultural.

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Que as bancadas do Tonicão sigam quentes, como os corações daqueles que 500 km longe da capital acreditam no time da sua cidade…

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Mais diversão com a Copa 2014 – A visita do TANGO 14 ao ABC

“O tempo te ensina a valorizar mais a amizade, porque isso não se vende e tampouco se pode comprar”.

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Foi com letras como essa que o TANGO 14, banda de “rock de rua” de Buenos Aires, decidiu cruzar a América do Sul em uma kombi e vir até o ABC, pra mostrar seu som e curtir um pouco do clima da Copa do Mundo. Esse é a música que contém a citação acima:

Conhecemos o pessoal do TANGO 14 há alguns anos, em uma de nossas passagens pela Argentina, se não me engano, em 2009: tango Quem diria que anos depois, estaríamos juntos aqui no ABC, conversando sobre a vida, o futebol, política e dia a dia… E claro, curtindo o som dos caras, graças ao esforço do pessoal da banda 88Não!!!

A mistura de viagem e turnê foi feita de maneira totalmente independente, sem patrocínio nenhum, só contando com a força da amizade entre pessoas que preferiram desprezar os preconceitos entre brasileiros e argentinos tão incentivado pela mídia e por um bando de idiotas.

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Aqui no ABC, quem recebeu o pessoal e ofereceu a própria sede para que eles ficassem hospedados foi a rapaziada da Torcida Fúria Andreense:

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O pessoal da Fúria Andreense foi muito responsa e conseguiu lugar para todos dormirem e ainda dividiram experiências, cervejas, histórias, comilança…

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As aventuras desses 9 argentinos pelas estradas do Brasil foram muitas. Pra se ter uma ideia, eles saíram de Buenos Aires em 2 veículos, porém, chegando em Porto Alegre, um deles teve um problema com o motor e teve que ficar no conserto, a solução foi alugar uma kombi e fazer o percurso RS-SP nela. Ali no fundo dá pra ver a famosa kombi heehehe:

kombi

Com isso, eles acabaram chegando um dia depois do esperado e tendo que cancelar o primeiro show deles, que seria na Zona Norte de SP, numa sexta feira.

tango em sp

Enquanto isso, seguíamos “monitorando” a viagem via celular, Internet, Whatsapp e as vezes passávamos algumas horas sem contato, imaginando onde eles haviam se perdido hehehe.

Enfim, no sábado, depois de alguma espera, finalmente o TANGO 14 fez sua estreia em terras brasileiras…

Guillerme foi à loucura….

gui tanguero

Eles puderam tocar quase todas as músicas de seu primeiro disco para um público que misturava punks, rockeiros e torcedores, como já de costume em seus shows!

tango 14 sonia maria O show contou ainda com a participação de bandas como 88Não, Chagas e até uma palhinha do Tercera Classe banda que eu tocava nos anos 90. tango no sonia Mais do que um show, a presença do TANGO 14 no Sônia Maria, um lugar histórico para o Punk Rock do ABC foi um momento de união entre amigos!

tango 14 no abc

Já era madrugada quando deixamos o pessoal na sede da Fúria Andreense, onde o pessoal da torcida ainda  os aguardava para conversar…

tango

No dia seguinte, foi a vez de tocarem em São Paulo, no Centro de Cultura Marginal e mais uma vez, show e clima inesquecíveis!

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Pudemos participar de um momento incrível unindo TANGO 14 e 88Não! tocando um som do 2 minutos:

O role foi muito bacana por lá e novamente misturou punx e torcedores…

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Como a banda é formada por gente que depende de seus trabalhos para viver o dia de amanhã, o Tango 14 teve que voltar cedo pra Buenos Aires, só o baterista Adrian pode ficar e deu sorte à seleção Argentina, no jogo da semifinal!
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Despedimo-nos desse post mandando um forte abraço aos hermanos Tommy, Adrian, Neco, Fernandinho, Juanjo, Nicolas, Cuki (el capo de FerroCarril) e aos irmãos Ariel e Cesar Escalante.
É isso aí… Apoie o time da sua cidade, mas antes de mais nada, apoie seus amigos das arquibancadas e das ruas, sejam elas ou não da sua cidade…
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Buscando um lado bom para a Copa…

Como disse no post anterior, fico indignado com as sacanagens relacionadas à Copa do Mundo. Além disso, escrevo esse texto atrasado. Os 7×1 já passaram por cima da euforia da torcida brasileiro aniquilando a até então fervorosa paixão pela seleção. Mas, não posso negar o quanto me agradou a possibilidade de vivenciar essa “salada multicultural” proporcionada pela Copa.

Por isso, decidi dividir com vocês, mais algumas aventuras que vivi graças à Copa.

Pode parecer bobo, mas a começar pelo simples, mas alternativo outdoor que aproximou Guarulhos e sua população da seleção do Irã.

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E por que estou comentando sobre um outdoor de Guarulhos se vivo em Santo André? É que no feriado de Corpus Christi tivemos a oportunidade de ir até Maceió pra curtir algumas das mais belas praias do mundo!

E se Guarulhos já estava no clima, dentro do Aeroporto pudemos vivenciar um pouco mais dessa mistura e assistimos em meio a muitos chilenos a eliminação da Espanha, ainda na primeira fase.

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O Aeroporto de Guarulhos criou um espaço só para se assistir aos jogos. Aí, já viu né… Virou point de encontro de torcedores do mundo todo.

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Desse jeito, o tempo passou rápido e em pouco mais de 2 horas de vôo, já estávamos baixando em terras alagoanas, no Aeroporto Zumbi dos Palmares!

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Se esse fosse um blog dedicado ao turismo e às praias, gastaria um bom tempo falando sobre as praias de Maceió. São lindas e mesmo no inverno, pegamos temperaturas acima dos 30 graus.

Essa era a vista do nosso hotel, da praia do Pajuçara:

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Mas, para colaborar com a divulgação das belezas naturais do nosso país, vou destacar algumas praias, a começar pela bela São Miguel dos Milagres, pra mim, um dos lugares mais loucos que já vi… Olha a cor da água…

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E aí estou,com a camisa que ganhei dos amigos Juventinos Veganos!

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Outra praia que merece destaque é Paripuera. Além dos tradicionais passeios até às piscinas naturais, também tem um belo encontro entre mar e rio (as chamadas barras).

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Uma última dica (não que não existam muitas outras, mas só pra resumir o rolê praieiro) é a incrível Praia do Gunga. Você pode chegar de carro ou atravessando um pequeno rio de barco (sai da barra de São Miguel).

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A praia é cercada de coqueiros e recebe visitantes de vários locais.

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A população local de lagartos escondida nas casinhas de barro é incrível!

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E a água, uma delícia!

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Dá pra passar o dia inteiro no mar ou na água doce que também desemboca ali, do outro lado desse mar de guarda sol.DSC00149

Bom, chega de mergulhos e praias lindas, vamos falar um pouco do lado boleiro da cidade. Lembrando que já falamos bastante do futebol local, graças ‘a visita que fizemos anos atrás, quando no nosso último dia perdemos a câmera.

Você pode relembrar esse rolê lendo o post que fizemos sobre ele, na verdade foram dois, então se você clicar aqui, vai ver um pouco mais, ou ainda pode ler os posts sobre as camisas do CRB e do CSA.

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A primeira coisa para se falar sobre o futebol em Maceió é que a cidade não foi sede da Copa, mas pude sentir o gostinho da competição graças à seleção de Gana, que se hospedou na cidade.

DSC00258 A torcida local abraçou o time e tinha até bandeira da seleção passeando pela orla. Difícil era chegar perto do hotel… Nada menos que o BOPE estava de plantão…

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Por sorte, alguns integrantes da comissão técnica sairam pra um role e deu pra trocar umas ideias…

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Mas, se a Copa tentou dar uma força ao futebol local, a realidade dos clubes de Maceió não está em sua melhor fase.

Infelizmente, mais uma vez acompanhamos um processo que me parte o coração: a morte de um estádio, e dessa vez, a vítima foi o Estádio Severiano Ribeiro, ali na Pajuçara mesmo, onde o CRB treinava e chegou a mandar alguns jogos.

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Quando estivemos ali, anos atrás, pudemos até assistir uma partida do CRB, mas dessa vez, infelizmente o Estádio já não pertencia mais ao clube, mas sim a uma rede de supermercados que construirá ali mais uma obra prima do capitalismo. E venderá muito mais do que a antiga “Boutique do CRB”…

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Pra piorar, o estádio parecia estar todo fechado, mas… quando pensávamos em nos limitar a registrar o entorno do estádio, encontramos um portão aberto…

DSC00088 Ao adentrar em mais um templo do futebol, a surpresa… Onde está o estádio?

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Opa, ali a placa que confirma, não estou no lugar errado, estou mesmo no lugar que foi o Estádio…

A arquibancada que tantas emoções recebeu já se prepara para seu triste fim, provavelmente demolida… DSC00092 Do lado oposto, a arquibancada descoberta começa a ser coberta pelo mato…

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  O gol, símbolo mor do nosso futebol, já não resiste. Caiu.

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O mato, em áreas que costumavam ser o gramado, em alguns lugares chega a ter quase 30cm de altura…

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Claro, não se pode negar as questões econômicas, que guiam não só o futebol. Por conta das dívidas e as dificuldades financeiras, o CRB teve que se desfazer do estádio. Mas também não dá pra negar a tristeza no Brasil que se auto proclama o “País do futebol” ter um estádio derrubado para dar lugar a um supermercado…

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DSC00102 Por outro lado, ao hospedar a seleção de Gana, a cidade de Maceió viu o Estádio Rei Pelé em alta.

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Pena que no dia em que passamos por lá, os treinos estavam fechado para o público.

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Só o que pudemos fazer foi passear pelo entorno do estádio, admirando sua beleza!

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E começou a Copa do Mundo 2014!!!

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Pois é… Vivemos um momento mágico para o futebol. A toda poderosa FIFA desembarcou no Brasil e vivemos de perto a Copa o mundo de seleções. Um evento que poderia ser a alegria de muitos, mas que infelizmente tornou-se privilégio de poucos, e pra variar, dos mais ricos.

Sem contar os desvios de verbas para as obras, em sua maioria superfaturadas e que tornaram-se prioridade frente a tantas necessidades que esse país ainda possui, como moradia, educação e saúde, entre tantas outras…

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Pra piorar, ao menos em meu ver, a seleção brasileira não tem a mesma ligação que outras seleções e seus países.

Tudo isso tirou de mim, a paixão que um fã do futebol poderia ter pela Copa do Mundo. E sem essa paixão, o que resta? Pra mim, restou a curiosidade de conhecer algumas das pessoas que viajaram para o Brasil para acompanhar o evento.

E lá fomos nós (eu e a Mari) pra São Paulo, pra tentar encontrar torcedores croatas, no dia do jogo do Brasil. E demos sorte, nem bem paramos o carro, próximo à Av. Paulista e encontramos um primeiro grupo de torcedores em frente um hotel.

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No nosso inglês latino, aproveitamos a oportunidade pra bater um papo com o pessoal. Particularmente minha curiosidade se deve ao meu avô, que nasceu na Croácia e nunca soube falar muito da cultura do país por ter vindo muito novo ao Brasil.

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Pra quem acha que só havia público masculino, ta aí o lado feminino croata! DSC00015 Do hotel, fomos para a Av Paulista e acabamos encontrando outros torcedores, como essa turma da Colômbia! DSC00012 E não eram só eles, haviam muitos colombianos passeando pela região!

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Mas, o dia era mesmo dos Croatas! Estavam por toda a parte!

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E se tinha alguém com medo de possíveis encontros violentos, entre grupos de diferentes países, o que nós vimos pela Av. Paulista não foi nada disso. O pessoal estava ali numa boa, trocando ideia e se divertindo.

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Claro, que temos que lembrar que a maior parte dos que vieram pro Brasil, são pessoas que tem uma condição econômica suficiente, não sei até que ponto refletem a realidade da sociedade croata, mas… A impressão que ficou foi muito boa.

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Aqui dá pra ter uma ideia de como estava o clima:

Nunca se viu tantas camisas quadriculadas andando por São Paulo…

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E dá-lhe festa!!!

Esse bar era outro ponto de concentração, bastante animado e lá fomos nós trocar ideia com os caras!

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Andando um pouco mais, olha quem encontramos: os Mexicanos!

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Hora de voltar para casa, mas olha quem atravessa em nossa frente…

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Pois é… A Copa chegou… Causou muitos problemas, gerou oportunidade e espaço para levarmos às ruas nossa indignação.

Por outro lado, trouxe ao Brasil uma movimentação estrangeira que eu nunca havia presenciado e que pode ajudar a desenvolver nossa visão global, como peça de um todo, principalmente em relação à América Latina.

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Pra terminar, já que estávamos por ali, fomos encontrar o time da Croácia …

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173- Camisa da Ponte Preta

A 173a camisa é de outro forte time do interior paulista, a Associação Atlética Ponte Preta, de Campinas. distintivo ponte_preta Muita gente não sabe, mas a Ponte é um dos times mais antigos do Brasil, foi fundado em 1900 por um grupo de estudantes. ponte 1900 Continuar lendo 173- Camisa da Ponte Preta