Bom, e se até agora a estrada tinha sido muito boa (Washington Luiz e Euclides da Cunha), foi a vez de pegarmos uma estrada um pouco pior, a Rodovia Péricles Bellini, que liga Votuporanga à nossa próxima parada: a cidade de Nhandeara!
Depois de percorrer pouco mais de 40km em pista única por essa estrada, chegamos até a Rodovia Feliciano Salles da Cunha.
Poucos minutos depois, chegamos à Nhandeara, pacata cidade onde vivem pouco mais de 10 mil pessoas. Quer saber mais, entre no site: www.nhandeara.sp.gov.br
O nome da cidade é resultado de duas palavras da língua Tupi: Yande significa nós / nosso, e Yara ou Jara significa: um ser supremo, um deus. O resultado é Yandeyara ou Nhandejara com o significado “aproximado” de “Nosso Deus”.
Nosso objetivo era conhecer e registrar o Estádio Municipal José Bernardelli.
Era aí que o Paulista Futebol Clube, time já exinto de Nhandeara, mandava seus jogos.
O time foi fundado em 1 de julho de 1962 e disputou 12 edições do Campeonato Paulista (entre a terceira e a quinta divisão), entre 1978 e 1989.
Segundo Minervino Ferreira, um dos fundadores do time em entrevista ao site da prefeitura (veja aqui o link da matéria completa), o Paulista começou jogando no campo do Nhandeara Esporte Club, até que não deixaram mais. Passaram a usar o campo da cidade de Floreal, até conseguir seu próprio campo, conquistado por meio de uma campanha para arrecadar o dinheiro necessário para comprar o terreno e construir um estádio com arquibancada e alambrado.
Quem diria que décadas depois estaríamos ali, pisando no mesmo gramado…
Vamos conhecer um pouco desta linda cancha?
A inauguração do Estádio contou com presença dos veteranos do Palmeiras. Mas ainda hoje, o “verde” está por lá, ao menos na grama e nas árvores que circundam o campo.
E por falar em verde, o gramado permanece em ótimas condições!
O Paulista F.C. sempre contou com o apoio de algumas pessoas importantes no cenário brasileiro, por exemplo José Maria Marin e Michel Temer… Ou seja… Era difícil o time seguir até os dias atuais…
Infelizmente o futebol parou depois que outros prefeitos se recusaram a ajudar o clube.
Atualmente a prefeitura usa o estádio com a escolinha de futebol.
E se o futebol profissional morreu na cidade, um último lugar a se visitar… O cemitério municipal….
Enquanto isso, seguimos vivos pelas estradas em busca do próximo estádio!
Agosto de 2015… Continuando nossa história sobre o rolê de inverno para conhecer os estádios do Noroeste paulista, realizado no início do mês, deixamos a estrada nos levar a mais um destino até então desconhecido para nós…
Seguíamos pela, agora já tradicional, Rodovia Euclides da Cunha!
E fomos parar em Fernandópolis, a “cidade progresso”, ou também “cidade das águas quentes”, onde vivem cerca de 68 mil pessoas.
O nome da cidade é uma homenagem ao interventor federal Fernando Costa, que colaborou nas uniões das vilas locais.
Um comércio muito forte atraiu muita gente para a cidade. E, onde há muita gente, também tem muitos problemas, e na cidade um dos principais é a violência, que gerou uma polêmica medida: toque de recolher para menores de idade, que ficou em vigência por alguns anos.
Entretanto, no meio de tanto corre corre ainda é possível encontrar antigas edificações.
Algumas “modernidades” também fazem parte do dia a dia do pessoal de Fernandópolis, como essa escultura do restaurante japonês, ou mesmo das batatas belgas, de tão longe:
Nossa missão na cidade era “pousar no ninho da águia”, o Estádio Municipal Cláudio Rodante, casa do Fernandópolis F.C. .
O Fernandópolis F.C., ou “Fefecê” (www.fefece.com.br) é um time bastante tradicional do interior paulista e com uma característica marcante: embora fundado em 15 de novembro de 1961, não leva o nome de “XV de …” como outros times. O brasão do time é uma águia.
Aqui, o primeiro time, em 1961:
O time foi fundado com o nome de Associação Bancária de Esportes (A.B.E).
A foto abaixo é de 1964 quando o time jogou o quarto nível do futebol paulista de 1963 e 1964:
Nessa época, o escudo do time já tinha a Águia, mas ao invés das letras “FFC”, levavam um A na asa direita, B no peito e E na esquerda.
Falando um pouco do time, a Associação Bancária estreou no Campeonato Paulista em 1963, na Quarta Divisão, sendo vice campeã em 1963.
Em 1965, conquistou acesso a Terceira Divisão, onde permaneceu até 1968.
Nesse meio tempo, em 1966, mudou seu nome para Fernandópolis Futebol Clube para poder estar mais conectado à cidade e porque os bancários já não contribuíam mais para o clube.
Aqui, a torcida que, em 1967 foi até Araraquara para acompanhar partida decisiva com o Oeste:
O Fernandópolis manda seus jogos no Estádio Municipal Cláudio Rodante, mais conhecido por Ninho da Águia, inaugurado em 25 de maio de 1953, em um amistoso entre uma seleç˜ão da cidade, o “Fernandópolis EC” contra o Uchoa FC:
Vamos conhecer o interior do estádio?
Sua capacidade atual é de quase 8 mil torcedores!
Pouco mais de uma década depois, em 1979, o Fernandópolis erguia seu primeiro troféu: campeão da 2a Divisão (que equivalia ao terceiro nível do futebol paulista).
Aqui está a campanha do time:
O estádio nasceu como “Amaral Furlan“, nome de um senador da época. Esse nome permaneceu até 1963, quando o nome foi trocado para “John Fitzgerald Kennedy” homenageando-se assim o presidente dos Estados Unidos assassinado naquele ano.
Na época, olha quantos patrocinadores apoiavam o time…
Em 1993, a Federação Paulista de Futebol remodelou seus campeonatos, e clube foi rebaixado para a série B1-A, por não possuir um estádio com capacidade para 15 mil pessoas.
Como resposta, no ano seguinte, conquistou o título de 94.
Com o título, veio a ampliação do estádio Cláudio Rodante para 15 mil lugares.
Atualmente a capacidade está menor porque a arquibancada atrás do gol está fechada.
E é daquelas arquibancadas maravilhosas de madeira….
Provavelmente essa parte nunca mais receberá público. E é uma pena.
Em 1997, o time foi rebaixado, dessa vez dentro de campo. E desde então, vem jogando no “Ninho da águia” para voltar às divisões mais importantes.
Assim, é um orgulho estar presente nessas bancadas. Só é uma pena que o jogo que estávamos pensando em assistir seria no dia seguinte a nossa passagem pelo estádio.
Diz a lenda que antigamente, algumas pessoas paravam seus caminhões, colocavam cadeiras em cima das carrocerias e assistiam os jogos assim, sem pagar. Hoje, o que se vê é um estádio muito preparado para qualquer divisão do futebol paulista.
O sistema de iluminação foi inaugurado em 1981.
Somente em 1987, acontece a mudança para o atual nome “Estádio Municipal Cláudio Rodante”, homenageando o esportista fernandopolense, falecido naquele ano.
A torcida deixou seu recado para os jogadores…
Outros recados estranhos encontrados pelo campo…
E imagens diferentes também, como essa torneira pra galera resfriar a cabeça:
Olha o banco de reservas aí!
De todos os estádios visitados nessa tour, acho que o do Fefece foi o que mais impressionou, lembrando que o time está lutando para conquistar uma vaga na próxima fase da série B do Paulista 2015.
Até uma campanha de incentivo para a torcida existe…
Felizes por termos conhecido mais um templo, mas tristes por não poder assistir um jogo nessas bancadas…
Nem um lanchinho pudemos provar…
Esse é, sem dúvida, um time que pode servir de exemplo para as demais cidades do interior, que muitas vezes preferem abrir mão de um time ou um estádio em prol de um pseudo desenvolvimento imobiliário, que não leva a lugar algum.
A sequência da nossa viagem nos levou à incrível cidade de Tanabi, município com quase 25 mil habitantes e um grande orgulho: o Tanabi Esporte Clube.
Para quem gosta de futebol alternativo, o Tanabi é uma dádiva! Nos últimos anos, tem investido em agressivas ações de marketing, tentando resgatar sua torcida e conquistar maior notoriedade. Essas ações incluíram as contratações de atletas experientes como Viola, Cabañas, Túlio Maravilha Marco Antonio Boiadeiro e até irmãos de atletas consagrados (como Paulo Henrique Ganso e Anderson Silva).
O time foi fundado em 18 de dezembro de 1942 e ainda que nunca tenha alcançado a elite, já disputou várias edições do Campeonato Paulista, desde 1956, quando se profissionalizou.
Achei algumas notas da Gazeta Esportiva sobre o time deste ano durante a disputa da 3ª divisão:
O Tanabi manda seus jogos no Estádio Municipal Alberto Victolo.
O Estádio, também conhecido por Albertão, pertence à prefeitura municipal e tem capacidade para 11.617 torcedores.
O nome é uma homenagem ao ex-prefeito de Tanabi, Alberto Victolo que foi prefeito por três vezes e veio a falecer em março de 2015.
E aí está o campo do TanabiEC, o Estádio Alberto Victolo!!
O estádio fica na Rua Júlio Soares Bonfim bem próximo da entrada da cidade pela Rodovia Euclides da Cunha.
Mais um estádio, mais uma bilheteria visitada!
Atualmente, é aí que o time disputa a Série B (Quarta Divisão do Campeonato Paulista).
Que tal conhecer o campo?
O site do time é www.tanabiec.com.br e o face: www.facebook.com/tanabiec . Logo em seu primeiro ano de profissional, tornou-se campeão da Terceira Divisão (atual A3). E era assim que os batedores de escanteio olhavam a área, já naquela época.
O título foi só o começo, entre 1973 e 1998, teve 24 participações seguidas e nos anos 80, se aproximou várias vezes do acesso à elite do futebol paulista.
Esse foi o time vice campeão da terceirona de 1980:
Dando sequência ao rolê para visitar estádios do Noroeste paulista, saímos de Mirassol e finalmente conhecemos a SP-320, a Rodovia Euclides da Cunha, considerada a melhor do país. Mas, nem bem andamos por ela e já entramos na primeira cidade da estrada: Bálsamo.
Bálsamo é uma cidade muito bonita e também bem tranquila. Lá, vivem cerca de 8 mil pessoas.
A praça da cidade, bem cuidada, cheia de árvores, sem dúvida um ambiente mais saudável do que vivemos nas grandes cidades.
A cidade está diretamente ligada ao agronegócio e consequentemente ao comércio e serviço.
E ali está a igreja, característica do interior paulista.
Nossa meta era conhecer o estádio municipal, onde o Bálsamo F.C. mandou seus jogos na terceira divisão de 1986.
O Bálsamo F.C. foi registrado na Federação como Grêmio Recreativo e Esportivo Balsamense (GREB), já que para se inscrever no campeonato, era necessário estar ligado a algum clube já existente, assim, o Bálsamo F.C. mantido pela prefeitura da cidade, utilizava o GRE Balsamense, clube social, para regularizar sua inscrição. Mas o futebol fez história na cidade desde sempre. Aqui, o time da cidade na década de 40:
Aqui, o time infantil da cidade, de 1965, que manteve-se invicto por mais de 2 anos:
E que tal esse amistoso ?
E o lugar que alimenta o futebol local é o Estádio Municipal Manuel Francisco Ferreira:
A construção do estádio foi finalizada em 1968, na época com capacidade para pouco mais de mil torcedores.
Com sua arquibancada de concreto armado e cobertura de alumínio, o estádio foi, na época, considerado um dos melhores da região.
O Estádio foi a casa do Bálsamo F.C. no campeonato de 1986, que viu o time local terminar a competição em 9º lugar do grupo marrom, em que também estavam as equipes do Olímpia, Guairense, SOREA Auriflama, União Potirendaba, Paulista Nhanbera, Riolândia, CA Nevense, Buritama e Monte Aprazível.
O GRE Descalvadense sagraria-se campeão da Terceira Divisão daquele ano.
O estádio passou por recentes reformas e agora possui uma capacidade para até 8 mil torcedores, entretanto, seguindo às tendências dos grandes estádios, transformou-se em um centro de exposições, reunindo eventos e shows no mesmo espaço destinado ao futebol.
Em nossa primeira visita, não conseguimos adentrar ao campo:
Em tempos de diversão fácil e garantida, de celulares a preços módicos com internet e facebook disponíveis 24 horas por dia sei que dificilmente o futebol voltará a ter a força que teve outrora. Principalmente quando falamos de times de cidades distantes dos grandes centros urbanos.
É uma luta contra o gigante, mas eu acredito!
Nota de atualização 1 (2020): olha só que grata surpresa… Em 2020, o futebol começou mais colorido para a cidade de Bálsamo. Após um esforço incrível da prefeitura, o Estádio Municipal Manuel Francisco Ferreira foi reformado e… tornou-se sede do grupo 10, com Mirassol, Joinville, Nova Iguaçu e Linhares.
Veja um pouco das melhorias:
O estádio ganhou nova pintura, seis torres de iluminação, assentos na arquibancada, além de reforma de sanitários e vestiários, instalação de bancos de reservas e construção de novos vestiários.
Nota de atualização 2 (2023): em mais uma aventura pelo interior paulista, finalmente conseguimos entrar e registrar por nós mesmos as condições internas do estádio:
Chegamos à quinta parte da nossa tour de inverno pelos estádios do Noroeste Paulista e agora é a vez de conhecer a cidade de Mirassol, que está às margens da Rodovia Washington Luiz, após São José do Rio Preto. Mas… Antes de chegar à cidade, fui desafiado por um vendedor de caldo de cana a tomar quantos copos eu quisesse por R$ 4. Resultado: cheguei à Mirassol com 1,5 Litros da mais pura glicose no corpo.
A cidade possui cerca de 57 mil habitantes e o nome “Mirassol” tem duas possíveis origens: uma por conta dos girassóis existentes na região e outra, porque a cidade está no ponto mais alto da região, ou seja, de onde se pode “mirar el sol” compreendeste hermano?
Olha aí a Igreja matriz da cidade:
Mirassol também é “dividida” pela linha do trem (em alguns momentos, bem no meio da cidade).
A Mari perdeu a mania de fotografar cemitérios, mas para resgatar um pouco dessa tradição, aí está o cemitério local:
Destaque para algumas construções antigas ainda presentes na cidade:
Nossa visita à cidade era para conhecer e registrar o Estádio onde o Mirassol manda seus jogos.
O MirassolFC é um time bastante tradicional, foi fundado no dia 9 de novembro de 1925 e desde 1951 disputa competições profissionais da Federação Paulista.
O Estádio José Maria de Campos Maia fica na Avenida Lauro Luchesi e suas bancadas têm capacidade para 19.000 torcedores.
Vale lembrar que ele nasceu para substituir o Estádio Giocondo Zancaner, usado até então. Embora esquecido por muitos, suas arquibancadas ainda existem…
Pra mim, o estádio lembra muito as canchas de alguns times argentinos.
Em frente o estádio está o tradicionalíssimo “bar do Almeida”, onde o pessoal costuma fazer o “esquenta” para os jogos.
O Mirassol teve o cuidado de manter na parte de baixo do estádio uma loja com os produtos do time, mas infelizmente em nossa visita, estava fechada.
Mais uma bilheteria ( e essa, das mais elegantes, hein?)
Vamos lá!
A inauguração do campo aconteceu em 03 de Março de 1983 e o jogo de estreia foi contra a Jalense. Naquele dia, o torcedor do Mirassol viu uma vitória da sua equipe por 2×1.
O estádio possui uma excelente estrutura e está em perfeito estado!
O gramado também está em ótimas condições.
Aqui dá pra ter uma ideia mais completa de como é o estádio:
Daria pra fazer muitas e muitas fotos, já que o estádio possui arquibancadas em todos os lados!
Aqui, uma vista em 3 partes do gramado:
Como eu sempre digo, é uma honra poder estar ali e oficializar mais um estádio tão importante para o futebol paulista!
A campanha da série A2 de 2015 foi muito boa, o time acabou na quinta colocação e só perdeu o acesso à primeira divisão pelo saldo de gols.
Até pela boa campanha, a média do público neste ano foi de cerca de 2 mil pessoas, com destaque para o jogo contra a Ferroviária, onde mais de 5 mil pessoas estiveram presentes.
Ficamos contentes por ver que ainda existe vida e esperança, já que dos 5 primeiros estádios visitados (além de Mirassol, passamos por Ibaté, Taquaritinga, Pindorama e Uchoa) este é o primeiro que ainda mantém seu time em disputas oficiais.
E lá vamos nós para a 4a parte do nosso rolê, dessa vez na cidade de Uchoa, que fica também às margens da rodovia Washington Luiz, entre as cidades de Catanduva e Cedral, já na região de São José do Rio Preto. O nome é uma homenagem ao engenheiro Ignácio Uchoa, da extinta Estrada de Ferro São Paulo – Norte.
A cidade possui cerca de 9.500 habitantes e seu nome é de origem basca e significa “lobo”. Faltou fazer a foto da igreja, como fizemos nas demais cidades, então encontramos essa abaixo, no blog “Doramundo“:
E mais uma vez pudemos conhecer novas pessoas, criar novas amizades e, principalmente, ouvir boas histórias sobre um lugar onde o tempo parece ter parado…
Quem é nascido na cidade de Uchoa é o “Tupãzinho”, jogador que fez história no Corinthians ao marcar o gol do título do primeiro Campeonato Brasileiro, conquistado em 1990. Estivemos com ele num jogo do Tupã, em São Bernardo:
O principal contraste para nós que somos do ABC é o trânsito. As ruas praticamente desertas, sem aquela tradicional loucura tão comum (infelizmente) no nosso dia a dia.
Nossa meta na cidade era conhecer o Estádio Municipal Leonildo João Birolli, a casa do time local, o Uchoa FC, fundado em 3 de janeiro de 1940. Suas cores, seu escudo e o modelo do uniforme principal são uma homenagem ao São Paulo, da capital:
O clube teve seis participações das divisões menores do Campeonato Paulista de Futebol, mas nunca esteve na primeira divisão. Aqui, uma imagem rara, do time de 1947:
Em 1948, disputou a série branca da segunda divisão – a série A2 daquela época- e terminou em último lugar…
Aqui, um outro momento do time, com o estádio ao fundo:
Encontramos na Internet uma foto de meados das décadas de 40/50, de uma faixa, exposta em São José do rio Preto convidando para um jogo contra o América:
Em 1949, o time fez história ao vencer a série ouro da segunda divisão – a série A2 da época. Mas na fase final pegou só pedreira… Guarani, Linense e Batatais, e acabou fora da primeira divisão de 1950.
Em 1950, conseguiu uma quinta colocação…
Em 1951, o fim de um ciclo, com a sexta colocação na zona central:
Depois disso, o time ainda disputaria competições profissionais em 1980 (na terceira divisão) e em 1991 quando disputou um torneio qualificatório com AA Itararé, AA Ituveravense, Ranchariense, Beira-Rio de Presidente Epitácio, Embu-Guaçu, Operário de Tambaú, Flamengode Pirajuí, GE Atibaiense, GE Monte Aprazível, Guarani Saltense, Itaquaquecetuba, José Bonifácio e Auriflama.
Para aqueles que um dia pensam em ir ao estádio, ele fica no cruzamento da rua Ernesto Lainetti e da Av Eduardo Hidalgo:
E, novamente encontramos com facilidade o nosso destino: o Estádio Municipal Leonildo João Birolli!
Vamos conhecê-lo?
Olhando um pouco de dentro do estádio, podemos encontrar as arquibancadas que tem capacidade para cerca de 3 mil pessoas.
O gramado em ótimas condições, e árvores frondosas dispostas ao fundo do gol:
É sem dúvida um estádio que poderia estar recebendo jogos nos dias atuais…
Os bancos de reserva num visual old school, trazendo de volta na nossa memória uma época em que o futebol tinha uma outra atmosfera… Imagina como foi celebrar a conquista de 1949…
Mais uma vez, fica o sentimento de orgulho em poder registrar um estádio que já foi utilizado por várias vezes em disputas oficiais da Federação Paulista.
As arquibancadas de cimento estão ali… Prontas para receber a torcida novamente!
Tantos times que passaram por aí… Linense, Rio Preto, Noroeste, Bauru, Internacional de Limeira, Prudentina, Ferroviária de Botucatu, São Paulo de Araçatuba, América de S. José do Rio Preto, Corinthians de Pres. Prudente, Bandeirante de Birigui, XV de Jaú, São Manuelense…
Além de toda a história, é uma vista linda…
Uma curiosidade bem diferente é que enquanto eu estava lé no alto da arquibancada fotografando, ouvi uns barulhos estranhos, parecia que tinha alguém morando nas cabines de imprensa e ….
Assim, chegamos ao fim de mais uma aventura futeboleira, que nos levou a esse lindo estádio!
Fica nossa torcida para que espaços como esse sejam cada dia mais valorizados pelas pessoas e quem sabe eternizados como lembrança de um tempo que não deve voltar mais…
Demos a volta no quarteirão do estádio e voltamos para a estrada, rumo a Mirassol.
Em companhia do Guaraná Jaboti, incrível sabor! (sei que parece, mas não, não é um merchandising, a menos que alguém do Jaboti queira nos patrocinar)
Dando sequência à nossa viagem pelos estádios da região noroeste de São Paulo, agora é hora de dividir com você um pouco da nossa experiência na cidade de Pindorama, mais um belo lugar do interior, onde o tempo ainda anda um pouco mais devagar…
Pindorama é uma palavra Tupi, que significa “terras das palmeiras”, e era também o nome dado ao Brasil pelos índios tupis.
A cidade possui cerca de 15 mil habitantes e ainda tem ruas com poucos carros, muitas árvores e residências com cadeiras nas ruas…
Em Pindorama, a arquitetura do início do século passado ainda está de pé, misturando-se ao dia a dia da cidade e das pessoas, juntando passado e futuro nas mesmas ruas…
Sem dúvida a padaria ficou muito mais charmosa do que as que vemos nos grandes centros urbanos…
E, claro, a igreja matriz e a praça no centro da cidade!
Mas, nosso objetivo era conhecer o Estádio onde o time local, o Pindorama E.C. mandava seus jogos.
O time foi fundado em 2 de março de 1939 e nos anos 40 participou do Campeonato do Interior.
Disputou ainda duas edições do campeonato paulista da segunda divisão (em 1958 e 1959).
E o campo em que o Pindorama E.C. mandava seus jogos é o Estádio Municipal Rufino Rodrigues e após poucos minutos de procura, lá estávamos nós, pra conferir como ficou a reforma feita em 2011!
A frente do estádio sofreu muitas modificações desde sua inauguração, mas segue muito bacana e imponente.
O estádio fica na região central da cidade, especificamente na rua…
É mais uma importante marca para o nosso blog. Um estádio histórico, que ja chegou a abrigar uma final da terceira divisão (em 1958, Expresso São Carlos e Monte Aprazível disputaram a final e após uma vitória de cada time nos dois primeiros jogos, o time de São Carlos sagrou-se campeão ao derrotar por 3 a 2 o time de Monte Aprazível, no Estádio Rufino Rodrigues, campo neutro para os dois times).
Mas o estádio estava fechado e para conseguir entrar, tivemos que dar uma pequena volta, passando pela “cancha de bocha” (esporte predileto do amigo Betão, de Mauá).
E lá vamos nós a mais um estádio perdido do interior paulista!
O gramado segue muito bem cuidado, para as equipes amadoras que seguem jogando no estádio.
A cidade ao fundo ainda é 100% horizontal. Nenhum prédio ao fundo, imagine isso daqui alguns anos ou décadas…
E o estádio possui iluminação, mas pelo que ouvimos dos cidadãos, poucos jogos foram disputados a noite.
Aliás, ouvir as histórias dos moradores mais antigos sobre o futebol nos anos 30, 40, 50 e 60 é um presente único… Por exemplo, soubemos que embora o time tenha se aventurado no profissionalismo somente no fim dos anos 50, os times da década de 40 eram considerados imbatíveis na região, onde rivalizavam com times das cidades vizinhas como Catinguá, Catanduva, Ariranha e Santa Adélia.
E as torcidas vizinhas compareciam e lotavam as arquibancadas do estádio, em um misto de rivalidade e amizade.
Um detalhe curioso, e provavelmente único do estádio é essa “arquibancada especial” ao fundo do gol.
Vale ressaltar, que em 2011, a então prefeita de Pindorama, Maria Inês Bertino Miyada, assinou convênio de R$ 180 mil com a Secretaria Estadual de Economia e Planejamento (SEPLAN), para reforma do Estádio Municipal “Rufino Rodrigues” e segundo o pessoal que conversou com a gente, as obras se concentraram nas arquibancadas e na entrada do estádio.
O goleiro pode contar com a sombra das árvores pra dar uma refrescada caso o jogo fique muito quente.
O banco de reservas também…
Tantas ofertas de descanso e tranquilidade trazem ao estádio mais do que times e torcedores…
Eu, saudosista desde que me conheço, fiquei pensando nos times que passaram por ali em 1958: Barretos, Francana, Rio Preto, Taquaritinga, Catanduva EC, Batatais, Jaboticabal, Fortaleza (Barretos), Tanabi e GE Monte Aprazível.
Muitos desses times também não existem mais, outros mudaram de nome e outros seguem nessa luta cultural até os dias de hoje. Mas pensar que há quase 60 anos, eles já disputavam partidas nesse campo, é demais!! O único problema pro Pindorama é que o time terminou em penúltimo lugar nessa chave.
Em 1959, foi a vez de enfrentar o Batatais, Catanduva EC , Barretos, Francana, Internacional de Bebedouro, Taquaritinga, Fortaleza (Barretos), Jaboticabal, e o Nevense. Dessa vez, o Pindorama ficou em último…
Mas, como eu sempre digo, mais do que resultados, o que importa é história.
Claro que é sempre melhor uma história vitoriosa, mas imagine quantos escanteios já devem ter sido batidos nesse canto?
Desejamos com toda a nossa força que os portões do estádio estejam sempre abertos e quem sabe para um dia voltar a uma competição profissional?
Dando sequência à nossa turnê de inverno de estádios, partimos para Taquaritinga, mais uma linda cidade do interior, à beira da Rodovia Washington Luiz, depois da cidade de Matão.
Possui uma população de aproximadamente 54 mil pessoas, com uma economia que gira em torno do agronegócio.
Um ilustre morador nos chamou a atenção logo na chegada à cidade…
A cidade possui uma paixão no esporte: o Clube Atlético Taquaritinga, fundado em 1942 e que infelizmente encontra-se licenciado desde 2014. Já escrevemos sobre o time e sua camisa, quem quiser, pode ler mais aqui.
E não muito distante da estrada, encontramos o Estádio Dr Adail Nunes da Silva, ou simplesmente “Taquarão”.
O Taquarão está localizado na avenida João Periassinotti e é sem dúvida um dos campos com a história mais bacana do futebol paulista.
Tentei resumir essa história nesse vídeo…
Pra quem não quer me assistir ou ouvir falando, a história é a seguinte, em 1982, o CAT conseguiu o acesso à “Primeira Divisão” do Campeonato Paulista do ano seguinte, com o time abaixo:
Entretanto o estádio não possuía as condições exigidas pela Federação Paulista para abrigar jogos deste campeonato.
Com medo de uma possível exclusão do campeonato por não cumprir essas obrigações regulamentadas pelo estatuto da Federação, a população local se mobilizou, e em uma incrível prova de amor à cidade, ao clube e ao futebol, construiu em sistema de mutirão, um estádio para 35 mil pessoas em tempo recorde: três meses.
O resultado você vê abaixo:
No jogo de abertura, um amistoso de força: Taquaritinga 2×5 Cruzeiro. O leão mostrava suas garras para a raposa, deixando claro que seria um time difícil de ser batido no paulistão.
E as bancadas estão ali até hoje, resistindo a todos os problemas que o time e o próprio futebol passou.
O Paulista de 1983 foi inesquecível para time e torcida (com direito a recorde de público de 25.500 na vitória diante do Corinthians por 2×0). A campanha do time:
E olha o estádio naqueles dias…
Aqui, um registro do time de 1985:
Mas, para a Federação, só as bancadas ali, de pé não bastam e em junho de 2014, o estádio foi lacrado, impedindo o retorno do CAT ao futebol profissional, pela série B do campeonato paulista.
O presidente do clube, Bento Previdelli não conseguiu os documentos que regularizassem as obras realizadas (laudo do Corpo de Bombeiros, da Vigilância Sanitária e da Polícia Militar, além da vistoria dos engenheiros da Federação), segundo ele, não houve empenho por parte da prefeitura, permitindo que o estádio fosse lacrado, com direito a multa caso o estádio fosse utilizado.
Triste visão das bancadas agora vazias…
Tantas histórias, sentimentos, emoções… Tudo mais uma vez paralisado, no mínimo até 2016… Lembrando que o time até 2010, estava na série A2.
As seguintes quedas do time prejudicaram na atração dos torcedores nos últimos anos, e agora os anos “paralisados” parecem perder cada vez mais a conexão com a cidade…
E dessa vez, não houve comoção entre a população, não houve mutirão, nem grandes apoios…
Os últimos torcedores do time sofreram calados…
Será que conseguiremos voltar em 2016 para enfim assistir um jogo do CAT?
Até quando as portas do Taquarão estarão fechadas?
Estou sem ver o meu time, o Santo André, há alguns meses e sei como tenho sofrido. Mais do que isso, sei o que é imaginar que não estarei acompanhando o Ramalhão até o início da série A2 do ano que vem (com exceção do sub 20…). Fico imaginando a dor que os torcedores locais tem sentido ao passar em frente ao estádio e vê-lo assim, fechado…
A nossa parte está aí. Registrando em imagens, palavras e sentimentos a realidade do Taquarão… Será que ainda há o espírito do leão presente no coração e mente das pessoas da cidade? A mesma cidade que fez o milagre acontecer em 1983? Será só culpa dos dirigentes e políticos da região? Ou a população também deixou essa tragédia acontecer?
Ainda no momento a cidade não passe por um boom imobiliário tão forte quando outras cidades, não custa lembrar que várias outras cidades estão passando por um processo de demolição e venda dos estádios para a construção de novos empreendimentos habitacionais…
Ou seja… A morte do futebol do interior.
Torcedor, na real, estamos em guerra… Contra o sistema, contra o Estado, contra nós mesmos… Somos nós que vamos definir o futuro de nossas cidades. De que lado você está?
APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!
Enquanto isso, nós seguimos adiante, para a próxima cidade: Pindorama!
Nossa primeira parada nesse rolê de inverno, foi a cidade de Ibaté, que fica às margens da Washington Luiz, logo após São Carlos.
O nome significa “no cume” em Tupi e remete ao fato da cidade estar no alto de uma colina.
Com pouco mais de 33 mil habitantes, a cidade é bastante arborizada e ainda mantém o aspecto interiorano de tranquilidade, com ruas largas e ainda pouco movimentadas. Para maiores informações, clique aqui e acesse o site da Prefeitura.
Não podíamos deixar de fotografar a praça central da cidade, onde encontra-se a igreja local e um pessoal que colocava o papo em dia embaixo das frondosas árvores.
A cidade possui vários monumentos, esse é uma obra de Adélio Sarro.
O futebol ainda tem importância no dia a dia da cidade. Para se ter noção, entre os dias 11 e 18 de julho,teremos a Copa Pan-Americana de Futebol 2015, com delegações de 5 países: Brasil, Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai.
Nossa missão em Ibaté era chegar até a antiga Usina da Serra e logo encontramos algumas placas indicando o caminho.
A Usina manteve um time que em 1986 chegou a disputar a terceira divisão. Falamos do G.R.E. Usina Açucareira Serra, ou simplesmente “Grêmio da Serra”, do distintivo abaixo:
O Grêmio mandava seus jogos no estádio da própria usina, ou seja, para chegar até lá, tínhamos que chegar até a sede, e assim fizemos, porém, agora a Usina pertence à Raizen e eles não permitem fotografar a sede, então, segue essa foto da estrada onde pode se ver um pouco da usina…
Ao chegar lá, fomos informados que, para nossa sorte, poderíamos fotografar o estádio porque ele se localiza no lado externo da Usina, e para chegar lá, basta pegar aquela estradinha de terra ali. Detalhe, havia chovido bastante nos dias anteriores…
Chegando no posto de gasolina, vire à esquerda e pronto…
Lá vamos nós para o primeiro estádio desse rolê!
O Estádio atualmente serve aos funcionários da Usina, e embora mantenha a arquibancada ao fundo, o gramado já não é mais o mesmo de outrora.
O grande momento do estádio foi em 1986, quando o Grêmio disputou a terceira divisão do Campeonato Paulista, ao lado de equipes como Palmeiras (Santa Cruz das Palmeiras), Vargeana (Vargem Grande do Sul), Sanjoanense (São João da Boa Vista), União (Tambaú), Santa-Ritense (Santa Rita do Passa Quatro), Descalvadense (Descalvado), Estrela da Bela Vista (São Carlos), Botafogo (Barra Bonita) e Pirassununguense.
Ao lado do campo é possível ver um pedaço da mata que outrora deve ter sido maior e que atualmente ocupa uma área pequena, dando espaço cada vez maior à cana.
Os vestiários e demais espaços também seguem muito bem cuidados.
Sem dúvida, ficamos muito contentes em poder registrar imagens de um estádio que está na história do futebol paulista e que provavelmente jamais verá uma disputa profissional novamente.
No caminho para o estádio, paramos em um posto para perguntar o caminho da usina e ouvimos uma história muito doida de um senhor que trabalhou lá.
Ele disse que várias vezes, quando passou a noite ali por perto, ouviu ruídos como se alguém estivesse assistindo o jogo e gritando com os jogadores. Segundo ele conta, seriam gritos de um ex treinador que trabalhava na usina e morreu em um acidente. Confesso que de noite deve dar muito medo estar por ali…
Com a missão concluída, e com sucesso, fizemos uma foto que mostra uma visão mais completa do Estádio, a arquibancada, que fica à esquerda da imagem abaixo, comporta cerca de 2 mil pessoas:
Um gol em dose dupla! Um campo que nunca estivemos antes e além disso, de um time que surgiu e desapareceu como mágica…
Ao mesmo tempo em que ficamos contentes e orgulhosos por mais esse registro histórico, fica certa tristeza ao imaginar que estádios como esse e times como esse dificilmente voltarão a enfrentar clubes por uma competição oficial, enchendo de orgulho sua cidade e população, ou no caso, os trabalhadores da Usina.
Seguimos no resgate da memória do futebol brasileiro, revisitando estádios que outrora foram palcos de importantes duelos e hoje em dia estão escondidos dos holofotes midiáticos.
Hoje, falaremos do Estádio Doutor Horácio Antônio da Costa, que também foi chamado de Centro Recreativo e Esportivo de Campinas (“Estádio Cerecamp”), ou Estádio da Mogiana, mas, nada de comprar ingressos para adentrarmos!
Que tal uma olhada sobre o atual estado do Estádio?
Vale lembrar que esse estádio fica na Rua Engenheiro Cândido Gomide, Nº, 196, no centro de Campinas, no bairro Guanabara, e é um equipamento do Governo do Estado.
Sua capacidade atual é de 4.033 pessoas, segundo a placa indicativa.
Chegou a ser um dos principais campos do interior, no século passado. A obra foi entregue em 17 de junho de 1940, época em que poucos estádios possuíam estruturas bem desenvolvidas.
O apelido de “Estádio da Mogiana” deve-se à antiga estação de trens Guanabara da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, que ficava ao lado do campo o que o levou a se tornar e sede do time de futebol da associação esportiva dos ferroviários daquela empresa, o Esporte Clube Mogiana (ECM) de Campinas.
O EC Mogiana foi fundado em 7 de junho de 1933, por funcionários da contadoria da antiga Companhia Mogiana de Estradas de Ferro e por isso suas cores seguiam as da ferrovia: azul, vermelho, amarelo e branco.
O time disputou a série A2 por 6 vezes: em 1947, 1948 (jogando a série preta), 1949 (terminando a série vermelha em 3l lugar, atrás dos outros 2 times de Campinas: Ponte Preta e Guarani), 1950 (jogando a 4a série), 1958 (no grupo branco) e 1959 (Série Vicente Feola).
Aqui, partida contra o rival Rigesa, de Valinhos:
O site História do futebol apresentou algumas fotos do estádio em dia de jogo:
Trouxe ainda uma linda foto de uma camisa do EC Mogiana:
O primeiro jogo do Estádio foi entre Esporte Clube Mogiana e Uberaba Sport Club.
Esse era o time do EC Mogiana de 1958:
Infelizmente, a crise que acabou fazendo a ferrovia ser adquirida pela FEPASA, também fez o Mogiana dar adeus ao futebol profissional. O time sobreviveu mais alguns anos no amadorismo, mas finalmente… teve o seu fim.
Depois, o Estádio foi a casa do Esporte Clube Gazeta de Campinas.
Aqui, o Esporte Clube Gazeta de Campinas que disputou a 3a divisão de 1986:
Com o fim do clube, o Estádio da Mogiana acabou abandonado.
Quando tudo parecia perdido, em 1998 o Campinas Futebol Clube voltou a utilizar o estádio e para isso desenvolveu uma série de reformas.
O Campinas FC mandou seus jogos no estádio até o ano de 2009, porém em 2010, problemas financeiros levaram o time para Barueri, e ele acabaria encorporado pelo Barueri SC.
É… O tempo passa mesmo. E o que é de interesse num momento, no outro, não é mais. O CERECAMP atualmente serve a comunidade local de Campinas, talvez não volte a ter um time profissional jogando em suas dependências…
Pra deixar a memória do Dr. Horácio Antonio da Costa ainda mais triste, não é só o futebol que mudou e deixou pra traz suas memórias. Os trens também já não fazem parte da realidade do interior paulista como fizeram outrora.
Talvez seja uma fase de transição. Talvez venha coisa melhor pela frente. A única certeza é de que nunca mais seremos os mesmos.