52- Camisa do Botafogo (PB)

A 52a camisa de futebol do blog veio da Paraíba, e foi presente do “seo” Milton, avô da Mariana, que esteve viajando pelas belas e quentes praias da região, este ano. Joao Pessoa A camisa pertence ao Botafogo Futebol Clube que defende a cidade de João Pessoa, capital da Paraíba. Eu conheci o Botafogo “pessoalmente” no ano de 2003, quando o time formou o quadrangular final da série C, contra o rival local Campinense, além do Ituano e do meu Santo André. Esse era o time daquele ano: botafogo pb 2003 Na ocasião, no penúltimo jogo do campeonato, o Santo André perdeu em casa para o Botafogo, quando uma vitória colocaria o Ramalhão na série B. Mas mesmo com esse resultado, subiriam, após a última rodada, os dois times paulistas. Foi assim: Mas lembremos um pouco da história do clube. O Botafogo nasceu numa Assembléia, no dia 28 de setembro de 1931, onde participaram os fundadores Beraldo de Oliveira, Manoel Feitosa, Livonete Pessoa, José de Melo, Edson de Moura Machado e Enock. [caption id="attachment_2641" align="aligncenter" width="114" caption="Beraldo de Oliveira"]Beraldo de Oliveira[/caption] O início do time foi humilde, a verba para compra dos primeiros materiais esportivos veio de dona Sebastiana de Oliveira, mãe do então fundador e primeiro presidente do clube, Beraldo de Oliveira. O time também é chamado de Belo, apelido que nasceu da vibração de um gol do então conselheiro do time  Antônio de Abreu e Lima que gritou o adjetivo com tanta vontade e por tantas vezes, que levou os torcedores a se unirem e gritarem juntos. O time é o maior vencedor de campeonatos estaduais da Paraíba, com 26 títulos, e essa história de conquistas começa pela extinta Liga Suburbana, quando em 1936 conquistou seu primeiro título decidindo contra o time do Sol Levante. Abaixo, uma lembrança do time campeão daquele ano: botafogo-1936 Logo, o clube se filiou à Liga Desportiva Paraibana, também já extinta e aos poucos foi montando uma equipe forte, com reforços de grandes times como o Palmeiras e o Vasco.  O goleiro Pagé era um dos destaques. Abaixo uma foto da equipe que conquistou o Paraibano de 1957: botafogo pb Até os anos 70, o Botafogo era alvinegro, mas graças a José Flávio Pinheiro Lima, um sãopaulino que assumiu a presidência do Botafogo, o vermelho foi acrescentado às cores do time em homenagem ao time tricolor. botafogo-pb Em 1982, o Botafogo-PB foi apelidado pela revista Placar, como o “Matador de Tricampeões”. Essa denominação surgiu devido as vitórias sobre o Flamengo e o Internacional no Brasileirão. Esses dois clubes chegaram à competição como tricampeões de seus estados e foram derrotados por um dos melhores elencos da história do Belo. matador de tricampeoes No ano de 1998, o Botafogo realizou uma de suas melhores campanhas no futebol estadual de todos os tempos. Campeão dos 3 turnos, disputou a final contra o Campinense, diante de um público de 44.268 pessoas. Sagrou-se campeão com um 2×0. botafogo-1998 Mas o Campinense não é o maior dos rivais do Botafogo. Esse cargo fica para o Treze que possui uma boa torcida no estado. Juntos fazem o “Clássico Tradição“, disputado desde o início da década de 1940.

treze

O Mascote do Botafogo é o Xerife, e segue a versão criada por Juarez Corrêa, um dos maiores desenhistas de mascotes de times de futebol.

mascote botafogo paraiba

O Botafogo possui uma bela loja oficial na praia de Tambaú, em João Pessoa onde vende vários produtos e serve também como ponto de encontro para os torcedores em dias de jogos. Manda seus jogos no Estádio Almeidão, com capacidade de 40 mil alvinegros. Almeidao1 Almeidao2 Almeidao3 As duas últimas fotos do estádio eu peguei do excelente blog do pessoal do “Jogos Perdidos“. Uma coisa interessante é que para alguns estudiosos, houve um erro na contagem do Gol 1000 de Pelé, e na verdade ele teria acontecido no amistoso contra o Botafogo, em 14 de novembro de 1969. Encontrei um vídeo sobre este jogo:

Maiores informações sobre o time, acesse o site oficial: www.botafogopb.net O time possui várias organizadas, como a “Torcida Jovem do Botafogo” (1997), a “Torcida Organizada Império Alvi-Negro” (2004), a  “Torcida Organizada Fogomania” e a G.R.S.C. ONG. Bota Paz nos Estádios (2008). Existe também um site bem completo feito por torcedores: www.belonet.net. Há um vídeo bem legal que, aparentemente, foi feito pelo pessoal desse site:

Além disso, existe um livro lançado em sua homenagem, chamado “Memória do Botafogo“, do professor Raimundo Nóbrega. E vale comentar a homenagem feita pela ESPN, no fantástico programa Loucos por Futebol:

Pra terminar, normalmente comemoramos um gol do time junto da torcida, mas que tal inverter e comemorar um gol de um torcedor, no Almeidão?

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Em busca do estádio perdido em Mongaguá (SP)

Setembro de 2009.
Com o sol nos animando, seguimos para o litoral sul buscando um pouco de descanso e um rolê tranquilo. Domingo (6 de setembro) o Santo André jogaria em casa contra o Atlético MG, ou seja, nossa viagem tinha data de volta já acertada.
Sábado, tivemos um dia perfeito, com sol, praia, caminhada e corrida, trilhas, comida gostosa na beira do Rio Itanhaém, mas… Faltava algo… Já que estávamos ali, por quê não visitar um estádio ainda desconhecido?
E lá fomos nós, para Mongaguá conhecer o Estádio Silvano Ribeiro Diroz.

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Quem já foi para o litoral sul de São Paulo (Mongaguá, Itanhaém ou Peruíbe), com certeza já passou em frente ele, afinal o Estádio fica na beira da estrada Padre Manoel da Nóbrega.

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Eu achei que o Estádio estivesse abandonado há alguns anos, mas para minha surpresa uma partida estava sendo disputada.

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O time mandante era o tradicional o “Mongaguá Praia Clube“, fundado em 26 de março de 1946, na época com o nome de “Praia Grande FC” (até 1959, quando foi emancipado, Mongaguá, pertencia à Praia Grande), como mostra o Jornal de Santos, de 1969:

Somente em 1991, o time adotou o nome de Mongaguá Praia Clube.

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O time é conhecido como “Praia” e já conquistou o campeonato municipal da 1ª Divisão por 10 vezes, além de ter levantado o título da Série Padre José de Anchieta (Litoral) do Campeonato Amador do Interior por 3 vezes (65/66/67), ainda com o nome de Praia Grande. Aqui, matéria do Jornal A Tribuna de 1965, falando da final daquele ano contra o São Paulo de Itanhaém:

E aqui, o time campeão daquele ano:

Por uma outra matéria, fica registrado que a torcida do time comparecia!

Matéria falando da final (que pelo visto teve encrenca hehehe):

O Jornal de Santos de 1968 cita uma homenagem aos campeões de 1967:

Ok, o campo tem seus buracos, falta grama aqui e acolá, mas lembre que se trata de um Estádio para o futebol amador, de uma cidade litorânea, que sequer possui um time profissional, ou seja… Excelente!

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Eu e a Mari, como sempre, não resistimos a eternizar nossa passagem por mais um templo perdido do futebol nesse Brasil tão grande e tiramos uma foto nossa em frente à cancha…

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A Mari me chamou a atenção para a faixa colocada na frente do estádio convocando os jovens para participar do time. Depois, já em casa, comentei com meu pai sobre como falta a essa região do litoral um clube disputando a série B do Paulista.

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Ao fundo do campo, o belo morro que esconde índios, rios e muitas lendas que correm por Mongaguá e pelo litoral. O Estádio Silvano Ribeiro Diroz fica no bairro Pedreira, e tem capacidade para 3.300 torcedores e possui sistema de iluminação.

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E já começando a dar o ar da graça a Neblina, anunciando o frio e a chuva que chegaria à região, no dia seguinte.

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E seguindo os passos dos amigos fotógrafos, agora eu comecei a buscar ângulos diferentes de arquibancadas…E deu nisso:

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Ah, o prazer de estar em um estádio pela primeira vez e ainda poder acompanhar ao fundo uma partida da equipe local… Não tem comparação, é quase que uma coleção de imagens e momentos que ficam em minha mente e que tento reproduzir e compartilhar com vocês aqui no blog.

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Um último olhar no estádio, no campo, no jogo… E até uma próxima vez!

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Aqui, o time de 2022 (da fanpage do Jornal Bola na Rede) que conquistou a 1ªdivisão do amador da cidade:

Voltei para Itanhaém, e depois para Santo André, onde acompanhei a derrota do Ramalhão para o Galo. Boa sorte ao Mongaguá Praia Clube, espero ver o time no profissionalismo um dia.

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Em busca do estádio perdido em Cabo Verde (MG)

Ontem eu estava relendo o blog e percebi como o futebol pode nos permitir andar por mundos tão diferente e falar a mesma língua, não é mesmo?

Bola mundo

De Aguaí para Paris, de Amsterdam para São Bernardo, de Londres para Paulínia… Diferentes línguas e costumes, mas a mesma paixão pela bola… É incontrolável.

Assim, sigo minha sina buscando os estádios por perdidos por este mundo, cada dia mais legal. Nossa missão desta vez nos leva a pequena cidade Mineira de Cabo Verde

Ok, confesso que eu nunca tinha ouvido falar de Cabo Verde (a não ser do país homônimo), mas nunca duvidei que tivesse seu estádio, e após alguns minutos atravessando a cidade, que é bem pequena como pode se ver abaixo), chegamos ao Estádio.

O Estádio Municipal Dr. Antônio de Souza Melo, tem um apelido no mínimo curioso: “Brinco de Ouro da Praia Formosa“.

Isso porque já no início do século XX (1923) já se reuniam multidões em torno do campo da”Praia da formosa”, às margens do Rio Verde.

Essa era a seleção da cidade (foto do livro “A freguesia de Nossa Senhora de Assunção de Cabo Verde” de Adilson Carvalho):

Essa e outras fotos e muitas histórias sobre a cidade você encontra no site do Milton Neves, confira clicando aqui.

De qualquer modo, o Estádio é acolhedor e muito bonito, como podem ver:

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O Estádio é guardado por um caseiro que mostrou-se muito orgulhoso em ser o guardião da fortaleza.

Além disso foi bem bacana em nos deixar entrar e bater umas fotos de dentro. Fui besta, devia ter tirado uma foto dele, o cara tinha várias histórias legais.

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Segundo ele, o time local é muito bom, e ficou uma boa série de jogos sem perder em casa. Fiz questão de sair na foto para registrar minha aventura no histórico Estádio.

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É um Estádio pequeno, mas merece todo respeito. Batalhas locais são tão importantes quanto grandes clássicos.

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A Mari também fez questão de sair, afinal, sem ela eu não estaria fazendo essas viagens malucas em busca de Estádios que poucas pessoas conhecem

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E é isso, pessoal. Essa semana devo postar mais uma nova camisa para tentar chegar às 1.000.

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Futebol em Nordkirchen

Chegamos em Nordkirchen pela manhã. Como o Digo (irmão da Mari) morou lá o ano passado, não ficamos em hotel, mas na casa da família dele.

E pra quem acha que o povo alemão é fechado, a recepção que eles fizeram pro Digo mostrou o contrário. Pareciam brasileiros celebrando o retorno de um familiar que não viam há tempos.

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Vale informar que Nordkirchen é uma cidade do norte da Alemanha. Dê uma olhada no mapa, pra entender onde ela fica. A cidade é mais rural do que urbana, mas… acredite, esqueça o conceito brasileiro de cidade rural.

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Assim como a maior parte dos lugares por onde estivemos, as bikes são uma realidade como meio de transporte, e a gente não perdeu tempo pra dar um rolê em meio às macieiras carregadas de maçãs verdes…

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Bom, o lugar onde ficamos é uma fazenda super moderna, onde nada se desperdiça, tudo é reciclado e reutilizado. Por exemplo, os “dejetos” produzidos pelas vacas e porcos são transformados em energia para a fazenda e redondezas.

A cidade é incrível… Você está andando no meio de uma floresta e de repente se depara com castelos com mais de 300 anos, aliás a fazenda onde ficamos está ocupada pela mesma família desde o começo do século XV, dá pra imaginar o que é isso?

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Parece que você está no meio de um conto de fadas, onde tudo é bem próximo da perfeição. E isso porque eu não tirei nenhuma foto das refeições… Doces fantásticos e pratos deliciosos, com uma super atenção pra mim e pra Mari que somos vegetarianos.

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Mas falando em futebol, fomos conhecer o time da cidade, o Nordkirchen FC. Saiba mais do time no site deles: www.fc-nordkirchen.de .

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O time atual:

Demos uma passada no campo de treino, que parece ser só um terrão, mas é um saibro, que até parece uma quadra de tênis gigante:

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E aproveitamos para conhecer o campo de jogo, é claro:

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O mais legal  é a placa que fica próxima da torcida que diz algo como: “Não ofenda o árbitro, ou será retirado do local – A Direção”

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Como a placa mostra, o time é de 1926.

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Foi um dos lugares mais legais por onde passamos principalmente por termos com quem conversar mais diretamente sobre a realidade de vida lá.

Até rolou uma festa pro Rodrigo, com direito a cerveja. Muita cerveja. Muita mesmo…

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De Nordkirchen, pegamos um trem e fomos para Berlin. Mas aí é uma outra história para um novo post…

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London Calling…

Seguindo nossa aventura, saímos de Amsterdam no fim da tarde, e no início da noite chegávamos em Londres.

Chovia e fazia frio. Era o típico cenário que eu imaginava de Londres. Saímos do aeroporto e fomos buscar um taxi que nos levasse ao nosso hotel.

O Rodrigo escolheu um táxi bem louco, preto, enorme, a parte interior mas parecia uma pista de dança, era muito diferente de qualquer outro táxi que já tinha visto. Estávamos achando tudo muito engraçado.

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Ficamos contentes até mostrar o endereço ao motorista, que riu da nossa cara, e nos perguntou o que iríamos fazer naquele fim de mundo. Disse ainda que era melhor cancelar e pegar um hotel no centro, porque era muito caro ir até lá. Olha a cara do figura, que falava como se estivesse cantando um som do Cockney Rejects:

taxista louco

Bateu o desespero, e mesmo achando o valor uma fortuna, estávamos muito cansados de tanto andar por Amsterdam, ou seja… Decidimos encarar a grana e após mais de 90 minutos chegamos ao nosso hotel. A primeira vista, ele era estranho, ficava num bairro suburbano e sem nada perto, e a chuva continuava.

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Nao queria estar na pele do atendente do hotel. Nem bem entramos e começamos a descarregar uma verdadeira metralhadora de reclamações, como se ele tivesse culpa do aeroporto ser longe, do taxi ser caro, oude trabalhar no hotel mais afastado, feio e desanimador de todo o Reino Unido.

Mas, para minha surpresa, o atendente, um Paquistanes calmo como ele só, foi pouco a pouco nos contagiando com sua tranquilidade, enquanto nos cativava com pequenos grandes favores.

Quando percebi, já tinhamos mapas, descobrimos que pegar um taxi preto é quase um pa$$eio turistíco, sabíamos como chegar no metro, já havíamos encomendado hamburgueres Vegetarianos para a janta, e principalmente… Sabíamos que havia no bairro o estádio de um time das divisões de acesso do futebol inglês chamado Leyton Orient F.C..

Isso sem contar que… Po, eu estava com a Mariana em Londres, Inglaterra, terra onde surgiu o futebol e o punk… Era só comer, dormir e esperar o dia seguinte. E assim o fizemos.

Londres - Leyton Orient F.C.

Confesso que acordei procurando aquele entusiasmo que havia embalado meu sono, e que parecia ter ido embora ao ver que nosso quarto mais parecia um quarto de hospital (ele era todo adaptado à necessidades especiais, inclusive).

Após o café da manhã, caminhamos umas 8 quadras até o estádio do Leyton Orient. As casas pelo bairro eram todas muito parecidas:

Londres - Leyton OrientFC

Confesso que ainda não entendi se ali é o estádio ou se é somente o campo de treino do time. É pequeno, com uma entrada de uns 4 metros de largura.

Leyton Orient FC

Uma pequena arquibancada dá o tom “bairrista” do estádio.

leyton

Para maiores informações sobre o time, o site deles é www.leytonorient.com

Leyton_Orient_FC

Dali, fomos enfim conhecer a realidade de Londres, e logo de saída, no caminho do ponto de ônibus, a Mari já se animou ao encontrar uma das tradicionais cabines telefônicas.

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Depois fomos conhecer os pontos turísticos da cidade. A começar pelo famoso ônibus de dois andares. Aliás, como eu disse no começo da história, pra gente ir pra qualquer lugar , precisávamos pegar um desses até a estação do metrô.

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É bom saber que vegetarianos em Londres tem ‘muitas opções, principalmente, os deliciosos Veggie Burger, que são tão comuns quanto os cachorros quentes aqui no Brasil.

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Londres lembra muito São Paulo. Tem trânsito, bastante gente pelas ruas, várias lojas… Mas consegue acrescentar a isso tudo uma arquitetura bem legal e uma série de coisas interessantes pra se ver quando se passa pela rua, como por exemplo, o Museu de Sherlock Holmes:

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No metro, um painel informava sobre a “Wembley Cup”, torneio relâmpago que reunia o Barcelona, o Celtic, o Tottenham e o Al Ahly. Depois, vendo um pouco de tv, não só em Londres mas nas demais cidades que passamos, vi que a maior parte das equipes participa de torneios desse tipo durante a “janlea” do calendário. Foi por isso que conseguimos ver o time do Ajax na rua, enquanto estávamos em Amsterdam.

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O Big Ben é o lugar onde mais vi turistas em toda minha vida. Chega a ser engraçado tantas línguas diferentes e tantas fotos ao mesmo tempo.

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Do outro lado do rio Tâmisa, encontramos a famosa roda gigante (gigante mesmo) um monte de museus, e o…. Fright Club, uma desas atrações de terror que nem no Playcenter, cheia de sustos e que deve ser percorrida a pé. Claro que não teve como não ir….

terror

Bom, mas chega de turismo, porque isso é um blog sobre futebol, como diria o Muricy. Assim, no outro dia, pegamos o metro para o outro lado e fomos até o estádio do West Ham.

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Se comparado ao estádio do Ajax, o Upton Park, estádio do West Ham, embora seja bastante grande, tem mais a cara dos estádios brasileiros.

Afoito, cheguei até a administração do Estádio perguntando como era feita a visita ao campo. A resposta veio com uma mistura de frieza, prazer e desinteresse: “Não há visitas.”

Fiquei tão chateado que nem tentei argumentar. Restava a loja do clube, para ao menos levar uma lembrança do time que ficou marcado especialmente para mim, pelo filme Hooligans.

Lá, acabamos conhecendo um boxeador italiano, que é casado e estava comprando uns presentes também.

Após as compras, e já mais animado, decidi uma última tentativa explicando ao vendedor que eu era brasileiro e etc… O resultado taí:

Acho que foi o melhor momento de toda a viagem. Eu adorei o estádio. A mistura entre o tal exigido “profissionalismo” ou “modernidade” com o lado romântico do futebol parecia me perfeito no Boleyn Ground (antigo nome do Upton Park).

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É engraçado que fiquei tão emocionado estando lá que esqueci de me atentar a alguns detalhes como por exemplo o que divide a arquibancada do campo. Sempre quis saber e agora não lembro se reparei…

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Foi uma vitória da nossa parte e confesso que pensei até em enviar essas fotos e o vídeo para a atendente da administração só pra mostrar que dava sim pra dar um jeitinho.

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Ah, ainda nas ruas de Londres, pude encontrar várias barraquinhas vendendo camisas de times, mas é impressionante como só tem as mesmas que encontramos aqui… Barça, Real Madrid, Chelsea, Manchester…

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Bom, estava encerrada nossa missão em Londres. As 5 da manhã de um dia nublado deixamos a cidade e tomamos caminho rumo a Paris.

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44- Camisa do Brasil de Pelotas

A Camisa de futebol número 44 é do Grêmio Esportivo Brasil de Pelotas, e a comprei na mesma loja que peguei a do SC Ulbra, pela bagatela de R$29,90, ótimo preço por se tratar de material oficial.
Como o cara da loja é gente boa e ainda acompanha os jogos do Ramalhão, vai aqui o fone dele, já que não tem site: (011) 4432-3063, sempre tem coisas boas a preços especiais por lá, fale com o Rubão!

Falando do Brasil de Pelotas, o time foi fundado em 7 de Setembro de 1911, ou seja no momento em que escrevo este post (2009) faltam apenas 2 anos para a grande festa do centenário.
Assim como outros clubes que já retratamos aqui no blog, o Brasil de Pelotas nasceu de uma divergência dentro de outro time, no caso, o Sport Club Cruzeiro do Sul, formado por funcionários da Cervejaria Haertel.
Diz a lenda que tudo foi por causa de um desentendimento de um pequeno grupo que estava colocando uma cerca no campo, enquanto outro permanecia em campo, jogando e negando-se a ajudá-los. Putos Chateados com isso, o grupo que estava trabalhando decidiu montar um novo time.
Como a fundação do novo time se deu no dia da independência, as cores da camiseta seriam verde e amarela. Isso gerou o primeiro motivo de rivalidade com o E.C.Pelotas, que tinha seu uniforme azul e amarelo, muito parecido com o deles.

Pra evitar maiores problemas, o pessoal do Brasil decidiu adotar o vermelho e preto, alusão às cores do Clube Diamantinos. O Brasil de Pelotas é também chamado de Xavantes, graças a um jogo, de 1946, contra o Esporte Clube Pelotas. O E.C. Pelotas seria campeão em caso de vitória.

O primeiro tempo ia acabando e o placar indicava 3 x 1, em favor do E. C. Pelotas. Pra piorar, o Brasil teve o zagueiro “Chico Fuleiro” expulso. Indignados, os jogadores do Brasil interromperam o jogo, o técnico chegou a ameaçar tirar o time de campo. Mas, a própria torcida ficou nas arquibancadas, fazendo com que a partida recomeçasse. Após tanta confusão, o jogo voltou a correr e o segundo tempo viu um Brasil com tamanha gana de justiça que conseguiu virar o placar para 5 x 3, transformando se na mais famosa vitória do time. Ao fim do jogo, a torcida rubro-negra invadiu o gramado, atropelando o alambrado que ficava ao lado das arquibancadas. O fato foi chamado de a INVASÃO DOS XAVANTES (esse era o ítulo de um  filme em cartaz na época, em Pelotas). A partir daí, a torcida adotou a figura do índio xavante, como símbolo do time.

O material sobre o time na internet é muito vasto. Destaque para o site do time: www.brasildepelotas.com , o blog: http://blogxavante.com e o site http://colecionadorxavante.brahmsoftware.com.
O time manda seus jogos no Estádio Bento Freitas, fundado em maio de 1943, e onde cabem hoje 18 mil Xavantes.

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Um ato curioso ocorrido no estádio foi a ameaça do Ministério Público de interdição do Bento Freitas porque a direção do time teria aprovado a venda de bebidas alcoólicas no interior do estádio, nos jogos da Série C, ato proibido por lei. Em se falando de títulos, vale lembrar que o time conquistou o Campeonato Gaúcho de 1919, e foi Vice em 1953, 1954, 1955 e 1983. Além disso, venceram o Campeonato Gaúcho da 2ª Divisão em 1961 e 2004.

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Em 1985, o time fez história com a Máquina Xavante, time que chegou às semi-finais do brasileiro da série A. Existe inclusive um site contando a história do time: http://www.maquinaxavante.com.br.

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O ponto mais triste da história do clube, aconteceu no início de 2009, com o acidente do ônibus da delegação, ocorrido há cerca de 300 km de Porto Alegre (no km 150 da BR-392), e que provocou a morte de um dos maiores ídolos do time, o atacante uruguaio Claudio Milar, do zagueiro Régis Gouveia, e do preparador de goleiros Giovani Guimarães, além de ferir outras 20 pessoas. A equipe retornava de um jogo-treino na cidade de Vale do Sol, onde havia vencido o Santa Cruz do Sul por 2 a 1.
A diretoria do clube até cogitou não disputar o Campeonato Gaúcho de Futebol de 2009, mas assim como na história que deu origem ao apelido “Xavante”, a equipe não desistiu e seguiu em frente. Abalado psicologicamente e com um time sem conjunto, conseguiu apenas uma vitória no campeonato e foi rebaixado para a Série B 2009.

Já escrevemos sobre o livro que narra o acidente (veja aqui o post sobre o livro).

O uruguaio Cláudio Milar era ídolo da torcida, com mais de cem gols marcados com a camiseta do Brasil.
O atacante costumava comemorar os gols homenageando o símbolo do clube, atirando uma flecha para as arquibancadas.

Atualmente o G.E.Brasil possui várias torcidas organizadas como por exemplo Máfia Xavante, Garra Xavante, TOB, Comando Rubro-Negro , TODEX, Camisa 12, Paz Xavante, Mancha Rubro-Negra, Torcida Independente Rubro-Negra, Torcida Organizada Feminina, Índio Xavante, Torcida Raça Xavante, Gaviões da Baixada. Ainda em 2009, o time segue disputando a série C do nacional.
Termino o post com uma breve matéria sobre a torcida Xavante, e deixo os meus sentimentos para que o clube consiga superar a dor do acidente de 2009 e em 2010, possa voltar à primeira divisão do Gaúcho, acredito que terá muita gente torcendo por isso, e eu serei uma dessas pessoas! Força Xavante!!!

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39- Camisa da Ferroviária de Assis

Camisa da AA Ferroviária de Assis

39ª camisa da coleção é uma das que considero especiais. Acho até que pessoalmente, é a de maior valor histórico das que eu tenho.

Pertence à já extinta Associação Ferroviária de Assis:

Distintivo da AA Ferroviária de Assis

E a considero histórica, primeiro porque, embora seja o uniforme número 2 (o número 1 é vermelho com os destaques em branco) é uma camisa oficial e foi usada em partidas oficiais na década de 70, pelo time da cidade de Assis, onde meu pai passou boa parte da infância.

Além disso, como parte da família trabalhava na Estrada de Ferro Sorocabana, meu tio “Zé”, na época conhecido como Alemão, jogou na equipe.  Olha ele aí numa “clássica” 3×4:

Zé "Alemão"- AA Ferroviária de Assis

Olha ele aí agachado (o 3º da direita pra esquerda):

A Associação Atlética Ferroviária de Assis (AAFA) foi fundada em 1927, sendo mais uma linda história de amor entre o futebol e a ferrovia. Miguel Belarmino de Mendonça foi o primeiro presidente do clube.

Até o início dos anos 40, o time se manteve na disputa de amistosos e de torneios regionais, sempre jogando com a casa cheia!

Mas em 1942, fez sua estreia no Campeonato do Interior, sendo campeã da 13a região e chegando até a 2a eliminatória (equivalente às quartas de final).

Campeonato do Interior 1942

Em 1943, a Vermelhinha novamente foi campeã da 13a região e chegou à 3a eliminatória (também equivalente às quartas de final), sendo eliminada pelo Noroeste, que seria campeão:

Campeonato do interior 1943

Chegou 1944 e a AA Ferroviária se consolidou como força da região sendo campeã pelo terceiro ano consecutivo da sua região e avança até a fase inter regional do campeonato, sendo eliminada pela Ferroviária de Botucatu:

Campeonato do interior 1944

Adivinha o que houve em 1945? Mais uma vez a AA Ferroviária vence o seu grupo! Mas mais uma vez um time de Botucatu elimina a vermelhinha…

Campeonato do Interior 1945

Chegamos a 1946 e como já esperado a AA Ferroviária sagrou-se campeã do seu grupo, classificando-se para a próxima fase, que também foi um grupo e mais uma vez, sendo vencido pela Botucatuense.

Campeonato do Interior 1946

Aliás, vasculhando pelas redes sociais da cidade de Assis, achei uma foto muito bonita do time, de 1946:

Em 1947, disputou novamente o Campeonato do Interior, novamente chegando até a fase regional e sendo eliminado pela Botucatuense.

Campeonato do Interior 1947

Por conta do endereço de seu estádio e da cor da sua camisa, o time era apelidado de “a vermelinha da Rua Brasil“.

O nome oficial do estádio é Dr. Adhemar de Barros e sua construção foi gradativa: primeiro o campo, depois as arquibancadas, os vestiários e por fim a iluminação. (Veja maiores detalhes do estádio no post sobre minha visita recente à Assis).

Estádio Dr. Adhemar de Barros - AA Ferroviaria de Assis - A vermelhinha da rua Brasil

Por fim, o acolhedor e ao mesmo tempo intimidador Estádio Dr. Adhemar de Barros estava pronto, como podemos ver nessa foto do site www.umdoistres.com.br, de Assis:

Estádio Dr. Adhemar de Barros - AA Ferroviaria de Assis - A vermelhinha da rua Brasil

Foi nele que o time mandou seus jogos e até hoje, ele segue ali na Rua Brasil, não muito diferente do que era na época.

Estádio Dr. Adhemar de Barros - AA Ferroviaria de Assis - A vermelhinha da rua Brasil

Esta é a charmosa arquibancada, parcialmente coberta que fez parte da infância e da juventude de quem amava futebol nos anos 50 e 60…

Estádio Dr. Adhemar de Barros - AA Ferroviaria de Assis - A vermelhinha da rua Brasil

Sua capacidade era de pouco mais de mil torcedores que ali estiveram para apoiar times como esse:

Aqui, o gol do lado da Rua Brasil:

DSC00162Estádio Dr. Adhemar de Barros - AA Ferroviaria de Assis - A vermelhinha da rua Brasil

E o “gol dos fundos”:

Estádio Dr. Adhemar de Barros - AA Ferroviaria de Assis - A vermelhinha da rua Brasil

Deu até pra gente bater uma bola…

DSC00164Estádio Dr. Adhemar de Barros - AA Ferroviaria de Assis - A vermelhinha da rua Brasil

Lembrando que essas traves já foram defendidas por ninguém menos que o goleiro Jefferson, que chegou a atuar pela seleção brasileira, mas ficou famoso jogando pelo Botafogo do RJ.

Estádio Dr. Adhemar de Barros - AA Ferroviaria de Assis - A vermelhinha da rua Brasil

Também conhecida como a “Veterana“, o time da Ferroviária marcou época e entrou pra história ao disputar a série A2 de 1949 até 1952, quando foi rebaixada pela lei que exigia que as cidades tivessem um mínimo de 50.000 habitantes.

Essa foi sua campanha em 1949, quando não passou da primeira fase, a “Série Preta”:

Série A2 - série preta - 1949
Série A2 - série preta - 1949

Aqui, a campanha de 1950, e mais uma vez, não passou da primeira fase, a “2a Série”:

Série A2 - 1950
Campeonato Paulista Série A2 - 1950

Aqui, a campanha de 1951:

Série A2 - 1951
Série A2 - 1951

E esta a de 1952:

A2 - 1952
A2 1952

Disputou a série A3 de 1953 até 1957, com destaque para o empate conquistado em 1957 contra o Tricolor Paulista que visitou Assis sem grandes pretensões, mas não conseguiu vencer a vermelhinha!

Retornou à segunda divisão em 1958 e 1959. Em 1958 fez uma campanha bem ruim, terminando em último do Grupo Verde:

Série A2 - Grupo Verde - 1958
Série A2 - Grupo Verde 1958

Em 1959 mais uma campanha ruim…:

Campeonato Paulista - Série A2 - 1959
Campeonato Paulista - Série A2 - 1959

Voltou a jogar a A3, a partir de 1960, aqui, uma foto do time dessa época:

AA Ferroviária Assis

Mesmo em alta, o time via-se atolado em dívidas, o que obrigou o presidente da época, Joãozinho Maldonado a tentar vender “Mingo” o maior de seus craques à Portuguesa.

Pra piorar, a Lusa achou que o valor era alto demais e não comprou o jogador que preferiu ficar trabalhando na Estrada de Ferro.

Infelizmente, em 1967, o clube perde uma partida decisiva contra o MAC (Marília Atlético Clube) e inicia-se uma crise agravada ainda mais com a ascensão de outro time da cidade, o VOCEM (veja a camisa dele aqui).

E assim como a Estrada de Ferro começava a perder a atenção para as grandes autopistas, a Ferroviária sai do profissionalismo em 1976, em detrimento do futebol moderno e caro.

Mesmo fim de muitos times importantes do interior fizeram e ainda estão fazendo hoje em dia. Uma prova viva do desinteresse cada vez maior do brasileiro pelo futebol. Mas aí vão mais algumas fotos do passado para quem sabe calentar os corações que podem ter se congelado:

Aqui, o goleiro de 1974:

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32- Camisa do CA Guaçuano

A camisa do CA Guaçuano é uma das camisas que consegui na minha última viagem de fim de ano (veja como foi aqui).

O Clube Atlético Guaçuano é um clube de Mogi Guaçu, interior de São Paulo, próximo à Mogi Mirim, e foi fundado no dia 26 de fevereiro de 1929. O site oficial do time é o www.caguacuano.com.br .

Popularmente chamado de “Mandi“, o time nasceu como amador, representando a cidade de Mogi Guaçu nos campeonatos oficiais do Estado, junto com o extinto Mogi Guaçu Futebol Clube. Seu mascote é o Mandi.

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Sua primeira participação no profissionalismo foi em 1975, quando assumiu a vaga deixada pelo Grêmio Guaçuano e disputou a Terceira Divisão do Futebol Paulista, mas dois anos depois caiu para a quarta divisão, retornando à Terceirona em 1980 e conquistando o acesso à Divisão Especial em 1981.

Permaneceu na Especial (antigo nome da série A2) por mais cinco anos,e só voltou pra lá em 1992, mas não pode disputar a competição, pois o estádio municipal Alexandre Augusto Camacho, não obedecia à capacidade mínima de dez mil espectadores.

Estive visitando o estádio e posso dizer que é um daqueles alçapões, capazes de garantir um resultado. Mas ainda só comporta pouco mais de 5 mil torcedores. Uma pena que a prefeitura ou a iniciativa privada nâo souberam ajudar a equipe quando mais se precisou.

guacuano1

Além disso, o clube passou por uma crise financeira que impediu os investimentos necessários para disputar a competição.

Por estas razões, o Guaçuano voltou à última divisão do futebol paulista em 1994, onde permaneceu por muitos anos. Em 1996, o clube chegou ao quadrangular final da competição, mas não conquistou nenhuma das duas vagas. Em 2001, conseguiu acesso para a quinta divisão, após remanejamento realizado pela Federação Paulista de Futebol. A equipe permanece na Segunda Divisão neste ano.

O Hino do clube:

Sou Guaçuano
Atleticano pra valer!
Atlético eu sou…

Prô meu mandi
Em qualquer canto eu vou torcer!
Atlético!…Atlético!…

É o verde e branco do meu coração
Sua bandeira eu trago em minhas mãos…
Vai tremulando, agitando,
Conquistando a multidão
E sempre, sempre
Hei de vê-lo campeão!

Em sua história no passado
Tantos craques revelou
Atlético!…Atlético!…

Onde estiver estou contigo
Sou mais que amigo, sou torcedor
Meu Clube Atlético Guaçuano
Eu não me engano
Tu és meu amor…

Uma foto do time que disputou a segunda divisão em 2008:

time

E pra quem gosta de ver como é assistir um jogo com a torcida local, veja a “Torcida do barranco“:

Além da turma do barranco existe a Fúria Jovem Mandi.

Abraços!

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Adeus semi finais

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Fomos de carro, afinal, o Canindé é bem perto de Santo André, e poderia ficar livre pra comemorar, seja lá onde quisesse.

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O jogo prometia um bom público, e cumpriu. A torcida da Lusa compareceu em bom número. O público total foi de 7054 torcedores.

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Como precisávamos de um resultado dificil, apelei pra minha camisa mais rara, do Ramalhão (acho que de 1992, se não me engano) já caindo aos pedaços, e meu bandeirão cada vez mais costurado.

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A tarde começou a dar sinais de que não seria meu dia quando antes mesmo do jogo começar a polícia militar arrancou e amassou minhas fantásticas faixas (A outra dizia “Yo te sigo a toda parteee…”) alegando que era um perigo eu ficar com aquele material inflamável.  É, o papel. É inflamável, eu poderia queimar o Canindé, quando no máximo o que eu queria era inflamar nossa torcida.. Mesmo com toda a pressão da Lusa, no início do jogo, ainda estávamos confiantes. Isso durou até o time levar 2 gols. Caí em tristeza…

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A chuva vem avisar que o primeiro tempo acabou e lava nossas feridas, abertas ali… em praça pública.  E parece que ajuda a cicatrizar, porque o time volta para a segunda etapa bem mais ofensivo, e logo faz seu primeiro gol.

Alguns ainda acreditavam, mas o que parecia uma histórica virada ficou nisso mesmo, e a virada veio no jogo do Santos com a Ponte. Valeu o passeio, valeu o bom campeonato que fizemos e valeu a Mari ter conhecido finalmente o Canindé, né ? abril-041

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