Em julho de 2025 tivemos a oportunidade de viajar até o Piauí e foi incrível.
Começando pela capital Teresina, que já foi tema da primeira parte destes posts (veja aqui o post sobre o Estádio Albertão).


Só pra acrescentar um pouco mais do que Teresina tem pra entregar, fomos visitar o Museu de Arqueologia e Paleontologia da Universidade Federal do Piauí, que fica lá mesmo no campus.

História, fósseis e cultura local lado a lado com a vida universitária.


E como sempre, foi nas ruas que encontrei uma daquelas cenas que me fazem parar: uma série de casas “corolidas” (sim, com L mesmo, porque tem mais cor em “corolida” do que em “colorida”). Arte urbana espontânea em forma de fachada.

Mas o foco de hoje é outro estádio importante da capital: o Estádio Municipal Lindolfo Monteiro, carinhosamente chamado de “Lindolfinho”.

Inaugurado em 1944, ele foi, por muitos anos, o principal palco do futebol teresinense, até a chegada do Albertão. E agora está de cara nova!

O estádio foi recentemente reinaugurado após reformas no gramado e nos vestiários, fruto de uma parceria entre a Federação de Futebol do Piauí e a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Semel).
A arquibancada coberta ganhou o charme de uma mini floresta ao redor, e no meio do campo há outra área coberta que traz sombra e memória. Do lado oposto, o outro gol guarda o cenário com o Ginásio Arena Verdão ao fundo, quase como uma moldura moderna.

Mas tem também uma área coberta no meio campo:

Quem nos recebeu por lá foi o Bandeira, figura histórica do futebol local, tanto no amador quanto no profissional. Daquelas pessoas que carregam décadas de arquibancada na história.

O nome do Estádio homenageia o ex prefeito de Teresina dos anos 40 e mesmo com a reforma recente, o Lindolfinho ainda guarda aquele charme de estádio antigo, com concreto gasto, alambrado baixo e uma certa intimidade que só os campos do futebol raiz conseguem oferecer.

O estádio foi reaberto após ter ganho reparos no gramado e nos vestiários graças a uma parceria entre Federação de Futebol do Piauí e a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Semel). O retorno ao futebol se deu com o jogo válido pela série D entre Altos e Sampaio Correia sem a presença do público:
É um lugar onde cada banco, cada sombra e cada marca no cimento parece contar uma história, daquelas que não aparecem no placar, mas ficam pra sempre na lembrança de quem viveu.
Olha aí o gol do fundo!

Bonito né?
Os bancos de reserva estão novinhos, indicando que o Lindolfinho continua sendo casa do futebol piauiense.


Olha aí a placa da série D:

Ao fundo, o Ginásio Arena Verdão:

Andar por ali foi como folhear um álbum de figurinhas do futebol nordestino. Imaginar a torcida apertada gritando ali atrás do gol.

Tudo isso dá um valor imenso ao Lindolfinho.
Que bom que ele segue vivo e que continue sendo cenário de novas memórias por muito tempo.
Reuni todos os vídeos mais longos sobre os estádios de Teresina em um só link, dá uma olhada e me diz o que achou!
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O Estádio VGD, a casa do Londrina EC
No carnaval de 2025 fomos até Presidente Prudente assistir Grêmio Prudente x Santo André pela série A2.

Na volta, demos um rolê pelo norte do estado do Paraná, começando por Alvorada do Sul, …

Depois paramos em Londrina, e já contamos como foi nosso rolê para registar o Estádio Uady Chaiben, a casa da Portuguesa Londrinense (PR) …

Mas, ainda em Londrina, deu tempo de conhecer a incrível loja oficial do LEC!

Olha que camisa incrível com estampa homenageando Carlos Alberto Garcia, o “Bem-amado”:

Aproveitamos nosso segundo dia na cidade para rever o tradicionalíssimo Estádio Vitorino Gonçalves Dias, o “VGD“:
Vitorino Gonçalves Dias foi um professor de educação física que marcou a história da cidade impulsionando a prática esportiva na cidade.

Olha o Carlos Alberto Garcia aí de novo, é sua estátua que dá as boas vindas ao Estádio que em 24 de junho de 2026 completará 70 anos de sua inauguração.

Na verdade o local já recebia partidas de futebol desde os anos 40, quando era a casa do Esporte Clube Recreativo Operário da Vila Nova, e era chamado de “Estádio Aquiles Pimpão Ferreira.

O jogo inaugural do VGD foi em 24 de junho de 1956 entre o Londrina Futebol Clube (antecessor do Londrina Esporte Clube) e o Corinthians de Presidente Prudente-SP, que terminou em 1×1 frente a 18 mil torcedores.

O Estádio Vitorino Gonçalves Dias foi a casa do Londrina até a construção do Estádio do Café em agosto de 1976, quando o LEC estreia na série A do Brasileirão.
Estivemos lá em 2015:

Em 1958, o VGD recebeu um incrível amistoso com o Gimnasia y Esgrima, de La Plata, na Argentina.

Em 1959, o VGD também foi o primeiro estádio do interior a receber uma decisão do Estadual entre Londrina e Coritiba, com vitória do time visitante que sagrou-se campeão.

Na época, suas arquibancadas comportavam quase 20 mil lugares.
Hoje, apenas 8 mil lugares são liberados pela Federação Paranaense.

Em 1971, o VGD foi a casa do Londrina na Série B do Campeonato Brasileiro.

O estádio foi concedido para uso do LEC ininterruptamente desde 1990.

Entretanto nos últimos anos, o VGD acabou sendo substituído pelo Estádio do Café por falta de laudos. Por isso, o estádio está passando por obras que o garantirão como palco na série C de 2025.

O azul bem característico do Londrina faz o estádio parecer um desdobramento do céu na terra!
Nosso tradicional registro do meio campo:

Gol da direita:

Gol da esquerda:

Compartilho um último olhar para este belo palco do futebol paranaense:
Uma pena só ter percebido que nunca subi para o site as fotos que fizemos do Estádio do Café. Podia ter feito novas imagens, mas isso fica para uma próxima viagem!

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Aventuras boleiras na cidade maravilhosa – parte 3: Estádio São Januário, a casa do Vasco da Gama

Dando sequência na nossa aventura no Rio de Janeiro (lembrando que já falamos do Estádio do Resende, do Fluminense e do São Cristovão), vamos falar da nossa visita à casa do Vasco da Gama, o “Estádio São Januário”.
Tivemos a oportunidade de conhecer o Estádio num dia de muito agito!
Era a final do segundo turno do campeonato carioca e embora o jogo fosse no Estádio do Engenhão, havia bastante gente em São Januário pra comprar ingresso.
Antes da construção de São Januário, o Club de Regatas Vasco da Gama mandava seus jogos no campo do Andaraí, que depois se tornaria o campo do América e infelizmente se transformaria no Shopping Iguatemi.
O Estádio de São Januário foi inaugurado em abril de 1927 e por décadas, ostentou o título de maior estádio particular da América do Sul.
O estádio tem alguns detalhes muito bonitos e diferentes da maioria dos estádios de futebol.
Sua fachada, em estilo neocolonial, é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

O Estádio de São Januário, também chamado de “Colina histórica” não é apenas um palco de futebol: é um monumento vivo da história brasileira, da luta por igualdade e da paixão de uma torcida que nunca abandona seu time Mas seu verdadeiro tamanho está nas histórias que carrega.
Foi nele que o clube desafiou a elite do futebol carioca, na década de 1920, ao incluir jogadores negros, pobres e operários em seu elenco, enfrentando o preconceito escancarado de uma época em que a cor da pele ou a origem social eram barreiras.
A resposta do Vasco à exclusão imposta pelas ligas da época — a famosa “Resposta Histórica” — tornou-se símbolo de resistência e orgulho.
Desde então, São Januário se consolidou como um espaço onde a justiça social e o esporte caminham juntos.
E além de tudo, é lindo!
Visitar São Januário é uma experiência que vai além da paixão clubística.
É conhecer um espaço sagrado do futebol brasileiro, onde cada canto, cada mural, cada degrau carrega a força de uma história que inspira.
É estar diante de um símbolo de coragem, inclusão e tradição.
É entender por que o Vasco da Gama e seu estádio são referências não apenas no esporte, mas na construção de um Brasil mais justo e apaixonado por sua identidade. São Januário não é só do Vasco.
É de todos que acreditam que o futebol pode transformar o mundo.
O jogo de inauguração aconteceu em 1927, contra o Santos que acabou vencendo por 5 a 3.
Em 1928, foram inaugurados os refletores e a arquibancada atrás dos gols, num jogo contra o Wanderers, do Uruguai. O Vasco venceu por 1 a 0.

O Estádio São Januário foi palco de diversas finais, do brasileiro (contra o São Caetano, quando houve a queda de parte da arquibancada), da Libertadores de 1998, da Copa do Brasil de 2005 e de 2011.
O estádio que já teve capacidade para mais de 40 mil pessoas, hoje tem um limite para pouco mais de 24 mil torcedores. Uma pena…
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O Estádio Benedito Teixeira, o “Teixeirão”, em São José do Rio Preto!
Em 2010, fomos conhecer São José do Rio Preto, uma cidade gigante do interior de SP. E esse desenvolvimento social e econômico, no futebol pode ser visto pelo fato da cidade ter dois times!
Assim, aproveitamos nossa viagem para conhecer os estádios destes times que fomos até lá!
O primeiro estádio é o Benedito Teixeira, o “Teixeirão”, onde o América FC manda seus jogos.

O Estádio é bastante recente, foi inaugurado em 1996 e nós demos o azar de pegar um dia em que ele estava sendo reformado…

Mesmo em reformas, deu pra ver a grandeza do Estádio, que chegou a receber vários clássicos do futebol paulista, graças ao seu porte.
O jogo de inauguração foi entre o América e o São Paulo e o time da capital venceu por 3×2. A capacidade atual do estádio é de quase 33 mil torcedores. Olhando de fora, dá pra ver o espaço que ele ocupa.
Ah, achei um novo mascote pro time hehehe:
O Estádio leva as cores do time (vermelho e branco) em diversos muros…
O estádio nasceu graças ao idealismo do Prefeito Dr. Wilson Romano Calil que via o time como a maior propaganda da cidade. A ideia foi apresentada à cidade no período da visita do então presidente Benedito Teixeira e por isso leva o seu nome. A prefeitura cedeu o terreno e ainda conseguiu a doação de 11.500 sacos de cimento, ao América ficou a responsabilidade das obras, o que obrigou a venda de jogadores importantes.
Uma coisa que eu aprendi a gostar são os ônibus dos times, olha o do América aí:
Na despedida, fiz mais uma lembrança de um estádio importante.
Em 2022, voltamos ao Estádio Benedito Teixeira e fiz esse vídeo:
E renovamos as fotos do campo:
















Ou você prefere uma chuva concentrada?
















