225- Camisa do Real Madrid Paiter

A 225ª camisa de futebol do nosso site veio lá de Rondônia, via o amigo Marcel Guariglia que roda o Brasil mapeando projetos de sustentabilidade.
O dono da camisa é o Real Madrid Paiter, time do povo Paiter Suruí.
E como os europeus se apropriaram de tantas coisas dos povos originários, nada melhor do que uma doce vingança: os Pater Suruí se apropriaram do nome, da coroa, do distintivo e da camisa do poderoso Real!


Aproveitamos a oportunidade para bater um papo com Oyniin Suruí, que hoje atua na comunicação do Real Madri Paiter, assista, e se não for inscrito no nosso canal do Youtube, faça isso e deixe seu like lá no vídeo pra que ele chegue organicamente a mais pessoas.

Atualmente, cerca de 1.900 pessoas vivem em 24 aldeias dentro da Terra Indígena Sete de Setembro e além do time de futebol o povo Paiter Suruí foi o fundador da primeira agência de turismo indígena do Brasil e tem se mostrado super atuante na produção cultural, como o livro que conta sua história:

Os Paiter Suruí relatam que seus antepassados migraram das proximidades de Cuiabá para Rondônia durante o século XIX, fugindo da perseguição dos brancos.
E tudo ficou em paz até a década de 60, quando os conflitos com os não indígenas retornaram.

No dia 7 de setembro de 1969, funcionários da Funai tiveram o primeiro contato oficial com o povo Suruí.
E dali em diante, a história se repetiu: vieram surtos de sarampo, gripe e tuberculose, que reduziu pela metade sua população.
Pra piorar, os que sobreviveram viram seu território invadido por colonos que exploraram recursos naturais, como extração ilegal de madeira e mais recentemente a busca por minérios. Nem todo Agro é Pop.

Os Suruí de Rondônia se autodenominam Paiter, que significa “gente de verdade, nós mesmos”, e falam uma língua que pertence ao grupo Tupi da família Mondé.

Hoje, eles têm usado a internet para denunciar o avanço do desmatamento, mas ainda mantêm muito das suas tradições, tanto no que diz respeito à cultura material quanto aos aspectos cosmológicos.
Para conhecer mais, vale visitar o site Paiter Suruí.

Falando sobre o Real Madrid Paiter, é preciso ressasltar que ele não é um clube profissional, surgiu nas aldeias da região de Cacoal, em Rondônia.
O time disputa campeonatos locais como o “Ruralzão” e torneios indígenas.

O nome segue uma tradição de batizar seus coletivos com nomes ligados a projetos de sucesso. Além do Real Madrid, existe o “Barcelona Suruí”, e os dois fazem o “clássico” no Ruralzão de Cacoal.

Alguns atletas chegaram a jogar profissionalmente o Campeonato Rondoniense pelo União Cacoalense.

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O Estádio Miguel Lima em Timón-MA

Em julho de 2025 estivemos no Piauí, dando um super rolê por diversas cidades e aprendi que a capital Teresina fica ao lado de Timon, já no Maranhão, sendo divididas pelo rio Parnaíba.

O rio Parnaíba é o maior rio nordestino, navegável em toda sua extensão, sendo super importante para a economia do Piauí, não só para a pesca mas potencializando as atividades agropastoris, o transporte, a produção de energia elétrica, além do abastecimento urbano, lazer e turismo.

E atravessando o rio… Chegamos a Timon, já no estado do Maranhão!

Timon é a quarta cidade mais populosa do Maranhão mas faz parte do dia a dia da grande Teresina.
Com base nos estudos sobre a presença indígena na área, pode-se supor que diversos grupos tenham habitado a região como os Gamela que transitavam entre o leste do Maranhão e o oeste do Piauí, povo agricultor e caçador, e que acabaram catequizados ou escravizados entre os séculos XVII e XVIII.
Além dos Gamela, também haviam os Tremembé, os Timbira (que eram uma espécie de confederação de povos Jê), além de certa influência dos Tupinambá e Tabajara. Pedi pra IA uma imagem de como seriam os Gamela e olha aí o que veio:

A ocupação da região começou no século XVIII, por estar no traçado da estrada real que ligava os dois estados (Piauí e Maranhão) e fez com que fazendeiros, jesuítas e aventureiros acabassem se estabelecendo ao longo do caminho que de tão florido deu o nome ao lugar de… “Flores“.
Somente em 1940, ocorreu a mudança de nome do município de Flores para Timon, numa homenagem ao intelectual maranhense João Francisco Lisboa, que deixou uma obra com o título Jornal de Tímon, numa referência ao célebre filósofo da Antiga Grécia.

Além disso, também no início dos anos 1940, tendo o Sr. Urbano Martins como interventor nomeado por Getúlio Vargas, foi construído campo que seria o Estádio Miguel Lima.

Atualmente, quem manda seus jogos la é o Timon Esporte Clube.

O TEC é um time recente, fundado em 2005 e que passou a disputar a série B do Campeonato Maranhense em 2007.
Depois disputou as edições de 2010, 2014, 2017, 2018, 2019, 2020 (quando acabou rebaixado para a terceira divisão, pela perda de 16 pontos por uma irregularidade), 2021 (não houve terceira divisão e acaba voltando pra segunda), 2022, 2023, 2024 e 2025.
O time chegou a bater na trave do acesso por várias vezes…

Outro time da cidade é a Sociedade Esportiva Juventude Timonense, fundado em 14 de janeiro de 2008, que atuava focado no futebol feminino mas que mais recentemente passou a ter equipes de base no masculino também.

A SEJ Timonense foi campeã do Campeonato Maranhense de Futebol Feminino de 2019, representando o Maranhão na série A2 do Campeonato Brasileiro de 2020.
Em 2019 e 2022 também conquistou o título estadual.

E cruzando as ruas da cidade, enfim chegamos à casa do futebol de Timon…

Então é hora de conhecer o Estádio Miguel Lima, onde meninas e meninos escrevem suas histórias no futebol profissional e amador!

Como as portas estavam abertas, fomos dar um rolê e conhecer um pouco deste estádio já tradicional na história do esporte da cidade.

Vale um registro com sua bela arquibancada de fundo!

O gramado estava em dia, principalmente se considerarmos o forte calor da região e a falta de chuva do seco inverno piauiense.

O Estádio possui ainda uma pista de atletismo em torno do campo, que permite a prática de outros esportes à população.

O banco de reserva é de cimento.
Pode não ser tão estiloso, mas dura mais…

Ali atrás do gol, um ginásio esportivo que complementa o equipamento municipal.

Acima da arquibancada, temos várias cabines de rádio em uma estrutura simples mas muito bem planejada.

Tradicional registro do gol da direita:

O gol da esquerda:

E o meio campo:

Para finalizar, não podíamos deixar de falar de outro time sediado em Timon, mas que não manda seus jogos nem em sua cidade natal, nem mesmo em seu Estado natal: o Esporte Clube Timon!

O Esporte Clube Timon disputa os campeonatos no estado do Piauí, sendo filiado à Federação de Futebol do Piauí, desde 2015.
O time foi vice-campeão da Segunda Divisão do Campeonato Piauiense de 2019, conquistando o acesso para a 1ª divisão do estadual de 2020.

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Um breve olhar sobre o futebol no Afeganistão

Recentemente, tivemos em Santo André uma feira de cultura do Afeganistão e eu achei incrível a oportunidade de poder conhecer um pouco do povo que nasceu tão longe e atualmente, por problemas sociais, políticos e até religiosos, está vivendo no nosso país.
Olha que bacana!

Nova formação do Visitantes?
Não, não, só um papo intercontinental sobre música.

E olha cada coisa gostosa…

Além de experimentar várias comidinhas deliciosas e de trocar um monte de ideia sobre cultura em geral, acabei registrando um papo sobre futebol com um dos afegãos que estiveram ali, se liga:

É difícil falar sobre o futebol sem tentar minimamente entender a história do país.
Devido à sua localização estratégica ligando o Oriente Médio à Ásia Central e ao subcontinente indiano, o território do atual Afeganistão foi um ponto essencial para a rota da seda e para a migração humana, sendo ocupado por diversos povos.

Seu território sempre foi muito disputado desde a antiguidade até os dias atuais.
A história moderna do Afeganistão começa em 1709, com a ascensão dos Pachtuns (ou “pastós”) ao poder em 1747.
Em 1776, sua capital foi transferida de Candaar para Cabul.
No final do século XIX, o Afeganistão acabou servindo de divisa “neutra” entre os impérios britânico e russo, por isso essa parte mais estreita, porém longa no lado leste do país.

O Reino do Afeganistão, por vezes referido como Reino de Cabul, foi reconhecido como um estado soberano pela comunidade internacional após a assinatura do Tratado de Rawalpindi em 1919.
Mas provavelmente você já viu alguma coisa referente à história do país e nem lembra, como por exemplo o livro “O livreiro de Cabul”. Ou veja aqui uma lista de 10 filmes sobre o país.

Após a segunda guerra, a guerra fria teve um desdobramento importante no país: a União Soviética passou a se relacionar mais intensamente com o Reino.
Em 1973, a monarquia foi derrubada pelo grupo do general Sardar Mohammad Daoud Khan (esse da foto abaixo), primo do rei Mohammad Zahir, e a URSS torna-se forte aliada da recém formada República com a promessa de maior democracia.

Porém, aos poucos, os EUA foram se reaproximando do governo o que culminou em um novo golpe, em 1978, dessa vez dado pelo partido comunista local, fazendo a URSS voltar a ter protagonismo no Afeganistão.
E para evitar futuros problemas e a sensação de incerteza política, os soviéticos decidiram ocupar o país em 1979.

Nem toda a população local curtiu esse movimento, principalmente os grupos extremistas islâmicos que criou uma resistência armada por meio de guerrilhas, como o grupo Mu Jahedin.

E adivinha quem apareceu para apoiar estes guerrilheiros com armas, treinamentos e grana? Se você disse Estados Unidos da América, acertou!
Aliás, um dos que receberam essa ajuda foi um cara chamado Bin Laden

Para os americanos, tudo valia a pena desde que barrassem o crescimento da influência soviética no mundo.
E acabou dando certo, pois em 1989, a União Soviética decide tirar suas tropas do Afeganistão, mas o que se viu na sequência foi uma verdadeira guerra civil.

Cara, que povo sofrido… É tiro de todo lado!
Era um caos a situação pós União Soviética, mas as coisas ainda iriam piorar: um grupo miliciano dos Mu Jahedin formado por pachtuns conseguiu chegar ao poder em 1996.
Era o nascimento do talibã e com ele um novo tipo de governo, legislado pela sharia, uma lei baseada em uma interpretação “beeem particular” do islamismo, bastante antidemocrático, fortemente bélico e que representaria um regresso no tipo de vida que o povo afegão vinha levando.

Só pra exemplificar e citando matéria e foto do G1 (veja aqui), o talibã proíbe música, maquiagem e que as meninas de 10 anos ou mais vão à escola.

Porém, as coisas iriam mudar drasticamente com o ataque às torres gêmeas nos EUA em 2001 pelo grupo Al-Qaeda.
Os americanos declararam guerra ao terrorismo e o líder do grupo Osama Bin Laden tornou-se seu principal alvo, como mostrou a capa do “New York Post” de 18 de setembro de 2001:

Tentando fugir dos seus perseguidores, adivinha para onde fugiu Osama Bin Laden? Para o Afeganistão.
Assim, dando sequência à “Guerra ao terror”, os EUA invadem o Afeganistão e retiram o talibã do governo.

Porém, assim como aconteceu com os soviéticos, os americanos passaram anos ocupando o país e enfrentando guerrilhas e atentados realizados pelo talibã.

O custo financeiro e também das vidas perdidas, fez com que, em 2014, o então presidente Barack Obama decidisse começar a retirar suas tropas do Afeganistão.
Na sequência, Donald Trump iniciou negociações diretas com o próprio talibã para negociar o futuro do país com a saída do exército americano.
Somente no governo de Joe Biden, em 2021, a saída das tropas se deu na prática.
Imediatamente o talibã atacou o “governo” e voltou ao poder, para o desespero da população local que tentou de todas as maneiras fugir…

O país volta a se chamar Emirado Islâmico do Afeganistão.

Para um resumo de toda essa história, recomendo o vídeo abaixo

A atual retomada do poder pelo talibã, significa voltar um cenário desolador, prejudicando diversas atividades culturais, entre elas o futebol.

Contextualizando a história do futebol, chegou a existir uma seleção nacional ainda nos anos 20 (veja foto abaixo), e a Federação Afegã foi criada em 1922, filiada na FIFA em 1948, e na Confederação Asiática de Futebol desde 1954, sendo um dos seus membros fundadores.

O primeiro clube de futebol afegão foi o Mahmoudiyeh FC, fundado em 1934.
Depois surgiu o Ariana Kabul FC, em 1941.
De 1946 a 1955 existiu a Liga de Cabul (Kabul Premier League), que teve um único campeão em suas 10 edições: o Ariana Kabul FC.
A Liga não foi disputada de 1956 a 1968, retornando na temporada 1968/69 com dois clubes (Habbibiya e Pas Cabul) e a partir de 1978 com 16 clubes.
A partir de 1984, com a intervenção soviética não houve mais disputa.
Depois, sob o domínio talibã, o futebol era permitido, mas a popularidade deste esporte foi explorada para espalhar propaganda, a ponto de usarem os estádios para realizar execuções públicas na frente de milhares de espectadores nos intervalos dos jogos.

O regime também proibiu mulheres de praticarem esportes, o que levou a protestos de muitas atletas e à saída do país da ex-capitã da seleção afegã, Khalida Popal, em 2011.

Com a queda do talibã em 2001, a Federação volta a atuar com afinco.
A Seleção Afegã de Futebol vence o Campeonato da Confederação Sul-Asiática de Futebol (SAFF) de 2013.

Em 2012, uma nova Liga do Afeganistão foi fundada, a Afghan Premier League (APL), também conhecida como Roshan Afghan Premier League.

Sob ocupação dos EUA, o american way of life chegou ao futebol: um reality show chamado Maidan e Sabz definiu pelo público da tv os atletas que compuseram as oito equipes, cada uma representando uma região no Afeganistão, a disputar o Campeonato Nacional a partir de então.
Veja um dos capítulos:

Então, vamos conhecer os 8 times, começando pelo Shaheen Asmayee FC.
“Shaheen” significa falcão, enquanto “Asmayee” refere-se às majestosas Montanhas Asmaye que dominam o horizonte da capital, Cabul.

Shaheen Asmayee representa Cabul, a capital do país, onde vivem mais de 5 milhões de habitantes.
Conquistou 4 títulos da Premier League Afegã (2013, 2014, 2016 e 2017), este é o time de 2013:

Outro time é o Toofan Harirod.
Toofan significa “Tufão” e Harirod é o nome do rio com mais de 1.100 quilômetros de comprimento, que flui até a fronteira iraniana, dividindo os dois países.

Toofan Harirod representa a zona ocidental do país e foram os primeiros campeões da Afghan Premier League (APL) em 2012.

Encontrei até uma foto de uma torcedora no campo:

Falemos agora do Simorgh Alborz, que representa as províncias do norte. Simorgh é o nome de uma ave mítica e Alborz é o nome da cordilheira presente na região.

O Simorgh Alborz foi vice-campeão da APL de 2012 e 2013.

Já o Oqaban Hindukosh, tem seu nome em homenagem à cordilheira Hindukosh que serve de casa para as grandes águias do Afeganistão (Oqaban).

Mawjhai Amu representa o nordeste do Afeganistão.
Amu é o nome do rio que se estende desde as montanhas de Pamir até o Mar Aral, fazendo fronteira com o Tajiquistão, Uzbequistão e Turquemenistão.
Mawjhai significa “onda”.

Representando a região oriental do Afeganistão, temos o time do De Abasin Sape.
Abasin é o nome Pashto do rio Indus, que alimenta muitos pequenos rios no Afeganistão. Sape é uma palavra de Pashto que significa ondas.

Representando as Montanhas Spinghar, as Montanhas Brancas, na parte oriental da cordilheira Hindukosh temos o Spinghar Bazan.
Bazan significa falcões, muito comuns pelo Afeganistão, especialmente nos climas montanhosos mais frios.

A 8ª e última equipe, representa as províncias de Kandahar, Nimroz, Helmand, Zabul e Orozgan: De Maiwand Atalan.
Seu nome vem de uma famosa aldeia no norte de Kandahar chamada “Maiwand”, conhecida pela Batalha de Maiwand, durante a Segunda Guerra Anglo-Afegã e complementado com o “Atalan”, que significa “Campeões”.

Seria lindo acabar por aqui com você imaginando quanta pujança no Campeonato do Afeganistão, mas…
A volta do talibã, em 2021 trouxe uma série de mudanças, a começar pelo nome do campeonato, que passou a ser Afghanistan Champions League.

Um fato triste é que um ex-jogador da seleção de base do Afeganistão, Zaki Anwari, que tentava fugir do país agarrado a um avião acabou morrendo…

Antigos clubes foram reativados no lugar daqueles criados durante a ocupação americana, e uma tentativa de usar o futebol como propaganda de que o talibã está menos agressivo. Será?
Os times atuais são o Attack Energy:

O FC Sorkh Poshan

O Istiqlal_FC

E o Abu Muslim, entre outros…

Aqui, a classificação final do campeonato de 2022:

Mas se o talibã voltou, também temos viva a luta da eterna capitão do time feminino Khalida Popal!
Vivendo como refugiada na Dinamarca, ela voltou a desafiar o sistema do talibã com o objetivo de resgatar meninas e mulheres atletas do próprio país.

Montou uma organização muito legal: a Girl power! (clica aí e confere)
Ela escreveu um livro que eu ainda quero ler: My beautiful sisters

Eae? Você já sabia algo do Afeganistão?
O post ajudou? Ou você nem chegou a ler essa última linha?
O mundo é enorme!

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Campeonato Amador do Estado 2025

Seja bem-vindo a uma das mais tradicionais e interessantes competições, realizada desde 1942 pela Federação Paulista de Futebol!
Assim como fez em 2024, o amigo e jornalista Mário Casimiro Gonçalves criou um guia para a edição deste ano, e você pode baixá-lo aqui neste link!

Para comemorar mais uma edição desse incrível Campeonato fomos até Mauá para acompanhar o embate entre o representante da Liga de Mauá, o Scorpions AEC e o Unidos São Gonçalo, representando a Liga de Taubaté.

E jogando em casa, o Scorpions contou com o apoio de sua torcida!

Mas o pessoal de Taubaté não deixou por menos e a “Residência dos Loucos” se fez presente e cantou sem parar!!!

E entre eles, a Guarda Municipal levou a sério a divisão entre os torcedores.

Em campo, o jogo foi levado a sério, como se fosse uma decisão desde o primeiro minuto, o que é bacana por um lado, já que dá um baita clima mas ao mesmo tempo fez o primeiro tempo ser bastante truncado…

O time visitante teve até chances de abrir o placar, enquanto os donos da casa pararam por duas vezes no bom goleiro do União São Gonçalo, Rafael Dida.

A torcida local sabia que o 0x0 não era um bom resultado, já que nessa primeira fase são grupos de 3 times onde apenas um se classifica para os mata-matas!

Por isso, o pessoal do Scorpions apoiou seu time como sempre!

Dá lhe bateria!

Olha a oportunidade para o Scorpions

Aliás, que bonito ver o Estádio Pedro Benedetti colorido com faixas, bandeiras e até fumaça.

O segundo tempo começou com os dois times prometendo tudo ou nada!

O time visitante não teve receio de se lançar ao ataque, mas… foi o Scorpions que cumpriu a ideia de construir o seu gol!

Quando a torcida local estava começando a se tranquilizar acreditando que teria os 3 pontos na partida…

O União São Gonçalo empatou o jogo… Fim de partida: 1×1.

Abraço ao amigo e jornalista Mário que além de fazer o Guia ainda apareceu lá em Mauá para cobrir o jogo pelo Diário de Atibaia! E um abraço também pro Daniel Alcarria, figurinha carimbada do futebol mauaense que em breve lança livro novo sobre o Grêmio!

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224- Camisa da Seleção de Malta

E hoje chegamos à 224ª camisa do acervo com uma estreia ilustre: a seleção nacional de Malta!

A camisa foi presente do amigo Rafa, que por tantos anos morou por lá e agora está de volta ao Brasil, muito obrigado!!!
Malta é um país pequeno, uma ilha com visuais inacreditáveis…
Veja onde fica, no mapa abaixo, ali no meio do mar Mediterrâneo:

O país possui uma história futebolística que vale a lembrança.
A seleção maltesa estreou nos gramados internacionais em 1957, em um jogo contra a Áustria, e só dois anos depois filiou-se oficialmente à FIFA.

Sabe quem esteve no país em 1975? Pelé!

Na época, ele estava viajando como embaixador do futebol em nome da Pepsi e ele chegou a comandar uma sessão de treinos, no Empire Stadium, em Gzira, um campo que, devido à escassez de água na região, não era de grama, mas sim de areia e cascalho, o que resultava em frequentes lesões.

A visita de Pelé a Malta deixou um legado que perdura até hoje e que fortaleceu os laços entre a população maltesa e o futebol brasileiro.
Malta nunca disputou uma copa do mundo, mas tem sido presença constante nas eliminatórias.

Esse ano segue na disputa das eliminatórias levando sua torcida à loucura a cada mínima conquista como o empate frente a Lituania.

Assim, embora um país importante e muito bonito, é uma seleção “azarona”, cuja camisa acabou se transformando em símbolo de resistência, paixão e orgulho de uma torcida que acredita em dias melhores, mesmo contra os gigantes da bola.
Lembrando que esse orgulho nacional tem representatividade histórica já que o arquipélago passou boa parte da sua história sob o domínio dos outros povos.

Destaco duas coisas na camisa: a cor vermelha, que dá sentido ao apelido da seleção “Os Vermelhos” e a Cruz de Malta, essa cruz de oito pontas, baseada em desenhos das Cruzadas, que simboliza a ordem de São João, a Ordem dos Cavaleiros Hospitalários, e a própria ilha de Malta.

Curtiu a camisa? Quer comprar uma? Acesse a loja: https://shop.mfa.com.mt/

A camisa da seleção de Malta representa um pedaço da história de um país pequeno, mas cheio de paixão e representa o amor pelo futebol que resiste, mesmo sem títulos ou glórias, mas com orgulho e identidade.

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São Bernardo FC 1×0 Caxias

Penúltima rodada do quadrangular da série C

Domingo, 6 de outubro de 2025.
Dia de acompanhar mais uma partida válida pela série C do Campeonato Brasileiro, dessa vez aqui pelo ABC mesmo: São Bernardo FC x SER Caxias do Sul, e vamos ficar com a torcida visitante!

Bandeiras e faixas misturam o grená e o azul ao tradicional amarelo e preto do Estádio Primeiro de Maio, em São Bernardo.

E as cores da bandeira gaúcha também estavam na bancada!

No lado local, a Febre Amarela e a Guerreiros do Tigre eram as responsáveis pela festa!

Times entrando em campo, é hora do cerimonial de início do jogo…

E lá vem o time do Caxias saudar sua torcida!

A Torcida Falange Grená chegou para animar ainda mais a bancada dos visitantes:

O jogo começa e as emoções estão a flor da pele…
É quase uma decisão antecipada!

Não a toa a torcida do Caxias procurou apoiar o time desde o início!

E por 90 minutos, São Bernardo se transformou em uma parte da serra gaúcha. Só faltou o vinho e o chimarrão…

Mas também teve a presença dos amigos do time de Caxias

A torcida local se fez ouvir e, como se a cidade toda estivesse de mãos dadas, a torcida empurrou o time do São Bernardo

Consequência… Aos 37’ do 1º tempo, Dudu Miraíma marca o gol do São Bernardo FC:

Festa na arquibancada…

E no campo…

Tava uma noite com clima de decisão no Primeiro de Maio!

Como temos feito nesses jogos junto dos torcedores de outros estados, aproveitamos para ouvir um pouco da torcida do Caxias:

Começa o 2º tempo e o Caxias tenta equilibrar o jogo.

O pessoal do sul se empolga no apoio. O Caxias precisa do empate!

E o time gaúcho até cria as chances pro empate:

A torcida se empolga…

Será que o gol virá no escanteio?

A torcida local se esforça pra não deixar o Caxias crescer no jogo…

E a torcida do Caxias fica ainda mais apreensiva…

O tigre do ABC segue usando as laterais para chegar ao ataque.

Escanteio para o São Bernardo:

O tempo é curto… E passa rápido para quem está perdendo…

E mesmo com tanta pressão, o placar não se altera.
Vitória dos donos da casa por 1×0, para a alegria do Victor Nadal, do Héctor e do pessoal da Febre Amarela.
À torcida do Caxias resta acreditar e torcer por uma combinação de resultados que ainda pode dar a vaga à série B ao Caxias.
Do outro lado, o São Bernardo celebrou um resultado fundamental diante de sua torcida, que fez do Primeiro de Maio um verdadeiro caldeirão.
Mais uma noite respirando e vivendo o futebol brasileiro que une sotaques, cores e histórias em torno de um mesmo amor: o futebol.

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O Estádio Municipal Pedro Torteli, em Lindóia

20 de setembro de 2025.
Celebramos o aniversário da Mari com um rolê pelo tradicional Circuito das Águas Paulistas, e aproveitei para conhecer 3 estádios.
Os dois primeiros deles foram em Socorro: o Estádio Nego, a casa da AA Socorrense e o Estádio João Orlandi Pagliusi.
Você pode ver o post sobre estes dois estádios aqui!

E agora, chegamos ao terceiro deles: o Estádio Municipal Pedro Torteli, em Lindóia.

Não encontrei nenhuma informação oficial sobre quais eram os povos indígenas que ocupavam a área antes da chegada dos portugueses, mas sabe-se que no geral, a região foi habitada por diversas etnias naquele como os Tupi, Tamoio, Tupiniquim entre outros.
A formação da atual cidade se deu por estar no caminho entre o litoral e as minas de Goiás.

No início, o pequeno povoado tinha o nome de Brotas do rio do Peixe.
Com a construção do ramal férreo da Cia. Mogiana, de Serra Negra em 1890, a região adquiriu um canal para escoamento de sua produção agrícola.
Em 1938, foi criada a “Estância Hidromineral de Lindóia“, futura Águas de Lindóia, e a partir de 1953, se tornou sede de cidade, enquanto Lindóia passou a ser apenas Distrito de Paz.
Em 1965, Lindóia adquiriu a sua emancipação Política Administrativa
O futebol surgiu na cidade ainda nas primeiras décadas do século XX mas nunca se aventurou pelo profissionalismo.
Mesmo assim, mantém desde 1972 o lindo Estádio Municipal Pedro Torteli, a casa do futebol local, e assim, lá fomos nós conhecer e registrá-lo!

Olhando das arquibancadas, este é o lado esquerdo.
Lá ao fundo, temos uma linda quadra de bocha.

A quadra segue em uso contínuo!

Aqui, o gol do lado direito:

E aqui, o meio campo:

O singelo Estádio tem capacidade para 2 mil torcedores.

Vamos dar um rolê para conhecer:

É sempre uma aventura cheia de aprendizados estar em mais um Estádio do interior de SP!

Pra quem pergunta quais times utilizam este estádio, conheça alguns deles:

Aqui, uma imagem de um time posado com uma camisa identificando-o como EC Lindoia.

Bacana o lugar, não?

O Estádio Pedro Torteli não é apenas um espaço esportivo, mas um ponto de encontro comunitário, onde famílias se reúnem, jovens têm seu primeiro contato com o futebol e assim, mantém viva a tradição do esporte como ferramenta de integração social, fortalecendo o vínculo entre o passado e o presente de Lindóia.

E, como em tantos outros estádios do interior, sua importância vai além do placar ou das competições: ele representa a identidade de uma cidade que, mesmo pequena, encontra no futebol um motivo de orgulho.

Visitar o Pedro Torteli é testemunhar a resistência da cultura esportiva local e valorizar a memória de quem construiu essa história, sempre lembrando da importância de apoiar e preservar o time e o campo da sua cidade.

Mais um patrimônio do futebol do interior paulista registrado!

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