A 182a camisa do blog é de uma tradicional equipe polonesa, o Legia Varsóvia (Legia Warzsawa).
A história do time é no mínimo curiosa, já que foi fundado em março de 1916, em Volhynia (cidade da Ucrânia), por uma legião do exército polonês, durante operações militares na Primeira Guerra Mundial. Este é um raro registro do time naquele ano, quando ainda eram chamados de Drużyna Legjonowa:
Após a guerra, o time voltou a se organizar, a partir de 1920. Em 1923, após uma fusão com outro clube local, o Korona, o time adotou o nome que usa até hoje. Esse é o time de 1926:
Em 1927, disputou sua primeira partida pela primeira divisão nacional polonesa.
Em 1955, veio o primeiro título, pela Copa e em 56, o título do campeonato nacional.
Durante muitos anos, o clube foi propriedade do exército nacional, mas acabou comprado por empresários do setor da comunicação.
Aqui, o time de 1989:
Algumas fotos dos times que já vestiram a camisa alvi/rubro/verde, a começar pelo time de 91:
O de 1993:
Hoje, o Legia é um dos principais times da Polônia, tendo 11 títulos da Ekstraklasa Champions, 18 troféus da Copa da Polônia e quatro SuperCup da Polônia.
Manda seus jogos no Estádio do Exército Polonês. Estivemos por lá em 2015, embora não tenha sido possível filmar lá dentro, seguem algumas imagens de frente do estádio.
“Borracho en la Tribuna, otra vez!”… Em 2016, tivemos a oportunidade de mais uma vez visitarmos a terra de Dom Diego. E como fazia tempo desde nossa última passagem, decidimos revisitar alguns pontos mais “turísticos” que há tempos não víamos, como o bairro de La Boca.
Fomos na tradicional feirinha de San Telmo, e acabamos encontrando alguns jogadores do time do bairro, passeando por lá!
Voltamos a dar uma olhada nas lojas de esporte, no calçadão da Lavalle, e uma vez por lá, impossível não visitar nosso amigo Lito, que mantém sua loja na galeria cheia de itens dos mais diferentes times argentinos (e não só a mesmice dos times da primeira).
Além disso, como a ocasião da viagem foi muito bacana por dois motivos, primeiro porque nossos amigos da banda 88Não! estava em turnê por lá, e pudemos reunir vários amigos da cena punk/oi! antifascista que há algum tempo não víamos!
Martin, além de grande conhecedor da cena musical argentina também é torcedor fanático do River, inclusive esteve conosco quando fomos ver um River x Velez, alguns anos atrás (veja aqui como foi).
Chino e sua família! A última vez que nos vimos foi quase 10 anos atrás, quando estivemos em Rosário para a turnê do Doble Fuerza (banda punk rocker argentina).
E pra noite acabar rebuena, uma pizza na Ugi’s, a melhor pizzaria ruim do mundo!!!
Ainda pude celebrar meu aniversário com o pessoal, no Lopecito, um incrível restaurante em San Telmo.
Uma mesa bem democrática com hinchas do Argentino Jrs (o Checho, da banda Scarponi que inclusive nos acompanhou em um jogo no passado, veja aqui como foi) e do All Boys (Fernandito, da banda Tango 14).
Ainda tínhamos hinchas do Racing (Adrian) e do Atlanta (Lionel).
E como ainda não conhecíamos o Estádio do time do Lionel, dessa vez, nosso foco foi conhecer a casa do Club Atlético Atlanta, time sediado no bairro Villa Crespo.
Atualmente, o Atlanta joga a terceira divisão argentina, conhecida como “Primeira B Metropolitana”.
O Atlanta foi fundado no dia 12 de outubro de 1904, e seu nome é homenagem a um navio de guerra norte-americano que havia atracado no porto de Buenos Aires.
O time tem uma importante marca em sua história, um 9×0 sob o River Plate, em junho de 1906.
Para chegar no estádio é fácil, ele fica próximo à estação de metro Dorrego, da Linha B. Também deve dar pra ir de trem, já que o estádio está ao lado da linha.
Mas, lembre-se… não ande pelos trilhos!
Antes de tentar entrar no estádio, passei pela sede social, onde pude ver algumas camisas e trofeus.
O Atlanta possui títulos na Primera B Nacional (em 1956 e 1983) e na Primeira B Metropolitana (em 1994/1995 e 2010/2011). Fomos tentar conhecer o estádio onde esses títulos foram conquistados, o Estádio Don León Kolbovski, numa tarde chuvosa em que eu completava 39 anos.
Os torcedores tem um espaço cultural colado ao estádio, onde acontecem uma série de atividades que reforçam a ligação do time com o bairro.
Aqui, a bilheteria:
O estádio fica numa rua bem residencial.
Pra se ter ideia do valor dos ingressos, atualmente:
O bairro possui diversos grafites relacionados ao time e à torcida.
Eu já estava desanimado, achando que não seria possível adentrar ao estádio, afinal era um tempo feio e as poucas pessoas lá presentes estavam ocupadas demais para me acompanhar.
Foi aí que percebi que havia um pedreiro entrando no espaço do estádio para executar alguma obra e consegui pegar uma carona…
O Estádio Don León Kolbowski recebeu esse nome em maio de 2000. O campo já recebeu mais de 34 mil torcedores, mas atualmente tem capacidade para apenas 14.000 hinchas.
Esqueça a chuva, esqueçam as regras… É nossa invasão a la cancha!!
Embora esteja no meio do bairro, o estádio tem uma boa área interna.
Imagina a pressão que dá pra ser feita ali!
Chega de chuva! Honrados por mais um estádio registrado, é hora de seguir!
Para maiores informações sobre o time, acesse: www.caatlanta.com.ar . Vamos em frente! Vai dar certo! E mantenha sua rebeldia, rebeldes!
A camisa número 181, vem da Colômbia, e pertence ao time do Millonarios F.C. !
O time foi fundado em 1937, na época chamado de “Juventud Bogotana”.
Em 1953, montou um timaço, com Alfredo Di Stefano e Adolfo Pedernera, e esse elenco ficou conhecido como “Ballet Azul”.
Pra quem curte polêmicas, vale lembrar que nos anos 80, Hermos Tamayo presidiu o clube. Hermos ficou conhecido por ser o dono de um carregamento de duas toneladas de cocaína apreendidos em Barranquilla.
O time conquistou os títulos de 1987 e 1988 sob o comando de ‘El Mexicano’, um dos narcotraficantes mais sanguinários e poderosos da Colômbia.
Alguns quadros do fim dos anos 80:
Até o Neto passou uma temporada por lá!
O time manda seus jogos no Estádio Distrital Nemesio Camacho, também conhecido como El campin com capacidade para 48 mil pessoas.
Maiores informações do clube, acesse: www.millonarios.com.co
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Dando sequência ao nosso rolê pela região de Sorocaba, após visitarmos a cidade e o Estádio de Mairinque foi a vez de conhecermos a cidade de Alumínio.
A cidade, que possui cerca de 16 mil habitantes, cresceu em torno de dois fatores: a Estrada de Ferro Sorocabana e a Companhia Brasileira de Alumínio.
As casas lembram um pouco as tardicionais colônias que eram formadas em torno de usinas e fábricas principalmente no interior do estado de São Paulo.
Estivemos por lá para conhecer o Estádio José Ermírio de Moraes, onde a Associação Atlética Alumínio.
Recentemente o distintivo do time ganhou uma nova versão um pouco mais moderna, mas sem perder a sua essência:
A Associação Atlétcia Alumínio foi fundado em abril de 1947 como forma de lazer dos trabalhadores da Companhia Brasileira de Alumínio. Essa é a frente do estádio.
Estive com a turma toda (Mau, Mari, Leny e Osvaldo):
Vamos conhecer o estádio?
A A.A. Alumínio teve 11 participações no Campeonato Paulista de Futebol, mas atualmente está licenciada. Entretanto no dia de nossa visita, o time de veteranos estava jogando por lá, pelo amador.
O time esteve na ativa dos profissionais entre 1964 a 1974, esse era o time de 1970 (encontrei a foto no blog wilson-ribeiro.blogspot.com.br.
Aqui, outro quadro do passado:
As arquibancadas estão muito bem conservadas, assim como o estádio em geral.
Pra quem quer matar a saudade da camisa do time, aí vai uma foto de um dos atletas do time de veteranos:
E o jogo tava bom!! Assistimos uma boa parte do primeiro tempo.
Sempre faço questão de registrar uma foto da minha presença no estádio, pois pra mim é um grande orgulho estar em um local tão importante!
Ao fundo pode se ver a Companhia Brasileira de Alumínio.
O gramado também segue em boas condições.
Nota de 2022: atualmente a cidade possui um novo time: o Sharjah Brasil FC
Mais um registro histórico! Rumemos para novas aventuras. Obrigado!
Estádio Antônio Mourão Vieira Filho, conhecido como Estádio da Rua Bariri, a casa do Olaria Atlético Clube.
Já falamos sobre o Olaria, veja aqui como foi.
Só pra não dizer que não aproveitamos um pouco do Rio, além do futebol, fomos conhecer a Escadaria Selarón (quer saber mais sobre essa obra de arte feita “na unha” por um chileno muito loco que morou pelas ruas da Lapa, até ser encontrado morto nos degraus de sua escada, clique aqui e veja o que a Mari escreveu).
Ah, e depois de 31 anos voltei até o Cristo Redentor…
Mas o nosso destino era mesmo a Rua Bariri!
Como sempre uma rápida olhada nas bilheterias locais…
E enfim, vamos a la cancha!
Pudemos ainda entrar no clube e conhecer um pouco do dia a dia do Olaria, de seus troféus…
à sua história…
É sempre bacana ver um clube e suas peculiaridades!
Até o lixo deles é boleiro!
E…. o histórico campo!
Vamos dar uma olhada:
O Estádio da Rua Bariri foi inaugurado em 1947, com um jogo entre o Fluminense e o Vasco da Gama, vencido por 5×4 pelo Flu.
O Estádio lembra um pouco os estádios urbanos tão comuns na Europa pelos times das divisões intermediárias.
O Olaria foi fundado em 1915 e atualmente disputa a segundona carioca. Mas o time já fez vôos mais altos, por exemplo, quando Disputou a primeira divisão do Campeonato Brasileiro em 1973 e 1974.
Além disso, foi o time que revelou Romário, além de ter sido o último clube de Garrincha.
Suas arquibancadas estão passando por uma reforma agora em maio de 2017 preparando-se para a disputa da segunda divisão carioca, agora chamada de B1.
Ficamos muito felizes em poder registrar mais um estádio clássico do futebol brasileiro!
Agradecemos ao pessoal do clube que nos permitiu entrar e fazer as fotos!
Ah, e destaque especial para a linda loja do clube!
Como diz a canção do MMDC: “A chuva caindo, manhã de domingo…”.
Um dia com cara de segunda feira, mas que prometia o nosso reencontro com o Estádio Municipal Alfredo Chiavegato, em Jaguariúna!
E como por um passe de mágica, ao chegarmos na casa do Jaguariúna FC, a chuva passou!
Hora de pegar os ingressos (R$ 10 e meia entrada a R$ 5).
Ingressos em mãos, vamos em frente!
O caso do Estádio Municipal Alfredo Chiavegato é uma exceção do que normalmente ocorre no futebol paulista.
É uma construção recente, com excelente estrutura, mas que serve de base para um time que infelizmente ainda não caiu nos braços da torcida da cidade.
Assim, suas arquibancadas ainda vivem tristes e solitárias e não foi diferente para esse Jaguariúna x Francana, pela série B do Paulista de 2017.
Dentro de campo, os times não se importaram com o baixo número de torcedores nem com o frio e fizeram um jogo quente!
E ficamos contentes por poder participar e registrar mais um jogo da tão apaixonante “Bezinha”, a quarta divisão do estado de São Paulo.
Logo de cara, a equipe local surpreeendeu as expectativas e saiu na frente para a alegria da pequena, mas animada torcida local!
O time da Francana, embora bastante tradicional, não conseguia se encontrar no jogo e demorou até conseguir se impor no jogo e levar perigo ao goleiro local.
Pra aumentar suas chances, a Veterana começou a arriscar chutes de longa distância, que paravam nas mãos do goleiro do Jaguariúna.
O técnico da Francana começou incentivar as arrancadas dos seus meias e o time visitante começou a gostar do jogo.
Numa dessas descidas, a zaga do Jaguariúna acabou fazendo uma falta próxima à área.
O resultado você confere aí:
Mas o time visitante não pode comemorar por muito tempo, pois o Jaguariúna ao invés de se abalar com o gol sofrido, foi pra cima de novo e novamente se colocou a frente do placar com um golaço, um petardo de fora da área sem chances para o goleiro da Francana.
Bom pra quem estava presente e pode ver dois golaços no mesmo jogo!
O fim do primeiro tempo ainda reservou chances para as duas equipes, mas acabou assim mesmo, 2×1 para o Jaguariúna. Alguns lances e cenas da primeira etapa:
E lá vamos nós para o segundo tempo!
O time da Francana voltou melhor buscando o empate a todo custo!
E a torcida local ficou “P” da vida ao ver que o árbitro marcou um pênalti para a Francana.
Acompanhe a cobrança:
O jogo acabou esfriando, por mais que o time do Jaguariúna quisesse sair com a vitória. A garoa voltou a cair para a tristeza da pequena torcida local.
Só quem estava lá no setor coberto pode ficar numa boa…
Seguem alguns lances do segundo tempo:
Outras imagens do fim do jogo (principalmente para quem queria ver o raro uniforme do Jaguariúna):
É isso aí! O Campeonato Paulista Série B está apenas começando e vamos tentar chegar a alguns estádios que ainda não pudemos acompanhar! Que venham as estradas.
Estádio Caio Martins[/caption]
O estádio passou a ser chamado de Estádio Mestre Ziza, desde 2000 (algo que nunca “pegou” entre a torcida alvinegra, já que Ziza era identificado com o Flamengo).
Embora mandasse seus jogos lá desde 1981,somente em 1988 o Botafogo oficializou a aquisição da concessão de uso junto ao Governo do Estado (mesma ação que o clube faria com o Engenhão, anos depois).
Mas a história do local é mais antiga: foi construído em 1941, e o nome é uma homenagem a um escoteiro (Caio Vianna Martins), que sobreviveu a um grave acidente ferroviário em Minas Gerais e ainda soltou a frase “Há muitos feridos aí. Deixe-me que irei só. Um escoteiro caminha com as próprias pernas”. O cara morreu ao chegar em Barbacena, por hemorragia interna…
Suas bancadas chegaram a ter capacidade para 15 000 pessoas e são formadas de concreto e também tubulares.
A última partida oficial neste estadio foi a derrota de 2×1 para o Corinthians, pelo brasileiro de 2004.
Navegando pelos sites da torcida e do próprio Botafogo, pude encontrar algumas imagens feitas do outro lado, pra se ter ideia de como são as arquibancadas:
Uma pena que mesmo Niterói tendo tantos times locais, o Estádio tenha acabado ficando tanto tempo esquecido. Olhando com esse foco, a atual crise dos estádios cariocas pode acabar colaborando com uma nova retomada do Caio Martins pelo Botafogo.
A 180a camisa do Blog é mais uma vez do interior paulista, dessa vez da cidade de Batatais!
Foi presente da amiga Giovanna Vernucio, que tem família por lá! Mais uma vez, obrigado!
Trata-se de uma camisa comemorativa do Batatais Futebol Clube!
Fundado em setembro de 1919, o Fantasma da Mogiana nasceu como dissidência do Riachuelo FC.
Manda seus jogos no estádio Dr. Oswaldo Scatena, vulgo Scatenão ou Ghost Arena.
O clube ganhou o então apelido “Fantasma da Mogiana”, devido ao temor que provocava nos adversários da região e nos demais clubes do estado que disputavam Amistosos.
E lá vamos nós para mais um estádio do interior paulista. A bola da vez é a cidade de Aparecida, na região leste do estado de São Paulo, onde vivem pouco mais de 35 mil pessoas.
Bastante conhecida pelo turismo religioso, já que a cidade cresceu em torno da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, encontrada por pescadores em 1717, no rio Paraíba do Sul.
A cidade possui duas basílicas para onde boa parte dos times e torcedores viajam pagando suas promessas de acesso, títulos e glórias. Por esses e outros grupos, o local é atualmente o maior centro de peregrinação religiosa da América Latina.
Mas, Aparecida também já contou com um time de futebol disputando as competições oficiais da Federação Paulista: o Aparecida Esporte Clube, o Furacão do Vale!
O Aparecida EC mandava seus jogos no Estádio Municipal Comendador Vicente de Paula Penido, anteriormente chamado de Estádio Municipal 17 de dezembro.
O Estádio tem capacidade para 5 mil torcedores, e já foi palco de disputas da série A2, A3 e B (na época com outras denominações), entre os anos de 1956 e 1996.
O time nasceu em 1965 (vale lembrar que antes dele existia o Esporte Clube Aparecida, original de 1955), e passou a disputar as competições profissionais a partir de 1965. Em 1967 passou a jogar a Segunda Divisão (o terceiro nível do futebol paulista daquele ano) fazendo uma boa campanha na fase inicial.
Em 1968 o time ficou de fora do profissionalismo disputando novamente o mesmo nível em 1969, terminando em 3º lugar a primeira fase.
Outra parada em 1970 e volta à disputa em 1971, com uma má campanha (5º lugar em um grupo de 7 times). De 1972 a 1979, novo intervalo e retorno à Terceira Divisão (agora sim, o terceiro nível do futebol paulista) em 1980, com uma super campanha (apenas 4 derrotas em 30 jogos) não se classificando por 2 pontos…
Em 1981, o time foi ainda mais distante, chegando às finais do grupo, nos dois turnos da primeira fase, perdendo ambas para o Cruzeiro.
Em 1982, o time passa a disputar a segunda divisão (o segundo nível do futebol), e sua campanha de estreia foi muito boa, classificando-se para a segunda fase como líder do grupo:
Na segunda fase, terminou em último do grupo.
Esse era o time em 1982:
Ficou na segunda até 1987. Em 1988, acabou rebaixado de volta para a “terceirona” e decidiu paralisar suas atividades no futebol profissional.
Em 1995, o time retornou às competições, mas sua volta se resumiu a dois anos na série B do Paulista.
Pra quem gosta de histórias de arquibancada, recomendo o texto no blog luciomdiastextos.blogspot.com.br que narra um pouco das “guerras campais” que aconteciam quando o extinto e saudoso time do “Furacão do Vale” jogava, com incríveis brigas entre a torcida local e seus rivais, entre eles o time do Cruzeiro, da cidade homônima, o Jacareí e a Esportiva de Guaratinguetá. A fanática torcida local chamava-se “Explosão do Furacão”.
Na década de 90 a Federação Paulista criou a Copa Vale, disputada pelos times do Vale do Paraíba. Em sua primeira edição, o Aparecida chegou à final contra a forte equipe do São José. Na primeira partida no Estádio Penidão, derrota por um a zero num lance onde o zagueiro tentou recuar a bola para o goleiro e ela caprichosamente parou numa poça d’água, já que choveu muito antes da partida, e o atacante fez um a zero. No jogo de volta, outra derrota e o São José foi campeão.
Aqui, algumas fotos da nossa visita:
A chegada é por uma série de ruazinhas próximas ao SAE da cidade.
O time teve um grande craque: o centroavante Márcio Heleno. Dizem que a cidade simplesmente parava em dias de jogo do Aparecida para ver os gols do atacante baixinho e gordinho, que foi trazido ao time pelo também lendário treinador Lalí.
Márcio Heleno ostenta o título de maior artilheiro do Brasil no ano de 1982, isso contando todos os campeonatos de todas as divisões do Brasil naquele ano, superando até mesmo o craque Zico, artilheiro do carioca daquele ano.
Em 23 de setembro de 2014, o artilheiro se despediu dos gramados da vida.
Algumas imagens antigas do Estádio:
Pudemos adentrar ao estádio e fazer umas imagens lá de dentro:
E navegando pela Internet encontrei essas imagens no blog aparecidaantiga11.blogspot.com.br do uniforme que o time utilizou em 1984num amistoso contra o São Paulo que terminou em 0x0.
Infelizmente, o time não parece ter planos para voltar a disputar competições oficiais…
Seguimos na estrada… Desta vez a cidade visitada foi São Manuel!
Pra quem conhece um pouco o interior de São Paulo, a cidade fica próxima a Botucatu, cerca de 270 km da capital.
Ruas ainda pacatas, características de cidades do interior, por onde circulam os quase 50 mil habitantes. Estão aí, a tradicional igreja e o coreto da praça!
Nossa missão era de conhecer e registrar o Estádio “Dr. Adhemar Pereira de Barros”, onde a Associação Atlética Sãomanoelense mandava seus jogos.
A Associação Athletica Sãomanoelense foi fundada em 21 de junho de 1919. No site O Debate regional encontrei a imagem abaixo, do início dos anos 20, numa época em que nem arquibancadas ainda existiam por lá.
Em 1921, recebeu o time do EC Sorocabano não só para um jogo, mas para uma vivência na cidade:
Em 1922, houve um amistoso com o Santos:
Já em 1923, passou a disputar o Campeonato do Interior!
E também encontrei essa matéria do jornal “A Cigarra” de 1924 sobre um amistoso com o SC Corinthians.
Disputou novamente o Campeonato do Interior em 1942, com o EC Bandeirante, também de São Manuel.
Em 43 e 44 mais uma vez a região teve a Ferroviária de Botucatu como campeã.
Em 45, o campeão do setor foi a Botucatuense e em 47, o Noroeste. O time dessa época (foto do site Tempodebola)
Aqui, notícias sobre o Campeonato de 1948:
Em 1957 rolou até um amistoso com o Palmeiras:
Seus anos de glórias foram a década de 60. Logo em 1961, um amistoso contra o São Paulo.
Depois, a AA Sãomanoelense foi campeã, em 1968, da quarta divisão.
Dá pra ver as suas tradicionais cores (vermelho e preto) na foto abaixo, do time dos anos 80 (também do site Tempo de Bola):
Aqui, o time de 1990:
Mas, o tempo do futebol profissional se foi e o Estádio “Dr. Adhemar Pereira de Barros acabou ficando para o futebol amador, mas ainda muito bem conservado.
O Estádio recebeu 12 participações no Campeonato Paulista de Futebol.
Infelizmente o clube não resistiu às mudanças do futebol e principalmente aos altos custos e acabou licenciando-se da Federação Paulista, deixando ainda mais órfã a região (que já possuiu clubes em Botucatu, Lençóis Paulista, Avaré, entre outras cidades).
A atual capacidade do estádio não passa de 2.000 torcedores, e mesmo sabendo que para disputar o profissional, seriam necessárias obras de expansão, esse tema vive sendo discutido entre os boleiros da cidade.
Falando em boleiros da cidade, taí uma parte deles que ainda frequentam o estádio (que tem um bar anexado, onde rola a tradicional sinuca).
Um último olhar sob a arquitetura antiga da cidade, e como o sol se vai… Nós também vamos…