Encontramos belos cenários em meio a tantas estradas, pena que nem sempre a foto saiu boa.
E foi com a empolgação de tantas novidades, que chegamos a Bilac, cidade onde está o sétimo estádio do nosso rolê.
A cidade possui pouco mais de 6 mil habitantes. Esse é o brasão da cidade:
Foi lá que, em 01 de maio de 1953 foi fundado o Bilac Esporte Clube.
O clube mandava seus jogos no Estádio Municipal Wagih Saghabi, com capacidade para mais de 3.200 torcedores.
O Estádio fica na Rua Gabriel Monteiro, próximo da entrada da cidade. Aí está mais uma bilheteria pra Mari…
E mais um estádio para entrar para nossa coleção. E mais uma foto que saiu ruim… É mole?
Olha que destaque bacana, que está em uma parede dentro do estádio, é uma lista dos jogadores que passaram pela escolinha do clube e foram para outros clubes.
Este foi o time que disputou os torneios amadores de 1964:
Mas o time disputou também 4 edições oficiais do campeonato paulista. Encontrei algumas fotos do passado sem identificação do ano:
A felicidade de conhecer um estádio como esse, que poucas vezes recebeu a atenção da mídia, transparece até em nossas sombras. E viva Peter Pan!
E não é que conseguimos adentrar e dar uma olhada no campo, ali de pertinho?
Wagih Saghabi foi presidente do Bilac EC por muitos anos e por isso dá nome ao estádio.
Tem uma arquibancada bem feitinha, deu pra ficar imaginando como teriam sido os campeonatos da quarta divisão dos anos 60, disputados ali. Quantas pessoas teriam assistido aqueles jogos. Será que alguém teria fotografado algum daqueles jogos?
O alambrado segue por lá separando a torcida do campo…
O gramado segue bem cuidado.
Atualmente, o estádio recebe partidas e torneios de futebol amador. A entrada é bastante acanhada, mas muito legal!
A próxima parada estava perto de Lins! Andamos poucos minutos e logo conhecemos a bonita cidade de Penápolis.
Ainda é possível encontrar muitas obras de arquitetura que lembram o passado da cidade.
Nosso destino era o Estádio Municipal Tenente Carriço onde o C.A. Penapolense manda seus jogos.
O “Tenentão” fica localizado num endereço fácil de lembrar:
Não tinha ninguém ali na frente pra tirar uma foto de nós dois, então… fizemos duas fotos, afinal, uma lembrança em frente o Tenentão é algo que ninguém quer perder!
A cidade de Penápolis e em especial o entorno do estádio é bastante tranquilo, ainda mais num feriado…
Reparou na placa em frente o Estádio? Ela eterniza a entrada do estádio em 1956, e o time vencedor do Campeonato Paulista da 2a divisão em 1974.
Mas, deixemos de enrolação e entremos em mais um templo do futebol!
Já do lado de dentro é possível ver o sonho que se tornou realidade e com certeza superou a expectativa de muita gente. O C.A. Penapolense fez bonito na série A1-2013!
E vamos pro gol!
Se o time surpreendeu pelos resultados, o Estádio Tenente Carriço também surpreende pela organização e cuidados.
As arquibancadas e o gramado muito bem cuidados mostra que a cidade levou a sério a ida para a primeira divisão.
O Estádio Municipal Tenente Carriço tem capacidade para 15.000 pessoas.
Olha que coisa simples de se fazer, mas que ajuda a dar uma cara bacana pro campo!
O orgulho do time está pintado em todos os lugares possíveis!
O estádio foi inaugurado em 1928, em um jogo entre o time da casa e o Palmeiras.
Olha a parte destinada à torcida visitante:
Esperamos que a torcida mantenha seu apoio nas próximas competições, lembrando que ainda este ano, o time disputa a série D do Brasileiro (aliás, está no mesmo grupo do meu Santo André).
Ali ao fundo, um prédio quebra a beleza do horizonte e lembra que o crescimento da cidade é inevitável.
Para o amigo Anderson, de Curitiba, que curte ônibus dos times, eu consegui uma foto da Van do time, serve?
Parabéns pelo belo estádio!
Pra nós, era hora de pegar a saída e dar sequência à viagem, com próxima parada em Birigui!
Há tempos que estou devendo um registro oficial aqui no blog sobre um dos lugares mais místicos em relação ao futebol brasileiro: Paranapiacaba, a serra de onde se vê o mar (se a neblina deixar)!
Chegamos lá cedinho, pra poder curtir um pouco da cidade (a tarde teríamos o jogo entre Santo André e Goiás, pela Copa do Brasil – 2013).
Pra quem não conhece, Paranapiacaba é um distrito, que pertence a Santo André (embora seu território não esteja dentro da cidade).
A história do lugar começou com a chegada da Companhia Inglesa de trens, a São Paulo Railway, que operava a estrada de ferro Santos-Jundiaí.
Atualmente é um “museu a céu aberto” sobre o transporte ferroviário.
Essa era a antiga casa do “Chefe a estação”, onde atualmente funciona o museu da Vila. Dizem que o lugar, chamado de castelinho, é mal assombrado.
A maior parte das bandas do ABC já utilizou o local para fazer fotos. Também, olha as coisas que você acha por lá…
O mais louco é a mistura entre esse cenário tão maquinário e a natureza, da mata atlântica.
Mas, nosso papo é sobre futebol, então é hora de conhecer o Serrano Athletico Club, o time local, fundado em 1903.
Aqui em uma foto de 1929:
Existe uma lenda, passada oralmente entre as gerações de que em 1925, o Serrano AC derrotou o já poderoso Corinthians por 2×1. Existe até um troféu exposto que seria a prova de tal feito (foto de Fabrício Martinez):
Anos depois, o time passou por uma fusão com o União da Sociedade Recreativa Lira da Serra e transformou-se no Clube União Liga Serrano, com uma bela sede construída na década de 1930.
Nesse mesmo ano de 1930, segundo as pesquisas do amigo Julio Bovi Diogo, o time disputou o Campeonato Citadino de Santos:
Olha o time dos anos 40:
Aqui, uma foto do time, no início dos anos 60:
Olha o time juvenil de 1965, em foto obtida pelo amigo Ozires Alves Rodrigues:
Mas onde eram disputadas estas partidas? Onde os funcionários da São Paulo Railway disputram jogos ainda no final do século XIX? Apresentamos o “Estádio Vila Inglesa“, o campo do Serrano, um dos primeiros do Brasil!
O campo fica na Avenida Fox, s/nº e é responsável por outra lenda que circula nas ruas da vila: a de que Charles Miller teria jogado nesse campo, em 1894 com outros funcionários da São Paulo Railway.
Pelo valor histórico, o campo está muito abandonado, mas sabemos que não é fácil, principalmente porque quase tudo na Vila está tombado como patrimônio cultural.
Aqui algumas fotos do campo, de uma outra visita que havíamos feito:
Olhando do banco de reservas (ou da arquibancada) este é o gol do lado esquerdo:
E este do lado direito:
E aqui o campo com a vila ao seu redor:
O campo da Vila presenciou ainda vários outros jogos do Serrano Athletico Clube contra times da época.
Quantos gols já teriam sido marcados aqui? Quantos sonhos este campo teria alimentado? A arquibancada singela ao fundo segue preparada para receber torcedores que queiram assistir a um jogo amador, e reviver parte do passado do futebol no Brasil.
Olha que foto bonita disponibilizada no site da Prefeitura:
E quando menos se espera, lá vem ela… a neblina! Cobrindo histórias, campos, trens…
É, sem dúvida, um grande espetáculo da natureza!
Em questão de minutos, o sol sumiu e o que se viu, ou melhor, não se viu… foi a neblina cobrir toda a Vila.
Pra quem gosta de objetos, design antigo e imagens diferentes, Paranapiacaba é um espetáculo!
Muitos destes objetos estão ali há quase um século…
E lá de cima, nos despedimos de mais um local histórico e nos encaminhamos para Santo André novamente…
Uma pena que os trilhos que levam até a vila estejam cada vez menos utilizados (apenas para transporte de cargas e trens turísticos, com passagens mais caras).
Mais um rolê em busca de estádios, histórias, amigos e memórias.
Dessa vez, embora frustrado por não poder acompanhar um jogo, fui ao menos conhecer o Estádio da Desportiva Ferroviária de Cariacica, time que tenho ouvido muito falar, nos últimos anos, principalmente pelo amigo e torcedor Thiago Nunes Abikahir.
Cariacica é um município da “Grande Vitória”, mais ou menos como as cidades do ABC em relação a São Paulo. Você nem percebe que saiu e já está lá. O nome da cidade vem da expressão “Cari-jaci-caá”, utilizada pelos índios para identificar o porto onde desembarcavam os imigrantes. Sua tradução é “chegada do homem branco”.
E assim como no ABC, Cariacica também tem suas quebradas…
Estivemos lá no carnaval de 2013 e pudemos conhecer diversos Estádios da região de Vitória, e um deles foi o Estádio Engenheiro Alencar de Araripe, ou simplesmente Engenheiro Araripe, como é mais conhecido.
Atualmente este é o principal estádio do Espírito Santo, com capacidade para mais de 15 mil torcedores.
Enquanto não se termina o novo Estádio Estadual Kleber Andrade, o Engenheiro Araripe vai se consagrando como casa do futebol capixaba.
O Estádio também está passando por obras e melhorias nas arquibancadas atrás do gol.
Mas nada que interrompa a rotina de receber jogos. Chegamos numa sexta feira de noite, quase sábado, e no final da tarde o campo já havia recebido mais um jogo da Desportiva Ferroviária. Um estádio muito bacana, pra calar a boca de quem acha que o Espírito Santo não tem uma cultura futebolística interessante.
O Estádio foi fundado em 1966, e teve sua partida de estreia entre a Desportiva Ferroviária e o América do Rio de Janeiro, jogo vencido pelos cariocas por 3 a 0. Naqueles tempos a capacidade era de cerca de 28.000 torcedores.
O Estádio tem uma parte coberta bem grande e um anel de arquibancada descoberta que envolve todo o campo.
Encontramos uma relação dos jogadores que disputaram a partida da tarde anterior… Resquícios do futebol pré carnaval em terras capixabas…
Pra quem achava que o Espírito Santo não tinha uma cancha forte… Ta aí!
Ficamos satisfeitos pela oportunidade de conhecer esse Estádio e de poder apoiar um dos estados que, na minha opinião, teria que ser muito mais valorizado do que é.
Nesse momento em si, falamos da casa da Desportiva Ferroviária, mas esperamos, dentro da nossa humilde força e alcance, contribuir para o fortalecimento do futebol capixaba.
Vale contar que em 2011, a Desportiva Ferroviária conseguiu adiar o leilão do estádio para pagamento de dívidas acumuladas.
O Engenheiro Araripe recebeu o único jogo oficial da seleção brasileira, no estado do Espírito Santo, em 1996, na vitória contra a Polônia, por 3 a 1.
O estádio foi ainda o local de mando de jogo da Desportiva Ferroviária, no Brasileiro Série B de 1994.
Independente de resultados, a cultura da cidade e região merece seu valor!
E não é que um dia desses, rodando sem destino, fomos parar nas terras do senhor Milton Neves, Muzambinho!!
E já que estávamos por lá, fomos à caça e encontramos o Estádio Professor Antonio Milhão.
Muzambinho teve vários times de futebol amador (como o Muzambinho Esporte Clube, o “MEC”, que o Milton Neves tantas vezes cita na TV e no rádio) mas apenas um que disputou o campeonato mineiro de futebol profissional, o Independente Futebol Clube.
O time foi fundado em 1984 e jogou 3 edições da Terceira Divisão do Campeonato Mineiro: 1987, 1988 e 1990. Aqui, a foto do time posado, nos anos 80, retirado da fanpage do time.
Vamos dar uma olhada na casa do futebol profissional de Muzambinho:
Baseado em nosso olhômetro, a capacidade parece ser de cerca de umas mil pessoas. Ali ao fundo é uma arquibancada coberta.
O gramado bem cuidado pede uma equipe que represente a simpática cidade. Será que o Milton Neves não consegue articular um projeto de patrocínios para um clube profissional na cidade??
Fica aí o registro de mais um belo e pequeno estádio escondido pela grandeza desse país.
Ainda em pleno feriadão, depois de um rolê pelas cachoeiras da Serra da Mantiqueira, fomos até a baixada para acompanhar a sequência da Série B do Paulistão. Antes do jogo, um breve rolê passando por 2 estádios de Santos, o Ulrico Mursa:
E a Vila Belmiro, cada dia mais bonita e com mais cara de cancha argentina. Destaque para a bela loja e para o museu que existe junto do estádio!
Mas o rolê do dia era na cidade vizinha, a primeira cidade oficializada pelos portugueses no Brasil: São Vicente!
O jogo, no Estádio Mansueto Pierotti, era contra a Inter de Bebedouro e depois de tantos dias de seca, a chuva que caia pela manhã ameaçava estragar a festa e espantar os convidados…
Para a nossa surpresa, além do grande número de carros parados próximos ao Estádio Mansueto Pierotti, havia até fila para a entrada! E a chuva começava a apertar…
Para quem acha que a gente não paga, taí mais R$10 gastos em ingressos! É a nossa parte para a manutenção do futebol!
Eu ainda não conhecia o Estádio Mansueto Pierotti, reinaugurado em 2002:
Chegamos a tempo de ver os times entrar em campo e cantar o hino nacional, uma obrigação que me incomoda. Pra mim, deveria se cantar o hino da cidade.
E lá estávamos nós, mais uma vez…
Esperávamos a chuva dar uma trégua, embaixo da marquise do Estádio, nos lamentando pela chegada da frente fria justo naquele momento…
Dentro do próprio Estádio Mansueto Pierotti estão os troféus do time, expostos aos torcedores.
O gramado estava um pouco sofrido, nem parecia que estávamos em uma época de seca. Mas, como já disse outras vezes, infelizmente as divisões de acesso não tem ajuda alguma para conseguir manter o bom estado dos campos, o negócio é jogar!
O pior é que naquele momento, a chuva que caía prejudicava ainda mais a grama…
Mas falando em chuva, ela não espantou ninguém, só fez com que aparecessem dezenas de guarda chuvas dando um aspecto único às arquibancadas do Estádio Mansueto Pierotti.
E o time do São Vicente nem de guarda chuva precisou. Entrou quente no jogo, exigindo atenção da defesa adversária atenção redobrada.
Mas nem com toda a atenção e esforço a zaga da Inter conseguiu impedir o primeiro gol do time local. Após um bate e rebate, Marquinhos fez o gol do São Vicente e foi pra galera! Festa nas arquibancadas do Estádio Mansueto Pierotti!!!
Festa dos guarda-chuvas também!!!
Lá do outro lado, um pequeno grupo vermelho se fez triste. Fui lá conferir se realmente eram torcedores do Inter.
A rapaziada compareceu em São Vicente enfrentando a distância e a chuva e ainda se deram bem… O time da Inter de Bebedouro empatou o jogo ainda no primeiro tempo…
O gol desanimou o time do São Vicente, que não conseguiu marcar o segundo gol.
Pra complicar o time do litoral a chuva acabou prejudicando o campo e atrapalhando a criação de novas jogadas.
A torcida incentivou o time o quanto deu, mas sentiu o peso do empate…
A rapaziada da Fúria Alvinegra também tentou empolgar o time, mas o time não reagiu…
E foi assim que o bom público assistiu o empate entre os dois times, por 1×1.
Muita gente reclamou do juiz, que teria “amarrado” o jogo…
De nada adiantaram os conselhos dos torcedores que ficam atrás do gol (tão legal quanto à Javari!).
Sem dúvida, foi um ótimo programa, mesmo tendo molhado as únicas blusas de frio que tínhamos levado…
Empatar em casa nunca é bom, principalmente nessa fase, sendo assim, o time do interior saiu bastante satisfeito com o ponto ganho e vai com moral pro jogo de quarta feira contra o Primavera, em Bebedouro.
A torcida do São Vicente fica na expectativa do time aprontar alguma contra o Velo Clube, lá em Rio Claro, num jogo duríssimo!
O Estádio Mansueto ficará no aguardo para a partida final do primeiro turno, contra o Primavera, com suas bandeiras e principalmente, com sua gente
Gente que usa orgulhosa a camisa do time, lembrando a importância da cidade para o nosso país.
Agradecemos aos amigos que conhecemos no jogo e esperamos rever a galera em breve!
Dali, ainda passamos pela tradicional “Ponte Pênsil”, até chegarmos ao nosso último destino…
All Boys (veja mais aqui), falarei sobre como foi meu reencontro com o querido time do Bairro Floresta!
Recordando… No último post, estávamos nós, os 4 patetas, em pleno Monumental de Nuñez, visitando o estádio.
Agora, havia chegado o final de semana e era hora de assistir a uma partida em La B, a segunda divisão do futebol argentino… Vamos nessa??
Nem bem chegamos e já vimos a festa feita pelos Albos! O bairro parou para o jogo!
O Estádio fica no coração de Floresta, um bairro que fica há 1 hora (de ônibus) do centro de BsAs.
Seu nome é Islas Malvinas e é cheio de grafites.
Recentemente passou por uma ampliação ganhando mais 10 mil lugares.
Assim, apresenta arquibancadas em todos os lados do campo.
Olhando desse ângulo (estamos atrás do gol), do lado direito ficam as barras do time, no lado esquerdo e onde estamos os “torcedores comuns” e atrás do outro gol, o pessoal da imprensa que veio cobrir o jogo.
Esse é um estádio especial, pois foi a primeira cancha argentina que conheci pessoalmente!
A Mari também gosta, porque Floresta é um bairro com uma cara de interior, lembrando até Cosmópolis!
Por coincidência, encontramos os amigos da banda “Tango 14” nas bancadas!
A barra “Peste blanca” além de muito barulho, também faz uma bonita festa visual, com trapos, faixas e centenas de bobinas de papel que são lançadas na entrada do time, em campo.
E os torcedores locais também participam da festa com seus trapos e cantos!
E mais uma vez, ficamos felizes em poder participar da história do futebol. Principalmente porque mesmo perdendo a partida por 1×0, o All Boys viria a subir para a primeira divisão.
Ah, um detalhe que merece explicação a parte. Na segunda divisão argentina, não é permitida a presença da torcida visitante. Assim, os torcedores mais malucos simplesmente ocupam (com vistas grossas de ambas diretorias) a parte que seria reservada à imprensa.
Assim, essa galera ali atrás do gol não é jornalista, nem nada, mas torcedores do Belgrano.
Como quase todas as torcidas fazem isso, geralmente não ocorrem maiores problemas de violência com essa galera. Aliás, mesmo com a derrota, a festa imperou pelo estádio naquela tarde de fevereiro.
Até os metaleiros do bairro compareceram!
Ah, como pode um jogo ser tão importante? O futebol une o bairro, a família…
Mesmo que em campo o jogo seja pegado!
Uma partida dessa oferece momentos eternamente guardados em nossas memórias. Mais do que ataques e defesas…
E quanta gente, hein?…
Já estávamos no fim de nossa temporada argentina, e no intervalo até sentamos um pouco pra descansar…
Ao fundo, uma singela homenagem da torcida a Pato Sgarra, torcedor símbolo do time, que faleceu em fevereiro de 2009.
Falando um pouco sobre o jogo, o All Boys esteve numa tarde inspirada, mas com más finalizações.
Foram várias chances perdidas.
E pra quem acha que é fácil jogar como visitante nos estádios portenhos…
Outra coisa que me agrada é estar ali próximo ao goleiro e ídolo Nicolas! O cara é gente boa e lembra aqueles jogadores antigos.
O jogo foi chegando ao fim e certa tristeza nos bateu. Eram os últimos dias em Buenos Aires e mais do que isso, muitos dias, semanas, meses até voltarmos a Floresta…
Mas, como diria o poeta…
Yo volverei a las calles…
Sei que mi barrio esperará…
O Estádio Décio Vitta está longe de ser desconhecido pelo público apaixonado pelo futebol, mas a nossa idéia é valorizar cada vez mais os estádios esquecidos pela grande mídia.
E por isso, ainda no ano passado, eu, a Mari, Mathias e Lívia (primos da Mari) fomos até Americana para fotografar o Estádio do Rio Branco.
Aproveitamos o rolê para ir conhecer o parque municipal, e logo na sequência fomos ao estádio para assistir Rio Branco x Paulista de Jundiaí, pela Copa Paulista (coincidentemente, eu iria ver o mesmo Paulista na final dessa Copa, contra o Votoraty).
Graças ao blog, ou ao porteiro que não sabe o que é um blog, entramos de carro pela área da Imprensa. O campo estava vazio.
O público paulista ainda não entendeu a importância da Copa Estado de São Paulo. O Estádio Décio Vitta fica numa parte alta da cidade, que permite uma bela vista no horizonte.
O Estádio Décio Vitta, também conhecido como Riobrancão, foi inaugurado em 1977. Sua capacidade é de 12.765 espectadores. O jogo inaugural foi disputado nesse dia, quando o Americana E.C. bateu o Taubaté por 2 a 1. Em 1981, o então presidente do Rio Branco, Délcio Dollo, propôs rebatizar o o estádio a ser chamado Décio Vitta, entretanto, isto aconteceu somente em 1986.
Como sempre, imortalizamos nossa presença em mais um campo sagrado desse esporte que a cada dia me faz mais apaixonado!
O céu é outro espetáculo que eu cismo a fotografar,mesmo sabendo que nunca sai do mesmo jeito que eu estou vendo ao vivo…
O maior público já registrado no estádio foi no dia 9 de março de 1993, quando 19.173 pessoas assistiram a vitória do Rio Branco sobre o São Paulo por 1 a 0.
Encontramos uma pequena homenagem ao acesso do Rio Branco de 1992. Futebol é cultura. Seguimos rodando o mundo em busca de novos Estádios e times que representem suas cidades, seus bairros, sua gente!
O Estádio leva esse nome em homenagem aos irmãos Nelson e Mário, fundadores do São José (aqui vale lembrar que ainda não tenho a camisa do time, assim que conseguir eu posto por aqui). Quem vê de fora não consegue ter a idéia certa sobre o Estádio, até porque ele merecia uma nova mão de tinta…
Mas por dentro, mesmo nas escadarias já começa a ter mais vida, mais cor…
A estratégia de divulgação dos jogos é simples, barata e eficaz, e já mostra quem é o dono do Estádio.
Vale dizer que o Martins Pereira é daqueles estádios grandes, que ocupa todo o quarteirão.
O estádio tem capacidade para 15.317 pessoas.
Abaixo, dá pra ter uma idéia de como cabe gente por ali…
Lá dentro, um outdoor muito bem planejado pela equipe que cuida da Comunicação da Sabesp… É difícil ver gente utilizando o espaço do futebol com uma temática própria e criativa.
Como sempre, não perco a chance de materializar a minha presença em mais um glorioso Estádio de futebol.
Aliás, eu e Mari não perdemos a chance…
Curiosamente os dois maiores momentos do estádio envolveram as equipes do São José e do São Paulo.
Em 1989, deveria ter sido disputada nele uma das finais do Paulistão, mas o time do Vale foi roubado na cara dura e os dois jogos foram no Morumbi
O segundo detalhe envolvendo o São Paulo é quanto ao recorde de público, oficialmente num jogo de 1987 (19 mil pessoas), e não oficialmente num jogo de 1997, quando 25 mil pessoas estiveram ali (embora 6 mil tenham entrado de graça). Bom, deu pra ter uma ideia do estádio, certo? Na sequência falarei de outros dois estádios da região.