Faltando poucos minutos pro fim do jogo, o tradicional Estádio do Canindé está entre explodir de felicidade e a angustia de saber que um gol pode estragar a tão aguardada festa… Próximo a mim, ouço um torcedor lusitano falar baixinho: “Deus, olha eu aqui de novo pra falar da Portuguesa…”.
É… Quem ama futebol, sabe o que são os segundos que antecedem um acesso para a primeira divisão…

Mas voltemos ao início desse capítulo difícil da história da Portuguesa.
O time já vinha entre altos e baixos há alguns anos, mas quando em 2015 foi rebaixado à série A2, nem o mais pessimista poderia imaginar que fossem levar tantos anos para o retorno à primeira divisão… Portanto a semifinal contra o Rio Claro significava muito, mas muito sentimento represado.

Não foi a toa que uma multidão de quase 13 mil torcedores compareceu ao Canindé para a partida. A Marginal Tietê já estava com saudade de ser decorada com a presença da torcida da lusa!

Fazia tempo que tamanha confiança e apoio não eram mostrados assim em conjunto por tantos torcedores da Lusa!

Já estivemos no Canindé por várias vezes, seja acompanhando a Lusa, ou o Santo André, ou mesmo para registrar o Museu da Portuguesa, e lá estamos mais uma vez!

Com tanta gente, acabei chegando com o jogo começado, o que deu certa tranquilidade para registrar a loja da Lusa:



Como acontece nas decisões, o estádio era uma mistura da minoria que acompanhou e sofreu junto com o time nesses últimos anos e uma boa parte de torcedores que surgiram para o jogo do acesso. Mas tudo bem. Essa decisão também serviu pra isso, pra trazer de volta os que já não participavam e mesmo para apresentar a paixão rubro-verde para uma nova geração de torcedores.

34 minutos do primeiro tempo e a festa parece se confirmar: Gustavo França enlouquecia a torcida fazendo 1×0!


Com 1×0 já dava pra fazer nosso tradicional vídeo de registro da partida:
O primeiro tempo termina e dá pra ver que realmente tem muita gente no Canindé…
É tanta gente, que a polícia militar se vê obrigada a aumentar o espaço destinado ao torcedor local, tamanha é a multidão que o placar oficializava: 12.964 pagantes!


Mas não houve nenhum problema para o torcedor Rioclarense que também compareceu e que infelizmente ficou de coadjuvante nessa história. Abraços para o pessoal da Galo Azul.


O segundo tempo começa e a torcida sabe que faltam 45 minutos para a confirmação do acesso. É muita energia, e a Leões da Fabulosa tratou de deixar a bancada não apenas mais colorida, como mais vibrante:



E se segura que lá vem o bandeirão da Leões!


O público só não foi ainda maior porque a parte das cadeiras cobertas está sendo reformada, o que reduziu a capacidade total do estádio.


Aos 13 minutos do segundo tempo, o inesperado (ao menos para a torcida local) acontece: Bruno Moraes empata o jogo. A bancada não para. O apoio é total!

Mas em campo, a Portuguesa sentiu o gol, e mesmo as chances de ataque criadas eram facilmente desperdiçadas.
Mais uma vez o apoio da bancada ajudou o time a se controlar e entender que faltava muito pouco para o acesso! O Rio Claro tenta crescer no jogo, mas o caldeirão lusitano ferve!!

Estando ali no meio desse caos de sentimentos dava pra ver no rosto de cada um o que estava em jogo: as lembranças de experiências compartilhadas em família ali naquele mesmo espaço, toda uma história envolvendo a ligação Brasil e Portugal e o futuro dessa geração que pode trazer a Lusa de volta ao patamar da elite do futebol.

Uma dessas histórias estava ali em campo: o comandante Sérgio Soares, ex atleta e um treinador fora dos padrões atuais: próximo da torcida, dos atletas e indo muito além das 4 linhas!

Não é por acaso que ele tem o apoio que tem, tanto da diretoria quanto da torcida!


O tempo passa, mas a torcida sabe que não dá pra bobear… Unhas são detruídas, lamentações proferidas…

Mas o apoio não para!

Alguns sentimentos não parecem caber nas pessoas. Algumas querem voar, chegar ao céu… E o alambrado torna-se asa!
Até o Cartolouco parece estar literalmente louco e circula sem camisa curtindo o acesso que parece se confirmar!

Os segundos demoram a passar… Só há um caminho para a torcida: cantar sem parar e tentar mostrar de todo jeito o seu amor à Lusa!

Mais de 43 minutos do segundo tempo e um escanteio para o Rio Claro traz até o goleiro do time do interior para a área. Os corações lusitanos se mostram valentes!

Só o que se pensa, se diz, se grita no Canindé é “Vamos, Lusa!!”
Preste atenção… Esses devem ser os últimos momentos da Lusa na A2!
Chega de sofrimento… É a hora de comemorar. A Lusa está definitivamente na série A1!

Lágrimas, risos, cerveja, passado sendo posto a limpo, o futuro se redesenhando… Alguém saberia explicar o que se passa num momento desses? Abraço ao amigo lusitano Daniel Júnior, que sempre esteve ao lado do seu time, mesmo estando há milhares de quilometros.


O goleiro Thomazella, que também viveu um drama familiar durante o campeonato por conta de uma doença rara em seu filho, foi amplamente reconhecido!
Um abraço pro pessoal da torcida do Santo André que colou pra apoiar, em especial pro Guilherme, com quem assisti o jogo!

Ainda deu tempo de trombar o amigo Álvaro e seu irmão!

Quem disse que o torcedor da lusa queria ir embora? A festa demorou pra acabar e teve até cerveja de graça!!

Parece que os próximos capítulos da história da lusa terão ainda maior felicidade!

A hora de ir embora também foi emocionante. Bandeiras da lusa mais uma vez dominaram a marginal Tietê!

Quem sou eu pra falar da religiosidade de cada um… Talvez tenha sido apenas mais um fim de dia de outono qualquer, mas tenho certeza que aquele torcedor que pediu ajuda pra Lusa, viu esse céu vermelho como a prova mais incrível de que Deus exista e que, ao menos ontem, ele foi Lusa desde pequenininho…






















Já estivemos em Paraguaçu registrando seu estádio (
Nasciam as séries A1, A2 e A3, e uma inexplicável reorganizção dos times, obrigou o EC Paraguaçuense a disputar a série A2 e não a série A1, pela qual conquistou o direito, em campo.
O EC Paraguaçuense não tinha forças para bater de frente com a decisão da Federação Paulista e seguiu jogando a série A2 até 2002 quando acabou rebaixado para a série A3. Em 2007, decide abandonar o futebol profissional.
Mas… e o troféu? Porque no
Aqui, a equipe de repórteres da Rádio Marconi, da época que cobriam os jogos: Adauto Marinho, Bacca, Chico Carlos, Pedrinho Militino e o próprio Amarildo!
Aliás, o amigo Amarildo acabou representando a força da torcida ao colaborar com seus arquivos pessoais que reforçam e documentam a conquista.
A TV TEM (afiliada local da Rede Globo) até foi ao Estádio pra fazer uma matéria sobre a chegada do troféu!
Festa mais que merecida, e com direito a vários protagonistas dessa história! Aqui, com Arlindo Mazzi, “Pilão”, ex-zagueiro do EC Paraguacuense nos anos 90.
Aqui, o troféu com Nivaldo Francisco da Silva, o presidente que conquistou o título, em 1993 e o atual presidente Petrus Ricardo, que conseguiu buscar o troféu.
Esse é o motorista Tonanha, que transportava o time nos treinos, jogos por todo interior, e que é muito querido por todos:
Na foto abaixo, o Amarildo reuniu Nivaldo Francisco da Silva (o presidente de 1993), Elzinha Pacheco (Secretaria de Educação Esportes e Cultura), Gilberto (ex jogador anos 90), e Júlio Cesar (atual secretário do EC Paraguacuense):
Aqui: Chico Carlos (repórter da época), Pilão (jogador anos 90), Carlão (diretor nos anos 90), Bacca (repórter da época), Manga (goleiro reserva da época do título de 1993), Chaleira (goleiro nos anos 80), Dinho (dirigente da época), e Adauto Marinho (repórter da rádio Marconi da época de 1993).
Que a conquista possa representar um novo momento e quem sabe incentivar a volta do Paraguaçuense ao futebol profissional!
Mas, ao mesmo tempo é mais uma chance de rever esse belo estádio, principalmente em um momento tão importante para o Nacional Atlético Clube: seu centenário! Parabéns à sua torcida e em especial ao pessoal da Almanac que segue apoiando o time em todos os jogos.
Outra figuraça da torcida do Nacional é o Leandro Massoni Ilhéu que acaba de lançar o livro “Nacional: nos trilhos do futebol brasileiro” contando um pouco da história do time. Quem quiser adquirir, pode falar diretamente com o
Voltando ao estádio, mesmo sendo em um feriado prolongado, até que o público esteve razoável…
Pessoal da Fúria Andreense, da TUDA e também os torcedores autônomos compareceram ao Nicolau para tentar estragar a festa do Naça:
Em campo, o Nacional fez valer seu mando de campo e teve mais posse de bola, mas o Santo André saiu ganhando e foi pro segundo tempo com 1×0 graças a esse gol de penalty:
Outro destaque para a primeira partida do Ramalhão da nossa sobrinha, a Bia!
Mas, os destaques ficam por aí…
No segundo tempo, o sol forte parece ter fritado a cabeça dos atletas e o que se viu foi a virada do Nacional (treinado pelo querido Jorginho, ex atleta do Ramalhão) pra cima do Santo André.
Vitória merecida do Nacional. O Santo André precisa voltar aos trilhos caso ainda queira o acesso… Mesmo com a derrota, seguimos na oitava posição…




























Antes de mais nada, vale lembrar que esse é um blog sobre futebol, sobre reunir camisas e histórias de mil times diferentes, mas espero que você não se importe de eu dividir um pouco dessa minha paixão pelo meu time, o Santo André
Para quem gostar e quiser ver mais fotos, vale lembrar que eu escrevo também, o blog do torcedor andreense na Globo.com, para ver mais fotos do jogo contra a Portuguesa, basta 







































24/03/2012
Fim de tarde de sábado.
Lá vamos nós para a estrada, mais uma vez. Saindo de Cosmópolis, com direito à parada no Graal, nosso destino é a cidade de Araras, mais especificamente o Estádio Hermínio Ometto, a casa do União São João.
































