Seguindo o nosso rolê em busca de estádios, chegamos à cidade de Tambaú!

Antes de Tambaú, já havíamos passado por Pirassununga, Descalvado e Santa Rita do Passa Quatro para registrar seus estádios. Mas agora é a vez de falar sobre a cidade cujo nome significa “rio das conchas”.

Tambaú foi fundada em 1886, ainda como um povoado. Somente em 1898 seria levada à condição de município. Colaboraram para a formação da cidade diversos imigrantes italianos, portugueses, espanhóis e sírio-libaneses, ajudando a desenvolver a indústria da cerâmica na cidade. A estação de trem de Tambaú foi aberta em 1887 e funcionou até 1959, quando a variante Lagoa-Tambaú ficou pronta. A nova estação foi construída fora da área urbana.

É impossível falar de Tambaú sem falar de um de seus personagens mais curiosos: o padre Donizete. O padre ficou muito conhecido graças a diversos milagres de curas atribuídos a ele (até um jogador de futebol foi curado, segundo ouvi em um programa do Milton Neves, um domingo desses). Donizetti era também advogado e ajudava os trabalhadores em processos contra os empresários e políticos que abusavam de seus poderes. Dizem que por essa intromissão, tentaram matá-lo por 2 vezes. Em 1992, foi aberto o processo de beatificação de Padre Donizetti.

Mas, voltemos às ruas e praças de Tambaú nos dias atuais…

Na cidade, vivem mais de 23 mil pessoas, aproveitando-se de suas arborizadas ruas…

E durante nossa visita, ainda pudemos ver o lindo florescer dos ipês amarelos.

Mas, mais do que natureza, a cidade possui uma outra riqueza…

E o futebol fez de Tambaú, a “Avellaneda” brasileira. Explico: é que na cidade convivem 2 times na mesma rua, mais ou menos como no bairro argentino onde Racing e Independiente possuem seus estádios há uma quadra, um do outro. Veja no mapa a proximidade dos dois estádios em Tambaú:

Vamos começar falando do Estádio Carlos de Almeida, a casa do Esporte Clube Operário.


O estádio tem um singelo apelido: “A jaula da Alfredo Guedes“. Alfredo Guedes é o nome da rua em que está não só o campo do Operário como do União, que veremos a seguir.


A sede do time fica ao lado do Estádio!

O Esporte Clube Operário foi fundado em 30 de junho de 1921 e entrou pra história disputando a Terceira e a Quarta divisão do Campeonato Paulista, entre 1986 e 1991. Aqui, o time de 1989:

E lá vamos nós conhecer mais um estádio!


O time é conhecido como o “leão” de Tambaú. E é o leão que recebe os visitantes do estádio (pena que o vidro deu uma estragada na foto …).

Dizem que o Operário é o time com maior torcida da cidade, e por isso acabou recebendo o título de “O mais querido”. Aqui é o time de 1966, quando disputou um amistoso contra a Ponte Preta:

Que tal dar uma olhada no estádio?
O Estádio Carlos de Almeida encontra-se em excelente estado!

Gramado bem cuidado, alambrados preparados e… as arquibancadas!


Tem até um espaço para a rádio local!


Vale uma olhada especial na arquibancada coberta! Simples, mas dá uma outra cara ao estádio!


Ao lado dela, uma arquibancada descoberta, que parecia ser apenas o início de um possível sonho de expansão do estádio!

Olhando da arquibancada coberta, esse é o lado direito:

O centro do campo:

E o lado esquerdo!

Antes de ir embora, uma foto olhando de traz do gol de entrada:

Grata surpresa, hein? Hora de dizer adeus e atravessar a rua…

Do outro lado da rua, temos o não menos importante Estádio João Meirelles.

Trata-se da casa do Esporte Clube União.

Vale lembrar que o distintivo do EC União já teve outras versões, como essa:




O Esporte Clube União foi fundado em 25 de setembro de 1910 (faça as contas e verá que eles são 11 anos mais velhos que o Operário).


Contamos com a ajuda de um amigo local pra visitar o estádio!

Po, e não é que ele lembra o Augusto, ex jogador que fez história na Caldense e também no futebol local de Tambaú! Alguém sabe dizer se é ele mesmo?

O União teve 13 participações no Campeonato Paulista de Futebol entre a terceira (1976 e depois de 1980 a 88) e a quarta divisão (de 1977 a 1979). O Estádio João Meirelles estampa em suas paredes as fotos e nomes de alguns de seus craques nesses anos todos. Homenagem mais que válida.


Aqui, é o time de 69, ainda disputando apenas o amador:

Mais algumas fotos que encontrei:

Aliás, que tal uma volta pra conhecer o campo?
A arquibancada coberta imponente é um destaque que chama a atenção no estádio.



O clube social fica nessa parte atrás do gol (olha a Mari ali!).

Uma coisa engraçada são os grafites desenhados nos muros ao redor do campo! Acaba dando um efeito de que sempre tem alguém torcendo.


O União é um dos mais antigos times do estado de São Paulo, mas segue fora do profissionalismo, para a tristeza das arquibancadas que seguem ali…


Pra nós, é um grande orgulho poder conhecer mais um monumento do futebol do interior paulista!

Vale relembrar um trecho de uma matéria da Placar de 1986 sobre a terceira divisão daquele ano:



Mais uma cidade visitada, mais dois estádios para nossa conta. Pena que foi tão rápido… Mas, é tempo de voltar à estrada!
























































































































Conseguimos conhecer e registrar 28 estádios em 21 cidades, tendo a estrada como verdadeira terapia para dias cada vez mais difíceis em um país que tenta se levantar.
Saímos de Santo André na quinta feira, 6/9 à noite e fomos ate Cosmópolis, onde passamos a noite.
Na sexta 7/9, saímos as 7 hs e fomos visitar 4 estádios em Pirassununga, depois passamos por Descalvado, Santa Rita do Passa Quatro, Tambaú, Santa Rosa de Viterbo, Santa Cruz das Palmeiras, Vargem Grande do Sul, São José do Rio Pardo, Cajuru, até chegarmos em Batatais, onde fizemos a parada pra dormir.
No sábado saímos cedo e passamos por Orlândia (onde a área do estádio local foi comprada e em breve será demolido), São Joaquim da Barra e Igarapava até chegarmos em Uberaba-MG. Aí começamos a voltar, passando por Guaíra, Miguelópolis e Ituverava, até chegarmos em Franca, onde dormimos.
No nosso último dia, saímos de Franca, passamos por São Simão, Altinópolis e Casa Branca, antes de voltar à Santo André.
Em breve começaremos a postar sobre cada cidade.
Chegamos lá de trem, numa viagem tranquila, vindo de
Aliás, transportar-se por Veneza é uma doidera…
Mesmo sabendo que se trata de uma cidade em meio às águas, confesso que eu achava que ia andar de busão e trem por lá, mas a realidade era mesmo outra…
São vielas, pontes, canais e um verdadeiro labirinto que transforma em aventura tentar chegar a qualquer lugar, até você se acostumar. Principalmente a noite.
Como tínhamos poucos dias (como sempre) aproveitávamos todo o tempo possível andando pelas ruelas da cidade e registrando os lugares mais marcantes.
É um lugar mágico que quebra o pensamento padrão que temos sobre as coisas, principalmente sobre a relação com a água.
No dia seguinte, voltamos à praça da Igreja Basílica, principal praça da cidade.
As pixações na cidade mostram que a questão política também está nas ruas de Veneza!
As gôndolas que todo mundo sonha também estão lá, mas… É um rolê de turista que tem grana pra esbanjar…
A gente ficou nos barcos “Vaporetto” mesmo (e ainda assim usamos poucas vezes, porque também não é tão barato).
As águas dividem a ilha em várias partes, mas existem sim ruas e calçadas para se caminhar por Veneza.
Mas… Não foi pra ver os canais nem as gôndolas que viemos a Veneza, e sim para obter a 186ª camisa da nossa coleção e aproveitar para conhecer o Estádio onde manda seus jogos.
Ah, estamos falando do Venezia Football Club.
O Venezia Foot Ball Club foi fundado em 1907 (completando no ano passado seu centenário).
Conquistou a Copa da Itália na temporada 1940–41, esse foi o time da conquista:
Na temporada 1990-91, passou a se chamar Associazione Calcio Venezia 1907, mas em decorrência de problemas financeiros, o Venezia, que havia caído para a Série B na temporada 2004/05, foi expulso da competição no mesmo ano. E esse foi o time rebaixado:
Refundou-se como Società Sportiva Calcio Venezia, disputou a Série C2, sendo promovido à C1 em 2006.
Ao final da Lega Pro Prima Divisione de 2008–09, os problemas financeiros do Venezia fizeram com que novamente fosse expulso da competição, remanejando para a Série D, sob o nome de Foot Ball Club Unione Venezia.
Em 2011-12, voltou à Lega Pro Seconda Divisione, mas novamente por problemas financeiros, não se inscreveu para a edição 2015-16 e acabou rebaixado outra vez à Série D, adotando o nome atual. Ao menos, em 2016,garantiu o acesso à Série B nacional, com o 1º lugar no grupo 1 da Lega Pro (atual Serie C).
Bom, e que tal conhecer o estádio onde o dono da nova camisa manda seus jogos? Vamos então ao Pierluigi Penzo!
Nossa tradicional foto na bilheteria!
Uma das características mais comuns do futebol europeu são os adesivos colados ao redor do estádio, e lá estão eles em Veneza.
O Estádio Pierluigi Penzo é um dos mais antigos da Itália, inauguado em 1913, e atualmente tem capacidade para 7.450 torcedores.
Estivemos lá em uma manhã beeeem gelada…
Não havia absolutamente ninguém por lá… Então… decidimos entrar. Vamos lá?
O Estádio Pierluigi Penzo tem esse nome graças a um aviador da época da primeira guerra mundial.
Li em alguns sites algumas críticas à estrutura do estádio, chegando a dizer que o Venezia teria mandado alguns de seus jogos fora dele, mas confesso que não entendi o motivo. O estádio está muito bem organizado.
Gramado muito bem cuidado, arquibancadas seguras, espaço para imprensa… Tá tudo aí!
Até o banco de reservas nós testamos!
É um cenário bem diferente. O mar está ali poucos metros depois do estádio (até pensei que os zagueiros já devem ter mandado várias bolas navegarem…).
As arquibancadas não tem nada de modernas. Aliás essas atrás do gol são dessas que dá pra montar e remontar, mas ao invés de madeira são chapas de metal.
Aqui dá pra ver o mar, mais ao fundo.
Do outro lado, cenário bucólico de prédios baixos onde a população local mora.
Homenagem ao amigo Jão e sua família “Borghetti” presente no estádio.
Missão cumprida! Hora de voltar para a região central da cidade.
Um último registro do cartaz indicando a partida do time local…
E seguimos mundo a fora… (pagando as contas até hoje desse rolê kkkkk).
É um dos estádios mais jovens do Brasil, tendo sido inaugurado em 2001.
Numa tarde de frio e garoa, o céu estava cinza e triste… Nem as aves pareciam muito animadas…
Mas, aí estava mais uma oportunidade que eu não poderia perder: conhecer mais um campo utilizado em competições oficiais.
Já falamos sobre o time do
Em 2010, o time passa por mais uma mudança e passa a se chamar Canoas Sport Club, chegando até a disputar suas partidas em outros estádios – uma vez que a parceria coma Universidade havia acabado.
Atualmente, o clube se licenciou das competições profissionais limitando-se a disputar as categorias de base.
Mas, nós estamos aqui, firmes e fortes, então vamos conhecer um pouco do estádio:
A capacidade do Estádio da ULBRA é de 10 mil torcedores e como pode se ver, ele possui ainda uma pista de atletismo.
Além disso, o campo tem arquibancada em toda sua volta.
E uma arquibancada coberta também!
Além do time da Universidade, outros times disputaram competições profissionais defendendo a cidade, como o Canoas FC:
O Canoas Futebol Clube foi fundado em 1957, e é o clube profissional mais antigo da cidade, disputando a segundona gaúcha desde 1984. Infelizmente licenciou-se da Federação Gaúcha de Futebol no ano seguinte, até 1998, quando voltou ao profissional, jogando a terceirona deixando escapar a classificação para o octogonal final no último jogo, contra o Bagé.
No ano seguinte, disputou a Terceira Divisão, terminando na vice-colocação geral.
Em 2000, de volta à Série B, o clube fez uma fraca campanha e terminou em último colocado no seu grupo onde havia oito participantes, escapando do rebaixamento na repescagem.
Outro time da cidade é o A.C.B. Estância Velha Canoas.
Foi fundado em 1954, mas apenas em 2013 jogou a Copa FGF Sub-19, sua primeira aparição em competição organizada diretamente pela Federação Gaúcha de Futebol.
Em 2014, jogou a Terceira Divisão do futebol gaúcho, mandando seus jogos no Complexo Esportivo da Ulbra.
Mas o time também um estádio próprio, o Estádio Fonte Dona Josefina, chamado assim por possuir no local uma fonte datada do tempo do Brasil Império.
Outro time que marcou a cidade, mas sem nunca ter jogado profissionalmente foi o Frigorífico Nacional Futebol Clube.
Enfim… Uma cidade com muita história no futebol e com alguns estádios para ajudar a lembrar disso tudo!
É sempre um sentimento de missão cumprida poder conhecer e registrar um estádio em que nunca estive, principalmente quando é longe de casa.
E dessa vez, a lembrança inclui o companheiro da viagem, Rino Ferrari, que topou encarar a aventura em meio a tanto frio!
Quem foi até Palmas buscá-la foi meu irmão Murilão, o gigante.
O Palmas Futebol e Regatas foi fundado em 1997, tendo sido campeão estadual por 6 vezes e ainda chegado às quartas-de-final na Copa do Brasil em 2004.
O time nasceu utilizando se da documentação da Sociedade Esportiva Canela, equipe amadora, de 1991, que já estava regularizado junto a Federação Tocantinense de Futebol.
Seu mascote é a Arara-azul.
Manda seus jogos no Estádio Nilton Santos, e já que meu irmão esteve lá pra pegar a camisa, nada mais justo do que pedir a ele que fosse conhecer e registrar em fotos o campo em que jogo o Palmas.
Um estádio simples, mas muito eficaz e prático permitindo ao Palmas se tornar o primeiro time de futebol profissional da capital do Tocantins e assim disputar os estaduais.
Seu sistema de iluminação permite jogos noturnos.
Aqui uma das entradas.
A tradicional foto da bilheteria:
E aqui um olhar pra se ter ideia do campo todo, começando pelo gol esquerdo:
O meio campo:
E o canto direito.
Para maiores informações sobre o time, acesse seu site oficial:
Em 2000, o Palmas chegou ao bicampeonato, e nos anos seguintes mostrou que havia chegado mesmo para se tornar um grande time, chegando a todas as finais até 2004 e só perdendo o campeonato de 2002 para o Tocantinópolis.
Em 2007 viria o 5º título e neste ano, em 2018, a sexta estrela, com o time abaixo:
































































