134- Camisa do Brusque (SC)

A 134ª camisa do blog vem de Santa Catarina e foi presente do Oscar Vinicius, um amigo de infância, que estudou comigo na década de 80 e que só há poucos anos voltei a ter contato graças à Internet. Olha ele ali, assistindo a um jogo do time dono da camisa!

Atualmente ele mora na bela cidade de Brusque e se tudo der certo vai ser nosso guia num futuro jogo do time local ou ao menos na visita ao Estádio da cidade.

Aliás, o time dono da camisa e que defende as cores da cidade homônima é o Brusque Futebol Clube. O Brusque F.C. é um time bastante jovem, tendo sido fundado em 1987. Porém, o clube nasceu da fusão de dois times bem tradicionais: o Clube Esportivo Payssandu, de 1918, dono do distintivo abaixo e de quem herdou a vaga na primeira divisão Catarinense: E o Clube Atlético Carlos Renaux, de 1913, dono do distintivo abaixo e de quem herdou o mando de campo, no Estádio Augusto Bauer: O mascote do time é o marreco. Um super marreco: A primeira partida do time foi uma vitória de 3 x 1 sobre o Hercílio Luz, em 1988, quando terminou na 5ª colocação do estadual. Abaixo uma foto de um lance do jogo daquele ano contra o Joinvile. Veja mais fotos e informações desta partida em: http://nasceucampeao.com.br/?p=7294 Mesmo sendo um time jovem, já tem uma animada torcida!! Tanto em 88, como em 89, o time participou da Série C, sendo eliminado na segunda fase, em ambas. Em 1990, foi vice campeão da Copa Santa Catarina, perdendo a final para o Figueirense. O auge do time foi em 1992, quando conquistou seu primeiro título, o de campeão da Copa Santa Catarina. E se isso já fosse motivo para encher de orgulho os torcedores, o time ainda sagrou-se Campeão Catarinense, no mesmo ano.

A final foi disputada no Estádio Augusto Bauer lotado e foi vencida na prorrogação pelo time abaixo: Aqui, um lance de jogo daquele campeonato: Em 1993, fez sua estreia na Copa do Brasil, mas acabou eliminado pelo União Bandeirante, ainda na primeira fase. Pra piorar, o time acabou fazendo péssima campanha e foi rebaixado junto do Avaí para a segunda divisão. O time ficou no sobe e cai por vários anos. Em 2000, um rebaixamento diferente: a Rede Brasil Sul comprou os direitos do campeonato e exigiu que apenas oito times o disputassem, eliminando o Brusque da disputa. Em 2003, tanto Carlos Renaux quanto o Clube Esportivo Paysandu, recuperaram a posse dos Estádios Augusto Bauer e Cônsul Carlos Renaux, deixando o Brusque fora do campeonato daquele ano. A volta ao futebol veio em 2004, no equivalente à terceira divisão estadual e em 2005, conseguiu o acesso para a segunda (vencendo o próprio Carlos Renaux durante a campanha). Em 2008 e 2010 viriam novos títulos da Copa Santa Catarina, dando novamente o acesso à Copa do Brasil. O povo da cidade se acostumou com as conquistas!

Em 2012, uma contratação polêmica!

O Brusque se segurou na primeira divisão até 2012, quando caiu mais uma vez à segunda divisão. Além disso, embora pudesse disputar a série D do Brasileiro por ter sido vice campeão da Copa Santa Catarina, do ano anterior, o time abriu mão da vaga e cedeu sua vaga ao Marcílio Dias. Uma pena para sua aguerrida torcida…

Aliás, a Torcida Força Independente tem feito um trabalho muito legal apoiando o time!

Mas… Pra finalizar, o que todo mundo viu e lembra… A famosa briga do Montebelo…

Apoie o time da sua cidade!

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AD Guarulhos 0x1 Nacional

Sábado, 16 de junho de 2012.

Tarde de sol por todo o estado. Nós voltamos do interior e a bandeira na Dutra indica que chegamos à Guarulhos. Estamos aqui para assistir a um jogo da segunda divisão do Campeonato Paulista, entre AD Guarulhos e o Nacional.

E não estamos só! Olha aí o “Torrone”, nosso amigo hamster!

O mando de jogo é do AD Guarulhos e por isso, vamos ao Estádio Municipal Antônio Soares de Oliveira.

Já estivemos aqui, cobrindo um jogo do Flamengo de Guarulhos (veja aqui como foi), mas hoje  acompanharemos um jogo da AD Guarulhos, contra o simpático Nacional, da capital.

A série B do Paulista é um campeonato difícil de ser acompanhado. Embora conte com vários clubes e tenha uma duração até que grande, a primeira fase elimina boa parte dos participantes. Sendo assim, após 6 rodadas de maus resultados, a torcida do AD Guarulhos já não compareceu em peso, como poderia ocorrer.

Mas, foi uma oportunidade incrível de enfim assistir a um jogo da Associação Desportiva Guarulhos, em casa.

Outra coisa muito legal de se acompanhar a série B é conhecer pessoas incríveis, como o Francisco, que é um grande incentivador do time e da torcida da AD Guarulhos.

Outro que estava por ali, mas não deu pra tirar uma foto mais perto, era o Fernando, do Jogos Perdidos, um site que é uma verdadeira referência para quem curte o futebol das divisões de acesso. Olha ele ali, de vermelho, no lado esquerdo, completando seu jogo de número 2.000 , ou se você preferir, 180 mil minutos de futebol nos estádios, mundo afora. Parabéns Fernando!!!

Uma olhada pelo estádio, no vídeo abaixo:

O primeiro tempo virou 1×0 para o time visitante e a galera da torcida local pegou no pé do time!

Assim como Santo André, onde eu vivo, Guarulhos é uma cidade próxima à capital e embora isso traga uma série de investimentos pela presença de grandes empresas, o que acontece é um grave processo de perda de identidade local. Para os habitantes de Guarulhos é mais fácil torcer para os times da capital do que para os times da cidade.

Assim, o trabalho da Força Jovem, torcida organizada da AD Guarulhos é mais do que incentivar o time. É de tentar resgatar o sentimento de orgulho e amor à cidade. Infelizmente havíamos pego alguns depoimentos em vídeo do pessoal, mas tivemos problemas com os arquivos, de qualquer forma fica um abraço ao Raphael “Cabelo” e a toda rapaziada!

Mas… não é fácil competir com a grande, com o glamour das grandes conquistas e principalmente com o poder econômico e político dos chamados “grandes times”.

Pra dificultar ainda mais, a Associação Desportiva Guarulhos em campo não anda numa fase muito inspirada.

O goleiro do time acabou sendo um dos melhores em campo, defendendo um penalty e impedindo o Nacional de fazer um placar ainda maior.

A boa notícia é que ainda tem novos torcedores brotando pelas arquibancadas de Guarulhos… E pelo que eu ouvi, apesar da má fase do time, a base do elenco é formada por jogadores da região, que pelo menos tem maior identificação com a cidade.

Quem sabe a longo prazo os resultados em campo e nas arquibancadas não apresente melhora? Estamos torcendo pra isso!

Uma última olhada no Estádio…

 

O ítem “Culinária de estádio” esteve desfalcado no jogo, pois a pastelaria que funciona na feira em frente ao estádio já estava fechada… Assim, na volta pra casa, uma passada na casa das coxinhas, ali na Vila Alpina!!!

 Apoie o time da sua cidade!!!

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O Estádio Lusitana e o Alfredo de Castilho em Bauru

Ainda na sequência do feriado de Corpus Christi, em junho de 2012, esticamos nossa viagem que já tinha chegado até Jaú (veja aqui como foi a visita ao campo do XV) para a bela cidade de Bauru, terra do Noroeste, e do Bauru Atlético Clube, clube onde Pelé iniciou sua carreira.

Antes que você pense que fomos fotografar o Estádio Lusitana, onde o BAC mandava seus jogos, saiba que trata-se de um “estádio extinto”.
Isso mesmo, em 2006, o Estádio foi demolido e deu lugar a um supermercado (de uma rede da cidade vizinha pra piorar… ).

Só restaram estes belos murais relembrando o BAC, time que foi fundado em 1º de maio de 1919, ainda sob o nome de Lusitana Futebol Clube (somente em 1946, mudou seu nome para Bauru Atlético Clube). Brasão do sempre necessário site Escudos Gino:

Aqui, uma imagem do time de 1975, para os mais saudosos, com o Pelé defendendo o time em um jogo festivo. O BAC teve 13 participações no Campeonato Paulista de Futebol:

E aqui, uma imagem antiga do estádio. Eu sei que se analisada friamente, a realidade atual não permite, ou não justifica, ou não banca dois times em uma cidade, com dois estádios e tal.

Mas… Que dá muita dó ver um estádio dar lugar a um mercado, isso dá…

Bom, mas se o BAC deu muito orgulho no passado, o E.C. Noroeste é quem defende as cores da cidade, atualmente, e lá fomos nós conhecer o fantástico Estádio Alfredo de Castilho.

Como sempre, antes de entrar, uma volta pra ver as bilheterias! Quanto mais roots mais legal!

Ainda do lado de fora, um fantástico recado aos jogadores e motoboys entregadores de pizza:

Nosso guia foi o assessor de imprensa, Thiago, e ao centro o amigo que trabalha na portaria do estádio e que se mostrou grande conhecedor das histórias do clube.

O local, mais do que um estádio, abriga um complexo esportivo com campos de treinamentos, piscinas e até um ginásio.

O Estádio Alfredo de Castilho foi inaugurado em agosto de 1935, seu nome é homenagem a Alfredo de Castilho, diretor da E.F. Noroeste do Brasil.

Além de tudo, existe a loja do clube anexada ao estádio:

O Estádio tem atualmente, capacidade para mais de 16 mil torcedores.

A tribuna de honra, próxima do banco, afinal, presidente pode cornetar hehehe…

O Estádio carrega uma história triste. Em 1958, em uma partida contra o São Paulo, um incêndio consumiu as arquibancadas populares e gerou pânico nos presentes. Cinco pessoas ficaram feridas. Acidentes a parte, lá estamos nós em mais um histórico estádio do interior de São Paulo.

O time só voltou a mandar seus jogos em sua casa novamente, em 1960, e em um estádio de novo nome: Ubaldo de Medeiros.

O novo estádio só voltaria a se chamar Alfredo de Castilho em 1964, e assim segue até hoje.

Saímos do Estádio e aproveitamos para dar um pulo na sede da Torcida Sangue Rubro, onde fomos muito bem recebidos pelo José Roberto Pavanello (e pelo pai dele, que estava almoçando).

E aí, mais uma vez eu posso dizer que quem faz os clubes são as pessoas, os torcedores, não os jogadores. Jogadores vem e vão, mas torcedores estão sempre ali.

Na pouco mais de meia hora que ficamos por ali, pudemos contar e ouvir histórias incríveis de gente que ama e entende a importância do futebol para a sociedade como um todo.

Poucas vezes eu ouvi de um dirigente de Organizada um discurso tão legal como o que ouvi do pessoal da Sangue Rubro.

Amizade, dedicação e respeito, mesmo aos mais tradicionais rivais, além da atenção e cuidado com o time e a torcida. Parabéns ao pessoal da Sangue! Aliás, o site deles: http://www.sanguerubro.com.br 

E lá vamos nós para a estrada… Em busca de mais estádios, torcedores, times, futebol…

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Em busca do estádio perdido em Jaú

Sexta feira, a chuva não passa em pleno feriado prolongado. Desafiamos o mal tempo e pegamos a estrada rumo a Jaú, a capital dos calçados, e por que não, um dos berços tradicionais do futebol de São Paulo. Nosso destino: Estádio Zezinho Magalhães, a casa do XV de Jaú!

Chegamos no estádio ainda pela manhã, mas a combinação chuva+feriado prolongado nos deixou em dúvida se encontraríamos alguém ali. De qualquer forma, podemos começar dando uma rápida olhada nas bilheterias!

O jeito foi aproveitar o lado externo do Estádio para registrar nossa presença.

O Estádio Zezinho Magalhães foi construído em 1951, para substituir o antigo Estádio Artur Simões, uma vez que o XV iria disputar a primeira divisão do Paulista.

O nome é uma homenagem a José Maria Magalhães de Almeida Prado, presidente do clube e prefeito de Jaú, na década de 50.

Quando já nos preparávamos para ir embora, o atual zelador do estádio, o “Seo Antonio“, apareceu e nos liberou a entrada para fazer umas fotos dentro do “Jauzão”.

A capacidade atual do estádio é de 20.000 pessoas.


Em 1978, na inauguração do sistema de iluminação, que o XV de Jaú bateu o Cerro Porteño do Paraguai, por 3×0.

A cidade de Jaú ainda mantém uma forte tradição do futebol. As pessoas se orgulham do estádio e do time e prestigiam as cores, camisa, bonés e outros adereços em lembrança ao time da cidade.

Dando mais uma olhada pelo estádio, dá pra ver o cuidado que tem com o campo, a começar pelo banco de reservas.

O Galo da Comarca está estampado por todos os lugares e muros!

O Estádio tem ainda em seu entorno uma série de aparelhos, incluindo até um outro campo de futebol para o treinamento de suas equipes.

Só faltou um solzinho pro rolê ficar perfeito!

O gramado está muito bem cuidado, e olha que tem jogado ali as categorias de base quase que semanalmente.

Uma última olhada no campo, para darmos um role pela cidade!

Uma sacada interessante do pessoal de Jaú, foi ter a lojinha do time junto do estádio e ao lado dela, uma mostra dos troféus conquistados, a vista de qualquer um que passe pela frente do Zézinho Magalhães.

Como sempre digo, pra nós é sempre uma honra de poder estar em campos como este, que carregam décadas de histórias do futebol do interior…

Mas pra quem gosta de futebol, Jaú tem outros pontos interessantes e bastante conhecidos, além do Estádio. Assim, fomos conhecer alguns deles, a começar pelo restaurante do Zezinho Galazini, ex dirigente do XV de Jaú que tem um monte de histórias pra contar.

Mas… só indo lá pra se ouvir, até porque são histórias polêmicas hehehe.  O restaurante fica no centro de Jaú, na Rua Amaral Gurgel, 321.

Outro ponto clássico para os boleiros da cidade e da região é o Célio Sport Bar, onde se reunem torcedores do XV pra falar do time e pra tomar uma gelada!

O bar é todo decorado com apetrechos e fotos do time, e já foi tema de diversas matérias sobre futebol, entre elas uma da ESPN para o programa Loucos Por Futebol. O bar fica ali na Rua Quintino Bocaiúva, ne região central da cidade.

Mas a principal atração do bar é mesmo o Célio, que é torcedor fanático do XV de Jaú e que montou todo esse cenário!

Hora de ir embora, deixando como destaque final a lembrança do jogador Kazu, que defendeu o time e até hoje colabora apoiando o XV.

E você? O que tem feito para que o time da sua cidade não morra?

Apoie o time da sua cidade!!!

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Nacional x Santo André (sub 15 e sub 17)

5a feira, 7 de junho de 2012

feriado chuvoso no ABC, em SP, no interior e por onde tudo que é lugar… Mas a ideia é “levanta e vamos fazer alguma coisa!”. E assim, lá fomos nóspara um endereço bastante tradicional do futebol paulistano…

No Estádio Nicolau Alayon seria disputada mais uma rodada do Campeonato Paulista das categorias de base, com dois jogos entre Nacional e Santo André, um pelo sub 15 e outro pelo sub 17.

Como a grana anda curta, a boa notícia é que nessas categorias, a bilheteria é só pra ilustrar a foto, pois não há cobrança de ingressos.

O Estádio Nicolau Alayon continua como um dos pontos mais tradicionais do futebol paulistano e até que está bem cuidado.

Pra quem não vai lá há algum tempo, vale uma visita para assistir às categorias de base ou mesmo para acompanhar o futebol profissional pela série B do Paulista (a quarta divisão). Isso sem contar os jogos do Audax, que são mandados ali.

No nosso caso, aproveitamos pra reunir dois desejos. Revisitar um belo estádio, acompanhando o time da casa, mas também torcer pelo nosso Ramalhão!

 E assim… lá estávamos nós, embaixo de chuva…

 

Pra um jogo das categorias de acesso, até que tinha um público interessante, inclusive de gente torcendo pro Santo André.

A chuva caia fraca, não chegou a prejudicar o bom andamento da partida, em campo, mas manteve a temperatura bem baixa, durante os dois jogos.

O sub 15 sofreu mais, porque jogos assim acabam sendo mais desgastantes. O resultado final da partida foi um 1×1. Já o sub 17 teve mais movimentação e um 0x0 ia marcando a cara do jogo até o segundo tempo.

Mas o time do Nacional acabou tendo um jogador expulso e com a vantagem numérica, não demorou pro Ramalhão abrir o placar!

Com 1×0, o jogo ficou mais aberto e emocionante, eram ataques dos dois lados.

Mas, o Santo André seguia com um jogador a mais, e conseguia dominar o jogo, seguindo as instruções de seu técnico.

O resultado foi um segundo gol, de falta, praticamente fechando o jogo, para a alegria do time e da torcida presente.

O torcedor do Nacional ainda tentou gritar e reclamar, mas não adiantou…

Santo André 2×0 Nacional, no placar do Nicolau Alayon!

Além do jogo em si, a ida até o estádio da rua Comendador Sousa, nos ajudou a reencontrar outro maluco por futebol, o Álvaro.

Aliás, um detalhe interessante dos jogos esta categoria, é que assim como os bancos de reserva, torcedores locais e visitantes ficaram lado a lado.

Aproveitando a pouca área coberta do estádio. E tudo rolou numa boa, sem problemas.

Já era hora de irmos embora, pois ainda pegaríamos a Bandeirantes sentido interior, para outras aventuras. Assim, nem vimos o final do jogo…

Mas pouco depois de entrar no carro, o Álvaro mandou a mensagem: “Final de jogo 2×1.”

Pra quem quer ver como estão as tabelas de classificação destas categorias, seguem os links da Federação Paulista:

http://www.futebolpaulista.com.br/competicoes/Paulista%20-%20Sub17/Classifica%C3%A7%C3%A3o/?ano=2012

http://www.futebolpaulista.com.br/competicoes/Paulista%20-%20Sub15/Classifica%C3%A7%C3%A3o/?ano=2012

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133- Camisa do Galícia Esporte Clube

A 133ª camisa do blog vem de Salvador, capital da Bahia. Um lugar que eu ainda não conheço, mas tenho nos meus planos de visitar, um dia.

O time dono da camisa é o Galícia Esporte Clube.

O Galícia é um dos times mais tradicionais da Bahia, ao lado de Vitória, Bahia e Ypiranga, entre outros. O time foi fundado em 1933, por imigrantes espanhóis que vieram da Galícia (uma comunidade autônoma espanhola), entre eles Eduardo Castro Iglesias.

Quatro anos após após sua fundação, em 1937, o time foi campeão estadual. A fase inicial do time foi muito boa e além deste título vieram 5 vicecampeonatos, em 1935, 1936, 1938, 1939 e 1940. Esse era o time de 1940:

Já no ano seguinte do time acima, em 1941, começaria um dos grandes feitos do time: o tricampeonato de 1941, 1942 e 1943, o primeiro tricampeão do Campeonato Baiano de Futebol. Em 1967, mais uma vez foi foi vice campeão, com o time:

Voltou a ser campeão baiano em 1968. A foto abaixo retrata alguns dos jogadores daquela campanha:

O time chegou a mais três vicecampeonatos em 1980, 1982 e 1995. Participou ainda do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão em 1981 e 1983, mas se tem uma coisa que dá ainda mais orgulho aos torcedores é lembrar que o atacante Oséias começou sua carreira por lá!

Nos anos 90, disputou a série C do Brasileiro, entre 1995 e 1997. Mas as coisas ficaram ruins e em 1999, o time foi rebaixado para a Segunda Divisão do Campeonato Baiano. E quem achava que o acesso viria fácil, se enganou… Esse foi o time de 2001:

Em 2002, licenciou-se de competições profissionais. Era o fim do Galícia… Ao menos por 4 dolorosos anos. Em 2006, o improvável acontece. Um grupo de torcedores criou a “ATAG”: Associação Torcedores e Amigos do Galícia para colaborar com a recuperação do clube. Com a ajuda, o clube voltou a participar do Campeonato Baiano, da Segunda Divisão, ficando em terceiro lugar. Em 2008, o vice-campeonato não foi suficiente para o acesso, com o time:

O time de 2010 também não conseguiu o acesso…

Assim, em 2012, o Galícia permanece na segunda divisão estadual, ainda com chances de subir pra primeira divisão. Falando um pouco dos estádios, por onde o time já jogou, antigamente, o Galícia mandava seus jogos no antigo Campo da Graça. Posteriormente, passou a ter o mando de campo na Fonte Nova, e, eventualmente, no Estádio de Pituaçu, belo estádio, diga-se de passagem:

Atualmente, o Galícia conta com seu próprio estádio, o Parque Santiago, construído em 1995 e que tem capacidade para cerca de 2 mil torcedores, mas dificilmente usa este campo para seus jogos, mandando seus jogos em estádios de cidades próximas.

O Galícia é conhecido como “Demolidor de Campeões”, “Granadeiro” ou “Azulino”. Seu mascote é o granadeiro:

Pra quem gosta de ouvir e conhecer hinos de times, segue um vídeo legal:

Seu maior rival é o time do Ypiranga, com quem faz o clássico “lado b” do futebol baiano, pra festa das torcidas!

Aliás, falando em torcida, veja como é um jogo do Galícia:

Para maiores informações, o site oficial do time é o http://www.galiciaec.com.br/ , mas também existem informações bacanas no http://www.granadeiros.com .

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Aventuras boleiras na cidade maravilhosa – parte 2: Estádio do São Cristovão

Após conhecer o Estádio do Flu, foi a vez e caminharmos para o bairro de São Cristovão, conhecer o campo onde nasceu Ronaldo Fenômeno para o mundo do futebol e que agora o homenageia com seu nome: Estádio Ronaldo Luis Nazário de Lima, a casa do São Cristóvão! Distintivo do São Cristóvão O campo deles fica embaixo de um viaduto hehehe é bem legal. Até minha mãe esteve nesse rolê! O Estádio Ronaldo Luis Nazário de Lima, que teve sua venda cogitada por empresários ligados à indústria imobiliária, é muito arrumadinho. Antes de se tornar Ronaldo, era chamado Estádio Figueira de Mello. Foi inaugurado em 1916, em uma partida contra o Santos, frente a um público de 6.000 torcedores. Aliás, esse jogo criou um diferente laço de amizade entre os clubes, dizem até que havia no muro da Vila Belmiro um escudo do São Cristovão no muro, expressando essa amizade. Quando surgiu, foi construído com arquibancadas de madeira, que tremia, rangia e estalava durante os jogos.

Atualmente, ainda que sejam em pequeno número, as arquibancadas estão praticamente novas! Mas a mudança não aconteceu tão naturalmente.

Em 1943, num jogo contra o Flamengo, num estádio completamente lotado, parte da arquibancada superlotada desabou e 224 torcedores foram hospitalizados. Por isso, o clube substituiu-a por uma arquibancada de concreto.

Ok, o estado do gramado não estava assim tão perfeito. Mas essa é a realidade do futebol brasileiro e tem que dar orgulho mesmo assim. Lá ao fundo pode se ler “Aqui nasceu o fenômeno”. É o principal atributo de marketing usado pelo time do subúrbio carioca.

O pessoal que trabalhava por lá foi muito gente boa e permitiu a gente entrar até no campo.

De novo vêm à minha mente milhares de imagens de cenas e lances que devem ter ocorrido nesse campo. Quanto escanteios, carrinhos, lágrimas e sangue…

O fato de sobreviver, ainda que na segunda divisão, é sem dúvida um título para o São Cristovão.

Ao fundo pode se ver um Rio de Janeiro que não faz parte dos cartões postais comprados pelos turistas, mas que representa a vida cotidiana de milhares de pessoas.

Dá pra fazer uma pressão no bandeira ou não??

Na parede do clube está o hino, pra ser cantado e relembrado pela sua torcida!

E ali está o esquadrão de 1926, que levantou o troféu de campeão carioca, daquele ano.

Aliás, a década de 20 foi marcada por grandes times do São Cristovão.

O placar, humilde, ainda mostra o último embate, terminado em igualdade…

E na parede, ainda que um pouco suja, está o brasão… O distintivo do clube, que atletas, diretores e torcedores carregam no peito, como símbolo do time do bairro.

Aliás, o clube faz questão de fortalecer sua “marca” espalhando-a por todo o local. E isso é legal e uma boa dica para os clubes que não tem seus distintivos presentes na mídia.

E relembrar a mais importante conquista também faz parte. O passado tem que servir de alicerce para um futuro e presente melhores.

Pra quem acha que esse tipo de mensagem só existe em estádios gringos, olha aí que legal:

Pra quem acha que futebol e família não tem nada a ver, taí meu pai e minha mãe acompanhando a aventura!

Gosto quando podemos entrar no campo e pisar na parte mais sagrada dos estádios. Muitas vezes renegada aos torcedores.

O Estádio do São Cristovão era chamado de “o campo da Rua Figueira de Melo”, ou até o Estádio Figueira de Melo.

Essa é a parte externa do estádio. A esquerda tem o viaduto e a rua, o campo fica no lado direito.

Só pra relembrar… foi aí que Ronaldo deu seus primeiros chutes… Ele bem que poderia dar uma força maior para o clube.

Dentro ou fora do campo…

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Aventuras boleiras na cidade maravilhosa – parte 1: Estádio do Fluminense

Desde que ganhei este livro (editado pela Maquinária Editora – www.maquinariaeditora.com.br ), no final de 2011, vinha pensando em como conheço pouco o futebol carioca…

Estava torcendo para ter uma oportunidade de ir ao Rio pra poder pesquisar e conhecer ao vivo um pouco do futebol local. E nesse último feriado de maio, consegui enfim realizar esse plano.

Livro e mapa em mãos, fizemos um rolê de 3 dias misturando o futebol aos locais turísticos e, claro às praias!

A ideia dessa visita era conhecer os estádios clássicos do futebol carioca. E o primeiro local visitado foi a sede do Fluminense, o Estádio Manoel Schwartz, mais conhecido como Estádio das Laranjeiras, devido ao bairro, mas também chamado antigamente de Estádio de Álvaro Chaves, pelo nome da rua onde está. O nome “Estádio das Laranjeiras” sempre povoou meu imaginário fosse pelas figurinhas, ou pelas narrações de jogos. Estar no estádio do tricolor carioca foi uma realização bem legal pra mim. Foi nas Laranjeiras que o Fluminense conquistou diversos títulos e mandou muitos dos seus jogos.

A construção do Maracanã acabou diminuindo bastante o seu uso, até que em 2003, infelizmente o campo deixou de ser usado para partidas profissionais, tornando-se o campo de treinamentos e eventos.

Estávamos em um time completo nessa visita: eu, a Mari e meus pais!

Sabíamos que estávamos em solo sagrado para aqueles que amam e respeitam o futebol. Foi aqui que as coisas começaram…

Além do campo de jogo, o ambiente está repleto de homenagens para a memória dos atletas do Fluminense, como o busto do goleiro Castilho.

Achei um vídeo histórico do estádio, um Fla x Flu mais antigo do que a maior parte dos torcedores de atualmente.

Mas não foram apenas os títulos que marcaram o estádio, quem se lembrava disso:

O bairro das Laranjeiras é um lugar legal, com muito verde e áreas residências que fazem a gente lembrar da Mooca, em São Paulo, por exemplo.

Mas diferente da Javari, o entorno do estádio ainda se parece muito com o que se via antigamente. Olha quantas árvores!

O Estádio recebeu o nome de Manuel Schwartz, vitorioso ex-presidente do Fluminense na década de 1980. Foram disputadas nesse estádio 839 partidas, com 531 vitórias, 158 empates e 150 derrotas, sendo que o último jogo foi em 26 de fevereiro de 2003, um 3×3 contra o Americano, pelo Campeonato Carioca. Tradição que teve seu início em 1904, quando foi realizado o primeiro jogo no Campo da Rua Guanabara, que ficava no mesmo local do Estádio de Laranjeiras. Aquele primeiro jogo foi assistido por 806 sócios e 190 não-sócio. Em 1905, foram construídas as primeiras arquibancadas.

Em 1919, o Estádio de Álvaro Chaves, propriedade do Fluminense era inaugurado. A primeira partida do Fluminense no Estádio, foi na vitória por 4 a 1 sobre o Vila Isabel em julho de 1919. O recorde de público pagante deste estádio foi na partida Fluminense 3 x 1 Flamengo, em 1925, com 25.718 torcedores.

As arquibancadas são de um modelo antigo, dando ainda mais charme ao estádio!

Achei alguns detalhes e mensagens curiosas pelas paredes…

Foi sem dúvida uma visita inesquecível a um estádio de tantas histórias e tanta tradição.

E pra completar o passeio, ainda tem a loja do Flu, que fica lá, cheia de coisas ligadas ao time.

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Rio Branco campeão da A3-2012!!!

Domingo de sol pelo interior. 20 de maio de 2012. Dia pra entrar pra história do torcedor do Rio Branco, de Americana.

Final da série A3, do Campeonato Paulista, chance de finalmente gritar “É campeão”. Teve até trânsito no entorno do estádio.

E se lá fora tinha muita gente, ao entrar, já deu pra ver que o coração da população de Americana tem dono: o Rio Branco!

Com poucos lugares vagos pelo estádio, a torcida local fez sua parte e compareceu em massa ao Estádio Décio Vitta.

Mais do que o acesso, o jogo valia título. E ainda mais que o título, o jogo servia pra lavar a alma do torcedor do Rio Branco que passou por tantos sofrimentos nos últimos anos.

Dos seguidos rebaixamentos no Campeonato Paulista até o surgimento do “Americana” que tentou comprar o amor da população, os apaixonados pelo Rio Branco tiveram que suar para conseguir expulsar os interesseiros da cidade e recolocar o time no lugar em que merece.

E nesse processo merece destaque a galera da Malucos do Tigre, que fez o possível e o impossível para fazer o verdadeiro time da cidade chegar onde chegou. Não só dentro de campo, mas nas arquibancadas. Olha a festa que os caras fizeram.

Deu pra ouvir um dos representantes da torcida, nosso amigo Rogério, e confesso que foi difícil não se emocionar junto.

Ah, e que fique registrada a presença da torcida do Grêmio Osasco ao Estádio Décio Vitta, onde ao menos até onde pude perceber foram muito bem tratados.

Lembro de ter encontrado o pessoal num jogo da série B do Paulista, em 2009, contra o Paulínia. É bom ver que o time cresceu e chegou à série A2 de 2013.

Passei por Osasco, semanas atrás e me surpreendi com a quantidade de outdoors na Castelo Branco em apoio ao time… Tomara que este projeto siga nos próximos anos!

O jogo em si não teve tanta graça. O Rio Branco jogava por um empate, mas fez valer sua condição de mandante e mandou logo 2×0, ainda no primeiro tempo.

Com o placar resolvido, o negócio foi curtir a festa com a galera. Teve até “ola”.

E pra ficar ainda mais registrado na memória, teve até faixa de campeão sendo vendida no estádio. Conversamos com outros torcedores que expressaram sua felicidade em poder ver o time de sua cidade numa situação tão positiva. O áudio do vídeo está ruim, prejudicado pelo vento. Espero que não seja hora de comprar uma câmera nova…

Pra nós, mais um momento especial, guardado eternamente na memória! Fim de primeiro tempo e é hora de curtir os detalhes da festa, a começar pela foto com o mascote do time:

Do capítulo “Culinária de estádio”, o destaque vai para o suco de laranja, produto típico da região e opção muito mais saborosa e saudável do que os tradicionais refrigerantes.

O segundo tempo começou e a empolgação continuava. O Estádio cheio começava a soltar os gritos de “É campeão”.

O Grêmio Osasco até tentou algumas decidas, mas não conseguiu diminuir o placar.

E dentro de campo o jogo ficou pegado, teve até expulsão pro time do Osasco. E muitas faltas…

Ah, a polícia militar teve uma atuação bastante tranquila. Sem reclamações.

Olha aí o presente que ganhamos do Rogérião e vai pra nossa coleção! Bonita bandeira, que prometo levar em algum jogo do Ramalhão pra celebrar a boa relação das duas torcidas.

O jogo caminhava para o fim e as atenções começavam a ser direcionadas para um lugar especial do campo…

Mas mesmo assim, de olho no troféu, a festa não parava. A Malucos do Tigre contagiava o estádio! Era como uma contagem regressiva até o momento mais especial! Ao fundo, as bandeiras da cidade e do time eram motivo de orgulho! O placar seguia 2×0, quando o juiz apitou o fim de jogo. Rio Branco campeão. Um time com tantos anos de vida, enfim pode ouvir sua torcida gritar “É campeão!”. Logo após o apito final, os atletas vibraram e se abraçaram, comemorando a conquista. Enquanto os atletas do Rio Branco rezavam no meio do campo, o time do Grêmio Osasco recebia as medalhas de vice campeão. Mais uma foto histórica da gente enquanto time e torcida do Rio Branco comemoravam o título!

O time do Grêmio Osasco deixou o campo sob aplausos da torcida do Rio Branco. Linda mostra de respeito! Hora do time da casa receber suas medalhas… Momento emocionante… Parabéns os torcedores do Rio Branco. Pelo título, pelo exemplo, pela superação.

APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!

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