O União dos Operários Futebol Clube

Com tantos roles pelo interior, as vezes sinto que registro pouco o futebol da capital, que, sem dúvida, tem uma história única no futebol brasileiro.
Assim, aproveitei um deslocamento pela cidade para registrar o Estádio e um pouco da centenária história do União dos Operários FC.

O União dos Operários FC foi inaugurado em 1º de maio de 1917, uma data cheia de significados para a cidade de São Paulo.
Pra entender o “caldo cultural” da sua fundação, precisamos voltar ao fim do século XIX, quando São Paulo passa a se industrializar e a receber milhares de operários vindos especialmente da Itália, Espanha e Portugal.
A foto abaixo registra a hospedaria dos imigrantes da época e onde funciona atualmente o Museu da Imigração / Memorial do Imigrante:

Muitos deles trouxeram consigo uma formação anarquista, com influência de pensadores como Bakunin, Kropotkin e Malatesta, que defendiam conceitos como a autogestão dos trabalhadores, ação direta (greves, boicotes, ocupações) como forma legítima de luta e a solidariedade de classe, sem depender de partidos políticos ou do Estado.

Tradicionalmente, no feriado de 1º de maio, sindicatos e associações operárias organizavam atos e comícios em São Paulo para reivindicar melhores condições de trabalho. Com a Primeira Guerra, houve um o aumento do custo de vida e do número de pessoas passando fome pelas periferias da capital, fazendo com que a manifestação de 1º de maio de 1917 não fosse apenas uma comemoração, mas um verdadeiro ato político, organizado em boa parte pelos sindicatos libertários e pelos grupos autônomos de trabalhadores. Foto do site do PCB:

Como sempre, o Estado reagiu e a forte repressão policial assassinou o operário Antonio Martinez.
Com isso, as reivindicações se transformaram em uma greve geral autogerida, levando mais de 50 mil pessoas às ruas da cidade.
Comitês de bairro, cozinhas coletivas e decisões tomadas em assembleias abertas tornaram-se parte do cotidiano da cidade.

Embora a greve tenha sido duramente reprimida, ela deixou marcas profundas, consolidando o 1º de maio como dia de luta, reforçando a presença do anarquismo no imaginário político brasileiro mostrando que era possível organizar trabalhadores sem partidos ou líderes hierárquicos.
Com a chegada do governo de Getúlio Vargas, e uma série de ações populistas, como a legislação sindical corporativa, o anarquismo perdeu espaço institucional.
Mas, o próprio União dos Operários fica como legado até os dias atuais.

A sede do clube e seu estádio ficam localizados no Belenzinho, próximo da Ponte de Vila Maria e nasceu idealizado por operários da região.

Com tanta história, dá até emoção de pisar em um campo que há mais de 100 anos está dedicado não só ao futebol como ao futebol operariado, oferecendo abertura aos trabalhadores que muitas vezes não tem essa oportunidade.

Além do campo, existe uma estrutura dedicada a outros esportes e ao social no clube, como se pode ver ali atrás do gol da direita:

Sua arquibancada de madeira é simples, mas muito charmosa. Me pergunto se algo dessa estrutura ainda é original…

Ao fundo do gol da esquerda, um estacionamento, item importante nos dias de hoje:

E aqui, o meio campo, com algumas belas árvores ao fundo.

Minha dúvida, ao ver o mapa de 1958, é que aparentemente não havia campo ali, mas haviam outros campos ali pra baixo:

Veja o mapa atual e perceba ue apenas o campo da Camisa 12 segue ali abaixo do Estádio do União dos Operários FC.

Um pouco do que rolou na mídia relacionado ao time, começando lá em fevereiro de 1921 quando o time se limitava aos amistosos e à várzea (detalhe importante é que o adversário AA Estrela de Ouro já disputava os campeonatos da FPD daquele ano):

Agora pra falar de sequência do time, vou usar como base as informações do livro “Esquecidos”, o velho testamento do futebol paulista.

No livro, entendi que após a fase de amistosos e disputas não oficiais, em 1927, o União dos Operários Futebol Clube passou a disputar a Série Principal da Segunda Divisão da LAF, vencendo 2 jogos (2×1 frente o CA Brasil, 2×1 no Húngaro Paulistano) e empatando em 2×2 frente o CA Tiradentes, antes de abandonar o campeonato se transferir para a APEA.

Assim, no ano seguinte, em 1928, passou a disputar a Divisão Municipal da APEA (acima dela estava a Divisão Especial, a 1ª e a 2ª divisão).

Em 1929, passa a disputar a Segunda Divisão da APEA:

Em 1930, teve uma boa participação na segunda divisão da APEA, terminando na 5ª colocação:

Em 1931, o União dos Operários foi vice campeão da segunda divisão da APEA!

Com a boa colocação, no ano seguinte em 1932, o União foi disputar a primeira divisão da APEA, que equivalia ao segundo nível do futebol paulista, não se confunda…
Ainda existia a Divisão Especial, onde o Palestra Itália sagrava-se campeão.

Campeonato de 1933:

O Campeonato de 1934 marca a despedida do União dos Operários dos campeonatos organizados pelas diferentes Federações.

Mas, fuçando um pouco pelos jornais, encontrei alguns registros de aventuras do time como aqui, em 1955, fazendo o jogo de abertura de um Portuguesa x Palmeiras:

Em 1957, o Palmeiras participou da celebração do aniversário do time:

Enfim… O mundo mudou, o time mudou, mas seu distintivo segue vivo no campo em que estivemos, que talvez nem seja o mesmo do seu início…
Mas a história dos operários segue viva no esporte!

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Campeonato Amador do Estado 2025

Seja bem-vindo a uma das mais tradicionais e interessantes competições, realizada desde 1942 pela Federação Paulista de Futebol!
Assim como fez em 2024, o amigo e jornalista Mário Casimiro Gonçalves criou um guia para a edição deste ano, e você pode baixá-lo aqui neste link!

Para comemorar mais uma edição desse incrível Campeonato fomos até Mauá para acompanhar o embate entre o representante da Liga de Mauá, o Scorpions AEC e o Unidos São Gonçalo, representando a Liga de Taubaté.

E jogando em casa, o Scorpions contou com o apoio de sua torcida!

Mas o pessoal de Taubaté não deixou por menos e a “Residência dos Loucos” se fez presente e cantou sem parar!!!

E entre eles, a Guarda Municipal levou a sério a divisão entre os torcedores.

Em campo, o jogo foi levado a sério, como se fosse uma decisão desde o primeiro minuto, o que é bacana por um lado, já que dá um baita clima mas ao mesmo tempo fez o primeiro tempo ser bastante truncado…

O time visitante teve até chances de abrir o placar, enquanto os donos da casa pararam por duas vezes no bom goleiro do União São Gonçalo, Rafael Dida.

A torcida local sabia que o 0x0 não era um bom resultado, já que nessa primeira fase são grupos de 3 times onde apenas um se classifica para os mata-matas!

Por isso, o pessoal do Scorpions apoiou seu time como sempre!

Dá lhe bateria!

Olha a oportunidade para o Scorpions

Aliás, que bonito ver o Estádio Pedro Benedetti colorido com faixas, bandeiras e até fumaça.

O segundo tempo começou com os dois times prometendo tudo ou nada!

O time visitante não teve receio de se lançar ao ataque, mas… foi o Scorpions que cumpriu a ideia de construir o seu gol!

Quando a torcida local estava começando a se tranquilizar acreditando que teria os 3 pontos na partida…

O União São Gonçalo empatou o jogo… Fim de partida: 1×1.

Abraço ao amigo e jornalista Mário que além de fazer o Guia ainda apareceu lá em Mauá para cobrir o jogo pelo Diário de Atibaia! E um abraço também pro Daniel Alcarria, figurinha carimbada do futebol mauaense que em breve lança livro novo sobre o Grêmio!

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A final da 2ª divisão da Liga de Santo André

Domingo, 7 de setembro de 2025.
Seja bem vindo à final da 2ª divisão da Liga de Santo André, em campo: La Máfia FC e EC Unidos da Vila.

E que linda festa na arquibancada… Começamos olhando a arquibancada do EC Unidos da Vila.

Olha como as minas realmente têm participado ativamente das bancadas no futebol amador:

E que tal essas bandeirinhas pra dar um visual ainda mais legal à arquibancada?

Bateria, faixas e o distintivo do time mostram a força da torcida do EC Unidos da Vila!

Ah, e a pirotecnia está liberada!

Olha aí o time do EC União da Vila posando em frente sua torcida!

O time saiu perdendo e se liga como foi o momento do gol de empate do EC União da Vila:

E agora, vamos ver como estava o pessoal que jogou de “local”, a torcida do La Máfia FC:

O time confirmou seu favoritismo e venceu a partida por 2×1.

Olha aí a faixa da Loucos da Máfia:

A quadrilha mafiosa também se fez presente com bandeiras e faixas:

Momento do gol do La Máfia:

Pessoal da Fúria Andreense, do EC Santo André, se fez presente:

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Final da Série B, do Campeonato Paulista 2025

Tanabi EC vence o ECUS por 2×0 e dá um grande passo rumo ao título!

Sábado, 23 de agosto de 2025.
Data marcante: 1ª partida da final e nosso último jogo da “Bezinha” acompanhado no campo deste ano e por isso fomos mais uma vez até Suzano!

Como já fomos até Tanabi na 1ª rodada pra acompanhar a estreia do time local contra o Santacruzense (veja aqui como foi), acabamos decidindo não acompanhar o último jogo – a finalíssima- lá.
Lembrança daquele jogo em Tanabi, ao lado dos amigos Rodrigo (de Neves Paulista) e Fernando e seu pai (de Votuporanga):

Coincidência ou não, Suzano foi a segunda cidade que visitamos nessa série B (veja aqui como foi) em jogo do ECUS contra o Mauá, partida que vimos por 3 vezes esse ano!! Naquele dia, poucas pessoas foram ao campo…

Diferente daquele dia, o Estádio Suzanão recebeu um bom público nessa final!

Até faixa de Torcida Organizada (a Leões do Colorado) esteve presente nessa decisão!

E a torcida conseguiu criar um clima de decisão!

Vimos muitas famílias no Estádio, dando uma atmosfera diferente daquela que se pode esperar de uma arquibancada de futebol.

O ECUS tentava desafiar o favoritismo do Tanabi que liderou todas as fases do campeonato.

Mas aos 38 minutos, Breno abriu o placar para os visitantes:

É sempre bom ver a arquibancada mais cheia, já que Suzano é a casa de mais de 307 mil pessoas e além do ECUS o União Suzano também representa a cidade, ou seja… Com o acesso, Suzano vai dividir suas atenções entre as séries A3 e A4.

Bom pro vendedor que faturou melhor…

Assim como a lanchonete!

O clima estava quente e seco, exigindo as tradicionais paradas para hidratação.

Os treinadores aproveitaram todos os momentos para trabalhar e retrabalhar os seus times!

Ali nos camarotes, o presidente Pedro e o Diretor Executivo de Futebol Amim:

Voltando para o jogo, o Tanabi conseguiu desde cedo impor seu padrão de jogo, mesmo jogando fora de casa.

O Tanabi ainda perdeu um penalty…

O público que vinha se acostumando com o ECUS vencendo suas partidas em casa teve que aceitar um adversário que se colocou muito bem no campo de jogo.

E pra deixar ainda mais triste a torcida local, o craque Marcelo Maçola fez o segundo gol do Tanabi:

Ao final, o Tanabi saiu vencedor da partida levando uma boa vantagem para a partida no interior!

Fizemos um compilado das fotos e vídeos mostrando também os gols da partida, confira:

Após o fim do jogo, conseguimos bater um papo com o pessoal do Tanabi, começando pelo treinador Davi Zaqueo:

Falamos também com o presidente do Tanabi, Pedro Roberto Falchi:

O presidente ainda deixou uma camisa com um representante do ECUS mostrando que a rivalidade só deve existir enquanto rola a bola!

Pô, e deu ainda pra ouvir uma torcedora que veio até para apoiar o time visitante e já está confiante na conquista do título!

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Especial As Mil Camisas no Piauí – parte 6: o Estádio Municipal Doca Ribeiro em Piracuruca

Em julho de 2025 viajamos até o Piauí e foi incrível.
Começamos o rolê pela capital Teresina, onde visitamos o Estádio Albertão, o Estádio Lindolfo Monteiro, o CT do River AC e a Loja do Clube Atlético Piauiense.
Na sequência, fomos até Altos, ver o Estádio Felipão, onde nasceu a AA Altos, e passamos por Piripiri pra ver a casa do time 4 de Julho EC, onde fizemos até esse vídeo :

Antes de falar da cidade de Piracuruca, é importante mostrar um pouco do que é o Parque Nacional Sete Cidades, que tem parte dele em seu território e é uma das coisas mais legais desse país.

O lugar é lindo, cheio de surpresas e um verdadeiro museu a céu aberto.

As formações rochosas são um espetáculo natural…

Mas o parque, com toda a estrutura que foi criada para tornar possível o passeio vai além…

A vegetação deixa o ambiente com uma sensação gostosa…

O ponto alto na minha opinião são as pinturas rupestres, datadas em até 11 mil anos!!!

Os historiadores e especialistas que analisaram as pinturas, dizem que elas representam cenas da vida cotidiana, momentos de pesca, de caça, a coleta de frutos, além de apresentar animais, plantas e até figuras míticas.

O parque é considerado um dos maiores e mais importantes complexos de arte rupestre do mundo

Diversos répteis como o Calangos aí, nos acompanharam pela trilha.

Falando sobre a cidade, demos a sorte de dormir uma única noite por lá e ser exatamente na data da festa da padroeira local.

Aproveitamos a festa a noite e de manhã fomos dar um rolê pra conhecer essa ponte ferroviária muito comentada na cidade.

Falando sobre futebol, fomos registrar o Estádio Municipal Doca Ribeiro!

Pelo que consegui apurar, o Estádio Municipal Doca Ribeiro é utilizado principalmente para receber jogos de futebol amador e seleções municipais, como nos torneios da Taça Norte de Futebol Amador e o Campeonato Piracuruquense.

O Estádio Municipal Doca Ribeiro é um espaço esportivo simples, mas cheio de significado para Piracuruca e sua comunidade.

Com arquibancadas modestas e um gramado que já recebeu muitas histórias, ele é o ponto de encontro para quem ama o futebol local.

É lá que as seleções municipais e equipes amadoras se reúnem para disputar campeonatos e amistosos, sempre embalados pelo calor humano da torcida.

A estrutura do estádio, embora modesta, cumpre bem o papel de abrigar competições regionais onde o clima é de festa com as famílias ocupando as arquibancadas, vendedores circulam com seus carrinhos e a paixão pelo futebol se misturando ao sentimento de pertencimento à cidade.

O Doca Ribeiro acaba se tornando um espaço de convivência social.
Os jogos, eventos comunitários, reunindo moradores de diferentes bairros e até cidades vizinhas.

É nesse espírito que o estádio se mantém vivo, resistindo ao tempo e às dificuldades, como símbolo da ligação entre esporte e identidade local.

Visitar o Estádio Municipal Doca Ribeiro é vivenciar o futebol em sua essência mais pura.

Um patrimônio que merece ser preservado e valorizado!

Aqui, o tradicional registro do meio campo:

Gol da esquerda:

Gol da direita:

Enfim, missão cumprida em Piracuruca!

Fizemos um vídeo especial sobre esse rolê, veja:

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Santo André 4×0 Grêmio Osasco Audax (Paulista Sub 15 – Feminino)

Domingo, 22 de junho de 2025.
Mais uma tarde delas: das Ramalhetes, o primeiro time feminino do EC Santo André a disputar uma competição oficial da Federação Paulista.
Bem vindas ao campo, meninas!

Ainda que o público não seja grande é bacana conferir que a cada jogo aparecem novas pessoas na torcida…
E o trabalho do @Acervo1967 em trazer as faixas das torcidas antigas dá uma cara bem legal ao Estádio!

Vamos ao cerimonial pré jogo…

Tudo pronto na bancada…

Tudo pronto em campo…. Então, bola em jogo!

Tem até placar eletrônico no jogo de hoje!

As Ramalhetes começam com grande intensidade, tanto na marcação quanto na geração das jogadas.

Ah, e parabéns à torcida visitante que se fez presente:

Olha que bacana os stickers começando a fazer parte da cultura do Ramalhão!

A cultura do futebol é cada dia mais ampla e mais democrática, olha, por exemplo a bandeira que o Roberto – outro maluco pelo Santo André- fez em homenagem às “Arqueiras“, que na visão dele é um apelido mais em linha com a história da cidade, já que a mulher de João Ramalho era uma indígena.

E veja que interessante a família toda – principalmente as meninas – vendo o Ramalhão:

Aliás, os jogos do feminino tem trazido ao estádio cada vez mais mulheres à arquibancada!

Em campo, o time das meninas faz parecer que é apenas uma questão de tempo até abrirem o placar.

Olha a Vitória, nossa lateral levando o time para o ataque!

Bom… Devemos lembrar que o time vem de 2 derrotas fora de casa contra Ituano e São Paulo, então o jogo de hoje é importante pra retomar o caminho das vitórias…

O clima na arquibancada estava muito legal!

Pô, e graças ao Doug e ao seu bom papo, não deu pra pegar nenhum gol em vídeo kkkk

Como ele foi o responsável por dar um clima a mais no jogo, com suas faixas, está perdoado…

Principalmente porque se mostrou pé quente e saímos de campo com mais uma vitória e por goleada!!!

Festa para as nossas meninas!

E celebração com a torcida!!

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EC Renascente 1×2 EC Marajoara: oitavas de final da primeira divisão da Liga de Santo André

Domingo, 15 de junho de 2025.
A primeira divisão da Liga de Santo André chega à fase das oitavas de final e fomos até o campo do Grêmio Esportivo Jardim Utinga para acompanhar o jogo entre EC Renascente e o EC Marajoara.
Quem quer ganhar levanta o pé!

Acompanhamos a festa do pessoal da Esquadrão Renascente na última partida da primeira fase contra o Leões do Cruzado (veja aqui como foi) e foi bacana rever o pessoal e saber que a festa da bancada estava garantida!

O EC Renascente terminou a primeira fase como melhor time do Campeonato, mas o jogo de hoje não leva isso em consideração.
A partir de agora é um novo campeonato.
No máximo entrega ao time a vantagem do empate pela melhor campanha.
Então, vamos ao jogo pra ver o que se espera!

A partida começa com um domínio maior vindo do Renascente, mas as chances criadas não são tão assertivas, como as que vimos no jogo passado.

O seu adversário é o EC Marajoara, time fundado em 1º de maio de 1992 e sua torcida, ainda que mais quieta, também se fez presente no Grêmio Jardim Utinga!

O goleirão do Marajoara teve que trabalhar para impedir que o EC Renascente abrisse o placar!

Passados os 15 minutos iniciais, o 0x0 passou a deixar o time do Renascente mais tenso e o jogo ficou mais pegado…

E o que poucos acreditavam até então, aconteceu: gol do Marajoara:

Mas o gol não desanimou o pessoal do Renascente, afinal, o empate ainda daria a vaga a eles, ou seja… Era jogar por um gol!

E se em campo o time lutava, na arquibancada a Esquadrão fazia o seu papel, apoiando sem parar!

E mesmo com a fumaça pra ver se incendiavam o jogo, o primeiro tempo terminou 0x0…

Foi o momento para ouvir o que pensa do jogo o pessoal do Marajoara:

E não podia faltar a fala do presidente do Marajoara:

Também aproveitamos para ouvir a ala feminina da Esquadrão Renascente:

Até o craque Tailson, atualmente no futebol romeno, estava por lá para apoiar o time da sua quebrada:

E chega o segundo tempo, tensão total nas arquibancadas dos dois lados…

Com o Renascente se lançando mais ao ataque, os espaços apareceram e o Marajoara soube explorá-los, chegando ao segundo gol:

O jogo foi chegando ao fim, mas ainda dava tempo pra mais um capítulo…

Com 8 minutos de acréscimo e já aos 40 do segundo tempo, o caos acontece!
Houve uma jogada na área do Marajoara, mas o lance seguiu e só um tempo depois o bandeira chamou o juiz…
Penalty?
Não?
Fumaça na bancada, nervosismo, torcidas em êxtase.
Bem vindo ao futebol amador de Santo André!

O penalty foi mesmo marcado e o Renascente diminuiu:

Os últimos minutos foram de total desespero…

Mas, o Marajoara fez o improvável e classificou-se para as quartas de final.
É fim de jogo!!!

Confira como ficaram as partidas de quartas de final, que valem acesso “à Divisão Especial!

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XV de Julho FC x Ouro Verde Popular FC: 1ª divisão da Liga de Santo André

Domingo, 25 de maio de 2025
Mais uma aprazível manhã de outono em Santo André.
Com o fim da Divisão Especial, a 1ª divisão ganha visibilidade e foi pra registrar um embate bem interessante que nos dirigimos à Arena Colorado.

Seja bem vindo a mais um campo de várzea de Santo André!

A Arena Colorado está muito bem organizada, com seu bar, e uma seção dedicada à memória do time.

Aqui você pode ver alguns dos troféus que estão lá exibidos.
Vale a pena a visita e no nosso caso, vamos tentar voltar para ver uma partida do Colorado jogando “em casa”.

A partida de hoje traz dois times muito bacanas: de um lado, o XV de Julho Futebol Clube, um time até que jovem, fundado em 15/07/1990 e apoiado por sua torcida: XV Loucos.

Olha aí o pessoal do XV de Julho fazendo aquela fotona com a torcida:

Do outro lado, um time tradicional e com uma história muito bonita: o Ouro Verde Popular Futebol Clube, fundado em 5 de fevereiro de 1950, no bairro Santa Terezinha, e que levou para o futebol a identidade das famílias que moravam nas casas populares construídas no bairro naquela mesma época e que até hoje estão ali.

E lá estão as faixas de sua torcida, principalmente aquela que lembra seu presidente Zé Luís.

E a rapaziada do Ouro Verde Popular estava presente, lá em cima do morro que margeia o campo, ainda que não tenham levado a bateria pra fazer aquela tradicional “cantoria”.

Lá de cima do morro, pude fazer o registro do campo do Colorado, começando pelo gol do lado esquerdo, onde ao fundo erguem-se os bairros vizinhos, como a Vila Suiça.

Aqui, você pode ver o meio campo, e lá atrás está a Vila Luzita:

É ali que está a sede social do Colorado:

O gol do lado direito, onde ao fundo estão bairros como o Jardim Silvania.

E vamos para o jogo!

Com a bola rolando, a torcida do XV de Julho tratou de cantar e fazer o time se sentir em casa!

A pressão surtiu efeito e o XV chegou ao seu primeiro gol (você pode ver o gol aqui no Insta do XV), mas o time do Ouro Verde alegou que a bola havia saído no lance que origina o gol e foi tanta reclamação que seu goleiro acabou expulso.
A festa do pessoal do XV Loucos só aumentou!

Por um infortúnio do mundo do futebol, o goleiro que assumiu o posto do titular e que deu até uma acelerada nas saídas de jogo, acabou errando uma destas bolas e entregou o segundo gol para o XV de Julho.

O XV ainda teve chances de ampliar o placar, mas faltou o detalhe final.

Assim, o primeiro tempo terminou em 2×0 para o XV de Julho.
Aproveitei o intervalo para conversar com um torcedor de cada time, registrando suas opiniões sobre a importância da várzea e dos seus respectivos times, o resultado foi esse:

O segundo tempo começou, o sol apareceu e o cenário parecia perfeito para quem quer curtir uma partida!

A comissão técnica do XV de Julho trouxe o time pro segundo tempo pensando em rapidamente marcar o 3º gol pra matar o jogo.

Isso deixou o jogo ainda mais animado porque o Ouro Verde é um time forte e levava muito perigo nos contra ataques.

E se alguém esperava que, mesmo com um homem a menos, o Ouro Verde se entregaria, é porque não conhece a história e a importância deste time para o pessoal das Casas Populares.
O Ouro Verde não só passou a dificultar a partida, impedindo um placar maior, como a se arriscar no ataque buscando diminuir a vantagem.
Mesmo com XV de Julho mantendo o apoio sem parar!

Os atletas do Ouro Verde corriam tanto que em determinados momentos nem dava pra lembrar que o time jogava com um a menos.
Era uma verdadeira guerra em campo!

E pro cenário ficar ainda mais divertido – pelo menos para quem como eu estava ali apenas assistindo a partida sem torcer por nenhum dos dois times- o Ouro Verde encontrou o seu gol para a alegria do pessoal do time que acompanhava o jogo lá de cima do morro.

Mas, a matemática é fria e com um jogador a mais, finalmente o XV de Julho aproveitar os espaços e o cansaço do adversário e encontrou o seu 3º gol,

Por fim, o XV de Julho ainda marcou seu 4º gol determinando o placar final.

Mas, mais do que um placar, fica a experiência de um novo estádio e de dois times que representam seus bairros com muito orgulho e valor.
Festa pra torcida vencedora que vê seu time na liderança do grupo e muita preocupação para o pessoal do Ouro Verde, que termina a rodada na última posição…

Fiquemos com a festa da bateria do XV Loucos e aguardemos as cenas dos próximos capítulos

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EC Rio Avante x EC Primeira Camisa: 1ª divisão da Liga de Santo André

Domingo, 25 de maio de 2025.
Dia de acompanhar a primeira divisão da Liga de Santo André, o segundo nível do futebol da cidade.
E escolhemos acompanhar um jogo do EC Rio Avante, em sua casa! Bem vindo à Arena Rio Avante, no Parque Miami, em Santo André!

Aqui, o Rio Avante é muito mais que o time do bairro, é motivo de orgulho, é o que identifica e faz boa parte de quem mora nesse lado da cidade se sentir pertencente a alguma coisa maior. Sim, é quase uma religião local!

O Parque Miami é um bairro bem distante do centro.
Veja no mapa abaixo, os círculos laranja mostram onde estão o zoológico de SP, e os centros das cidades de Santo André, São Bernardo e Mauá e lá embaixo, olha como é bastante distante do centro de Santo André, a Arena Rio Avante!

Desde 10 de outubro de 1978, o RA faz a cabeça, os corações e mentes da sua torcida!

E todo esse amor pelo time da quebrada se materializa não só na dedicação pelo Rio Avante mas também pelo respeito aos torcedores visitantes.

O time do Rio Avante vem bem na competição, único invicto e uma vitória hoje pode facilitar sua classificação para o mata mata.
Então venha conosco para o corredor de recebimento do time!
Os visitantes do EC Primeira Camisa passam primeiro e sentem a pressão da torcida.

Acendam os fogos que é hora dos donos da casa entrarem em campo…

Mais do que um jogo, um encontro de histórias, de gerações, de vozes que ecoam domingo após domingo nos campos da cidade. Cada lance carrega junto a memória de quem cresceu ali, de quem viu o time nascer e de quem o carrega no peito.

Que rolê animal!!!
E a festa é interessante porque coloca lado a lado time e torcida, mostrando que ao menos nesse momento somos todos iguais!

Manda ver, bateria!!!

Em campo, as faixas e bandeiras com as pessoas em torno do alambrado transformam o campo em uma verdadeira arena.
E todos ali querem a mesma coisa: a vitória do Rio Avante!

A foto do time tem que ser em frente o pessoal da 12 Avante, a torcida do time local,

Mas o adversário não está sozinho.

O EC Primeira Camisa também tem o apoio de sua pequena mas barulhenta torcida!

É hora da foto do time visitante:

O pessoal do Rio Avante se une antes do jogo começar: é tudo pela vitória!

E é nesse clima de festa e tensão que começa o jogo!

E a bancada visitante põe uma pimenta com seu show de fumaças!

E a torcida do Primeira Camisa tenta apoiar como pode!

Mas o campo está todo decorado com as cores e bandeiras rubro negras! Esta é a casa do Rio Avante!

E se ficar dúvida, olhe em volta e veja a massa que apoia o time do bairro!

Quantos ali na beira do alambrado sonham em estar ali dentro, vestindo o uniforme, representando o bairro.
E os mais velhos sorriem, lembrando dos craques que viram passar por aquele mesmo gramado.
A várzea tem esse poder: une passado, presente e futuro num mesmo grito de gol.

A nossa história está mais fora do campo do que dentro.
Assim, fomos ouvir o que a várzea e o Rio Avante representa para sua torcida!

E também fomos registrar a voz das minas, cada vez mais presentes na várzea de Santo André.

Muito bacana ver a Torcida 12 Avante abraçando o time nos jogos em casa!

Se você ainda não foi até o Parque Miami assistir uma partida do Rio Avante… Está na hora de ir!

E a torcida do Primeira Camisa não deixou quieto… Também entrou no ritmo do jogo!

Vale reforçar que o campo está bem ali aos pés do rodoanel:

Tem lance de perigo, mas… a falta foi mal aproveitada…

Não tem jogo fácil na primeira divisão da liga…

Veio o apito final e o Rio Avante fez valer o fator casa: vitória por 2×1.
Todo mundo vai embora falando do mesmo: o amor pela camisa.

No caso do Rio Avante, é mais que paixão — é identidade, é orgulho de onde se vem

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EC Santo André estreia com vitória no Campeonato Paulista Feminino

Sábado, 17 de maio de 2025.
Guarde essa data, ela é histórica.
É a primeira vez que o EC Santo André tem em campo um time feminino defendendo suas cores, e nós fomos ao Estádio Bruno José Daniel para registrar este momento!

O time do Santo André foi montado com o apoio da Prefeitura Municipal e aproveitou a base de atletas da Portuguesa, que este ano desistiu de disputar as competições por ter se tornado uma SAF.

Isso se traduziu em um time bem postado e organizado em campo, que sabia bem o que fazer com a bola.

Pode parecer simples, mas para uma equipe sub 15 esse nível de organização chama muito a atenção.

Logo, essa organização se transformou em domínio e como consequência aos 5 minutos do primeiro tempo: Coutinho aproveita a roubada de bola e faz o primeiro gol da história das Ramalhetes!

Teve quem achasse que o jogo seria fácil e que viria uma goleada…

Mas o time do Paulista acertou a marcação e passou a buscar o gol de empate, exigindo das Ramalhetes toda a atenção nas ações de contenção!

O 1×0 foi o placar do primeiro tempo, para alegria dos torcedores que compareceram!

O Doug (responsável pelo excelente @1967, projeto que resgata a historia da nossa arquibancada) trouxe a faixa que homenageia a torcida dos anos 70 e que, cita as “Ramalhetes”, na época, apenas torcedoras e hoje, atletas!

Finalmente as meninas, filhas da nossa torcida têm uma referência no futebol, quem sabe a próxima geração de atletas venham da nossa bancada?

A torcida gostou do primeiro tempo e estava empolgada para a sequência do jogo, lembrando que o sub 15 disputa 2 tempos de 35 minutos.

E o jogo voltou mais uma vez animado, com as meninas do Santo André muito coesas e decididas, enquanto o time do Paulista colocava todas as suas fichas na busca pelo empate deixando campo aberto para os contra ataques!

Muita movimentação no nosso time buscando abrir espaços no jogo…

E mais chances foram criadas…

O time do Paulista soube apertar a marcação impedindo as chegadas ao ataque do Santo André.

O nível do jogo foi bem interessante, com grande intensidade no ataque!

Mas não foi de contra ataque o nosso segundo gol, foi de uma construção tática incrível, que na hora a gente acaba nem percebendo.
8 passes trocados até Coutinho marcar o seu segundo gol e fazer 2×0 para as Ramalhetes.

E se o time está bem estruturado, muito se deve a este ai, o Professor Paulo, treinador da equipe!

Mesmo assim, as meninas do Paulista continuaram apertando…

Mas a boa atuação da zaga e da nossa goleira Ana Júlia garantiram a primeira vitória das Ramalhetes!

Foi bom ver o pessoal da Fúria presente!

Aliás, no segundo tempo parece que o público aumentou ainda mais!

Os 35 minutos finais chegaram ao fim e colocou a partida na história do EC Santo André!

Após o final do jogo todas as atletas seguem o protocolo de fair play, cumprimentando-se…

E foi hora de correr para a torcida!

Ainda quase crianças, as meninas fizeram a nossa torcida se emocionar!

Sejam bem vindas, Ramalhetes!

Quem esteve no jogo, surpreendeu-se pela qualidade e pela entrega das meninas… Foi uma ótima estreia!

Nosso pessoal, mais uma vez presente!!

APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!