Rolê pelo velho continente 2014 – parte 4 (Praga)

Um brinde à sequência da nossa viagem! Quem acompanha o blog, sabe que passamos por BarcelonaBerlin, Varsóvia e finalmente chegamos à Praga, terra da cerveja e dos museus estranhos, como o da tortura!

E não e um só que tem pela cidade.
Nós encontramos dois ali no centro.
São aqueles museus meio… “comerciais”, mas a gente acha engraçado…

A Mari fez até um novo amigo…

Os caras levam bem a sério a pesquisa sobre as formas de tortura…

Mas tem espaço para um inusitado Museu do Comunismo.
Vale lembrar que o povo tcheco não tem boas memórias do comunismo implantado por lá…
Por isso o museu tem uma pegada bem sarcástica…

Dentro desse museu, tem vários objetos da época, que é legal, porque existia uma cultura menos envolta pelo consumo, ainda que houvessem outros problemas sociais e políticos.

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Achei um jornal esportivo da época.

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Outra coisa comum em Praga são armaduras. Estão por todo lado!

Comer por lá é muito bom, embora um pouco caro…

A Ponte Carlos (em tcheco Karlův most) é a ponte mais velha de Praga, e atravessa o rio Moldava da Cidade Velha até a Cidade Pequena. Sempre tem atrações ou vendedores por lá hehehe Além dos turistas, claro.

Atravessando a ponte se chega ao castelo de Praga, um dos mais antigos do mundo.

A cidade mantém um dos castelos mais bacanas que já vi, digno das histórias que a gente ouve quando criança.

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É um passeio inesquecível!

As construções na região próxima do rio também são muito bacanas, vale a visita!

Só pra registro, ficamos próximos do metro Keizikova.

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Os metros de lá tem um detalhe bem específico… As escadas rolantes são gigantescas…

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Falando um pouco sobre futebol, os Tchecos tem uma boa dose de paixão pelo esporte e decidimos conhecer alguns dos estádios locais, a começar pelo campo do FK Viktoria Zizkov.

Distintivo do FK Viktoria Zizkov

O time manda seus jogos no FK Viktoria Stadion.

FK Viktoria Zizkov

O time é bastante tradicional!

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O estádio é daqueles que eu gosto.
No meio do bairro, espremido entre os prédios da vizinhança…

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Para maiores informações sobre o time do Viktoria, acesse o site deles: http://www.fkvz.cz/

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O estádio tem capacidade para mais de 5 mil pessoas. 

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Ah, o campo é de grama sintético!

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As arquibancadas já seguem o padrão “cadeira” que a FIFA tanto sonha…

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Tem até uma parte coberta, pra quem não quer levar chuva ou frio na cabeça…

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Em 2007, o time abriu sua loja no estádio para a venda de mercadorias licenciadas.

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A cultura dos adesivos e stickers também é bem forte em Praga!

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Quando saímos, pudemos perceber o quão frio estava… Não nevou, mas formou uma mini cobertura de gelo em cima dos carros…

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Dando sequência ao rolê, nos dirigimos ao Ďolíček Stadion, Estádio do Bohemians 1905, uns 10 minutos dali.

Distintivo do Bohemians 1905

O Bohemians 1905 (antigo FC Bohemians Praha) também está sediado em Praga e como o próprio nome indica, foi fundado em 1905, na época como AFK Vršovice. O clube ostenta com orgulho o título de campeão da Primeira divisão tchecoslovaca, de 1982-83.

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Este estádio também está no meio da cidade e tem um visual bem diferente, graças aos prédios coloridos que estão ao seu redor.

Para quem quer mais informações sobre o time, acesse www.bohemians.cz.
Aqui uma visão do lado de fora:

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Outra curiosidade é que o time é um dos maiores rivais do Slavia Praga, com quem faz o “Derbi de Vršovice”, segundo mais importante derby de Praga.

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O mascote oficial do clube é um canguru, mas nem sinal deles pulando pelas verdes bancadas tchecas…

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Aqui dá pra ter uma ideia melhor de como é o estádio:

Hora de ir para o estádio vizinho!

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E em poucos minutos…
Lá estávamos nós, na Synot Tip Arena, casa do Slavia Praga.

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Sem dúvida, o maior dos três estádios que visitamos, mas… É aquela coisa… Arenas são sempre menos aconchegantes…

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Pra mim, o estádio tem um significado especial, já que o ex jogador do Ramalhão “Adauto” fez deste campo sua casa por algumas temporadas.

Adauto - Slavia Praga

O Eden Arena foi inaugurado em maio de 2008 e tem capacidade para 21.000 torcedores.

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Conseguimos dar uma olhadinha nas bancadas!

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Para mais informações, acesse: http://www.slavia.cz/

Uma olhada no lado externo…

Aí a bandeira do time!

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Deixamos a boa gente sorridente de Praga e seguimos viagem para Munique!
Vou sentir saudades desse brother tcheco…

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Um pequeno brinde ao rolê, Mari!

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Rolê pelo velho continente 2014 – parte 3 (Varsóvia)

26/12/2013. 09h37 e lá estávamos nós na Berlin Hauptbahnhof (estação de trem), após algumas aventuras por Berlin (veja aqui como foi) agora a caminho de Varsóvia, na Polônia.

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Ah, as comodidades dos trens rápidos… Até um café quentinho rolou durante a viagem!

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Conforme as estações iam passando, ficava a certeza de que estávamos em um lugar mágico, apenas imaginado por mim até então… Nomes estranhos, onde milhares de vidas seguem seus destinos, tão longe do nosso dia a dia aqui no Brasil…

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Horas depois, alguns sinais de que já estávamos em solo polonês… Placas incompreensíveis, chás estranhos e uma língua beeeeem difícil de entender…

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Ao chegarmos em Varsóvia, uma constatação, o inverno deles definitivamente não combina com o sol… Amanhecia depois das 8hs e escurecia às 15h30…
Pouco mais de 7 horas de claridade natural… Essa foto abaixo foi tirada por volta das 17hs…

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Mas se por um lado a escuridão atrapalha, porque desanima um pouquinho, por outro ela proporciona uma preocupação ainda maior com a iluminação de natal. A cidade tava cheia de interferências como essa:

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E tinha umas aplicações diferentes das que estamos acostumados por aqui… Essa era como uma “bola de árvore de natal” que você podia atravessar (??? deu pra entender?).

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A língua é outro ponto diferente e difícil de se adaptar. Mesmo as coisas mais óbvias, como na hora de comer são difíceis.

E se você achou que já entende polonês porque leu ali em cima salada e espaguete, traduz essa então:

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Olha o que a gente encontrou por lá! Não que eu goste de refrigerantes, mas é engraçado rever a Cherry Coke, depois de anos que ela sumiu aqui do Brasil…

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O centro velho de Varsóvia tem construções bacanas, muitas delas reconstruídas após as 2ª guerra mundial.

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Varsóvia tem um visual muito bonito, vale conhecer…

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Esse é o lugar que achei mais legal: a praça do mercado. A noite, várias barraquinhas de comida e lembranças natalinas funcionavam por ali.

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Achamos um museu do exército ali perto do nosso hotel. Vários aviões, tanques e outras máquinas de matar gente.

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Falando em morte, um local sombrio que visitamos por lá foi o Museu Pawiak, construído numa antiga prisão da SS, durante a ocupação nazista.

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Aqui, algumas fotos de pessoas que sofreram nas mãos dos nazistas…

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Mais ou menos perto dali, numa parte mais residencial e suburbana da cidade, a Mari achou mais uma dessas feirinhas de coisas usadas.

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Mas essa era longe e bem diferente… Acho que éramos os únicos turistas presentes ali…
Foi meio difícil ficar a vontade porque logo percebemos que muitas pessoas estavam vendendo as próprias coisas, numa tentativa de fazer uma grana…
E pra piorar, muito material ligado ao nazismo…

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Achei poucas opções de lojas de discos, mas deu pra se divertir… Comprei algumas coisas bacanas!

Um dos discos que comprei e que ouço direto é o “Soubor Kreténů” da banda checa “Tři Sestry“.

Tri sestry

Mate a curiosidade e escute um som dos caras:

Uma coisa que me incomoda muito aqui no Brasil e que vi por lá também são essas coisas no céu.. Alguns dizem que é veneno, outros dizem que não é nada, pra mim, deve ter alguma teoria da conspiração…

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Falando um pouco do futebol local, tivemos a oportunidade de conhecer dois estádios.
Um deles, a Pepsi Arena, casa do Klub Piłkarski Legia Warszawa, chamado também de “Estádio do Exército Polonês“.

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O Legia Warzsawa é a única equipe polonesa que já chegou a uma semifinal da Recopa Europeia, na temporada 90/91.

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O estádio passou por uma grande reforma entre 2008 e 2011, apenas uma parte da fachada foi preservada.

Tem capacidade para 31.103 espectadores, mas não pudemos adentrar às arquibancadas, o máximo que conseguimos foi tirar uma foro meio as escondidas do segurança que era bravo. Bem bravo.

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O estádio pertenceu por décadas ao Exército polonês, e atualmente é de propriedade da cidade de Varsóvia.
Desde 2011 é oficialmente conhecido como Pepsi Arena, com base em um acordo de patrocínio com a PepsiCo. Esse é o bar da torcida, localizado na parte debaixo do estádio.

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Os caras curtem adesivos…

adesivos varsóvia

Enfim, mais um estádio bacana, que faz parte da história do futebol mundial!

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Provavelmente nunca mais voltaremos lá… Sabíamos disso e por isso ir embora sem ter entrado no campo foi triste…

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Outro estádio que conseguimos visitar foi o Estádio Nacional de Varsóvia (Stadion Narodowy w Warszawie) onde a seleção Polonesa de Futebol manda seus jogos.

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O estádio tem capacidade para 58.145 lugares, o que faz dele o maior estádio de futebol na Polónia.

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O estádio possui um teto retrátil feito em PVC e que se desdobra a partir de um ninho numa agulha suspensa sobre o centro do gramado.

A inauguração oficial foi em janeiro de 2012, mas o primeiro jogo de futebol foi disputado em fevereiro, entre Polônia e Portugal, que acabou em 0x0.

Esse aí é o responsável pelo estádio.

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A sua construção iniciou-se em 2008 e foi concluída em novembro de 2011. Encontra-se situado no local do antigo Stadion Dziesieciolecia, na Aleja Zieleniecka, no centro de Varsóvia.

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Estádios do Oeste Paulista: 14- Rancharia (SP)

Ah, que rolê incrível! Pra quem acha que o futebol de verdade neste ano de 2013 é a Copa das Confederações, recomendo uma voltinha pelo interior paulista.

Rancharia

É muita história, muitos times e muitos estádios. Saímos de Regente Feijó e fomos para Rancharia!

Rancharia

Rancharia é uma cidade com pouco mais de 30 mil habitantes.

Rancharia

A cidade foi fundada em 1916 e está a pouco mais de 520 km de São Paulo.

Rancharia

Rancharia tem na produção agropecuária e no Algodão suas principais atividades econômicas, e como toda boa cidade do interior, tem uma igreja ali no centro!

Igreja - Rancharia

Eu não imaginava, mas Rancharia é o 6º maior município do estado de São Paulo, e tem como motivo de orgulho o Estádio Francisco Franco, na Rua Adhemar de Barros, 750, onde a A.A. Ranchariense mandava seus jogos!

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

Você pode estar se perguntando por que eu estava olhando para o lado. A resposta está aí embaixo: um novo amigo do blog, ainda que em forte momento alcoólico, fez questão de sair na foto!

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

Outro amigo foi a Mari que fez!

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

Vamos dar uma olhada na parte interna do estádio!

O Estádio Francisco Franco tem capacidade para mais de 4.600 pessoas.

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

O futebol em Rancharia teve seu auge nos anos 40, quando surgem a A.A. Ranchariense e a A.A. Matarazzo, para disputar o Campeonato do Interior da Federação Paulista.

AA Matarazzo - Rancharia
AA MAtarazzo - Rancharia

O time do Ranchariense só foi se profissionalizar em 1978 .

AA Ranchariense

Olha aqui a campanha da Ranchariense na 5a divisão de 1979:

Campeonato Paulista - 5a divisão - 1979
Campeonato Paulista - 5a divisão - 1979
Campeonato Paulista - 5a divisão - 1979

Aqui, uma outra bela campanha do time, dessa vez, pela Terceira Divisão de 1985:

Terceira Divisão 1985
Terceira divisao 1985 - grupo laranja

Olha aí que presente do amigo e leitor do blog Fabio Teixeira: fotos de 1988, contra a Chavantense:

Ranchariense

Rancharia tem mesmo uma relação bem apaixonada com o futebol!

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

O gramado está em perfeitas condições!

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

Belas arquibancadas que viram desde 1978 a equipe da Ranchariense representar a cidade no Campeonato Paulista de Futebol.

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia
Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

No momento da nossa visita, um rachão com cara de peneira entre uma molecada da cidade rolava no campo.

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

O Estádio está em obra na arquibancada atrás do gol.

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

A arquibancada é aquelas de cimento, old school.

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

Junto do estádio tem uma pequena estrutura com algumas salas.

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

Homenagem ao pessoal do Juventus!

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

E dá lhe a molecada jogando!

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

Uma visão de dentro do campo.

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

Aí está um time que eu gostaria muito de ver jogar…

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

Mais uma vez, ficamos orgulhosos de poder entrar em um estádio que está na história o futebol brasileiro.

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

E aqui o time de 2007:

Hora de voltar a estrada!

Rancharia

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O futebol da Associação Atlética Ferroviária de Botucatu

Estrada.

Sem dúvidas, minha vida é marcada pela estrada. Ir, voltar… A estrada materializa toda a minha vontade de permanecer em movimento.

Essas fotos são de julho de 2011, quando fomos até Assis, acompanhar o jogo do Assisense. Nosso destino? Siga em frente…

Botucatu era nossa meta antes de chegarmos em Assis. O grande objetivo era visitar o Estádio onde a lendária Ferroviária de Botucatu mandava seus jogos.

AA Ferroviária de Botucatu

E lá estávamos nós, eu, a Mari e meu pai, que ultimamente tem estado em quase todas as visitas a Estádios…

O Estádio, localizado dentro do ainda ativo clube da Ferroviária, chama-se Dr. Acrísio Paes Cruz.

Ele foi inaugurado em 1945, época em que o futebol do interior paulista era fortíssimo e recheado de lendas, mitos e fábulas.

Época em que o futebol de Botucatu era uma potência local, como nos mostram as diversas fotos muito bem distribuídas pelo clube, colaborando com a manutenção da história local.

Encontrei algumas fotos de times antigos no site Acontece Botucatu:

Estar presente num local desses desperta dois sentimentos interessantes.
Primeiro, a satisfação de poder ao menos pisar em um lugar histórico para quem gosta de futebol.
Mas logo em seguida vem uma “saudade de algo que não vivi” que me dá vontade de voltar no tempo só pra ver como era um jogo por aqui…

Pra quem quer saber como é o estádio, como um todo, fiz um breve vídeo dele, confira:

Detalhe para as arquibancadas, de madeira, com mais de 50 anos de idade… É de se emocionar ou não? Incrível como o futebol ensina arquitetura, história…

E as arquibancadas parecem ter parado no tempo, como que aguardando o retorno dos tempos de glórias…

O clube parece ter se preocupado com o resgate da história e usa a imagem dos seus heróis para embelezar ainda mais o lugar!

Outro cuidado que pode se perceber é com o gramado. Ao menos na época da visita, estava muito bom!

E aí não tem jeito. Ao ver um clube assim com tanta história tão bem cuidado, vem na cabeça a manchete sonhada: “Ferroviária de Botucatu celebra seus 70 anos e disputará a série B do Campeonato Paulista“.

Ok! Algumas coisas do estádio, embora pitorescas e valiosas exatamente por isso, talvez precisem ser reformadas para um retorno ao profissionalismo…

Mas é olhar de novo pro campo e ver que a energia do futebol ainda paira sobre ele. Décadas de disputas, rivalidades, amor e ódio compartilhado nas arquibancadas de madeira que merecem ser reacesas!

Um distintivo, que embora homenageie o poderoso São Paulo, da capital, tem seu valor próprio!

Um céu azul, característico do interior de São Paulo que pede de volta os rojões e fogos de artifício avisando que a Ferroviária está de volta aos céus…

Bom… São apenas sonhos de uma pessoa que não acredita nesse progresso que invade todas as cidades do Brasil. Sonhos de alguém que fica feliz em ter mais uma foto em frente de um estádio, como se isso ajudasse a manter viva a história de um clube, de um esporte, de uma cidade, no fundo… sua própria história.

Olha o time da Ferroviária de 1958, as vésperas de um jogo contra a Ferroviária de Assis!

Olha que linda imagem de parte do time de 1966:

Além de tudo o tempo atual é cada vez mas curto e corre mais ligeiro. É hora de um último olhar para o campo.

Uma última memória, um último gol fantasiado, assim como meu irmão fazia no tapete com seus jogos de botão.

O registro daquele que me ensinou e daquela que me apoia nessa busca incessante.

Antes de ir, ali no piso, o adeus de um distintivo que quem sabe ainda voltará a brilhar no profissionalismo.

Privar uma cidade de um time de futebol no campeonato paulista, independente da série, é privá-la de uma expressão cultural importante. Por isso APOIE O TIME DA SUA CIDADE!

Hora de seguir adiante. Atravessamos a cidade, vendo que aos poucos a força mercantilista das grandes corporações como o “inofensivo Habib’s” começa a calar os pequenos botecos.

O futebol não é exceção. É reflexo. O mundo está mudando e pra pior. E vai seguir assim enquanto as poucas pessoas que pensam diferente e que não concordam com isso continuarem caladas. Mudar não é tão difícil quanto parece. Basta atitude. A estrada aliviaria meus pensamentos até Assis…

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Capivariano ensinando a torcer!

11 de junho de 2011. Sabadão a tarde.
Gosto desse horário para ver futebol!
Assim, aproveitamos o dia de sol pelo interior e fomos até Capivari para acompanhar o time local jogando contra o Sport Club Atibaia.

De Cosmópolis até lá, levamos pouco mais de uma hora.

Já havíamos coberto outros jogos do Capivariano, assim como outros jogos do Atibaia, inclusive já conhecemos o Estádio do Atibaia, mas era nossa primeira vez no Estádio Carlos Colnaghido, onde o Capivariano manda seus jogos.

Capivariano FC está em ótima fase, liderando seu grupo, e isso ajudou a trazer um público bastante acima da média da série B do Paulista.

O Estádio do Capivariano é bastante novo, tendo sido inaugurado em 1992, fica num vale que dá um visual bem legal ao campo.

A capacidade é de 5 mil pessoas, mas tem toda a possibilidade de ser ampliado. Essa parte coberta é onde se concentra a torcida local.

Primeira vez nesse estádio. Merece registro!

Pra Mari e para mim! Lembrando que foi de Capivari que saíram Zetti e Amaral (foi no cemitério local que ele trabalhou como coveiro).

A torcida local apoiou o time desde o princípio.
E logo cedo teve a resposta em campo. O time abriu 2×0 ainda no primeiro tempo.

Uma coisa que nos chamou a atenção foi o grande número de crianças no estádio, muito maior do que o normal.

Fomos tentar descobrir porque tantas crianças e acabamos conhecendo a secretária de educação da cidade que nos apresentou um programa implementado em Capivari que une educação e esporte.
Veja o ótimo exemplo para outros clubes:

E o retorno do projeto é imediato.
Neste jogo haviam 5 ônibus lotados de crianças que animaram as arquibancadas do estádio.

Claro, mas nem só de crianças se faz a arquibancada.
Enquanto conversávamos com o pessoal local, o Atibaia marcou e diminuiu para 2×1.

Em campo, um jogo ótimo de se ver. Os dois times jogando pra frente e aproveitando os erros do adversário para criar excelentes oportunidades de gol.

Aliás, eram tantos gols que pela primeira vez eu senti falta de um placar eletrônico que me ajudasse a acompanhar o jogo. Mal dava pra gente conversar com alguém que…. Outro gol!

Aliás, aproveitamos para rever os amigos da rádio Cacique e ainda pudemos conhecer o pessoal da rádio Alternativa que esteve transmitindo o jogo por lá.

Para.
Outro gol.
Quanto está? 4×1? 5×2?
Juro que já não sabia hehehe

Vamos fazer uma foto de outro lado da torcida e… O Chaves diria “Outro gatoooo!”

A bandeira da cidade e do clube nunca flamulou tão contente.

A torcida “Leões da raia” compareceu e apoiou!

Aproveitamos para ouvir de um torcedor local a importância do apoio ao time de sua cidade, veja o que ele nos disse:

O clima anda tão bom que tinha até batuque animando a torcida local!

Aliás, a torcida do Atibaia não apareceu, já que o carro do pessoal da Guerreiros quebrou em Monte Mor, impossibilitando sua chegada ao estádio.

No quesito “culinária de estádio”, o Estádio Carlos Colnaghi oferece deliciosos pasteis, além de salgadinhos industrializados e salgados feitos na hora.

Antes que alguém pergunte, tantos gols e você não registrou nenhum? Taí um gol de penalty do Capivariano.

Muitos gols, torcida apoiando a equipe da cidade, famílias e amigos no estádio.
Dia perfeito para a cidade de Capivari! Parabéns!

O time do Capivariano mostra que está disposto a subir à série A3.
Acredite ou não, o jogo acabou 6×4 para o Capivariano.

Vamos tentar voltar à Capivari para acompanhar um jogo nas fases decisivas e ver se o desejo do acesso se cumprirá.

Por hora é isso.
Nos despedimos satisfeitos e felizes para comemorarmos o dia dos namorados!

Até uma nova visita, torcedor!

Antes de pegarmos a estrada, um breve rolê pela cidade, para conhecer um pouco mais.

E na estrada, um lindo por do sol de presente…

Você faz parte do lugar onde mora!
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Viajando pelo Brasil…

Assim como no ano passado, a idéia foi visitar um lugar que ainda não conhecessemos, aproveitar sua cultura e aprender um pouco mais sobre o futebol local. No ano passado, fomos para o interior de SP e Sul de Minas Gerais, lembra? Veja aqui como foi. Esse ano, fomos mais audaciosos e decidimos conhecer o estado de Alagoas, um verdadeiro paraíso tropical. Nossa base foi a capital, Maceió. Ficamos no Pajuçara Hotel (o primeiro hotel com piscina na frente, na foto abaixo). Logo na ida, uma agradabilíssima surpresa para os amantes do futebol! Ficamos quase 2 horas esperando o nosso vôo sentados ao lado de Dorival Júnior, que estava em viagem também. Dorival foi muito gentil e simpático e nos aguentou até a hora do embarque. Bom, agora eu tenho que adiantar uma parte da história antes que você me pergunte “Pô, por que não tirou uma foto ao lado do cara??”. Eu tirei. E tirei fotos de todas as praias e passeios que fizemos. E também das aventuras boleiras, dos estádios  e do jogo do CRB. Mas essas fotos não estarão nesse post porque consegui perder a câmera no último dia do passeio. Foda né? Ainda não sei se a deixei cair em um dos taxis que pegamos no último dia, quando fomos conhecer o centro de Maceió, ou se fui furtado (o que não consigo aceitar, já que fiquei o tempo todo prestando atenção à mochila que estava comigo e onde levava câmera e carteira). Bom, mas deixemos as lamentações pra lá, o que eu vou fazer é colocar fotos que estão aí pela internet pra ilustrar o que fizemos, e vc e eu fingimos que são as que eu havia tirado com a minha câmera, ok? Então, pra resumir a parte “não boleira” da viagem, os passeios que fizemos (e recomendamos) foram:

Praia do Pajuçara

Era a praia em frente ao hotel que a gente estava. Assim como quase todas as praias de Maceió, oferece passeios de jangada até as piscinas naturais formadas pelos corais e recifes.

Praia do Francês

Todo mundo disse “Se for pra desistir de um passeio, escolha a Praia do Francês”. Mas como não costumamos dar ouvidos sem antes ver com nossos próprio olhos, lá fomos nós à Praia do Frances, uma praia bonita e bem próxima de onde estávamos. Tem como diferencial, a presença de um grande recife a poucos metros da orla, que praticamente divide a praia em duas partes. Conseguimos emprestado um par de snorkels (é assim que escreve??) e ficamos quase 3 horas mergulhando e vendo os peixes. Almoçamos num quiosque em frente a praia (opções para vegetarianos: purê de batatas, arroz e feijão, batata frita e saladas).

Paripuera

Paripuera é uma praia ao norte, pouco mais de meia hora de carro da Pajuçara. É uma daquelas praias meio isoladas e consequentemente, com poucas pessoas. Fomos mergulhar nas piscinas naturais lááááá no meio do mar (fomos de scuna). Um passeio bonito e inesquecível. Depois do passeio, já em terra, fomos almoçar num restaurante que serve como ponto de base dos turistas que vão à praia. Conhecemos dois casais muito gente boa. Um de argentinos (torcedores do Independiente) e outro de paraguaios (hinchas do Cerro). O paraguaio inclusive me prometeu uma camisa do Cerro Portenho, mas não o encontrei depois para cobrar a promessa hehehe.

Maragogi

Maragogi é uma Paripuera aina melhor, principalmente pela cor da água. A grande dica são os sequilhos vendidos na praia. Deliciosos! O rolê de buggy também é bacana (eu preferi pegar o pequeno e eu mesmo ir dirigindo, mas confesso que não vale muito a pena… Vai com o maior só curtindo mesmo). Ah, e depois dê uma caminhada pro lado direito (pra quem olha pro mar) para ver o encontro da água de um rio com o mar.

Praia do Gunga

Cara, acho que esse é o lugar mais maravilhoso, daqueles que parecem filmes. Pequeno, com estrutura simples, mas tranquila, a maré sobe e baixa a cada 6 horas, então você começa com guarda sol praticamente dentro da água e sai dali com a água longe. Levei uma queimada de “Cebola” (um tipo de água viva). Dói pracaramba. Ao redor, só plantação de coqueiros. Pra se chegar vai de barco ou de carro. Nós fomos de barco. O que enjoa é que só toca forró. E eu não gosto de forró. Nem um pouco.

Bordadeiras e Rendeiras do bairro Pontal da Barra

Como a Mari é uma profissional da moda, na volta da praia do Gunga paramos no Pontal da Barra para conhecer o tão comentado trabalho das Bordadeiras. Muito legal. Fiquei sabendo inclusive que o movimento anarquista da região atua por ali com os pescadores.

Feira do Rato

Bom, a gente ainda procura manter uma atitude mais punk e ao invés de só fazer o rolê de turista, tentamos conhecer um pouco do verdadeiro dia a dia das pessoas. Assim, ao invés de fazermos um últimos passeio, decidimos tirar o dia para conhecer os museus e também para conhecer o centro da cidade. O primeiro destino: “A feira do Rato”, também conhecida como “Feira do trem” pois a mesma é montada em cima de um trilho e quando o trem passa… É aquele corre. O lugar é legal, mas vc tem que estar ligado, porque é mais ou menos como uma 25, só que sem nenhum policiamento. Ao lado da feira estão o mercado de artesanatos e o mercado municipal. Fomos nos dois, mas sofremos um pouco porque entramos pelo lado do açougue no mercadão e para dois vegetarianos não é assim o melhor dos passeios.

Centro de Maceió

Centro é centro. Não tem segredo. Camelódromos, vendedores ambulantes, gente apressada…

Museus

Visitamos quase todos os Museus do Centro da cidade, e embora as empresas de turismo não dêem muita atenção (alegam que é o próprio turista que não quer ver museu, quer ir pra praia) nós recomendamos um dia para se visitar a cidade e ao menos conhecer por fora os Museus. Destacamos o Museu doPalácio Floriano Peixoto, o Museu Théo Brandão, o Museu de Arte Brasileira e o Museu da Imagem e do Som – MISA, que se vê na foto acima. Bom, como tá um pouco tarde, até o final dessa semana eu escrevo um novo post contandoo sobre a parte boleira do nosso rolê!!! Aguarde…

Apoie o time da sua cidade!!!

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Um pouco sobre Madrid e Amsterdam

Como eu havia dito no último post, fiquei enclausurado no aeroporto em Madrid por algum tempo, enquanto aguardávamos o vôo para Amsterdam, e comprei 2 quadrinhos sobre futebol lá. O aeroporto delá é tão grande que tem até Metrô pra te levar de uma plataforma a outra. DSC02543 O futebol na Espanha não fala em outra coisa… As contratações do Real Madrid eram capas da maioria dos jornais. Já aqui em Amsterdam, não se fala muito em futbeol. Mas fui no estádio do Ajax e conheci um monte de moleques fanáticos pelo time. Ah, e ainda no avião, vindo pra cá, conheci um pibe de 14 anos que joga no sub 15 do Málaga, o pai dele veio falar comigo sobre o Corinthians ter sido expulso do torneio que disputaram aqui por treta… Tá vendo, a gente acha que essas coisas não são percebidas né…. malaga Desculpe a pressa, depois escrevo mais… O estádio do Ajax é legal, mas moderninho demais hehehe Abraços MAU! in Europe!]]>

Rolê da virada de ano (2008 – 2009)!

No fim de ano de 2008, eu e a Mari fizemos um rolê bem bacana!
Pra não gastar muita grana decidimos seguir para o sul, onde não haviam pedágios (isso mudou exatamente no dia seguinte ao que fomos, acredita?).
Planejamos passar o fim de ano em alguma praia do Paraná.
Assim, pra aquecer e encurtar a distância, começamos descendo pro litoral de São Paulo, pra Itanhaém, onde passamos dois dias com os amigos e aproveitamos para comprovar minha má forma física fazendo uma trilha pelos morros junto à praia.

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De Itanhaém, fomos seguindo sentido Peruíbe até pegarmos a BR para Curitiba, uma cidade muito legal, cheia de cultura e de lambuja, com 3 grandes times.
Começamos pelo Atlético Paranaense, já atualizando em 2019 seu novo escudo:

Fizemos um visitação monitorada do Estádio Joaquim Américo, considerado exemplo no Brasil, a Arena da Baixada.

Arena da Baixada, o Estádio Joaquim Américo
Arena da Baixada, o Estádio Joaquim Américo

O que mais me chamou a atenção, além da imponência e da beleza de suas arquibancadas é que o estádio é praticamente um Shopping. Embaixo das arquibancadas há dezenas de lojas (e não estou falando somente de lanchonetes).

Arena da Baixada, o Estádio Joaquim Américo - Curitiba - PR

Tudo muito limpo e muito bem feito. Realmente a Arena ditou a moda das arenas futuras (escrevo isso agora em 2025 quando decidi reler esse post).

Arena da Baixada, o Estádio Joaquim Américo - Curitiba - PR

O Atlético Paranaense realmente desponta como uma administração bastante diferenciada, caminhando para o conceito do sócio torcedor, e estádio cheio.

Arena da Baixada, o Estádio Joaquim Américo - Curitiba - PR
Arena da Baixada, o Estádio Joaquim Américo - Curitiba - PR

Uma vez visitado a moderna Arena da Baixada, fomos à casa do rival, Coritiba FC!

Distitntivo do Coritiba FC

Bem vindo ao tradicional Estádio Couto Pereira, o maior estádio do estado.

Coritiba FC - Estádio Couto Pereira - Curitiba - PR

Confesso que me surpreendeu o quão bem recebidos nós fomos.

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Pudemos adentrar aos escritórios e nas arquibancadas pra fotografar.

Coritiba FC - Estádio Couto Pereira - Curitiba - PR

O Assessor de Imprensa me entregou um material informativo do clube, bem legal e encontramos aberta a excelente loja do torcedor.
O estádio é aquele modelo antigo, enorme, com muito cimento, mas muita energia.

Coritiba FC - Estádio Couto Pereira - Curitiba - PR

É um baita estádio!

Por fim, para fechar a trinca de ouro da cidade, fomos conhecer a casa do Paraná Clube Brasil.

Distitntivo do Paraná Clube

E aí está o Estádio Durival Britto e Silva, conhecido como Vila Capanema.

Paraná Clube Brasil - Estádio Durival Britto e Silva - Vila Capanema - Curitiba-PR

Infelizmente, fomos impedidos de entrar ou mesmo de fotografar por um tiozão, com jeito de zelador…
Mais um exemplo de como alguns clubes não enxergam o potencial turístico do futebol.

Paraná Clube Brasil - Estádio Durival Britto e Silva - Vila Capanema - Curitiba-PR
Cópia de ferias fim de 2008 Paraná Clube Brasil - Estádio Durival Britto e Silva - Vila Capanema - Curitiba-PR

Como a ideia era de se divertir, e não somente pensar em futebol (será mesmo possível?) decidimos descer a serra e ir conhecer a histórica Morretes.
Fomos pela Estrada da Graciosa.
Um passeio muito legal, e com uma vista muito bonita.

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Chegando lá, o tempo esfriou e como a cidade é muito mais histórica que turística, fomos pra Paranaguá, onde alguns amigos iriam passar a virada, na praia.
A cidade tem dois estádios. Um é o Fernando Charbub Farah, o “Gigante do Itiberê“:

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O outro, é o estádio do Rio Branco, que fica pro lado do Porto.

Após uns 40 minutos chegamos lá e ainda pudemos encontrar alguns jogadores que disputaram este ano o Campeonato Paranaense.
Trata-se do Estádio Nelson Medrado Dias, mais conhecido como Estradinha.

O estádio é bem old school, mas muito legal, tem até uma lojinha embaixo da arquibancada, mas achei cara a camisa.

Rio Branco - Estádio da estradinha - Estádio Nelson Medrado Dias - Paranaguá - PR

Mas pelo menos marcamos presença em mais um estádio menos conhecido porém super importante para a rica história do futebol paranaense.

Rio Branco - Estádio da estradinha - Estádio Nelson Medrado Dias - Paranaguá - PR
Rio Branco - Estádio da estradinha - Estádio Nelson Medrado Dias - Paranaguá - PR

Bom, feito nossa visita futebolística, decidimos ir pra praia.
Mas…. após 1 hora parados, na estrada que daria acesso às praias,  o trânsito caótico nos fez desistir.
Voltamos para Curitiba.
Dali, voltamos pra Itanhaém, pra ver a queima de fogos do Satélite E.C. .
Ufa…. Enfim acabamos 2008…

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