De volta a Assis! Cidade onde meu pai viveu e onde parte da minha família ainda vive.
Assis tem crescido bastante mas ainda mantém boa parte de áreas verdes, como o tradicional Parque “Buracão”.
Algumas avenidas da cidade estão repletas de mangueiras, pena que nessa época do ano, ainda não tem fruta nos pés…
Já estivemos em Assis para escrever sobre futebol por duas vezes. A primeira e mais marcante delas em 2011, quando viajamos mais de 500 km para ver um jogo do Assisense e o time visitante (o Ilha Solteira) deu W.O. (clique aqui e veja como foi).
Dessa vez, a visita ao Estádio Municipal Antonio Viana da Silva, o “Tonicão” foi mais rápida, só pra rever o local, que aliás estava fechado…
Meu pai também esteve nesse rolê e foi nosso guia, relembrando histórias do VOCEM, da Ferroviária, do São Paulo e demais times da cidade.
Bom, mas hoje não tem jeito de fotografar o Estádio. Ou tem?
Ah, pelo buraco deu pra ver que os mais de 10.000 lugares do estádio, construído no início dos anos 90, onde o Clube Atlético Assisense manda seus jogos.
Mais uma bilheteria pra nossa coleção!
A fachada do Estádio está bem arrumadinha, mas perdeu o distintivo do Assisense, que antes ilustrava o muro.
Falando no time do Assisense, que segue disputando a série B do Paulista, a cidade parece estar apoiando um pouco mais do que nos últimos anos (em 2012 o time nem participou da competição). Até dá pra comprar ingressos e camisas do time, nas lojas do centro.
Voltando ao estádio, uma outra olhada pelo buraco pra ver lá ao fundo um pouco mais da área verde do Parque do Buracão.
O Estádio fica ali na Vila Operária, na mesma avenida do Parque, num lugar bem tranquilo.
Quer ver um jogo por lá? Coloque aí no GPS o endereço:
Só toma cuidado com o gato louco.. Olha a cara dele, mano…
Fomos dar uma caminhada pela Vila operária, o local do VOCEM, e onde minha família viveu até a vó Luzia falecer, e olha quem nós encontramos… o Padre Aloísio Belini, patrono do VOCEM e agora símbolo da Escola de Samba Unidos da Vila Operária.
Ah, achei uma foto minha ao lado do Padre Aloísio, do meu avô Tonico e do meu primo (camisa do São Paulo) Marquinhos.
Essa é a Igreja da Paróquia da Vila Operária.
Outra coisa que marca a Vila Operária são os trilhos que limitam o bairro. Nessa altura, o mais engraçado é que o trem quando passava por ali, a caminho de São Paulo, ao invés de seguir no sentido da capital, ele ia no sentido contrário, até Cândido Mota. Só lá, ele fazia a volta e começava a dirigir-se para São Paulo.
Ao redor dos trilhos a história da cidade foi se construindo. De galpões (de onde saiam os grão produzidos na terra vermelha) a bairros, como a Vila Operária.
Ainda está de pé o local da estação de Assis.
Ainda está ali na parede o nome da parada. “Assis”.
Hoje, a cidade cresceu, vivem ali mais de 100 mi pessoas.
O centro da cidade está repleto de lojas tradicionais e muito movimento.
Mas, essa viagem para Assis tinha uma outra meta especial, que era visitar o terceiro estádio da cidade, o único que ainda não havíamos fotografado: o Estádio Marcelino de Souza, onde o Clube São Paulo de Assis e o próprio VOCEM mandavam seus jogos. E lá fomos nós!
O estádio fica junto do clube, e conseguimos entrar para fazer algumas fotos!
Mas antes de entrar, o jeito foi filmar de cima do muro mesmo…
Bela arquibancada para um estádio que atualmente só recebe partidas do futebol amador, hein?
O gramado também está muito bem cuidado!
É aqui que o time do São Paulo de Assis, fundado em 1952, mandava seus jogos.
O time chegou a disputar 4 competições oficiais da Federação Paulista.
Olha aqui o time de 1962:
Aqui, outra época:
O campo fica pertinho da linha do trem!
Enfim… esse foi mais um rolê por Assis. Espero voltar ano que vem para acompanhar mais um jogo do Assisense.
Ah, que rolê incrível! Pra quem acha que o futebol de verdade neste ano de 2013 é a Copa das Confederações, recomendo uma voltinha pelo interior paulista.
É muita história, muitos times e muitos estádios. Saímos de Regente Feijó e fomos para Rancharia!
Rancharia é uma cidade com pouco mais de 30 mil habitantes.
A cidade foi fundada em 1916 e está a pouco mais de 520 km de São Paulo.
Rancharia tem na produção agropecuária e no Algodão suas principais atividades econômicas, e como toda boa cidade do interior, tem uma igreja ali no centro!
Eu não imaginava, mas Rancharia é o 6º maior município do estado de São Paulo, e tem como motivo de orgulho o Estádio Francisco Franco, na Rua Adhemar de Barros, 750, onde a A.A. Ranchariense mandava seus jogos!
Você pode estar se perguntando por que eu estava olhando para o lado. A resposta está aí embaixo: um novo amigo do blog, ainda que em forte momento alcoólico, fez questão de sair na foto!
Outro amigo foi a Mari que fez!
Vamos dar uma olhada na parte interna do estádio!
O Estádio Francisco Franco tem capacidade para mais de 4.600 pessoas.
O futebol em Rancharia teve seu auge nos anos 40, quando surgem a A.A. Ranchariense e a A.A. Matarazzo, para disputar o Campeonato do Interior da Federação Paulista.
O time do Ranchariense só foi se profissionalizar em 1978 .
Olha aqui a campanha da Ranchariense na 5a divisão de 1979:
Aqui, uma outra bela campanha do time, dessa vez, pela Terceira Divisão de 1985:
Olha aí que presente do amigo e leitor do blog Fabio Teixeira: fotos de 1988, contra a Chavantense:
Rancharia tem mesmo uma relação bem apaixonada com o futebol!
O gramado está em perfeitas condições!
Belas arquibancadas que viram desde 1978 a equipe da Ranchariense representar a cidade no Campeonato Paulista de Futebol.
No momento da nossa visita, um rachão com cara de peneira entre uma molecada da cidade rolava no campo.
O Estádio está em obra na arquibancada atrás do gol.
A arquibancada é aquelas de cimento, old school.
Junto do estádio tem uma pequena estrutura com algumas salas.
Homenagem ao pessoal do Juventus!
E dá lhe a molecada jogando!
Uma visão de dentro do campo.
Aí está um time que eu gostaria muito de ver jogar…
Mais uma vez, ficamos orgulhosos de poder entrar em um estádio que está na história o futebol brasileiro.
Seguindo na estrada, chegamos à cidade de Regente Feijó!
Nossa primeira parada foi em um restaurante em um posto de gasolina, pra almoçar!
Falando um pouco sobre a história da cidade, o surgimento de Regente Feijó teve como principal propulsor a Estrada de Ferro Sorocabana, que inaugurou sua estação em “Memória” (como o local era conhecido), em alusão ao ribeirão Memória, em 1919.
A fundação do município ocorreu em 1922, mas ainda é possível encontrar casas do começo do século passado.
Mas, o nosso objetivo era conhecer o Estádio Municipal Dr. Mário dos Reis e lá fomos nós…
Pode marcar aí, mais uma foto de bilheteria pra nossa coleção.
É ali que o Esporte Clube Regente Feijó, fundado na década de 40, mandava seus jogos.
Que tal uma olhada por dentro do estádio?
Vale citar que outros times chegaram a jogar ali, como o São Bento, formado por trabalhadores da Serraria São Bento, em sua maioria negros, numa época em que o racismo era ainda mais forte.
O Esporte Clube Regente Feijó participou duas vezes da Terceira Divisão, na década de 50, terminando em quarto e quinto lugares.
O Estádio tem capacidade para 1.500 lugares, e embora o time não dispute mais os campeonatos profissionais, o estádio está muito bem cuidado.
O gramado do campo e até o do entorno estão aparados e com ótima aparência.
Para quem apostava que estaria frio, olha só que belo dia pegamos por lá!
Ah, a estrada e suas surpresas… Lá estávamos nós em Presidente Prudente, conhecendo alguns pontos turísticos da cidade.
Aqui, é a Cidade da Criança, um parque bacana pra criançada e para aqueles que gostam de animais (ainda que alguns estivessem muito aprisionados).
Mas o parque também conta com uma população de animais livres, como os quatis.
Ao lado do parque existe um parque aquático bacana, mas estava fechado…
Uma bela lagoa, no meio do parque também ajuda a compor um local bem bacana!
Tem até uma turma de hipopótamos vivendo por lá (num espacinho tão pequeno…):
Aqui dá pra ter uma ideia do que é o parque!
Mas, vamos falar de futebol! A cidade já teve vários times disputando o profissional. O primeiro deles a Associação Prudentina de Esportes Atléticos, fundada em 1936.
A Prudentina é o time que mais deixou saudades no povo da cidade (foto abaixo da matéria da Globo).
Esse era o time de 1958, em matéria da Gazeta Esportiva:
Após uma subida meteórica da 3ª para a primeira divisão o time jogou a primeira divisão de 1962 a 1967. Aqui, o time de 1964 prestes a enfrentar o Santos FC:
O título da segundona de 61 foi muito comemorado na cidade!
O time mandava seus jogos no Estádio Félix Ribeiro Marcondes, com capacidade para 15 mil torcedores, inaugurado em 1946.
Tinha uma arquitetura bem bacana, com uma arquibancada num nível acima do campo.
Após seu rebaixamento, em 1967, desativou o departamento profissional e nunca mais retornou às disputas organizadas pela Federação Paulista de Futebol. Com a desativação do profissional, o estádio foi demolido em 1970, para a expansão social da APEA.
Mas Presidente Prudente é conhecida por possuir um outro estádio diferenciado: o Estádio Paulo Constantino, outrora chamado de Estádio Eduardo José Farah, o “Prudentão”.
Uma olhada no entorno:
O nome original do estádio é “Estádio Paulo Constantino“, popularmente conhecido como “Prudentão“.
O Estádio foi inaugurado em 12 de outubro de 1982, com a partida entre Santos e o Corinthians de Presidente Prudente, com vitória do time santista por 1×0, frente a 20.240 torcedores.
O Esporte Clube Corinthians de Presidente Prudente foi fundado em 8 de fevereiro de 1945 e era carinhosamente chamado de Cortinthinhas.
O mais legal da história do Corinthians é que os fundadores criaram o time com a exigência de que eles jogassem, sendo que um deles (o senhor Gushiken) era cego do olho esquerdo.
A partir de 48 o Corinthians de Presidente Prudente passou a disputar o Campeonato Profissional. No site ICFUT encontrei uma foto do time:
Mas, antes de jogar do Prudentão, o Corinthians mandou seus jogos no Estádio Parque São Jorge, na rua Siqueira Campos. Se o nome do time era uma homenagem ao time da capital, o do campo não poderia ser diferente… Mais uma foto do site ICFUT (vale lembrar que em 1956, mutirão da torcida construiu uma nova arquibancada aumentando para 10 mil lugares a capacidade do estádio):
Em 1959, o Corinthinhas conquistaria a única vaga disponível para o acesso ao Campeonato Paulista de 1960, do qual foi rebaixado já no primeiro ano de disputa. A partir daí, as atenções do futebol de Presidente Prudente voltaram-se à Prudentina.
A má fase do time, e a tentativa de conquistar a simpatia dos torcedores de Palmeiras, São Paulo e Santos em Presidente Prudente fez com que o Corinthians mudasse de nome em 1973. Surgia o Presidente Prudente Esporte Clube, mas não conseguiu o apoio dos torcedores locais e retomaram o Esporte Clube Corinthians de Presidente Prudente, em 1975.
Em 79 veio o melhor time já montado pelo Corinthians, mas infelizmente, nada de acesso. O Parque São Jorge estava novamente lotado, mas em 1983, o terreno do Parque São Jorge foi vendido para a construção de um shopping center, o atual Prudente Parque Shopping e o time passou a jogar no Prudentão.
O Prudentão é o 9o maior estádio do Brasil, com capacidade para mais de 45 mil torcedores e por isso mesmo, já jogaram por lá Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Santos, Fluminense, Flamengo entre outros.
Nos anos 1990, o time fez apenas campanhas medianas na Série A-2 do Paulista, e acabou rebaixado para a Série A-3, sem recursos e jogadores sem pagamentos.
Mesmo assim, o time subiu em 1996 de volta para a A-2.
O time voltou à série A3 em 1999, e sequer pode disputar a B-1 de 2001, pelas dívidas com a FPF. Era o fim do Corinthians de Presidente Prudente.
Em 2016, surge um time que homenageia o Corinthians utilizando seu nome na disputa da Taça Paulista de Futebol, competição organizada pela Liga de Futebol Paulista.
Infelizmente não conseguimos entrar no estádio, e só pudemos fotografar o lado de fora…
O estádio possui uma estrutura diferenciada até mesmo em comparação aos da capital, com estacionamento, vestiários, iluminação moderna, camarotes vip, entre outros. Mas claro que não poderia faltar a foto da bilheteria!
Na época da nossa visita, o Grêmio Esportivo Prudente mandava seus jogos neste estádio.
O Grêmio Prudente veio do Oeste Paulista, outro time da cidade, fundado em 2005.
Jogando todo de laranja, logo o Oeste passou a ser chamado de a “Laranja Mecânica”.
Ah, o estádio fica na Av. Pres. Juscelino Kubitschek.
Vale lembrar que a partir de 2012, o Oeste Paulista passou a se chamar de Grêmio Prudente e herdou do Grêmio Barueri, o acesso à primeira divisão paulista, chegando inclusive à semifinal de 2010, sendo batido pelo time do EC Santo André.
Mas outros times também mandaram seus jogos por ali: o Prudentino FC, que teve vida curta (só disputou a série B de 2001).
Outro que usou o Prudentão como casa foi o Presidente Prudente F.C. .
Fundado em 1989, o Presidente Prudente F.C. também tem seu estádio, o Estádio da Vila Industrial, o “Palco das Estrelas” e fomos até lá conhecê-lo!
O estádio é o centro de treinamento do time e embora ainda não tenha arquibancadas, tem um ótimo espaço, para quem sabe no futuro, poder receber os jogos do time!
O legal é que por ser a casa do Presidente Prudente F.C. deu pra conhecer um pouco do dia a dia do time!
Até um pessoal do time estava por ali.
E o estádio fica numa região mais próxima do centro da cidade.
Neste belo gramado, em 2006, o clube estreou na Segunda Divisão, tendo se licenciado por algumas vezes até que em 2013 fez seu último ano (até então) do profissionalismo.
Já dá pra imaginar como seria ver um jogo ali, bem mais perto do campo!
Além de um campo principal, eles tem mais dois campos menores para os treinamentos.
Eu imagino que deva ser difícil para um time como o Presidente Prudente F.C. mandar seus jogos num estádio tão grande quanto o Prudentão, por ser muito grande e até “impessoal”, por isso, quem sabe o estádio não vira uma realidade logo?
Hora de deixar a Vila Industrial e conhecer o último estádio da cidade! Última foto, com o sentimento de ter mais uma vez conhecido um estádio que merece estar na história!
A próxima parada é o Estádio Caetano Peretti!
O Estádio, fundado em 27 de outubro de 1968, foi o primeiro campo prudentino municipalizado. Dá uma olhada no entorno do campo:
Ali chegaram a ser disputadas partidas de diversos times da cidade, amadores e profissionais. Em 1992, o estádio foi a casa do Corinthinhas durante toda a série A3
Em 2017, recebeu a final do Sub 20 da 2a divisão, onde o Oeste Paulista EC pegou a Itapirense. A foto abaixo é do site do Globo Esporte que faz uma bela retrospectiva do estádio (veja aqui como foi):
Lá também tem a foto da inauguração após as reformas de 1980:
Recentemente, o estádio passou por uma série de melhorias, como por exemplo, um novo gramado e sistemas de irrigação.
A casa do atleta, que é um espaço de alojamento também recebeu melhorias.
Atualmente, o Estádio tem capacidade para 3.000 torcedores.
Aí eu e a Mari, em um estádio desse interior de São Paulo…
Incrível a qualidade dos gramados do interior!
A arquibancada também está muito bonita!
O Estádio guarda ainda uma cara de “clube”.
Tem até um documentário sobre o Estádio:
Pra terminar, se liga o que era um derbi prudentino entre a Prudentina e o Corinthians, em 1957:
Ufa! 3 estádios em Presidente Prudente. Hora de pegarmos a estrada! Vamos contentes em ver que Presidente Prudente ainda mantém suas origens e seu amor ao futebol.
Ele fala sobre um estádio, o oitavo da nossa viagem, localizado na singela cidade de Piacatu, onde vivem cerca de 5 mil pessoas que mantém a simpatia e simplicidade das cidades do interior paulista.
Onde fica? Fica ali, literalmente no meio da estrada que liga Araçatuba a Presidente Prudente. Perto de Rinópolis (onde há um estádio super bacana, mas que infelizmente não visitamos… MENSAGEM VINDA DE 2018: CLIQUE AQUI E VEJA COMO ENFIM FOI NOSSA VISITA À RINÓPOLIS).
É lá que encontramos o Estádio Municipal José Sebastião Martins, o “Zico”, campo onde vive o futebol amador da cidade.
O Estádio possui um belo gramado e uma estrutura bem bacana.
Uma pena a cidade não ter conseguido levar nenhum time ao profissionalismo, mas… quem sabe o que o futuro aguarda?
Encontramos belos cenários em meio a tantas estradas, pena que nem sempre a foto saiu boa.
E foi com a empolgação de tantas novidades, que chegamos a Bilac, cidade onde está o sétimo estádio do nosso rolê.
A cidade possui pouco mais de 6 mil habitantes. Esse é o brasão da cidade:
Foi lá que, em 01 de maio de 1953 foi fundado o Bilac Esporte Clube.
O clube mandava seus jogos no Estádio Municipal Wagih Saghabi, com capacidade para mais de 3.200 torcedores.
O Estádio fica na Rua Gabriel Monteiro, próximo da entrada da cidade. Aí está mais uma bilheteria pra Mari…
E mais um estádio para entrar para nossa coleção. E mais uma foto que saiu ruim… É mole?
Olha que destaque bacana, que está em uma parede dentro do estádio, é uma lista dos jogadores que passaram pela escolinha do clube e foram para outros clubes.
Este foi o time que disputou os torneios amadores de 1964:
Mas o time disputou também 4 edições oficiais do campeonato paulista. Encontrei algumas fotos do passado sem identificação do ano:
A felicidade de conhecer um estádio como esse, que poucas vezes recebeu a atenção da mídia, transparece até em nossas sombras. E viva Peter Pan!
E não é que conseguimos adentrar e dar uma olhada no campo, ali de pertinho?
Wagih Saghabi foi presidente do Bilac EC por muitos anos e por isso dá nome ao estádio.
Tem uma arquibancada bem feitinha, deu pra ficar imaginando como teriam sido os campeonatos da quarta divisão dos anos 60, disputados ali. Quantas pessoas teriam assistido aqueles jogos. Será que alguém teria fotografado algum daqueles jogos?
O alambrado segue por lá separando a torcida do campo…
O gramado segue bem cuidado.
Atualmente, o estádio recebe partidas e torneios de futebol amador. A entrada é bastante acanhada, mas muito legal!
E vamos para a próxima cidade! Depois de visitar Birigui e conhecer os estádios locais, fomos à cidade vizinha: Araçatuba e suas belas avenidas!
Fomos conhecer o Estádio Dr. Adhemar de Barros, o “Adhemarzão”!
Como a entrada principal estava fechada, fomos pelo acesso lateral.
O Adhemarzão é um estádio de grande porte. Tem capacidade para mais de 15.000 torcedores, mas é proibido bater bola no gramado…
Vamos dar uma olhada geral em mais este belo campo do oeste paulista:
O estádio foi inaugurado em julho de 1939, e tem uma localização privilegiada.
É nele que a Associação Esportiva Araçatuba, a tradicional AEA manda seus jogos!
Além de uma grande arquibancada descoberta, conta com uma parte coberta, na região central do campo.
Tivemos a sorte de poder acompanhar um pouco do treino da AEA.
Dá pra ver a cidade ao fundo, e percebe-se que Araçatuba não para de crescer, hein?
Um detalhe curioso é que ao invés de vermos os tradicionais “Quero-Queros” no campo, encontramos várias famílias de gatos descansando sob o sol…
Mais uma foto histórica, registrando um estádio maravilhoso!
O estádio é todo bem identificado, indicando inclusive a capacidade de cada arquibancada.
Olha aí o setor que homenageia o famoso Dr Farah!
E esse é o Dr. Ademar:
Mais uma bilheteria para a lista da Mari!
Olha que bacana as arquibancadas vistas do lado de fora!
Mais uma vez, ficamos contentes, estando numa cidade tão longe da nossa, mas ao mesmo tempo com tantas coisas em comum, e principalmente o respeito ao futebol…
Espero que tenha dado pra conhecer um pouco sobre o estádio!
Saímos de Penápolis(veja aqui como foi) e rumamos à Birigui, uma cidade muito bacana, desenvolvida e que tem na indústria do calçado sua maior riqueza!
Demos um role pela cidade pra conhecer um pouco do lugar. Aqui é a antiga rodoviária, atual concentração de comércios:
Outra tradição das cidades do interior são as igrejas, normalmente muito bem cuidadas:
A cidade possui uma larga história na indústria de calçados, tanto que até um museu (veja aqui) ao tema eles tem!
Para aqueles que gostam de esportes, a cidade de Birigui estava participando do “Dia do Desafio”, contra a cidade de Pococi, de Costa Rica, e venceu a disputa com ampla vantagem.
O estádio fica numa região um pouco distante do centro, mas de fácil acesso.
Eu gosto de ver os distintivos dos donos do Estádio (ou mandantes) espalhados pelos portões e muros.
O Estádio Municipal Pedro Marin Berbel é bastante imponente e mais uma grata surpresa. Tudo muito bem cuidado e muito bonito. Taí a Mari na bilheteria!
Vamos dar uma olhada lá dentro!
O “Pedrão” tem capacidade para mais de 10 mil pessoas.
O Estádio tem uma vasta arquibancada.
O campo foi inaugurado em 3 de junho de 1983, em uma partida entre o Bandeirante e o Botafogo de Ribeirão Preto. O time visitante venceu por 2 a 1.
O terreno foi doado pela prefeitura e originalmente, se chamaria “Estádio Municipal de Birigui”, porém, em 1981 o prefeito Pedro Marin Berbel, que estava no poder na épóca da sua construção, ganhou sua homenagem.
Sem dúvida, ficamos com muita vontade de voltar para assistir um jogo no “Pedrão”!
Outra grata surpresa foi ter encontrado nada menos do que o próprio presidente do clube, Celso Luiz Aguiar, que estava por ali, andando pelas arquibancadas, fazendo planos e sonhando com o melhor futuro do time.
Ali acima, as cabines para as equipes de jornalismo.
Olha o banco de reservas ali!
Outra coisa que tem ganho importância e tem sido cada vez mais respeitado nos estádios: a área para cadeirantes. Bacana a iniciativa!
Olha que legal essa vista que mostra o arco das arquibancadas. Dá pra ver como é grande o estádio!
Fiz uma foto panorâmica também, olha só:
O que deu tristeza foi ter que ir embora sabendo que no dia seguinte, teríamos um jogão entre o BEC e o Tanabi, ali no Pedrão…
Hora de ir embora. Mas antes de deixar a cidade, temos mais uma missão. Como dissemos, o “Pedrão” foi construído na década de 80, então, onde o Bandeirante mandava seus jogos antes?
No Estádio Roberto Clark! E aí está ele!
A boa notícia é que o campo continua lá…
A má é que o clube não tem verba para conseguir fazer a manutenção adequada.
Olha a bilheteria aí:
Vamos tentar entrar e dar uma olhada? Hmmm… Problemas, o portão está trancado com cadeado…
Mari, mas e aquele buraco na grade? Vamos tentar?
Ok… Imagens tristes para quem ama o futebol e sua história. Tem uma cerca “fechando” o acesso à arquibancada.
O gramado até está bem cuidado.
Mas a arquibancada, que já recebeu tantos torcedores…
Fizemos um vídeo lá dentro, mas acabou não dando certo, então fizemos um novo, numa versão “em movimento”, olha aí:
Não vamos ser levianos de criticar a gestão do clube pelo atual estado do Estádio Roberto Clark, sabemos que não é fácil, nem barato cuidar de um campo, mas que seria legal alguma acão, de repente até com o envolvimento da torcida, nem que seja pra dar uma capinada no mato…
Fomos embora, admirando o bonito horizonte da cidade (a foto abaixo mostra o horizonte de Araçatuba), felizes por conhecermos mais dois estádios, tão importantes para a história do futebol no Brasil.
APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!
Não faça como o Ricardo, lá de Birigui, fez com seu amor…
A próxima parada estava perto de Lins! Andamos poucos minutos e logo conhecemos a bonita cidade de Penápolis.
Ainda é possível encontrar muitas obras de arquitetura que lembram o passado da cidade.
Nosso destino era o Estádio Municipal Tenente Carriço onde o C.A. Penapolense manda seus jogos.
O “Tenentão” fica localizado num endereço fácil de lembrar:
Não tinha ninguém ali na frente pra tirar uma foto de nós dois, então… fizemos duas fotos, afinal, uma lembrança em frente o Tenentão é algo que ninguém quer perder!
A cidade de Penápolis e em especial o entorno do estádio é bastante tranquilo, ainda mais num feriado…
Reparou na placa em frente o Estádio? Ela eterniza a entrada do estádio em 1956, e o time vencedor do Campeonato Paulista da 2a divisão em 1974.
Mas, deixemos de enrolação e entremos em mais um templo do futebol!
Já do lado de dentro é possível ver o sonho que se tornou realidade e com certeza superou a expectativa de muita gente. O C.A. Penapolense fez bonito na série A1-2013!
E vamos pro gol!
Se o time surpreendeu pelos resultados, o Estádio Tenente Carriço também surpreende pela organização e cuidados.
As arquibancadas e o gramado muito bem cuidados mostra que a cidade levou a sério a ida para a primeira divisão.
O Estádio Municipal Tenente Carriço tem capacidade para 15.000 pessoas.
Olha que coisa simples de se fazer, mas que ajuda a dar uma cara bacana pro campo!
O orgulho do time está pintado em todos os lugares possíveis!
O estádio foi inaugurado em 1928, em um jogo entre o time da casa e o Palmeiras.
Olha a parte destinada à torcida visitante:
Esperamos que a torcida mantenha seu apoio nas próximas competições, lembrando que ainda este ano, o time disputa a série D do Brasileiro (aliás, está no mesmo grupo do meu Santo André).
Ali ao fundo, um prédio quebra a beleza do horizonte e lembra que o crescimento da cidade é inevitável.
Para o amigo Anderson, de Curitiba, que curte ônibus dos times, eu consegui uma foto da Van do time, serve?
Parabéns pelo belo estádio!
Pra nós, era hora de pegar a saída e dar sequência à viagem, com próxima parada em Birigui!
Dando sequência ao nosso rolê boleiro pelo oeste paulista de junho de 2013, saímos de Marília e fomos conhecer a cidade de Lins e um pouco da história do futebol local, e registrar o Estádio Gilberto Siqueira Lopes, o “Gilbertão“.
E lá vai a Mari conhecer outra bilheteria!
Demos a sorte de conseguir pegar o final do jogo, válido pelo sub 17 entre o C.A. Linense e o Santacruzense (3×0), e assim conhecer o lado de dentro do estádio.
Se você nunca esteve no Gilbertão e quer ter uma ideia geral dele, veja o vídeo abaixo, lembrando que ele é de 2013 e o Estádio deve ter passado por transformações até o momento em que você está lendo isso, possivelmente 10 anos ou mais depois…
Dividindo um pouco da história deste Estádio, sua inauguração ocorreu em 1962, com o jogo Linense 2×4 Botafogo. A iluminação foi “presente” do então governador Dr. Adhemar de Barros, bastante influente na região.
Inicialmente, o estádio tinha capacidade para 11.000 torcedores.
Em 2009, aumentou sua capacidade para 15.000 torcedores e com o acesso do time à primeira divisão foi ampliada temporariamente a mais de 20 mil torcedores, graças a estas arquibancadas tubulares:
Como dissemos, deu até pra fotografar um pouco do jogo entre os jovens do Linense!
E como sempre, a torcida do Linense estava lá, presente! A estimativa é de que existam mais de 50 mil torcedores e/ou simpatizantes do Linense, na cidade.
O “Gilbertão” chegou a receber mais de 13 mil torcedores no Paulistão de 2013, contra o Corinthians, lotando as dependências do estádio!
Confesso que tenho muita simpatia pelo time do Linense!
O Linense não tem do que reclamar da fase atual. E pelo visto, o segredo vem de dentro de casa!
Que as arquibancadas sigam cheias, elas merecem!
Da nossa parte, fica um sentimento de orgulho de não só ter conhecido o tradicional estádio do interior, mas também ter visto um pouco de uma partida oficial do Linense, ainda que da equipe sub-17.
Porém, a história do futebol em Lins vai além (ou ao menos ia) do que o Estádio Gilberto Siqueira Lopes. Antes dele, vieram o Estádio Municipal dos Eucaliptos, o primeiro lugar onde o Linense jogou, até 1952 quando o time sagra-se campeão da 2ª divisão e a Federação faz uma série de exigências para a disputa da 1ª divisão do ano seguinte.
Assim, em apenas 60 dias, é construído um novo estádio, o “Estádio Roberto Gomes Pedrosa“, também chamado de “Gigantão de Madeira“, pelo fato de suas arquibancadas serem todas feitas de madeira.
O Gigantão de Madeira foi utilizado até 1959, quando foi demolido e seu terreno loteado. Atualmente, em seu lugar foi construído uma unidade do Amigão Supermercados. E se não podemos voltar no tempo para conhecer o Gigantão, ao menos pisamos no mesmo solo…
Pra quem quer conhecer o lugar, o endereço está na placa:
É triste, mas é real… Cada vez mais supermercados e igrejas tomam conta de áreas antes ocupadas pelos Estádios…
Conseguimos ouvir um depoimento de um senhor que participou dessa história, olha que bacana:
Aproveitei para comprar umas coisas e tenho uma ótima dica gastronômica: a melhor água de coco “industrializada” que já tomamos! Normalmente água de coco em garrafa ou lata são horríveis, mas essa da Amambi parece que saiu do coco, mesmo!