Em busca do Estádio perdido em Cusco!

Nem parece, mas logo vai fazer dois anos desse rolê.
Foi em Novembro de 2011, no meu aniversário, que tive a oportunidade de conhecer um dos lugares mais bonitos e diferentes do mundo. A cidade de Cuzco, no Perú (em quíchua Qosqo ou Qusqu).

Cuzco fica no Vale Sagrado dos Incas, na região dos Andes e tem uma população de 300.000 habitantes, com uma cultura local bastante rica e bem diferente do Brasil. Uma dessas diferenças são as Lhamas que acabaram virando mascote local.

A cidade é a capital da província de Cuzco e é uma cidade muito alta, com mais de 3.400 metros de altitude. Cuzco significa “umbigo”, no idioma quíchua, por ser o mais importante centro administrativo e cultural do Tahuantinsuyu (o Império Inca).

Existem muitas lendas sobre a fundação da cidade e sobre o povo que habitou há séculos o lugar: os incas.

Da história, real e triste, que se sabe é que em 1532, o espanhol Francisco Pizarro, invadiu e saqueou a cidade, acabando com a maior parte da cultura (e das vidas) Inca, como o alfabeto inca.

Vieram as pedras e tijolos e as igrejas cristãs, normalmente construídas sobre as construções incas.

Vale visitar os sítios de arqueologia, como o de Saqsaywaman.

Além de muita cultura histórica, a viagem ajuda a gente a conhecer coisas do dia a dia, como o famoso “Cão peruano” considerado um dos mais estranhos do mundo!

As roupas e feições do povo local, os mais tradicionais, são bastante típicos. Infelizmente, como o turismo é um negócio muito forte para a cidade, qualquer bate papo com a criançada gera pedidos de “PROPINAAAAA”!

As mulheres que vivem em bairros mais distantes vêm até o centro da cidade para vender suas “tramas com fios de Lhama”.

Para os vegetarianos, como a gente, fiquem tranquilos, há muitas opções de comilanças!

Além disso, existe a Chicha, bebida feita com milho, especiarias e que é uma delícia!

Mas, a bebida mais tomada, ao menos nas primeiras horas em que você chega é mesmo o Chá de Coca!

Aos amigos nóias de plantão, não fiquem animados, não dá grandes baratos, só ajuda a aguentar a altitude e evitar a dor de cabeça que pode acabar com o role, não é não, “Mari Legalize”?

Ah, e não se assuste com tonturas, cansaço e até em acordar com o nariz sangrando. Tudo faz parte e não é assim tão ruim.

A cidade é super preparada para receber visitantes. Tem uma rede hoteleira mais que suficiente e diversas atividades para entreter. O ideal é encontrar alguém preparado e com cultura suficiente para te fazer entender o role. E aí está o Ever, que nos ajudou a visitar os lugares mais “escondidos” da cidade!

A cultura inca (ou inka) tenta sobreviver e está presente seja em imagens ou símbolos em quase todos os lugares, como nessa pizzaria!

Os trajes também podem ser vistos pela cidade, em alguns casos mais como “folclore para turista” mas em outros como cultura mesmo.

Essa é a principal praça da cidade.

E aqui, uma foto pra se ver como são as ruas do centro da cidade.

Fizemos ainda um rolê lindo até Machu Pichu, via um trem até o povoado de Águas Calientes e de lá um busão até o parque!

Enfim, tem muita coisa pra se falar sobre a cidade, mas falando de futebol, Cuzco possui dois times: o Cienciano e o Asociación Civil Real Atlético Garcilaso.

Ambos mandam seus jogos no Estádio Inca Garcilaso de la Vega. O pai da Mari fez essas fotos la de cima do morro!

Chegamos no dia do clássico entre Cienciano e Universitário, mas o jogo foi num horário “exótico” e não tivemos tempo de assistir. Acredite, você precisa de algumas horas pra se acostumar e ir ao estádio com sol na cabeça não era a melhor maneira de começar o dia em Cuzco, uma pena…

Mas, no dia seguinte, fomos conhecer o Estádio Inca Garcilaso de la Vega!

Até meu pai foi com a gente nesse rolê!

É engraçado que embora próximo do centro, não tem muito movimento ali nas redondezas…

E deu pra ver que ele tem uma cara bem legal! Um pouco desleixado, mas com alguns grafites bacanas…. Eu gosto de estádio assim!

O Estádio foi inaugurado em 1950, na época com uma capacidade para 22.000 torcedores.

Conseguimos entrar e ver um pouco de perto esse monumento ao futebol peruano, em plena altitude (mais de 3500 metros acima do mar)…

Foi sede da Copa América 2004 e para tal, teve sua capacidade ampliada para 42.000 lugares.

Aos menores de 17 anos, fica o convite…

Aqui, uma vista geral do Estádio!

A arquibancada é o velho e bom cimentão!

Mas é um grande estádio, sem dúvida!

Uma cidade única, com um povo muito interessante e amigável, com um estádio desses! Cenário perfeito!

Fica o nosso tchau (dado pelo meu pai)!

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151- Camisa da Esportiva Santacruzense

A 151ª camisas de futebol do blog representa novamente a força do interior de São Paulo e foi presente do amigo Daniel, que trabalha na Heinz Brasil.
O time defende as cores e a cultura da cidade de Santa Cruz do Rio Pardo, que já tivemos o prazer de visitar e que tem, uma história futebolística muito interessante, remetendo ao início do século XX (maiores informações, podem ser encontradas no excelente site: www.satoprado.com.br).

O time em questão é a Associação Esportiva Santacruzense, fundado em 1935, por funcionários da Estrada de Ferro Sorocabana.
Sim, mais um time que tem seu coração ligado aos trilhos dos trens que cortam o estado de São Paulo.

Graças a este início “ferroviário”, o time tem o apelido de “Locomotiva“, e seu mascote também nasce dessa história.

De 1935 até o início dos anos 50, o time se concentrou na disputa de campeonatos amadores.
Aqui, uma foto de 1936:

Esse é o time de 1948, em frente à “Maria Fumaça” da época:

Em 1954, fez sua estreia no profissionalismo, disputando o Campeonato Paulista da Terceira Divisão, e já em 1956, chegou ao vicecampeonato, com o time abaixo:

O time passou alguns anos afastado do profissionalismo, e só retornou, em 1962, na Segunda Divisão (equivalente à atual A3), onde sagrou-se campeão, com o time abaixo.

Com essa conquista, passou a disputar, a segunda divisão.
Encontrei essa foto de um jogo contra a Ferroviária, em 1963:

Ficou na segunda divisão até 1967, quando novamente ficou longe dos gramados. Isso seria uma constante na vida do time.
Esse é o elenco de 1964:

Em 1969, voltou para disputar a Segunda Divisão, mas novamente parou suas atividades, retornando apenas em 1979, na Quinta Divisão estadual.
A década de 80 foi marcada por novas paralisações.
Mas montou times que marcaram a cidade!

Em 86, 88 e 89 disputou o Campeonato Paulista da Terceira Divisão.
Em 1991, voltou a disputar as competições oficiais e em 1994 chegou à série A2. 
Mas novamente se licenciou até 2004, quando voltou para a disputa da então chamada série B2.
Em 2010, conseguiu o acesso à série A3.

Em 2011, foi vice campeã da série A3, dando acesso à série A2, onde está até atualmente (2013).
O pessoal do JOGOS PERDIDOS esteve por lá e fez uma bela cobertura, confira aqui!

Em 2013, tive a oportunidade de assistir ao jogo da Esportiva Santacruzense, contra o Santo André, algumas fotos podem ser vistas no link: FOTOS.

O time manda seus jogos no Estádio Leônidas Camarinha.
Estivemos lá e uma das coisas mais legais, é sua entrada estreita, tão comum nos campos do interior antigamente.

A capacidade do Estádio é de mais de 10.000 torcedores.

O estádio foi inaugurado em 1950, com o nome de Estádio Municipal de Santa Cruz do Rio Pardo.

O jogo inaugural foi entre o Santos e a Santacruzense.
O placar é daqueles bem tradicionais…

O site ainda está em construção, mas é o www.esportivasantacruz.com.br/ . O hino do time pode ser ouvido neste vídeo:

Agora, pra conhecer a torcida tem que topar “quebrar o puleirão“!!!

Para os mais sossegados, pode torcer pra Locomotiva, da laje mesmo…

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Overdose de Santo André!!!

30 de janeiro de 2013.

Terceiro jogo em 7 dias! Pra quem ficou tanto tempo sem ver o time, nada melhor do que uma overdose de futebol!

Jogo ainda sob o clima da tragédia que aconteceu no Rio Grande do Sul, na boate Kiss. Bandeiras a meio pau…

Outro jogo numa quarta feira a tarde, o que prejudica o público… Dessa vez, pouco mais de 500 torcedores estiveram no Estádio Bruno José Daniel.

É mais um jogo do Ramalhão, o time da minha cidade!

 O Santo André fez 1×0 no segundo tempo… Gol de Leandrinho após boa jogada do atacante William. Nesse jogo, levei o meu cachecol do Rayo Vallecano, em homenagem ao time espanhol do bairro de Vallecas e sua torcida!

As duas organizadas tem colorido o Estádio. A que fica na parte central é a Fúria Andreense. A que fica na lateral, levando os tirantes é a Esquadrão Andreense.

Para os andreenses que abandonaram o nosso time, fica nosso convite. Assistir ao Ramalhão é uma festa regional, sem violência, que reúne amigos de diferentes idades. Vale a pena apoiar!

Aqui, a rapaziada da Fúria BDC no pós jogo!

Em campo, o jogo não estava tão difícil, mas o juiz anulou dois gols ramalhinos e ainda encheu o time de cartões amarelos.

Pra piorar, a Santacruzense empatou o jogo…. 1×1.

Um resultado que só atrapalha o time e a volta do torcedor ao estádio…

Mas, como insisto em dizer, o resultado é só um número. Frequentar o Estádio do Santo André é um prazer, que precisa ser experimentado pelos moradores da nossa cidade.

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Portuguesa 2×0 Santo André

Antes de mais nada, vale lembrar que esse é um blog sobre futebol, sobre reunir camisas e histórias de mil times diferentes, mas espero que você não se importe de eu dividir um pouco dessa minha paixão pelo meu time, o Santo André Para quem gostar e quiser ver mais fotos, vale lembrar que eu escrevo também, o blog do torcedor andreense na Globo.com, para ver mais fotos do jogo contra a Portuguesa, basta clicar aqui. Além disso, esse jogo me fez matar saudades do Canindé e de ver jogos da Portuguesa.

Os jogos do Santo André não são marcados por levarem muitos torcedores ao campo, mas temos um número razoável de torcedores, que não deixam de acompanhar o time, entre eles as organizadas, como a Esquadrão Andreense.

A outra organizada, mais antiga é a Fúria Andreense.

Falando em organizada, lá do outro lado, a Leões da Fabulosa faziam a festa para a Lusa. Detalhe para a faixa que durante anos permaneceu de ponta cabeça, agora posicionada corretamente.

Mas a torcida ramalhina também é formada por torcedores autônomos, que não fazem parte das organizadas, mas que gostam de acompanhar o time, e muitos deles foram até o Canindé.

O Estádio do Canindé também fez a parte dele, o gramado está bom, e as arquibancadas mantém um ar romântico, dos anos 70.

Falando um pouco do jogo, o primeiro tempo foi bastante parelho, embora a Lusa tenha tomado a iniciativa a maior parte do tempo.

O Santo André também assustou e soube se portar bem na defesa.

Entretanto, a cara dos torcedores no segundo tempo já deixava mostras que o jogo não seria favorável ao time do ABC.

A mudança feita pelo técnico o Santo André deixou o time mais vulnerável no meio campo e num erro do jogador que entrou no segundo tempo saiu o primeiro gol. Lusa 1×0. O pouco perigo que o Santo André ofereceu no jogo foram nas bolas paradas.

Pra confirmar o mal dia do técnico, em cima do outro jogador que ele colocou (Bruno) saiu o segundo. Aí foi uma questão de tempo até o jogo acabar.

Lá se foram três pontos em uma manhã de domingo. Mas foi um rolê bacana e divertido, mesmo assim.

Destaque para o amigo peruano, hincha do Alianza Lima, que esteve no jogo torcendo pelo Santo André.

Do Canindé, fomos para São Caetano, onde o amigo argentino Tano (de boné, na foto abaixo) torcedor do San Lorenzo, iria se apresentar com sua banda Muerte Lenta!

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Primeiro jogo do ano: Rayo Vallecano x Getafe

Então, começa 2013… Que seja um ótimo ano para todos nós! E para ajudar a torná-lo inesquecível, o nosso primeiro jogo tem grandes chances de ser o melhor do ano! Em nossa última noite por Madrid, fomos até o bairro de Vallecas para enfim conhecer o time e a torcida do Rayo Vallecano!

Esse ano, o time até lançou um livro sobre sua história: “Vallecas y el Rayo Vallecano“.

Infelizmente, o valor do Euro não me permitiu trazer a camisa do time, mas trouxe um cachecol, comprado ali, na porta do Estádio “Vallecas Campo de Futbol”, antigo Teresa Rivero que aliás, fica literalmente em frente à estação “Portazgo”, do Metrô.

Vallecas é um lugar único. É um bairro que já foi cidade, cheio de histórias e tem até brasão. Para completar o cenário, a população local tem seu próprio time e seu próprio Estádio…

Como eu disse, o metro para em frente das bilheterias laterais, porém, não tinha nenhuma aberta, tivemos que ir até a bilheteria central comprar nossos ingressos.

O preço mais barato é 18 Euros, junto da galera do Los Bukaneros, mas estavam “agotadas”…

O jeito foi ir a um lugar nas laterais, que nos custaram 30 Euros, cada, ou seja, é caro torcer em Madrid…

Passeando pelo entorno do estádio pudemos ver a polícia local, não tão a paisana como imaginávamos.

Algumas inteferências nos muros, mostram que Los Bukaneros estão na ativa há 20 anos, desde 1992 (21, agora). O site deles é www.bukaneros.org

Ainda antes de entrar, deu pra tirar uma foto do ônibus do GETAFE, pro Anderson, lá de Curitiba. A qualidade tá ruim porque tava bem escuro…

E enfim, chega o momento de conhecermos pessoalmente esse estádio, seu time e principalmente sua torcida…

A cena chega a ser engraçada. Eu e a Mari parados ali, em frente ao campo, por 5, 6 minutos, até que um cara da administração diz que não podemos ficar ali em pé… Mas o momento era mágico, merecia dedicação. Os Deuses do futebol capricharam em Vallecas!

Incrível como as fotos e os vídeos trazem tão pouco daquela atmosfera. Ok, sei que não sou um fotógrafo de primeira linha, mas mesmo assim. As imagens não traduzirão nunca o que as pessoas construiram em Vallecas.

Ficamos na segunda fileira de cadeiras bem perto do campo, como costumamos fazer, em Santo André. Nos sentíamos em casa e ali, ao nosso lado esquerdo, estava a torcida “Los Bukaneros” com seus cantos, faixas, bandeiras e animação.

E o jogo rolava ali, bem pertinho da gente.

Aliás, o time do Rayo está bom nesta temporada, e em especial nessa noite, eles jogaram muito, com muitas jogadas de linha de fundo, o que fez a gente estar bem perto da ação.

O melhor da ação é o momento do gol… O vídeo está bem realista com o que a gente estava vivendo… Estávamos em êxtase, sem saber pra onde olhar hehehe.

Nessa foto, dá pra ver o momento em que o estádio inteiro levanta seus cachecóis! Como é muito frio (ao menos nessa época), você quase não vê pessoas na arquibancada com a camisa do time, afinal estão com um monte de blusas por cima, mas os cachecóis estão sempre a mão. Essa noite estava uns 4 graus quando saímos para ir pro jogo.

Os cantos da torcida são sempre de apoio ao time criticando racismo, xenofobia e as atitudes da polícia.

Recentemente um jovem ativista de Vallecas, chamado Alfon Fernandes foi preso a caminho de uma manifestação e acabou se tornando o ícone da crítica à ação policial, tendo seu nome cantado pelas ruas e estádios. E quando a torcida manda mensagem, é assim:

Participamos de uma manifestação nas ruas centrais de Madrid e pudemos ver seu nome em várias faixas e nos adesivos que eram distribuídos.

Tirei muitas fotos da torcida, pois sei que não voltarei tão cedo para lá e quero muito guardar essa imagem na mente, principalmente das bandeiras com mastros, ainda permitidas por lá e que geram um espetáculo visual!

Dê uma olhada nas bandeiras em movimento:

Em campo, o time mandava bem e fazia 3×0. E a gente ali, acompanhando tudo… A emoção era tanta que nem demos muita bola para um capítulo normalmente essencial: As comidas de estádio. Lembro que no bar, vendiam os tradicionais salgadinhos (destaque para semente de girassol que lá é vendida como amendoim), água, refrigerante (não reparei se tinha cerveja), mas flagramos uma galera que levou uma torta!! Dando uma olhada para outros ângulos do Estádio, aqui, a galera que estava do mesmo lado nosso,mas lááá na outro lado, perto da linha de fundo.

Outro grupo tradicional presente no estádio são os “Pena Rayista Ultramarinos“, que eu não conheço, mas vi várias faixas. Se alguém souber, pode postar comentando…

A animação era tanta que nem vimos o GETAFE diminuir para 3×1. E mais mensagens contra o capitalismo! E mais festa…

Ahhhhhhh, 2013, futebol, rock e revolução em nossas mentes… A torcida do GETAFE não compareceu. É um time de uma cidade próxima de Madrid, mas que não tem muitos torcedores.

O Rayo Vallecano conta ainda com um brasileiro no time, Leo Baptista, que na semana seguinte a este jogo acabou se lesionando. Já no final do jogo, percebemos que o negócio era mesmo ter ficado lá no meio de Los Bukaneros, porque como em todo estádio, tem horas que a torcida dá uma “descansada” e ali no meio, a galera assistia sentada mais comportada… Do outro lado, também vinham alguns gritos animados!

Para terminar, que tal cantar a tradicional música imortalizada pelo SKA-P, junto da torcida local?

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Último jogo de 2012: Atlético Clube de Portugal x C.D. Tondela

Fechamos o ano de 2012 e abrimos 2013 com chaves de ouro. Tivemos a oportunidade de conhecer dois países da Europa que ainda não havíamos visitado: Portugal e Espanha.

Assim, nosso último jogo do ano, foi pela segunda divisão de Portugal (a segunda liga), no mítico Estádio da Tapadinha.

O jogo foi entre o time local, o Atlético Clube de Portugal e o Club Desportivo de Tondela, da cidade de Tondela, que fica há pouco mais de 250 km de Lisboa.

O Atlético jogou de azul escuro e amarelo e o Tondela de azul claro.

Aí está o ônibus do CD Tondela, para o meu amigo Anderson, de Curitiba, que curte esse lado “logístico” do futebol!

Preciso confessar, que embora eu já estivera na Europa antes, esse foi o primeiro jogo que assisti no Velho Continente.

E mesmo sendo uma experiência tão nova, a sensação não era muito diferente dos jogos pelas divisões de acesso no Brasil.

Havíamos chegado pela manhã, em Lisboa e a tarde fomos para o jogo. O Estádio da Tapadinha não é na região central, mas está há poucos quilometros dali,  situado no Bairro de Alcântara. Essa é uma das ruas do bairro:

Outra coisa que acho bacana, são portas antigas e o bairro está cheio delas!

O Estádio fica numa região residencial.

Pegamos um metro até o lugar mais próximo do estádio e dali tomamos um taxi até o Estádio.

O Atlético Clube de Portugal foi um dos principais times o país até a década de 70. De lá pra cá, manteve o apoio do bairro, porém disputando a divisão de acesso. Pelo que ouvimos dos torcedores locais, o Estádio da Tapadinha nasceu como campo de pelada, e era chamado como “Campo da Tapadinha”, por estar localizado junto à Tapada da Ajuda e no início nem grama tinha. Com o tempo, o local passou por várias obras e melhorias até que em 1945, era inaugurado o Estádio da Tapadinha, num jogo entre o Atlético Clube e o Sporting, que terminou em 6×0 para os visitantes. De lá pra cá, o estádio foi palco de muitas histórias de amor e dor, como são comuns ao futebol. Neste dia em que estivemos presentes, o Atlético amargou mais uma derrota em casa, pô 1×0, com gol de um brasileiro, Carlos Eduardo… O Estádio comporta 10.000 torcedores e não tem iluminação.

Uma experiência gratificante e única, sem dúvida. E o povo português mostrou-se bacana em relação ao time do bairro. Deu pra conversar com alguns torcedores e ver que o futebol de bairro está sofrendo assim como no Brasil…

Um detalhe que merece ser destacado é a ausência de fosso ou de qualquer grande obstáculo entre a arquibancada e o campo.

A Polícia está presente, mas apresenta-se de forma muito discreta, sem encheção de saco, mesmo com a presença da torcida visitante.

Falando rapidamente sobre algumas coisas de Portugal, vegetarianos, animem-se! A quantidade de produtos ofertados nos supermercados é enorme e é tudo muito gostoso!

Uma outra coisa interessante é a ação dos gêmeos em Lisboa, são vários prédios grafitados!

Para mais informações sobre a “Liga 2”, sugiro o site O GOL. De lembrança, trouxe um cachecol, já que a camisa estava um pouco cara…

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O futebol em Iracemápolis

6 de outubro de 2012.

O futebol já ajudou milhares de cidades a escrever seu nome na história do esporte nacional.

Entretanto, existem algumas que acabaram esquecidas pelo grande público, mesmo tendo seus momentos heróicos.

E foi em busca dessas histórias já desgastadas pelo tempo que fomos até Iracemápolis

O futebol de Iracemápolis teve como principal representante o Clube Atlético União Iracemapolense, o CAUI, fundado em 1 de maio de 1946. Escudo vindo do incrível site Escudos Gino!

O time representava a cidade e tinha o apoio da Usina Iracema, atualmente pertencente ao grupo São Martinho.

O CAUI participou de nove edições do Campeonato Paulista de Futebol Profissional, entre a terceira e a sexta divisão, de 1986 a 1992, quando se desligou da Federação Paulista de Futebol.

O mascote do time era um Pé de Cana.

Procurando informações no Google, descobrimos o Estádio Municipal Alpino Pedro Carneiro, onde o time teria mandado seus jogos nos campeonatos profissionais, assim, fomos até a Rua Duque de Caxias para conhecer esse histórico campo!

Se o Estádio não tem uma boa fachada identificando seu nome, ao menos encontramos algumas placas comemorativas bem bacanas.

Embora a placa acima mostre a data de 1988, essa outra placa mostra que a conclusão do Estádio acontecera antes, em 1978:

O Estádio tem capacidade para 3.200 torcedores e está em boas condições, embora só receba partidas do futebol amador.

A arquibancada é de cimento, com pouco mais de 10 degraus e uma distância segura do campo, para a tristeza dos torcedores mais exaltados…

Aproveitei a presença do pessoal que jogava um baralho ali pra ouvir um pouco sobre o futebol local.

Iracemápolis

O que eu descobri é que a verdadeira “casa” do CAUI não era este estádio, mas sim um segundo estádio, localizado próximo da Usina Iracema, assim, nos despedimos desse belo templo do futebol e fomos em busca desse segundo campo.

E não é que encontramos mais um belo Estádio, o Dr. Dimas Cêra Ometto!!

Estádio Dr. Dimas Cêra Ometto
Estádio Dr. Dimas Cêra Ometto

Infelizmente ele também está dedicado apenas ao futebol amador, atualmente.

Estádio Dr. Dimas Cêra Ometto

Mas já recebeu jogos históricos. Fuçando no site “Jogos Perdidos“,  encontrei uma súmula de um jogo contra a A.A. Chavantense, de 1988.

E 1988 foi um ano especial para o CAUI, pois foi quando conseguiram o acesso para a série A3. Olha que belo quadro encontrei no bar do estádio!

Aliás, o bar do Estádio tem outra fonte de histórias incríveis, trata-se de Toninho e Neuza, que cuidam de lá e sabem bastante da história do futebol local.

Mostraram essa outra foto do time, já nos seus anos finais:

Segundo eles, esse é o time amador que mais joga (e bebe) atualmente no estádio:

Vale a pena um olhar ainda mais romântico para as arquibancadas, de madeira, do Estádio…

Os bancos de reserva também preservam em sua própria madeira a memória de décadas de futebol amador e profissional…

Outro ítem bacana do estádio são os vestiários:

O campo está em bom estado, como pode se ver:

Mais uma placa histórica:

Assim, marcamos presença em mais um santuário histórico do futebol! Antes que você pergunte, foi aqui em Iracemápolis que o Elano (atualmente no Grêmio, mas ex atleta do Santos e da seleção brasileira) começou sua carreira, mas pra mim, essa é uma história de menor valor local.

Ah, mas antes de irmos embora o nosso guia, o “Tio Lúcio” experimentou um pouco da culinária do estádio local (e aprovou!).

O Estádio fica perto da Usina Iracema, que ainda funciona a todo vapor, mas que já não apoia o futebol como outrora!

Missão cumprida, é hora de pegar a estrada de volta com direito a uma parada em um ponto especial, em Limeira, a “Casa de suco Pessatte”, onde por R$ 3 se bebe quanto suco natural de laranja quiser… Mais informações: http://www.pessatte.com.br/

Graças ao Lúcio, nosso guia, decidimos passar por alguns lugares tão próximos quanto pouco divulgados, a começar pelo Rio Piracicaba, ainda na cidade de Americana:

A barreira da represa de Salto Grande forma uma bela cena, há menos de 100km da capital…

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antes que ele vira apenas história…

CQC apoiando o Ramalhão!!!

Ta aí o motivo da nossa luta. Cadê a tal reforma, prometida pela Prefeitura de Santo André?

Ficou no papel? Não. Eles simplesmente fizeram a parte mais fácil (demoliram a marquise coberta) e deixaram pra acabar depois das eleições.

Pra piorar, criaram um embrólio burocrático que não permite a nós torcedores Ramalhinos acompanharmos nosso time do coração de dentro do estádio.

Para pressionar a Prefeitura a cumprir o prometido, alguns torcedores chamaram o pessoal do CQC para acompanhar o nosso martírio, e não é que eles foram lá acompanhar Santo André 0x3 Brasiliense (bando de pés frios).

Diferente do que os defensores do atual prefeito pensam, esse movimento não foi para favorecer um ou outro partido nas eleições, mas para conseguir uma solução para um problema que nos afeta há mais de um ano.

Mas em Santo André nada é fácil.

Além de levar uma sacolada em campo para o Brasiliense, fora do estádio, tivemos companhia durante boa parte da partida. Sabe como é, para sua proteção…

Engraçado que para o pessoal do CQC ninguém foi falar nada, mas era só eles sairem de perto…

Não houve nenhum tipo de enfrentamento, mas eu questiono a postura “pronta pra guerra” que a Polícia tem tido conosco..

No meio da bagunça achei um adesivo do Lixomania, grande banda mostrando que sempre tem algo de punk no meio das rebeliões!

Com o jogo morno (e perdido) em campo, a galera se concentrou em ajudar o pessoal do CQC entender o que estava acontecendo.

O resultado final taí pra quem quiser ver. Eu gostei, só falta saber se a prefeitura vai mesmo conseguir entregar…

E que fique de resposta aqueles que estão sepultando nossa alegria, nossa cultura. O povo de Santo André está unido!

Fizemos até um clipe sobre essa situação, veja aí:

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Em busca do Estádio Perdido "Força e Luz"

Há dois anos atrás, tive a oportunidade de conhecer um estádio que a cada dia fica mais restrito à memória dos que amam o futebol.

Trata-se do Estádio da Timbaúva, ex estádio do Força e Luz, time histórico de Porto Alegre.

GE Força e Luz

Time do Força e Luz

Time do Grêmio Força e Luz

Grêmio Força e Luz

Como o brasileiro não anda bem da memória, resolvi fazer uma visita e umas fotos para dar uma força.

O Estádio é fácil de achar, fica na Rua Alcides Cruz, no bairro Santa Cecília, em Porto Alegre.

Mas se chegar até lá foi fácil, fazer algumas fotos foi bem difícil.

Para quem não sabe, em 2006, a Companhia Zaffari (rede gaúcha de supermercados) comprou o lugar. Afinal, o progresso não pode ser impedido por campos de futebol. Assim, embaixo de um sol que me fazia esquecer a fama fria de Porto Alegre, tudo o que pudemos fazer foram poucas fotos do lado de fora. Agora, o lugar parece que será transformado num Shopping / Supermercado. E a população local agradece… Achei essa foto com uma vista aérea do campo: Estádio do Forcá e Luz Rolou até uma exposição sobre o time, com camisas, bandeiras e itens históricos que servem pra memória do time! Exposição Grêmio e Luz Exposição Grêmio e Luz Exposição Grêmio e Luz O Estádio da Timbaúva foi construído em 1934 e foi sede do Força e Luz até 1972. O time era formado por operários da Companhia Carris e Luz Porto-alegrense. O estádio chegou a ter Grêmio e Internacional mandando seus jogos ali. Enfim, essa é a verdadeira face do país que se diz a pátria do futebol…

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Antes que um supermercado perceba o valor do seu estádio…

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