Série A2-2024: Juventus 3×0 Monte Azul

18 de fevereiro de 2024. Domingo de manhã, e nosso destino é a Mooca, mais especificamente o Estádio Conde Rodolfo Crespi, o campo da Rua Javari.

Não é preciso explicar a importância da Rua Javari para o futebol dos dias atuais. Por mais que exista um monte de turistas aproveitando a tal onda do “futebol raiz”, os torcedores tradicionais do Juventus vem mantendo há décadas um clima bem bacana em suas bancadas.

Esse clima, com muita influência das barras argentinas, tem como principal responsável, o pessoal da Setor 2.

Mas sem dúvidas a Ju Jovem também tem sua parte nessa história, fazendo-se presente há ainda mais tempo, nas bancadas da Javari.

E claro, o povão que comparece e fica ali nas cadeiras cobertas também tem seu valor.

Mas, mesmo distante mais de 350 quilômetros da capital, a torcida do Atlético Monte Azul se fez presente e até estava animada no início do jogo:

Também tem o pessoal que é de Monte Azul e atualmente vive em São Paulo e pode matar a saudade do time!

Se ainda não tinham vivido a experiência de uma partida com tamanha proximidade do jogo, essa rapaziada do Atlético Monte Azul se divertiu bastante pressionando o bandeira.

Em campo, um começo de jogo parelho. Olha que boa chance de falta para o Juventus:

Mas o time do Atlético Monte Azul também criou chances durante o primeiro tempo:

Enfim, um estádio histórico, duas torcidas apaixonadas e um bom jogo em campo. É tudo o que é preciso para uma agradável manhã de futebol!

Mas o Juventus deixou de lado a preocupação em ser um bom anfitrião e a partir dos 20 minutos do primeiro tempo passou a destratar sua visita. 22″e Thiago Rubin fez 1×0 para a festa grená!

Então, com o placar já aberto vamos dividir um pouco do rolê na parte Visitante da Javari, !

Ainda no primeiro tempo, o Juventus chegou ao segundo gol, com Rayne de cabeça!

Com 2 gols e um forte mormaço (com direito a breves momentos de garoa) teve quem preferiu seguir ali da parte coberta…

Para a tristeza dos visitantes, o Juventus fez 3×0, com Liberatto selando o placar final da partida, para a tristeza dos visitantes…

Tristeza de um lado, alegria do outro… A Setor 2 sabe da importância do placar para aproximar-se ainda mais dos 8 times que se classificam para a fase mata-mata do Campeonato.

O AMA ainda tentou mas saiu da Javari sem um gol sequer…

Pausa para o momento dos encontros, começando pelo meu grande amigo e companheiro de bancadas Mário!!!

E também o novo amigo Daniel Venneri , colecionador de camisas exibindo sua belíssima camisa do Racing Club de Lens.

Abraço para os amigos juventinos que eu não pude dar um alô nessa partida…

E boa sorte pro time e pra torcida do Monte Azul, pois nesse momento estão na zona de rebaixamento…

O jogo se encerra e o placar registra… 3 pontos para o time do treinador Sérgio Soares.

E vamos pra casa que já é hora de almoçar!

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Guarani 2×2 Santo André (Paulistão 2024)

15 de fevereiro de 2024.
Quinta feira pós carnaval e lá vamos nós de volta pra estrada pra mais uma noite de paixão pelo nosso time, o Santo André e ao mesmo tempo pra curtir um rolê em um dos estádios mais importantes do interior paulista: o Brinco de Ouro da Princesa, a casa do Guarani FC.

Desta vez a jornada se fez ao lado dos amigos Furlan e Rico, ambos torcedores do Ramalhão!

Não havia trânsito na cidade de São Paulo então acabamos chegando bem cedo, o que nos permitiu um rápido rolê pelo Estádio Cerecamp (o Estádio da Mogiana) e pelo Moisés Lucarelli pra viver um pouco do futebol de Campinas.
Ainda não eram 19hs quando chegamos às bilheterias destinadas aos visitantes, no caso, nós!

O Guarani, assim com o Santo André, vem em uma fase difícil, transformando a partida em uma verdadeira decisão contra o rebaixamento.

O público de quase todos os times se comporta da mesma maneira. Na fase em que mais precisam deles, os torcedores preferem assistir o jogo de casa, e tentando evitar que o estádio ficasse com um visual de vazio, a diretoria do Guarani fechou o tobogã, concentrando a torcida local nas demais arquibancadas.

Do nosso lado, fizemos o possível para apoiar em busca de um resultado positivo.

Os times entram em campo para o aguardado embate. 3 pontos fariam a diferença para os dois times, afastando-os da zona da degola.

O jogo começa e surpreende pela presença ofensiva de ambas as equipes. Tanto o time local quanto o Ramalhão levam perigo ao gol em jogadas pelas laterais.

Aos poucos foram chegando outros torcedores do Ramalhão…

Mas a festa só ganhou força mesmo com a chegada das organizadas (Fúria e Esquadrão) que decidiram se unir em prol do time nesta partida.

Aos 25 minutos do primeiro tempo, quando o Santo André estava atuando com boa segurança, o árbitro marca penalty para o time local. Pablo Thomaz bateu e marcou: Guarani 1×0.

Sinta o clima de se assistir uma partida como visitante no Estádio Brinco de Ouro.

A turma volta a olhar a tabela e analisar a nossa difícil colocação na tabela…

Do outro lado, nas arquibancadas alviverdes sem dúvida que a sensação era de alívio…

Tem momentos na vida de um torcedor que ele se pergunta se realmente vale a pena toda essa loucura… A gente olha pro céu, tenta incentivar o time, sabe que aquilo é só um jogo, mas não consegue deixar de sentir por dentro que a derrota é sua também. Assim, com a cabeça quente vi Régis, aos 36 do primeiro tempo fazer 2×0… Desespero total para a torcida do Santo André.

O intervalo chegou e muita gente pegou no pé dos jogadores do Santo André, afinal… A derrota significava um pé na série A2 de 2025.

Mas, quem ama não desiste e o segundo tempo foi rolando e aos poucos algumas chances foram surgindo e no fundo o que mais queríamos era um motivo pra seguir apoiando.

Assim, aos 37 minutos do segundo tempo, foi a vez de Lohan marcar de penalty e diminuir: Guarani 2×1 Santo André.

A torcida do Guarani parecia sentir que algo estava errado e muitos passaram a xingar e a demonstrar o medo de perder a oportunidade de fazer 3 pontos. E o que eles temiam, se tornou nossa felicidade… E respondeu aos que se perguntavam… Será que vale a pena? Vale!

Wellington Reis empatou o jogo no último minuto do jogo levando o lado azul do estádio ao êxtase!

Não… Ainda não estamos livres do rebaixamento, ao contrário… O empate não ajudou em nada nessa luta, já que os demais concorrentes a estas vagas (Lusa, Ituano e o próprio Bugre) também empataram… Mas, deu um gostinho bom empatar um jogo que parecia perdido e ouvir dos jogadores ao final da partida que eles contam conosco e que vão lutar até o fim pra nos manter na série A1…

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O futebol em Itobi (SP)

No carnaval de 2024, tivemos a oportunidade de fazer mais um rolê misturando futebol, natureza, cultura e estrada.
Nossa primeira parada foi a cidade de Itobi, onde vive Cipó, o ex lateral do Santo André! Lembro bastante dele no time de 1994… Lá se vão 30 anos…

Uma região com tantos rios devia ser super povoada desde milhares de anos atrás. Não a toa, quando da chegada dos portugueses, diversos povos se encontravam no estado de São Pauo: Tupiniquins, Tamoios, Tupinambás, Carijós, Goianas, Guaranis, Guaianazes, Purís, Kaingans

Infelizmente, levantamentos históricos mostram que a região cortada pelos rios Moji-Guaçu e Pardo foi bastante percorrida pelos bandeirantes, no século XVII, pelo “caminho dos Guaiases”, ou dos “Goiás”, o que acabou afastando, escravizando ou dizimando os povos originários destas terras, como retratou a pintura “Guerrilhas”, do alemão Johann Moritz Rugendas.

A cidade de Itobi nasceu graças a chegada da ferrovia à região.
Segundo o site do próprio município, o português Antônio Martins Daniel buscava dormentes para os trilhos da Companhia Férrea Ramal de Rio Pardo (que ligaria Casa Branca a São José do Rio Pardo) nas fazendas da região e os ranchos que ele criou para apoio da operação é que deram origem a atual cidade, já no século XIX.
Em 1887, a povoação recebeu o nome de Vila Nova do Rio Verde, mesmo ano da inauguração da Estação Rio Doce (nome devido ao rio), aqui em foto de 1969 disponível no incrível site Estações Ferroviárias.

Em 1898, a cidade passa a ser chamada Itobi, que em tupi-guarani, significa rio verde. Só em 1959 foi elevado a Município.
Aqui, a Igreja Matriz de São Sebastião, construída no século XIX.

Em 2024, foi a nossa vez de conhecer o local mas antes de chegar lá, demos uma parada na Queijaria Blazzi, que fica na estrada que liga Itobi à cidade vizinha de Casa Branca,

E olha quem apareceu pra dar um alô no meio da nossa visita:

A grande atração de Itobi para os apaixonados por futebol é o Clube Recreativo Esportivo Itobiense, o CREI.

Fundado em 1 de janeiro de 1939, o CRE Itobiense se fez presente em disputas e amistosos regionais, mas em 1943 fez sua estreia no tradicionalíssimo Campeonato do Interior, jogando na 7ª região:

Sua praça de esportes (estádio de futebol, ginásio além de piscinas e clube social) se chama Dr. Aristides Dias Pinheiro.

Se tem uma coisa que eu acho muito bacana nos estádios de clubes do interior são esses bancos com a identificação do escudo do time!

E também os distintivos estampados nas paredes clube afora…

Vamos enfim ver o seu estádio!

O tradicional registro do meio campo:

Gol do lado direito:

Gol do lado esquerdo:

Olha aí os bancos de reserva:

O CRE Itobiense ainda reserva um espaço dedicado à memória do time, com direito à camisa do alviverde de Itobi.

E também uma vista aérea do clube:

Uma foto de um time posado em 1952 identificado como “Mocidade Foot Ball Club Itobiense”.

Outras fotos e troféus também ilustram a sala:

Pra terminar, a foto do time de 2023:

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As Mil Camisas em Barra dos Coqueiros – SE

Chegamos enfim ao nosso último post do incrível rolê que fizemos pelo Sergipe. Seremos eternamente agradecidos pela incrível receptividade das pessoas, e pela energia e beleza dos lugares em que pudemos estar…

Esse é o último post sobre o Sergipe, mas se você quiser ver as cidades e estádios que visitamos, escolha entre Canindé do São Francisco, Nossa Senhora da Glória, Itabaiana, ou pela capital, o Estádio do Confiança (Proletário Sabino Ribeiro), o Estádio do CS Sergipe (João Hora) ou a Arena Baptistão, e também um rolê mágico, passando a fronteira do Sergipe e chegando até Piranhas, em Alagoas

A capital sergipana é uma delícia e tem vários passeios gostosos como os mercados…

As feiras de artesanato…

E as praias de Aracaju e das cidades vizinhas…

Mas, a região metropolitana é como aqui em SP, bastou cruzar uma ponte e saímos de Aracaju e entramos em outro município, no caso: Barra dos Coqueiros!

Nosso destino era o Estádio Municipal João Cruz.

Por se tratar de um estádio municipal, muitos times mandaram seus jogos ali, como a Associação Desportiva Barra, que é lá de Barra dos Coqueiros, mesmo!

A Associação Desportiva Barra dos Coqueiros, agora chamada de Barra FC foi fundada em 21 de março de 2014 como clube empresa trabalhando com jovens atletas, participando das categorias de base e com um time feminino nas disputas profissionais.
Logo passou a disputar também as competições oficiais no masculino, na série A2, a partir de 2018.

Mas o Estádio foi também a casa do Falcon Futebol Clube, time fundado em 23 de novembro de 2020, em Barra dos Coqueiros, como um clube-empresa.

No início deste ano (2024) transferiu-se para Aracaju. Em novembro de 2021, conquista o acesso à série A1 do Campeonato Sergipano.

E em 2022, foi vice campeão sergipano, perdendo o título para o CS Sergipe.

Outro time que mandou jogos por lá foi o Aracaju FC, time fundado em 1 de dezembro de 2004 e que atualmente está licenciado das competições profissionais.

Outro time que também mandou jogos por aqui por conta da reforma do seu estádio foi o Socorro Sport Clube, time da cidade de Nossa Senhora do Socorro. Fundado em 29 de dezembro de 2018, tem disputado a Série A2 do Campeonato Sergipano.

O Santa Cruz Futebol Clube, da cidade de Riachuelo, também mandou jogos por lá, desde que se profissionalizou-se em 2018. Disputa, atualmente, a Série A2 do Campeonato Sergipano.

E até o CS Sergipe também já mandou jogos lá!

Deu pra ver a importância do Estádio João Cruz para o futebol da região metropolitana de Aracaju.

Infelizmente não conseguimos entrar para registrar a parte interna do estádio…

Mas do lado de fora deu pra sentir um pouco de como é lá dentro.

E deu pra registrar as bilheterias!

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O futebol em Fartura-SP

E lá fomos nós para mais um rolê pelo interior do estado de São Paulo para conhecer e registrar um novo o Estádio, dessa vez a cidade a visitar foi Fartura!

Segundo texto do site da Câmara Municipal, a região onde se encontra Fartura, foi habitada pelos povos Caiuás (Kaiowás), da família Tupi-Guarani e ainda hoje encontram-se por lá objetos de pedra de uso destes povos originários, como bacias, mão de pilão, machados e diversos outros.

Como quase toda a história do Brasil, a região também nasce fruto da invasão dos europeus e dos latifúndios criados em torno de famílias poderosas dos séculos XVII e XVIII, no caso de Fartura, a família que tomou posse do lugar foi a José Viana.

Também seguindo o percurso tradicional, a religião rapidamente passa a se materializar na região, nesse caso, por meio da Capela Nossa Senhora das Dores, construída em 1887.

Assim, passa a surgir um povoado formado pelos lavradores que trabalhariam nas terras da família e também por um comércio local, dando origem ao município em 31 de março de 1891.
E se você acha que faltava algo, que tal uma cervejaria local? Em 1904 surge a fábrica de cerveja e gasosa do Sr. José Adriani para dar uma acalmada nos ânimos. A Inteligência Artificial ajudou a imaginar como era…

Alguns anos depois da cerveja, em 1920, surge o Clube Atlético Farturense para completar o rolê:

Após uma fase jogando amistosos, o time disputa o Campeonato do Interior de 1944:

Em 1945, sagra-se campeão da região, classificando-se para o mata mata e sendo eliminado pela Botucatuense (8×3, em Botucatu e 0x2 em Fartura, fatura de gols…):

E 1946:

Aqui, só pra lembrar outros times que disputaram aquela edição…

Porém, um outro time com nome próximo, surge em 1924: o Fartura EC.

Time base que jogou de 1946 até o início dos anos 50:

Em 1958, o Fartura EC defendeu as cores e o nome da cidade no Campeonato Amador do Interior:

Esse é o time de 1964:

E aqui, o time de 1975 com faixa de campeão:

Até um time feminino o Farturense EC teve!

Ambos os times mandavam seus jogos no Estádio Belgrave Teixeira de Carvalho.

O jogo de estreia foi entre o Fartura EC e o EC Cruzeiro do Sul, de Taguaí (na época a cidade se chamava Ribeirópolis) em 7 de fevereiro de 1926.

Uma pena que não conseguimos entrar para registrar a parte interna do Estádio

No fim das contas, deu pra, pelo menos, dar uma olhada na parte interna do estádio e imaginar em como foi toda essa história…

O gramado parece muito bem cuidado e deu pra perceber também que existe um sistema de iluminação que permite partidas noturnas.

De onde fotografamos, estávamos lado a lado com o cemitério, e ali ao outro lado, a igreja!

Atrás do gol uma singela arquibancada para atormentar o goleiro:

O caminho até a cidade passa no meio de várias montanhas que dão um visual único.

Na hora de ir embora, pegamos uma tempestade que acabou com a energia da cidade e, acredite ou não, deixou TODOS os postos de combustível sem atendimento possível. Isso nos fez arriscar a atravessar as montanhas praticamente sem combustível até chegar a Piraju…

Pra terminar, nos anos 80, o time junior do Santos esteve no Estádio para um amistoso, olha aí o Cesar Sampaio, encabeçando os enfileirados.

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As Mil Camisas em Aracaju – Parte 3 (Estádio Batistão)

Ainda falando sobre o nosso rolê pelo Sergipe, chegamos ao terceiro Estádio de Aracaju, dessa vez “campo neutro”, pois falaremos do Estádio Estadual Governador Lourival Baptista, o Baptistão. Mas antes… algumas imagens para recordar a linda capital sergipana.

Se você quiser ver mais, sobre outras cidades e estádios, já escrevemos sobre o futebol e a cultura geral de Canindé do São Francisco, Nossa Senhora da Glória, Itabaiana, além de ver o primeiro rolê pela capital para registrar o Estádio do Confiança (Proletário Sabino Ribeiro) e o Estádio do CS Sergipe (João Hora) também um rolê mágico, passando a fronteira do Sergipe e chegando até Piranhas, em Alagoas, afinal o mundo é mesmo uma roda gigante…

Ah… Foi bom rever os mercados da cidade e suas frutas tão coloridas…

E ali a origem delas…

Não se trata de clubismo… ou talvez se trate… Mas é muito difícil imaginar a virada de ano sem a camisa do Ramalhão assim como não estar ao lado da Mari…

Ok… Talvez seja exagero levar a toalha, feita pelo torcedor Esquerdinha, a todo canto…

Foram dias de paz, dias de natureza e de paisagens tão bonitas…

A natureza se mostrou de todas as formas…Misturando beleza e cobrando seu preço caso você não a respeite. No dia em que estivemos na praia do saco, o mar estava lotado de Caravelas Portuguesas (Physalia physalis) e fiquei pensando no significado do seu nome… Como as caravelas portuguesas pareceram lindas aos povos originários e como elas causaram dor…

Ok, talvez alguns exageros tenham sido cometidos…

Mas se alimentamos o corpo, também o fizemos com a mente e a alma…

O Museu da Gente Sergipana está muito bonito, vale a visita!

O rolê futeboleiro literalmente invadiu nosso cotidiano quando,ao voltarmos do sertão sergipano, percebemos que o time pernambucano do Retrô FC estava hospedado no nosso hotel!

Foi a chance de demonstrar um pouco da minha indignação (com todo o respeito e mantendo a admiração) com o Vinicius Bergantin, o treinador do Santo André em 2023 no Campeonato Paulista que abandonou o time antes do fim do Campeonato.

Também pude bater um papo com o goleiro Darley (lembrava dele no Mirassol):

Mas hoje é dia de falar do nosso reencontro com o Baptistão! Estivemos lá 11 anos atrás, veja aqui como foi e reveja abaixo nossa presença no Estádio…

O Estádio Estadual Lourival Baptista passou a ser chamado de Arena Batistão, depois das últimas reformas entregues em 2023, mas o estádio foi originalmente construído em 9 de julho de 1969.

O Baptistão é a casa mais importante do futebol sergipano e já recebeu amistosos da Seleção Brasileira, além de partidas pela série A do Brasileiro, nas décadas de 70 e 80 quando os times sergipanos participaram da elite.

Vamos entrar e dar uma olhada em como ele está em pleno 2024!

Atualmente, o estádio é utilizado pelos times da capital, Confiança e Sergipe, mas também serve de casa para as equipes que estejam reformando seus estádios como é o caso do Itabaiana, nesse início de ano.

Em 2014, por conta da Copa do Mundo no Brasil, foi usado como Centro de Treinamento para a seleção da Grécia.

O Batistão foi inaugurado frente a 45.058 torcedores, em 9 de julho de 1969 com um amistoso onde a Seleção Brasileira de Futebol deu um amasso de 8×2 na “Seleção sergipana”.

Uma pena, que já é a segunda vez que passamos por Aracaju mas ainda não conseguimos assistir uma partida no Baptistão 🙁

Aqui, nosso registro oficial do gol da direita:

O gol da esquerda:

E o meio campo:

Hora de se despedir, com muita alegria desse importante palco do futebol sergipano:

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A1-2004: EC Santo André 1×2 RedBull Bragantino

Domingo, 4 de fevereiro de 2024. 11horas da manhã.
5ª rodada da série A1.
O Estádio Bruno José Daniel vê uma torcida apaixonada à beira do desespero, implorando por uma vitória para a sequência do campeonato… E ela não veio…

Em campo, embaixo de um forte mormaço que cobriu o ABC por todo o fim de semana, duas equipes em momentos diferentes: o RedBull que começou mal e começou a reagir e tem um ano com calendário cheio contra um Santo André que ainda não se encontrou.

O jogo de hoje foi a primeira partida do Davi em um estádio! Seja bem vindo a essa loucura!

Sempre importante destacar a presença da torcida visitante. Só quem viaja para acompanhar seu time fora de casa sabe como é difícil se fazer presente.

Em campo… Infelizmente tivemos mais uma manhã de sofrimento para o torcedor ramalhino… O primeiro tempo virou 0x0.

Nossa torcida segue apoiando, mas as críticas crescem conforme os resultados não vem.

No 2º tempo, veio a chuva e o gol do RedBull, com um petardo de Gustavo, de fora da área. O Santo André chegou a empatar com Bruno Michel, dando um sabor de esperanças às bancadas…

Mas, o Ramalhão levou o 2º de Eduardo Sasha, em um cabeceio após cobrança de escanteio… Não há muito o que falar. O momento é difícil e ainda oferece um caminho para escapar da série A2, mas é preciso que as coisas mudem…

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4ª rodada da série A3-2024

Sábado, 3 de fevereiro de 2024. Bem vindo a mais uma partida da série A3 do Campeonato Paulista, direto do Estádio Primeiro de Maio, em São Bernardo.

Manhã agradável de forte mormaço, mas o público ainda não percebeu que o Cachorrão merece mais apoio… Principalmente hoje, data em que o clube celebra 96 anos.

Alguns poucos prudentinos enfrentaram a Castelo Branco e se dirigiram à cidade do ABC para mais esta partida.

Mas ainda assim, estava legal acompanhar o jogo no Primeiro de Maio. Sente o clima do Estádio:

Vale o registro padrão do lado esquerdo:

Meio campo:

E lado direito:

31 minutos do primeiro tempo e Iury fez 1×0 para os visitantes.

O gol gera um momento de tensão na arquibancada local…

O Grêmio Prudente joga bem e segue levando perigo, desperdiçando algumas bolas paradas (como faria também no segundo tempo).

O EC São Bernardo usa o lado direito pra chegar, mas peca nas finalizações.

O placar de 1×0 se mantém e o treinador põe os reservas para aquecer…

Mas o time soube responder e Nathan empatou 1×1!

Festa para o aniversariante!

E quem comanda a festa na bancada do cachorrão é o Esquadrão Alvinegro!

E veio o segundo tempo, com a expectativa de uma virada para o time local!

E se a bola não entrava pela técnica, a sorte deu uma mão e após um desvio na zaga, o EC São Bernardo passou a frente!

E se o pessoal do Esquadrão já estava cantando mesmo com a derrota, o 2×1 colocou fogo na bancada!

E que tal fechar com chave de ouro, com um terceiro gol, agora de penalty?

Feliz aniversário, EC São Bernardo! E um parabéns a Renato Peixe, ex atleta e agora treinador, que na minha opinião foi quem ganhou esse jogo hoje!

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As Mil Camisas em Aracaju – Parte 2 (Estádio João Hora de Oliveira)

Que começo de ano maluco hein? O Paulistão está a todo vapor, mas ainda precisamos dividir a parte final do rolê que fizemos na virada de 2023 pra 2024 por Sergipe (do tupi si’ri ü pe, que pode ser traduzido como “no rio dos siris”, em referência ao rio que corta o estado e principalmente a capital).

Aliás, foi bacana passar a virada de ano na capital Sergipana, nos sentimos muito bem e só tenho a agradecer a energia desse povo!

Se você quiser ver mais, sobre outras cidades, já escrevemos sobre o futebol e a cultura geral de Canindé do São Francisco, Nossa Senhora da Glória, Itabaiana, além de ver o primeiro rolê pela capital para registrar o Estádio do Confiança, e também um rolê mágico, passando a fronteira do Sergipe e chegando até Piranhas, em Alagoas, sempre ao lado de uma água de coco e de uma vista de tirar o fôlego…

Falando em comida… Saudades desse queijinho empanado com um melaço pra dar um charme…

Saudades também de andar pela orla, pelos bairros, pela praia, pelo centro e pelos mercados…

E olhar mil vezes as coisas que eu sei que não vou comprar mas que é gostoso de olhar…

A Mari já tem mais saudades das sorveterias…

O rolê de hoje é para registrar a parte vermelha da cidade: o Estádio João Hora de Oliveira.

O Estádio João Hora de Oliveira, popularmente chamado de “João Hora” é a casa do CS Sergipe, e fica no bairro Siqueira Campos.

Entre 1998 e 2000, com a interdição do Batistão, teve o seu grande momento, sendo o principal palco do futebol profissional de Aracaju

Seja bem vindo ao caldeirão!

Sua inauguração se deu em 26 de julho de 1970 em partida entre o Sergipe (que saiu na frente fazendo o primeiro gol oficial do estádio, com o jogador Duda) contra o Itabaiana (que virou o jogo colocando água no chopp dos donos da festa…).

E a partida de inauguração contou com presenças ilustres…

E 54 anos depois… Cá estamos!

Suas arquibancadas de poucos degraus tem capacidade para cerca de 6 mil torcedores.

O Estádio João Hora chegou a receber jogos de competições regionais e nacionais. Aqui, vemos o gol do lado direito:

Desde 2014, possui um sistema de refletores, permitindo a realização de jogos noturnos.
Veja um ali ao fundo, próximo do gol da esquerda:

Aqui, o meio campo, onde pode se ver uma singela área coberta dedicada às cabines de rádio:

É demais poder estar em um estádio tão bacana, e, mesmo longe, me sentir em casa!

Se as imagens formam ótimas lembranças, o que dizer das pessoas? Agradeço o massoterapeuta do time Edivaldo Souza Santos, o “Neguinho do Jipão”, por ter me recebido tão bem, me apresentado o estádio, os atletas e o treinador Marcelo Martelotte.

Pra terminar, pedi pra Inteligência Artificial desenhar uma nova versão do mascote do time do CS Sergipe, o “diabo vermelho”, e qual vc achou mais legal?

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As Mil Camisas em Aracaju – Parte 1 (Estádio Proletário Sabino Ribeiro)

Dando sequência aos Estádios visitados durante nosso rolê por Sergipe, agora vamos fazer 3 posts falando dos principais estádios da capital, Aracaju!

Vale reforçar que a cidade de Aracaju é um incrível passeio, uma das opções mais baratas do Nordeste e que possui uma orla bem diferente do que estamos acostumados. Graças ao cuidado especial com a proteção ambiental, a avenida beira mar é beeem longe da areia.

Além do mar, a cidade é cortada pelo rio Sergipe, o que dá uma dinâmica diferente já que o rio é grande, e praticamente corta a cidade formando o chamado bairro da Coroa do Meio, que por pouco não é uma ilha.

Aqui é o local do encontro do rio com o mar.

As praias mais bacanas ficam no litoral sul, e uma delas, a praia do Náufrago, guarda um fato curioso: um cemitério onde estão enterradas as pessoas que naufragaram após seus navios serem bombardeados por navios alemães nazistas.

O nome Aracaju pode ser compreendido como “cajueiro dos papagaios”, imagina o que era esse lugar antes da chegada dos europeus… Por aqui, viviam uma grande diversidade de povos: Tupinambás, Caetés, Xocós, Kiriri, Fulkaxó, Boimé, Karapotó, Kaxagó, Aramuru… Pedi uma ajuda pra Inteligência artificial criar uma imagem do que seria uma pessoa daquela época…

O desaparecimento destes povos se iniciou no início do século XVI (com a morte de importantes líderes locais como os caciques Serigy e Pacatuba que chegaram a se unir com os franceses para combater o invasor português) e se firmou no século XIX, devido à política indianista do Império do Brasil que publicou a Lei das Terras em 1850, declarando as Terras como de Domínio Público. Pra piorar, acabaram vítimas de um perverso apagamento histórico, como se a história de Sergipe se iniciasse com os povos brancos…

Aracaju nasce em 1855, por pressão dos produtores de açúcar que precisavam de um porto para escoar melhor seus produtos.
Em 1914 chega a estrada de ferro, vinda de Salvador. (foto do site Capital do Agreste):

Aracaju foi uma das primeiras capitais planejadas já que teve que ser construída em uma área cheia de pântanos e charcos, que nasce na praça Fausto Cardoso e a partir daí tem as ruas construídas geometricamente, como um tabuleiro de xadrez, desembocando no Rio Sergipe.

Só nos anos 80 a cidade despertou para o potencial turístico, com novos hotéis e com a construção da Orla da praia de Atalaia, o principal cartão-postal da cidade.
Mas antes disso, desde 1º de maio de 1936, já existia um motivo de orgulho para a cidade: a Associação Desportiva Confiança (já escrevemos sobre o time, veja aqui como foi).

Nosso rolê dessa vez nos permitiu ir até a casa do AD Confiança: o Estádio Proletário Sabino Ribeiro, nome que homenageia um dos fundadores do clube.

Olha que linda a imagem aérea disponível no site do time.

O Estádio Proletário Sabino Ribeiro fica no Bairro Industrial e tem capacidade para 5 mil torcedores. A foto abaixo é do site Info Net, uma vez que não tivemos permissão para fotografar a parte interna do estádio.

O Sabino já foi palco de vários jogos importantes na história do Dragão, desde 1955. Atualmente, o estádio virou Centro de Treinamento.

Confesso que já é desanimador quando não conseguimos entrar no Estádio, mas quando além disso os seguranças tratam a gente mal… É de perder qualquer boa vontade com o rolê…

Enfim… que os dirigentes possam entender que não há nenhum mistério na parte interna do estádio capaz de impedir uma visita…

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