
Sábado, 19 de abril de 2025.
Depois de alguns anos, voltamos ao Estádio Dr Hudson Buck Ferreira para acompanhar uma partida da SE Matonense válida pelo Campeonato Paulista sub 17.

A última vez que estivemos por aqui foi em 2010! Veja aqui como foi.

Os jogos da base não tem cobrança, mas vale a foto na bilheteria:

E já que não precisa ingresso, vamos ao campo!
Confesso que não tinha grandes expectativas em relação ao público por se tratar de uma competição de base, mas me surpreendi bastante com a boa presença de torcedores!

Se você nunca esteve no Estádio da Matonense, recomendo uma visita, porque ele é bastante peculiar.

As cabines de imprensa são um charme à parte.
As janelas e vitrais permitem a visualização do espaço onde os profissionais estão e mesmo aparentemente pequenas, certamente já abrigaram transmissões cheias de emoção.
A sensação é de que qualquer rádio AM que se preze já teve alguém narrando ali um “grande clássico regional”.

Degraus estreitos, arquibancadas relativamente altas, um forte tom azul com alguns detalhes em amarelo…
Seria exagero chamá-lo de “A Bombonera caipira“?
Essa é a vista do gol da esquerda, onde existe a sequência da arquibancada e que permite uma capacidade para mais de 12 mil torcedores.


Aqui, o meio campo, e é para onde está a maior parte da cidade.

E aqui, o gol da direita, onde não existe nenhuma arquibancada.

Olhando para a arquibancada principal, boa parte dela é coberta, oferecendo conforto aos torcedores e também dando uma característica visual ainda mais proprietária.

Na imagem abaixo dá para ver bem como as arquibancadas se juntam atrás do gol.

Entre tantos devaneios, lembranças e imaginações sobre quanta história já ocorreu neste estádio, quase acabei me esquecendo de prestar atenção na partida.
Mas o time do Rio Claro logo chamou minha atenção ao abrir o placar em um contra-ataque fulminante!
O time da Matonense sentiu o baque ao ter seu gol vazado tão cedo e estando nos seus domínios, mas logo os próprios atletas procuraram se tranquilizar e buscar o “recomeço” do jogo.

Mas o time do Rio Claro parecia motivado a sair com os 3 pontos, e seguiu lançando-se ao ataque.
As partidas do sub-17 de hoje em dia são bastante disputadas e os jogadores já se apresentam com um comprometimento tático e físico similar ao dos profissionais.

Cada canto abrigava um personagem: o adolescente sonhador com a camisa do time, a mãe que gritava o nome do filho em cada lance, o vendedor de pipocas sonhando com dias de melhores públicos…

Conforme o sol da manhã ia surgindo dentre as nuvens e iluminando as estruturas do estádio, revelando detalhes da pintura, as bandeiras e a simplicidade que só o tempo oferece.
Tudo ali parece ter parado para lembrar o que é o futebol raiz, mas muito bem cuidado!

Os meninos da SE Matonense foram guerreiros.
Mas o futebol não tem coração.
E não era o dia do time local…
O Rio Claro fez 7.
7×0…

Mas sinceramente? O resultado foi o que menos importou.
O importante foi reencontrar esse templo escondido do futebol paulista e registrar, mais uma vez, que os estádios também têm memória.
E que a Matonense ainda vive.

Alheias ao que ocorria no campo, as crianças jogavam sem pensar no amanhã…

O jogo foi chegando ao fim e claro que rolou um clima meio melancólico…

Com o apito final, ficou no ar aquela atmosfera que mistura silêncio, frustração e um certo carinho pela presença em mais um dia de vida do Estádio.
Era como se ao sair, o Dr. Hudson Buck Ferreira sussurrasse ao nosso ouvido: “Volte mais vezes, mesmo que o jogo não seja decisivo. O futebol sempre estará aqui.”

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EC Santo André 0x1 Athletic Club (MG) – série D 2023
Façamos uma breve pausa nos posts relacionados ao rolê que fizemos pelas cidades históricas de Minas (ainda que, na minha opinião, todas as cidades sejam históricas e que a história do território que hoje chamamos Brasil não tenha se iniciado em 1500) ….




Mas ainda falando de Minas Gerais, vamos dividir as fotos e vídeos da partida de sábado de 17 de junho de 2023, quando o EC Santo André perdeu por 1×0 para o Athletic Club de São João del Rei, em partida válida pelo returno da série D de 2023.

Seja bem vindo às arquibancadas do Estádio Bruno José Daniel, onde tentamos construir um ambiente de amizade e respeito!

O Carlão até fecha os olhos de emoção ao lembrar as emoções que já viveu nas arquibancadas e também no campo…

Olha ele aqui de olhos bem abertos enquanto dava entrevista com a camisa do, então, Santo André FC!

Se você quer curtir a partida apoiando 90 minutos, então cole com o bonde da Fúria Andreense!


E se a pegada das barras argentinas é o que te encanta, então pule com a Esquadrão Andreense!



Cansado do capitalismo e das injustiças sociais? Quer assistir a partida discutindo os problemas da atual conjuntura econômica? Então cola com esses “já não tão jovens” desajustados!

Recebemos informações de que estão sendo monitorados…

Empunhe ou amarre a sua bandeira e vamos ao jogo!

Aí estão os dois times em postura pré partida!

E como o Santo André foi a campo?

O jogo terminou 1×0 para os visitantes, mas esqueça o placar e siga com a gente!
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155- Camisa da Universidad del Chile
A 155a camisa de futebol da nossa história foi presente de um casal de amigos muito bacana, lá de Santiago, o José e a Javi.
Eles estiveram um tempo aqui no Brasil, e pudemos mais uma vez ver como o futebol pode ser capaz de reunir as pessoas.
Levamos os dois até o Estádio Bruno José Daniel, onde o Santo André manda seus jogos.
Mas também fizemos uns rolês menos boleiros, como a visita ao pico o Jaraguá, guiados por Gabriel Uchida, que decidiu mostrar seu lado atlético!
A camisa defende as cores do time que eles torcem, a Universidad de Chile.
O site do time da Universidad de Chile é www.udechile.cl.
O time nasceu em 1927, com a fusão do Internado Football Club, do Club Atlético Universitario e do Club Náutico Universitario, com o apoio da Associação Desportiva da Universidade do Chile. Esse foi o primeiro time da La U:
A partir de 1938, passou a disputar o campeonato profissional. Esse é o time daquele ano:
Em 1940, conquistou seu primeiro campeonato nacional.
Em 1959, um novo título. O time já se tornara um dos mais populares da capital.
Os anos 60 deram o apelido ao time de ” O Ballet azul” devido às boas atuações, coroadas com títulos em 1962, 64, 65, 67, 68 e 69.
Em 1970, o time alcançou as semifinais da Copa Libertadores, sendo derrotado pelo Penarol, em partida extra disputada em Avellaneda.
Os anos 70 trariam ainda um grande recorde de vitórias sobre a rival Universidad Católica: foram mais de 13 anos sem derrotas. Esse é o time de 1976:
Mas, os anos 70 passaram sem grandes conquistas para o time. E os anos 80 ainda trouxeram grande crise financeira para o time. Chegaram a fazer uma rifa para construção do estádio que acabou não dando certo. Como momento mais trágico, em 1988, o time caiu para a segunda divisão.
No ano seguinte, o time já estaria de volta à primeira divisão. Nos anos 90, 3 títulos nacionais em 1994, 95 e 99. Esse era o time de 99:
Em 2000, novo título, abrindo bem a nova década!
O Campeonato Chileno passou a ser disputado como os demais na América Latina: com um torneio abertura e um clausura, e o time conquistou mais um título em 2004 (abertura).
Em 2006, embora o time estivesse melhor do ponto de vista técnico, a crise econômica e jurídica do clube se agravou e para que o mesmo não fechasse as portas, foi feita uma concessão à Azul Azul S.A. para a gestão do clube por um período de 30 a 45 anos.
A parceria ao menos manteve o clube como um time de ponta, trazendo os títulos dos Torneios Abertura de 2009, 2011 e 2012 e o clausura de 2011.
Em 2010, o time foi semifinalista da Libertadores.

Em 2011, veio a conquista da Copa Sulamericana, passando por equipes como o Flamengo, Arsenal, Vasco da Gama, e batendo a LDU (Liga de Quito de Ecuador) na final.

Nós já estivemos em Santiago por duas vezes e em ambas fomos a jogos da Universidad de Chile, veja aqui como foi em 2011 e aqui como foi em 2012. Pra quem tem preguiça de entrar nos links, seguem algumas fotos desses roles, aqui em frente ao Estádio Nacional, em 2011:
Aqui, dentro do Estádio:
Estádios são ambientes incríveis para se conhecer um país!
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São Bento x Barueri – Copa Paulista
Domingo com cara de segunda feira…
Frio, garoa e preguiça tentaram nos impedir de levantar cedo, mas o amor pelo futebol falou mais alto e lá fomos nós pela Castelo Branco até o Estádio Municipal Walter Ribeiro.
O jogo em Sorocaba era a última partida da primeira fase da Copa Paulista, e o São Bento precisava no mínimo de um empate para se garantir na próxima fase, o que fez a galera comparecer em bom número!

E lá vamos nós!
Foi a primeira vez que vi um jogo do São Bento, em Sorocaba.
A torcida do Barueri também mostrou que segue apoiando o time da cidade, mesmo com as mudanças dos últimos anos (o abandono do Grêmio Barueri e a criação do Sport Barueri):
Compareceram em um bom número, mesmo com o time já classificado para a segunda fase.
Os visitantes ficaram no anel superior agitando e incentivando o time, que entrou tranquilo, sem depender do placar.
Ah, e lá estÁvamos nós, mais uma vez pagando ingresso e apoiando o futebol!

Ficamos na arquibancada inferior, embaixo de onde ficou o pessoal do Barueri.
Ao nosso lado, centenas de torcedores do São Bento, mostrando que quando o time precisa, pode contar com o morador da cidade!
Os anéis superiores do Estádio Walter Ribeiro, o “CIC” lembram muito alguns estádios argentinos como o do All Boys ou do Velez. É muito bonito!
Quem também estava do nosso lado, era o pessoal da Força Azul
Com sua bateria e energia, o pessoal logo de cara pode comemorar com um gol de penalty! 1×0 pro São Bento e festa azul nas bancadas!
Mas a agitação foi o jogo todo, o São Bento pode jogar realmente como mandante!
Não que o torcedor não organizado não tenha colaborado.
O pessoal soube incentivar, cobrar e principalmente “apertar” o árbitro, ninguém menos que Guilherme Ceretta de Lima, que pouco errou.
Nem todo mundo tava muito preocupado com a bola rolando.
Para alguns, o Estádio ainda é muito mais uma extensão de casa, ou do próprio quintal.
No futuro, as lembranças da infância no estádio serão um doce prazer ao jovem torcedor…
Do outro lado do Estádio estavam as outras torcidas locais, a Falcão Azul e a Sangue Azul, além de outros torcedores não organizados.
A festa estava montada para a classificação, o estádio estava pintado de azul, fazendo um bonito jogo de cores com o verde do gramado.
Em campo, confesso que o jogo era empolgante, mas de certa maneira tranquilo. O São Bento dominava e o Barueri não se importava muito com a derrota.
O time do São Bento mostrou força principalmente com o atacante Gílson.
Que sofreu o segundo penalty, dando ares de goleada ao jogo.
O torcedor do São Bento parecia voltar no tempo e lembrar os bons momentos do time, nas décadas passadas… São Bento 2×0.
O Estádio todo comemorava e acreditava na vitória, só esqueceram de avisar o técnico do Barueri, André Oliveira, que foi um show a parte, gritando e gesticulando como um maluco.

Fim de primeiro tempo e hora de conhecer um pouco sobre a culinária do Estádio, um dos tópicos que mais motivam nosso trabalho.
De cara, pela primeira vez, vimos alguém comendo uma maçã durante um jogo! Fantástica e saudável opção às convencionais tranqueiras vendidas.

E seguindo essa linha descobrimos que há outras opções no próprio estádio, como as amoras…
Que foram atacadas pela Mari..
Ainda haviam bananeiras ao lado do estádio, onde ficam as bandeiras:
No fundo não nos preocupamos muito em comer, porque sabíamos que na volta almoçaríamos no…
O intervalo em Sorocaba teve outras coisas estranhas…
Um urso de uma marca de refrigerantes vai defender penaltys…
O segundo tempo trouxe um jogo diferente e o Barueri logo marcou um gol assustando o time da casa.
Mas o jogo garantiu outras cenas estranhas como a foto que a Mari fez:
Assim, marcamos presença em mais um jogo decisivo.
Saímos antes do jogo terminar e pelo rádio ainda ouvimos que o São Bento chegara ao terceiro gol.
Aproveitamos a viagem para conhecer o Estádio Humberto Reali, onde o São Bento costumava mandar seus jogos, na Rua Cel Nogueira Padilha:
Infelizmente não tivemos permissão para entrar e fotografar lá dentro, mas segundo o presidente Luís Manenti, ao contrário do que foi dito por alguns torcedores, o campo está novamente recebendo a atenção da diretoria, o que é ótimo para a história do clube.
Fomos embora vendo os vestígios da antiga Sorocaba que ainda existem pela cidade, como a estação:
Das fábricas:
E da arquitetura…
O mundo está mudando. O futebol também. E você participa diretamente dessas mudanças.
O futebol moderno é o reflexo do ser humano moderno.
Também jogamos pela vida. De que lado você está?














































