A 88ª camisa da coleção foi comprada na Rua Lavalle, em Buenos Aires, numa loja que reúne várias camisas de times das divisões de acesso do futebol argentino, a preços interessantes.
O dono da camisa é o Club Atlético Juventud, da cidade de Pergamino, que fica há creca de 200km de Buenos Aires, no meio do caminho até Rosário. Conheça um pouco da cidade:
O time é um dos mais jovens do futebol argentino.
Foi fundado em 13 de Julho de 1946, por um grupo de jovens que costumavam jogar num desses terrenos baldios (quem mora na Grande São Paulo já nem deve mais saber o que é isso…).
Esse é seu distintivo:
Com o tempo, surgiram pessoas dispostas a ajudar a equipe, como Don Angel Roldán, um ex jogador que acabou tornando-se o primeiro presidente do clube.
Logo, começaram a jogar num campo municipal abandonado e em 1958 se afiliaram à liga.
Venceram a liga por várias vezes, principalmente na década de 70.
Em 2004, foi campeão da Zona Centro do Torneio Argentino B, em 2004 (Clausura).
O vídeo abaixo mostra algumas imagens do time:
Li num site que o Juventud teve três grandes chances de conseguir o acesso.
A primeira delas o acesso lhe foi negado por uma proibição da Federação.
Da segunda vez, venceu seu rival Olimpo, por 7 a 0 no jogo decisivo, mas após o jogo houve um quebra pau tão grande que o Conselho Federal fez o Desportivo perder os pontos da partida.
A última grande chance, foi contra o Quilmes(de Mar del Plata) que acabou sendo perdida graças a uma má arbitragem.
A sede do Pergamino sempre reuniu diversos registros históricos da cidade, entretanto, em 1995 sofreu uma terrível inundação fazendo com que vários materiais fossem perdidos.
O Juventude tem vários apelidos: Celeste, Juve, Inundados, La Ribera, Juventus de Pergamino e Estrella Roja de Centenario.
Manda seus jogos no “Estadio Bicentenário Carlos Grondona“, inaugurado em 2009, com capacidade para 7 mil torcedores:
Aliás, seus torcedores sabem apoiar o time…
A barra do Juventud é “La Banda del Puente”, famosa por suas ações extra campo.
Mas suas bancadas também estão repletas dos torcedores autônomos, como se pode ver…
Seu principal rival é o Douglas Haig de Pergamino.
Atualmente o time disputa o Torneio Argentino B, 2010/2011, que equivale à quarta divisão nacional, após ter sido rebaixado, na temporada passada.
Para quem nunca entende as divisões do futebol argentino, é assim:
“Primera División“: É disputada por 20 clubes.
“Primera B Nacional“: equivale à segunda divisão. Também 20 clubes.
A partir daí, cada divisão tem duas ligas geograficamente separadas, uma pro interior e uma para a capital:
“Primera B Metropolitana”: parte mais próxima da capital, da terceira divisão. É disputada por 21 clubes
“Torneo Argentino A” é a outra competição da terceira divisão. Disputada por 25 clubes.
A quarta divisão é formada pela “Primera C Metropolitana” (20 clubes) e pelo “Torneo Argentino B” (48 clubes).
A 5a divisão é formada pela “Primera D Metropolitana” (18 clubes) e pelo “Torneo del Interior” (apenas 264 clubes).
A 6a divisão é representada pelas ligas locais.
O site oficial do clube parece estar fora do ar, por isso sugiro visitar esse feito por torcedores: www.juvepergamino.com.ar
Ou este: www.sentimientoceleste.es.tl
Falem o que for, mas o que eu mais queria do meu time é que ao final de uma conquista difícil, eles fizessem isso:
A 78a Camisa da coleção vem da capital do Paraguai, Assunção, onde fica localizado, o belo Palácio Presidencial.
É sem dúvida um dos muitos lugares onde ainda estaremos para conhecer a cultura futebolística local!
O time dono da camisa é o Club Olimpia, uma das primeiras agremiações de futebol do país, fundado em 25 de julho de 1902, por um grupo de jovens.
Na hora de decidir o nome, alguns queiram “Paraguay”, outros “Esparta”, mas a idéia vencedora foi sugestão do holandês William Paats, considerado o Charles Miller do futebol paraguaio.
A primeira camisa do time era toda negra, com o nome “Olimpia” em branco, no peito.
O clube já conquistou 38 títulos nacionais, além de vários títulos internacionais, que lhe renderam o apelido de “Rei de Copas“. Entretanto, atualmente não levanta um caneco nacional desde o ano 2000.
O time foi um dos fundadores da “Liga Paraguaya de fuútbol”, em 1906. Seis anos depois, em 1912 conquistou seu primeiro título nacional.
A partir da década de 50, o time conquistou grande domínio no futebol paraguaio.
Foi nessa década que se construiu o Estádio onde o time manda seus jogos, o Estádio Manuel Ferreira, nome do presidente da época.
Também conhecido como “El Bosque de Para Uno”, o estádio tem capacidade para cerca de 15 mil pessoas.
O Olimpia conseguiu um recorde ao vencer cinco campeonatos nacionais, entre 1956 e 1960, sendo que o de 1959, de maneira invicta.
Em 1960, o Olímpia disputou a final da primeira Libertadores de América, contra o Peñarol, conquistando o vice campeonato, com o time abaixo:
A década de 70 e 80 trouxeram os “anos dourados” do clube, graças às surpreendentes conquistas internacionais, e também por um novo recorde em campeonatos nacionais, com um hexacampeonato (de 1978 a 1983).
A primeira conquista de Libertadores veio em 1979, quando também conquistou o título intercontinental.
No fim dos anos 80, mais uma final de Libertadores,desta vez contra o Atlético Nacional, da Colombia, que acabou derrotando a equipe paraguaia nos penaltys.
Coincidentemente, no ano seguint, os dois times se enfrentaram na semifinal, mas desta vez o vitorioso foi o Olimpia, que pela segunda vez sagrou-se campeão da Libertadores, dando lhe o direito de disputar com o Milan o título mundial, conquistado pelos italianos.
Enquanto isso, mais um tetracampeonato nacional, entre 1997 e 2000.
Em 2002, no ano do seu centenário, mais uma glória internacional, a terceira Libertadores, vencida contra o São Caetano, nos penaltys:
Seu maior rival é o Cerro Porteño.
Outro detalhe fantástico, é que atualmente o Makanaki (ex jogador do Ramalhão) joga por lá e é um grande ídolo da torcida!
Se liga nele marcando um gol:
Para conhecer um pouco de sua torcida, recomendo o site www.labarradelao.com.py da sua principal barra. Mas só pelo vídeo abaixo da para se perceber que estamos falando de mais uma hinchada apaixonada!
O site do Olimpia é www.olimpia.com.py/
Por hora é isso!
Abraços!
A 74ª camisa do site pertence ao time da União Esportiva Funilense, da cidade de Cosmópolis, onde a Mari morava antes de vir pro ABC. Esse post se complementa com o post que escrevemos sobre o Cosmopolitano (veja aqui):
Foto do site da prefeitura
O time foi fundado em 1º de novembro (mesmo dia do meu aniversário) de 1933, sob o nome de o nome de União Funilense de Esportes e foi originado de três outros times que costumavam se enfrentar na Usina, entre eles o da colônia Botafogo.
Recentemente, ganhamos do Gabriel Uchida, uma segunda camisa:
O time passou a disputar os torneios amadores da chamada “Zona Funilense“, do qual sagrou-se campeã, em 1952, com o time abaixo:
E também em 1960:
Anos depois, o nome do time pasou a ser União Esportiva Funilense.
Jogou profissionalmente de 1978 até 1987, desde então, nunca mais voltou ao profissionalismo, atuando somente em partidas e torneios amadores da região.
Em 1978 fez sua estreia na Quinta Divisão Paulista, com o time:
Em 1979 montou um bom elenco, com o time abaixo:
Em 1980, o futebol paulista passou por uma reformulação e assim o clube começou a disputar a Terceira Divisão. A foto abaixo é do time que enfrentaria a A.A. Santarritense, pelo campeonato daquele ano.
Chegou a ser vice campeã da terceirona, em 1982, disputando o quadrangular final com Barra Bonita (Campeã), José Bonifácio e Palmeirinha. Naquele ano, somente o campeão tinha direito ao acesso para a série A2. O time vice campeão é este aqui:
Time de 1983:
Em 1985 fez uma boa campanha pela Terceirona. Na primeira fase teve os seguintes resultados:
Assim, o clube se classificou para a 2a fase, em terceiro lugar, junto do Itapira, Serra Negra e Guapira. Na segunda fase, ficou em último, com a campanha:
Em 1986, fez razoável campanha, tendo ficado em terceiro, mas só os dois primeiros se classificavam:
[27/Jul] Comercial (Tietê) 1×0 Funilense [3/Ago] Funilense 2×0 Estrela [10/Ago] Guarani Saltense 1×1 Funilense [24/Ago] Funilense 2×1 Itapira [31/Ago] União Bom Retiro 1×1 Funilense [7/Set] Funilense 2×0 Ararense [14/Set] Gazeta 1×0 Funilense [21/Set] Funilense 3×1 Iracemopolense [28/Set] Funilense 2×2 Comercial [5/Out] Estrela 2×0 Funilense [12/Out] Funilense 0x0 Guarani Saltense [26/Out] Itapira 0x0 Funilense [2/Nov] Funilense 5×1 União Bom Retiro [9/Nov] Ararense 1×2 Funilense [23/Nov] Funilense 2×1 Gazeta [26/Nov] Iracemopolense 1×1 FunilenseOs classificados foram o Gazeta (de Campinas) e o Comercial (de Tietê).
Em 1987, disputou seu último ano no Campeonato Paulista.
A Funilense mandou seus jogos no, já finado, Estádio Dr. Sergio Luís Coutinho Nogueira, fundado em 1978, e com capacidade para cerca de 500 torcedores. Estamos falando de um estádio único, acredite.
Estive por lá no começo do ano de 2010 para fazer umas fotos e é impressionante…
Pra começar, o estádio fica dentro da Usina Ester, fundada em nada mais, nada menos que… 1898!!
E ela funciona até hoje, aliás, da modesta arquibancada do estádio se vê a fumaça saindo pela chaminé…
No dia em que estivemos lá, a Funilense enfrentava um adversário de Campinas, em seu tradicional campo!
Dá um pouco de tristeza em ver as arquibancadas vazias e deixadas de lado, num local onde outrora tantos torcedores já devem ter estado…
O clima chega a ser sombrio, principalmente se você for lá de manhãzinha, e pegar a neblina que não deixa você ver nada a mais de alguns metros a sua frente…
Mas ao mesmo tempo assistir um jogo no Estádio da Funilense tem um aspecto nostálgico, de um tempo que infelizmente parece não voltar mais.
O Estádio é muito parecido com os tradicionais campos de várzea, onde praticamente não há espaço entre torcida e atletas.
Além disso, o campo fica numa localização única, entre a usina e muito verde.
Fica nosso agradecimento ao pessoal do time, ao Duzão e ao pessoal da The Wall, a confecção que me arrumou a camisa!
Só pra reforçar que ainda visitamos muitas outras vezes o Estádio da Funilense, como quando levamos os amigos Javi & Jose, torcedores da La U, do Chile para conhecer o local…
Infelizmente o estádio foi totalmente demolido em 2019….
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Participe, interaja. O futebol da sua cidade é do tamanho do seu esforço…
A 73ª camisa de futebol da coleção do blog As mil Camisasvem lá do México, de um daqueles times cuja história se mistura à do próprio povo. Foi presente do amigo Guga (que agora tem se transformado no maior seguidor do basquete do Clube Pinheiros)
Trata-se do Desportivo Cruz Azul.
O Cruz Azul está sediado em “Ciudad de México“.
Mas a história do clube é bastante confusa, porque se parece com o que tem começado a acontecer com alguns clubes brasileiros, que nascem em uma cidade e mudam-se para outra (casos de Grêmio Barueri, Campinas e Votoraty).
O time foi fundado em 22 de maio de 1927, pelos trabalhadores da fabrica Cemento Cruz Azul, da cidade de Jasso, que viria a ser chamada de Ciudad Coopertiva Cruz Azul, tamanha a influência da indústria de cimento na região.
No início disputou torneios amadores e algumas vezes, jogava contra equipes reservas dos times profissionais.
Com os bons resultados da equipe, a empresa de cimento decide construir um Estádio para o time, em Jasso.
Começava a nascer o Estádio 10 de diciembre, permitindo ao clube a disputa da 2a divisão do futebol Mexicano.
Quatro anos mais tarde, na temporada 1963/64 conquistou o ascesso à primeira divisão.
O time que disputou o primeiro ano na primeira divisão:
Quatro anos depois de estreiar, o Cruz Azul sagrou-se campeão da primeira divisão, na temporada 1968/69, com o time:
No início dos anos 70, a diretoria fechou um acordo para mandar seus jogos no Estádio Azteca, por 25 anos, mudando-se assim para a capital Mexicana.
O Cruz Azul se tornou a equipe mais bem sucedida do México de 1970, vencendo o torneio da liga seis vezes entre 1970 e 1980, valendo lhe o apelido de La Máquina Celeste, o time de 1972:
A temporada 1978/79 trouxe a 6a estrela pro distintivo do Cruz Azul com o time:
Em 1979, veio o último título da época, com a equipe:
Daí em diante, vieram longos anos “ressaca”, talvez pelos inúmeros títulos conquistados nos anos 70.
A década de 80 passou magra, abaixo, a equipe de 1987/1988:
Os anos 90 também demoraram pra “esquentar”.
Em 1996, o time passou a mandar seus jogos no Estádio Azul.
Apenas em 1997, veio o oitavo campeonato nacional:
Nos anos 2000, o clube chegou a disputar várias finais, mas não levou nenhum título.
Destaque para a participação do time na Copa Libertadores de América, de 2001, quando chegou à final contra o Boca Juniores, decidida nos penaltys.
Em 2003, também se classificou para a Libertadores, sendo eliminado nas quartas de final, pelo Santos.
Atualmente, o clube mexicano possui 8 Campeonatos da Liga, 8 vice campeonatos, 5 Campeonatos da CONCACAF, além do vice campeonato da Copa Libertadores de 2001.
No torneio Clausura 2009, o Cruz Azul terminou pela primeira vez em sua história no último lugar.
Ainda assim, pode se considerar o Cruz Azul como um dos três times mais populares do México junto do Chivas Guadalajara e do América.
E a torcida dos caras? Interessante ver como tem uma onda “anti racista” nas bancadas mexicanas…
Uma coisa interessante é que o time possui outros afiliados (Cruz Azul Hidalgo, Cruz Azul Jasso, Cruz Azul Dublan, Cruz Azul Xochimilco e Cruz Azul Lagunas).
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E lute para que ele não seja comprado por empresários que um dia podem ter a brilhante ideia de se mudar para outra cidade.
A 72ª Camisa de Futebol pertence ao tradicional CSA, o Centro Sportivo Alagoano.
Essa camisa eu trouxe, na minha viagem de fim de ano para a magnífica Maceió (veja aqui como foi).
O CSA foi fundado em 7 de setembro de 1913, na Sociedade Perseverança e Auxiliar dos Empregados no Comércio, por um grupo de desportistas e devido à data, o primeiro nomeadotado foi Centro Sportivo Sete de Setembro.
O primeiro jogo do time azulino foi uma vitória de 3×0 contra uma equipe formada por alagoanos que estudavam em Recife.
Antes de se tornar definitivamente “CSA” (em 1918), ainda viria a se chamar “Centro Sportivo Floriano Peixoto“.
Existe um excelente site sobre a história do futebol alagoano, o Museu dos esportes, onde se pode encontrar imagens históricas, como a do time de 1923:
O time possui desde seu início, enorme rivalidade com o outro time da cidade, o CRB, mas houve um jogo em que essa rivalidade foi vencida, em 1931, quando 2 jogadores do CRB foram convidados pelo treinador e jogador Tininho para reforçar o time do CSA num amistoso contra o América de Recife.
Zequito Porto e Fonseca eram os convidados. Diretores do CSA chegaram a dizer que não concordavam com a presença dos jogadores do CRB, mas Tininho peitou a diretoria e escalou os dois na partida em que venceram o América por 4×2 (Dois dos gols marcado por Fonseca). Coisa rara pra se existir entre dois rivais, não?
O time coleciona uma série de eventos memoráveis, por exemplo, achei uma foto de um dia em que o Garrincha disputou uma partida com a camisa do próprio CSA.
Outro grande momento foi o vice campeonato da Taça de Prata de 1980. De 1975 a 1979 disputou o Brasileirão (que chegou a ser jogado por 94 times), até então organizado pela CBD (Conferderação Brasileira de Desportos), com a criação da CBF, o time teve de disputar a Taça de Prata (equivalente à segunda divisão, ou série B, atual).
Mesmo perdendo a final para o Londrina, o CSA conquistou o acesso à divisão de elite do futebol brasileiro, do ano seguinte, com o time :
Em 1981, no seu retorno à elite… o time foi rebaixado, com o plantel abaixo:
Em 1982, o jeito foi disputar novamente a Taça de prata, e mais um vice campeonato, desta vez contra o Campo Grande, do Rio de Janeiro.
A final foi em 3 jogos, e o primeiro deles, o CSA venceu por 4 x 3, numa partida que ficou conhecida como o “jogo da virada”, mas perdeu os dois seguintes, no Rio de Janeiro, com o time:
No Brasileiro de 1983 teve grandes momentos, como nas vitórias por 4×0 diante do Tiradentes e os 2×1 contra o Fluminense, em pleno Rio de Janeiro, com o time:
O time conquistou o campeonto estadual 37 vezes, mas também chegou a ser rebaixado para a segunda divisão do alagoano duas vezes, em 2003 e a mais recente, em 2009.
O auge do time veio em 1999, na disputa da Copa Conmebol, quando pela primeira vez, um clube de Alagoas participou de uma competição internacional.
Logo na estréia, eliminou o Vila Nova de Goiás nos pênaltis.
O segundo adversário foi o venezuelano Estudiantes de Mérida, eliminado com um empate sem gols, na Venezuela e uma vitória do CSA, por 3 x 1, em Maceió, num jogo que teve seis jogadores expulsos.
Na semifinal, embate histórico contra o São Raimundo, também vencida na disputa por penaltys. O CSA era agora o primeiro clube do Nordeste a disputar uma decisão de competição sul-americana, contra o Talleres, da Argentina.
Na primeira partida o CSA fez 4 x 2, em casa, o título parecia certo, mas na Argentina, a catimba falou mais alto e o título foi perdido numa derrota por 3×0.
Existem muitos vídeos sobre toda a campanha, mas sobre a final, só achei o vídeo do gol, do título do Talleres. De qualquer forma, foi um momento inesquecível para o time do CSA.
O CSA costumava mandar seus jogos no Estádio Gustavo Paiva, o Mutange. Sua capacidade chegou a ser de 9.000 pessoas. E tem como destaque ter sediado o jogo CSA 1 x 1 Velez Sársfield, em 1951.
Atualmente, o CSA disputa suas partidas no Estádio Rei Pelé, o Trapichão (do governo estadual), utilizando o Mutange apenas para treinamentos.
O mascote do CSA é o Azulão:
Ouça o hino no link abaixo:
Não encontrei o site site oficial do clube, mas há o www.azulcrinante.com feito por torcedores e também o blog www.csa-azulao.blogspot.com/
Estive recentemente em Maceió e um dos amigos que fiz no hotel era torcedor do CSA, esse post vai pra ele!
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Ainda que sua cidade tenha uma praia linda, é no Estádio que cantamos juntos!
A 62 Camisa de Futebol da minha coleção pertence a mais um clube da cidade de Assis, onde meu pai morou antes de vir para Santo André. Consequentemente, sempre estive por lá no natal ou férias. Desde que minha vó faleceu (2002) nunca mais estive lá, e estou planejando voltar em 2010.
O CA Assisensefoi fundado em 27 de março de 1995, por pessoas ligadas a uma Escolinha de Futebol parceira do Cruzeiro (MG) (daí suas cores alvicelestes). Não confunda com o Assisense que nos anos 40 chegou a disputar o Campeonato do Interior, ainda que o mesmo distintivo da época seja usado hoje.
Esse mesmo time teve grande apoio popular:
O time nasceu em um tempo que o VOCEM havia abandonado as competições profissionais e acabou conquistando o apoio da cidade e empresários, amantes do futebol.
Seu mascote é o Falcão e como a cidade está situada no Vale do Paranapanema, o time ganhou o o apelido de “Falcão do Vale”,.
Manda seus jogos no Estádio Antônio Viana Silva (conhecido como Tonicão), com capacidade para 10.000 torcedores e que fica na Vila Operária, próximo ao parque Buracão (o parque é quase uma cratera, muito legal).
O clube profissionalizou-se em 2003, quando a equipe participou da Série B3 do Campeonato Paulista, mas foi eliminado ainda na primeira fase.
No ano seguinte, o CA Assisense obteve um forte patrocínio e montou um elenco mais competitivo, classificando-se como líder para a segunda fase.
Passou também de forma invicta a segunda fase.
Mas na última fase, quando todos davam como certo o acesso, o time sentiu a pressão e foi eliminado da série B 2004.
Assim, em 2005, boa parte dos empresários e torcedores abandonaram o time, que acabou eliminado na segunda fase. No fantástico blog do “Jogos Perdidos“, encontrei algumas fotos do time de 2005:
Nos Campeonatos de 2006 e 2007, o time não conseguiu passar da primeira fase na Segunda Divisão. Veja o time de 2007:
Novamente nos campeonatos de 2008 e 2009, oCA Assisensefez fraca campanha e não conseguiu chegar sequer à segunda fase da Segunda Divisão . Veja o time de 2008:
De positivo fica a marca de 100 jogos completados este ano como profissional, uma marca difícil de ser atingida por um clube que segue batalhando na série B do Paulista, sem se vender a nenhuma empresa.
Abaixo o retrospecto do time até 2009:
Ano
J
V
E
D
GM
GS
SG
AP.%
2003
10
2
3
5
11
15
-4
30
2004
26
14
9
3
39
21
18
65
2005
18
9
6
3
25
15
10
61
2006
12
5
1
6
19
20
-1
44
2007
14
4
1
9
24
37
-13
31
2008
10
2
2
6
12
26
-14
26
2009
14
2
2
10
16
42
-26
19
Sim, 2009 foi o ano de pior aproveitamento e desde 2004 o time vem em decadência nesse critério… Esse foi o time responsável:
O time tem investido muito nas categorias de base, e já tem revelado (e vendido) bons jogadores para outras equipes, por isso, o elenco do time que disputará a série B do Paulista 2010 pretende utilizar muitos desses jogadores das categorias de base.
O time possuia uma organizada, a Torcida Comando Azul. Na época em que escrevi esse post, veja que interessante… eles tinham uma comunidade no… Orkut kkkk www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=8633253
A fonte para estes post foi a pesquisa de Nestário Luiz.
Só para atualizar, seguem as campanhas até 2022, começando por 2010:
2011, quando conseguiu terminar em último do grupo (ainda que tenha perdido 3 pontos na justiça**):
Após se licenciar do campeonato de 2012, o CA Assisense quase apronta uma surpresa, após classificar-se para a segunda fase da Segunda Divisão de 2013:
E não é que contando com bons resultados e também com a sorte, o time também passou à terceira fase.
Parecia que aquele seria o ano mágico do retorno da cidade de Assis para a série A3… A terceira fase veio e o time passou invicto por ela!
Mas, na fase que definia os finalistas (eram 3 grupos de 4 times), deu tudo errado..
Em 2014, o time passou da primeira fase (com destaque para o derbi Assisense contra o VOCEM!), mas não passou da segunda fase:
Em 2015, mais uma vez avançou da primeira fase, jogando no GRUPO 1 em um campeonato que teve uma fórmula diferente com três grandes grupos:
Mais uma vez o CA Assisense não alcança a final e o consequente acesso à A3.
Em 2016, não consegue passar da primeira fase.
Em 2017, também não…
2018 repete a má campanha:
Chega 2019 e você pode perguntar “Pra que vai disputar se não vai passar da primeira fase??” E vêm a primeira fase:
Opa, uma segunda fase chega e… Mesmo terminando em terceiro lugar obtém vaga para a terceira fase.
E na terceira fase, quando ninguém mais acreditava, o time se classifica para os mata-matas de quartas de final!
Infelizmente o mata-mata é com o Paulista de Jundiaí que vence ambas as partidas por 2×0 e segue sua campanha até o título.
Em 2020, voltamos à má fase…
Em 2021, com a pandemia, a fórmula do campeonato mudou e da fase de grupos as equipes passavam a um mata mata em oitavas de final, mas o CA Assisense não conseguiu se classificar, como um dos melhores “terceiros colocados” da fase inicial:
Em 2022 mais uma campanha fraca.
Infelizmente o time parece não estar se acertando e a cada ano fica mais difícil acreditar em um acesso. Além disso, com a volta do VOCEM, a cidade parece estar abandonando o CA Assisense à sua própria sorte. Vejamos o que os deuses do futebol guardam para o futuro.
A 59ª Camisa de Futebol do nosso blog é a camisa do Coritiba Football Club. É uma réplica, comprada num calçadão em Curitiba por R$16. Adoro réplicas bem feitas a preços camaradas… Por que não se pode ter camisas oficiais mais baratas?? Pô, de R$16 pra R$116 é demais…. (daqui de 2025 eu te digo, R$ 116 hoje em dia é uma pechincha!!) Esse modelo de Camisa do Coritiba me lembra muito a do Celtic, ou do Sporting de Portugal, e eu acho uma combinação de cores ótima para listras horizontais. O detalhe é para o número dourado, que também acho bonito:
Bom, mas falemos sobre o Coritiba FC, dono da camisa, e sem dúvida um dos maiores clubes brasileiros. Antes de mais nada, se quiser ver o que eles mesmos falam, o site do time é www.coritiba.com.br . O Coritiba FC foi fundado em 12 de outubro de 1909, ou seja, festejou, esse ano seu primeiro centenário.
O clube nasceu graças a Frederico Fritz Essenfelder, um dos membro de um grupo de atletas que praticavam ginástica, que apareceu com uma bola e apresentou o jogo aos colegas.
Logo, todos estavam completamente apaixonados pelo esporte e decidiram fundar um clube só de futebol. Nascia o Coritibano Football Club, que em 23 de outubro de 1909, teve seu primeiro jogo contra um time de funcionários da estrada de ferro de Ponta Grossa. Abaixo, a foto do time que jogou sob o nome Coritibano:
Até 1916, usou a área do Jóquei Clube Paranaense como campo.
Em 1910, o nome do clube foi alterado para Coritiba, grafia européia, utilizada na época para designar a cidade. As cores, verde e branco, são uma referência às da bandeira do estado. Em 1915 o clube participa de sua primeira competição oficial, e no ano seguinte, conquistou seu primeiro título, no campeonato estadual.
O time é popularmente chamado de “Coxa Branca”, devido aos seus primeiros times serem formados basicamente por descendentes de alemães. Um dos possíveis criadores do apelido seria Jofre Cabral e Silva (torcedor e anos mais tarde, presidente do rival Atlético Paranaense) que tentava irritar o zagueiro Hans Breyer, chamando-o de “Coxa Branca”. As décadas de 20 e 30, trouxeram muitas novas conquistas ao clube, mas sem dúvida, o maior presente foi a inauguração do Estádio Belfort Duarte, em 1932.
Não dá pra resumir em um único post tanta história, então só para citar, os anos 40, 50 e 60 foram repletos de títulos e conquistas. Em 1969 o Coritiba faz a primeira excursão para o exterior. No ano seguinte, montou um time cheio de estrelas, visando aumentar o público e assim conseguir recursos para ampliação do Estádio Belfort Duarte. A década de 70 é chamada de década de ouro, graças a hegemonia conquistada no futebol paranaense. Conquista um hexacampeonato estadual, maior seqüência de vitórias na história do profissionalismo no futebol paranaense, e chega em quinto lugar na primeira edição do campeonato brasileiro, de 1971.
Em 1977, o nome do estádio é alterado para Major Antônio Couto Pereira, em homenagem ao falecido presidente do clube.
A década de 80 inicia-se em alto estilo, e o Coxa fica em terceiro no campeonato brasileiro de 1980. Mas o grande ano do time é 1985. Com um elenco modesto (do qual fazia parte o goleirão Rafael, e seu bigodão, que dizem terperdido a orelha num jogo, ao enroscar-se com a rede do gol…), e comandados por Ênio Andrade o Coritiba chega a final contra o não menos desacreditado Bangu.
A final, em pleno Maracanã é decidida nos penaltys. Veja como foi:
Campeão nacional, o Coxa participa da Libertadores da América de 1986, mas faz uma campanha discreta. Em 1987, lembro bastante do Coritiba porque ele foi um dos times a disputar a Copa União (e consequentemente estar em um dos melhores álbuns de figurinhas de futebol).
Em 1988 o Coritiba quase cai para a segunda divisão paranaense. Em 1989, após perder o mando de campo, o time foi obrigado a enfrentar o Santos em Juiz de Fora, um dia antes de jogar contra o Vasco. O time compra a briga e ganha na justiça comum o direito de adiar a partida. Assim, não enfrenta o Santos e como punição é rebaixado pela CBF para a Série B. O time só retornaria à primeira divisão em 1995, no último jogo sendo disputado contra nada menos que o rival Atlético Paranaense, e veja como foi:
Em 1997, o Coxa é campeão do Festival Brasileiro de Futebol. Em 1998, foi eliminado pela Portuguesa nas quartas-de-final do brasileirão, na época do “melhor de 3”. Em 2002, brilha como uma das melhores equipes do campeonato brasileiro e lança o projeto de clube-empresa. Em 2003 chega em quinto no Campeonato Brasileiro e conquista o direito de disputar a segunda Libertadores da América de sua história. Mas no ano seguinte é novamente eliminado precocemente da competição sulamericana. Em 2005, o time foi rebaixado para a Série B da competição, assim como Atlético Mineiro, Paysandu e Brasiliense. Em 2007, conquista o acesso à Serie A do Campeonato Brasileiro, sagrando-se campeão da Série B .
Em 2009, o time está lutando para não cair novamente.
Como estivemos por Curitiba no fim do ano passado, eu e a Mari não resistimos em fazer um tour pelo Estádio..
A Mari se encantou com o estilo old school do Estádio do Coxa.
A arquibancada é mesmo muito grande, principalmente quando você está sozinho no estádio…
Fomos muito bem recebidos pelo assessor de imprensa do clube, mesmo sendo no mesmo dia em que ele iria apresentar o novo técnico do time (na época Ivo Wortmann)
Essa foto abaixo é um poster que está na parte interna do estádio. Maravilhoso não?
O estádio Major Antônio Couto Pereira é o maior do Paraná, e hoje tem capacidade para 37.182 pessoas. Vale lembrar que alguns torcedores o chamam de Alto da Glória (nome do bairro). O mascote do Coritiba é um velhinho, o Vovô Coxa, em alusão ao time ser o mais antigo do Paraná:
Fica nossa homenagem e respeito aos 100 anos de existência do Coritiba FC.
A 55ª camisa de futebol do nosso blog é de um dos times mais antigos do ABC. Foi um presente do amigo Renato Ramos, presidente da Fúria Andreense, e fã do futebol da nossa região. Detalhe para as mangas compridas que deixam a camisa com uma cara ainda mais legal! Trata-se do Palestra São Bernardo, que representa a cidade de São Bernardo do Campo. Se quiser ler mais sobre o time, vale a pena dar uma olhada no post que eu fiz sobre o jogo contra o Desportivo Brasil.
São Bernardo é o “B”, do Grande ABC, berço das montadoras, do sindicalismo, do hardcore (daqueles que não se faz mais) e da minha educação (fiz ETE e Metodista).
O Palestra Itália de São Bernardo foi fundado em 1° de setembro de 1935, por um atleta do rival Esporte Clube São Bernardo.
Filho de italianos, Alfredo Sabatini mostrou o famoso “sangue quente italiano” ao fundar o time, após não ser escalado num amistoso contra um grande clube paulistano.
Óbvio que com este nome o clube representou a grande colônia italiana da cidade,e assim como ocorreu com Cruzeiro, Coritiba e Palmeiras, na época da Segunda Guerra Mundial, foi obrigado a mudar sua denominação, retirando o “Itália” do nome, tornando-se o Palestra de São Bernardo.
Seu maior rival é o Esporte Clube São Bernardo, considerado o time dos afortunados, enquanto o Palestra seria o clube de massa, cuja torcida era formada em sua maioria por funcionários das fábricas moveleiras, que formariam a famosa “rua dos móveis” (Rua Jurubatuba).
Seu antigo Estádio era na Rua Marechal Deodoro, onde hoje localiza-se a Praça Lauro Gomes.
Assim, o clube encontrou sua nova casa no bairro Ferrazópolis, onde nasceu o Instituto Palestra de Educação e Cultura (IPEC), o primeiro clube-escola do Brasil.
Aqui, a cara da sede, no passado:
Em 1985, o historiador Ademir Médice (gente boa pra caramba, esse cara!), que escreve para o Diário do Grande ABC, publicou o livro Palestra de São Bernardo – Meio Século, como presente pelo seu Jubileu de Ouro. Entre 1950 e 1951, o Palestra disputou a Segunda Divisão do Paulista. Em janeiro de 1974, o time enfrentou o Santos de Pelé, perdendo por 4×0. E em 1975, foi a vez do Corinthians, de Rivelino aportar no ABC para enfrentar o Palestra. Iria demorar alguns anos até que em 1990, o Palmeiras viesse fazer o duelo dos “Palestra Itália”. O clube ficou bom tempo em recesso e só voltou a jogar profissionalmente em 1986, na Terceira Divisão. Depois, em 1992 voltou a fechar suas portas, só voltando a disputar o profissionalismo em 1997, quando foi vice-campeão da Série B1-b, a então 5a divisão do paulista. Em 2005, a diretoria do Palestra endoidou e tentou “remodelar” o clube, mudando suas cores, escudo, mascote e hino. O time passaria a se chamar PSB (sigla para Palestra São Bernardo), e o verde seria substituído pelo vermelho. Felizmente, em 2006 o time voltou a se chamar Palestra e em 2008 voltou às cores de origem, além de ter novamente seu escudo inicial.
Da época “maluca”, fica o belo hino:
Um dos orgulhos dos torcedores é que o meia-lateral Zé Roberto (Seleção brasileira, futebol alemão, Portuguesa, Santos, entre outros) atuou nas categorias de base do time.
Olha ele aí no time de 92:
O time é também chamado de Alviverde batateiro.
Seu mascote já foi um Periquito e agora, um cão São Bernardo.
Atualmente, manda seus jogos no Estádio Baetão, com gramado sintético, e capacidade de 8.000 pessoas.
Eu e a Mari jáfomos em vários jogos do time, nesta fase recente:
Mas até pouco tempo, mandou seus jogos no Estádio Primeiro de Maio:
O palco das greves e das mobilizações do ABc, nos anos 80…
Esse é o time em 2009:
Atualmente disputa a fase final Segunda Divisão do Campeonato Paulista, com boas chances de chegar à série A3. Mais informações, existe um blog feito por torcedores: http://semprepalestrasb.blogspot.com/ e um site (não sei se oficial): www.palestrasb.webs.com/ , ambos valem a pena! E por fim, algumas imagensbancadas do Baetão:
A 53a camisa de futebol do nosso blog vem de longe. Trazida do Mato Grosso pelo amigo, punk, anarquista, antropólogo, editor do http://punkcanibal.zip.net e perna de pau “Guilhermão” (na foto abaixo, o da direita).
O time dono da camisa defende as cores de Primavera do Leste, no estado de Mato Grosso, cidade fundada por Bandeirantes, que procuravam riquezas minerais.
O time é a Sociedade Esportiva e Recreativa Juventude, retratada abaixo por seu brasão, criado por Eloi Bauer Melo.
O time do Juventude foi fundado em 23 de maio de 1982, por meio de 15 pessoas que se reuniram no hotel e churrascaria “Trevão”, em Primavera do Leste, e nasceu oficialmente para participar do campeonato amador de Poxoréo, cidade próxima de Primavera do Leste. Até então, só disputava jogos e torneios em fazendas cruzando as redondezas do jeito que dava, muitas vezes em cima de caminhões.
Pelo fato de Primavera do Leste ter sido elevada à município apenas em 1986, e pela população reduzida, os 11 jogadores do Juventude foram por muito tempo constituídos de índios da aldeia xavante. Aliás, já escrevi sobre o livro que conta um pouco sobre a ligação dosXavantes com o futebol, leia aqui.
E quem acha que o time nunca ganhou nada, saiba que em 1990, o time conquistou o Campeonato Estadual da 2a divisão, que permitiu que o Juventude disputasse a partir do ano seguinte a primeira divisão.
Em 1992 a equipe estreiou na Copa do Brasil, sendo eliminada pelo Criciúma, após perder de 3 X 1 no Heriberto Hülse e por 0 X 5, no Asa Delta.
Em 2000, o clube conseguiu levantar a taça da 1a divisão do Campeonato Mato-Grossense. Se não bastasse o feito, no ano seguinte (2001) o Juventude sagrou-se bicampeão estadual.
Pra complementar o ótimo ano, o time ainda fez uma participação heróica na Copa do Brasil. Começou passando pelo Malutron (que possuía uma forte equipe na época), com uma vitória em casa, no Asas Delta, por 4×0 e uma derrota em Curitiba por 1×0.
Depois chegou a vez do Fluminense, e para a surpresa de todos, venceu em casa por 4×1 (dessa vez, jogando no José Fragelli). Infelizmente, no jogo de volta, em pleno Maracanã, o Juventude perdeu por 3×0, sendo desclassificado.
Em 2002, o Juventude manteve a base da equipe bicampeã, com destaque para os ídolos da torcida, o zagueiro Baggio, o meia Washington, além do meia-atacante Fernando Vila Nova e do artilheiro Moreno.
Novamente participou da Copa do Brasil, e apesar de vencer o Atlético Mineiro, no Mato Grosso por 2×1, foi eliminado da competição por levar 2 X 0 em Belo Horizonte.
Em 2003, o técnico era Eder Taques, e o time base: Ronaldo; Odair, Charles, Rocha e Renatinho; Marcelo Francis (Jonas), Chulapa, Elias e Abílio; Jair e Rinaldo.
Em 2005, o Juventude chegou a anunciar seu licenciamento, mas acabou voltando atrás.
Mas infelizmente em 2008 o time se licenciou e deu espaço a um novo time na cidade, chamado “Primavera”.
O Estádio do Juventude é o Asa Delta, o “Cerradão”, com capacidade para 5 mil pessoas.
O Juventude não tem site. Maiores informações podem ser obtidas… Hmmm, acho que não tem como obter maiores informações. O site da Federação Matogrossensse de Futebol é: www.fmfmt.com.br
É o time mais misterioso que já apareceu aqui pelo blog, se você tiver alguma informação e puder me enviar, eu complemento o post.
Abraços!]]>
A 52a camisa de futebol do blog veio da Paraíba, e foi presente do “seo” Milton, avô da Mariana, que esteve viajando pelas belas e quentes praias da região, este ano.
A camisa pertence ao Botafogo Futebol Clube que defende a cidade de João Pessoa, capital da Paraíba.
Eu conheci o Botafogo “pessoalmente” no ano de 2003, quando o time formou o quadrangular final da série C, contra o rival local Campinense, além do Ituano e do meu Santo André. Esse era o time daquele ano:
Na ocasião, no penúltimo jogo do campeonato, o Santo André perdeu em casa para o Botafogo, quando uma vitória colocaria o Ramalhão na série B. Mas mesmo com esse resultado, subiriam, após a última rodada, os dois times paulistas. Foi assim:
Mas lembremos um pouco da história do clube.
O Botafogo nasceu numa Assembléia, no dia 28 de setembro de 1931, onde participaram os fundadores Beraldo de Oliveira, Manoel Feitosa, Livonete Pessoa, José de Melo, Edson de Moura Machado e Enock.
[caption id="attachment_2641" align="aligncenter" width="114" caption="Beraldo de Oliveira"][/caption]
O início do time foi humilde, a verba para compra dos primeiros materiais esportivos veio de dona Sebastiana de Oliveira, mãe do então fundador e primeiro presidente do clube, Beraldo de Oliveira.
O time também é chamado de Belo, apelido que nasceu da vibração de um gol do então conselheiro do time Antônio de Abreu e Lima que gritou o adjetivo com tanta vontade e por tantas vezes, que levou os torcedores a se unirem e gritarem juntos.
O time é o maior vencedor de campeonatos estaduais da Paraíba, com 26 títulos, e essa história de conquistas começa pela extinta Liga Suburbana, quando em 1936 conquistou seu primeiro título decidindo contra o time do Sol Levante. Abaixo, uma lembrança do time campeão daquele ano:
Logo, o clube se filiou à Liga Desportiva Paraibana, também já extinta e aos poucos foi montando uma equipe forte, com reforços de grandes times como o Palmeiras e o Vasco. O goleiro Pagé era um dos destaques.
Abaixo uma foto da equipe que conquistou o Paraibano de 1957:
Até os anos 70, o Botafogo era alvinegro, mas graças a José Flávio Pinheiro Lima, um sãopaulino que assumiu a presidência do Botafogo, o vermelho foi acrescentado às cores do time em homenagem ao time tricolor.
Em 1982, o Botafogo-PB foi apelidado pela revista Placar, como o “Matador de Tricampeões”. Essa denominação surgiu devido as vitórias sobre o Flamengo e o Internacional no Brasileirão. Esses dois clubes chegaram à competição como tricampeões de seus estados e foram derrotados por um dos melhores elencos da história do Belo.
No ano de 1998, o Botafogo realizou uma de suas melhores campanhas no futebol estadual de todos os tempos. Campeão dos 3 turnos, disputou a final contra o Campinense, diante de um público de 44.268 pessoas. Sagrou-se campeão com um 2×0.
Mas o Campinense não é o maior dos rivais do Botafogo. Esse cargo fica para o Treze que possui uma boa torcida no estado. Juntos fazem o “Clássico Tradição“, disputado desde o início da década de 1940.
O Mascote do Botafogo é o Xerife, e segue a versão criada por Juarez Corrêa, um dos maiores desenhistas de mascotes de times de futebol.
O Botafogo possui uma bela loja oficial na praia de Tambaú, em João Pessoa onde vende vários produtos e serve também como ponto de encontro para os torcedores em dias de jogos.
Manda seus jogos no Estádio Almeidão, com capacidade de 40 mil alvinegros.
As duas últimas fotos do estádio eu peguei do excelente blog do pessoal do “Jogos Perdidos“.
Uma coisa interessante é que para alguns estudiosos, houve um erro na contagem do Gol 1000 de Pelé, e na verdade ele teria acontecido no amistoso contra o Botafogo, em 14 de novembro de 1969. Encontrei um vídeo sobre este jogo:
Maiores informações sobre o time, acesse o site oficial: www.botafogopb.net
O time possui várias organizadas, como a “Torcida Jovem do Botafogo” (1997), a “Torcida Organizada Império Alvi-Negro” (2004), a “Torcida Organizada Fogomania” e a G.R.S.C. ONG. Bota Paz nos Estádios (2008). Existe também um site bem completo feito por torcedores: www.belonet.net.
Há um vídeo bem legal que, aparentemente, foi feito pelo pessoal desse site:
Além disso, existe um livro lançado em sua homenagem, chamado “Memória do Botafogo“, do professor Raimundo Nóbrega.
E vale comentar a homenagem feita pela ESPN, no fantástico programa Loucos por Futebol:
Pra terminar, normalmente comemoramos um gol do time junto da torcida, mas que tal inverter e comemorar um gol de um torcedor, no Almeidão?