Sábado, 14 de julho de 2012, dia de acompanhar o meu time do coração, na série C. Ainda jogando em Araras, o Santo André iria enfrentar o Vila Nova-GO.
Em campo, dois times que já viveram fases melhores, agora se encontram pela terceira divisão nacional.
O único lado bom desses jogos acontecerem em Araras é que acabamos ficando mais íntimos do Estádio Hermínio Ometto e achando algumas coisas únicas como esse “vale água” que deve ser usado no estádio desde a época que o Roberto Carlos jogava no União.
O pipoqueiro também traz em seu carrinho um adesivo de amor ao time local.
Pra quem achava que o Santo André iria jogar para ninguém, tão longe de casa, a Torcida Fúria Andreense deu a resposta e levou uma galera. Aliás, segundo o presidente da torcida, Renato Ramos, se tivessem mais ônibus iria ainda mais gente, assim, se algum empresário quiser apoiar… Taí a chance!
A rapaziada da TUDA e da Esquadrão Andreense também esteve presente!
E a torcida do Vila Nova, a “Sangue Colorado” também apareceu por lá!
E em campo ainda tivemos a presença de um ilustre ex-jogador do Ramalhão. O goleiro Júlio César agora defende a meta do time goiano.
Se em campo o jogo andava morno, a Fúria literalmente botou fogo nas arquibancadas…
E quando os fogos pareciam acabar, veio o “Blue Hell Andreense”. Parabéns ao pessoal!
Isso, fora as faixas que estiveram colorindo de azul o estádio normalmente alvi verde.
Falando do jogo em si, embora o início do jogo tenha dado uma ideia de que o Santo André dominaria o adversário, o jogo como um todo foi muito amarrado, sem grandes chances.
As bolas paradas ainda levaram alguma emoção, mas confesso que o 0x0 foi mesmo um placar justo.
Falando sobre culinária de estádio, fica a dica para o tio da paçoca: Leve mais paçocas!!!
Como torcedor, fica a esperança que o técnico do Santo André tenha maior sorte no próximo jogo, contra o Madureira, no Rio de Janeiro.
APOIE O TIME DA SUA CIDADE
(Mesmo que ele mande os jogos em uma cidade 250km longe…)
Exatamente 8 anos depois de encantar o país ao conquistar a Copa do Brasil, contra o Flamengo, calando o Maracanã e os mais de 70 mil presentes, o EC Santo André faz sua estreia na série C – 2012.
Mesmo com o mando de jogo, as obras no Estádio Municipal Bruno José Daniel obrigou o Santo André a buscar uma nova casa, que acabou sendo a cidade de Araras e o Estádio Doutor Hermínio Ometto.
Uma tarde triste para os times e seus torcedores. É incrível como ao invés de gerar esperança, a série C começou mostrando que realmente o futebol brasileiro parece próximo de uma nova fase, onde só poucos super times vão sobreviver. O adversário? A Chapecoense!
O jogo foi aquele tradicional 0x0 de estreia. Sem grandes emoções, com muita marcação no meio campo.
Os dois lances de maior emoção foram uma bicicleta do ataque Ramalhino que por pouco não entrou e o penalty para a Chapecoense, que o goleiro Bonan defendeu aos 45 do segundo tempo.
De positivo, fica a presença da torcida visitante, formada por catarinenses que vivem pelo interior paulista e também por alguns que se aventuraram na longa viagem até Araras para acompanhar a Chapecoense.
Fica também a nossa presença em mais um jogo nessa fase nebulosa do time que tanto gostamos… Cada vez mais distante da ideia que acreditamos para o futebol… Cada vez mais próximo apenas de um jogo qualquer.
Fica ao menos mais uma vez a amizade presente. Os amigos que tem sofrido junto vendo mais uma tradição se perder, torcendo para uma recuperação.
Os próximos dois jogos em casa serão disputados em Araras, só então existe uma possibilidade de voltarmos para Santo André. Enquanto isso, o jeito é viajar e aguentar a dor!
feriado chuvoso no ABC, em SP, no interior e por onde tudo que é lugar… Mas a ideia é “levanta e vamos fazer alguma coisa!”. E assim, lá fomos nóspara um endereço bastante tradicional do futebol paulistano…
No Estádio Nicolau Alayon seria disputada mais uma rodada do Campeonato Paulista das categorias de base, com dois jogos entre Nacional e Santo André, um pelo sub 15 e outro pelo sub 17.
Como a grana anda curta, a boa notícia é que nessas categorias, a bilheteria é só pra ilustrar a foto, pois não há cobrança de ingressos.
O Estádio Nicolau Alayon continua como um dos pontos mais tradicionais do futebol paulistano e até que está bem cuidado.
Pra quem não vai lá há algum tempo, vale uma visita para assistir às categorias de base ou mesmo para acompanhar o futebol profissional pela série B do Paulista (a quarta divisão). Isso sem contar os jogos do Audax, que são mandados ali.
No nosso caso, aproveitamos pra reunir dois desejos. Revisitar um belo estádio, acompanhando o time da casa, mas também torcer pelo nosso Ramalhão!
E assim… lá estávamos nós, embaixo de chuva…
Pra um jogo das categorias de acesso, até que tinha um público interessante, inclusive de gente torcendo pro Santo André.
A chuva caia fraca, não chegou a prejudicar o bom andamento da partida, em campo, mas manteve a temperatura bem baixa, durante os dois jogos.
O sub 15 sofreu mais, porque jogos assim acabam sendo mais desgastantes. O resultado final da partida foi um 1×1. Já o sub 17 teve mais movimentação e um 0x0 ia marcando a cara do jogo até o segundo tempo.
Mas o time do Nacional acabou tendo um jogador expulso e com a vantagem numérica, não demorou pro Ramalhão abrir o placar!
Com 1×0, o jogo ficou mais aberto e emocionante, eram ataques dos dois lados.
Mas, o Santo André seguia com um jogador a mais, e conseguia dominar o jogo, seguindo as instruções de seu técnico.
O resultado foi um segundo gol, de falta, praticamente fechando o jogo, para a alegria do time e da torcida presente.
O torcedor do Nacional ainda tentou gritar e reclamar, mas não adiantou…
Santo André 2×0 Nacional, no placar do Nicolau Alayon!
Além do jogo em si, a ida até o estádio da rua Comendador Sousa, nos ajudou a reencontrar outro maluco por futebol, o Álvaro.
Aliás, um detalhe interessante dos jogos esta categoria, é que assim como os bancos de reserva, torcedores locais e visitantes ficaram lado a lado.
Aproveitando a pouca área coberta do estádio. E tudo rolou numa boa, sem problemas.
Já era hora de irmos embora, pois ainda pegaríamos a Bandeirantes sentido interior, para outras aventuras. Assim, nem vimos o final do jogo…
Mas pouco depois de entrar no carro, o Álvaro mandou a mensagem: “Final de jogo 2×1.”
Pra quem quer ver como estão as tabelas de classificação destas categorias, seguem os links da Federação Paulista:
O texto abaixo é de autoria do amigo Guilherme Falleiros, Doutor em Antropologia Social pela USP. O email dele é gljf@usp.br
Os Xavante vestem a camisa do Santo André
Muito já foi falado e escrito sobre o futebol jogado pelos índios Xavante, do Mato Grosso, pelo meu grande colega Fernando Vianna em “Os Boleiros do Serrado”.
Mas, assim como o futebol em geral, o futebol xavante também é uma caixinha de surpresas.
Em minha estadia antropológica nas aldeias Abelhinha e Belém aprendi muito sobre sua disciplina nos treinos de madrugada e seu gosto por jogar horas e horas sem parar, debaixo do sol, demonstrando sua força para a comunidade.
Jogando até com duas bolas ao mesmo tempo!
Eu estava na aldeia Belém no dia do fatídico jogo entre Santo André e Santos pela final do Paulistão de 2010, no qual nosso Ramalhão foi derrotado pela malícia e perfídia da péssima arbitragem, sendo para muitos o campeão de honra.
Neste dia, a TV da aldeia estava ligada e todos torceram pelo Santo André, demonstrando sua amizade a mim e ao time da minha terra.
Na Abelhinha, levei de presente para o time juvenil da aldeia, dos quais sou padrinho, 10 camisas amarelas do glorioso Ramalhão.
Mas como os índios não são de acumular, as camisas acabaram sendo distribuídas e poucas restaram.
Mesmo assim, eles gostaram tanto que agora me pedem um jogo completo de uniforme do Santo André. Será que vou conseguir? Se você puder ajudar de alguma forma, eu e os Xavante ficaremos muito gratos!
Os Xavante gostam de vestir a camisa e jogar com garra, transformando seu espírito guerreiro em jogo de corpo. E ai de quem queira dar uma canelada nas suas pernas duras como toras! Eles não caem nem pedem falta – só se for por querer!
E também não temem os times grandes, mostrando que sua força vem das bases, das raízes guerreiras e da fome de bola, perseguindo-a como caçadores.
É assim que o futebol e o Ramalhão rompem fronteiras, tornando-se símbolos do diálogo entre diferentes povos.]]>
17 de julho de 2011. Domingo, tivemos uma oportunidade única! Em um único jogo, conseguimos assistir nosso Ramalhão, conhecer pessoalmente um time e torcida que sempre sonhei e além do mais, reunir meus amigos uma vez mais no estádio…
Até fila nas bilheterias! Quem diria…
Aliás, se assistir aos jogos do Santo André não tem sido um bom programa do ponto de vista dos resultados (o time tem colecionado rebaixamentos) pelo lado da camaradagem e do amor ao futebol, tem trazido ao estádio mais malucos e apaixonados, possibilitando, por exemplo, encontrar camisas como essa, da década de 80:
Muitos torcedores andreenses vinham reclamando da “distância” entre time e torcida e ao menos nesse ponto o elenco da série C se mostrou diferente, vindo saudar de perto os torcedores e mostrando se envolvidos com a partida.
Em campo, o jogo foi quente, ainda que as duas equipes sejam tecnicamente fracas. O estádio em ruínas dava ainda um visual único ao jogo…
Parecia uma partida disputada num país pós guerra…
A demolição das cadeiras cobertas fez com que a torcida visitante, os Xavantes, ficassem ali do nosso lado, o que é sempre interessante, já que o futebol, na minha opinião serve muito mais para unir do que para separar.
O Ramalhão saiu perdendo, para a festa dos Xavantes, mas chegou ao empate com o gol do vibrante Wanderley!
É engraçado ver que assim como nós temíamos pela fragilidade do nosso time, a torcida Xavante também ainda não estava 100% confiante no elenco gaúcho, como percebe-se pelas entrevistas do pessoal que veio lá de Pelotas!
Foi muito legal poder conversar e conhecer a rapaziada que veio de tão longe para acompanhar o time do coração…
A presença do Brasil de Pelotas levou vários amantes do futebol alternativo, do pessoal dos “jogos perdidos” até o Gabriel do Foto Torcida e seu irmão andreense João Vítor.
Bandeiras, faixas, cores… Como é bom ver a vida de volta ao nosso estádio.
Ainda que soframos ao ver ao fundo uma espécie de Coliseu Andreense, em ruínas…
Veio o intervalo e além de reunir os amigos, consegui trocar uma rápida ideia com Ronan, o presidente da SAGED que atualmente gere o Santo André.
O segundo tempo veio com o Ramalhão indo pra cima, em busca da virada.
Nosso ídolo, Sandro Gaúcho, tentava mexer com o brio do time ali na beira do campo…
Mas, nosso mais novo amuleto havia ido embora no intervalo. Reclamando da zaga e do vento que gelava suas pequenas orelhas, a não menos pequena Flora, voltou para casa e não viu o segundo gol do time Xavante!
Festa rubro-negra em plenas arquibancadas azuis.
O medo volta a acompanhar a torcida andreense e confesso que mesmo respeitando o adversário, sua torcida e toda a história que eles carregavam para nossa cidade, eu queria é a vitória!
Olha que bacana o povão ocupando as bancadas do Brunão!!!
E novamente Wanderlei decretou o empate! Santo André 2×2 Brasil de Pelotas.
Feliz Mari?
Quando começávamos a reclamar do empate em casa, numa estreia veio o banho de água gelada. O Brasil marcou o terceiro gol e decretou o resultado final: Santo André 2×3 Brasil (RS). Só me restava guardar mais um canhoto de ingresso, mais uma história, mais um time visto ali ao vivo em uma tarde de domingo… E ir pra casa.
Sempre ouvi dizer que tudo na vida passa, tudo muda.
O antigo vem ao chão e dá caminho ao novo.
Esse é o processo e eu sei que já devia ter me acostumado, mas não é a verdade.
Ainda me desespero e me assusto com a velocidade da mudança e principalmente com o esquecimento do passado.
A demolição da marquise do Estádio Municipal Bruno José Daniel não é mais ou menos importante no processo de distanciamento e até mesmo “desligamento” entre a população de Santo André e o time que leva o nome da cidade.
Só é emblemática, marcante pela proporção, ao menos por mim, nunca antes vista.
Nunca havia visto tantos metros quadrados de recordações, lembranças e sentimentos, dispostos, jogados mesmo, assim a minha frente.
Como que “vomitado” por uma população que já não se identifica com o time.
Deixando pra traz uma história tão linda, mas que já não faz o menor sentido para uma geração traduzida pelo consumo do novo, do bom, do melhor que o dinheiro possa comprar.
Em pleno desmanche, não houve manifestações contrárias, nem a favor.
Tudo ocorreu e ainda ocorre ali e agora.
Não houve quem fosse chorar a perda do companheiro Bruno.
Pra mim, a marquise do estádio teve três fases marcantes para minha vida. A primeira, por ter representado o início do meu amor ao Ramalhão, no meio da década de 80, ao lado do meu pai e meus irmãos. Nessa fase, as “numeradas” foram o local da continuidade do processo de educação e formação que meus pais iniciaram em casa.
Confesso que, depois dessa fase, na adolescência, migrei para a arquibancada, onde estava a TUDA e seus bandeirões. Na minha cabeça, assistir o jogo nas numeradas era coisa de elite que não queria pular e gritar e aquele pedaço de concreto suspenso ficou como a marca da burguesia andreense para mim.
Nenhum daqueles senhores bem vestidos estavam ali para ver o trator destruir o teto que os abrigou por tantos jogos.
Enfim, veio a segunda fase das numeradas na minha vida, mais uma vez graças à minha família.
Meu avô, por coincidência também chamado Bruno, já com certa idade, voltou a se interessar pelo futebol e passou a nos acompanhar nos jogos, então, para um melhor conforto, passei a frequentar as numeradas todo jogo que o vô ia.
Vô Bruno se foi um pouco antes da marquise, em julho do ano passado (2010), sem se despedir do nosso estádio.
A despedida sempre tem cara de frio.
Essa tarde em que visitei o Estádio, ainda agonizante, a temperatura parecia abaixo dos 10 graus.
Incrível como não consegui reconhecer os espaços onde eu era tão acostumado a estar, meses antes…
Algumas cenas eram inimagináveis. Esse olhar, das torres de luz, por cima do concreto e das cadeiras, por exemplo…
Se ao menos tivesse a certeza de que uma nova e melhor era está a caminho, minha dor seria menor, mas não paro de pensar que dificilmente teremos cadeiras cobertas novamente.
Torcedor andreense, demais torcedores também apaixonados pelos times de suas cidades, não caiam na tentação do glamour das grandes equipes, mantenham-se firmes às suas escolhas ao seu amor…
Aqui, Guillerme despede-se em cima do concreto…
Olho para traz antes de ir embora, não sei se voltarei a ver essa parte da minha vida disposta assim ao chão…
Peguei algumas pedras para montar kits de despedida. Assim que estiverem prontos, eu posto aqui.
Santo André x Linense foi realizado com seus portões fechado para as torcidas.
Como escrevo o blog do torcedor andreense pela Globo.com pude assistir ao jogo, não como torcedor, mas como “imprensa”, direto da cabine onde os demais veículos transmitiam o jogo.
Aliás, a maior parte das pessoas ali eram das rádios de Lins, entre elas a Rádio Alvorada, a Rádio Regional e a Rádio Regência, além do pessoal do site www.ocultural.com que transmite ao vivo pela internet os jogos do Linense.
Fiquei muito contente ao saber que o pessoal da rádio Alvorada já conhecia o nosso trabalho, graças a alguns jogos que cobrimos do Linense contra o PAEC na Rua Javari. Batemos um bom papo e fiquei ainda mais animado de assistir a um jogo do Linense, em Lins, ainda este ano.
Faltando 15 minutos para a partida começar e nem parecia dia de jogo. Arquibancadas vazias. Silêncio total. Quer dizer, silêncio total até o jogo começar. Porque a partir daí, as torcidas do Ramalhão, que estavam em frente aos portões do estádio começaram a cantar e não é que dava pra ouvir lá de dentro? Parabéns Fúria, Esquadrão, TUDA e demais torcedores autônomos.
Em campo, meu foco era o treinador Pintado. Pra mim, um treinador tem que jogar junto e ele sempre me passou esse perfil, estou na esperança de que ele o mantenha no Ramalhão.
Assistir ao jogo lá de cima é algo que eu não fazia há muito tempo. Sem dúvida que o visual do campo com a cidade ao fundo é único, por outro lado, confesso que parece que estou vendo o jogo na tv, sem poder interferir…
O Santo André entrava em campo tentando a primeira vitória, que nos posicionaria muito bem na tabela e pra isso prometia multiplicar-se em campo. Eu até achei um jeito de dobrar o elenco:
Até os jogadores estranharam o vazio nas bancadas, ainda que ultimamente a torcida do Santo André tenha se encolhido consideravelmente.
Dava para ver um ou outro torcedor tentando assistir ao jogo de cima do muro.
E aí “El Pibe, o nosso captador de imagens, que filmou nossa aventura em breve postada por aqui.
O jogo acabou 1×1, mas não teve a menor graça, confesso…
Para mais fotos, dê uma olhada no site do torcedor andreense:
Domingo,25 de abril de 2010. Só quem torce para uma equipe diferente dos 4 times tradicionais de São Paulo podem entender oque eu estava sentindo ao me dirigir para o Pacaembu para enfim vivenciar uma final de Campeonato Paulista, com o meu Santo André…
Vários ônibus foram preparados para levar a “onda azul” até o Pacaembu, palco do primeiro jogo da grande final.
Após sairmos de diferentes locais, todos os ônibus se concentraram ao lado da CRAISA para a tradicional revista policial.
Em pouco tempo, estávamos na Avenida do Estado, em uma fila que parecia não ter fim, o sonho de todo torcedor Ramalhino…
A chegada foi tranquila, houve respeito mútuo (dentro dos limites) a cada cruzamento com torcedores do Santos. Em poucos minutos, a frente do portão de entrada do tobogã foi tomada por torcedores do Santo André…
As torcidas Fúria Andreense, TUDA e Esquadrão levaram as baterias para animar a festa.
Mas nem só de organizadas se fez a presença do torcedor. Centenas de carros foram do ABC até o Pacaembu, acompanhar o time do coração. Não nego que novamente haviam muitos torcedores mistos, mas todos aqueles apaixonados pelo time estavam lá…
Veja como foi a ida ao estádio, no vídeo de “El Pibe” Gui:
Ali ao lado, a galera da Fúria levava o bandeirão pra dentro do Estádio.
Bandeirão que depois de aberto ficaria assim, às lentes de Gabriel Uchida (www.torcida.wordpress.com)
E lá estávamos nós…
Era até engraçado ver tanta gente tirando foto como que pra dizer “Existiu e eu estive lá!!!”
E eu e a Mari não podíamos deixar de registrar esse momento único até então em nossas vidas!
O Esquerdinha (um dos torcedores mais tradicionais do time) fez um trapo especial para o jogo!!
Não tenho dúvida que a emoção de ter participado da final contra o Santos, independente do resultado final, foi maior pro torcedor do Santo André do que um título paulista seria pra qualquer torcedor dos demais “grandes clubes”.
Foi bonito ver o encontro de diferentes gerações de Ramalhinos, os mais velhos recordando a caravana de 1981, quando mais de 10 mil pessoas saíram de Santo André para o Parque Antártica!
E o Pacaembu estava lindo! Dá pra se fazer cartão postal tirando foto de qualquer lugar, mas acho que o tobogã (embora tenha sacrificado a concha acústica do estádio) tem uma visão ímpar!
A torcida do Santos também fez bonito e presenteou o belo esquadrão santista com sua presença em massa!
Ali do nosso lado esquerdo estava muito engraçado.
Os caras começaram a pegar no pé de algum “gordinho andreense” e me fez lembrar o vídeo do gordo do Rosário.
Até o pessoal do rolê psycho colou no jogo (aliás tinha de tudo na torcida domingo…)
O Mike (primo do Gui) conseguiu entrar em campo com os atletas. Fiquei com leve inveja…
E quanto mais lotava, mais bonito o palco ficava.
E lá vem o bandeirão do Santo André…
O tempo não passava, o jogo não começava, o sol queimava a beça e a gente ali… Esperando…
De repente, lá vai o Mike e o time pra campo…
O Santos demorou um pouco mais, aumentando a tensão, já extrema para os torcedores azuis…
Quando veio a campo, foi a vez da Torcida Jovem dar seu show, que bela bandeira, hein?
Bandeirão e várias bandeiras menores:
Como diz o Gui (e o Dead Fish), Somos nós contra todos! E por isso, o time entrou em campo com cara de estar bem unido!
Sabendo que nas arquibancadas, haviam alguns milhares de apaixonados pelo time de sua cidade…
Era tempo de começar o jogo… Por um momento todos se deram conta de quão longe havíamos ido e de quanta coisa o Santo André representava naquele momento.
Cada escanteio, cada ataque do Santo André (e foram muitos no primeiro tempo) mostrava a força do futebol dos chamados T-4 (times Paulistas menos os quatro grandes):
Me sentia como se representássemos um papel que merecia ser feito por torcedores do Inter de Limeira, do Xv de Piraciaba, do VOCEM, do Paulista de Jundiaí, da Ponte Preta, do Rio Branco, e de todos os clubes que marcaram suas presenças na história do Campeonato Paulista.
Naquele momento não éramos apenas andreenses…
Foi então que uma bola parada quase parou nossos corações… Bruno César fez Santo André 1×0.
Foi mais que um grito de gol.
Foi um grito de revolta a todos os jornalistas que durante a semana diziam que o Santo André não teria NENHUMA chance.
Não conseguia deixar de olhar o placar e imaginar o quanto os jornalistas teriam que se explicar. Afinal, o Santos era (e ainda é) o favorito, mas campeão, só após os dois jogos da final!
Fim do primeiro tempo, dá pra reunir a galera e fazer a foto histórica, do dia da final de 2010!
Começa o segundo tempo e… E vc sabe o que. Em poucos minutos o Santos conseguiu virar o jogo, e ainda criar uma vantagem maior (3×1). Nossa torcida olhava e não podia acreditar…
Claro que sentimos o baque. Claro que o teto ruiu sob nossas cabeças. Não tem como não sofrer…
Do outro lado… Só felicidade.
O placar, agora triste, mostrava Santo André 1×3 Santos.
Mas, aos poucos, o Santo André se recuperou em campo, ainda que logo tenhamos perdido o zagueiro Toninho, pelo segundo amarelo e consequentemente o vermelho.
O jogo seguiu truncado, e o Santo André, decidiu lançar-se ao ataque como um louco, o que abria as possibilidades do contra ataque santistas.
E foi com esse brio, que o Santo André conseguiu o que ninguém esperava. Um gol. Os 3×2 para o Santos aumentou a vantagem do time do litoral, mas manteve viva a esperança do povo de Santo André.
Fim de jogo. Hora de voltar pra casa. Felizes e orgulhosos pelo feito. Uma derrota que por incrível que pareça, teve gosto de vitória. Ao sair do Pacaembu, olhei pra traz e vi quanta gente havia ido ao jogo…
Obrigado Santo André! Obrigado Santos! Nos vemos domingo!
Aproveitando a ótima fase da defesa andreense, vale lembrar um diferencial que a gente ainda consegue encontrar por aqui.
Dia de jogo do time b, em 2008 e lá estavam presentes vários jogadores titulares do time principal, entre eles, o então cabeludo, zagueiro Marcel, que além de ótimo zagueiro é uma pessoa humilde e muito gente boa.
Os demais elementos são a escória de sempre hehehe Eu e a Mari (vale lembrar que ela escreve o www.pencefundamental.wordpress.com) , o Renato (da Fúria), o Gigante (sempre presente) e o nosso risonho “Jonny”, do blog http://blogdojaovitor.blogspot.com/ .
Futebol é isso aí….
Salvar]]>