
Sábado, 22 de junho de 2025.
Mesmo um céu carregado não foi suficiente para impedir o Galo de voar!

O dia começou diferente, com direito à festa e confraternização da torcida antes do jogo…
É bandeirão com mastro que vc sente falta?


Ou é bateria e muito papel picado?

Churrasco e cerveja na rua?

Teve tudo isso e muito mais…
Se liga o clima que estava, muito antes da partida começar…

A expectativa era grande e teve quem quaaaaase acertasse o placar:
Teve até fila pra comprar ingresso…

Teve presença ilustre na partida…
Olha o João, quando jogava pelo Independente (foto do site do Milton Neves):

Voltemos à fila…

Além de ingressos, dava pra comprar camisas de jogo e de algodão com temas ligados ao time, em uma iniciativa bem legal!

Nosso anfitrião de hoje é um dos apaixonados pelo Independente: grande Kina! Torcedor e pesquisador sobre o Galo de Limeira!

Outra grande figura é essa aí ao meu lado, o atual presidente do Independente: Marinho!

Acho esse estádio sensacional….

Então, bem vindo ao Comendador Agostinho Prada, a casa do Galo e o local dessa verdadeira decisão para a sequência do time de limeira!
A torcida fez o seu papel…

Criou clima de jogo e de decisão!

Olha a empolgação do pessoal da Galo Beer:
Muita gente que ainda não tinha vindo ao estádio esse ano decidiu aparecer pra apoiar.

Prepare o seu coração, que a festa vai começar!
Times perfilados…

Caramba… Parece que o jogo não começava nunca….
Mas todo esse cerimonial deixou o jogo ainda com mais cara de decisão!
A missão do Independente era simples: vencer o jogo e se classificar para a próxima fase desta Segunda Divisão do Campeonato Paulista.

Começa a partida!
E agora é torcer pelo Independente e pro São Carlos não querer levar o jogo assim tão a sério kkkk

Você que é torcedor e não foi ao estádio, olha que lindo estava o Comendador Agostinho Prada… Só faltou você!!!
Na bancada do Prad˜ão, a Galo Beer manda o bandeirão pra saudar o time!

Ao menos a arquibancada principal ficou tomada pelos galistas!

Faixas, tirantes, bandeiras… Tava tudo ali!

E o povão também compareceu!!

Venha dar uma volta e sentir o clima do estádio:
Em campo, o Independente começou atacando desde cedo…

O goleiro do São Carlos mostrou que não ia ter jogo fácil…
Mas, por um instante, todo mundo se calou.

Eram 6 minutos do primeiro tempo e em um escanteio, Ismael colocou o S˜ão Carlos na frente do placar…
Passou um filme na cabeça de todo mundo… Será? Que justo num dia em que a bancada está tão bonita, o Independente não vai fazer sua parte?

Nessas horas ter uma torcida organizada faz a diferença.
O silêncio durou poucos segundos…

Logo o estádio estava incendiado novamente…
E toda essa energia contagiou até o time adversário…
O mesmo Ismael que abriu o placar para os visitantes, agora marcou contra…
Até o representante da nova geração se empolgou e levantou para apoiar o galo!

O São Carlos ainda dificultava o jogo… Embora não tivesse mais chance de classificação, o time visitante mostrava-se bastante valente!

O Pradão era mesmo um caldeirão…


Muito desse visual graças às faixas da Galo Beer que coloriu o Estádio:


E o que todos queriam aconteceu: o gol da virada!!!
Muito parecido com o primeiro gol, mas dessa vez não foi contra: aos 28 minutos, Gabriel Hilário fez 2×1 pro Independente!
Explode o Pradão em alegria!!! O Independente coloca um pé na próxima fase!!!

Faltou o gol do Colômbia, pra poder cantar “oba, oba, mais um gol do Colombia!!!”…
Mas a torcida agora estava mais tranquila, e poderia esperar…

A virada derrubou o time do São Carlos e aí virou jogo de ataque contra defesa.

O craque Menezes (camisa 10) não quis nem saber e fez o 3×1:

Que belo jogo! 4 gols e ainda nem acabou o primeiro tempo!

Terminado o primeiro tempo, e é hora do pessoal curtir o bar local e trocar uma ideia…

Na volta do segundo tempo, quem disse que a torcida se fazia satisfeita? Queria mais!!!

E logo aos 12 do segundo tempo, outro gol contra do São Carlos deu ares de goleada à partida…

Celebre o gol com a torcida:

Quem é que esquecerá o dia de hoje???


Opa, não perca as contas… Aos 38, novamente Gabriel Hilário foi às redes e fechou o placar final: 4×1…

Aí foi só curtir a festa da torcida e esperar o tempo passar para saber em qual grupo o time iria cair.

Hoje deixamos o seo Francisco torcer em paz…

Falemos com o Jair, outro apaixonado de longa data do Independente!
Quem é que segura essa bateria?

O fim do jogo vai chegando…
O pessoal já olhava no relógio…

Com o resultado garantido, dá pro presidente Marinho ficar mais aliviado…
Caberia um 6º gol??

Não hoje…. É fim de jogo!!!
E lembrar que em Limeira é Colombia-mania!!!
Que bacana ver o pessoal feliz voltando pra casa… Parabéns Independente!
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O futebol em Santa Bárbara d'Oeste – Parte 2: o Clube Atlético Usina Santa Bárbara

Há pouco mais de 130 km da capital paulista está a cidade de Santa Bárbara d’Oeste, muito conhecida por ter sido o primeiro município brasileiro fundado por uma mulher, Margarida da Graça Martins,

Foi ela quem doou o terreno para a construção da Igreja matriz, que deu origem à cidade.

Mas Santa Bárbara d’Oeste também tem grande importância quando falamos do futebol profissional, afinal foram 4 times participando das competições oficiais da Federação Paulista:

Já falamos da história do UA Barbarense (veja aqui como foi) e agora vamos para o 2º post dedicado à cidade e nosso ponto de partida é a antiga Usina Santa Bárbara.


Aqui, uma imagem do Google Maps para se ter ideia da área geral da antiga usina, ela bem próxima à área urbana da cidade:

Foi na Usina Santa Bárbara que nasceu o CAUSB – Clube Atlético Usina Santa Bárbara!

A Usina Santa Bárbara surgiu em 1877, quando o Major João Frederico Rehder comprou a Fazenda São Pedro (que já possuía uma equipe – o 7 de Setembro) e passou a cultivar a cana-de-açúcar.


Se você nunca esteve andando em uma usina, dê uma volta no nosso Mobi:
Existe um marco próximo à entrada que identifica a Usina e que, espero, permaneça por lá por muito tempo, ao menos para fazer lembrar de uma parte importante do passado da cidade.

Essa é a atual aparência do cenário da Usina Santa Bárbara. Bonito, não?

A Usina desenvolveu sua estrutura para que seus trabalhadores tivessem autossuficiência, e por isso havia mais do que edificações industrial e administrativa em torno do Engenho.

Assim, se construiram as casas onde moravam os trabalhadores, além de toda infraestrutura necessária como escola, mercadinhos, igreja, farmácia e até mesmo um cinema


Provavelmente essa era a casa do chefão…

Mas, a estrutura que nos levou até a Usina Santa Bárbara foi o Estádio Cel Luiz Alves de Almeida, que infelizmente não existe mais…

Mas vem comigo dar uma olhada na área onde ficava o “Estádio Cel Luiz Alves de Almeida,também chamado de Estádio “Luizinho Alves” .
Tudo fica na “suposição”, já que não encontrei registros oficiais que garantam o que de fato existia ali. Mas… Por um momento fiquei pensando que essa pequena construção talvez servisse de bilheteria no passado…

Aqui é a entrada do que seria o campo, e respeitando a placa, apenas fotografamos do lado de fora.

Essa seria a área do campo. Será que ali à direita estava a arquibancada?

Haveria outra arquibancada do lado esquerdo?

O que recentemente foi uma espécie de borracharia… teria sido um vestiário?

Aqui dá pra ter ideia do campo como um todo. Seu nome era homenagem ao proprietário da fazenda, o “Coronel” Luiz Alves de Almeida.

No início do século XX, haviam várias fazendas na região e era comum os times de futebol de cada uma delas se enfrentarem. Mas essas disputas atrapalhavam o bom andamento da sociedade, e foi decidido que na Fazenda São Pedro haveria apenas um time para unir todos os trabalhadores. Assim, em 2 de janeiro de 1936, nasce o Clube Atlético Usina Santa Bárbara, o tricolor usineiro.

Porém o CAUSB só foi oficializado em 14 de fevereiro de 1942, quando disputou o Campeonato do Interior daquele ano ao lado de outros times de Santa Bárbara d’Oeste.

Esse foi o time daquela disputa:

Aqui o time da Tecelagem e Fiação Santa Bárbara FC:

Em 1943, sagrou-se campeão da 15a região, mas no mata mata contra o Guarani, uma derrota por 4×1 em casa e outra por incríveis 9×2 em Campinas eliminaram o CAUSB.

Em 1945, nova participação:

O time segue nas disputas amadoras com grandes conquistas (como o bicampeonato do setor em 1951/1952, até que em 1961 fez sua estreia no profissionalismo disputando a Terceira Divisão, o quarto nível do campeonato paulista, um campeonato todo estranho, com dois grupos. O CAUSB liderou o dele, a “Série Presidente Jânio Quadros”:


O outro grupo classificou o GRE Cultura para a final e para definir o classificado da série houve uma decisão entre os 2 primeiros colocados:

Assim, o CAUSB chega a final contra o o GRE Cultura de Mirassol e perde no segundo jogo extra, com uma arbitragem bem esquisita.

Assim, o GRE Cultura de Mirassol sagrou-se campeão!

Esse foi o time de 1961 do CAUSB, e olha aí ao fundo o Estádio “Coronel” Luiz Alves de Almeida:



Em 1962, mais uma campanha incrível, liderando a primeira fase:


Uma foto do Estádio “Zezinho” (o”Coronel” Luiz Alves de Almeida) neste ano:

A fase final reuniu os melhores times dos 4 grupos e o CAUSB terminou em primeiro, sagrando-se campeão da Terceira Divisão do Campeonato Paulista de 1962.


Esse é o time campeão:

Assim, em 1963, o CAUSB passou a disputar a Segunda Divisão, o terceiro nível do futebol paulista.

Esse era o time de 1964:

O time permaneceu nessa divisão até 1967, sempre com campanhas medianas, quando se despediu do futebol profissional, com a campanha abaixo:

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Novo rolê por Americana – parte 1 de 2

ATENÇÃO! Dividimos esse post em 2 partes: uma teórica sobre a história dos times (este post) e outra prática sobre os estádios utilizados por estes times (clique aqui e veja cada fotona!!).
Já estivemos muitas vezes por Americana, a maior parte delas para ver o time do Rio Branco (veja aqui, o título de 2012 ou clique aqui e leia sobre um jogo decisivo pela Bezinha de 2019) mas também já viemos para conhecer o Estádio Victório Scuro (clique aqui e veja como foi).
E você pode perguntar… “Mas por quê tantas visitas???” É que o futebol profissional (e o amador também) é riquíssimo!!! Foram 7 times disputando os campeonatos das Federações (nesse caso é no plural porque o CA Paulistano disputou o campeonato da LAF, e os demais da FPF):

E isso porque eu não incluí na lista nem o Guaratinguetá, que em 2010 mudou de nome para Americana Futebol e disputou a série A1 de 2011 na cidade e nem o SC Atibaia que adotou a cidade como sede até 2021, quando mudou de sede e nome para Leme.

Diferente da maioria das cidades que visitamos, Americana não nasceu só da tradicional mistura dos moradores originais – os indígenas – com os europeus e africanos. Quer dizer, até rolou isso lá no século XVIII, com a ocupação das sesmarias doadas por Portugal, mas teve um outro capítulo no mínimo polêmico e que tem a ver com o nome da cidade: a imigração dos confederados, o povo que vivia no sul dos EUA, conhecidos por serem escravocratas a ponto de entrarem em guerra (a guerra civil americana) para defender a manutenção da escravidão. Por isso o nome do povoado se tornou “Villa dos americanos” e depois “Villa Americana”. Um triste começo para uma cidade que hoje é bastante acolhedora!
Vale ler a matéria: da Hypeness (clique aqui) sobre como a cidade vizinha – Santa Bárbara do Oeste – ainda não conseguiu se livrar desta história.

Outro fato fundamental para o surgimento da cidade foi a chegada da ferrovia em 1875 (foto do site Estações de Trem):

Graças à ferrovia, chegaram outras famílias para viver onde antes só haviam sitiantes americanos. Assim, aos poucos a região foi crescendo e chegaram as fábricas, principalmente ligadas aos tecidos.
Em torno delas surgiu uma outra Vila que leva o nome de uma das fábricas: a Villa operária de Carioba! (fotos do site da Associação dos Permissionários de Carioba)


Com o desenvolvimento, a Villa Americana passou a lutar pela emancipação e em 1924 foi criado o Município de Villa Americana (que reunia as vilas Americana e a Carioba). Em 1938, muda seu nome para apenas “Americana“.
Com tantas indústrias têxteis fica conhecida como a capital do tecido. Mas a crise do setor têxtil quebrou boa parte das indústrias locais, obrigando a cidade a diversificar sua economia para sobreviver até os dias atuais. (Foto do Blog do Chico Sardelli).

Enfim… esse é um super hiper resumo só pra contextualizar a cidade representada pelos 7 clubes apresentados acima. Vamos tentar falar deles em ordem cronológica, começando pelo time mais antigo e mais tradicional, o Rio Branco Esporte Clube.

O Rio Branco foi fundado em 4 de Agosto de 1913, sob o nome Sport Club Arromba. Em 1917, passou a levar o nome da cidade (na época “Villa Americana Foot Ball Club“), mas ainda no mesmo ano, definiu-se, o nome de Rio Branco Football Club.

Dizem que o Rio Branco foi o primeiro time a adotar um tigre como mascote!

Dentre suas conquistas iniciais, destacam-se os dois títulos do Campeonato do Interior em 1922 (Sanjoanense foi a vice) e 1923 ( Sorocabano foi o vice). Naquele tempo, o campeão do interior disputava a “Taça Competência” com o campeão da 1a divisão e assim tivemos um Corinthians 5×0, em 3/5/1923 e Corinthians 2×1 em 30/3/1924. Esse foi o time bicampeão:

No Campeonato do Interior de 1925, em 28 de junho tivemos o primeiro derbi oficial de Americana: Rio Branco 1×0 CRS Carioba, no 1o turno (no 2o turno nova vitória do Rio Branco: 1×0, jogando no campo do Carioba).

O Clube Recreativo e Sportivo Carioba foi fundado lá na fábrica que falamos no início do post, em 9 de julho de 1914, mas somente em 1925 estreou no Campeonato do Interior fazendo uma campanha interessante (o Rio Branco se classificou pra fase final e terminou em 4o lugar, o campeão foi o Velo Clube).

No Campeonato do Interior, em 1926, houve uma debandada dos times de Americana para a LAF (Liga dos Amadores de Futebol) e naquele mesmo ano o Carioba disputa a eliminatória para a primeira divisão da LAF e também o Campeonato do Interior da LAF.
Olha aí algumas fotos de times do Carioba do início do século XX:










O CRS Carioba disputaria várias edições do Campeonato do Interior, mas anos mais tarde arriscou um passo ainda mais ousado disputando o Campeonato Paulista da Terceira Divisão (o quarto nível do campeonato) de 1968, surpreendendo a todos com uma incrível campanha na primeira fase, pela 2a série!

Pena que na fase final, o Carioba não conseguiu repetir o bom desempenho…

Em 1969, infelizmente vários problemas atrapalharam o time que acabou desistindo do Campeonato ainda no primeiro turno:

Mas, voltemos a 1926 para registrar uma surpresa que alegrou ainda mais Americana, a cidade tinha um novo time participando do Campeonato do Interior da LAF, o Clube Atlético Paulistano!

O CA Paulistano foi fundado em 1925, teve essa única aventura no Campeonato Interior e depois sumiu, deixando o futebol na cidade com a dupla Carioba e Rio Branco. O Tigre chegou a disputar a segunda divisão de 1947 a 1949, quando decide abandonar o futebol profissional. Essa foi a classificação de 1949, quando ele terminou em 5o:

Já disputando apenas o amador, em 1961, o Rio Branco assume o nome que defende até hoje em dia: Rio Branco Esporte Clube.

Mas sua ausência no profissional, faz com que um outro time da cidade assuma o protagonismo: o Esporte Clube Vasco da Gama!

O EC Vasco da Gama, também conhecido como Vasquinho, foi fundado em 24 de abril de 1950 e se você quiser conhecer mais sobre o time, vale a pena conhecer o blog “O Vasquinho de Americana“, do Gabriel Pitor, de onde veio essa foto do time dos fundadores:

Em 1966, o Vasquinho decidiu se profissionalizar e disputar a Terceira Divisão (o quarto nível) do Campeonato Paulista. (foto do blog O Vasquinho de Americana).

Em 1968, o Vasquinho “ganhou um acesso” e disputou a chamada “Segunda Divisão” (que equivalia à Terceira Divisão) e começou bem, classificando-se em segundo na primeira fase:

Na segunda fase, terminou empatado com o Oeste, obrigando a realizarem um jogo desempate para ver quem iria à final. E após um 3×3 no tempo normal, o Vasco conseguiu segurar a prorrogação e o empate lhe deu a classificação.

Na final, em jogo único em Bauru, o Vasco venceu o Municipal de Paraguaçu Paulista por 2×0 e conseguiu o título e mais um acesso, jogando assim o segundo nível do Campeonato Paulista de 1969. Se você quiser ler mais sobre a história do título, leia aqui no incrível site feito pelo Gabriel Pitor!

Mas precisamos abrir mais um capítulo nessa história. É que no Campeonato da Terceira Divisão de 1967 (4º nível do futebol paulista), ocorreu um dos mais impensáveis dérbi do futebol paulista graças a uma nova equipe que passou a disputar o profissional:

Isso porque em 1943 surge um novo time na cidade: o Flamengo Futebol Clube mais conhecido como Flamengo de Americana (muitos consideram a sua data de fundação o dia 5 de janeiro de 1958, mas segundo o livro Flamengo Futebol Clube, de Santo Dean, o ano é mesmo 1943).

O time disputou muitas competições amadoras, entre elas o Campeonato Municipal e com os bons resultados decidiu arriscar-se no profissional, assim, em 1967 tivemos um “dérbi carioca” em Americana: Flamengo x Vasco! Assim terminou aquele campeonato:

Como o futebol profissional, já era caro mesmo naquela época, eles não conseguiram se manter e voltaram para o profissional ao fim de 1968, quando disputaram novamente a Terceira Divisão. E fizeram uma baita campanha, disputando um outro derbi pela cidade, dessa vez com o time que ficou com a vaga para a próxima fase: o CRS Carioba!

Fechemos este capítulo, e voltemos a falar do Vasco. Depois de conquistar a Segunda Divisão (o terceiro nível do futebol paulista) o time jogou a Primeira Divisão (que equivalia ao segundo nível) em 1969, 70 e 71, sem grandes campanhas, mas em 1972 o time chegou à segunda fase, como vice líder da Série Belford Duarte.

Mas faltou um pouquinho para chegar à final…

Em 1973, 74 e 75 novamente campanhas medianas. O time precisava de mais apoio e uma das ideias foi mudar o nome do time para Americana Esporte Clube.

Mas em campo essa mudança não gerou grandes novidades: as campanhas de 1976, 77 e 78 seguiram abaixo da média. Pra piorar, o Estádio Victório Scuro não atendia às demandas da Federação Paulista e assim, o Vasco vê como caminho, unir-se com o Rio Branco, e assim, o Tigre volta ao Campeonato Paulista profissional em 1979 e já no primeiro ano da fusão, classifica-se para a segunda fase, mas sem chegar a final.

Aproveitamos para abrir o nosso último capítulo e falar sobre o chamado Campeonato Paulista da Segunda Divisão Profissional de 1977 (esse era o nome do quarto nível do futebol paulista), que viu um novo clube de Americana adentrar ao profissionalismo: o Sete de Setembro Futebol Clube.

O Sete de Setembro Futebol Clube foi fundado em 1959. E depois de muitos anos no amador, estreou no profissional de 77 em uma campanha bem frágil, não passando da primeira fase:

Em 1978, mais uma campanha fraca, terminando na última colocação do seu grupo…

Em 1979, um pacto entre os atletas para um ano melhor, para resultados incríveis, vitórias conquistadas nem que fossem na raça e… Não deu… Mais uma vez terminou como último colocado do grupo não avançando para a próxima fase.

Mas, a recompensa por tanta persistência deu resultados… Em 1980, a Federação Paulista reduziu as então 5 divisões par apenas 3, e assim o Sete de Setembro subiu uma divisão passando a disputar a Terceira Divisão (que finalmente equivalia ao terceiro nível do futebol paulista). E não é que o time foi bem melhor? Confira a classificação:

O Sete de Setembro FC persistiu na Terceirona até 1982, quando não conseguiu dar sequência ao seu projeto no profissionalismo e abandonou o campeonato para a tristeza do seu torcedor. Assim, coube ao Rio Branco, se consolidar como o grande representante da cidade no futebol paulista, passando a disputar a divisão de acesso entre 1979 e 1990, quando termina como vice campeão da “divisão de acesso” (segundo nível do futebol paulista daquele ano).

Assim, em 1991 o Rio Branco leva Americana ao mais alto patamar do futebol paulista: a primeira divisão. Essa e várias fotos da história do time podem ser vistas no site oficial do Rio Branco.


Assim, o Rio Branco se classificou para a segunda fase, como líder do grupo.

Na segunda fase, mais uma vez uma campanha que garantiu a liderança do time, mesmo sofrendo 3 derrotas nos últimos 4 jogos.


A fase final foi um “hexagonal da morte” e embora o Rio Branco não tenha levado o título por um pontinho… Pelo menos conquistou o acesso!


Aí está o time que conquistou esse tão importante e inesquecível acesso!

E o Rio Branco parece ter gostado de estar entre os grandes, pois ficou na serie A1 até 2007, quando acabou rebaixado de volta para a A2.

E a partir daí começa uma terrível gangorra pro time de Americana: em 2009 o vice campeonato da A2, traz o retorno para a A1.
Em 2010, é rebaixado para a A2. Em 2011, pela primeira vez na história cai para a A3.
Em 2012, sagra-se campeão da A3 (lembra que a gente foi lá ver?) e volta para a A2. Em 2016 nova queda para a A3, até chegarmos ao momento mais baixo da história do futebol em Americana: em 2018, quando o Rio Branco acabou rebaixado da A3 para a série B, o quarto nível do futebol paulista, onde permanece até pelo menos 2022.

Um momento difícil para um futebol tão rico, com tanta história. Que o futuro seja generoso com o Rio Branco. E aqui terminamos essa primeira parte “teórica” sobre o futebol de Americana!
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Estádios do Noroeste Paulista – Parte 16: Monte Aprazível

Ufa, confesso que agora que estamos devolvendo nossa viagem em forma de posts, esse rolê parece maior do que o que vivemos… Vamos aproveitar e conhecer mais uma cidade do interior paulista: Monte Aprazível!

Seus quase 22 mil habitantes desfrutam de uma cidade ainda tranquila que possui uma boa área verde 🙂

Nossa missão em Monte Aprazível era conhecer e registrar o Estádio Municipal Melchíades Pereira de Mattos!
Nele, o Grêmio Esportivo Monte Aprazível (G.E.M.A.) mandou seus jogos nas competições profissionais da Federação Paulista.
O Grêmio Esportivo Monte Aprazível foi fundado em 26 de abril de 1946 e após sagrar-se campeão citadino, passou a disputar o Campeonato amador do interior e depois ainda teve 9 participações no Campeonato Paulista.
Esse é o time de 1948:

Sem dúvidas, o time devia fazer a festa da bilheteria local!
O time foi a única equipe da cidade a se profissionalizar, em 1955, e chegou a disputar a Segunda Divisão (atual A2), e permaneceu entres idas e vindas no futebol profissional, até 1991.
Jogadores de 1957:


Esse é o time de 1988:
E olha a festa que a torcida fazia no estádio!


Aqui, a conquista do acesso:
Aqui, um pouco da história da cidade naquela época:
O Estádio Municipal Melchíades Pereira de Mattos segue com suas belas arquibancadas de cimento, recebendo um e outro torcedor que curte acompanhar as categorias de base do futebol da cidade.

Vamos conhecer um pouco mais deste templo do futebol?
O gramado segue em boas condições, como a molecada que jogava mostrou:

O estádio possui ainda alguns departamentos onde possivelmente ficavam os vestiários.
Suas arquibancadas chegaram a ter capacidade para 3.500 torcedores!
E tem até uma seção de cobertas!

Tem um lance de arquibancada ali, beeeem escondidinho, atrás do gol!
E lá estão as árvores ao redor do campo…


Agradecemos mais uma oportunidade de registrar esse campo e torcemos para que siga sendo um lugar para se reunir em prol da saúde e da diversão, como já foi no passado!

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55- Camisa do Palestra São Bernardo

A 55ª camisa de futebol do nosso blog é de um dos times mais antigos do ABC.
Foi um presente do amigo Renato Ramos, presidente da Fúria Andreense, e fã do futebol da nossa região.
Detalhe para as mangas compridas que deixam a camisa com uma cara ainda mais legal! Trata-se do Palestra São Bernardo, que representa a cidade de São Bernardo do Campo.
Se quiser ler mais sobre o time, vale a pena dar uma olhada no post que eu fiz sobre o jogo contra o Desportivo Brasil.

São Bernardo é o “B”, do Grande ABC, berço das montadoras, do sindicalismo, do hardcore (daqueles que não se faz mais) e da minha educação (fiz ETE e Metodista).

O Palestra Itália de São Bernardo foi fundado em 1° de setembro de 1935, por um atleta do rival Esporte Clube São Bernardo.

Filho de italianos, Alfredo Sabatini mostrou o famoso “sangue quente italiano” ao fundar o time, após não ser escalado num amistoso contra um grande clube paulistano.

Óbvio que com este nome o clube representou a grande colônia italiana da cidade,e assim como ocorreu com Cruzeiro, Coritiba e Palmeiras, na época da Segunda Guerra Mundial, foi obrigado a mudar sua denominação, retirando o “Itália” do nome, tornando-se o Palestra de São Bernardo. Seu maior rival é o Esporte Clube São Bernardo, considerado o time dos afortunados, enquanto o Palestra seria o clube de massa, cuja torcida era formada em sua maioria por funcionários das fábricas moveleiras, que formariam a famosa “rua dos móveis” (Rua Jurubatuba).

Seu antigo Estádio era na Rua Marechal Deodoro, onde hoje localiza-se a Praça Lauro Gomes.

Assim, o clube encontrou sua nova casa no bairro Ferrazópolis, onde nasceu o Instituto Palestra de Educação e Cultura (IPEC), o primeiro clube-escola do Brasil.

Aqui, a cara da sede, no passado:
Em 1985, o historiador Ademir Médice (gente boa pra caramba, esse cara!), que escreve para o Diário do Grande ABC, publicou o livro Palestra de São Bernardo – Meio Século, como presente pelo seu Jubileu de Ouro.
Entre 1950 e 1951, o Palestra disputou a Segunda Divisão do Paulista.
Em janeiro de 1974, o time enfrentou o Santos de Pelé, perdendo por 4×0.
E em 1975, foi a vez do Corinthians, de Rivelino aportar no ABC para enfrentar o Palestra.
Iria demorar alguns anos até que em 1990, o Palmeiras viesse fazer o duelo dos “Palestra Itália”.
O clube ficou bom tempo em recesso e só voltou a jogar profissionalmente em 1986, na Terceira Divisão.
Depois, em 1992 voltou a fechar suas portas, só voltando a disputar o profissionalismo em 1997, quando foi vice-campeão da Série B1-b, a então 5a divisão do paulista. Em 2005, a diretoria do Palestra endoidou e tentou “remodelar” o clube, mudando suas cores, escudo, mascote e hino.
O time passaria a se chamar PSB (sigla para Palestra São Bernardo), e o verde seria substituído pelo vermelho.
Felizmente, em 2006 o time voltou a se chamar Palestra e em 2008 voltou às cores de origem, além de ter novamente seu escudo inicial.

Da época “maluca”, fica o belo hino:
Um dos orgulhos dos torcedores é que o meia-lateral Zé Roberto (Seleção brasileira, futebol alemão, Portuguesa, Santos, entre outros) atuou nas categorias de base do time.

Olha ele aí no time de 92:

O time é também chamado de Alviverde batateiro. Seu mascote já foi um Periquito e agora, um cão São Bernardo.

Atualmente, manda seus jogos no Estádio Baetão, com gramado sintético, e capacidade de 8.000 pessoas.

Eu e a Mari jáfomos em vários jogos do time, nesta fase recente:

Mas até pouco tempo, mandou seus jogos no Estádio Primeiro de Maio:

O palco das greves e das mobilizações do ABc, nos anos 80…

Esse é o time em 2009:

Atualmente disputa a fase final Segunda Divisão do Campeonato Paulista, com boas chances de chegar à série A3.
Mais informações, existe um blog feito por torcedores: http://semprepalestrasb.blogspot.com/ e um site (não sei se oficial): www.palestrasb.webs.com/ , ambos valem a pena!
E por fim, algumas imagensbancadas do Baetão:











