Depois de visitar terras mineiras, onde acompanhamos até uma partida da segunda divisão (confira aqui como foi), chegou a vez de registrar o Estádio de Guaíra.
Para chegar lá, voltamos por uma outra estrada, e cruzamos o rio Grande por um lugar diferente de onde havíamos chegado.
Guaíra é um município que faz limite com o Estado de Minas Gerais. Sua população atual está em torno de 43 mil pessoas.
Antes chamada de Nuporanga, o atual nome “Guaíra” é um topônimo que pode ser traduzido como “Águas correntes”. Olha que linda imagem do rio Sapucaí que passa pela cidade:
Olha aí a Igreja Matriz São Sebastião:
Uma esquina da pacata cidade…
E… aí está ele! O Estádio Municipal José Zuquim Nogueira.
Mais uma importante meta atingida pelo nosso blog!
O estádio fica numa rua sem saída, e a entrada estava fechada 🙁
A cidade de Guaíra teve dois times disputando as competições oficiais da Federação Paulista, o primeiro deles o Guaíra Esporte Clube.
O time foi fundado em 1961 e disputou a quarta divisão em 1964 e 1965.
O segundo time foi a Associação Atlética Guaraiense.
A Guairense foi fundado em 16 de junho de 1969, depois da extinção do Guaíra EC e em 1973, o time estreia na terceira divisão.
Sagrou-se campeão paulista da terceira divisão em 1976.
Em 1994 e 1995, disputou a Quarta Divisão licenciando-se do futebol profissional.
Vamos então conhecer o estádio?
Taí, numa tarde de sol que quase não deixa ver a bela arquibancada numerada.
Agora ficou melhor…
O Estádio Municipal José Zuquim Nogueira tem capacidade para 5 mil torcedores.
Foi inaugurado em 1976, em um amistoso entre São Paulo e Corinthians.
Achei essa foto no “Templos do Futebol“:
Aqui o gol da entrada (aquela mesma que estava fechada):
Mais uma olhada na linda arquibancada coberta.
O gol do “fundo”:
O placar segue funcionando:
A entrada, vista por dentro:
A arquibancada de cimento, que já viu a torcida local gritar “É campeão!!!”:
E com mais este registro, é hora de ir embora!!!
Depois de termos conhecido os estádios de Pirassununga e Descalvado, a terceira etapa do nosso rolê nos leva à mágica cidade de Santa Rita do Passa Quatro, onde vivem cerca de 28 mil pessoas.
Todo curioso já se perguntou o porquê do “passa quatro” e a resposta vem da natureza: antigamente para se chegar à cidade era necessário se passar quatro vezes por um córrego (que nós nem conseguimos achar em nossa viagem). Mas…. A cidade está lá! E também suas ruas de paralelepípedos, tão charmosas…
Tem praça com coreto também!
E tem a tradicional Igreja Santa Rita de Cássia.
Casas bonitas com leões de guarda na entrada? Tem lá também!
Se nosso amigo Rafael Furlan, o geógrafo, lesse esse post, ele ficaria contente em ver que notamos uma formação curiosa e que depois pesquisando descobrimos tratar-se do ponto mais alto da cuesta basáltica (uma espécie de montanha que tem um lado “normal” e o outro super íngreme) que cruza o estado de São Paulo. Mas não fui atento o suficiente para fotografar…. Mas fiz mais fotos da rua, olha:
Bom, mas geografia a parte, estávamos visitando a cidade para conhecer o estádio que serviu de casa da Associação Atlética Santa Ritense nas 16 edições do Campeonato Paulista que disputou entre a terceira e a quinta divisão.
Sendo assim, bem vindo ao Estádio José Pereira da Silva, o “Pereirão“!
O estádio fica junto do clube social, então em todo lugar se vê o distintivo da Santa Ritense pelas paredes!
E como mostra o distintivo, a Associação Atlética Santa Ritense foi fundada em 25 de janeiro de 1927. De lá pra cá, muita história rolou com esse time que caminha para seu centenário… Em 1928, o Diário Nacional noticia um amistoso:
O Correio Paulistano de 1930 noticia um amistoso com o Operário FC de Porto Ferreira:
E outro, no mesmo ano, fora de casa, em Leme, contra o Lemense:
Outro amistoso noticiado em 1932, desta vez contra o Porto Ferreira Clube:
Em 1936, foi a vez de enfrentar o Descalvadense:
Destaque também para as diversas participações no Campeonato Amador do Interior, como mostra a Gazeta Esportiva de 1956:
Ou o Correio Paulistano de 1957:
Encontrei uma foto do time juvenil de 1958:
A partir de 1964 o time começou a disputar o profissionalismo, na quarta divisão. Em seu ano de estreia liderou a primeira fase.
Termina a 2ª fase na 5ª colocação:
Jogaria ainda a 4ª divisão em 1965, quando não passou da 1ª fase. Licencia-se do futebol profissional até 1970, quando acaba jogando a 3ª divisão, já que o 4º nível do Campeonato Paulista acabou cancelado. Azar dos adversários que viram uma linda campanha na primeira fase, classificando o time para a semifinal, onde é derrotado pelo Rio Branco de Ibitinga.
Nota no jornal sobre partida do Campeonato Paulista de 1970:
Em 1971, manteve-se no 3º nível do futebol paulista mas não se classificou para a fase final do Campeonato. Novamente se licencia do profissionalismo e só retorna em 1975, em um campeonato que não chegou ao final por problemas na primeira fase. Em 1976, lidera o 1º turno da primeira fase:
Mas faz uma péssima campanha no 2º turno e também na 2ª fase. Em 1977, joga a quarta divisão e não se classifica para a segunda fase. De 1980 a 86 disputa a 3ª divisão. Novo licenciamento, dessa vez mais longo, retornando apenas em 1999, agora na 5ª divisão. Disputa as edições de 2000 e 2001, quando obtém vaga para a 4ª divisão, a série B1 de 2002. Em 2003 é impedido de disputar a fase final por problemas em seu estádio. E em 2004 disputa sua última competição, despedindo-se do futebol profissional. É ou não é muita história pra um único distintivo?
Possui uma grande rivalidade local com a Sociedade Esportiva Cinelândia, com quem faz o Derby citadino.
A SE Cinelândia disputou a 5a divisão do Campeonato Paulista em 1997, 1999 e 2001 (aliás, obrigado ao amigo David Willian Severino Martins pelo lembrete!). E eles tem até seu próprio campo, o Estádio Dr. Alcides Ribeiro Meireles:
Até a Portuguesa Santista já esteve lá fazendo uma pré temporada!
No estádio cabem em torno de 3 mil torcedores.
Encontrei outras imagens do Estádio Dr. Alcides Ribeiro Meireles pelo site da Prefeitura falando do campeonato amador da cidade:
O time campeão foi o Disk Limp:
Mas, infelizmente nessa visita, registramos apenas o Estádio José Pereira da Silva, a começar pela tradicional foto na bilheteria.
Segundo matéria do Diário da Noite, o Estádio é de 1927!
Que tal uma olhada mais de perto? Sigam me os bons!
Tava até rolando uma pelada na hora em que estivemos por lá!
Aí está ela! A arquibancada coberta que já abrigou tantos torcedores do sol e da chuva (será?).
A arqui
bancada ainda segue para ambos os lados da cobertura.
Bancos de reserva bem colocados a espera dos suplentes!
Aí sim! Mais uma memória registrada de uma equipe super tradicional e que tem grandes chances de voltar ao profissionalismo, caso tenha esse desejo!
Uma olhada no campo, dos dois lados e do centro:
A arquibancada de cimento promete aguardar o tempo necessário para novamente receber torcedores!
Um último olhar pelo lado de fora… E é hora de irmos…
Mas… Não podemos ir embora sem falar do terceiro time da cidade, que já não existe nem como time amador e nem como sede social. Trata-se do Córrego Rico Futebol Clube.
O time foi fundado em 1953, na Usina Santa Rita. Encontrei uma nota falando de um jogo em 1958.
Neste ano, o time foi campeão da Zona 24, como mostra a Gazeta Esportiva:
Em 1965 estreia no profissional disputando a quarta divisão do Campeonato Paulista, mandando seus jogos no Estádio da Usina.
Dando sequência ao nosso rolê, após termos registrado os estádios de Pirassununga, chegou a hora de conhecermos a cidade de Descalvado, onde meu avô Antonio Gimenez Penessor nasceu.
Descalvado possui uma população de cerca de 32 mil pessoas. É uma região que tem somado às tradicionais atividades agrícolas (principalmente a cultura de cana de açúcar e laranja) as indústrias, destaque para os produtos “Pet” e para a tradicional Usina Ipiranga, na foto abaixo.
A história de Descalvado também tem a ver com os bandeirantes que abriam caminho para fazendeiros plantarem milho, cana e café, entre outras culturas. E assim como na maior parte do Brasil, também existiu a mão de obra escravizada na produção de café (em 1878, Descalvado era o terceiro maior produtor de café do país). Veja o anúncio de 1867 da Gazeta
Para manchar ainda mais a história, havia um mercado de escravos, a Fazenda Babilônia, na região limite entre Descalvado e São Carlos. Em tempos atuais, parece que as pessoas querem esquecer esse fato e acho essencial relembrar que o Brasil teve (ou tem?) o trabalho escravo levantando as bases do país.
Logo, Descalvado recebeu os trilhos da Companhia Paulista de Estradas de Ferro o que colaborou para o desenvolvimento da região (a foto abaixo é do site www.estacoesferroviarias.com.br que reúne fotos históricas de estações de trem).
Pra quem lê isso hoje, talvez não entenda, mas costumo dizer que a chegada da estação de trem era como a chegada da Internet. Ela abria possibilidades, trazia produtos, permitia interação entre pessoas etc. Provavelmente, foi o trem quem trouxe as primeiras bolas de futebol para a cidade. E daí, surge nosso interesse: conhecer o Estádio Felisberto Bortoletto casa do CERD (Clube Esportivo e Recreativo Descalvadense).
O time foi fundado em 03 de dezembro de 1940 e começou jogando as competições amadoras. Esse é o time dos anos 60:
Em 1975, o time passou a disputar as competições profissionais da Federação Paulista de Futebol. Foram 6 passagens pelo campeonato da 3ª Divisão (1975, 1976, 1981, 1982, 1985 e 1986). E o grande momento do CERD foi o título da terceira divisão em 1986, deixando pra traz várias equipes tradicionais, com o time abaixo:
Porém, o título acabou se transformando em problema, uma vez que por falta de um estádio com capacidade mínima exigida pela Federação Paulista de Futebol, acabou tirando o Descalvadense da A-2 de 1987 e dessa forma fez com que desistisse para sempre do profissionalismo.
Mas, enfim… Senhoras e senhores, bem vindos ao Estádio Felisberto Bortoletto!
É sempre emocionante poder se ver em um lugar que marcou a história no futebol de tantas pessoas que vivem em Descalvado…
Tempo para nossa tradicional foto na bilheteria que 30 ano atrás recebia filas e mais filas para ver a final da terceirona!
Atualmente, o CERD possui um fantástico clube social recreativo!
O distintivo está espalhado pelo clube…
Mas manteve lá, o campo de futebol que assistiu a tantas glórias e conquistas!
Que tal uma olhada lá dentro?
Pois é…. Dessa vez quase não dá pra ver o campo direito, com tantos aparelhos sendo preparados para o show do Raimundos!
Quer dar uma volta pelo campo? Gire com a Mari!
O gramado está muito bonito!
Fico me perguntando há quanto tempo aquelas árvores estejam ali… Acompanhando o andamento de cada momento do clube…
Quantas histórias e lembranças devem estar guardados em cada degrau, cada lugar dessa arquibancada…
Quem sabe um dia acordaremos com a notícia da volta do CERD ao profissionalismo?
Por hora, dá tempo de um último olhar, antes de seguirmos viagem…
Nosso rolê desta vez, começa pela cidade de Pirassununga, uma cidade cheia de estórias e história. Mais de 70 mil pessoas vivem na cidade que serve de sede para a Academia da Força Aérea, o Forte Anhanguera, que abriga o 13º Regimento de Cavalaria Mecanizado do Exército Brasileiro.
E vale lembrar que era 7 de setembro, uma data muito festejada na cidade, principalmente devido a essa presença militar na cidade.
Mas muito antes de tanta presença militar, ali viveram índios tupi que deram o nome ao local de “peixes barulhentos” (Pirá – sunung) graças ao barulho feito pelos peixes durante a piracema (quando eles sobem o rio Mojiguaçú para a desova). Aliás, as águas da cidade são um convite à visitação, com destaque para a cachoeira das Emas.
A cidade recebeu ainda a presença de bandeirantes desde o século XVI. E como um microcosmo do nosso país chegou a ter escravos vivendo em senzalas que ficavam nas fazendas da cidade. Recebeu a ferrovia em 1880 por um ramal de linhas férreas que ligaria “Mojimirim” a Descalvado.
Bom, dá pra falar muito sobre a cidade, mas nosso objetivo era completar um trabalho que havíamos iniciado quase 8 anos antes quando visitamos o Estádio Bellarmino Del Nero para acompanhar a volta do Clube Atlético Pirassununguense ao futebol profissional. (veja aqui como foi).
Também já falamos sobre a camisa e a história do CA Pirassununguense. A camisa foi presente do amigo José Antonio Martineli, um cara sensacional e super envolvido com o futebol local!
Como estávamos na cidade, claro que demos uma passada no Bellarmino pra ver como anda o estádio! Afinal 7 de setembro também é aniversário do CAP!
Como é bacana ver as fotos que eles tem expostas ali na entrada do estádio. Elas registram vários períodos do time e do futebol na cidade.
Mas a melhor notícia foi a que ouvimos do pessoal que estava trabalhando no estádio que o “Gigante do Vale” parece estar pronto para voltar ao futebol profissional, se não em 2019, em 2020.
O campo está prontinho para esse retorno!
Suas arquibancadas tem capacidade para quase 6 mil torcedores.
Ficamos muito animados com a notícia e espero podermos voltar ao BDN (Bellarmino del Nero) para acompanhar mais um jogo. Mas… Pirassununga não se limitou ao CAP dentro do futebol profissional e por isso estávamos de volta à cidade. Para registrar um pouco da história do segundo time da cidade: o Independente Futebol Clube.
O Independente Futebol Clube tem uma característica curiosa pra mim… Ele “faz aniversário” no mesmo dia que eu. Foi fundado no dia 1º de Novembro de 1938 (ele é um pouco mais velho hehehe) por ex atletas que teriam sido punidos por um quebra pau e revoltados com a punição formaram o time.
A sua Sede fica localizada na Avenida Joaquim Cristóvão, 245, na Vila Santa Terezinha e fomos até lá pra conhecer um pouco mais sobre o time e sobre seu campo, o Estádio Armando Boito.
Infelizmente pintaram a frente do estádio (eu adoro quando tem o nome dele em letras garrafais na entrada), veja como era:
Ah, e lembram do Zé Antonio? Aquele que me deu a camisa do Pirassununguense? Olha ele aí! E veja o que ele arrumou pro blog:
Pois é… Em breve teremos mais um post pra mostrar a camisa do Independente FC!
Por hora, espero que você se divirta com um olhar dentro do Estádio Armando Boito!
Até porque não foi fácil fazer as imagens, já que por se tratar de um feriado o campo estava fechado. Mas… damos um jeito!
O estádio está muito bem cuidado, ainda que atualmente o Independente só dispute as competições amadoras.
Foi aí que o Independente mandou seus jogos na 4a divisão do Campeonato Paulista de 1977.
Mas como estávamos pela cidade, decidimos registrar outros dois estádios bem cuidados que servem de equipamento para o futebol amador. Um deles é o Estádio Municipal “José Maldonado” também conhecido como CEFE “Presidente Médici”.
O outro, é o campo do tradicionalíssimo Esporte Clube União.
Sem dúvidas, Pirassununga é uma das cidades que mais levam o futebol amador a sério!
E ficamos ainda na torcida de que nos próximos anos o futebol profissional volte à cidade!
Mais uma camisa e uma história resgatada do nosso baú!
É do fim de 2016, quando nos planejamos o ano todo para fazer um rolê que começaria pela Itália e acabou nos levando até a Eslovênia e à Croácia.
Em terras italianas, pudemos conhecer a mágica cidade de Veneza.
Chegamos lá de trem, numa viagem tranquila, vindo de Verona (veja aqui como foi o rolê por lá!).
Aliás, transportar-se por Veneza é uma doidera…
Mesmo sabendo que se trata de uma cidade em meio às águas, confesso que eu achava que ia andar de busão e trem por lá, mas a realidade era mesmo outra…
Bom, pra quem, como nós até então, nunca esteve em Veneza, posso dizer que andar pela cidade é no mínimo desconcertante…
São vielas, pontes, canais e um verdadeiro labirinto que transforma em aventura tentar chegar a qualquer lugar, até você se acostumar. Principalmente a noite.
Como tínhamos poucos dias (como sempre) aproveitávamos todo o tempo possível andando pelas ruelas da cidade e registrando os lugares mais marcantes.
É um lugar mágico que quebra o pensamento padrão que temos sobre as coisas, principalmente sobre a relação com a água.
No dia seguinte, voltamos à praça da Igreja Basílica, principal praça da cidade.
As pixações na cidade mostram que a questão política também está nas ruas de Veneza!
Assim, entendemos que pra cruzar as distâncias maiores, é necessário usar o transporte coletivo, os barcos no caso…
As gôndolas que todo mundo sonha também estão lá, mas… É um rolê de turista que tem grana pra esbanjar…
A gente ficou nos barcos “Vaporetto” mesmo (e ainda assim usamos poucas vezes, porque também não é tão barato).
As águas dividem a ilha em várias partes, mas existem sim ruas e calçadas para se caminhar por Veneza.
Mas… Não foi pra ver os canais nem as gôndolas que viemos a Veneza, e sim para obter a 186ª camisa da nossa coleção e aproveitar para conhecer o Estádio onde manda seus jogos.
Ah, estamos falando do Venezia Football Club.
O Venezia Foot Ball Club foi fundado em 1907 (completando no ano passado seu centenário).
Conquistou a Copa da Itália na temporada 1940–41, esse foi o time da conquista:
Na temporada 1990-91, passou a se chamar Associazione Calcio Venezia 1907, mas em decorrência de problemas financeiros, o Venezia, que havia caído para a Série B na temporada 2004/05, foi expulso da competição no mesmo ano. E esse foi o time rebaixado:
Refundou-se como Società Sportiva Calcio Venezia, disputou a Série C2, sendo promovido à C1 em 2006.
Ao final da Lega Pro Prima Divisione de 2008–09, os problemas financeiros do Venezia fizeram com que novamente fosse expulso da competição, remanejando para a Série D, sob o nome de Foot Ball Club Unione Venezia.
Em 2011-12, voltou à Lega Pro Seconda Divisione, mas novamente por problemas financeiros, não se inscreveu para a edição 2015-16 e acabou rebaixado outra vez à Série D, adotando o nome atual. Ao menos, em 2016,garantiu o acesso à Série B nacional, com o 1º lugar no grupo 1 da Lega Pro (atual Serie C).
Bom, e que tal conhecer o estádio onde o dono da nova camisa manda seus jogos? Vamos então ao Pierluigi Penzo!
Nossa tradicional foto na bilheteria!
Uma das características mais comuns do futebol europeu são os adesivos colados ao redor do estádio, e lá estão eles em Veneza.
O Estádio Pierluigi Penzo é um dos mais antigos da Itália, inauguado em 1913, e atualmente tem capacidade para 7.450 torcedores.
Estivemos lá em uma manhã beeeem gelada…
Não havia absolutamente ninguém por lá… Então… decidimos entrar. Vamos lá?
Chegou a receber 26 mil torcedores, em 1966 quando o Venezia enfrentou o Milan.
O Estádio Pierluigi Penzo tem esse nome graças a um aviador da época da primeira guerra mundial.
Li em alguns sites algumas críticas à estrutura do estádio, chegando a dizer que o Venezia teria mandado alguns de seus jogos fora dele, mas confesso que não entendi o motivo. O estádio está muito bem organizado.
Gramado muito bem cuidado, arquibancadas seguras, espaço para imprensa… Tá tudo aí!
Até o banco de reservas nós testamos!
É um cenário bem diferente. O mar está ali poucos metros depois do estádio (até pensei que os zagueiros já devem ter mandado várias bolas navegarem…).
As arquibancadas não tem nada de modernas. Aliás essas atrás do gol são dessas que dá pra montar e remontar, mas ao invés de madeira são chapas de metal.
Aqui dá pra ver o mar, mais ao fundo.
Do outro lado, cenário bucólico de prédios baixos onde a população local mora.
Homenagem ao amigo Jão e sua família “Borghetti” presente no estádio.
Missão cumprida! Hora de voltar para a região central da cidade.
Um último registro do cartaz indicando a partida do time local…
E seguimos mundo a fora… (pagando as contas até hoje desse rolê kkkkk).
Desta vez o passeio não foi a lazer, mas sim a trabalho.
Estive em Canoas para participar de uma reunião de trabalho e como acabei com um tempinho livre, pude aproveitar para finalmente conhecer o Estádio da ULBRA (Universidade Luterana do Brasil).
É um dos estádios mais jovens do Brasil, tendo sido inaugurado em 2001.
Numa tarde de frio e garoa, o céu estava cinza e triste… Nem as aves pareciam muito animadas…
Mas, aí estava mais uma oportunidade que eu não poderia perder: conhecer mais um campo utilizado em competições oficiais.
Já falamos sobre o time do ULBRA aqui no blog (clique aqui e relembre como foi) e foi daí que surgiu o interesse em conhecer o Estádio.O Sport Club Ulbra foi fundado em janeiro de 1998, como mais uma iniciativa da Universidade Luterana.O time sagrou-se campeão da Terceira Divisão em 2002, da Segunda Divisão em 2003, e em 2004, fez a sua melhor campanha no Campeonato Gaúcho: eliminando o Grêmio na semifinal, mas perdendo o título para o Internacional.Infelizmente em 2009, a crise chegou lá também e além de cortar vários investimentos na própria educação, o futebol também acabou “descontinuado” e assim, o time passou a viver por sua própria diretoria. Nascia assim o Universidade Sport Club.
Em 2010, o time passa por mais uma mudança e passa a se chamar Canoas Sport Club, chegando até a disputar suas partidas em outros estádios – uma vez que a parceria coma Universidade havia acabado.
Atualmente, o clube se licenciou das competições profissionais limitando-se a disputar as categorias de base.
Mas, nós estamos aqui, firmes e fortes, então vamos conhecer um pouco do estádio:
O visual é quase londrino… Frio, leve garoa e céu cinzento e carrancudo, mas o estádio é muito bonito e suas cores destoavam nessa fria tarde.
A capacidade do Estádio da ULBRA é de 10 mil torcedores e como pode se ver, ele possui ainda uma pista de atletismo.
Além disso, o campo tem arquibancada em toda sua volta.
E uma arquibancada coberta também!
Além do time da Universidade, outros times disputaram competições profissionais defendendo a cidade, como o Canoas FC:
O Canoas Futebol Clube foi fundado em 1957, e é o clube profissional mais antigo da cidade, disputando a segundona gaúcha desde 1984. Infelizmente licenciou-se da Federação Gaúcha de Futebol no ano seguinte, até 1998, quando voltou ao profissional, jogando a terceirona deixando escapar a classificação para o octogonal final no último jogo, contra o Bagé.
No ano seguinte, disputou a Terceira Divisão, terminando na vice-colocação geral.
Em 2000, de volta à Série B, o clube fez uma fraca campanha e terminou em último colocado no seu grupo onde havia oito participantes, escapando do rebaixamento na repescagem.
Outro time da cidade é o A.C.B. Estância Velha Canoas.
Foi fundado em 1954, mas apenas em 2013 jogou a Copa FGF Sub-19, sua primeira aparição em competição organizada diretamente pela Federação Gaúcha de Futebol.
Em 2014, jogou a Terceira Divisão do futebol gaúcho, mandando seus jogos no Complexo Esportivo da Ulbra.
Mas o time também um estádio próprio, o Estádio Fonte Dona Josefina, chamado assim por possuir no local uma fonte datada do tempo do Brasil Império.
Outro time que marcou a cidade, mas sem nunca ter jogado profissionalmente foi o Frigorífico Nacional Futebol Clube.
Enfim… Uma cidade com muita história no futebol e com alguns estádios para ajudar a lembrar disso tudo!
É sempre um sentimento de missão cumprida poder conhecer e registrar um estádio em que nunca estive, principalmente quando é longe de casa.
E dessa vez, a lembrança inclui o companheiro da viagem, Rino Ferrari, que topou encarar a aventura em meio a tanto frio!
A 185ª camisa do blog vem do estado do Tocantins, e pertence ao Palmas Futebol e Regatas.Quem foi até Palmas buscá-la foi meu irmão Murilão, o gigante.
O Palmas Futebol e Regatas foi fundado em 1997, tendo sido campeão estadual por 6 vezes e ainda chegado às quartas-de-final na Copa do Brasil em 2004.
O time nasceu utilizando se da documentação da Sociedade Esportiva Canela, equipe amadora, de 1991, que já estava regularizado junto a Federação Tocantinense de Futebol.
Seu mascote é a Arara-azul.
Manda seus jogos no Estádio Nilton Santos, e já que meu irmão esteve lá pra pegar a camisa, nada mais justo do que pedir a ele que fosse conhecer e registrar em fotos o campo em que jogo o Palmas.
O Estádio possui capacidade para 12 mil torcedores. E possui arquibancadas ao redor de todo o campo.
Um estádio simples, mas muito eficaz e prático permitindo ao Palmas se tornar o primeiro time de futebol profissional da capital do Tocantins e assim disputar os estaduais.
Seu sistema de iluminação permite jogos noturnos.
Aqui uma das entradas.
A tradicional foto da bilheteria:
E aqui um olhar pra se ter ideia do campo todo, começando pelo gol esquerdo:
O meio campo:
E o canto direito.
Para maiores informações sobre o time, acesse seu site oficial: www.palmasfr.com.
O primeiro título do Campeonato Tocantinense foi conquistado no ano de 2000.
Em 2000, o Palmas chegou ao bicampeonato, e nos anos seguintes mostrou que havia chegado mesmo para se tornar um grande time, chegando a todas as finais até 2004 e só perdendo o campeonato de 2002 para o Tocantinópolis.
Em 2007 viria o 5º título e neste ano, em 2018, a sexta estrela, com o time abaixo:
Duartina é uma cidade próxima de Marília, onde vivem pouco mais de 12.500 pessoas.
É uma cidade pequena e que mantém nas suas ruas e praças um gostoso sentimento de tranquilidade.
Ainda é possível encontrar casas construídas em madeira. Lembro que ouvi uma história bonita sobre esse tipo de construção, de que normalmente ela era resultado de obras coletivas feitas pela família que ali iria morar além de trabalhadores da mesma empresa. Espero que esta também assim o seja. É bom poder continuar acreditando no poder da solidariedade.
Duartina soube manter suas áreas verdes, tem até um pequeno lago na cidade.
Na saída da cidade deu até pra conferir um pouco da fauna da região, caminhando tranquilamente pelas rodovias movimentadas.
Era domingo, então não pudemos conferir a força do comércio local…
Mas, nosso objetivo na cidade era conhecer e registrar o Estádio Municipal Teófilo Cordovil.
Foi neste estádio que o Duartina FC mandou seus jogos nas disputas do Campeonato Paulista na terceira e quarta divisão.
O Duartina Futebol Clube foi fundado em dezembro de 1930 e disputou duas edições do campeonato paulista da terceira divisão (1954 e 1955) e quatro da quarta divisão (1966, 67, 68 e 77). Aqui algumas fotos antigas do time:
O time viveu seu apogeu nas décadas de 60 e 70, quando passou a ser chamado na região como o “Leão da Alta Paulista’’. É curioso, mas o time chegou a ter um rival local, o EC Vila Duartina, com quem fez alguns derbis no futebol amador, levando até 6 mil pessoas ao Estádio Municipal Teófilo Cordovil. Nos anos 50, o time contou com um goleiro chamado Toninho Lozano, que ficou conhecido como o goleiro voador.
Mas, voltemos ao Estádio Municipal Teófilo Cordovil, em dias atuais…
Temos aí a tradicional bilheteria do estádio que já teve muito trabalho em dias de jogos…
Vamos dar um rolê por dentro do estádio:
O Estádio tem sido a casa do futebol amador na cidade, mas pelo que ouvimos o Duartina FC já não existe mais nem como time amador.
Olha aí o setor das “cadeiras descobertas”:
Estava rolando uma partida no momento da nossa visita.
O banco de reservas parece ter sido pintado em cima de um quadro. A vista é muito bonita.
Essa é a parte do fundo do estádio.
Juizão tava mandando bem na partida hehehehe.
Olhando do fundo, pode se ver o lance de arquibancadas em meio ao gramado.
Do outro lado, a tradicional e charmosa arquibancada coberta.
E o feioso aqui pra marcar presença!
Grama do gol é sempre sagrada!
Nossa visita foi chegando ao fim, embora a bola ainda rolasse, e confesso que chegou a dar um pouco de tristeza por confirmar que o rolê que fizemos por 4 dias também chegava ao fim.
Os nossos dois principais objetivos com esse registro dos estádios das 27 cidades visitadas eram oficializar como memória imagética alguns dos campos que foram palco de partidas do Campeonato Paulista, independente de qual divisão, e ao mesmo tempo reforçar o sentimento de orgulho que a população de cada uma dessas cidade merece ter em relação a isso.
Embora em Duartina, a estrutura do estádio até permita sonhar com a disputa de uma série Bezinha (4a divisão) no futuro, sabemos que outros estádios estão muito mais perto de serem destruídos em nome da especulação imobiliária do que de voltar a receber jogos profissionais.
É triste, porque na nossa visão, o futebol é como a música, a dança, a poesia… É uma forma de expressão do ser humano, seja jogando ou torcendo. É um espaço que pode e merece ser ocupado pelas pessoas. Felizmente a vida melhorou pra quase todas as cidades, nos últimos 30 anos, no que se tange a opções de diversão, lazer e cultura. As cidades já não tem no futebol sua única possibilidade de extravasar depois de tanto stress. O lado triste, é que em muitas destas cidades, o futebol acabou minguando, ou não tendo a força necessária para ao menos aventurar-se em disputas semi profissionais. Resta nos a paixão do futebol amador, com a esperança de que seja uma semente de crescimento para tempos futuros.
Que mais times do interior retornem ao profissionalismo, como fez o Andradina, esse ano. Pois nós e muitas outras pessoas estaremos aqui, pronto para apoiar, torcer, acompanhar e se emocionar com mais uma cidade representada pelo futebol.
Aos 41 anos, posso seguir bradando o meu ódio eterno ao futebol moderno, sabendo que boa parte da culpa das mazelas do futebol atual são dos dirigentes e empresários mal intencionados, ou que só usam o esporte pelo dinheiro fácil, mas também dos torcedores que ainda insistem em entregar seu amor a um time da capital, mesmo vivendo a mais de 500 km de lá.
O futebol precisa ser gerido com seriedade (isso não tem a ver com o conceito do “futebol moderno” que tanto critico).
É necessário ser sustentável do ponto de vista econômico e também social. E depende de cada um de nós para isso. Da nossa parte, seguimos sonhando e acreditando em um futuro melhor. Obrigado a quem leu ou ao menos deu uma olhadinha em cada um desses 27 posts, escritos e vividos por este casal que vos escreve.
Chegamos à parte 21 do nosso rolê pelos estádios perdidos e após termos passado por Lençóis Paulista, Agudos, Gália, Garça, Vera Cruz, Oriente, Quintana, Osvaldo Cruz, Rinópolis, Lucélia, Adamantina, Flórida Paulista, Pacaembu, Junqueirópolis, Irapuru, Dracena, Tupi Paulista, Monte Belo, Três Lagoas-MS e Castilho.
Essa visita foi não apenas para conhecer o Estádio Municipal Evandro Brembatti Calvoso, como também assistir a uma partida do time local, o Andradina EC contra o Talentos 10, de Bauru (clique aqui e veja como foi o jogo).
Como já colocamos muitas fotos sobre o jogo, vamos aproveitar para lembrar os times que já disputaram alguma partida por qualquer divisão do Campeonato Paulista no Estádio Municipal Evandro Brembatti Calvoso.
Começamos pelo Andradina EC, que nasceu em novembro de 1946 e disputou uma única edição do Campeonato Paulista, na terceira divisão de 1968.
Em seguida, foi a vez do Mouran Esporte Clube defender a cidade, embora ele não tenha jogado no Estádio Municipal e sim Estádio do próprio Frigorífico Mouran, quando disputou a 3a divisão em 1958 e a 4a divisão em 1965.
O time foi fundado por funcionários do Frigorífico em 1957.
Em 1962, nasce o Paulista Futebol Clube, terceiro clube a defender a cidade.
O Paulista disputaria a 4a divisão em 1964, e pela primeira vez a cidade tem dois times disputando um mesmo campeonato, porque, em 1963 nascia o Andradina Futebol Clube, e logo no ano seguinte disputou junto do Paulista a 4a divisão.
O Andradina FC tornou-se o principal time da cidade, disputando 23 edições do Campeonato Paulista, em diferentes divisões. Com direito a um título de campeão da Quarta Divisão em 1965.
Aqui, uma imagem do time de 1976:
Aqui, o time em 2000:
Em 1978, surgiu um novo time na cidade, o EC Corinthians, que viria a disputar duas edições do Campeonato Paulista: a 5a divisão em 1979 e a 3a em 1980.
Em 2018, o Andradina EC volta ao profissionalismo para a disputa da série B, a quarta divisão do Campeonato Paulista.
É a volta do Foguete ao futebol paulista!
Pra quem quer saber mais sobre o time, clique aqui e acesse o site oficial.
Mas, voltemos ao presente e para nossa missão de conhecer e registrar o Estádio Municipal Evandro Brembatti Calvoso!
Mais uma bilheteria para a nossa coleção:
E o melhor ainda! Em dia de jogo! Fomos registrar o Estádio Municipal de Andradina no dia que o Talentos 10, veio até a cidade enfrentar o time local.
Taí a arquibancada do jeito que ela merece! Com torcedor cantando, torcendo e apoiando seu time!
O Estádio possui arquibancadas dos dois lados:
E tem um belo placar!
Os bancos de reserva estão lá
Aqui, o gol do lado esquerdo:
A arquibancada coberta estava com bastante gente:
E quando vimos… Já era hora de nos despedir e seguir em nossa viagem…
A vigésimaparte do nosso rolê volta ao estado de São Paulo, após termos passado por 19 cidades (Lençóis Paulista, Agudos, Gália, Garça, Vera Cruz, Oriente, Quintana, Osvaldo Cruz, Rinópolis, Lucélia, Adamantina, Flórida Paulista, Pacaembu, Junqueirópolis, Irapuru, Dracena, Tupi Paulista, Monte Belo e Três Lagoas-MS além de dois jogos da 4a divisão paulista em Andradina e em Tupã).
Sendo assim, agora é a vez de conhecermos a cidade de Castilho.
Em Castilho, vivem atualmente 20.500 pessoas.
A cidade faz fronteira com o Mato Grosso do Sul, por meio do Rio Paraná. Aliás, graças ao rio, a cidade começou a desenvolver sua veia turística.
E pudemos passear um pouco pelas suas ruas até chegar ao nosso objetivo…
O Estádio Municipal Valdomiro Moreira Aguiar.
O Estádio Municipal Valdomiro Moreira Aguiar foi a casa do Castilho Atlético Clube.
O time foi fundado em 1966, e em 1968 disputou a 4a divisão do Campeonato Paulista, sua única participação em competições profissionais.
Encontramos algumas fotos do time na fanpage dedicada à cidade:
Aqui, o time de 1974:
Voltando ao presente… Vamos dar uma olhada no Estádio Valdomiro Moreira Aguiar!
Mais uma vez nos orgulhamos em estar presente registrando um estádio que outrora abriu suas portas ao futebol profissional.
Mais uma bilheteria para a nossa coleção de imagens:
Aqui o lado de traz da arquibancada, olhando ainda pelo lado de fora.
Opa, e olha ali um portão aberto!
Vamos aproveitar para registrar algumas imagens do interior do estádio:
Mais uma grata surpresa! Uma joia escondida, um estádio bem conservado, com uma arquibancada que parece ter sido desenhada, de tão bonita!
Aqui, o gol do lado esquerdo. Reparem também na combinação não usual de cores: laranja e verde.
Aqui, o gol da direita.
E olha aí a arquibancada coberta… É ou não é linda?
Mais uma vez nos despedimos de um templo do futebol, e voltamos à estrada, para dar sequência a nossa jornada, que entra em sua reta final!